aquecimento global
centenário 1
Sociedade se
organiza para
exigir reforma
política
Mudanças no
clima geram
preocupação em
cientistas
Palmeiras comemora
100 anos com altos e
baixos p.16
Entre 1º e 7 de setembro,
organizações realizam
plebiscito popular
defendendo a convocação
de uma Assembleia
Constituinte
Conferência da ONU
que discutiu o futuro
do planeta aponta
cenário com aumento
de catástrofes naturais
em todo o mundo
p.7
SÃO PAULO
p.11
Carmen Salcedo
plebiscito
centenário 2
Cortázar
Escritor argentino
completaria 100 anos
em agosto
p.14
Ademir da Guia, craque palmeirense
das décadas de 60 e 70
22 a 31 de agosto de 2014 • ano 1 nº 47 • brasildefato.com.br • distribuição gratuita
ENTREVISTA
Marcelo Camargo/ABr
Juventude negra é alvo
constante da violência policial
Rafael Correa
Presidente do Equador
» Para integrante do movimento negro, é necessário criar um órgão com participação da
sociedade civil para apurar as violações de direitos cometidas por policiais p.5
“A imprensa
latinoamericana
ultrapassa todos
os recordes
quanto à falta de
ética”
p.8
editorial
2
brasildefato.com.br
Campanha eleitoral e a necessária Constituinte
Os partidos escolheram seus
candidatos. As alianças entre
eles foram feitas sem nenhum
critério ideológico ou compro­
misso com os tra­balhadores.
O prag­matismo da vitória nas
eleições falou mais alto. A cor­
rida eleitoral começou junto
com seus métodos manipula­
dores de sem­pre.
Os três principais presiden­
ciáveis somam R$ 1 bilhão de
intenções de gastos em cam­
panhas. O conjunto dos can­
didatos a senado­res e a depu­
tados registra R$ 4 bilhões de
gastos, destes, 85% vêm de 117
grandes empresas.
Mesmo sendo a oitava eco­
nomia mundial, o Brasil é o
terceiro pior em desigualdade
social no mundo. É irônico di­
zer que a sociedade brasileira é
tão rica que pode se dar ao luxo
de gastar essa dinheirama em
apenas dois meses de campa­
nha, com marqueteiros, shows
de músi­ca, banners, santinhos,
contratação de “militantes
partidários”, entre outros.
Esses são apenas alguns si­
nais da fa­
lência do modelo
eleitoral brasilei­ro e da crise
de representa­ção política. Cri­
se e hipocrisia na escolha do
partidos por seus candi­datos.
Crise na forma de financiar
campanhas, em que as gran­
des em­presas sequestraram a
democracia com seus “caixas
» O Brasil de Fato
SP se soma na
campanha por uma
profunda reforma
política através de
uma Constituite
2”. Crise porque os candidatos
não dis­cutem os problemas do
povo brasilei­ro, nem tratam de
pro­jetos para o país.
Os movimen­
tos sociais, as
pastorais e o movimento sin­
dical estão conven­
cidos de
que somente uma reforma po­
lítica profunda pode recuperar
a demo­cracia no Brasil. Para
isso, já estão organizados mais
de mil comitês em todo o ter­
ritório nacional para organizar
um Plebiscito Popular em que
o po­
vo possa se manifestar
sobre a convo­
cação de uma
assembléia constituinte sobe­
rana e exclusiva para debater
mu­danças no sistema político
brasileiro. O Plebiscito Cons­
tituinte irá ocorrer na Semana
da Pátria, de 1 a 7 de setembro.
A partir dessa pressão popu­
lar, será encaminhada a pro­
posta de um de­creto legislativo
que convoque, para o primei­
ro semestre de 2015, um ple­
biscito formal, legal, de uma
Assembleia Constituinte sobe­
rana. Ou seja, elei­ta de acordo
com a vontade do povo, sem
dependência econômica das
em­
presas. E exclusiva, que
quer dizer indepen­dente, se­
parada do Congresso.
O Brasil de Fato SP, como
veículo comprometido com a
classe trabalhadora e os movi­
mentos so­ciais, se soma nessa
campanha por uma ampla re­
forma política e na luta popu­
lar para conquistá-la.
Fernando Pereira/SECOM
FOTO DA SEMANA: Parque do Ibirapuera completou 60 anos
DAHMER - malvados.wordpress.com
SÃO PAULO
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são paulo
brasildefato.com.br
33
imigrantes
Laura Daudén / Conectas.Org
​ idade será a primeira a ter
C
centro para estrangeiros
» Local contará com diversos profissionais para o atendimento social
orientação jurídica, além de
atendimento de saúde e apoio
psicológico aos recém-chegados.
Segundo a Secretaria Mu­
nicipal de Direitos Humanos,
serão contratados profissionais
para atender os imigrantes em
quatro idiomas: inglês, francês,
espanhol e árabe.
“O Crai será um centro de
passagem. Ou seja, as pessoas
não vão chegar no Brasil e mo­
rar no abrigo. O serviço será
para pessoas que chegam em
situação vulnerável na cidade
e não têm para onde ir”, explica
o secretário de Direitos Huma­
nos e Cidadania, Rogério Sottili.
O secretário também desta­
cou que viajou a Portugal para
conhecer o Centro de Referên­
cia para imigrantes local – refe­
rência mundial de atendimen­
to a refugiados – para servir de
modelo ao abrigo paulistano.
A prefeitura vai pagar R$ 28
mil por mês pelo aluguel do
prédio. O dinheiro é fruto de
parceria com o Ministério da
Justiça. (Da RBA)
Haitianos são um dos povos que mais chegam a capital paulista
educação
Unifesp na Zona Leste será
aberta com atraso de 2 anos
Divulgação
A cidade de São Paulo vai
inaugurar entre agosto e se­
tembro o primeiro abrigo pú­
blico do Brasil especializado na
recepção e no atendimento de
imigrantes. Chamado de Crai
(Centro de Referência e Acolhi­
da para o Imigrante), o prédio
alugado pela Prefeitura na rua
Japurá, na Bela Vista, abrigará
pelo menos 120 estrangeiros.
O Crai vai oferecer serviços
como documentação, interme­
diação de trabalho, formação
(profissional e em idiomas) e
A reitora Soraya Smaili afimra que erro da USP não será repetido
O campus da Unifesp (Uni­
versidade Federal de São Paulo)
em Itaquera, na zona leste da
cidade, que deveria ser inau­
gurada no primeiro semestre
desde ano, ficará só para 2016,
conforme anunciou a reitora
da instituição, Soraya Soubhi
Smaili, em coletiva de imprensa
na prefeitura de São Paulo. As
obras devem começar apenas
no segundo semestre de 2015.
O ministro da Educação,
Henrique Paim, anunciou du­
rante o evento que o Ministé­
rio liberou R$ 3 milhões para o
projeto executivo da obra, que
deverá começar nos próximos
dias. O terreno localizado na
Avenida Jacu-Pêssego foi cedi­
do pela prefeitura de São Paulo
em janeiro de 2013, depois de
seis anos de pressão da comu­
nidade. Na sequência, a Secre­
taria Municipal do Verde e do
Meio Ambiente apresentou um
laudo apontando a existência
de contaminação no solo.
A reitora informou, no en­
tanto, que a Cetesb (Compa­
nhia de Tecnologia de Sanea­
mento Ambiental) concluiu a
análise da área e que apenas
alguns locais precisarão pas­
sar por processo de descon­
taminação, que ficará a cargo
da prefeitura. No restante do
terreno já é possível começar o
projeto. Segundo Soraya, a de­
mora na obra garante que não
ocorrerá com a Unifesp o mes­
mo problema da USP Leste,
que foi construída em um ter­
reno contaminado. (Da RBA)
são paulo
4
O impacto da simplicidade
Qual o impacto de algo simples
como uma criança andando de bicicleta a caminho da escola? Isso é possível em São Paulo? Conhecida hoje
como a terra dos congestionamentos,
a cidade ostenta números de uma
verdadeira guerra quando tratamos
da violência no trânsito.
Por ano, morrem mais de mil pessoas em “acidentes”. Segundo a CET,
em 2011 foram 1.127 mil mortes,
sendo 514 pedestres, 433 motociclistas, 134 motoristas e 46 ciclistas. Para
comparar: o mais recente conflito
entre Israel e Palestina, matou 2.170 –
sendo 2.101 civis palestinos.
brasildefato.com.br
por Hélio Wicher Neto e Letícia Lindenberg
A última pesquisa Origem e Des- lho, estudo e lazer são feitos a pé. Não
tino do Metrô, de 2007, apontou que é à toa que os números de pedestres
mais de 300 mil viagens eram feitas mortos são tão altos.
Mas o que tudo isso tem a ver com
de bicicleta na Região Metropolitana
as novas ciclovias
de São Paulo. Um auou
ciclofaixas?
mento de 90% com- » As ciclovias são
Tudo! Elas são um
parado a 1997. Tal parte do processo de
dos elementos que
número comprova o
retomada do espaço
“acalmam” o trânsique vemos: milhares
to. Significa reduzir
de pessoas utilizam a público e do respeito
o espaço destinado
bicicleta como meio ao direito de ir e vir
aos carros, resulde transporte. Outras
também poderiam fazê-lo, mas têm tando na diminuição da velocidade
receio da violência do trânsito.
dos veículos motorizados e na melhoOutro número: mais de 30% dos ria das condições de circulação para
deslocamentos diários para o traba- pedestres e ciclistas. Não se trata de
PSDB afirma que
culpa é de São Pedro
» Para presidente da CPI, entretanto, há falha de gerenciamento
Represa do Sistema Cantereira: onde está a garça deveria haver água
ser contra os carros, mas de uma distribuição justa do espaço público.
São Paulo está muito atrasada no
respeito aos pedestres e ciclistas. Medidas rápidas e corajosas são necessárias. As ciclovias são parte do processo de retomada do espaço público
e do respeito ao direito de ir e vir, com
segurança e qualidade. As ciclovias
demoraram, mas vem para ficar e tornar mais democrático o local em que
vivemos. Boas vindas às ciclovias!
Hélio Wicher Neto é advogado e cientista social; Letícia Lindenberg é arquiteta
e urbanista.
O vereador Mário Covas
Neto (PSDB) afirmou que a
crise hídrica do estado de São
Paulo tem São Pedro como
único responsável – em uma
referência à falta de chuvas
na região. Ele ainda disse não
ver ligação entre o governo
estadual, que administra a
Sabesp (Companhia de Sa­
neamento Básico de SP), e a
falta de água. “Não dá para
você atribuir a alguém a res­
ponsabilidade pela crise se
você não tem a comprovação
de que um ato que ele tenha
feito tenha resultado nisso”,
argumentou.
O fornecimento de água pela
Sabesp para a prefeitura de São
Paulo é investigado por uma
CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) na Câmara Munici­
pal. A primeira audiência, no
último dia 19, analisou as cau­
sas da falta de água e o cumpri­
mento do contrato da empresa
com a prefeitura.
Na visão do presidente da
comissão, Laércio Benko
(PHS), a CPI é necessária para
investigar o gerenciamento
ineficaz dos recursos hídricos
do estado nas últimas admi­
nistrações. “Há muitos países
em que chove muito menos
do que está chovendo em
São Paulo e não falta água. O
grande problema é que nos
últimos 20 anos nós não tive­
mos um planejamento para
estarmos preparados para
essa situação absolutamente
previsível.”
Em algumas regiões da ca­
pital o fornecimento de água
já foi interrompido e a Câma­
ra Municipal tem recebido de­
núncias sobre o racionamen­
to em domicílios. (Da RBA)
Governo federal afirma que fim da crise é incerta
O diretor-presidente da ANA
(Agência Nacional das Águas),
Vicente Andreu, e a ministra
do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, afirmaram que a du­
ração da crise de abastecimen­
to em São Paulo é incerta.
“Considerando que hoje a
crise no Paraíba do Sul e no
Cantareira ganha contornos
que a gente nunca tinha visto.
No caso do sistema Cantarei­
ra, chegou a 70% abaixo da
mínima histórica. É óbvio que
a recuperação nesses reserva­
tórios pode levar tempo em
função das chuvas, tem uma
incerteza”, afirmou a ministra.
Segundo ela, mesmo que
chova, será necessário poupar.
“2015 e 2016 são anos em que
se espera chuva, mas também
se espera poupança de água,
você vai ter que recuperar os
reservatórios, que no caso do
Cantareira já está no volume
morto”, disse Izabella Teixeira.
Para Andreu, o prolongamen­
to da crise pode “impor restri­
ções talvez inéditas na história”.
O governo federal anunciou
o lançamento do Plano Nacio­
nal de Segurança Hídrica, que
vai fazer um levantamento das
necessidades prioritárias do
Brasil nesse quesito. O diag­
nóstico deve ser concluído em
dois anos, mas está prevista a
divulgação de resultados par­
ciais durante o processo.
são paulo
brasildefato.com.br
55
racismo
Violência contra a população negra é
denunciada por organizações políticas
Fotos: Rafael Stedile
» Segundo o Ministério da Saúde, 75% das vítimas, entre 15 e 29 anos, no ano de 2010, eram compostas por negros
Entenda o caso
Laudo afirma que jovem negro
norte-americano levou seis tiros
Beatriz Lourenço, do Levante Popular da Juventude, participa da Marcha contra o Genocídio do Povo Negro
por Rafael Tatemoto
A morte do jovem norte­
-americano Michael Brown no
último dia 9 (leia mais na maté­
ria ao lado) colocou a questão
racial novamente em evidência
na mídia de todo o mundo. O
caso, entretanto, não é exceção.
A realidade brasileira, aliás, é
bastante próxima ao fenômeno
que se tornou explícito nos Es­
tados Unidos.
Para denunciar a situação de
violência cotidiana a que a po­
pulação negra está submetida,
diversas organizações realizam
a 2ª Marcha Internacional Con­
tra o Genocídio do Povo Negro,
no dia 22 de agosto.
Dados levantados pelos
órgãos governamentais con­
firmam as preocupações dos
organizadores da Marcha. A
juventude negra e de periferia é
um alvo preferencial da violên­
cia. Em 2010, segundo informa­
ções do Ministério da Saúde,
metade das vítimas de mortes
violentas tinham entre 15 e 29
anos, desses, 75% eram negros.
“Muitos desses casos são
resultado da atuação estatal,
principalmente das forças poli­
ciais”, afirma Beatriz Lourenço,
integrante do Levante Popular
da Juventude, uma das organi­
zações que organizam a Mar­
cha contra a violência sobre a
população negra.
“As polícias surgiram justa­
mente para perseguir os escra­
vos que fugiam [no período co­
lonial]. O papel continua sendo
o mesmo até hoje”, diz Beatriz.
“Nós falamos em genocídio
pois há uma política sistemáti­
ca de perseguição e tentativa de
extermínio de um determinado
povo, no caso, o negro. A vio­
lência policial só é a expressão
mais latente desse processo. A
maior dificuldade de acesso a
serviços de saúde e a condições
dignas de moradia, por exem­
plo, completam esse quadro.”
DESIGUALDADE
Segundo dados do IBGE, a
discriminação racial se mani­
festa também no mundo do
trabalho. Ainda que de 2003 a
2013 a desigualdade salarial
entre brancos e negros tenha
diminuído – a renda dos últi­
mos aumentou 51,4%, ao passo
que dos primeiros, 27,8% – a
distância permanece grande.
Os ganhos dos afrodescenden­
tes ainda são 42,6% menores
que os da população branca.
Para combater esse quadro,
Beatriz acredita que uma série
de medidas é necessária. “É
preciso tornar natural a pre­
sença de negros em espaços de
poder, através de medidas re­
parativas, como na política ou
nas universidades.” Especifica­
mente quanto à violência, ela
defende a criação de um órgão
com participação da sociedade
civil para apurar as violações
policiais. “Hoje quem investiga
é quem comete o crime. Deve­
-se fazer um mapa racial das
mortes cometidas pela polícia.
Tem de ir mais a fundo, debater
o modelo de instituição: as for­
ças de segurança pública tem
que servir ao cidadão, não atu­
ar com base na lógica militar,
de eliminação do inimigo.”
O jovem Michael Brown, de
18 anos, foi morto a tiros em
plena luz do dia por um po­
licial no dia 9 de agosto, na
cidade de Ferguson, no esta­
do do Missouri. Brown, que
estava prestes a entrar para a
faculdade, saiu desarmado de
uma loja de bebidas de Fergu­
son - onde, segundo a polícia,
havia roubado um maço de
cigarros - quando foi morto
pelo oficial Darren Wilson.
As versões da polícia e de
várias testemunhas divergem.
Segundo a corporação, Brown
tentou tirar a arma do poli­
cial, que então atirou contra
o jovem. Para outros, incluin­
do um amigo que o acompa­
nhava, a vítima estava com as
mãos para o alto.
Segundo a necropsia so­
licitada pela família do jo­
vem e pelo Departamento
de Justiça do governo federal
norte-americano, o jovem foi
atingido por ao menos seis
disparos.
A ocorrência foi seguida de
uma série de protestos, repri­
midos com o uso de armas
letais – fuzis, granadas e até
mesmo tanques de guerra –
utilizadas pelas forças arma­
das dos EUA. Em Ferguson,
67% da população é negra. A
Polícia do local, entretanto, é
composta por 90% de bran­
cos. 85% dos detidos pela
força policial são afrodescen­
dentes.
Michael Brown, estudante de 18 anos, foi morto pela polícia
brasil
6
brasildefato.com.br
Domésticas e o direito à carteira de trabalho
Já completam-se mais de um ano
em que uma histórica e polêmica PEC
(Proposta de Emenda Constitucional)
percorreu o Plenário do Congresso
Nacional. No entanto, a medida de
alteração da Constituição – visando
garantir a expansão de direitos às trabalhadoras domésticas – ainda permanece sem regulamentação.
O trabalho doméstico no Brasil tem
origem no período da escravidão colonial. O sistema imperialista patriarcal desembarcou no país junto com a
família real e impôs uma dinâmica de
trabalho doméstico que permanece
nas famílias e no imaginário social.
O Brasil ainda parece ser um dos
únicos países que adotou o “lugar” do
trabalhador doméstico, identificado trabalhadoras em serviços doméstipelo “elevador de serviço”, a “entrada cos, 61,7% são negras.
No entanto, na renda acumulada, as
dos fundos” e o recorrente “quarto da
empregada” delimitando bem que o mulheres negras seguem na esteira da
história escravagista
seu lugar é próximo
brasileira e - apesar
a cozinha e com o ta- » O recesso do
de serem maioria
manho da valoriza- Congresso Nacional
as domésticas
ção do seu trabalho:
dificulta ainda mais a entre
- são as que têm reninsignificante.
Traços da escra- vida das mulheras, em dimento menor.
A PEC das Dovidão e da herança especial das negras.
mésticas, como ficultural da divisão
sexual do trabalho estão presentes nas cou popularmente conhecida, avança
estatísticas. Segundo dados do IBGE, muito no reconhecimento do trabalho
o trabalho doméstico remunerado é reprodutivo doméstico, garantindo
realizado por 93,6% de mulheres, ocu- – entre outros direitos – o pagamento
pando 15,8% da mão de obra feminina ao FGTS, o auxilio saúda, a jornada de
no mercado de trabalho. Do total das trabalho de 44h bem como ao seguro
por Juliane furno
desemprego por demissão sem justa
causa.
O Recesso “Branco” do Congresso
Nacional - até as eleições de outubro dificulta ainda mais a vida das mulheres, em especial das negras, maiores
precarizadas entre as trabalhadoras
domésticas. Enquanto o Congresso
Nacional não regulamentar esse direito histórico ainda estaremos vivendo
sob o manto da escravidão, aceitando
que as trabalhadoras domésticas são
“empregadas” e como tal merecem
um tratamento menos profissional e
regulamentado.
Juliane Furno é do partido Consulta
Popular e mestranda na UNICAMP
entrevista
trabalho
Negros são poucos nas telas de cinema
Desemprego
se mantém
estável
» Brancos representam 80% dos atores das produções cinematográficas de maior bilheteria
Divulgação
homem do sertão, o nordeste
como ambiente da seca, da
pobreza.
Cena do filme “Cidade de Deus”, do diretor Fernando Meirelles, de 2002
Por Daniele Silveira
Mesmo sendo a maioria
da população brasileira, os
negros não estão represen­
tados nos filmes nacionais.
Entre as produções cinema­
tográficas de maior bilheteria
dos anos de 2002 a 2012, os
brancos compõem a maioria
dos atores e atrizes, com 80%,
enquanto os pretos e pardos
totalizam apenas 20%.
No trabalho de direção e
roteiro somente 2% dos fil­
mes foram dirigidos por pre­
tos ou pardos, e roteiristas to­
talizam 4%. As constatações
foram feitas pela pesquisa “A
Cara do Cinema Nacional” da
Uerj (Universidade Estadual
do Rio de Janeiro).
Em entrevista à Radioagência BdF, a pesquisadora
Gabriela Moratelli fala como
o cinema reproduz hierar­
quias sociais e contribui na
difusão de estereótipos.
Como as mulheres negras são
representadas no cinema?
Pelo que a gente pode obser­
var nos trailers, normalmente
as mulheres negras quando
aparecem são empregadas
domésticas. Em alguns fil­
mes estão ligadas a escolas
de samba, mas dificilmente
você vê nos filmes mulheres
negras de classe média. Os
ambientes que elas ocupam,
normalmente, são as favelas.
O ambiente da favela é onde
as mulheres negras e os ho­
mens negros mais aparecem.
Há uma relação de personagens negros com estereótipos ligados à pobreza e à
criminalidade?
Na maioria das vezes é es­
tereotipado. Mas isso não
acontece só com persona­
gens negros. Quando os nor­
destinos aparecem também
são subrrepresentados, asso­
ciados a ideia de atraso, do
Quais as consequências
desse cenário?
O que a gente percebe é a
produção de uma imagem
que não corresponde à rea­
lidade. Apesar de existir uma
maioria da população negra,
eles são sub-representados
e isso é ruim para a própria
imagem que os negros fazem
de si mesmos.
Como é possível democratizar a produção audiovisual?
Eu acho que através das leis
seria uma forma. Como no
caso do Rio de Janeiro, por
exemplo, que se um produ­
tor quiser ter um patrocínio
do governo municipal ele
precisa ter pelo menos 40%
de personagens negros. Mas
que personagens são esses?
Será que se ele colocar 40%
dos figurantes negros ainda
vai ter patrocínio? Dentro do
ideário elitista brasileiro e ra­
cista os negros vão continuar
sendo sub-representados en­
quanto não houver nenhum
tipo de lei que veja isso.
O IBGE avaliou como está­
veis as taxas de desemprego
nas regiões metropolitanas de
Belo Horizonte (4,1%), Recife
(6,6%), Rio de Janeiro (3,6%) e
São Paulo (4,9%), na compara­
ção de junho para julho.
Em relação a julho do ano
passado, a taxa recuou no Rio e
em São Paulo. Ainda faltam da­
dos das regiões de Porto Alegre
e Salvador, em função de greves
recentes. Assim, as três últi­
mas edições da PME (Pesquisa
Mensal de Emprego) está com
dados incompletos. A divulga­
ção dos dados parciais foram
realizadas no último dia 21.
Segundo o instituto, o nú­
mero de desempregados ficou
estável, na comparação anual,
em Belo Horizonte e Recife. E
diminuiu tanto no Rio (-26,4%)
como em São Paulo (-17,5%).
O total de trabalhadores com
carteira assinada também ficou
estável de junho para julho nas
quatro regiões com dados dis­
poníveis. Sobre o rendimento
médio dos trabalhadores em
São Paulo (R$ 2.102,70), hou­
ve queda no mês (-0,5%) e alta
(1,6%) na comparação em 12
meses. (Da Redação)
brasil
brasildefato.com.br
77
MUDANÇAS
Movimentos sociais aumentam pressão
por reforma do sistema político brasileiro
Divulgação
» Sociedade civil prepara mobilização em favor de Assembleia Constituinte e de projeto de lei popular
Organizações querem uma Constituinte exclusiva para mudar o sistema político
por Pedro Rafael Vilela, de Brasília
Antes das eleições para pre­
sidente, governadores e parla­
mentares, marcadas para ou­
tubro, outra consulta popular
pretende recolher mais de 10
milhões de votos em favor de
uma reforma política. A alian­
ça entre as duas principais ini­
ciativas em curso no país para
transformar o atual sistema
político completa uma mês e
tem como objetivo realizar a
Semana Nacional de Luta pela
Reforma Política Democrática
que já se aproxima e irá ocor­
rer de 1 a 7 de setembro.
De um lado, a Coalizão pela
Reforma Política e Eleições
Limpas, que conta com apoio
de 95 entidades, como a OAB
(Ordem dos Advogados do
Brasil) e a CNBB (Confede­
ração dos Bispos do Brasil).
Oriundo do mesmo grupo que
levou adiante o projeto de lei
da Ficha Limpa, em 2010, ago­
ra eles propõem outra lei para
estabelecer o financiamento
democrático das campanhas
eleitorais, fortalecimento dos
mecanismos de participação
popular, entre outros. Para que
possa ser apresentado ao Con­
gresso Nacional, a iniciativa
precisa recolher 1,5 milhão de
assinaturas de eleitores.
Do outro lado, o Plebiscito
Popular por uma Constituin­
te Exclusiva e Soberana sobre
o Sistema Político vai mais
além. Com adesão de 348
organizações e movimentos
sociais, como a CUT (Central
Única dos Trabalhadores), o
MST (Movimento dos Traba­
lhadores Sem Terra) e a UNE
(União Nacional dos Estu­
dantes), a proposta é convo­
car uma Assembleia Nacional
Constituinte para fazer a re­
forma política que os atuais
deputados e senadores não
têm interesse em discutir.
VOTAÇÃO
Na primeira semana de se­
tembro, em milhares de cen­
tros de votação espalhados
pelo país, os organizadores da
campanha do Plebiscito Cons­
tituinte vão recolher votos em
cédula com a pergunta: “Você
é a favor da convocação de
uma Constituinte Exclusiva e
Soberana do Sistema Político?”.
A expectativa é contabilizar
mais de 10 milhões de votos.
Com as duas campanhas
unidas e nas ruas ao mesmo
tempo, a pressão pela refor­
ma política deve aumentar.
“O efeito da mobilização vai
ser bastante significativo. Te­
mos amplas bases sociais que
vão dialogar com a população
sobre essas iniciativas”, argu­
menta José Antônio Moroni,
do Instituto de Estudos So­
cioeconômicos, entidade que
participa das duas iniciativas.
Mesmo sem ter vínculos
com as candidaturas presi­
denciais, as campanhas de re­
forma política podem forçar o
tema na agenda eleitoral. “Os
candidatos a presidente não
estão comprometidos exata­
mente com essa pauta, mas
vemos que já se começa a falar
mais seriamente. A presidenta
Dilma já mencionou a neces­
sidade de reforma política. Se
os demais candidatos come­
çarem a falar disso, aí o tema
será debatido e a população
poderá se envolver mais”,
aponta Moroni.
Crédito imobialiário deve ampliar economia
As medidas anunciadas no
último dia 20 pelo ministro da
Fazenda, Guido Mantega, para
facilitar o crédito imobiliário e
reduzir a inadimplência, devem
ampliar a capacidade econô­
mica da sociedade, apontou o
diretor do Dieese (Departamen­
to Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos), Cle­
mente Ganz Lúcio.
“A dinâmica econômica de
um país como o Brasil, uma das
maiores economias do plane­
ta, em grande medida se dá por
mantermos um mercado interno
de consumo e de produção para
toda a população em pleno vi­
gor”, afirmou à Rádio Brasil Atual.
Clemente ressalta que a esti­
mativa do governo é que esse tipo
de movimento possa colocar cer­
ca de R$ 40 bilhões na economia.
“Esse tipo de medida é necessá­
ria para a atividade econômica
do país”, diz. As medidas visam
a simplificar o acesso ao crédito,
facilitando para o consumidor e
para as empresas e bancos, redu­
zindo custos e burocracias.
Com a mudança, o trabalha­
dor agora pode autorizar para
os bancos o desconto da parcela
do seu financiamento quando a
empresa deposita o salário em
sua conta corrente, evitando
possíveis extorsões.
