Pensamento Latino-Americano e Políticas de C,T&I Aula 18- Política de C,T&I e promoção de exportações Professor Adalberto Azevedo São Bernardo do Campo, 20/08/2014 PCTI e exportações: situação brasileira Necessidade de articular PCTI com a política de comércio exterior Participação brasileira nas exportações mundiais: 1,5% em meados da década de 80, 0,9% no final da de 90 1,4% em 2011, 1,3% em 2013, 22ª posição entre os maiores exportadores mundiais ( ) http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-perde-participacao-no-comercio-mundial,150215e China: 11,2% (; EUA, 8,4%; Alemanha, 7,7% https://www.youtube.com/watch?v=pshPeI3C0hI Dependência dos ciclos da econômicos/preços das commodities Coleman Nee, economista da OMC: "O motor da contração tem sido a Europa, afetando não apenas aqueles países que vendem para o mercado europeu, mas também aqueles que vendem matérias-primas para a China que, por sua vez, exportam produtos acabados para a Europa", disse. O Brasil seria um desses casos.” PCTI e exportações: situação brasileira Resultados inferiores aos de outros países em desenvolvimento (Malásia, Coréia do Sul, Chile, Indonésia) Especialização em commodities (celulose, papel, suco de laranja, soja, minérios semiprocessados): cada kg exportado vale 40% de cada kg importado (2000)- termos de troca deteriorados Mercado internacional de commodities: pouco dinamismo Vulnerável ao desenvolvimento de novos materiais (substitutos) Baixa elasticidade-renda em países desenvolvidos (crescimento demográfico próximo de zero) Maiores variações de preços (dependentes do comprador), com forte competição global; Mais vulneráveis a práticas protecionistas (EUA e EU: cotas de importação, tarifas compensatórias, subsídios a produtores locais) Políticas Tecnológica e Comercial no Brasil PCTI brasileira até os 90s: setores específicos (nuclear, aeronáutico, eletrônico) e de C&T (acadêmica) Fortalecimento de grupos/coalizões políticos) nas áreas “tradicionais” de defesa (processos Pouca preocupação explícita com exportações- enfraquecimento desse grupo/coalizão MSI: voltado para dentro (hacia adentro): ideia desatualizada na própria CEPAL, mas ainda adotada na política brasileira (em um contexto no qual não era mais adequada) Finep e incentivos fiscais (70s): contingenciamento, descontinuidade. Interrupção de ciclos de desenvolvimento empresarial (Gurgel?) PCTI e exportações: situação brasileira Estratégia: Desenvolvimento tecnológico local combinado a estratégias de inserção no mercado mundial (empresas e organizações de suporte), para gerar produtos “originais”: Maior valor agregado; Comando dos mercados e cadeias de valor; Alto potencial de crescimento; Possibilidade de renovação contínua (PCs). Estratégias de inserção: Fortalecimento de Instituições relacionadas a qualidade, adequação a normas e padrões técnicos e técnicas organizacionais (“Tecnologias Industriais Básicas- TIBs)” Complementares às políticas comerciais “diplomáticas”: armas para as batalhas da Guerra Comercial Necessidades Tecnológicas das Empresas Exportadoras Tecnologia Industrial Básica (TIB): metrologia, normalização, regulamentação técnica e avaliação da conformidade (ensaios, inspeção, certificação, autorização, registro, homologação nos órgãos reguladores). Informação tecnológica, tecnologias de gestão e propriedade intelectual Mais visível com a abertura externa (90s), agenda Mercosul /Alca. Certificação não só de produtos, mas de sistemas (qualidade, gestão ambiental, saúde ocupacional e segurança industrial) Pouca difusão no Brasil: necessárias para a inserção internacional Gatt (redução das barreiras tarifárias): tendência a substituição por normatização e regulamentação técnica. PCTI e comércio exterior: revisão da literatura Posner (1961): International trade and technical change. Oxford Economic Papers, v. 13, p. 323-341, Oct. 1961 Empresas que desenvolvem novos produtos: monopólio exportador até a imitação (gap tecnológico se matém) Freeman (65 e 68): liderança alemã no setor químico (Chemical process plant: innovation and