CAPÍTULO 2 – TENSÃO E DEFORMAÇÃO – CARREGAMENTO AXIAL CAPÍTULO 1: ANÁLISE DE TENSÕES EM MEMBROS E CONEXÕES DE ESTRUTURAS. PROJETAR EVITANDO A FALHA SOB CARGA ESPECÍFICA; -OUTRO PARÂMETRO IMPORTANTE: DEFORMAÇÃO CAUSADA PELA APLICAÇÃO DA CARGA; -ANÁLISE DE DEFORMAÇÕES: LEVA A DETERMINAÇÃO DAS TENSÕES; -FORÇAS NAS BARRAS: NEM SEMPRE POSSÍVEL A PARTIR DOS PRINCÍPIOS DA ESTÁTICA (BASEADA NA HIPÓTESE DE CORPOS RÍGIDOS); -CONSIDERANDO A DEFORMAÇÃO, PODE-SE OBTER FORÇAS ESTATICAMENTE INDETERMINADAS DENTRO DOS RECURSOS DA ANÁLISE ESTÁTICA; -FOI VISTO QUE A DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES EM UM MEMBRO É ESTATICAMENTE INDETERMINADA, MESMO COM A FORÇA CONHECIDA; -A DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO REAL DE TENSÕES É FEITA A PARTIR DA ANÁLISE DAS DEFORMAÇÕES; -NESTE CAPÍTULO SERÁ VISTA A DETERMINAÇÃO DAS DEFORMAÇÕES DEVIDO A CARREGAMENTOS AXIAIS. RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.1 2.1 INTRODUÇÃO - CONCEITOS A SEREM VISTOS DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA NORMAL: DEFORMAÇÃO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO; DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO: DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA EM FUNÇÃO DO CRESCIMENTO DA CARGA APLICADA; PARÂMETROS OBTIDOS DO DIAGRAMA: MÓDULO DE ELASTICIDADE, CARACTERÍSTICA DO MATERIAL (DÚTIL OU FRÁGIL), NATUREZA DAS DEFORMAÇÕES (PERMANENTES OU NÃO); FADIGA: LEVA A FALHA DEVIDO AO CARREGAMENTO CÍCLICO COM AS TENSÕES GERADAS ABAIXO DO LIMITE DE RUPTURA DO MATERIAL; PROBLEMAS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS: AQUELES EM QUE A REAÇÃO DE APOIO E AS FORÇAS INTERNAS NÃO PODEM SER DETERMINADOS APENAS PELA ESTÁTICA. EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO COMPLEMENTADAS POR RELAÇÕES ENVOLVENDO AS DEFORMAÇÕES; CONSTANTE ESPECÍFICA: COEFICIENTE DE POISSON (RELACIONANDO A DEFORMAÇÃO AXIAL COM A TRANSVERSAL RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.2 2.2 – DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA NORMAL SOB CARGA AXIAL DIAGRAMA CARGA-DEFORMAÇÃO: NÃO POSSIBILITA A PREVISÃO DE DEFORMAÇÕES EM QUAISQUER MEMBROS ESTRUTURAIS DE MESMO MATERIAL MAS COM DIMENSÕES DIVERSAS; RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.3 TENSÃO X DEFORMAÇÃO P σ= A δ ε= L DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.4 DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA EM UM PONTO Q DA BARRA DE SEÇÃO NÃO UNIFORME: ∆δ ε = lim ∆x →0 ∆x RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.5 2.3 DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO REPRESENTA AS RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E DEFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DE UM CERTO MATERIAL. É OBTIDO A PARTIR DE UM ENSAIO DE TRAÇÃO EM UMA AMOSTRA (CORPO DE PROVA) DO MATERIAL. OBS: resultados dependentes da temperatura e da velocidade de crescimento da carga. RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.6 NATUREZA DOS MATERIAIS: DÚTEIS X FRÁGEIS MATERIAIS DÚTEIS (aço, alumínio): APRESENTAM ESCOAMENTO E ESTRICÇÃO. Tensão última RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.7 NATUREZA DA FRATURA MATERIAIS DÚTEIS. FRATURA EM FORMA DE CONE COM ÂNGULO DE 45O EM RELAÇÃO À SUPERFÍCIE INICIAL DO CORPO DE PROVA. Fratura a 45o: originada por tensões de cisalhamento. Com carga axial, as maiores tensões ocorrem em planos a 45o da direção da carga (axial). OBS: as condições de temperatura alteram a natureza do material. RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.8 MATERIAIS FRÁGEIS (ferro fundido,vidro): RUPTURA SEM MUDANÇA SENSÍVEL NO MODO DE DEFORMAÇÃO; NÃO EXISTE DIFERENÇA ENTRE TENSÃO ÚLTIMA E TENSÃO DE RUPTURA; DEFORMAÇÃO