ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS 01. Município: Uberlândia 02. Distrito: Sede 03. Designação: Mercado Municipal 04. Endereço: Olegário Maciel nº255 - Centro 05. Propriedade: Pública 06. Responsável: ALMEM - Associação dos Locatários do Mercado Municipal 07. Histórico: O primeiro decreto - lei autorizando a construção de um mercado municipal em Uberlândia, data de 13 de janeiro de 1923, porém, a sua construção, à Rua Olegário Maciel, no. 255, só aconteceu em 25 de dezembro de 1944, no mandato do Prefeito Vasconcelos Costa. Sendo este o único estabelecimento do gênero, à medida que a cidade crescia, a ampliação do prédio tornou-se necessária. Na Administração do Prefeito Tubal Vilela da Silva, foi criado um prédio anexo, ocupando toda a lateral direita e o fundo do terreno; este anexo que serviria de estufa para o amadurecimento de frutas. Como o projeto não foi bem sucedido, o prédio foi transformado em um local para novas lojas. Posteriormente foi construído outro bloco, na área lateral esquerda da construção original, com lojas na fachada voltada para a Avenida Getúlio Vargas e outras para a área interna do Mercado; o pavimento superior cedido à UESU (União dos Estudantes Secundaristas de Uberlândia), que ali permaneceu até 1991. Em 1959, na gestão do prefeito Geraldo Ladeira, foram construídos seis cômodos, na lateral esquerda do prédio principal, destinados à instalação de açougues, além de novos sanitários localizados no pátio. Em 1972, no governo do Prefeito Virgílio Galassi, foi construído um cômodo para o depósito de frutas, anexo às lojas do fundo. Com a criação do CEART, em 1977, o Mercado Municipal perdeu sua função de concentrador do comércio atacadista hortifrutigranjeiro, ficando apenas com o comércio varejista. Em 1985, foi criado mais um anexo em seu pátio, destinado a receber a administração, o PRONAV Programa Nacional de Voluntários - e um cômodo para depósito. A partir de 1995, nas gestões dos Prefeitos Paulo Ferolla da Silva e Virgílio Galassi, os prédios centrais, laterais direito e dos fundos foram restaurados. Atualmente, o Mercado Municipal conta com 46 (quarenta e seis) lojas comerciais e 09 (nove) depósitos para armazenamento de produtos. O prédio cuja fachada é voltada para a Avenida Getúlio Vargas, hoje acomoda a sede da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Uberlândia e as suas lojas estão fechadas. 09. Documentação Fotográfica: O primeiro Diretor do Mercado Municipal foi o Sr. Antônio Ferreira Magalhães. Hoje a Administração do Mercado Municipal está sob a responsabilidade da ALMEM (Associação dos Locatários do Mercado Municipal), conforme Termo de Permissão de Uso outorgado na data de 01 de novembro de 1988, e supervisionado pelo Encarregado Administrativo, Sr. Arnaldo Botelho Garcia, lotado na Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento, responsável pelos setores de feiras e mercados do Município de Uberlândia. 08. Descrição: O projeto apresenta influência da arquitetura moderna e, segundo divulgação da época de sua construção, atendia à todas as condições técnicas recomendadas; seu autor é desconhecido. O conjunto é composto por três blocos independentes, dispostos paralelamente entre si, um bloco sobre os limites do terreno nos fundos – que, na verdade é a continuação do bloco lateral direito -, e um pátio interno, delimitado pelo três blocos e o bloco dos fundos. O pátio interno se abre para a Avenida Getúlio Vargas e se liga à Rua Olegário Maciel por duas vias internas, pavimentadas com paralelepípedos de basalto, que passam entre os três blocos. O Bloco central, o mais antigo, possui um grande volume circular, de dois pavimentos, em sua fachada principal voltada para a Rua Olegário Maciel; possui esquadrias de metal verticais, com decoração de elementos geométricos e platibanda alta; o corpo deste bloco desenvolve-se em um volume retangular, com abertura zenital na parte central e abriga as lojas; além da entrada principal, possui acessos pelas laterais e pelo pátio interno, criando uma circulação cruzada entre as ilhas dos boxes. O bloco da lateral esquerda, que se estende pelo limite do terreno nos fundos, possui um único pavimento; cada cômodo possui um frontão que esconde o telhado com um óculo circular no centro; as lojas estão voltadas para a rua interna ou para o pátio; as portas são protegidas por lajes que avançam sobre a calçada. O terceiro bloco, na lateral esquerda, possui dois pavimentos; o térreo é ocupado por lojas voltadas para a Avenida Getúlio Vargas e para a rua interna; o segundo pavimento possui um grande salão e salas menores. O acesso ao segundo pavimento é feito por uma rampa apoiada em pilares circulares e protegida por elementos de concreto vazado. O pátio interno, antes usado para comércio livre de gêneros alimentícios e camelôs, hoje são usados como estacionamento. O bloco central, o da lateral direita e fundos apresentam maior unidade estilística; o terceiro bloco, por ser mais moderno, apresenta linguagem e concepção distintas, sem grande interesse arquitetônico. 