the world market) bens de capital eletrônicos pelos EUA (Research and development in electronics capital goods) Competitividade internacional: novas indústrias, economias de escala dinâmicas, inovações em processos e uma ampla gama de atividades científicas e tecnológicas. Hiato (gap) entre inovadores e imitadores: depende da manutenção de um fluxo de inovações e de externalidades necessárias para inovar (fracas nos países seguidores). PCTI e comércio exterior: revisão da literatura Soete (1987): The impact of technological innovation on international trade patterns: the evidence reconsidered. Research Policy, v. 16, n. 3-5, July 1987. Correlações entre variações das exportações de países da OCDE com variações na inovação em 40 setores industriais: correlações positivas na maioria dos setores (exceto nas intensivas em recursos naturais) Empresas: inovação de produto é considerada mais importante que preço. Pesquisas dos anos 90 do Science Policy Research Unity: 60% das exportações envolvem produtos “únicos” Produtos únicos: proprietários (formal e informal) grande poder sobre os mercados, por exemplo, na determinação de preços, mercados cativos, renovação de mercados (poder nas estruturas de governança) – Intel, Microsoft PCTI e comércio exterior: revisão da literatura Fonte: https://www.microlinks.org/good-practice-center/value-chainwiki/determinants-governance-structure (USAID Agency) Leitura recomendada: Humphrey, J., & Schmitz, H. (2002). Developing country firms in the world economy: Governance and upgrading in global value chains (INEF Report No. 61). Duisburg: University of Duisburg PCTI e comércio exterior: revisão da literatura Jason dedrick, Kenneth l. kraemer and Greg linden. Who profits from innovation in global value chains?: a study of the ipod and notebook pcs. industrial and corporate change, 2009 PCTI e comércio exterior: revisão da literatura Johnson (1968): conceito de capital humano dentro da teoria neoclássica de comércio (baseada nos preços) Dinâmica tecnológica em modelos competitivos. Nelson, R.R. (ed.) (1993), National Systems of Innovations: A Comparative Analysis, Oxford, Oxford University Press Sistema Nacional de Inovação: ambiente científico e institucional (infra-estrutura educacional e científica, mecanismos de apoio à inovação, cooperação tecnológicas, estratégias empresariais): externalidades positivas Paradigma tecnológico”: gap tecnológico entre as nações (lentidão no catching up) X novas oportunidades PEREZ, C., SOETE, L. Catching up in technology: entry barriers and windows of opportunity. In: DOSI, G., et al. (eds.). Technical change and economic theory. London: Pinter, 1988. PCTI e comércio exterior: revisão da literatura Porter (1993): PORTER, M. A vantagem competitiva das nações. Editora Campus, 1993 Capacidades nacionais: ambiente nacional propício à inovação Conceito abrangente de tecnologia: capacidade de aderência do produto a padrões técnicos, culturais e ambientais de mercados Agregação de valor: tecnologias de produto, processo, engenharia (“hardware”) e estratégias empresariais, tecnologia organizacional, acesso a informações comerciais, jurídicas e econômicas (“software”). Panorama Internacional: Japão Aprendizado contínuo, interativo e adaptativo. Mercado interno: experiência e teste de novas tecnologias Catching up: importação de tecnologia e investimentos em P&D, Capacitação para selecionar, absorver e modificar tecnologias adquiridas de fontes externas. Anos 80: novas estratégias- pesquisa pioneira/básica, pesquisa colaborativa apoiada pelo governo (seletivamente) visando integrar informação tecnológica e comercial Pesquisas de longo prazo: tecnologias da informação, biotecnologia e novos materiais, associações/consórcios de empresas pré-competitivas (divisão de riscos, racionalização da P&D, soma de competências, difusão de informações e mobilização política) Sinergias, cooperação e infra-estrutura de C&T/comercial Panorama Internacional: Estados Unidos Governo federal: mais de 50% dos gastos de P&D, 70% executados pelo setor privado. Investimentos