VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
DOR PERINEAL APÓS O PARTO COM EPISIOTOMIA1
Roseane Vieira Silva dos Santos 2
Samantha Leite Freitas Rodrigues3
Introdução: a episiotomia é atualmente, um dos procedimentos cirúrgico mais
utilizado no parto natural. Contudo, alguns estudos demonstram que a mesma
deve ser utilizada de forma restrita por não haver comprovação cientifica dos
benefícios da sua utilização, além de ser responsável por complicações no
pós-parto, como: hemorragia, dispareunia, infecção, fistulas rectovaginais e
dor perineal. A utilização da episiotomia como rotina é um dos procedimentos
claramente prejudiciais e que deve ser abandonado. Neste estudo vamos
abordar a dor perineal como uma das complicações da episiotomia, por esta
ser uma das morbidades mais comuns durante o puerpério e afetar
significativamente o bem estar da puérpera. Objetivos: mensurar a dor
perineal no pós-parto e relacionar sua intensidade com a idade materna e com
o número de partos anteriores, e também identificar interferências decorrentes
dessa dor na execução de atividades habituais pelas puérperas. Método:
trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado na
maternidade Benedito Leite na cidade de São Luís Maranhão, durante o mês
de abril de 2009, foi utilizado um questionário com perguntas objetivas préformuladas e para mensurar a dor foi utilizado à escala numérica da dor. A
1
Monografia apresentada ao curso de Enfermagem da Faculdade Santa Terezinha CEST, São Luís, Maranhão. 2
Graduada em Enfermagem, Faculdade Santa Terezinha ‐ CEST, [email protected]. 3
Graduada em Enfermagem, Especialista em Obstetrícia, Faculdade Santa Terezinha –CEST, [email protected] escala numérica possui a vantagem de ser mais familiar aos pacientes, uma
vez que o ser humano utiliza números desde sua infância Os resultados foram
analisados por meio de gráficos e tabelas, as respostas foram tabuladas em
forma de percentuais, a população em estudo foi constituída por 40 mulheres
que tiveram partos via vaginal com episiotomia. Resultados: segundo o perfil
da população em estudo: 80% das mulheres entrevistadas: estavam na faixa
etária de 15 a 25 anos, 45% eram solteiras, 67% eram primíparas. Quando
indagadas sobre a interferência da dor: 98,5% relataram que a dor perineal
dificultava a execução de atividades como: deambular (25,2%), sentar
(22,3%), movimentar-se no leito (18,8%), sono e repouso (14%), micção
(11,2%) e higiene (7%); sobre a intensidade da dor, houve prevalência da dor
severa com 53%, quando relacionado à intensidade com a idade materna, a
faixa etária que mais se queixou de dor foi a de 15 a 25 anos, relacionando
com o número de partos anteriores as primíparas referiram sentir mais dor
prevalecendo à dor severa com 35%. Conclusão: a episiotomia consiste em
uma das principais causas de dor perineal após o parto, dor de intensidade
elevada. No entanto, seu uso rotineiro continua a ser praticado, sobretudo em
primíparas e multíparas com episiotomia prévia. Dessa forma, os resultados
deste estudo confirmam a significância do problema da dor perineal no pósparto decorrente da episiotomia, embora concordem que a realização de
outros estudos posteriores de proporções maiores seja imprescindível e
eticamente necessária. No entanto, entendemos que os presentes resultados
já possam contribuir para esclarecer sobre complicações da episiotomia e
instigar mais estudantes a realizar pesquisas abordando este assunto ainda
pouco explorado.
Descritores: Períneo, Episiotomia, Parto vaginal, Dor. 
Download

0141 - Rede Sindical