PÓ DE GIZ Pressionado, governo diz que irá responder à pauta de reivindicação dos SPF IMPRESSO Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande nº 439 janeiro/fevereiro de 2014 ISSN 2178-3403 A pressão da mobilização dos servidores públicos federais levou o governo a receber uma comissão de representantes do Fórum dos SPF, durante o ato de lançamento nacional da Campanha Unificada 2014, em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília (DF). Confira nas páginas 04 e 05. Leia também nesta edição ARTIGO: DÍVIDA CONSUMIRÁ MAIS DE UM TRILHÃO DE REAIS EM 2014 Pág. 03. Esclarecimentos sobre o Funpresp resultam na baixa adesão pelos servidores Pág. 06. Docentes de todo o país se reunirão em São Luís (MA), entre 10 de 15 de fevereiro,para definir o plano de lutas de 2014 Pág. 07. PÓ DE GIZ 2 Comunicado APROFURG Charge SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR AVISO CONTRIBUIÇÃO EXERCÍCIO 2014 O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDESSindicato Nacional, com base territorial nacional e sede em Brasília-DF, FAZ SABER aos que o presente virem ou dele tiverem conhecimento, especialmente às Instituições de Ensino Superior, que a CONTRIBUIÇÃO SINDICAL dos docentes da base por ele representados, relativa ao exercício de 2014, de que tratam o Artigo 8º, Inciso IV, da Constituição Federal e o Capítulo III do Título V da CLT, equivalente a um (1) dia de trabalho, no que se refere a sua parcela do total da contribuição, não deverá ser descontada este ano na folha de MARÇO. Este Sindicato, como representante da categoria docente das Instituições de Ensino Superior de todo o País, na forma do registro sindical restabelecido em 5 de junho de 2009, publicado no Diário Oficial da União em 6 de junho de 2009, é quem detém legalmente o direito a parcela de tal contribuição, razão pela qual pode, como o fez, livremente resolver isentar a categoria por ele representada da efetivação de seu pagamento. Isto porque, em cumprimento ao que dispõe o Artigo 68, parágrafo único, de seu Estatuto (“Artigo 68 O ANDES - Sindicato Nacional luta contra toda taxa compulsória sindical não deliberada nas suas instâncias competentes. Parágrafo Único - Toda taxa compulsória, referida neste Artigo, recebida pela Entidade, deverá ser devolvida àqueles de quem foi descontada, na forma definida pelo Congresso”), deliberou-se pela dispensa do recolhimento da sua parcela. Por outro lado, ficam também as Instituições de Ensino Superior notificadas, para todos os efeitos de direito, que a CONTRIBUIÇÃO SINDICAL dos trabalhadores da base representados pelo ANDES-Sindicato Nacional não deverá ser recolhida para outro SINDICATO, com consequente ônus para o docente, não se responsabilizando esta entidade sindical por eventuais depósitos feitos indevidamente, em relação aos quais poderá tomar medidas apropriadas para cobrar o estorno ao professor. Na hipótese de haver desconto, o montante relativo a sua parcela eventualmente arrecadado deverá ser repassado para a conta corrente 51567-2, OP. 003 - ANDES-SN/IMPOSTO SINDICAL, Agência 1041 - Caixa Econômica Federal, sob pena dos consectários legais decorrentes do não cumprimento da obrigação de fazer, o que levará o ANDES-Sindicato Nacional a adotar as medidas judiciais cabíveis, para fazer prevalecer as suas disposições estatutárias sobre a contribuição sindical. Informamos ainda o endereço do Sindicato para que sejam remetidas as informações sobre o não recolhimento: SCS - Setor Comercial Sul, Quadra 2, Ed. Cedro II, 5° andar - Brasília-DF, CEP 70302914 Brasília, 3 de fevereiro de 2014 MARINALVA SILVA OLIVEIRA Presidente do Sindicato Aniversários de janeiro e fevereiro JANEIRO E XP E D I E N T E 01 -CLAUDIO RENATO RODRIGUES DIAS 01 -FERNANDO D INCAO 02 -IVETE MARTINS PINTO 02 -SHEILA STOLZ DA SILVEIRA 02 -RENATO DURO DIAS 03 -ARI MOSSI FERIS 03 -FERNANDO DE SOUZA MENDONCA 03 -LUIS ANDRE NASSR DE SAMPAIO 04 -CARLOS DE OLIVEIRA MILACH 04 -VIVIAN DA SILVA PAULITSCH 05 -HELENY VIEIRA 05 -MARIA LUCIA ROCHA ANTUNES 06 -MARCOS HENRIQUE MATTOS DE SA 06 -PEDRO DE SOUZA QUEVEDO NETO 07-ARTUR SANTOS DIAS DE OLIVEIRA 08 -JUSSELI MARIA DE BARROS ROCHA 08 -PAULO ROBERTO TAGLIANI 08-ULRICH CHRISTIAN KARL HEINZ BRUNO SEELIGER 09 -JOMAR BESSOUAT LAURINO 09 -ROSSANA MADRUGA TELLES 10 -DENIS TEIXEIRA FRANCO 10 -MARIA ANTONIETA LAVORATTI 10 -ROSINILDA LAVADOURO DA SILVA 10 -SERGIO PACHECO SOUTO 11 -NEA MARIA SETUBAL DE CASTRO 13 -CARLOS DA SILVA FARIA 13 -JOSE FERREIRA DOS SANTOS NETO 13 -PAULO JUAREZ RIEGER 14 -NILDO ELI MARQUES D AVILA 15 -ANA MARIA VOLKMER DE AZAMBUJA DA SILVA 15 -DENIS BITTENCOURT DOLCI 15 -GIOVANA CALCAGNO GOMES 15 -IREDA CONCEICAO DOS SANTOS 15 -SELLBY LOVE PREHN 16 -ALICE RACHE FONSECA 17-GIONARA TAUCHEN 17-KATIA TERESINHA OTT TAVARES 17-MARILENE MAZZUCHI ZEPKA 17-PAULO EDISON MELLO PINHO 17-RAQUEL ROLANDO SOUZA 17-SUSIE ENKE ILHA 18 -MILTON LUIZ PAIVA DE LIMA 19 -FELIPE DA SILVA PAULITSCH 19 -SILVIA SILVA DA COSTA BOTELHO 20 -BLANCA LILA GAMARRA MOREL 20 -CHOSSI SINQUE 20 -CLEUZA MARIA SOBRAL DIAS 20 -FERNANDO ANTONIO GONCALVES TERROSO Diretoria biênio 2012/2014 Presidente: Elmo Swoboda Vice-presidente: Tiarajú Alves de Freitas Secretária Geral: Marlene Teda Pelzer 1ª secretária: Neusa Ribeiro Costa Tesoureiro Geral: Humberto Calloni 1º tesoureiro: José Carlos Vieira Ruivo 1º Suplente: Silvia Fresteiro Barbosa 2º Suplente: Anderson Ruhoff 20 -MARISA PORTO DO AMARAL 20 -PERICLES ANTONIO FERNANDES GONCALVES 