públicos: campo militar (aeronáutico, mísseis, eletrônicos): spin-offs para o setor civil (p. ex., o Jipe Willys) Recursos públicos federais: fundamentais em setores intensivos em tecnologia (pesquisa básica). Setor privado: desenvolvimento. Padrão se manteve mesmo com o fim da Guerra Fria. National Science and Technology Council (anos 90): coordenação da política de C&T entre diversas agências governamentais, estímulo à formação de redes. Política comercial: práticas bilaterais (administradas) com caráter protecionista (tarifa média sobre importados de cerca de 24%), barreiras não-tarifárias) Panorama Internacional: Estados Unidos http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/05/08/senadores-querem-rigor-contra-protecionismo-americano-ao-algodao Exemplo: nova lei agrícola dos Estados Unidos para os produtores de algodão, assegura renda ao produtor americano mesmo se não houver produção Comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE): produção brasileira é mais competitiva Condenação pela Organização Mundial do Comércio (OMC) (multas de US$ 500 milhões), antes da edição da nova lei Governo brasileiro: solução negociada na OMC. Opção retaliação comercial (com seus custos relacionais e sobre as dinãmicas do mercado interno) Panorama Internacional: França Programas internacionais cooperativos no âmbito da UE • Suporte a programas privados (destaque para pequenas e médias empresas) Programas nacionais de pesquisa em áreas estratégicas (ciências físicas, espacial, aeronáutica, telecomunicações, eletrônica, nuclear e de pesquisa em engenharia). Agence Nationale pour la Valorisation de la Recherche (Anvar): fundos restituíveis em caso de sucesso comercial Benefícios tributários (research tax credits); Mercado de capitais privados para inovação: criado em 1996, incentivo à formação de SAs. Rede de centros de recursos tecnológicos e centros de tecnologia industrial (difusão e consultoria) Panorama Internacional: Coréia do Sul Foco em setores específicos, alinhada à política industrial Proteção, promoção de exportações e crédito Foco em setores exportadores telecomunicações e indústria automobilística). (semicondutores, Absorção de tecnologia estrangeira: parcerias com a indústria japonesa, contratos de transferência e de tecnologia, pouco IDE. Gasto crescente em P&D: capacitação associada a marcas, design e fabricação próprios Reserve Fund for Technology Development, R&D Subsidy by Government: fundos públicos e isenções fiscais, Planos qüinqüenais Políticas Tecnológica e Comercial no Brasil Programa de Apoio à Capacitação Tecnológica da Indústria (PACTI-1990): incentivos fiscais X necessidade de ajustes fiscais Fracasso do PACTI: necessidade de ajustes fiscais- cortes Sucedâneo: Lei 8.661/93, focada na interação com universidades. Anulada pela Lei 9.532, de 1997, que tornou os incentivos menos atrativos (reduziu para 4% a dedução do imposto de renda para o investimento em tecnologia e os benefícios aos empregadosalimentação e vale transporte) Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP-1990), buscava organizar um sistema nacional de inovação no país Regulatório: Reconhecimento de patentes farmacêuticas e a adesão ao Trade Related Aspects of Intellectual Rights Including Trade in Counterfeit Goods (TRIPS): regras do jogo Políticas Tecnológica e Comercial no Brasil Programa de Gestão Tecnológica para a Competitividade, incentivos fiscais para a área de informática e automação (Lei 8.248/91), Programa de Apoio ao Software para Exportação (Softex 2000) Programa de Apoio Tecnológico às Micro e Pequenas Empresas (PATME) Até os fundos setoriais, baseado em incentivos fiscais não direcionados (crítica do artigo) Concepção de que as tecnologias estariam disponíveis, bastando sinais de mercado gerais que induziriam o investimento Políticas Tecnológica e Comercial no Brasil Fundos Setoriais: direcionamento para setores específicos Mantém apoio a ações estratégicas e/ou programas existentes: Recursos Humanos para Áreas Estratégicas (RHAE), Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT) Não inclui a preocupação explícita com a PEx As reformas da Política Brasileira de C,T&I Obs: em 2007 foi regulamentado o Fundo Audiovisual, com receitas da Agência Nacional de Cinema Políticas Tecnológicas para Exportação Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex); Programa Novos Pólos Exportadores (PNPE); Agência de Promoção de Exportações (Apex) Progex: consultoria tecnológica para MPEs que querem exportar ou melhorar exportações, concebido inicialmente pelo IPT para SP, em 2001 incorporou MCT, MDIC, Finep, Camex e Sebrae. Consultoria de universidades e centros de pesquisa: estudo de viabilidade técnica; 2ª fase: técnicos na empresa PNPE: setores exportadore, foco em PMEs. Disseminação de informações mercadológicas, qualidade e produtividade Apex: parcerias com entidades de classe empresariais e outras Instituições Escopo limitado e periférico, não atingem as grandes empresas Políticas Tecnológicas para Exportação Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex); Programa Novos Pólos Exportadores (PNPE); Agência de Promoção de Exportações (Apex) Progex: consultoria tecnológica para MPEs exportadoras, IPT (até 2001), MCT, MDIC, Finep, Camex e Sebrae. Consultoria de universidades e centros de pesquisa: estudo de viabilidade técnica; 2ª fase: técnicos na empresa PNPE: setores exportadore, foco em PMEs. Disseminação de informações mercadológicas, qualidade e produtividade Apex: parcerias com entidades de classe empresariais e outras Instituições Escopo limitado e periférico, não atingem as grandes empresas Saída: clusters ( Associações da sociedade civil? CNI e Sebrae CNI: disseminação de informações: cursos, seminários, prêmios Suporte em negociações internacionais e comitês decisórios Senai: capacitação Sebrae: informação, divulgação e capacitação Unidades Móveis de Atendimento Tecnológico às Micro e Pequenas Empresas (Prumo) Estará na UFABC (http://www.ufabc.edu.br/index.php?option=com_content&view=ar ticle&id=8639:unidade-movel-do-sebrae-vira-a-ufabc-ensinar-aempreender&catid=731:noticias&Itemid=183) Necessidades Tecnológicas das Empresas Exportadoras Importância da Qualidade ISO 9000 e selos de qualidade: entidades independentescondição sine qua non para exportar, inclusive para adaptar-se a padrôes externos Importância das Normas Técnicas Padrões e normas técnicas vigentes nos principais mercados ou blocos econômicos (certificação junto a organismos de metrologia, entidades setoriais ou supranacionais) Por exemplo, indústrias de alimentos, química e farmacêutica: muito regulados Normas ambientais nacionais, regionais ou internacionais ISO 14000 : atividades realizadas. monitoradas e comunicadas a órgãos de controle formalmente pelas empresas: Selo verde Necessidades Tecnológicas das Empresas Exportadoras Patentes e Propriedade Industrial OMC e TRIPS (1995): harmonização de regulações Lei de Propriedade Industrial: resultado da adesão brasileiras ao TRIPs (por exemplo, adesão de medicamentos) Conseqüência para o balanço de pagamentos: remessas por tecnologia duplicaram, aumento das importações de produtos acabados (dificuldade legal de copiar), estagnação de algumas práticas de engenharia reversa Contratos de licenciamento com proibições implícitas a exportações: empresas que adquirem licenças de fabricação, patentes e marcas geralmente têm direito de explorar esses ativos intangíveis somente no Brasil. Necessidades Tecnológicas das Empresas Exportadoras Design e Marcas Adaptação de design: cultura, padrões estéticos, hábitos do consumidor, materiais e componentes preferidos pelo mercado. Especialmente importantes em bens de consumo focados no consumidor final Marcas: propriedade industrial; marca forte significa o equivalente a uma dianteiras tecnológica (semi-monopólio) Brasil: poucas marcas próprias, em geral fornecedores Necessidades Tecnológicas das Empresas Exportadoras Tecnologias de Processo Tecnologias de processo: acumulação de tecnologia deriva do projeto, da construção e da operação de sistemas de produção complexos. Engenharia de produção, experiência operacional e fornecedores de equipamentos, componentes e subprocessos. Desenvolvimento incremental (mudanças radicais- altos custos de mudança em sistemas produtivos de grande escala e custos fixos já amortizados . Fontes de Tecnologia para Exportações Estratégia proposta: diversificada desenvolvimento tecnológico local Problemas dos controles do INPI para contratos de licenciamento Dependência de custos: menos dinâmica do que a agregação de valor , maior vulnerabilidade Licenciamento deve estar associada a um esforço próprio e associado ao objeto (visando o aprendizado) Conclusões e Recomendações de Política Visão tradicional sobre a eficiência dinâmica da indústria enfatiza variáveis políticas que são pouco relacionadas à tecnologia. Banco Mundial: contra a distorção de preços e padrões de vantagens comparativas Eficiência dinâmica: capacidade doméstica de gerar e administrar mudanças nas tecnologias utilizadas na produção, baseada em recursos especializados (RH, P&D, TIB) não necessariamente incorporados em bens de capital e know-how tecnológico. Bens públicos (Estado): capacitação, infra-estrutura tecnológica e apoio à inovação. Brasil: políticas comercial e tecnológica desarticuladas. Conclusões e Recomendações de Política Duas linhas de recomendações: Primeira: difusão de tecnologias existente (Brasil/exterior), gerar fontes de informação tecnológica confiáve/acessível, mecanismos de transferência de tecnologias e soluções para problemas de qualidade, custo e padronização, melhoramento de processos, acesso a TIBs (metrologia, qualidade, normas técnicas e propriedade industrial) Segunda: financiamento ao setor privado para desenvolvimento experimental de novos produtos/processos adaptados aos mercados no exterior. Romper com o ciclo vicioso das vantagens baseadas na mão-deobra barata Privilegiar setores com vantagem competitiva potencial e apropriadas para o país (inéditas = vantagens comparativas) Recursos naturais, saúde, informática (automação bancária e eleitoral) Medida Technology innovation Act Ano 1980 University and small business patent procedures act (Bayh-Dole Act) Research and experimentation tax credit Small business innovation development act 1980 National cooperative research act Patent and Trademark Clarification Act Federal technology transfer act Omnibus trade and competitiveness act National competitiveness technology transfer act National cooperative research and production act National technology 1984 1981 1982 Descrição Facilitou transferência de tecnologia de instituições federais a instituições públicas/privadas; tornou obrigatórios escritórios de transferência de tecnologia em laboratórios federais. Permitiu a pequenas empresas, universidades e ONGs deterem a propriedade de invenções desenvolvidas com recursos federais; permitia que laboratórios federais cedessem direitos de patentes para organizações privadas. Concedia isenções fiscais para P&D nas empresas. 1989 Criou o programa de inovação em pequenas empresas (SBIR), que destinava parcela fixa dos recursos de agências federais para projetos de pequenas empresas. Estimulava a cooperação entre empresas privadas para pesquisa pré-competitiva “relaxando” a legislação antitruste. Facilitava a transferência de tecnologias protegidas por licenças e patentes geradas por agências federais. Permitia a laboratórios federais realizar acordos de P&D com instituições externas e negociar licenças de invenções. Facilitava a cooperação público-privada para a geração e comercialização de tecnologia. Expandia o Federal technology transfer act. 1993 Diminuiu as restrições à criação de joint ventures para P&D. 1995 Aumentou os incentivos para arranjos cooperativos entre 1984 1986 1988 20.000 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 Mestrado 1995 1996 Doutorado 1997 1998 1999 2000 2001 PCTI no Governo Collor (1990-92) Dados Dados Dados As gerações de políticas publicas de C,T&I no Brasil: síntese Período Agendaformulação Instituições- implementação Anos Nacional30-50 desenvolvementismo (já ambíguo...), crescimento