Houve alterações também no
acesso ao crédito para financia­
mento habitacional no senti­
do de reorganizar o registro de
imóveis, concentrando em um
único cartório todas as informa­
ções. Para pessoas que querem
fazer poupança e investir em le­
tras e crédito imobiliário, as me­
didas vão facilitar a capacitação
Ministério da Fazenda conduz mudanças no crédito imobiliário
de recursos. (Da RBA)
USP Imagens
mercado interno
entrevista
8
por Beto Almeida, Emir Sader e Valter Xéu
Fotos: Presidencia de la República
Rafael Correa, presidente do Equador
brasildefato.com.br
“Restauração conservadora ameaça América Latina”
Em passagem recente pelo Brasil, o
presidente do Equador, Rafael Correa,
concedeu entrevista exclusiva ao Brasil de Fato. Além do jornalista Beto Al­
meida, que representava o jornal e a TV
Cidade Livre, de Brasília, participaram
o jornalista Valter Xéu, da página Pátria
Latina, e o sociólogo Emir Sader.
Correa, que governa o Equador des­
de 2007 e pretende concorrer à ree­
leição em 2017, esteve no Brasil para
participar da reunião da Unasul, que
reúne países da América do Sul, com
os Brics, integrado por China, Rússia,
Brasil, África do Sul e Índia.
O presidente equatoriano, que de­
fende a existência de leis que limitem o
poder da mídia, também acredita que,
no momento, está em marcha na Amé­
rica Latina uma “restauração conser­
vadora”, que tem como objetivo por fim
ao ciclo de governos progressistas dos
últimos anos. Leia a entrevista:
Emir Sader – Presidente, após sua
primeira eleição (em 2007), o senhor
disse que não era mais uma época de
mudança, mas uma mudança de época para a América Latina e o Equador.
O que isso significa?
Rafael Correa – Existe uma mudança
de época. Começamos um novo ciclo
na América Latina, quando muitos go­
vernos progressistas chegaram à região.
As direitas nacionais e internacionais
estavam atordoadas por sua falta de
projeto, por esse fracasso estrondoso
“O desenvolvimento
é um processo político.
O que alcançamos de
melhorias no Equador é
porque quem manda já
é o povo equatoriano”
do neoliberalismo, sobretudo, na nossa
América Latina. Por isso, falei de uma
mudança de época. Não eram simples
reformas que se planejavam, mas mu­
danças profundas, históricas. Mudanças
nas relações de poder, nas transforma­
ções de nossos Estados burgueses em
Estados populares. Com a chegada de
Hugo Chávez [Venezuela], Lula da Sil­
va [Brasil], Tabaré Vasquez [Uruguai],
Evo Morales [Bolívia], Michelle Bachelet
[Chile], a revolução cidadã no Equador...
Contudo, temos que estar muito atentos.
Provavelmente, se inicia um novo ciclo
conservador, no que chamam de restau­
ração conservadora. Claramente se vê
uma coordenação das forças reacioná­
rias mundiais e nacionais. Eu creio que
a América Latina jamais se permitirá re­
tornar completamente ao passado. Mas
muito do que foi ganho, sim, se pode
perder. Com base nas mentiras transmi­
tidas pelos meios de comunicação que
fazem os pobres acreditarem que o que
é bom para as elites é bom para eles, ao
passo que seguem nessa condição de
exploração histórica que sempre viveu
nossa América.
Beto Almeida – Essa reunião que
aconteceu aqui no Brasil, entre Brics
e Unasul, pode reivindicar também
uma articulação política?
Devemos ser bem realistas. São boas
notícias as conformações desses blo­
cos alternativos que buscam romper
a hegemonia de um ou dois países.
Nem todos os governos do Brics ou
da Unasul são progressistas, contudo,
chegaremos a um consenso em função
de nossos interesses, se é um governo
de direita ou esquerda, buscando uma
nova arquitetura financeira, buscando
que os meios de pagamentos interna­
cionais não passem pelos Estados Uni­
dos, porque uma decisão dos Estados
entrevista
9 brasildefato.com.br
“A imprensa latino-americana ultrapassa todos os recordes
quanto à falta de ética, concentração de propriedade, falta
de profissionalismo, manipulação política”
Unidos pode quebrar a Argentina, por
exemplo. Então, buscando alternativas,
apenas isso, já seriam passos gigantes­
cos para um mundo menos injusto e
para mais oportunidades às novas eco­
nomias emergentes.
Valter Xéu – Durante o seu mandato
[2007 até hoje], os índices de saúde
e educação no seu país cresceram
muito. Também a erradicação da pobreza. Como explicar o Equador, uma
economia pequena, conseguir atingir índices que países de economia
muito mais forte não conseguiram?
O desenvolvimento é basicamente um
processo político. O que alcançamos
no Equador é porque já quem manda é
o povo equatoriano. Porque de um Es­
tado burguês, o estamos convertendo
em um Estado popular. Muitos dos re­
cursos estavam aí, como, por exemplo,
o recurso petrolífero. De cada 100 bar­
ris, 80 ficavam com as petroleiras. Em
três anos, renegociamos os contratos e
quatro petroleiras deixaram o país, que
vão com Deus... Agora é exatamente a
razão inversa. De cada 100, 80 ficam
para o povo equatoriano. Se pagava
uma dívida ilegítima, até por antecipa­
ção. Então eram recursos que estavam
aí, mas nas mãos erradas. E como al­
cançamos isso? Agora há um governo e
um Estado que reflete o bem comum.
Funciona com base nas grandes maio­
rias, houve uma mudança na relação
de poder em função do poder popular.
Contudo, esse processo tem limites ex­
ternos. Quando virem que o sucesso do
Equador é perigoso, seremos atacados
por todos os lados. Existem restrições
externas que só poderemos enfrentar
com a integração. Um primeiro passo
no nosso processo tem sido assegurar
da melhor maneira os recursos exis­
tentes. Já uma seguinte etapa, criar
mais recursos, criar mais riquezas. E
aí é onde o socialismo sempre falhou
um pouco. O socialismo falou muito
em justiça social, mas falou pouco em
eficiência. E o socialismo moderno tem
que falar em eficiência.
Emir Sader – No Equador, vocês avançaram bastante na democratização
dos meios de comunicação. Qual o
modelo atual de formação de opinião
pública democrática?
Nossos principais adversários são os
grandes meios de comunicação que
têm tomado, descaradamente, o lugar
dos partidos políticos de direita. Por­
que a quem pertencem os meios de
comunicação na América Latina? Aos
pobres ou às oligarquias? Esse é um
instrumento para manter a estrutura
social desigual. Mas temos que avan­
çar com muito cuidado. Tem sido uma
luta enorme. Não conseguiram vencer
o governo, devido à credibilidade que
esse tem, mas mais de 90% dos meios
de comunicação no Equador estão
“Meios comunitários, sem fins lucrativos, buscam fazer um novo jornalismo”
em mãos privadas. Claro que há toda
uma propaganda de que o presidente
do Equador tem acumulado meios de
comunicação, e com isso se engana o
povo. Mas a realidade é que nem 10%
dos meios de comunicação são públi­
cos, e não falo só do governo central,
mas de municípios, assembleias, uni­
versidades públicas. O resto segue em
mãos privadas. Uma luta enorme na
área da comunicação é uma contra­
dição de base: a comunicação é um
direito, é algo fundamental para a con­
vivência. E de acordo com o modelo
capitalista, esse direito é provido por
negócios privados que visam o lucro.
Uma contradição entre lucro e direito.
Mas é claro que não se busca apenas lu­
cro. Busca-se poder. Essa é uma forma
de dominar. Todo poder deve ter con­
trole social. Poder político, econômico,
social, religioso, midiático. Mas quando
se trata de colocar limites a esse poder
midiático é um atentado à liberdade de
expressão, e isso é totalmente inconsis­
tente. Então, temos que falar claramen­
te que isto é um problema planetário,
mas, sobretudo, na América Latina,
porque a imprensa latino-americana
ultrapassa todos os recordes quanto à
falta de ética, concentração de proprie­
dade, falta de profissionalismo, mani­
pulação política.
Beto Almeida – Como o senhor vê a
necessidade de um outro tipo de jornalismo?
Ter muito mais meios comunitários,
sem fins lucrativos, que busquem
realizar o verdadeiro jornalismo sem
essa contradição fundamental entre
o lucro e a garantia de um direito. Ter
mais meios públicos, o que não signi­
fica serem meios do governo, mas da
sociedade, da cidadania, com con­
trole social. Com a nova Constituição
do Equador se regula que ao menos
a frequência para meios audiovisuais
no espectro radioelétrico se distribua
um terço para o setor privado com
fins lucrativos, um terço para o setor
público e um terço para o setor comu­
nitário, sem fins lucrativos. É uma das
respostas, dentre outras medidas, que
se pode tomar para termos um jorna­
lismo muito melhor, que no lugar de
desintegrar, integre; não desinforme;
não manipule; comunique.
Emir Sader – Recentemente, vocês
fundaram uma nova universidade, baseada na ideia do “conhecer
bem”, do saber comum. Qual é a natureza deste projeto que estão desenvolvendo?
brasildefato.com.br
99
Correa é presidente de 2007 até hoje
Na verdade, criamos quatro novas
universidades. Acredito que você se
refira à Ikiam [Universidade Regio­
nal Amazônica], na selva. Aprovei­
tando essa vantagem enorme que é
a selva amazônica, maior e melhor
laboratório natural do mundo, e dife­
rentemente do Brasil onde a floresta
amazônica fica bastante distante das
grandes cidades, aqui no Equador,
em três horas e meia, a partir de Qui­
to [capital do país], pode-se estar em
plena selva amazônica. Criamos essa
nova universidade, chamada Ikiam,
que na língua shuar, uma das tan­
tas línguas ancestrais que têm nosso
país, significa “selva”, que fica no meio
de uma reserva natural de cerca de
900 km², para ser uma universidade de
nível mundial, basicamente, para no
caso nacional atender a região ama­
zônica que, praticamente, carecia de
universidades ou eram universidades
de péssima qualidade. Posso lhes ga­
rantir que será uma universidade úni­
ca e com vantagens irrepetíveis nessa
classe de estudo: de biodiversidade,
de bioconhecimento.