21 -DANILO GIROLDO 21 -MILTON LUIZ SIMOES PIRAGINE 21 -SUSANA INES MOLON 22 -ALBERTO LUIZ ALBRECHT MINO 22 -MARIA CRISTINA FLORES SOARES 23 -FLAVIO AMADO HANCIAU 25 -HELIO MARTINEZ BALAGUEZ 25 -MAURICIO MAGALHAES MATA 26 -ANDRE ANDRADE LONGARAY 26 -JORGE LUIZ SUSINI 26 -MARILEI RESMINI GRANTHAM 26 -SERGIO PACHECO MACHADO 27-LUCIA HELENA ZUARDI NIENCHESKI 28 -MARTA MARIA MARQUEZAN AUGUSTO 28 -ROSANA MENDONCA DE SOUZA 29 -JOSE CARLOS HENRIQUE DUARTE DOS SANTOS 29 -VERA MARIA FRANCO WEBER 30 -CLEUZA IVETY RIBES DE ALMEIDA 31 -JACI MARIA BILHALVA SARAIVA FEVEREIRO 01 -CLAUDINEI TERRA BRANDAO 02 -ANDRE RICARDO ROCHA DA SILVA 02 -CELSO LUIZ LOPES RODRIGUES 03 -OTACILIO LUIZ DE MELLO 04 -UBYRAJARA VAZ SENNA 05 -MOACIR LANGONI DE SOUZA 05 -NELTON FERNANDES BONILHA 05 -PEDRO EDUARDO ALMEIDA DA SILVA 06 -HUGO OLIVEIRA 07-SEBASTIAO CICERO PINHEIRO GOMES 07-JUARENZE CARDOSO NEVES 07-JORGE ALBERTO VIEIRA COSTA 07-JOSE LUIS GIOVANONI FORNOS 07-GILBERTO TAVARES DOS SANTOS 07-ERNESTO LUIZ GOMES ALQUATI 08 -ELMO SWOBODA 09 -NILO CARDOSO DORA 10 -MARIA MERCEDES SOLIS RIVERO 10 -DECIO BITTENCOURT DOLCI 10 -ANTONIO DOS SANTOS 11 -ANTONIO OLIVIO VALORIA PORTELLA 12 -RUBELISE DA CUNHA 14 -IRAHY BRAUN FOSSATI 14 -MARCELO GONCALVES MONTES DOCA 14 -VANISE DOS SANTOS GOMES 15 -IONE FRANCO NUNES 15 -RICARDO CLAUDIO SALDANA OLIVERI 16 -TANIA REGINA VENSKE DE ALMEIDA 16 -ANA NELI MENDONCA PINHEIRO 17-VINICIUS TEIXEIRA SUCENA 18 -GRACIELA HUECU MALDONADO LOCH 18 -CLEUSA HELENA GUAITA PERALTA CASTELL 19 -FERNANDO PAULO CUNHA 20 -LAURO ROBERTO WITT DA SILVA 21 -ALFREDO GUILLERMO MARTIN 21 -PAULO ROBERTO DA SILVA DUARTE 22 -JOAO MANOEL DE MORAES 23 -RITA DE CASSIA GRECCO DOS SANTOS 24 -JOAQUIM ANTONIO DA SILVA AMARAL 24 -RICARDO LEONARDIS LOUREIRO 24 -ROBERT BETITO 25 -JOSE MILTON DE ARAUJO 26 -ALEXANDRE COSTA QUINTANA 26 -MARIA IZABEL FERREIRO LLOPART 27-ANTONIO CARLOS DA ROCHA COSTA 27-NILZA RITA LOURENCO DA FONTOURA 29 -VITOR JOSE FRAINER Assessoria de Imprensa Jornalista Juliana Rodrigues – MTB/RS 15.625 ([email protected]) Impressão: Pluscom Editora – www.editora.pluspropaganda.com Revisão de Texto: Eliza Braga Distribuição gratuita Redação: Av. Itália s/nº. sede da APROFURG Campus Carreiros FURG Contato: (53) 3230 1939 Impresso em papel imune conforme inciso VI Tiragem: 1000 exemplares Artigos assinados são de responsabilidade dos autores PÓ DE GIZ APROFURG 3 Artigo DÍVIDA CONSUMIRÁ MAIS DE UM TRILHÃO DE REAIS EM 2014 Maria Lucia Fattorelli1 O governo federal enviou ao Congresso Nacional a previsão orçamentária para 2014 com a impressionante destinação de R$ 1,002 TRILHÃO de reais para o pagamento de juros e amortizações da dívida, sacrificando todas as demais rubricas orçamentárias. Esse dado chocante explica porque vivemos uma conjuntura marcada pela falta de atendimento aos direitos fundamentais e às urgentes necessidades sociais relacionadas principalmente aos serviços de saúde, educação, transporte, segurança, assistência, etc. Explica, adicionalmente, o avanço das privatizações representadas pela venda de patrimônio público e entrega de áreas estratégicas que representam estrutura do Estado, comprometendo a segurança e a soberania nacional: portos, aeroportos, estradas, ferrovias, energia, comunicações, e principalmente petróleo. As ofertas ao setor privado fazem parte do Programa de Investimento em Logística (PIL) e estão sendo realizadas inclusive em seminário realizado em Nova Iorque2 em 25.09.2013, na sede do banco Goldman Sachs3, com a participação das mais altas autoridades do governo brasileiro. Os discursos da presidenta Dilma, do presidente do Banco Central, BNDES e Ministro da Fazenda presentes no evento manifestaram publicamente a oferta de oportunidades especiais para investimentos privados no País, com a garantia de financiamentos por bancos públicos nacionais e garantias contra eventuais riscos, oferecendo não só o patrimônio, mas convocando o setor privado para participar da gestão do País. É evidente que a exigência de crescentes volumes de recursos para o pagamento de juros e amortizações da dívida tem impedido a realização dos investimentos necessários, o que tem sido utilizado como justificativa para a contínua e inaceitável entrega de patrimônio estratégico e lucrativo. Cabe realçar especialmente a campanha contra o leilão do Campo de Libra, agendado para outubro próximo, quando se pretende rifar reserva de petróleo superior à soma do que já foi leiloado nas outras quinze rodadas já realizadas durante os governos de FHC e Lula. De acordo com dados do Sindipetro-RJ, a riqueza do pré-sal coloca o Brasil entre os três maiores produtores de petróleo no mundo. Considerando o disposto em nossa Constituição Federal, a capacidade da Petrobrás e o compromisso assumido pela Presidenta Dilma4 durante sua campanha eleitoral, não há justificativa plausível para o leilão anunciado, por isso todos devemos apoiar e reforçar a campanha “O petróleo tem que ser nosso”5, repudiando e requerendo o cancelamento desse leilão. Para continuar alimentando o Sistema da Dívida em âmbito nacional e regional, o governo sacrifica o povo com pesados tributos, ausência de retorno em bens, serviços e investimentos, e ainda rifa o patrimônio público. Por isso perseveramos com os trabalhos da Auditoria Cidadã, exigindo a realização da auditoria e completa transparência desse perverso Sistema da Dívida. 