da importância do Estado, fortalecimento da comunidade científica, modelo NSF, ações pontuais, Instrução SUMOC 113, crise mercados de commodities, II GM, USP, Fundos de Defesa Nacional, CNPq, Capes, SBPC, BNDE, estatais em setores estratégicos (Petrobras, CSN, CHESF) , CTA, CBPF/CNEN, industrialização pesada/infraestrutura/bens não duráveis, SESI/SENAI, IDE fortalecimento antigos Institutos: Big Science, As gerações de políticas publicas de C,T&I no Brasil: síntese Período Agendaformulação Instituições- implementação Anos Desenvolvementismo 60-70 “esquizofrênico” (“nacionalistas” X “entreguistas”), apoiada no Estado e no IDE, planejamento, apoio a relacionamento Ipsempresas (PI, transferência de tecnologia), PADCTs, reforma do sistema financeiro, Empresas protegidas, MNs, FNDCT/Finep, Funtec/BNDES, INPI/INMETRO, Grandes Ips, ampliação da PG/ensino universitário, estatais intensivas em P&D (infraestrutura), IDE em bens de consumo duráveis, indústria nacional de agronegócio/bens não duráveis/insumos intermediários, SEBRAE, Embrapa, Cpqd As gerações de políticas publicas de C,T&I no Período formulação Instituições- implementação Brasil:Agendasíntese Anos 80-90 Crise de financiamento, demandas da comunidade científica (redemocratização), agenda da competitividade global (PBQP), , abertura/liberalização , privatizações de estatais, descentralização administrativa, recessão interna MCT (1985)/subordinação do CNPq, fim do protecionismo, “reinvenção” ou extinção de IPPs, quebra de setores industriais protegidos, estratégia industrial defensiva/reestruturação produtiva, fracasso de programas para inserção comercial internacional, espaços tripartites para a discussão de PC,T&I, transformação de instituições estatais em fundações, maior autonomia das instituições estaduais, redução do orçamento para C,T&I, recursos do Banco Mundial, exportações para os países centrais As gerações de políticas publicas de C,T&I no Brasil: síntese Período Agenda- formulação Final 90s2000 Estabilidade econômica, crescimento da economia mundial (após 2003, flutuante), liberalização, reforma do Estado, privatizações, novos instrumentos de financiamento, GATT/OMC, competitividade privada/pública, articulação inter-institucional Instituiçõesimplementação Nova regulação de PI/financiamento, incentivos/responsabilidade fiscal, Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, CGEE, Fundos Setoriais, foco em novos mercados (comércio exterior) As reformas da Política Brasileira de C,T&I Obs: em 2007 foi regulamentado o Fundo Audiovisual, com receitas da Agência Nacional de Cinema As reformas da Política Brasileira de C,T&I Criação de Organizações Sociais (Contratos de Gestão com o MCT, e contratos livres com outras instituições): maior autonomia de execução orçamentária, necessidade de obter recursos adicionais (Reforma do Estado) Associação Brasileira de Tecnologia Luz Síncrotron (ABTLuS) Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE): prospecção/definição de áreas estratégicas, coordenação de estudos multi-institucionais, sem poder de decisão Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) As reformas da Política Brasileira de C,T&I Lei do Bem (2000): Isenção de imposto sobre a renda de pessoas físicas e jurídicas Lei n. 10.332 de 2001: entre outras ações, subvenções diretas a empresas para P&D e participação no capital de empresas Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE, 2003): bens de capital; software, semicondutores, fármacos e medicamentos Novidade: definição do foco setorial- política “vertical” (setores exportadores/substituidores de importações Coordenação entre os Ministérios Criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em 2004: sociedade civil na definição de diretrizes As reformas da Política Brasileira de C,T&I Lei de Inovação (2004), proposta em 2001 1. Regulação da titularidade da propriedade intelectual e da participação dos pesquisadores nos ganhos econômicos (incluindo rendas extras dos pesquisadores) 2. Obrigatoriedade de Núcleos de Inovação Tecnológica em Instituições