“Aproveitando essa
vantagem enorme que é a
Amazônia, maior e melhor
laboratório natural do
mundo, criamos uma nova
universidade na selva”
fatos em foco
Combate aos transgênicos
Sec. Antidrogas/Paraguai
Abdelmassih
A mais de três anos foragido, o ex-médico Roger
Abdelmassih foi preso
em Assunção, capital do
Paraguai. Ele foi condenado a 278 anos de prisão
por 52 estupros de suas
pacientes.
ça, participou do documento
e explicou que há várias pes­
quisas apontando os efeitos
danosos dos transgênicos para
a saúde e o meio ambiente.
O secretário-geral da CNBB,
Dom Leonardo Ulrich Steiner,
afirma que o papa tem interes­
se pelo tema. “Sabemos que
ele realmente estuda os do­
cumentos, ele procura tam­
bém ouvir muito e tomar a
suas decisões.” (Da RBA)
O Ministério da Saúde des­
mentiu o boato que se espa­
lhou pelas redes sociais de que
o ebola está fazendo vítimas
no Brasil. “Não há caso sus­
peito ou confirmado da doen­
ça no país”, afirma o ministé­
rio, em comunicado oficial. “O
risco de transmissão para o país
é considerado baixo.”
De acordo com os dados di­
vulgados pela OMS (Organi­
zação Mundial da Saúde), os
países afetados pelo surto do
vírus Ebola são Guiné, Libéria
e Serra Leoa, todos situados
na África Ocidental.
Como a doença é transmi­
tida pelo contato direto com
sangue, secreções, órgãos e
outros fluidos corporais de
pessoas ou animais infecta­
dos, a contaminação de pes­
soas em outros continentes é
considerada pouco provável.
(Da RBA)
“Assim como na vida há casais gays, nas novelas
também têm. É um reflexo da realidade.”
Disse Gilberto Braga, autor da próxima novela da nove, que terá um casal de lésbicas
formado por Fernanda Montenegro e Nathália Timberg.
Plano de Educação é debatido
Redução no consumo de sal
USP Imagens
O movimento “Ciclofaixa
na Santa Cecília” marcou
no dia 25 uma “bicicletada” em apoio à criação de
ciclovias no bairro, combatendo a posição dos
comerciantes, que eram
contrários à implementação.
Divulgação
João Luiz/SECOM
O MST, em parceria com es­
pecialistas, enviou um abaixo­
-assinado pedindo o apoio do
papa Francisco para a proibi­
ção do cultivo e produção de
sementes transgênicas no Bra­
sil. O documento foi apresen­
tado na sede da CNBB (Confe­
rência Nacional dos Bispos do
Brasil), em Brasília, e encami­
nhado para o Vaticano.
Rubens Nodari, professor e
especialista em biosseguran­
As audiências públicas para de­
bater o novo Plano Municipal de
Educação de São Paulo começa­
ram no último sábado (16).
O projeto de lei tramita agora
na Comissão de Educação, Cul­
tura e Esportes da Câmara Mu­
nicipal e estabelece mudanças
no financiamento da educação
pública, como a descentraliza­
ção de recursos e a destinação
anual de 30% da receita de im­
postos municipais para manu­
tenção e desenvolvimento do
ensino, prevendo estratégias de
gestão democrática e de comba­
te a desigualdades sociais, raciais
e de gênero. As metas estabelecidas no texto
do plano irão vigorar na cidade
nos próximos dez anos. As da­
tas, locais e temas das audiências
públicas podem ser consultados
no site da Câmara Municipal e no
endereço www.deolhonoplano.
org.br/saopaulo. (Da RBA)
USP Imagens
O governo federal prorro­
gou até 2018 a renúncia fiscal
na venda de computadores,
smartphones, tablets, mode­
ms e roteadores digitais.
O incentivo consta no Pro­
grama de Inclusão Digital
desde 2005. De acordo com
o Ministério da Fazenda, a
desoneração do varejo foi
integralmente
repassada
para o consumidor. Apenas
no caso dos smartphones,
a queda no preço chegou
a 30% logo após a inclusão
dos produtos no programa,
em 2012.
ciclovias
Falso Caso de Ebola
Jean Patrick/Primeira Pauta
olho no preço
brasildefato.com.br
European Comission DG ECHO
10
O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, divulgou os primeiros
resultados do acordo assinado
com a Associação Brasileira das
Indústrias da Alimentação para
reduzir a concentração de sódio
nos alimentos industrializados. “Os resultados expressivos
mostram que é possível traba­
lhar em conjunto pelo plano
contra as doenças crônicas não
transmissíveis, no qual o sal é
um ponto importante, funda­
mental para a população”, dis­
se o ministro.
Desde 2011, quando o acor­
do passou a vigorar, as indús­
trias deixaram de usar cerca de
1.800 toneladas do ingrediente
apenas nas linhas de macarrão
instantâneo, pão de forma e
bisnaguinhas. A previsão é de
que até 2020 sejam retiradas
mais de 28 mil toneladas. O
acordo engloba 16 categorias
de alimentos. (Da RBA)
mundo
brasildefato.com.br
11
11
Jose Lirauze/Agencia Boliviana de Información
Previsão
Unicef
Duas de cada cinco crianças
viverão na África em 2050
» Entidade pede investimentos para o continente
Mudanças climáticas podem
gerar futuro caótico
» Especialistas apontam efeitos de temperaturas mais extremas
Aumento das turbulências
aéreas, temperaturas cada vez
mais extremas e ondas gigantes
nos mares: especialistas inter­
nacionais desenharam uma
imagem apocalíptica para as
próximas décadas devido às
alterações no clima. A análise
ocorreu em uma conferência
mundial, em Montreal, no Ca­
nadá, em agosto. No evento da
OMM (Organização Meteoroló­
gica Mundial), uma agência da
ONU, mil cientistas discutiram o
futuro do planeta.
Quase dez anos depois da
entrada em vigor do Protocolo
de Quioto, que buscou reduzir
as emissões de gases de efeito
estufa, a pergunta não é mais se
a Terra sofrerá com o fenômeno
do aquecimento, mas como isso
acontecerá.
Na primeira década do século
21, a temperatura média da su­
perfície do planeta aumentou
0,47 grau Celsius. Um aumento
de apenas 1 grau gera 7% mais
de vapor d’água e, como a eva­
poração é o motor da circulação
das massas de ar, é possível pre­
ver a aceleração dos fenômenos
meteorológicos.
Os cenários usados pela co­
munidade científica estimam
um aumento de 2 graus na tem­
peratura média da Terra em
2050. A previsão é de que a for­
mação de nuvens será mais fácil
e rápida, os ventos mais fortes e,
portanto, a chance de inunda­
ções repentinas será maior. De
forma geral, a ideia é que a alta
das temperaturas amplificará a
dinâmica meteorológica atual.
Assim, até a aviação poderá
ser prejudicada. Concluiu-se
que as mudanças climáticas
amplificarão a força das corren­
tes de ar que giram ao redor do
planeta. Isso significará mais
turbulência durante voos.
No mar, além da expectativa
de que o degelo das regiões po­
lares signifique uma elevação de
seis metros dos oceanos, estu­
dos indicam que a ocorrência de
ondas gigantes deve aumentar, o
que poderá prejudicar a circula­
ção de navios. (Da Redação)
“O futuro da humanidade é
cada vez mais africano”, des­
taca o Unicef, classificando o
previsível aumento sem pre­
cedentes da população infan­
til como oportunidade única
para os responsáveis políticos
definirem “uma estratégia
de investimento centrada na
criança”, que se traduza em
benefícios para África e o res­
tante do mundo.
Em 2015, mais da metade da
população de 15 países africa­
nos terão menos de 18 anos,
incluindo Angola (54%) e Mo­
çambique (52%).
Na África, uma em cada 11
crianças morre antes dos 5
anos, taxa 14 vezes superior
à média dos países de ren­
dimento elevado. Estima-se
que, mantendo-se esse pano­
rama, a mortalidade infantil
“pode subir para próximo dos
70% em 2050.” (Com ONU)
Zwelihle Township/Wikimedia
Chuvas causaram danos, mortes e deixaram famílias desabrigadas na Bolívia, no início do ano
Duas em cada cinco crian­
ças do mundo estarão viven­
do na África nos próximos 35
anos, estima relatório do Uni­
cef (Fundo das Nações Unidas
para a Infância). Diante desta
perspectiva, o órgão apela por
investimentos com foco a ga­
rantir o desenvolvimento de
gerações mais novas do con­
tinente.
“As elevadas taxas de fecun­
didade e o número crescente
de mulheres em idade re­
produtiva significam que, ao
longo dos próximos 35 anos,
perto de 2 milhões de bebês
vão nascer na África”, destaca
o documento Geração 2030/
Relatório sobre África.
As projeções do Unicef mos­
tram que, em 2050, cerca de
40% de todos os nascimentos
devem ocorrer na África, onde
o número de crianças chegará
perto de 1 bilhão.
México tem 53 mil pessoas desaparecidas em 8 anos
Nos últimos oito anos, 52.941
pessoas desapareceram no Mé­
xico. Familiares de 22.322 deles
ainda esperam resposta sobre o
paradeiro dos parentes, segun­
do dados da Secretaria de Go­
verno do Sistema Nacional de
Segurança Pública.
Todos os anos são feitas mi­
lhares de denúncias por familia­
res, mas dificilmente os casos de
desaparecimento são investiga­
dos e solucionados e há grande
dificuldade na contagem.
De acordo com o órgão es­
tatal, durante os governos de
Felipe Calderón (2006-2012) e
Enrique Peña Nieto, presidente
desde 2012, ambos de manda­
tos de direita, 52.941 casos de
desaparecimento foram denun­
ciados. 30.619 pessoas foram
encontradas com vida e 1.524
morreram. (Do Opera Mundi)
Em 2050, o número de crianças na África chegará a 1 bilhão
serviços
12
Nosso Direito
Aposentadoria
por idade
A aposentadoria por idade
é um benefício devido ao se­
gurado que, cumprida a ca­
rência, completar 65 anos de
idade, no casos dos homens, e
60, para as mulheres. O requi­
sito etário é comprovado pela
apresentação de documento
de identificação válido.
Quanto à carência, a le­
gislação exige, como regra,
o pagamento de 180 contri­
buições mensais. Todavia,
para os segurados filiados à
Previdência Social até 24 de
julho de 1991, o art. 142 da
Lei 8.213/91 estabeleceu uma
tabela progressiva de período
de carência, que varia de 60
até 180 contribuições, consi­
derando o ano em que a ida­
de mínima for completada.
O objetivo do legislador foi
por MICHELE MENEZES
juíza federal no Rio de Janeiro
» Quem completar
65 ou 60 anos a
partir de 2011 deve
contribuir por 180
meses por benefício
aumentar gradativamente o
número de contribuições ne­
cessárias para esse tipo de apo­
sentadoria, minorando os pre­
juízos ao segurado que estava
próximo a completar a idade,
tendo em vista que a regra an­
terior exigia apenas 60 meses.
Assim, para o segurado saber
a carência exigida, no seu caso,
deve verificar na tabela o nú­
mero de contribuições indica­
das no ano em que completar
a idade mínima. Por exemplo,
se o trabalhador completou 60
anos em 2007, precisará de 156
contribuições para se aposen­
Doenças deixadas
de lado
Certamente você já ficou do­
ente algumas vezes na sua vida.
Isso acontece com todos, pois
somos seres humanos e esta­
mos sujeitos a uma quantida­
de enorme de bactérias, vírus,
protozoários e outros agentes
causadores de doenças.
Esses agentes espalham do­
enças por todo o mundo. Para
algumas delas, os cientistas já
descobriram vacinas ou a cura
por medicamentos. Para outras,
os estudos prosseguem e apenas
se sabe como prevenir. Também
existem aquelas doenças que
ainda estão por ser descobertas.
Muitas pessoas trabalham
para a descoberta, a prevenção
e a cura de doenças. Inclusive
das chamadas doenças negli­
genciadas. Você sabe o que são
doenças negligenciadas?
É o seguinte: todo dia ficam
doentes adultos e crianças, mu­
lheres e homens, pobres e ricos.
» A malária,
a doença de Chagas
e a hanseníase
são exemplos
de doenças
negligenciadas
Muitas vezes, dependendo de
onde moram e de sua condição
financeira, as pessoas podem
comprar os medicamentos ne­
cessários para seu tratamento.
Em outros casos, principal­
mente em regiões mais po­
bres do planeta, a compra dos
remédios é quase impossível
por falta de dinheiro ou mes­
mo pela falta do remédio. Nes­
tes lugares onde o tratamento
é mais difícil, as doenças não
são controladas e se espalham
mais rapidamente, matando
milhares de pessoas.
São chamadas de doenças
negligenciadas algumas do­
tar. Todos os segurados que
completarem a idade a partir
do ano de 2011 devem contri­
buir por 180 meses, incidindo
a regra geral.
Vale destacar que o Judiciá­
rio já firmou entendimento de
que os requisitos idade e ca­
rência não precisam ser imple­
mentados ao mesmo tempo.
Tal posicionamento tem grande
importância para os trabalha­
dores que completaram a ida­
de mínima até o ano de 2010,
pois o número de contribuições
exigidas será menor do que o
previsto na regra geral, mesmo
que o benefício seja requerido
posteriormente. Assim, se o
segurado fez 65 anos em 2002,
mesmo que requeira o benefí­
cio apenas em 2014, necessitará
comprovar 126 contribuições.
brasildefato.com.br
Carta do leitor
Mensagens recebidas por e-mail sobre as reportagens “Volume
morto do Alto Tietê também será utilizado” e “Manifestante já está
preso há um mês”.
É muito bom saber que temos um veículo que
está de olho na crise da água em São Paulo.
JORGE ANDRADE SOUZA
Até quando vamos aceitar de braços cruzados o cinismo
de Alckmin e da Sabesp?
Laís Rocha
É absurda a situação de Fábio Hideki. Chega de prisões
ilegais em São Paulo!
Marcelo Duarte
Clara Ribeiro– Ocupação por moradia
em frente à estação da Luz.
Nossa Saúde
por DENISE MORAES
da Fiocruz
jUROS BANCÁRIOS
enças infecciosas que afetam
principalmente pessoas pobres,
e para as quais as indústrias far­
macêuticas normalmente não
se interessam em pesquisar e
produzir remédios, já que essas
pessoas não têm dinheiro para
comprá-los. Ou seja, são doen­
ças para as quais não existem
tratamentos eficazes.
A malária, a doença de Cha­
gas, a leishmaniose, a hanse­
níase e a doença do sono são
exemplos de doenças negli­
genciadas. Todo ano elas ma­
tam muitas pessoas, inclusive
aqui no Brasil.
Não é um absurdo? Ain­
da bem que existem pessoas
comprometidas, que buscam
salvar todas essas vidas. Quer
exemplos? Conheça o trabalho
desenvolvido na Fiocruz e na
DNDi (Sigla em inglês para Ini­
ciativa de Medicamentos para
Doenças Negligenciadas).
Os juros cobrados pelos bancos subiram para 43% ao ano,
atingindo um recorde. Desde 2013, os juros básicos da
economia subiram 3,75 pontos percentuais. Já os juros cobrados pelos bancos aumentaram 8,1 pontos.
variedades
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
BOA & BARATA • [email protected]
www.coquetel.com.br
Reprodução
Ingredientes
– 2 xícaras (chá) de açúcar mascavo (você pode
usar um pouco menos de açúcar e adicionar mel)
– 3 xícaras (chá) de aveia
– 1 xícara (chá) de óleo
– 4 bananas picadas ou amassadas (quanto mais
maduras, melhor)
– 4 ovos (caipiras, se tiver)
– Castanha-do-pará triturada
– 1 colher (sopa) de fermento
– Canela a gosto
BOLO DE BANANA COM AVEIA
Por Amanda Rossi
O frio parece que não vai dar trégua tão cedo. Por
isso, a receita dessa semana é uma ótima opção para
se comer junto com uma xícara bem quente de chá
ou café. Esse delicioso bolo de banana com aveia é
rápido e fácil de fazer, além de ser uma boa alternati­
va para usar aquelas bananas da fruteira que já estão
um pouco maduras demais. Em vez de jogá-las fora,
você pode aproveitá-las nesta receita, na qual as ba­
nanas bem maduras são super bem-vindas! Sirva o
bolo no café da manhã, no lanche da tarde ou mes­
mo num lanchinho da noite, antes de dormir.
13
13
Modo de preparo
Em um recipiente grande, misture o açúcar masca­
vo, o óleo, as bananas e os ovos. Misturando na mão,
a massa fica mais rústica, com jeito de bolo caipira
artesanal. Se preferir uma massa mais homogê­
nea, bata tudo no liquidificador. Depois, adicione a
aveia, a castanha e a canela, e misture bem usando
uma colher ou o fuê. É importante que a aveia e a
castanha não sejam batidas no liquidificador, para
que seus flocos sejam preservados na massa final.
Adicione o fermento e misture um pouco mais. Co­
loque a massa em uma forma untada e leve ao for­
no. Não deixe o fogo muito alto para não queimar
embaixo. O bolo estará pronto quando você espetar
o garfo e ele sair limpinho da massa. Sirva ainda
quente com chá ou café.
Cantor de
"Burguesinha"
(MPB)
Os dois
últimos
papas
(Catol.)
Aviso luminoso em
estúdios de
rádio e TV
Calçado
de couro
rústico, de
cano curto
Conjunção comparativa
Três vezes
© Revistas COQUETEL
Veia (?): leva o sangue
Divulgação ilegal de fotos
"usado" pe- "Terra", pessoais, que levou à aprovação
lo miocár- em "Geo- da lei que criminaliza a invasão
dio (Biol.) grafia" de aparelhos eletrônicos (BR)
5, em
romanos
Aguada
(a sopa)
Área de
salinas
Mapa, em
inglês
"(?) seja
louvado",
saudação
islâmica
Passar do
estado
líquido ao
gasoso
Deusa da
Lua, na
mitologia
tupi
Recorrem
(?) Sabin,
virologista
dos EUA
Emma
Roberts,
atriz dos
EUA
Designa japonês que
migrou à
América
"Avó", na
linguagem
carinhosa
dos netos
Amolar;
aguçar
A corda do
equilibrista
Ferramenta de
queijeiros
Moinho
Postar,
em inglês
Desfile de
carros
Patriarca
salvo no
Dilúvio
Fechar
Serviço às
vezes oferecido por
lavanderias
Recheio
opcional
do acarajé
Burburinho
Utensílio
para pintar
tetos e
paredes
BANCO
Watt
(símbolo)
Símbolo
da sedução
Construção
que dividiu
Berlim por
28 anos
Santos
Dumont,
inventor e
aviador
brasileiro
Energia
perdida
na hipotermia
(?) Rappa:
a banda
de Falcão
Onda, em
espanhol
Do-(?),
massagem
O tipo de
refeição indicada para a noite
Classificação do
sangue
mais raro
2/in. 3/map — ola. 4/jaci — post. 5/corso — issei. 6/albert. 7/grupo ab.
brasildefato.com.br
120
Solução
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Keka Campos, astróloga | [email protected]
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Semana de desafios físicos e testes de paciência. Passaremos por situações onde
é necessário muito mais força de vontade e confiança que resistência física para
ultrapassá-los. Além disso, é possível que haja vontade também de desafiar as
pessoas e levá-las à ultrapassar seus próprios limites.
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Horóscopo • 22 A 31 DE AGOSTO DE 2014
Áries - 21.03 a 20.04
Estará um tanto rebelde e poderá confrontar
seus superiores, pois não está interessado em
seguir regras e imposições. Bom período para
se colocar no lugar dos outros e refletir as
consequências de suas ações.
Câncer - 21.06 a 22.07
Muito magnetismo pessoal, romantismo e
pitadas de intuição. Estará fazendo amizades
com facilidade. No entanto, há grande carga
emotiva, então exercite a leveza nos pensamentos e atitudes ao se relacionar.
Libra - 23.09 a 22.10
Facilidade no relacionamento com crianças
e todos que tenham atitudes mais abertas
e sinceras perante a vida. Não há paciência
para desvendar as intenções alheias, preferindo a transparência neste momento.
Capricórnio - 22.12 a 20.01
Cuidado com o pessimismo e crítica destrutiva, estará tratando a si e aos outros de forma
extremamente rígida e até punitiva. Comece
desde já a trabalhar esses hábitos para não se
prejudicar futuramente.
Touro - 21.04 a 20.05
Há compreensão por causas e dores alheias.
Porém, poderá se perder em extravagâncias,
vaidade e superestimar suas capacidades.
Cuidado com o lado profissional, que pode
estar instável e propenso a enganos.
Leão - 23.07 a 22.08
Estará exalando magnetismo pessoal, o que
poderá lhe render elogios, alta popularidade
e gerar novos contatos. Bom relacionamento
especialmente com pessoas mais velhas ou
mais experientes que você.
Escorpião - 23.10 a 21.11
Fase positiva para por em prática os projetos
anteriores. É hora de praticar tudo que aprendeu na teoria e testar seus métodos e planos.
Esteja atento e crítico para captar as falhas e
aperfeiçoar suas criações.
Aquário - 21.01 a 19.02
Vontade e sentimento andam harmoniosamente. Estará otimista, forte, com vontade
de trabalhar, produzir e se transformar,
sempre atrás da evolução pessoal. Não tem
medo de inovar e tira proveito disso.
Gêmeos - 21.05 a 20.06
Tendência à vaidade, abuso de confiança e
falsa humildade. A sorte está quase sempre
ao seu lado, mas prevenir é sempre melhor
que remediar. Cuidado com assuntos de ordem legal, jogos de azar e outros vícios.
Virgem - 23.08 a 22.09
Sentimentos em harmonia com as pessoas de
seu convívio. Sentirá facilidade em expressar
sua intimidade para os outros e em relação
a eles devido a sua comunicação agradável,
criativa e com um toque de bom humor.
Sagitário - 22.11 a 21.12
Passa por conflitos de forma tranquila e produtiva. Se utilizar sua intuição e originalidade
para resolver as situações complicadas, num
piscar de olhos elas se tornarão muito simples
e até divertidas de serem vividas.
Peixes - 20.02 a 20.03
O desejo altruísta está ainda mais forte. Há
vontade de ser generoso e ajudar as pessoas
que não tiveram tanta sorte na vida como
você, mas seja ponderado e avalie seus recursos antes de iniciar qualquer ação.
cultura
14
brasildefato.com.br
Fotos: Reprodução
literatura
evento
USP Imagens
Bienal do Livro
vai até dia 31
Os livros vêm de 70 países
Julio Cortázar (1914-1984) produziu em 1966 o romance “Rayuela”, uma das obras centrais do “boom latino-americano” nas letras
Cem anos de nascimento do escritor
argentino Julio Cortázar são celebrados
» Figura importante da literatura latino-americana, Cortázar escreveu romances, contos e poemas
por Rafael Tatemoto
Se não tivesse falecido devi­
do à leucemia em 1984, com
69 anos, e permanecesse vivo,
Julio Cortázar comemoraria
seu centésimo aniversário na
terça-feira (26). Além de fazer
parte da geração que se sa­
grou, durante as décadas de
1960 e 1970, naquilo que fi­
cou conhecido como “boom
latino-americano”, também é
tido, junto a Jorge Luis Borges,
como um dos maiores escrito­
res argentinos.
Nascido em Bruxelas, na
Bélgica, filho de um funcioná­
rio da embaixada argentina no
país, Cortázar foi para a Argen­
tina com sua família quando
tinha quatro anos de idade.
Uma vez instalados em Bue­
nos Aires, no subúrbio de Ban­
field, viveria o resto da infância
no local, não sem antes passar
por uma reviravolta familiar –
seu pai os abandonaria quan­
do Julio tinha seis anos.
As dificuldades enfrentadas
a partir de então fizeram com
que renunciasse aos estudos
universitários – mais comum
na Argentina do que entre nós.
Em 1951, mesmo ano em que
publicou seu primeiro livro de
contos “Bestiário”, o desejo de
conhecer a Europa e o desgos­
to com o governo da época, le­
varam Cortázar à Paris, cidade
na qual morou o resto da vida.
O ano de 1963 seria um divi­
sor de águas em sua vida. Seu
maior feito literário, o romance
“O Jogo da Amarelinha”, publi­
cado naquele ano, inscreveria
seu nome de forma definitiva
entre os maiores escritores do
século 20.
O livro foi um grande expe­
rimento. Dividido em duas
partes, o leitor pode lê-lo sem
interrupções até o capítulo 56
ou, tal como na brincadeira in­
fantil, intercalar com os outros
99 capítulos, de acordo com as
orientações dadas. O enredo,
que narra a relação amorosa
entre dois personagens latino­
-americanos vivendo em Paris,
é apenas um dos elementos do
livro quando lido de forma in­
tegral.
Como um todo, há diversas
referências culturais, como ou­
tros escritores, músicos de jazz
(gênero preferido de Cortázar)
e filósofos. Há até mesmo “co­
mentários” a respeito do pró­
prio livro.
É interessante notar que a
mais famosa de suas obras, na
verdade, é pouco representati­
va do todo de seus escritos. A
maior parte de sua produção
é composta de contos, ou seja,
de narrativas curtas, muito dis­
tintas de seus romances, não
só em tamanho, mas também
em estilo.
O mesmo ano de publicação
de sua obra maior marcaria a
vida de Cortázar de outra for­
ma. Foi em 1963 que ele visi­
tou Cuba, consolidando um
processo de admiração pela
revolução socialista na ilha –
experiência que o politizou
intensamente – e, a partir de
então, passa a demonstrar seu
apoio público a diversos movi­
mentos políticos de esquerda.
Ícone de uma geração e de
um momento histórico, Cor­
tázar e sua literatura ainda são,
para nós latino-americanos
uma grande e especial referên­
cia artística e política.
Quem visitar esta edição da
Bienal do Livro de São Paulo,
com início na sexta-feira (22),
poderá entrar em contato com
obras trazidas por 300 exposito­
res e com livros vindos de cerca
de 70 países.
Além dos livros expostos, a
Bienal também contará com
apresentações de teatro, cine­
ma, dança, shows musicais,
além de cursos e palestras. A
proposta é que haja atrações
para todas as idades. Momen­
tos de contação de histórias
para crianças, apresentações de
grandes escritores e até mesmo
atividades gastronômicas. As
tradicionais sessões de autógra­
fos também foram mantidas.
Como é usual, ícones dos li­
vros voltados para as crianças,
como Maurício de Sousa e Zi­
raldo, também estarão presen­
tes. Entre os músicos previstos
para se apresentarem estão
Ellen Oléria, os rappers Rapin’
Hood e Emicida, Zeca Baleiro e
Zélia Duncan.
Segundo os organizadores,
em dez dias de funcionamento,
a Bienal espera receber cerca
de 700 mil visitantes. A progra­
mação completa, bem como
os participantes desta edição,
podem ser encontrados no site
www.bienaldolivrosp.com.br.
23 ª Bienal Internacional do
Livro de São Paulo
Onde: Pavilhão de Exposições
– Parque Anhembi (av. Olavo
Fontoura, 1.209 - Santana)
Quando: Seg à sex, das 9h às
22h; Sáb, das 10h às 22h; Dom,
das 11h às 21h, até 31 de agosto
Entrada: R$ 14,00
cultura
brasildefato.com.br
cultura
{agenda
cultural}
zona sul
15
15
Fotos: divulgação
zona leste
Cultura Maranhense
A exposição “Maranhão - Tambores para
reencantar” mostra diversas manifestações da cultura maranhense, como a Festa do Divino, o Bumba-boi e o Tambor de
Crioula, por meio de fotografias. A atividade ocorre no Quixote - Espaço Comunitário.