1 Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida www.auditoriacidada.org.br 2 The Brazil Infraestructure Oppportunity http://noticias.band.uol.com.br/the-brazil-infrastructure-opportunity/ 3 Quem é Goldman Sachs: http://www.youtube.com/watch?v=eDNWitV5PBg&feature=youtu.be 4 Fala da Presidenta Dilma durante a campanha de 2010: http://www.sindipetro.org.br/w3/ 5 O petróleo tem que ser nosso: http://www.apn.org.br/w3/ Governo federal enaltece política de redução de gastos sociais Em mensagem ao Congresso Nacional encaminhada nesta segunda-feira (3), a presidente Dilma Rousseff ressalta entre as ações positivas de seu governo a redução do impacto, no Produto Interno Bruto (PIB), dos gastos sociais e com pessoal. “Manteremos, em 2014, uma gestão das contas públicas compatível com a continuidade da política de profundo compromisso com a responsabilidade fiscal, para o que contribuirá, entre outras medidas, o pacto que firmamos com as principais lideranças políticas do Congresso Nacional. É importante destacar que a necessidade de financiamento da Previdência Social caiu de 1,3% do PIB em 2009 para 1% em 2013; as despesas com pessoal, de 4,7% para 4,2% do PIB, no mesmo período. Esse esforço não seria concretizado sem a parceria do Congresso Nacional”, aponta trecho da mensagem encaminhada pelo Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante Segundo artigo divulgado pela Auditoria Cidadã da Dívida, enquanto há uma preocupação em barrar tais projetos, os gastos com a dívida – que consomem a maior parcela do Orçamento Geral da União – não são sequer discutidos pelos parlamentares. De acordo com a Auditoria Cidadã, a Mensagem omite que, em 2013, os gastos com a dívida atingiram R$ 718 bilhões, ou seja, mais que o triplo dos R$ 220 bilhões gastos com pessoal, de todas as carreiras e poderes, ativos, aposentados e pensionistas. Os gastos com a dívida, que beneficiam principalmente poucos e grandes bancos e investidores, foram muito maiores que os gastos com a Previdência (R$ 430 bilhões), que beneficiam dezenas de milhões de pessoas, incluindo-se os servidores públicos aposentados e pensionistas. Os gastos com a dívida foram várias vezes superiores a diversos gastos sociais. Para divulgar esta situação, a Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, participará de Seminário, nesta quinta (6), a partir das 9h, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. O evento ocorre dentro da programação do lançamento nacional da Campanha Unificada dos Servidores Públicos Federais. Gráfico Orçamento Geral da União (Executado em 2013) – Total = R$ 1,783 trilhão Fonte: Senado Federal – Sistema SIGA BRASIL Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida. Nota: Inclui o “refinanciamento” da dívida, pois o governo contabiliza neste item grande parte dos juros pagos. Não inclui os restos a pagar de 2013, pagos em 2014. *Com informações da Auditoria Cidadã da Dívida Fonte: ANDES-SN 4 PÓ DE GIZ APROFURG Pressionado, governo diz que irá responder à pauta de reivindicação dos SPF A pressão da mobilização dos servidores públicos federais levou o governo a receber uma comissão de representantes do Fórum dos SPF, nesta quarta-feira (5), durante o ato de lançamento nacional da Campanha Unificada 2014, em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília (DF). Dirigentes de 10 entidades e das três centrais sindicais que compõe o Fórum se reuniram com o chefe de gabinete da Secretaria-Executiva do Planejamento, André Bucar, além do secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e sua equipe técnica. Segundo o coordenador da CSP-Conlutas, Paulo Barela, os dirigentes cobraram a abertura imediata de negociações em torno da pauta unificada dos servidores federais e rechaçaram a argumentação do governo de que enfrenta dificuldades em atender o pleito dos trabalhadores do serviço público. Mendonça e Bucar se comprometeram em apresentar uma resposta oficial, até o início março, à pauta dos SPF, protocolada no dia 24 de janeiro. Os representantes do Planejamento também buscarão articular uma reunião entre as entidades nacionais dos servidores e a ministra Miriam Belchior. Ao final dos informes, Barela ressaltou a necessidade de intensificar o processo de mobilização nos estados para pressionar o governo. “Já arrancamos do governo o compromisso de responder formalmente à nossa pauta”, destacou. O dirigente ponderou ainda que não está descartada a possibilidade de construção de uma grande greve do funcionalismo público. O coordenador da CSP-Conlutas lembrou que os próximos passos serão definidos na reunião ampliada do Fórum, na sexta-feira (7). “Nosso ato foi vitorioso. Agora precisamos aprofundar o debate junto às nossas bases”, disse. Mobilização Centenas de servidores públicos federais, vindos de diversas partes do país, mostraram ao governo a disposição do movimento para os enfrentamentos previstos para este ano, que será marcado pela Copa do Mundo e pelas eleições. Além da pauta unificada, composta por oito eixos (confira abaixo), as reivindicações que compõem a pauta específica de cada entidade expõem a realidade enfrentada pelos servidores de todo país, como a falta de valorização do serviço público, a precarização das condições de trabalho, as perdas salariais e de direitos, o não cumprimento de acordos feitos pelo governo em negociações anteriores, entre outras questões. Em frente ao bloco K da Esplanada, os manifestantes, que representavam entidades de vários estados brasileiros, pressionaram a abertura