de Pesquisa 3. Novos arranjos público-privados, autorização para sociedade de propósito específico para desenvolver projetos científicos ou tecnológicos As reformas da Política Brasileira de C,T&I Redução nos custos e nas exigências de garantia de crédito para a Inovação: ações da Finep Programa Juro Zero (Finep, 2004): pequenas/médias empresas 2004: Fundo Tecnológico (FUNTEC) do BNDES Programas posteriores: Inovação Produção, PROSOFT (Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços Correlatos), PROFARMA (fármacos) Insuficiência de Capital de Risco (medidas vêm sendo tomadas desde 2001 junto à Comissão de Valores Mobiliários, com o Programa Inovar da Finep, criação da Associação Brasileira de Capital de Risco, redesenho da BNDES Participações)- Mercado de capital de risco ainda é incipiente no Brasil As reformas da Política Brasileira de C,T&I Subvenção Econômica: apoio direto às empresas (utilizado nos anos 60/70- militar e aeronáutica, reduzido nos anos 80/90) Lei n. 10.332 de 2001: entre outras ações, subvenções diretas a empresas para P&D e participação no capital de empresas Crescimento de sistemas estaduais: Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs, como a Fapesp) e Secretarias Estaduais Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE) da Fapesp: desde 1997 Universidades (federais e estaduais): Metade do gasto público em P&D (concentram 85% dos pesquisadores) As reformas da Política Brasileira de C,T&I Política industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (Pitce): 2004 Linhas de ação: horizontais (inovação e desenvolvimento tecnológico, inserção externa/exportações, modernização industrial, ambiente institucional) Setores estratégicos (software, semicondutores, bens de capital, fármacos e medicamentos) Atividades portadoras de futuro (biotecnologia, nanotecnologia e energias renováveis) Política de Desenvolvimento Produtivo (2008-2010), Plano Brasil Maior (2011-2014) As reformas da Política Brasileira de C,T&I Plano de Ação 2007-2010: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional i) Expansão e consolidação do Sistema Nacional de C,T&I. ii) Promoção da inovação tecnológica nas empresas. iii) Pesquisa, desenvolvimento e inovação em áreas estratégicas. iv) Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social. Instrumentos recentes de incentivo à C,T&I i) concessão de direta de recursos financeiros: crédito, aportes de risco, subvenção e os recursos não reembolsáveis (auxílios e bolsas); ii) incentivos fiscais que não envolvem a concessão de direta de recursos financeiros. Instrumentos recentes de incentivo à C,T&I: Linhas de financiamento à inovação do BNDES; crédito :Fundos crédito de Aval para PME (SEBRAE), equalização e/ou redução de encargos financeiros, parceria com entes locais para reduzir custos de financiamento instrumentos recentes : incentivos fiscais PDTI/PDTA (Programa de Desenvolvimento da Indústria e da Agropecuária) Lei de informática (1991, reeditada em 2001, 2004 e 2011) Lei do Bem (2005) e seu aparato jurídico/financeiro Lei 11.484/07: Incentivos fiscais para microeletrônica/TV Digital Lei 11.484/07: redução de IPI na importação pelas agências Lei n. 11.196/05: regimes tributário especial para exportação de serviços de tecnologia da informação, egime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras Necessidade de sincronia com a Lei de Responsabilidade Fiscal Instrumentos recentes : promoção das exportações Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP (1991): ‘benchmarking’, divulgação, treinamento em qualidade de produto e processo SOFTEX -Programa Nacional de Software para Exportação (1993)- estimulou o empreendedorismo, poucos resultados em comércio exterior PROGEX - Programa de Apoio Tecnológico à Exportação para pequenas e médias empresas (Sebrae, FVA, Estados) Tecnologias Industriais Básicas (TIBs): SINMETRO - Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial internacionalmente reconhecidos Forte participação das As reformas da Política Brasileira de C,T&I instituições criadas nos 70s