ATLETISMO Os saltos Os saltos são um exemplo de actividade de forca-velocidade, onde o objectivo do saltador é, respeitando o regulamento específico da disciplina, percorrer a maior distância, na vertical ou horizontal, possível. O atleta procura a máxima velocidade de saída do próprio corpo, na direcção e ângulos correctos para a (s) fase (s) de suspensão. Só assim é possível projectar o próprio corpo a máxima distância horizontal ou vertical, em função do objectivo prioritário do salto. No entanto, para atingir, o concorrente tem de respeitar o regulamento específico de cada salto, que determina um tempo máximo para o iniciar, delimita uma distância máxima de corrida bem como uma zona de chamada, com um local determinado para a medição, e, no caso do triplo salto, obriga a uma sequência específica de apoios. São habilidades tradicionalmente divididas em quatro fases: 1. 2. 3. 4. Corrida de balanço Chamada (s) Fase (s) aérea ou suspensão Queda ou recepção Em relação a esta divisão, é importante considerar que: ü Todos os saltos são precedidos de uma corrida de balanco, no final da qual se realiza uma impulsão; ü O resultado final do salto é determinado pela qualidade das duas primeiras fases e, fundamentalmente, pela qualidade da ligação entre ambas. Salto em comprimento Características É um tipo de salto que consiste na realização de uma corrida rápida e precisa e uma chamada activa, procurando “transformar” a velocidade adquirida na maior distancia horizontal possível. Em relação às fases que consideramos antes, podemos referir que para o salto em comprimento temos: 1. 2. 3. 4. Corrida de balanço Chamada (s) Fase (s) aérea ou suspensão Queda ou recepção 1. Corrida Deve ser progressivamente acelerada, com um ritmo crescente até à chamada, procurando-se adquirir velocidade e uma correta posição/colocação do corpo para as fases seguintes. O seu comprimento varia em função da idade e do nível do aluno. Determinantes técnicas: Deves 1. Realizar uma corrida, progressivamente acelerada, com um ritmo crescente até à chamada; 2. Correr com passadas completas, relaxadas, circuladas, com os joelhos altos para permitir apoios activos efectuados no terço médio-anterior dos pés; 3. Correr com o tronco direito, a cabeça alta, olhando em frente, ombros relaxados e acção rápida e enérgica dos m.s. (flectidos a 90 graus); 4. Correr sempre com a bacia “alta”. 2. Chamada É fundamental que seja realizada com precisão e na correta continuidade das acções realizadas antes. Determinantes técnicas: Deves 1. Estar com a bacia “alta” e bem colocada; 2. Mover o m.i. de chamada de cima-frente para baixo-atrás, em movimento rápido, activo, de “arranhar” a tabua da frente para trás, com apoio total da planta do pé; 3. Evitar qualquer movimento apenas de cima para baixo; 4. Realizar um movimento de extensão ativa das 3 articulações do m.i. de chamada: pé, joelho e anca; 5. Elevar/avançar a coxa do m.i. livre, rápida e activamente, até à horizontal, mantendo esta posição durante a primeira fase de suspensão; 6. Manter o tronco próximo da vertical, a cabeça levantada e os m.s./ombros actuam de forma rápida, alternada e coordenada com os m.i.; o m.s. contrário ao m.i. livre sobe até ao nível dos olhos. 3. Fase aérea ou suspensão As características dependem da técnica utilizada e, normalmente são consideradas três técnicas: Ø Técnica do salto na passada (a que nos vamos referir); Ø Técnica do salto em extensão; Ø Técnica do salto de tesoura. Determinantes técnicas: Deves 1. Apos deixar o solo: Ø Manter a posição final da chamada; Ø Manter o olhar dirigido para a frente ou, eventualmente, um pouco para cima; Ø Manter o tronco direito. 2. Depois de teres atingido o ponto mais alto da fase de suspensão: Ø Descontrair o m.i. livre, que recua naturalmente, juntando-se ao m.i. de chamada; Ø Realizar a elevação dos joelhos e a extensão dos m.i. para a frente; Ø Fechar o tronco sobre os m.i., movimentando os m.s. em extensão de cima para a frente e para baixo. 4. Queda Determinantes técnicas: Deves 1. Colocar os pés na areia pelos calcanhares e ao mesmo nível; 2. Amortecer a queda, através da flexão dos joelhos apos o toque dos calcanhares, permitindo o avançar sobre o local de contacto. Imagem tirada na aula antes de realizarem o exercício: