Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA CURSO DE LICENCIATUARA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL Relatório de Estagio Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Análise Comparativa Nome Sérgio João Brito Supervisores: Eugénia Cossa Elias Manjate Maputo Setembro, 2012 Sérgio João Brito [email protected] Página 1 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa ÍNDICE I. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 3 1. 1. DELIMITAÇÃO DO TEMA............................................................................................................... 4 1.2. PROBLEMATIZAÇÃO ....................................................................................................................... 4 1.3. OBJECTIVOS ...................................................................................................................................... 5 1.3.1. OBJECTIVO GERAL ....................................................................................................................... 5 1.3.2. OBJECTIVES ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 5 1.3.4. HIPÓTESES ...................................................................................................................................... 5 1.3.5. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 6 2. CONTEXTO LOCAL.............................................................................................................................. 8 2.1. Localização ....................................................................................................................................... 8 3. METODOLOGIA.................................................................................................................................... 9 3.2.1. População..................................................................................................................................... 14 3.2.1. Amostra........................................................................................................................................ 14 5. FUNDAMENTOS TEÓRICOS............................................................................................................. 14 5.1 Conceitos Básicos ............................................................................................................................ 14 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................................... 16 5.1. Avaliação de Teste Diagnóstico no Colégio Arco-íris .................................................................... 19 5.2. Avaliação do Teste Diagnóstico da Escola Secundária Eduardo Mondlane ................................... 20 6. ANÁLISE FOFA (FORÇAS, OPORTUNIDADES, FRAQUEZAS E AMEAÇAS) PARA CADA RESULTADO DE AVALIÇÃO NAS CIDADES DE MAPUTO E DURBAN. ...................................... 22 6.1. Escolas Secundárias da Cidade de Durban, África do Sul .............................................................. 22 6.2. Escolas Secundárias da Cidade de Maputo ..................................................................................... 23 7. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ............................................................................................... 25 8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................... 27 Sérgio João Brito [email protected] Página 2 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa I. INTRODUÇÃO A Educação Ambiental é uma área que tem vindo a ganhar importância no mundo actual, sendo atribuída à escola um enorme papel na aquisição dos conhecimentos, das competências, das atitudes e dos valores para uma cidadania consciente e responsável. A Escola, neste âmbito é um local privilegiado para a acção da cidadania ambiental, pelo que a Educação Ambiental “deverá ser conduzida com base no envolvimento dos alunos e professores para atingirem competências de acção positivas, tornando-os capazes de participarem activamente e de se responsabilizarem na resolução dos problemas concretos que os afectam” (Benedict, 1991:55). A educação, em qualquer época, visa inserir as crianças e os jovens numa determinada sociedade. Isto obriga a uma adaptação ao passado dessa sociedade e à herança material e espiritual que se transmite de geração em geração. Assim, para que a Educação Ambiental conduza a uma mudança de atitudes e de comportamentos, é necessário questionar os valores subjacentes às acções e ligar a educação à vida do aluno (Martins, 2000). A cidade de Maputo apesar de ser a capital de Moçambique não se difere com as demais cidades no que concerne o congestionamento do lixo, facto que proporciona vectores que pode afectar negativamente a saúde pública assim como a preservação da própria natureza. O MICOA e outras organizações Não Governamentais como a Justiça Ambiental, entre outras sociedades públicas e privadas tem desenvolvido acções humanizadoras que visam sobretudo consciencializar a sociedade civil sobre a preservação do meio ambiente. Portanto, apesar da eficiência das tais organizações a mesma não tem sido eficazes, devido a não abrangência das actividades levadas a acabo por estas organizações, claudicando desta feita o esforço das mesmas. Todavia a interacção entre o Homem e o ambiente ultrapassou a questão da simples sobrevivência. No decorrer deste século, para se atender as necessidades humanas foi-se desenhando uma equação desbalanceada: Consumir e descartar. Ao contrário de outros seres vivos que, para sobreviverem, estabelecem naturalmente o limite de seu crescimento e consequentemente o equilíbrio com outros seres e o ecossistema onde vivem a espécie humana tem dificuldade em estabelecer o seu limite de crescimento, assim como para relacionar-se com Sérgio João Brito [email protected] Página 3 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa outras espécies e com o planeta (Campolin, 2007). O autor sustentou ainda que educação ambiental no seio das escolas, deve buscar sensibilizar o aluno e adquirir competências, valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconsequente dos recursos naturais e de várias espécies. Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício. É nesta perspectiva que estudou-se conteúdos inerentes a “Educação ambiental nas escolas ” particularmente no ensino secundário. O trabalho não se resume somente para fins de meros reconhecimentos ou então de reconhecimentos, com ele procurou-se encontrar mecanismos eficazes e eficientes para tornar a educação ambiental mais abrangente nas escolas secundárias da cidade de Maputo. 1. 1. DELIMITAÇÃO DO TEMA A pesquisa foi realizada na Escola Secundaria Eduardo Mondlane, Colégio Arco-íris na cidade de Maputo e na comunidade de Umlanzi da cidade de Durban, na República da África do Sul. 1.2. PROBLEMATIZAÇÃO Falar de meio ambiente constitui algo muito complexo, não somente pela gama de fenómenos nele inseridos, mas também pela complexidade de gerir ou reagir mediante a ocorrência de cada um destes fenómenos. Portanto, aqui encontramos alguns cuja essência se aponta a acção do Homem e outros, difícil de controlar por ocorrerem independentemente da vontade do Homem, os que comummente chamamos de naturais (Loureiro, 1996). Cada área de actividade apresenta problemas que lhe são específicos que de certa forma carecem de uma resolução para o progresso da mesma, o mesmo acontece com a área do meio ambiente. Aos nossos dias, o meio ambiente tem sido palco das atenções de vários debates promovidos por diferentes órgãos de comunicação social, sobretudo quando se fala de mudanças climáticas, desflorestamento, uso sustentável dos recursos naturais, a poluição entre outros domínios que de certa forma ameaçam a relação do Homem -Natureza. No nosso país, de um lado esta ameaça é reflexo da nossa própria política educacional, isto quer dizer a não implementação da educação Sérgio João Brito [email protected] Página 4 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa ambiental no SNE (Sistema Nacional de Educação), fazendo com que os alunos desconheçam medidas a tomar para salvaguardar o meio ambiente. Mas como referiu-se de antemão que o processo educativo era complexo, para que isso realmente aconteça será necessário um arsenal de actividades relacionadas e intercaladas entre si, é neste contexto que levantamos o seguinte problema: Quais as estratégias a desenvolver para que a Educação Ambiental seja abrangente e sustentável no ensino secundário? 1.3. OBJECTIVOS 1.3.1. OBJECTIVO GERAL Ø Desenvolver um modelo curricular de Educação Ambiental para as escolas secundárias, da cidade de Maputo. 1.3.2. OBJECTIVES ESPECÍFICOS Ø Descrever impactos negativos causados pela falta de Educação Ambiental nas Escolas Secundárias. Ø Comparar as estratégias de educação ambiental desenvolvidas no ensino secundário da cidade de Maputo e da cidade de Durban. Ø Mostrar a sociedade em geral a importância da Educação Ambiental na preservação do meio ambiente. Ø Compreender as formas e as fontes de poluição na cidade de Maputo, como reflexo da não implementação de educação ambiental nas Escolas. 1.3.4. HIPÓTESES Ø A não implementação de Educação Ambiental no ensino secundário faz com que os alunos desconheçam os mecanismos para preservação do meio ambiente; Ø A difusão da Educação Ambiental nas comunidades através dos órgãos de comunicação social permite uma rápida e melhor compreensão dos conhecimentos nela evidenciados; Ø A Educação Ambiental de uma forma geral permite a população uma boa preservação do meio ambiente e consequentemente o uso sustentável dos seus recursos. Sérgio João Brito [email protected] Página 5 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa 1.3.5. JUSTIFICATIVA Diariamente somos bombardeados com notícias acerca da poluição, abate indiscriminado de espécies animais e vegetais, destruição de árvores, degradação do ambiente urbano, a progressiva diminuição da camada de ozono, a ocorrência de grandes catástrofes naturais em diversas regiões do globo. Enfim, uma panóplia de problemas que afectam a qualidade e vida de todos nós. Resultando de desequilíbrios ambientais, em boa parte provocados pela acção humana, esses problemas, no nosso ponto de vista, parecem ter duas soluções aparentemente possíveis e complementares, sendo elas: medidas de curto prazo, por vezes drásticas, coercivas e punitivas e, por outro lado, medidas a longo prazo que passam pela Educação. Há necessidade de se desenhar um currículo ajustado a realidade local para uma educação ambiental eficiente nas escolas secundarias da cidade de Maputo visto que os mais graves problemas ambientais estão ligados às actividades económicas e sociais que se praticam, pelo que só uma mudança profunda no âmbito dos valores e das atitudes pode conduzir ao sucesso, e isto só será possível através da educação, uma vez esta constitui uma das “armas” fundamentais que consegue atacar, em profundidade, a crise mundial, no que concerne ao ambiente, (Fernandes, 1982). A verdade é que o Homem tem de deixar de pensar que tem o direito de dominar todos os outros seres vivos, e isto só