de diálogo com o governo, a realização da audiência com a ministra do Planejamento (Mpog), Miriam Belchior, solicitada APROFURG pelo Fórum dos SPF no último dia 24, e o atendimento das reivindicações. Até o início da tarde, os servidores permaneceram no local, com cartazes, faixas e bandeiras, que apresentavam as pautas gerais e específicas das categorias. A Associação dos Professores da Universidade Federal do Rio Grande (APROFURG) esteve presente nas manifestações, a fim de acompanhar as negociações de reajuste salarial da categoria. Durante as falas no carro de som, os dirigentes das dezenas de entidades que integraram a atividade manifestaram a insatisfação com a postura do governo e com as políticas aplicadas, que investem grandes recursos na construção de estádios e na copa do mundo, ignora PÓ DE GIZ os trabalhadores e a população, e não garante acesso aos serviços públicos de qualidade, além de não valorizar os servidores. O 2º secretário do ANDES-SN, Paulo Rizzo, destacou as ações empreendidas pelo Sindicato Nacional para fortalecer a Campanha Unificada, com atividades e debates feitos na base. “O governo já nos deu uma resposta no ano passado e permanece com o mesmo discurso neste ano, de que não irá negociar conosco. Este é o momento da construção da mobilização. E essa é a nossa tarefa. Temos que lutar e ir às ruas se quisermos negociação”, destacou. Rizzo comentou a comemoração que o governo fez na mensagem encaminhada pela presidente Dilma Roussef ao Congresso Nacional na segunda-feira “O governo celebra o superávit fiscal e comemora que está economizando para a amortização da dívida, além de enaltecer os cortes com despesas em pessoal e direitos sociais. Isso mostra claramente que ele não pretende se mexer para atender aos servidores”, avaliou. O diretor do ANDES-SN citou ainda duas lutas enfrentadas pelos setores da Educação e da Saúde: a luta contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que “tira das universidades o controle dos hospitais universitários e muda a forma de contratação dos trabalhadores para os moldes do setor privado”, e a aprovação do PNE no Senado, com um texto que permite a aplicação de verbas públicas para em- 5 presas privadas. “O projeto voltará para a Câmara com esta característica. O governo adiou a Conferência Nacional de Educação para o segundo semestre, o que mostra que não interessa ter discussão neste ano”. Rizzo informou ainda que os reitores das Universidades Federais estão propondo um projeto de lei que, a título de regulamentar a autonomia universitária, propõe, entre outras coisas, oficializar cursos pagos nas instituições públicas. “Nesta campanha salarial, temos que estar todos unidos contra a privatização e a mercantilização dos serviços públicos”, conclamou. Fonte: ANDES-SN PÓ DE GIZ 6 APROFURG Esclarecimentos sobre o Funpresp resultam na baixa adesão pelos servidores Em 2014, ANDES-SN dará continuidade às ações, com a ampliação da divulgação da cartilha que alerta sobre os riscos da opção pelo Fundo, além de intensificar a articulação com demais entidades representantes dos servidores públicos federais. O fortalecimento e ampliação das campanhas que visam ao esclarecimento sobre os riscos da adesão à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) para os servidores públicos federais, protagonizadas por entidades como o ANDES-SN, alcançou bons resultados em 2013, com a baixa adesão por parte da categoria a este Regime de Previdência Complementar: até o mês de outubro do ano passado, segundo informações da Folha de S. Paulo, apenas 2.500 servidores – um quarto do esperado pelo governo para 2013 – fizeram a opção pelo Funpresp. A expectativa do Ministério do Planejamento era de que o Funpresp-Exe se tornasse o maior do gênero na América Latina em 10 anos. Mas, o que se viu, foi a rejeição por parte dos servidores, principalmente nas universidades federais. Para o encarregado de Assuntos de Aposentadoria do ANDES-SN, Almir Menezes Filho, a campanha “Diga Não ao FunprespExe”, desenvolvida pelo Sindicato Nacional em 2013, com a distribuição de materiais explicativos, como folderes, cartilhas e cartazes, além da intensificação e promoção de debates nas Seções Sindicais do ANDES-SN em todo o país, foi um dos fatores que contribuiu para este resultado. “Segundo dados do governo, o menor índice de adesão ao Funpresp, entre todas as outras carreiras do serviço público federal, com média de 7% entre os novos contratados, foi o da categoria docente - que teve o maior número de recém-ingressos desde a oficialização da Funpresp-Exe, no início de 2013. Este fato tem dado muita dor de cabeça ao governo”, afirma. Menezes Filho acredita que os bons resultados se deram pela forma como a campanha foi desenvolvida, que “sempre procurou esclarecer e mostrar aos docentes os riscos que advêm de uma aposta sem que as regras do jogo estejam bem claras, principalmente quando está em jogo o seu futuro que, em muitos casos, ainda longínquo, só será decidido daqui a 20, 30 anos, pelas regras do mercado financeiro”. O diretor do ANDES-SN explica que, após o início da vigência da Lei nº 12.618, que instituiu a Previdência Complementar, o valor da aposentadoria do servidor está limitado ao teto do benefício pago pelo Regime Geral da Previdência Social, atualmente R$ 4.159, valor que o servidor terá garantido na sua aposentadoria. “Caso o servidor opte pelo Funpresp, poderá ter uma complementação nos seus