10. Uso Atual: ( ) Residencial ( X ) Comercial ( ) Industrial 11. Situação de Ocupação: ( ( ( ) Serviço ) Institucional ) Outros 12. Proteção Legal Existente ( ( ( ) Própria ) Cedida ) Outros ( X ) Alugada ( ) Comodato 13. Proteção Legal Proposta: ( ) Tombamento ( ) Municipal ( ) Federal ( ) Estadual ( X ) Nenhuma ( ) Tombamento Federal ( ) Tombamento Estadual ( X ) Tombamento Municipal ( ) Entorno de Bem Tombado ( )Documentação Histórica ( ) Inventário ( X ) Tombamento Integral ( ) Tombamento Parcial ( ) Fachadas ( ) Volumetria ( ) Restrições de Uso e Ocupação 14. Análise do Entorno - Situação e Ambiência: O Mercado Municipal ocupa a esquina da Rua Olegário Maciel e Avenida Getúlio Vargas, em área central da cidade que tem uso, predominantemente, comercial e institucional. Pela Avenida Getúlio Vargas, faz divisa com o Prédio dos Correios e, pela Rua Olegário Maciel, faz divisa com um Posto de Gasolina. A área apresenta tráfego intenso. A Avenida Getúlio Vargas possui duas pistas asfaltadas, com largura para dois carros cada e estacionamento nas laterais; o canteiro central é arborizado; encontra-se em ótimas condições de uso. A Rua Olegário Maciel tem largura para dois carros, mais estacionamento; é asfaltada e apresenta boas condições de uso. O seu entorno, próximo às construções, tem gabarito baixo, mas, em seu entorno mais amplo, verifica-se forte tendência à verticalização. O passeio pela Rua Olegário Maciel é largo, com quase 5 metros, integrando-se aos passeios das ruas internas. Nela estão três árvores, das quais um ficus de grande porte oferece boa área sombreada na entrada do bloco central. O passeio em frente ao bloco central e lateral direito encontra-se em ótimas condições; o passeio em frente ao bloco da lateral esquerda encontra-se todo danificado, com buracos. O passeio da Avenida Getúlio Vargas apresenta-se em boas condições. 15. Estado de Conservação: ( ) Excelente ( X ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo 16. Análise do Estado de Conservação: Os prédios, que passaram por restauração em 1995, encontram-se em boas condições de uso, sem problemas estruturais, elétricos ou hidráulicos. A pintura está bem conservada, assim como os pisos. Designação: Mercado Municipal Não há indícios de infiltrações. Entretanto, o prédio voltado para a Avenida Getúlio Vargas, encontra-se abandonado. Suas lojas estão fechadas e o pavimento superior não apresenta condições de uso, mas não há indícios de problemas estruturais que comprometam a sua recuperação. 17. Fatores de Degradação: A falta de conservação do edifício voltado para a Av. Getúlio Vargas levou a um estado de degradação grave; embora não apresente problemas estruturais, todo o pavimento térreo encontra-se sem condições de uso, sem instalações elétricas e hidráulicas e com áreas sem piso. O segundo pavimento, embora em uso, também não apresenta boas condições de conservação. 18. Medidas de Conservação: Manutenção regular do edifício central, porém, o prédio voltado para a Av. Getúlio Vargas necessita de uma reforma geral. 19. Intervenções: O Mercado Municipal é o resultado de uma série de construções e acréscimos feitos até 1985. Em 1995 o prédio central, lateral direito, dos fundos, e o pátio interno passaram por uma restauração, sem grandes alterações em relação à sua arquitetura; foram feitos trabalhos de recuperação da pintura, rede elétrica, esgoto, banheiros, nova pavimentação dos pisos e higienização geral dos prédios que passou a apresentar ótimas condições de uso; nesta época foi feita uma reorganização dos setores de comércio. As pinturas de Geraldo Queiroz foram retiradas em época indeterminada. 20. Referências Bibliográficas: HADDAD, Carlos Alberto; NUNES, Maysa Freire; CAMPOS, Ricardo de; FERREIRA, Gizela Peralta. (2000). Dossiê de Tombamento – Mercado Municipal de Uberlândia. Uberlândia: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia. (Trabalho de estudantes da disciplina Técnicas Retrospectivas). 21. Informações Complementares: O inventário deste imóvel foi realizado em 2001; em 2002 a ficha foi adequada ao novo modelo do IEPHA/MG adotado pela Secretaria Municipal de Cultura, sendo acrescidos de avaliação. 22. Atualização de Informações: 23. Ficha Técnica: Fotografias: Leonardo Finotti Data: março/2001 Elaboração: Marília M. B. T. Vale. Data: março/2001 Revisão: Marília M. B. T. Vale. Data: agosto de 2002