será possível se ele se educar e se instruir. Caso isso aconteça, a melhoria da qualidade de vida e a preservação da natureza, bem como a resolução dos vários problemas ambientais será possível mas neste contexto ela dependerá, de uma perspectiva ambiental que garanta um desenvolvimento ambiental planificado pela educação. Fernandes (2001: 173) defende que “Crianças e adultos vivem num ambiente que é construído e destruído em cada instante. Todos somos solidariamente responsáveis por esse ambiente, mas, considerando que aos adultos cabe uma dupla responsabilidade, a de garantes da vida e de pedagogos desse mesmo ambiente” a Educação Ambiental deverá extravasar os muros da escola e afirmar-se como um dever de todos enquanto aprendentes e educadores, razão pela qual há necessidade da introdução de educação nos currículos, principalmente no ensino secundário nas escolas da cidade de Maputo. Sérgio João Brito [email protected] Página 6 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Segundo (Caride & Meira, 2004: 149) a Educação Ambiental pode e deve contribuir para promover “valores, atitudes, e comportamentos” em pessoas ou até colectividades sociais, ao longo de todo o seu ciclo vital, encarando “o meio ambiente como um bem a preservar ou a melhorar”. Nessa linha de pensamento, se percebe que a educação se deve estender da infância até à velhice, com a necessidade de caminhar “para um sociedade ética e ecologicamente responsável, devendo constituir, a educação para a natureza ou para uma sociedade sustentável a via em que discorrem estes enquadramentos”. É necessário ajustamento de currículo de educação para realidade das escolas secundárias de cidade de Maputo tendo como epicentro a cidade de Durban, a fim de desenvolver cidadãos possuidores de conhecimentos relativos ao ambiente, isto por que o modelo curricular da cidade de Durban na África do Sul é um processo que promove o desenvolvimento e gestão coordenada da água, terra e recursos relacionados, com o objectivo de maximizar o resultante bem-estar económico e social de uma forma equitativa e sem comprometer a sustentabilidade de ecossistemas vitais (Bond, 2012). Doravante, garantir uma sustentabilidade dos recursos tendo em conta que os futuros líderes políticos, os cientistas, os homens de negócios se formam, podendo estes ser confrontados com uma verdadeira educação para o ambiente e cujos resultados sejam aplicados nas suas políticas, enquanto futuros líderes e pelos cidadãos capazes de encorajar e aceitar a adopção de tais políticas (Mayer, 1998). Seguindo essa linha de pensamento, considera-se pertinente enunciar um provérbio chinês que remonta aos anos 500 a.c. (cit. por Alves & Caeiro, 1998: 78): “Se estás a pensar com um ano de avanço, semeia. “Se estás a pensar com dez anos de avanço, planta uma árvore. “Se estás a pensar com cem anos de avanço, educa o povo.” O Ambiente tem de ser uma preocupação de todos, todos os dias. E não nos devemos esquecer que “Uma Educação que se relacione com o ambiente não pode ser dada sob a forma de lições” (Giordan & Souchon, 1997:193). É, antes de mais, “uma Educação e sobretudo uma Educação para a responsabilidade.” (Idem, p.4). Sérgio João Brito [email protected] Página 7 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa É evidente de que Implementar a Educação Ambiental no nosso Sistema Nacional de Educação constitui algo que requer custos como tantos outros projectos que se tem desenvolvido com a intervenção do Governo, mas a sua não implementação parece não somente ter essência burocrática mas também a não elaboração de projectos com tal tendência. Procurou-se com a pesquisa estudar as estratégias de educação ambiental baseados nos planos curriculares comparando com a educação ambiental na cidade de Durban. 2. CONTEXTO LOCAL 2.1. Localização Na cidade de Maputo, a pesquisa foi desenvolvida na Escola Secundária Eduardo Mondlane localizada no bairro ferroviário, e Colégio Arco-íris, localizada na Av. Eduardo Mondlane. Fig.1. Mapa de Moçambique (Nations Online, 2012) Tratando-se de um estudo comparativa buscou-se incorporar a cidade de Durban, e a pesquisa foi realizada na comunidade de Umlanzi localizada no sul de Durban e na Universidade KwaZuluNatal, Howard college. Sérgio João Brito [email protected] Página 8 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Fig. 2: Mapa de África do Sul (Nations Online, 2012). 3. METODOLOGIA Esta pesquisa segue os caminhos propostos como um estudo de caso numa perspectiva do enfoque qualitativo por considerarmos que a complexidade da reflexão não é susceptível de quantificação. O método de investigação elaborado contribui directamente para a consistência dos resultados apresentados em parceria com a Justiça Ambiental e aspectos ambientais da cidade de Durban. Para a realização da pesquisa foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: 3.1. Primeira Etapa: Preparação para trabalho de campo Foi feita uma revisão bibliográfica que serviu para obtenção de um embasamento teórico em relação a educação ambiental nas escolas e a caracterização da área em estudo bem como da recolha de material necessário para o trabalho. Sérgio João Brito [email protected] Página 9 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa 3.2. Segunda Etapa: Trabalho de campo O trabalho de campo serviu de principal suporte para a realização do presente projecto. Essa fase permitiu a observação “in loco” dos principais problemas existentes na área de estudo no que concerne ao conhecimento, valores e atitudes dos alunos e professores faca ao meio ambiente escolar. 3.3. Terceira Etapa: Analise, tratamento e processamento de dados Os dados colhidos durante o trabalho de campo, nesta etapa sofreram um arranjo na tentativa de determinação da fidedignidade da informação recolhida na área de estudo, por meio de grau de certeza que se pode ter a cerca dos mesmos Quivy (1992), Propõe entre outras técnicas de análise de conteúdo da informação. As sessões de grupos eram seguidas de discussões em plenária para busca de consensos. 3.4. Quarta Etapa: Sistematização e Avaliação da Informação Na cidade de Maputo, cada turma foi submetida a 3 avaliações, a primeira no início de projecto, a segunda a meio do projecto e a ultima (terceira) no final do projecto. O objectivo da primeira é de avaliar o nível de conhecimento em termos ambientais do estudante antes de o projecto começar. As restantes serviram para compreender o nível de percepção dos alunos relativamente as questões ambientais relacionado as Mudanças Climáticas e suas Medidas de Adaptação, Poluição (agua, solo e ar). As avaliações permitiram também fazer uma comparação de grau de percepção das diferentes escolas ou das turmas envolvidas no projecto como ilustra a imagem 1 e 2 abaixo. Sérgio João Brito [email protected] Página 10 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Fig.1: Escola Secundaria Eduardo Mondlane Fig.2 Colégio Arco-íris, cidade de Maputo No que diz respeito a Cidade de Durban, o sistema de avaliações foi com base em seminário e viagem de campo a estrada “Bisasar” os quais buscou-se identificar os problemas ambientais acelerados pelo desenvolvimento tecnológico que afectam às comunidades da Cidade de Durban, África do Sul, dentre os quais a poluição das águas, e a poluição do ar causado pela indústrias petrolíferas facto que contribui para a degradação do meio ambiente e Mudanças Climáticas. Os seminários também buscavam dar a perceber a integração da sociedade civil nos assuntos relacionados ao meio ambiente impulsionar o papel das comunidade na tomada de decisão. De acordo com Bond (2012), o palestrasnte internacional, o despejo do estrada " Bisasar Road1, esta mal localizado, visto que esta próximo da comunidade de Michondolo facto este que cria externalidade negativas a aquela comunidade como é o caso do mau cheiro que o aterro proporciona criando assim doenças. O motor usado para reduzir o cheiro nesta área é muito 1 Bisasar road- é o site da África do maior aterro, e um dos três únicos aterros em Durban com uma licença completa. Foi aberto para os negócios em 1980 sob o regime da África do Sul do apartheid. Sérgio João Brito [email protected] Página 11 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa caro e veio da Alemanha tendo custado cerca de 100.000 americanos ( $) Dólares e consome electricidade de 2% de toda cidade de toda a Durban. Fig.3: Bisasar Road-Duban, África do Sul. Nesta viagem estiveram estudantes de deferentes países (Asia, Corea do Sul, Universidade Norte Americana representado pela Carolina, Europe United kingdom, Zimbabwe (Piter Muzambuw) e estudantes da República Democrática de Congo representado por David Massembe inclusive estudantes Moçambicanos da Universidade Eduardo Mondlane nomeadamente Ester Uamba, Neima Adamo e Sérgio Brito). A viagem de campo foi organizada pela Sociedade Civil da Universidade Kwazul-Natal monitoradas pelo professor Patrick Bond neste caso o director da sociedade civil da mesma. Sérgio João Brito [email protected] Página 12 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Fig.4: Universidade Kwazulu-Natal, Howard College- Cidade de Durban Na comunidade de Umlanzi sistematizou-se a avaliação com base em workshop a qual foram incorporados 12 a 14 alunos de diferentes escolas num total de doze 12 escolas como ilustram as figuras abaixo com vista a proporcionar-se uma troca de experiencia. Os pontos críticos são tratados em separados e são identificadas as diversas causas que os geram e de que maneiros podem ser solucionados. Com base nos resultados obtidos no projecto, finalmente chega-se a uma avaliação geral que expressa de maneira sintética a situação das escolas englobadas no projecto. Fig.3: Whorkshop na Comunidade de Umlanzi -Cidade de Durban. 3.5. Quinta Etapa: Desenho de um Programa de Educação Ambiental Sérgio João Brito [email protected] Página 13 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Nessa modalidade, a dimensão educativa está unida às acções dos movimentos sociais ou dos grupos cidadãos. Dessa maneira, qualquer acção importante é transformada em uma prática de formação, cujo conteúdos educativos são parte de um todo que lhes confere um significado contextual. 3.2.1. População Na cidade de Maputo, a população do estudo é constituída por alunos e 149 alunos 3 professores de classes sem exame durante 2 anos do ensino secundário. Escolas Seleccionadas: Escola Secundaria Eduardo Mondlane 117 aluno e o Colégio Arco-Íris 32 alunos da 8ªa classe. Relativamente a cidade de Durban trabalhou-se com 168 alunos membros da comunidade de Umlanzi e 6 membro de (SDCEA) comunidade de aliança ambiental de sul do Durban e na universidade de Howard college aproximadamente 20 estudantes e 2 professores. 3.2.1. Amostra Na cidade de Maputo, a amostra é constituída por 149 alunos com idades compreendidas entre os 12 a 16 anos em ambas as escolas onde 32 são alunos que compõem a turma da 8ª classe do Colégio Arcos íris dentre os quais 10 são rapariga e 22 rapazes e na Escola Secundaria Eduardo Mondlane turma A é composta por 56 alunos dos quais 24 são rapazes e 31 raparigas e a turma B é composta por 62 alunos dos quais 38 são rapazes e 24 raparigas no que diz respeito a cidade de Durban com idades compreendidas entre os 13 a 19 anos a qual 55% destes são do sexo feminino e também adultos com idades compreendidas entre os 22 a 60 anos na sua maioria do sexo masculinos. 5. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 5.1 Conceitos Básicos Para uma melhor compreensão do tema em estudo, são definidos os conceitos básicos nos quais as nossas reflexões vão se cingir para o desenvolvimento do tema em estudo, falou-se exactamente dos seguintes: meio ambiente, educação, escolas, alunos, professor, e o governo (ministério de educação). Sérgio João Brito [email protected] Página 14 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Segundo Manjate, (2011) Ambiente é o meio em que o homem e outros seres vivem e interagem (luz, ar, terra, agua, ecossistema, biodiversidade, matéria orgânica e inorgânicas, condições sócio-culturais que afectam a vida das comunidades). As finalidades educativas subordinam-se pois, a escolhas feitas frente a interesses de classes e são determinadas pela forma de organização. Porém, não se pode compreender o ensino como somente o processo de aquisição de conhecimentos científicos, mas sim, todo conhecimento que se adquire por mediação de outro indivíduo, seja ele científico ou moral. Esta última, é muito notável nas comunidades primitivas, onde os jovens aprendem com os mais velhos, várias práticas religiosas, culturais, rituais entre outras. Para Pillet (2006:25), “o Ensino é um meio fundamental de processo intelectual dos alunos”. O processo de ensino inclui exclusivamente um professor, mediador, facilitador, mestre qual seja a designação, que oriente o processo de aquisição dos conhecimentos dos seus educandos. Enquanto Aurélio (2009), define o Aluno como sendo “Pessoa que recebe instrução e/ou educação de algum mestre, ou mestres, em estabelecimento de ensino ou particularmente; estudante, educando discípulo”. Segundo Durkhein appud Golias (1990: 90) diz que professor “é aquela individualidade que em nome das gerações adultas transmite as novas gerações um conjunto de valores e competências que aquela ruptura de indispensáveis a vida colectiva”. Sem dúvidas, para a transmissão desses conhecimentos aos alunos, seria necessário, indivíduos dotados de conhecimentos, ou seja indivíduos formados na área de educação ambiental, o que tradicionalmente chamaríamos por “professores”. Portanto, a educação ambiental implica não somente se limitar as instituições escolares, isto é ela pode ocorrer em qualquer espaço desde que haja indivíduos que possam transmitir conhecimentos relativos à indivíduos ainda obscuros. Sérgio João Brito [email protected] Página 15 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa A escola é a exigência das complexidade da vida social que não permite a família, por falta de tempo e de preparo, habilitar os filhos a se integrarem satisfatoriamente nas actividades normais da sociedade, Nerici (1996:55). A escola joga um papel importante na vida das pessoas, ela constitui o campo de ensaio onde são implementados as doutrinas que sustentam o processo de ensino e aprendizagem. Neste processo, destacamos dois actores principais, estamos a falar sobretudo do professor e o aluno. Assim, o MINED implementando a educação ambiental nos currículos do SNE, as escolas passarão a ser estabelecimentos onde saberes relativos ao meio ambiente seriam transmitidos como uma dentre as várias disciplinas curriculares. Implementar a educação ambiental nas escolas, constitui portanto uma reforma do próprio sistema de educação, isto é, estamos igualmente a dar espaço um novo domínio de saber para os alunos e os demais membros da sua comunidade, tornando desta forma os conhecimentos relativos ao ambiente mais significativos. Na óptica de Chiaveneto (2003: 267) “o processo de mudança pode se dar no caso em que ela seja temporária, no momento em que ela pode voltar as formas antigas”. A mudança no contexto escolar, é muitas vezes uma tentativa planificada e deliberada para dar lugar ao desenvolvimento, o que chamamos por inovação, esta mudança pode ser na administração, implementação de novos currículos, política linguística, reformas estruturais e a tecnologia na educação. 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com base a observação e a experiência vivenciada na Comunidade de Umlanzi, Sul de Durban República de África do sul, verificou-se que relativamente a educação ambiental nas escolas, esta tem sido uma prática constante, atendendo e considerando que a mesma esta inclusa no curriculum estudantil desde o ano 2009 com a introdução do livro Mudança do clima, facto este proporciona uma maior integração dos membros, promovendo e garantindo assim a sustentabilidade dos recurso ambientais nas comunidades Sul Africanas. Sérgio João Brito [email protected] Página 16 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Segundo Bongani (2012), membro de Comunidade de Sul de Durban e Aliança Ambiental (SDCEA)2, comunidade de aliança ambiental de sul do Durban, uma organização não governamental, frisou que a mesma objectiva-se na sustentabilidade ambiental é efectivamente integrado na visão de desenvolvimento para o Sul de Durban. As suas actividades de sensibilização não são para fins lucrativos mais sim visão garantir um ambiente préstimo ao povo Zulo. As acções comunitárias no Sul de Durban se baseia na experiência Dinamarquesa e atinge um maior impacto visto que as grandes empresas depredadoras do meio ambiente como é o caso de refinarias petrolíferas que estas se encontram nos arredores da cidade de Durban e na sua maioria próximo das escolas. Figura.5: Refinarias de petróleo próximo a escolas comunidade de Umlanzi. Com base em factos a (SDCEA) comunidade de aliança ambiental de sul do Durban, tem compartilhado experiências e informações ambientais locais no sul de Durban, a fim de contribuir para a sensibilização das comunidade e a mesma por sua vez tem feito Workshops que visam transmitir estas experiencia com base em facto reais. 