PEQUENA ATÉ A RUPTURA; NÃO OCORRE ESTRICÇÃO; RUPTURA SEGUNDO UMA SUPERFÍCIE NORMAL AO CARREGAMENTO; RUPTURA DEVIDO A TENSÕES NORMAIS RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.9 MATERIAIS DÚTEIS QUE NÃO APRESENTAM CLARAMENTE A REGIÃO DE ESCOAMENTO. DETERMINAÇÃO DA TENSÃO DE ESCOAMENTO CONVENCIONAL (À DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA DE 0,2%) RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.10 MEDIDAS DE DUTIBILIDADE: ALONGAMENTO PERCENTUAL: 100 LR − L 0 L0 REDUÇÃO PERCENTUAL DE ÁREA: 100 LR : comprimento na ruptura L0 : comprimento inicial A 0 − AR AR AR : área na ruptura A0 : área inicial RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.11 2.4 TENSÕES E DEFORMAÇÕES ESPECÍFICAS VERDADEIRAS ∆L ε V = ∑ ∆ε = ∑ L P σ= A0 δ ε= L dL εV = ∫ L0 L L P σV = A L ε V = ln L0 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.12 2.5 LEI DE HOOKE – MÓDULO DE ELASTICIDADE (MÓDULO DE YOUNG) σ = Eε limite de proporcionalidade Pa ou psi Mesmo valor de E para aços de resistências diferentes. Mesma “rigidez” (capacidade de resistir a deformações elásticas) RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.13 2.6 COMPORTAMENTO ELÁSTICO E PLÁSTICO DOS MATERIAIS Comportamento elástico: deformações causadas por um certo carregamento desaparecem com a retirada do mesmo. Limite de Elasticidade: maior valor de tensão para o qual o material ainda apresenta este comportamento. Limite de elasticidade x Limite de Proporcionalidade RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.14 Deformação permanente (plastica) após a retirada da carga: - Depende da máxima tensão aplicada, do tempo decorrido até a retirada da carga e da temperatura durante a operação. - Parcela dependente da tensão aplicada: Deformação lenta do material - Parcela dependente do tempo até a retirada e da temperatura: Fluência RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.15 Reaplicando a carga após existir a deformação permanente: - Aumenta o limite de elasticidade devido à recuperação da resistência durante o carregamento inicial; - Deformação de ruptura inalterada - Redução da dutibilidade do material RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.16 Aplicando carregamento de compressão após o primeiro carregamento de tração: 1- Tração A ->B seguida de escoamento e retirada da carga C ->D; 2- Compressão D->H (ponto de escoamento não definido) seguida de escoamento H->J 3- Retirada da carga em J com retorno da tensão a zero J->K 4- Deformação A->K dependendo dos trechos B->C e H->J 5- Aplicação de nova tração K -> σ E RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.17 Se o carregamento inicial é suficiente para levar o material à máxima deformação plástica (ponto C’): 1- Descarregamento: C’ ->D’ 2- Compressão D’->H’ seguida de escoamento H’->J’ OBS: Máximo valor da tensão de compressão menor que Variação total das tensões entre C’ e H’ ainda igual a σ 2σ E E Se K e K’ coincidem com A, a deformação permanente é nula (retorno aparente às condições iniciais). Porém mudanças internas terão ocorrido. A repetição do carregamento e descarregamento, levará o material a se romper sem aviso (bruscamente), pois as deformações plásticas excessivas levam a mudanças radicais na sua estrutura interna. Carregamentos alternados com deformação plástica são perigosos! RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.18 2.7 CARGAS REPETIDAS. FADIGA - Se a carga aplicada não ultrapassa o limite de elasticidade, o material retorna às condições iniciais quando o carregamento é retirado; -Assim, uma certa carga pode ser repetida desde que dentro do regime elástico; -Porém, isso deve ocorrer para um número pequeno de ciclos, deixando