ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – EAD MÓDULO XI – ANÁLISE DE RENTABILIDADE Também podem ser conhecidos de análise de retorno, análise de lucratividade, análise de indicadores econômicos ou de desempenho operacional (contabilidade financeira). A análise desses índices ou quocientes tem importância ímpar para os diversos ramos de atividades, pois para obter lucro, que é o objetivo básico das entidades, elas necessitam e precisam ser rentáveis. Conforme Blatt (2002, p.82) “ são coeficientes usados para medir a força de ganho da empresa, servindo como medida especialmente da efetividade do gerenciamento da empresa”. Alguns autores classificam esses índices em dois grupos: lucratividade em relação as vendas e lucratividade em relação aos investimentos. Iremos verificar adiante que a entidade pode obter elevados valores nos índices ou quocientes de rotatividade e, apesar disso, apresentar prejuízos no final do ano. Segundo Florentino (2002, p.125) “os índices de análise da rentabilidade vão, consequentemente, dar uma visão ao analista se quando existe uma boa rotação existe também uma boa rentabilidade”. Alguns quocientes abordados darão uma idéia do aumento ou diminuição da rentabilidade em relação aos capitais próprios e de terceiros. Esse tipo de análise aborda prioritariamente o lucro, nas suas mais diversas subdivisões, dependendo da informação em que o negócio pretende obter, isto é, poderá enfocar o lucro líquido do período, o lucro bruto, o lucro operacional etc. A seguir estão os índices ou quocientes de rentabilidade com alguns exemplos, buscando fazer com que você se familiarize com esse grupo de atividade. 1. GIRO DO ATIVO (INVESTIMENTO) = VENDAS LÍQUIDAS x 100% ATIVO Esse índice tanto pode estar no grupo da análise da rotatividade como pode complementar o grupo da análise de rentabilidade para geração de informações precisas para a tomada de decisão. RESUMO: QUANTO MAIOR, MELHOR Utilizaremos o exemplo a seguir para todos os cálculos e interpretações dos índices desse grupo: BALANÇO PATRIMONIAL EM X1 AC Disponibilidades 2.000 Clientes 8.000 Estoques 4.000 PC Fornecedores 3.000 Impostos a recolher 5.000 Empréstimos 8.000
ARLP Créditos de diretores 1.000 AP Imobilizado 63.000 TOTAL 78.000 DRE EM X1 Vendas Líquidas (­) Custo da Mercadoria Vendida (­) Depreciação = Lucro antes de juros e impostos (­) Despesas de juros (­) Impostos = Lucro Líquido PELP Financiamentos 2.000 REF ­ PL Capital 60.000 TOTAL 78.000 10.000 2.000 1.000 7.000 1.500 300 6.200 Conclusão: GA = 10.000_ = 0,12 ou 12,82% 78.000 Para cada R$ 1,00 de ativo total a empresa gera R$ 0,12 em vendas, ou seja, significa que a empresa girou seus ativos totais 0,12 vezes no per. 2. MARGEM BRUTA = RESULTADO BRUTO (LUCRO BRUTO) VENDAS LÍQUIDAS OU REC. LÍQUIDAS RESUMO: QUANTO MAIOR, MELHOR As causas de margens brutas baixas são: problemas com o preço, custo, taxas excessivas de carregamento de estoques. Apesar da eficiência desse índice, a interpretação da porcentagem dependerá do tipo de negócio. Alguns ramos de atividades possuem margens pequenas e valores de venda altos e outros negócios possuem margens altas e valores de venda pequeno. BALANÇO PATRIMONIAL EM X1 AC Disponibilidades 2.000 Clientes 8.000 Estoques 4.000 ARLP Créditos de diretores 1.000 AP Imobilizado 63.000 TOTAL DRE EM X1 Vendas Líquidas 78.000 PC Fornecedores 3.000 Impostos a recolher 5.000 Empréstimos 8.000 PELP Financiamentos 2.000 REF ­ PL Capital 60.000 TOTAL 78.000 10.000
(­) Custo da Mercadoria Vendida (­) Depreciação = Lucro bruto (­) Despesas de juros (­) Impostos = Lucro Líquido 2.000 1.000 7.000 1.500 300 6.200 Conclusão: MB = 7.000_= 0,70 10.000 A empresa lucrou R$ 0,70 após a dedução do CMV para cada R$ 1,00 de vendas líquidas.
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Conforme Blatt (2002, p.82) “ são coeficientes usados para medir a