2 Comunidade de aliança ambiental de sul do Durban (SDCEA) é uma justiça ambiental organização baseada no sul de Durban. É composto de 16 organizações afiliadas, e tem sido activa desde a sua formação em 1996. Ele é considerado um sucesso por muitas razões, uma das quais é que é um agrupamento vocal e vigilante em termos de lobby, relatórios e pesquisas industriais incidentes e acidentes nesta área. Ela contribui para a luta contra o Racismo Ambiental de Justiça Ambiental e Saúde Ambiental (http://www.sdcea.co.za/). Sérgio João Brito [email protected] Página 17 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Segundo Bongani (2012), a cooperação é baseada em um monitoramento participativo e pesquisa, comparando desta feita acção da refinaria e práticas oficiais regimes regulamentares, incluindo as normas, na Dinamarca e em Durban. A Comunidade de aliança ambiental de sul do Durban (SDCEA) tem contribuído significativamente a consciencialização pública. Fig. 5: SDCEA, Whorkshop –Comunidade de Umlanzi Sul de Durban, África do Sul De outro lado existe a Universidade Kwazul Natal−Howard College que contribui também na minimização dos problemas ambientais regionais e internacionais. Nesta Universidade tem se criado conferências constantes moderadas por professor Bond, baseando-se nas experiências de diferentes intervenientes na busca de soluções dos problemas ambientais. Uma das formas de combater os problemas ambientais usada pelos Sul-africanos com base na experiencia colhida em Durban é a criação de movimentos fortes de sociedade cívil que visam buscar soluções, promover manifestações e estabelecer parcerias. Para além das manifestações, existem bases legais ou políticas ambientais com princípios que visam garantir uma sádica qualidade de vida da comunidade em Geral. Sérgio João Brito [email protected] Página 18 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa De uma forma genérica, um dos objectivos em comum que se verificam entre Durban e Maputo é garantir a sustentabilidade. Pela observação, constatou-se que os alunos de Durban têm conhecimento de causa relativamente a questões ambientais diferentemente dos alunos da cidade de Maputo. Isso deve-se à muitos anos de pesquisa e defesas feitas pelos Sul-africanos na área ambiental enquanto que para a cidade de Maputo, trata-se de um assunto relativamente novo. A Universidade Kwazul-Natal e a Comunidade de aliança ambiental de Sul do Durban (SDCAE), são exemplos que as organizações Moçambicanas devem seguir. Uma das formas de garantir a mudança de atitude nas comunidades Moçambicanas é implementação de currículo de educação ambiental em todos níveis de ensino como forma de buscar abranger conhecimentos e práticas educativas que visam racionalizar os recursos e conservação ambiental. Segundo MICOA (2009), A pobreza absoluta e o analfabetismo na cidade de Maputo são indicadores de fraca participação das comunidades nos projectos de educação ambiental que visam garantir a conservação e protecção dos meios natural garantindo desta forma a conservação do ambiente préstimo por forma a salvaguardar os recursos naturais buscando racionaliza-los como forma de garantir que as gerações futuras façam usufruto dos mesmo. 5.1. Avaliação de Teste Diagnóstico no Colégio Arco-íris Ano: 2011 - Período: 4 meses Classe: 8ª classe O presente resultado da avaliação insere-se no programa piloto de educação ambiental que foi levado acabo no Colégio Árco- Íris no período de Junho – Outubro de 2011. Trabalhou-se com as duas turmas da 8 classe, cerca de 34 alunos, com idade compreendida entre os 12 – 14 anos. O instrumento principal desta avaliação foi o teste diagnóstico, ao qual os alunos foram submetidos duas vezes. A primeira no início da implementação do programa com o objectivo de avaliar o nível de conhecimento dos alunos em relação ao meio ambiente e a segunda no final do ano para avaliar o nível de assimilação dos alunos. Contudo, recorreu-se também a outros procedimentos de diagnóstico tais como interacção, nível de participação e atenção dos alunos. Sérgio João Brito [email protected] Página 19 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Teste Diagnóstico A primeira avaliação demonstrou que mais metade dos alunos tem noções básicas sobre os temas de água e biodiversidade, o mesmo já não acontece com o assunto das mudanças climáticas, 71% dos alunos não possuem conhecimentos. Apesar da abstinência de 12% dos alunos, os resultados da segunda avaliação mostram-se relativamente mais positivos quando comparados a primeira. Nesta avaliação houve um aumento de 21% no número de alunos com noções básicas de mudanças climáticas. Outro procedimentos (inteiração, nível de participarão e atenção dos alunos) os alunos demonstraram interesse, animação e entusiasmos pelas aulas de meio ambiente. Durante as aulas de discussões/debates a maioria dos alunos participou com respostas e ideias construtivas, para além de demonstrem vontade de apreender e saber mais. Contudo, a turma em si é bastante agitada e difícil de controlar. Existem alguns alunos (maioritariamente raparigas) com alguma dificuldade de expressar-se e concentração nos trabalhos. O resultado da avaliação foi Positivo. 