de ser válido para um número da ordem de milhares de ciclos; -Neste caso a ruptura se dá a uma tensão bem abaixo da tensão de ruptura sob carregamento estático. Fenômeno conhecido como FADIGA; -A ruptura é sempre de natureza frágil, mesmo para materiais dúteis; -Deve ser considerada no projeto de estruturas submetidas a carregamentos cíclicos; -Condição mais severa: alternância completa da carga em um ciclo de carregamento; RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.19 Determinação experimental do número de ciclos para um determinado nível de tensão màxima (Curva σ − n ) Limite de Vida ou Duração para o qual a ruptura não ocorre mesmo para um número infinito de ciclos. Para o aço de baixo teor de carbono este limite é aprox. metade da tensão de ruptura. Para um metal não-ferroso a tensão de ruptura decresce continuamente com o aumento do número de ciclos. Limite de duração fixado como sendo o limite de ruptura após 500 x 106 ciclos. A ruptura se inicia a partir de uma fissura microscópica que aumenta até que a região não danificada seja insuficiente para resistir à tensão, rompendo bruscamente. O estado da superfície tem influência no limite por facilitar o início do processo. RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.20 2.8 DEFORMAÇÕES DE BARRAS SUJEITAS A CARGAS AXIAIS σ = Eε σ P ε= = E AE Para barras com diferentes seções transversais ou materiais, ou se as forças forem aplicadas em diversos pontos. Para barras com seção e/ou carregamento variável ao longo do comprimento A(x) ; P(x) Pdx dδ = εdx = AE PL δ= AE PL δ=∑ AE i i i i i Pdx δ=∫ AE L 0 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.21 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.22 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.23 DEFORMAÇÃO RELATIVA DE BARRAS SUJEITAS A CARGAS AXIAIS δ B/ A PL = δ −δ = EA B A RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.24 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.25 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.26 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.27 2.9 PROBLEMAS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.28 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.29 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.30 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.31 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.32 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.33 2.10 PROBLEMAS ENVOLVENDO VARIAÇÃO DE TEMPERATURA δ = α(∆T )L T COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA ε = α ∆T T DEFORMAÇÃO TÉRMICA ESPECÍFICA NÃO EXISTEM TENSÕES RELACIONADAS A ESTA DEFORMAÇÃO RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.34 BARRA APOIADA NAS DUAS EXTREMIDADES E SUBMETIDA A UMA ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA: RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.35 NÃO HÁ DEFORMAÇÃO, MAS É CRIADO UM ESTADO DE TENSÃO: δ = α(∆T )L T PL δ = AE p P = − AEα(∆T ) P σ = = −Eα(∆T ) A RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.36 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.37 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.38 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.39 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.40 2.11 COEFICIENTE DE POISSON PELA LEI DE HOOKE: σ =σ =0 Y Z σ ε = E X X PORÉM: ε Y e ε ≠0 z RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.41 ν= ε ε ν=− =− ε ε deformação específica transversal deformação específica longitudinal COMO: σ ε = E x x νσ ε =ε = E y y z x x x z RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.42 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.43 RES. MAT. X – Prof. Renato Rocha – UERJ 2.44