S E E B
GARANHUNS E REGIÃO
O COMPANHEIRO
ANO XVI - Nº 215 - Setembro de 2014 - Informativo do SEEB de Garanhuns e Região
NEGOCIAÇÃO COM A FENABAN
Bancos não apresentaram proposta
REAJUSTE
“Valores só serão anunciados quando Fenaban trouxer proposta global.
Continuação do calendário será estabelecida na rodada de negociação que
continua nesta quinta-feira (11/09).”
O
s Bancários e a FENABAN
voltaram à mesa de
negociação para debater as
reivindicações de remuneração da
Campanha Nacional Unificada 2014.
Nenhum número foi apresentado pelos
negociadores das instituições
financeiras. Valores, de acordo com a
Fenaban, só serão anunciados quando
trouxerem para a mesa uma proposta
global para a campanha.
A rodada continua na quinta-feira 11
com o debate sobre a Participação nos
Lucros e Resultados (PLR) e a
definição do calendário para as
próximas reuniões. Ainda estão
pendentes questões sobre saúde,
segurança e igualdade de
oportunidades.
Queremos alterar a fórmula da PLR
para tornar a distribuição mais justa
entre os trabalhadores. É uma
reivindicação muito importante para a
categoria. A cada ano, apesar dos
avanços que conquistamos, os bancos
distribuem parcela menor do lucro aos
bancários e é esse quadro que queremos
mudar.
Os representantes dos bancários
deixaram claro para os bancos que
essa reivindicação é fundamental
para a categoria. Queremos a
valorização do trabalho com o
aumento real para os salários. É justo
para os trabalhadores e importante
para toda a sociedade porque
significa distribuição de renda.
A Fenaban informou que este ponto
será debatido com os bancos na
tentativa de buscar caminho sem
conflito, mas reclamou de haver
aumento real todo ano. Só não haverá
conflito se as reivindicações forem
atendidas. Se repetirem a postura dos
anos anteriores, vão levar os
bancários ao embate.
SALÁRIO DE INGRESSO
O movimento Sindical cobrou o
aumento do piso do 1º comissionado,
mas os bancos negam e querem
debater a mudança de jornada desses
bancários para oito horas, o que para
os trabalhadores é inaceitável.
O COMPANHEIRO
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14º SALÁRIO
A Fenaban informou achar muito estranha a reivindicação do 14º salário e que isso não vai prosperar. Para os bancários, no
entanto, essa demanda é muito importante: 69% dos trabalhadores que responderam a consulta feita pelo Sindicato
consideram a conquista do 14º salário uma prioridade. Mas para os bancos, a categoria tem salários e benefícios bem
significativos. significativos são os lucros dos bancos, o que tiram da sociedade, a pressão que os bancários sofrem. Vamos
insistir em garantir essa nova conquista.
ISONOMIA
O movimento Sindical cobrou respeito dos bancos à Convenção 100 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que determina a igualdade de
remuneração entre a mão-de-obra masculina e a feminina em trabalho de valor
igual.
Para a Fenaban, se está na lei não há razão para colocar na Convenção Coletiva de
Trabalho (CCT). Afirmam, ainda, que as instituições financeiras já cumprem, e
negam que mulheres, por exemplo, tenham salário menor. Confrontados com
dados que mostram o oposto, os negociadores da Fenaban alegam que isso
acontece porque as trabalhadoras têm menos tempo de casa. O movimento
Sindical respondeu com os números da Rais (Relação Anual de Informações
Sociais, do Ministério do Trabalho): as mulheres têm em média seis meses menos
de banco que os homens, o que não justificaria a diferença salarial.
Há um problema claro de gestão nos bancos, que não dá igualdade de
oportunidades para seus empregados. As mulheres geralmente têm mais tempo
de estudo que os homens, mas enfrentam dificuldades de ascensão. Estão
praticamente excluídas dos cargos de diretoria e ganham em média 24% menos.
Há discriminação na hora de promover a mulher. Também é comum ver nos
bancos pessoas na mesma função com salários diferentes ou que não recebem
promoção. Por isso, queremos colocar na CCT o respeito à norma da OIT que
estabelece salário igual para trabalho de igual valor.
FÉRIAS – Os bancários querem o parcelamento do adiantamento de férias em dez parcelas iguais e sem juros. A Fenaban
ficou de levar o debate aos bancos.
CRECHE – Os bancos voltaram a dizer que o valor trata apenas de um auxílio
para custear a creche ou a babá, mas ficaram de levar a reivindicação da categoria
de pagamento de R$ 724 mensais (salário mínimo nacional). A Fenaban informou,
ainda, que quer alterar a redação desta cláusula na CCT, colocando prazo de 30
dias para entrega do comprovante dos gastos com auxílio-creche/babá.
AUXÍLIO-EDUCAÇÃO – Não há consenso entre os bancos sobre os
critérios ou os valores para pagamento de auxílio-educação para todos os
bancários. O movimento Sindical cobrou que o debate seja feito, lembrando que
todas as grandes instituições – exceto o Bradesco – já pagam e o custo é pequeno.
VALE-CULTURA – Importante conquista da Campanha Nacional
Unificada 2013, os bancários reivindicam a extensão do pagamento do valecultura para todos. A posição dos bancos é de manter somente o que está previsto
pela lei: o pagamento de R$ 50 para quem ganha até cinco salários mínimos. O
movimento Sindical cobrou que esse debate seja retomado.
VA e VR – O movimento Sindical
informou aos bancos sobre a inflação
maior para a alimentação fora de casa
(em torno de 10,3%) e cobrou
aumento para os vales alimentação e
refeição. Antes do final do mês, os
bancários já estão gastando do salário
para comer. A Fenaban informou que
a reivindicação será debatida. Os
bancos, no entanto, não querem tratar
da 13ª cesta-refeição, sob alegação de
que os bancários não vão comer duas
vezes em função de ser final de ano.
EXPEDIENTE
Informativo
Sindicato dos Empregados de Estabelecimento Bancários de Garanhuns e Região
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Jornalista Responsável: Juliana Dias - DRT: 5391/PE
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Diretor Finanças: Robério José de Araújo Queiroz
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Diretor Trabalhista: José Pereira de Almeida
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Edição: 215 - SEEBGaranhuns.com.br