5.2. Avaliação do Teste Diagnóstico da Escola Secundária Eduardo Mondlane Ano: 2011 - Período: 4 meses Classe: 8ª classe Sérgio João Brito [email protected] Página 20 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa O presente resultado da avaliação insere-se no programa piloto de educação ambiental, que foi levado acabo no na Escola Secundária Eduardo Mondlane no período de Junho – Outubro de 2011. Trabalhou-se com as duas turmas da 8ª classe, cerca de 116 alunos, com idade compreendida entre os 12 – 14 anos. O instrumento principal desta avaliação foi o teste diagnóstico, ao qual os alunos foram submetidos duas vezes. A primeira vez no início da implementação do programa com o objectivo de avaliar o nível de conhecimento dos alunos em relação ao meio ambiente e a segunda vez no final do ano para avaliar o nível de assimilação dos alunos. Contudo, recorreu-se também a outros procedimentos de diagnóstico tais como análise da interacção, nível de participação e atenção dos alunos. Teste Diagnóstico A primeira avaliação demonstrou que o nível de conhecimento na área de meio ambiente de mais metade dos alunos era baixo. A abstinência de 57 % dos alunos, comprometeu a análise os resultados da segunda avaliação, pois não foi possível verificar se houve uma assimilação da matéria por parte dos mesmos. Contudo, nessa avaliação a percentagem das respostas certas é maior que a das respostas erradas. A comparação dos resultados das duas avaliações demonstra que há uma oportunidade de melhoria. Sérgio João Brito [email protected] Página 21 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Outro procedimentos (inteiração, nível de participarão e atenção dos alunos) os alunos demonstraram interesse, animação e entusiasmos pelas aulas de meio ambiente. Durante as aulas de discussões/debates a maioria dos alunos (maioritariamente os rapazes) dos alunos demonstrou alguma dificuldade de interagir e expressar a sua opinião. Contudo, a turma em si é bastante calma, os alunos demonstram vontade de apreender. O resultado da avaliação foi Positivo. 6. ANÁLISE FOFA (FORÇAS, OPORTUNIDADES, FRAQUEZAS E AMEAÇAS) PARA CADA RESULTADO DE AVALIÇÃO NAS CIDADES DE MAPUTO E DURBAN. 6.1. Escolas Secundárias da Cidade de Durban, África do Sul FORÇAS OPORTUNIDADES FRAQUEZAS AMEAÇAS Realização constante Participação activa da Concepção naturalista A visão naturalista de de projectos de sociedade civil de educação ambiental ambiente, natureza e o modelo responsabilidade pela de educação não degradação é sempre crítica; “do outro” e com isso, há pouco envolvimento da sociedade em projectos de educação ambiental (a maioria envolvendo apenas escolares); Consciencialização O crescente uso de Falta de diagnóstico A permanente; metodologias falta de dos projectos e grupos comprometimento dos participativas de ambientais ensino, os andamento; comunicação se massa em relação à onde participantes envolvem activamente já em meios de de questão ambiental; no seu processo de Sérgio João Brito [email protected] Página 22 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa aprendizagem, deixando de ser meros espectadores; Integração de A existência da Faltam métodos de Antropocentrismo, currículo de educação Política Nacional de avaliação dos visão ambiental no ensino Educação Ambiental; projectos da área de como secundário; educação ambiental; do a homem centro natureza da com capacidade de usufruto; Núcleos de Educação O Ambiental aumento da Falta em responsabilidade instituições públicas e sócio-ambiental privadas. de Ignorância na gestão de recursos naturais. responsabilidade das ambiental. empresas. A Educação Ambiental nas escolas de Durban, África do Sul tem sido feita de um forma permanente, continua e inter-transdisciplinar. A mesma engloba a comunidade estudantil visto que está incumbida no currículo dos mesmos, aos sectores privados e organizações não Governamentais. Verifica-se neste contexto que os estudantes têm conhecimentos inerentes a questões ambientais e acredita-se que estes adquiriram consciência ambiental fruto de muitas pesquisas e dedicação por parte dos educadores ambientais. 6.2. Escolas Secundárias da Cidade de Maputo FORÇAS OPORTUNIDADES Sensibilização das Existência comunidades com legislação base FRAQUEZAS AMEAÇAS de Falta de conhecimento Maior incidência de problemas resíduos sólidos; ambiental sobre na que vela pelos direito ambientais culminado interdisciplinaridade; de uso aproveitamento Sérgio João Brito [email protected] a com a de participação Fraca das Página 23 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa recursos uma comunidades; de forma sustentável; Crescente Articulação de uma Falta envolvimento da rede comunidade de troca experiências qualificação A falta de coerência de profissional na área e entre pensamentos e e recursos institucionais as acções, ou seja, académica com vista a conhecimentos; de proporcionar disponíveis (materiais sócio-ambientais mas de pratica educação ambiental; Mobilizar os alunos Preservação para uma mais recursos assumida participação Democrática no renováveis boa qualidade perceber os problemas didácticos não específicos); para solucioná-los; dos Fraca tomar atitudes coordenação A falta de meios de naturais entre as instituições financiamento e renováveis; não ONG’s e para sector projectos de educação privado; ambiental; processo de ensino e aprendizagem face ao meio ambiente; Promover