proventos, o que não pode ser considerada como aposentadoria, mas simplesmente como resultado de investimentos feitos por terceiros, com o seu dinheiro. Estes resultados podem ser positivos, negativos ou mesmo nulos”, diz. O diretor do ANDES-SN afirma ainda que o governo está desacreditado, não só para a categoria dos servidores, mas para toda a sociedade, que mostrou seu descontentamento nas manifestações públicas que ocorreram massivamente em todo o país, em 2013. “O governo agiu em relação ao Funpresp, e continua agindo, desprezando o poder de discernimento dos servidores. No lugar de prestar esclarecimentos corretos, dá informações truncadas e os mantém em clima de insegurança muito grande. O que aconteceu? Os servidores foram em busca de informações nas quais confiassem, procuraram o debate e estão refletindo sobre qual opção tomar”. Para Menezes Filho, esta postura é o que tem contribuído para o pequeno índice de adesão. “Evidente que os materiais produzidos pelas entidades dos servidores, como a cartilha do ANDES-SN, que demonstrou o quanto é arriscada esta opção e o quanto ela poderá ser prejudicial na vida futura dos professores, tem pesado bastante e de forma positiva nestas decisões”, ressalta. No entanto, apesar da boa aceitação da campanha e dos avanços obtidos, o diretor do ANDES-SN alerta que a conjuntura continua adversa, tornando necessário o aprofundamento do debate na base do Sindicato Nacional. “Uma das prioridades do ANDES-SN é dar continuidade à Jornada Nacional de lutas, ampliando a divulgação do material já produzido. Neste sentido, já disponibilizamos para a base a edição revisada e atualizada da cartilha, com uma tiragem de 40 mil exemplares”, conta. Entre as outras ações, está a realização de debates que, segundo Menezes Filho, serão ampliados e intensificados, com convite aos docentes recém-ingressos para que participem das discussões. “É necessário deixar bem explícito que esta decisão é optativa e que não se deve aceitar a pressão que vem sendo feita pelas administrações das IFE para que seja feita a adesão ao Funpresp”, alerta. “Paralelamente, serão intensificadas as articulações pela unidade na luta com os demais SPF (nos níveis federal, estadual e municipal) para enfrentar o recrudescimento da luta, que de certo virá neste ano”, complementa. Avanço nos estados São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Espírito Santo e Minas Gerais estão entre os estados que já adotaram a Previdência Complementar aos servidores estaduais, a partir da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, que autorizou a União, estados, municípios e o Distrito Federal a limitarem o valor das aposentadorias e pensões dos servidores públicos ao valor do teto do benefício pago pelo Regime Geral da Previdência Social, desde que sejam instituídos fundos de pensão. Em Minas Gerais, a Lei Complementar nº 132/2014, que institui o Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos do estado, foi sancionada pelo governador Antonio Anastasia na quarta-feira (8). O projeto, de autoria do governador, tramitou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) como Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 53/2013 e foi aprovado em dezembro do ano passado. Segundo o diretor do ANDES-SN, no âmbito federal, a forte resistência dos servidores impediu a regulamentação desta matéria durante 14 anos, quando foi transformada na Lei nº 12.618/2012. “Somente com uma grande articulação que permita a unidade na luta dos servidores poderemos impedir o avanço da Previdência Complementar nos estados e municípios. Mesmo nos estados em que já foi regulamentada, a luta se faz necessária, a exemplo do que vem ocorrendo nacionalmente e de forma semelhante, e promovendo debates e distribuindo materiais, com o objetivo de esclarecer os servidores das armadilhas embutidas no projeto”. Discurso do governo O governo Dilma Rousseff usou a crise econômica como argumento para a criação, por meio de votações aceleradas na Câmara e no Senado, dos fundos de pensão privados dos servidores públicos federais. Para a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fatorelli, é justamente a natureza da crise econômica, que atinge principalmente a Europa e os Estados Unidos, um dos elementos que deveria ter sido considerado pelo governo para não criar as três fundações de aposentadoria complementar, uma para cada poder da República. “Os fundos de pensão estão quebrando em várias partes do mundo”, afirmou Fatorelli, em matéria publicada pelo Sindijufe-MT (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado do Mato Grosso do Sul), no site JusBrasil, em 2013. A auditora afirmou ainda que o problema das contas públicas no país não é causado nem pelo custo de pessoal e nem pela Previdência. “O verdadeiro rombo está na dívida, que nunca foi auditada”, observou. “A política que privilegia a dívida é a responsável pelo grande paradoxo do Brasil: ao mesmo tempo em que somos a sexta potência mundial, somos um dos países mais injustos do mundo, ocupando a 84ª posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) medido pela ONU”, criticou. O diretor do ANDES-SN acrescenta: “a falácia do discurso governamental do ‘déficit de previdência’ já foi amplamente comprovada com a publicação de material produzido, a partir de dados oficiais, pela Anfip [Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil], em 2011. Mas o governo insiste com esse