Dinossauros
Direto da Era Mesozoica vem a exposição “O
Mundo dos Dinossauros”, com mais de 10 réplicas
em tamanho real dos extintos répteis. O evento
ainda conta com sala de cinema 7D e caminhada
sobre os dinossauros, estas atrações por R$ 10.
Até 14/9, Seg a Sáb, das 10h às 22h, Dom, das
14h às 20h – Entrada Gratuita – Shopping
Anália Franco – Avenida Regente Feijó, 1739,
Vila Regente Feijó
Diariamente até 30/8, das 9h às 18h
– Entrada Gratuita – Funsai Quixote
- Espaço Comunitário – Rua Clóvis Bueno de Azevedo, 145, Ipiranga
Artes visuais
Com cores vibrantes, formas e partes humanas, assim são as obras de Ara Teles. Segundo a pintora,
o trabalho parte de uma autorreflexão corporal, que explora emoções em movimentos e expressões.
Diariamente até 16/10, das 10h às 22h – Entrada Gratuita – Uvaia Hostel – Rua Morgado de
Mateus, 273, Vila Mariana
Co_operar
Artemídia e cultura digital estão no projeto “Co_
operar“, com performances audiovisuais, oficinas
de arte e vídeo e debates.
Até 26/9, Ter a Sex, das 13h às 20h – Entrada
Gratuita – Sesc Belenzinho – Rua Padre Adelino, 1000, Quarta Parada
zona oeste
zona norte
Aniversário da Freguesia do Ó
A Casa de Cultura Salvador Ligabue vem com programação especial em comemoração aos 434 anos da Freguesia do Ó. Serão promovidas atrações nas áreas de artes visuais, dança, música e teatro. O público pode conferir a
exposição “Freguesia do Ó – 434 Anos de História e Tradição”, até 1º de setembro, com fotos antigas.
Diariamente até 6/9, das 9h às 18h – Entrada Gratuita – Casa de Cultura Salvador Ligabue –
Rua José de Siqueira, 215, Freguesia do Ó
Fotos latinas
A exposição “Elemento Latente: 10 Fotógrafos da América Latina” recebe brasileiros, mexicanos e venezuelanos.
Até 21/9, Ter a Sáb das 10h às 21h, Dom das 10h as 19h – Entrada Gratuita – Sesc Santana – Avenida Luiz Dumont Villares, 579, Jardim São Paulo
centro
Estéticas da periferia
De 26 a 31 de agosto, a quarta edição do Estéticas das Periferias
realiza mais de 30 atrações. O evento atua no fortalecimento da
produção cultural das periferias paulistanas. Na sexta (29), no
CEU Tiquatira, show com o vocalista e compositor Ba Kimbuta.
Sex (29), às 20h – Entrada Gratuita – CEU Tiquatira – Parque Anhangabaú, s/n
Mira Schendel
Está em cartaz a exposição retrospectiva da artista suíça naturalizada brasileira. Ao lado de Lygia Clark e Helio Oiticica, ela
reinventou a linguagem do Modernismo Europeu no Brasil.
Até 19/10; Ter a Dom, das 10h às 18h; Qui das 10 às
21h – R$ 6 (inteira); R$ 3 (meia-entrada) – Pinacoteca
do Estado de São Paulo – Praça da Luz, 2, Bom Retiro
Nordeste Reinventado
A exposição de xilogravuras “Nordeste
Reinventado na Imagem Gravada” conta
com 27 gravadores e cerca de 200 obras de
artistas como Stênio Diniz, Gilvan Samico,
José Lourenço, Francisco de Almeida, Mestre Noza e João Pedro do Juazeiro.
Até 12/10; Ter a Sex, das 10h às 20h;
Sab e Dom das 10h às 18h – Entrada
Gratuita – Centro Cultural de São Paulo
– Rua Vergueiro, 1000
Multitalentos
Além de poeta e escritor, Guilherme de Almeida (1890 – 1969) era advogado, jornalista,
crítico de cinema e tinha um forte vínculo
com as artes visuais. A Casa Guilherme de
Almeida apresenta a exposição “Esboços”
com uma parte dos desenhos desse artista de
multitalentos.
Diariamente até 12/10, das 10h às 18h –
Entrada Gratuita – Casa Guilherme de
Almeida – Rua Macapá, 187, Sumaré
esporte
16
brasildefato.com.br
opinião
Fundado por imigrantes italianos, clube conquistou o país
por Pedro Bocca*
dois brasileiros e a tão sonha­
da Libertadores.
Nem tudo foi festa nessa
história, especialmente na
época recente. Péssimas ad­
ministrações endividaram o
clube e levaram o Palmeiras
a dois rebaixamentos na­
cionais, em 2002 e 2012. No
momento, o time (em refor­
mulação) tenta se distanciar
da zona de rebaixamento do
Brasileirão. Porém, a história
de superações e reinvenções
do clube de raízes italianas
que se tornou um dos maiores
para os brasileiros diz que es­
tes momentos serão, em bre­
ve, páginas viradas.
O Palmeiras deve ainda fe­
char 2014 com mais um pre­
sente: o Estádio Palestra Italia,
em reformas desde 2010, de­
verá ser reinaugurado ainda
este ano, e promete ser um
dos mais modernos estádios
do mundo – condizente com a
história centenária desta pai­
xão alvi-verde compartilhada
por milhões em todo o país.
*Palmeirense fanático
Jogo não terá times do Brasil
Game não terá equipes do país por dificuldades na negociação
A Eletronic Arts, empresa res­
ponsável pelo videogame Fifa,
anunciou que a edição 2015 do
jogo não terá equipes brasilei­
ras. É a primeira vez que a de­
cisão é anunciada desde que a
série surgiu, nos anos 1990.
Segundo a empresa, mu­
danças no processo de licen­
ciamento de imagem fez com
que a produtora não viabili­
zasse um acordo com os de­
tentores do direito dos jogado­
res que atuam no Brasileirão.
Aparentemente, ao contrá­
rio do que acontece em outros
países, as negociações não são
centralizadas em uma entida­
de, o que levou a empresa a
“não estar segura do uso dos
direitos em todos os casos”.
A seleção brasileira e os atle­
tas que jogam no exterior estão
garantidos na próxima edição
do jogo. O último título da sé­
rie, deste ano, incluía todos os
times da primeira divisão do
Campeonato Brasileiro e até
mesmo o Palmeiras, que se en­
contrava na segunda divisão.
Corinthians
Ingleses miram Guerrero
Allianz Parque/Divulgação
Um dos mais tradicionais
clubes de São Paulo comple­
ta seu centésimo aniversário.
Fundado como Palestra Itália,
em 26 de agosto de 1914, por
operários italianos, virou So­
ciedade Esportiva Palmeiras
às vésperas da final do Cam­
peonato Paulista de 1942. E já
nasceu campeão. Em seu pri­
meiro jogo com o novo nome,
o time, que representava a
imensa colônia italiana em
São Paulo, subiu ao gramado
com a bandeira do Brasil e ba­
teu o São Paulo por 3 a 0, so­
mando mais um Campeonato
Paulista a suas taças.
Os títulos só aumentaram
com o passar dos anos. Assim,
o Palmeiras chega ao seu cen­
tenário como o maior vence­
dor de títulos nacionais (oito
Campeonatos Brasileiros e
duas Copas do Brasil), cam­
peão da Libertadores da Amé­
rica (em 1999, após eliminar o
rival Corinthians nas quartas­
-de-final – feito que seria re­
petido no ano seguinte, desta
vez nas semifinais, com direi­
to ao histórico pênalti de Mar­
celinho Carioca que transfor­
mou o goleiro palmeirense em
São Marcos) e com a Copa Rio
de 1951, reconhecida pela Fifa
como um Mundial de Clubes.
Com uma história de es­
quadrões memoráveis, dois
se destacam: a Academia, for­
mada entre os anos de 1960 e
1970, era o único time paulis­
ta capaz de bater o Santos de
Pelé, conquistando Campe­
onatos Paulistas e seis Cam­
peonatos Brasileiros, além de
ter sido liderada por craques
como Djalma Santos, Leão,
Leivinha, Luis Pereira, Dudu e
o “divino” Ademir da Guia.
Nos anos 90, outra seleção
se formou e, no dia 12 de ju­
nho de 1993, apaixonou todos
os palmeirenses com o fim
da fila de 16 anos sem títulos.
Durante a década de 90, Mar­
cos, Evair, Rivaldo, Edmundo,
Alex, Cesar Sampaio, Zinho,
Arce, Djalminha e os técnicos
Vanderlei Luxemburgo e Luis
Felipe Scolari levaram o Pal­
meiras a três títulos paulistas,
Fifa 2015
Divulgação
Palmeiras chega a seu centenário
O contrato do peruano vai
até julho de 2015. Assim, na
próxima janela de transfe­
rências ele poderá assinar
um pré-contrato com outro
clube.
O Timão vai procurá-lo em
breve para tentar a renovação
do vínculo, já tendo declarado
há tempos que pretende man­
tê-lo e que sua permanência é
a prioridade no elenco.
Rodrigo Coca/Agência Corinthians
O atacante do Corinthians
Paolo Guerrero está na mira
do West Ham e do Sunder­
land. Os clubes da Inglatera
têm o desejo de contratá-lo
por empréstimo.
Apesar de o Corinthians
negar ter recebido qualquer
proposta oficial, o camisa 9
admitiu que foi informado da
sondagem e manifestou a von­
tade de voltar para a Europa.
Novo do estádio do Palestra Itália está previsto para ser inaugurado ainda este ano
O atacante admitiu que está sendo sondado por europeus
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Juventude negra é alvo constante da violência policial