a cidadania, Intercambio estudantil Pensar em projecto de Tendência por parte com base em fóruns permitindo de discussão a educação de participação educação ambiental. olimpíadas de como ambiental das ONG’s buscarem fonte inerentes rendimento. ao meio ambiente. de desenvolver projectos desconectados dos demais membros do seu e dos demais sectores. A falta de Quadros (Professores) com formações académicas na area de Educação Ambiental é uma das condições fulcral que contribui para a Degradação Ambiental na cidade de Maputo. Os alunos das escolas secundaria de carecem de noções básicas de Educação Ambiental por forma a contribuir significativamente na conservação e proteção do meio ambiente da cidade. Sérgio João Brito [email protected] Página 24 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Comparando a análise Fofa (Força, Oportunidade Fraqueza Ameaça) de escolas secundarias Durban e Escolas secundaria de cidade de Maputo, constata-se que os alunos das escolas secundaria de Durban apresentam uma grande evolução ou seja maior índice de conhecimento inerentes ao meio ambiente como é o caso rede de Distribuição de Água Global, Mudanças Climáticas e inclusive medidas de adaptação as tais Mudança. Relativamente aos alunos da Cidade de Maputo estes a medida que o tempo vai passando vagarosamente vão adquirindo conhecimentos no que tange a Educação Ambiental mas a desvantagem é que o número dos alunos com noções básicas sobre técnicas que permitam viver em harmonia com o meio ambiente é reduzido. As similaridade que existe entre a Cidade de Durban e a Cidade de Maputo relativamente a educação ambiental consiste na sensibilização da comunidade civil por forma a garantir um desenvolvimento sustentável. Sob ponto de vista pessoal a cidade de Maputo deveria seguir o modelo de Durban que este consagra-se na inter-transdisciplinaridade. Desta forma deve-se buscar trabalhar permanentimente em projectos de Educação Ambiental, buscando sempre à componente interdisciplinaridade, como mecanismos essencial que garanta uma interacção de diferentes autores na resolução de problemas ambientais. Buscando desta forma garantir a preservação ambiental mostrando que o Homem não é o centro da natureza mais sim parte dela. A inclusão de diferentes actores na tomada de decisão é pertinente que sejam feitas consultas comunitárias como forma de garantir uma a valoração dos direitos costumeiros. 7. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES As acções desenvolvidas neste projecto, possibilitaram comprovar a importância da educação ambiental em todas as faixas etárias e níveis sociais. Conforme Pádua & Tabanez (1997a e 1997b). Uma vertente desse pensamento é a chamada educação ambiental, que reconhece a importância de transmitir conhecimentos juntamente com a sensibilização do ser humano para atingir sua essência de forma a incentivar cada um a fazer sua parte por um mundo melhor. Com este projecto, espera se a mudança de atitude, comportamento no que diz respeito ao seguintes aspectos: Sérgio João Brito [email protected] Página 25 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa Ø Proporcionar aos alunos a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido de valores, as atitudes para proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente minimizando os problemas actuais para impedir que estes se repitam; Ø As acções desenvolvidas neste projecto, possibilitaram comprovar a importância da educação ambiental em todas as faixas etárias e níveis sociais. Conforme Pádua & Tabanez (1997a e 1997b); Ø Espera-se que os alunos e professores esteja motivados e envolvidos no combate ao uso dos recurso naturais de uma forma sustentável, e que estes se mostrem receptivos e capaz de criar, transformar e acreditar em novos valores, fortalecendo-se o compromisso entre a colectividade e o meio ambiente para minimizar os problemas de ambientais que estes façam uso sustentável dos recursos - aquele que usa no presente sem comprometer a geração vindoura; Ø Alunos conscientes de suas acções. Sensibilizados com as gerações futuras, capazes de actuarem como atores sociais. Capazes de amarem o que os cercam, e o mais importante, em meio ao aquecimento global, as tragédias, as misérias, o défice da agua o desnatamentos e tantos outros factores temos alunos com esperança de que o amanhã é possível. Sérgio João Brito [email protected] Página 26 Educação Ambiental no Ensino Secundário na Cidade de Maputo: Uma Analise Comparativa 8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, F. Louro; Caeiro, Sandra;Carapeto, Cristina (coord.) (1998). Educação Ambiental. Lisboa: Universidade Aberta. BENEDICT, F. (1991). Environmental Education for our common future. Oslo: Norwegian University Press. CAMPOLIN, Aldalgiza Inês; FEIDEN, Alberto; GALVANI, Fábio. (2007). A interacção ser Humano-Natureza. Corumbá, MS: Embrapa Pantanal, 3p. ADM – Artigo de Divulgação na Mídia, n.121. Disponível em: <http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/online/ADM121>. Acesso em: 26 jul. 2007. CHIAVENATO, I. (2003). Introdução a teoria geral da administração escolar: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7a ed, Rio de Janeiro, editora ELSEVIER, BOND, Patrick (2012), The Institutional Framework for Water Governance in Durban, Maputo, and Nairobi. Submitted July 15, 2012. FERNANDES, J.(1982). Educação sobre o Ambiente um Contributo para o Desenvolvimento. Integrado. Aprendizagem/ Desenvolvimento. II (8), p. 9-13. Lisboa: Instituto Piaget. 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