argumento, influenciando a opinião pú- blica contra a aposentadoria dos servidores ao mesmo tempo em que procura camuflar que o grande algoz do povo brasileiro é, sem dúvida, a chamada dívida pública, que consome em juros e amortização, 43,98% do Orçamento Geral da União”. Para Menezes Filho, com a implementação da Previdência Complementar, “o governo terá mais espaço de manobra e mais recursos para atender o denominado superávit primário, pagar as dívidas públicas, juros e moratórias”. “Na realidade, em contexto mais geral, o governo não atinge apenas a aposentadoria do servidor, atinge diretamente a Seguridade Social e, assim, o cidadão brasileiro é o principal prejudicado, haja vista o colapso no sistema de saúde, educação, lazer, cultura, bem como os baixos salários pagos aos aposentados que dependem da previdência social para sobreviverem. Podemos afirmar é que o governo age desta forma com o intuito de atender os seus interesses políticos e o dos estrangeiros”, conclui. * Com informações da Folha de S. Paulo e JusBrasil Fonte: ANDES-SN PÓ DE GIZ APROFURG Em reunião ampliada, servidores apontam novo ato unificado para março Representantes de várias entidades de todo o país que participaram da Reunião Ampliada do Fórum dos SPF em Brasília, nesta sexta-feira (7), apontam a necessidade de construção da greve unificada como instrumento para pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria A importância da mobilização, da integração e da unificação das entidades que representam os servidores públicos federais (SPF) de todo o país como forma de pressionar e exigir do governo o atendimento da pauta que compõe a Campanha Unificada de 2014, além das pautas específicas de cada setor, foi ressaltada durante a reunião ampliada do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (SPF), realizada na manhã desta sexta-feira (7), em Brasília. O auditório do SindsepDF, local da reunião, permaneceu lotado. Entre as respostas de encaminhamentos está a realização de uma atividade unificada nacional em março, com data prevista para dia 19, e a possibilidade de a atividade se tornar uma marcha (questões que serão definidas na próxima reunião do Fórum dos SPF); a manutenção da indicação do início da greve para a segunda quinzena de março, e a elaboração de três moções de apoio: à greve dos rodoviários em Porto Alegre, à greve dos servidores da saúde do Rio de Janeiro; e à greve dos trabalhadores dos Correios. Representantes de dezenas de entidades que compõem fórum participaram da reunião, que fez uma avaliação das atividades do calendário de lutas já realizadas, como o lançamento nacional e nos estados da Campanha, nos dias 5 de fevereiro e 22 de janeiro, respectivamente; e o seminário da Auditoria Cidadã da Dívida, na quinta-feira (6) –, além de discutir o prosseguimento das atividades. Apesar de não ter caráter deliberativo e das pequenas polêmicas que surgiram durante as falas em relação à mobilização e a construção da greve, não houve posição contrária à paralisação. Durante as falas, os participantes apontaram a greve como o instrumento da classe trabalhadora para garantir conquistas para o movimento. “A Reunião foi positiva na medida em que todos se manifestaram pela unidade dos servidores públicos federais e sobre a necessidade de construir a luta unificada neste primeiro semestre de 2014. Todos se mostraram comprometidos em discutir a necessidade e construção da greve unificada dos SPF, que pode ter início no fim de março ou no início de abril. O ANDES-SN estará no seu 33º Congresso, que será realizado entre 10 e 14 de feverei- 7 Orçamento previsto não reajusta salários, mas destina R$ 1 trilhão ao superávit Auditoria Cidadã da Dívida revela, em atividade política da Campanha Salarial Unificada de 2014, que servidores públicos federais vão ter perda histórica se não lutarem ro, em São Luís, discutindo o plano de lutas para 2014, e deverá aprovar a forma de sua unificação com os servidores públicos federais, e o seu calendário próprio articulado com os servidores como um todo”, explica o 2º secretário do ANDES-SN, Paulo Rizzo. O diretor do Sindicato Nacional avalia ainda que a reunião foi bastante expressiva, com representações de várias bases de entidades de todo o país que estavam presentes e participaram das atividades em Brasília, previstas no calendário dos SPF. “Algumas entidades, como a Fasubra, ainda têm plenária neste fim de semana para discutir os encaminhamentos do indicativo de greve. Outras já têm indicativo, como a Condsef e o Sinasefe”, contextualiza Rizzo. Os representantes das entidades nacionais fizeram informes sobre como as ações têm sido organizadas junto às bases e divulgaram seus calendários de atividades para os próximos meses. AVALIAÇÃO Para o coordenador da CSP-Conlutas, Paulo Barela, o movimento obteve importantes conquistas no ato do último dia 5. A pressão dos servidores, presentes no ato em frente ao Bloco K, resultou em reunião entre dirigentes de 10 entidades e das três centrais sindicais que compõem o fórum e o chefe de gabinete da Secretaria-Executiva do Planejamento, André Bucar, além do secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e sua equipe técnica. “Tivemos duas respostas importantes: foi assumido o compromisso tácito de responder formalmente, ponto a ponto, as oito reivindicações que compõe a Campanha, e a equipe do governo afirmou que buscará garantir uma audiência com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e as entidades dos servidores públicos federais”, afirmou Barela. Segundo ele, os dirigentes cobraram a abertura imediata de negociações em torno da pauta unificada dos servidores federais e rechaçaram a argumentação do governo de que enfrenta dificuldades em atender o pleito dos trabalhadores do serviço público. Fonte: ANDES-SN O Orçamento da União para 2014 revela a continuidade da política do Estado mínimo implantada no país desde a década de 1990. Essa é uma das conclusões do Seminário sobre a Dívida Pública, realizado pela auditora fiscal e coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, na manhã desta quinta-feira (6), no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. Uma das atividades do lançamento da Campanha Salarial Unificada de 2014 dos servidores públicos federais, o seminário esclareceu a relação do sistema da dívida, ou seja, das dívidas externas e interna e do superávit primário, com as perdas salariais da categoria, com a retirada do Estado da prestação de serviços públicos e da privatização de direitos sociais, tais como a previdência, a saúde, a educação e a habitação. As investigações da Auditoria Cidadã mostram que está prevista uma perda salarial histórica para os servidores públicos federais em 2014. Um estudo da Lei Orçamentária deste ano, realizado pela entidade, revela que a lei definiu uma queda dos gastos com o pessoal em relação à receita corrente líquida. “No Anexo V da Lei Orçamentária, que inclui os aumentos de gastos com o pessoal, prevê para aumento com gasto com pessoal, R$ 15,4 bilhões, dos quais R$ 12,5 bilhões cobrem os reajustes salariais e a alteração de estrutura de carreira, que já estavam previstos nos acordos de 2012. Esse recurso se refere exatamente ao reajuste de 5% que os servidores federais estão recebendo e que não cobrem a inflação. Desse valor total, menos de R$ 3 bilhões serão destinados a novos cargos, diante dos concursos previstos para este ano. Não há previsão para ganho salarial”, assegura a coordenadora da Auditoria. Ela afirma que se quiser reaver o valor real dos salários, o servidor público terá de entabular uma luta muito forte para mudar o cenário. “Além disso, para o Orçamento de 2014, R$ 1 trilhão serão destinados à dívida pública. O superávit primário previsto é de 3,17% do Produto Interno Bruto (PIB), o salário mínimo de apenas R$ 724 e uma inflação prevista de 5,8%. Isso significa que, se o reajuste vai ser 5%, há aí mais uma perda anunciada”, demonstra Fattorelli. Com base nos cálculos expostos em slides, Maria Lucia afirma que, “diante desse cenário em que a dívida absorve a maior parte dos recursos, não sobra dinheiro nem para reajuste salarial, nem para investimento nos serviços públicos e nem para a estrutura de Estado. O resultado disso é que esse modelo econômico aponta para o aprofundamento do processo de privatização”. POLITIZAÇÃO E DIALÉTICA O 2º secretário do ANDES-SN, Paulo Rizzo, que representou o Sindicato Nacional no seminário, destacou a frase “a emancipação os oprimidos será obra deles mesmos”, de Karl Marx, que finaliza os slides da apresentação de Maria Lucia Fattorelli. “Ao ter essa referência, gostaria de ressaltar o método de Marx: o pensamento dialético e relacional, que a exposição de Maria Lucia revela entre nossa campanha salarial e a dívida pública. Governo e mídia insistem em escamotear que é a dívida que corrói o Orçamento e buscam fazer crer que se gasta muito com políticas públicas”, afirma Rizzo. O dirigente do Sindicato Nacional acredita que a campanha salarial de 2014 iniciou no caminho certo a partir da percepção de que as entidades estão tendo da conjuntura do país e de que este é um ano de politização das lutas. “Este é o ano de trabalharmos na base a politização, conseguindo relacionar as reivindicações mais imediatas com os desafios políticos e esse é o momento para isso, pois estamos num ano de efervescência política”, afirmou. Fonte: ANDES-SN PÓ DE GIZ 8 Saúde Profa. Dra. Enfa. Marlene Teda Pelzer Escola de Enfermagem GORDURA EMAGRECE? Óleos vegetais são comercializados com a promessa de acelerar o metabolismo e diminuir a fome. Mas, para especialistas, faltam provas sobre os benefícios. O sucesso das gorduras para emagrecer começou com o óleo de coco, que teria propriedades termogênicas , ou seja, aumenta a queima de calorias no corpo. Este óleo teria ainda um efeito adjuvante na redução da circunferência abdominal. Para nutricionistas como Annie Belo, pesquisadora do Instituto Nacional de Cardiologia no Rio, deve ser consumido APROFURG REVISITANDO ALGUNS TÓPICOS RELACIONADOS À SAÚDE com moderação (máximo de duas colheres de chá ao dia) aliado a uma alimentação saudável. Pode aumentar o risco de doença cardiovascular e levar ao aumento do colesterol. O óleo de Cártamo (planta da família do crisântemo), óleo de Chia, Abacate e Linhaça são boas fontes de Ômega 3 (ácido graxo essencial, tem propriedade anti-inflamatória e ajuda na redução dos níveis de triglicérides. Está presente no óleo de soja, de canola e na linhaça), Ômega 6 (tem ação inflamatória mas também efeitos benéficos como inibir a síntese de triglicérides no fígado. Encontrado em quase todos óleos vegetais e deve ser consumido de forma equilibrada com o Ômega 3) e Ômega 9 (presente no abacate e no azeite de oliva, é um ácido graxo não essencial produzido pelo corpo humano. É uma gordura saudável porque não induz processos oxidativos. Também está presente no óleo de canola), gorduras mais saudáveis que as saturadas e que ajudam na manutenção da saúde cardiovascular. O Ômega 9 do Abacate é o mesmo do azeite e o Ômega 3 do óleo de Chia e de Linhaça são encontrados nesses alimentos na forma de sementes, que por terem fibras e ação anti-inflamatória, retardam o esvaziamento gástrico, proporcionando mais saciedade. NOVAS REGRAS PARA RÓTULOS DE PRODUTOS “LIGHT” Alimentos produzidos e comercializados no país a partir de janeiro de 2014 devem seguir novas regras ditadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para serem comercializados como “light”, isentos de gordura trans e “fonte de” ou “rico em” Ômega 3, 6 e 9. O objetivo dos novos critérios é evitar mensagens enganosas ao consumidor e adequar as regras nacionais às dos países do Mercosul. O termo “light” passa a ser liberado apenas nos casos em que o alimento tiver, no mínimo, 25% a menos de um determinado nutriente - Açúcar, Gordura Total ou Saturada, Sódio ou valor energético - que o produto convencional da mesma marca. Até o momento, pelo menos duas marcas de pão de forma trocaram o termo “light” por “fit” ou outra denominação. Os pães light da Wickbold, por exemplo, agora recebem a denominação “estar leve” na embalagem. A Bimbo, que atua no mercado de pães, informou que tomou as ações necessárias para adequação às exigências em vigor. Outra mudança foi a liberação do uso de termos como “fonte de” ou “rico em” Ômega 3, 6 e 9, desde que cumpridas as concentrações mínimas - para ser “rico” é preciso ter o dobro de substâncias presentes no alimento que é “fonte”. Também foi incluído o termo “isento de gordura trans” - o produto deve ter no máximo 0,1g de gordura trans por porção e manter baixos os índices de gordura saturada, para não haver troca de um tipo de gordura pelo outro. O termo “sem adição de sal” também foi contemplado, para estimular a indústria a diminuir o uso do sódio dos produtos. A ressalva é que todos os alimentos produzidos até o final de 2013 podem ser vendidos até o prazo de validade. A BEBIDA E A MEMÓRIA HOMENS DE meia-idade consumindo mais de 36 gramas de álcool diariamente mostram sinais de declínio de memória quando comparados com bebedores moderados. Uma lata de cerveja de 350 ml, meio copo de vinho tinto ou uma dose de uísque ou pinga têm, em média, 14 gramas de álcool. Uma pesquisa na Grã-Bretanha analisou durante dez anos o declínio de 5.054 homens e 2.099 mulheres com idades entre 44 e 69 anos que bebiam. O estudo foi feito por meio de testes de memória e raciocínio. A conclusão é apresentada na revista Neurology por Séverine Sabia e colaboradores do Departamento de Epidemiologia do University College London. Para as Mulheres, encontraram o nível de 19 gramas de álcool/dia para o declínio de memória e percepção ao longo dos anos. Os autores assinalam ainda que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas tem consequências a Curto e Longo prazo no Cérebro por seus Efeitos Neurotóxicos diretos e indiretos levando a Doenças Cerebrovasculares. A autora Séverine Sabia também cita o Instituto Nacional sobre Abuso do Álcool dos Estados Unidos, que lembra, para os IDOSOS: os Efeitos do Álcool são Mais Rápidos na velhice do que quando eles eram jovens. Além disso, há alto risco de fraturas por quedas, de desastres na direção de automóveis e de possíveis efeitos coalterais pela interação de medicamentos com as bebidas. Assessoria Jurídica PRECATÓRIOS DESTE ANO SERÃO PAGOS SOMENTE EM NOVEMBRO O Governo Federal não seguirá a tendência dos anos anteriores no que diz respeito ao prazo de pagamento dos precatórios. Segundo informação publicada no sítio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (RS, SC e PR), o Governo Federal fará o pagamento dos precatórios desse ano somente no mês de novembro de 2014. A notícia está no www.trf4.jus.br e foi também publicada pelo Governo no Diário Oficial da União de 19 de fevereiro de 2014. Vejamos a íntegra da notícia: “O Conselho da Justiça Federal divulgou o calendário para pagamento dos precatórios - exercício 2014 - da União Federal, suas autarquias (inclusive o INSS) e fundações. Conforme definido pela Secretaria do Tesouro Nacional, a liberação das verbas ocorrerá da seguinte forma: Precatórios Alimentares (todos da proposta orçamentária 2014, incluídos os precatórios de portadores de doença grave e maiores de 60 anos) – a liberação das contas ocorrerá na primeira quinzena do mês de novembro de 2014; Precatórios de natureza co- mum (todos da proposta 2014 e os parcelados de exercícios anteriores) – a liberação das contas ocorrerá na primeira quinzena de dezembro de 2014. Informamos, ainda, que não há previsão do dia exato em que as contas serão efetivamente liberadas para saque. A informação desta data deverá ser buscada na “consulta processual”, clicando em “detalhes”, e só será disponibilizada após o dia 05 do mês em que está previsto o pagamento (novembro ou dezembro, conforme a natureza do precatório). [...] Salientamos que o referido calendário de pagamentos foi definido pela Secretaria do Tesouro Nacional - órgão vinculado ao poder executivo”. Considerando que os valores a serem pagos nos processos judiciais dos servidores são “precatórios alimentares”, somente em novembro de 2014 é que esses valores serão liberados. Para mais informações, favor entrar em contato com a assessoria jurídica da Aprofurg as terças ou quintas pela manhã.