PARNAMIRIM – RN Aluno (a): Nº: 1ª série Turma: Data: ______ / _____ / 2015 Noções de Primeiros Socorros PRIMEIROS SOCORROS Ao imaginarmos uma situação onde seja preciso realizar os primeiros socorros, podem surgir as seguintes perguntas: Qual a diferença entre acidentes e mal súbito? Qual a sua importância para a sociedade? Qual é a responsabilidade perante uma omissão de socorro? 1. Primeiro Socorros São ações que cada cidadão pode realizar para ajudar alguém que esteja passando por um momento de risco. Há um conjunto de procedimentos de emergências para vítima de acidentes e mal súbito que visam evitar o agravamento de seu estado físico e manter a sua vida até que chegue ao local um socorro médico especializado. 1.1. Você sabe a diferença entre acidentes e mal súbito? Acidentes: são situações que podem ocorre no dia a dia, como a colisão de automóveis, atropelamentos, tumultos, incêndios, afogamentos, asfixia causada por engasgo, entre outras. Mal Súbito: são situações geradas pelo próprio corpo da vítima, como convulsões, ataques cardíacos, ataques epiléticos, entre outras. IMPORTANTE: O primeiro atendimento a vítima de acidentes ou mal súbito não exclui, de forma alguma, a presença de um médico. É fundamental que você acione imediatamente o atendimento especializado, informando, com objetividade, o estado da vítima e o local da ocorrência. 1.2. A importância dos primeiro socorros para a sociedade A grande maioria das situações de acidentes poderia ser evitada; porém, quando elas ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz O fundamental é saber que, no momento da emergência, deve-se manter a calma e ter em mente que a prestação dos primeiros socorros não exclui a importância de uma equipe especializada para o atendimento. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça de que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima. Entretanto, a pessoa que chama por socorro especializado, por exemplo, já está prestando e providenciando socorro. Os momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas, são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas. Todos os seres humanos são possuidores de um forte espírito de solidariedade, e é este sentimento que nos impulsiona para tentar ajudar as pessoas em dificuldades. Nestes trágicos momentos, após os acidentes, as vítimas são totalmente dependentes do auxílio de terceiros. Porém, somente o espírito de solidariedade não basta. Para que possamos prestar um socorro de emergência correto e eficiente, precisamos conhecer técnicas de primeiros socorros. Algumas pessoas pensam que na hora da emergência não terão coragem ou habilidade suficiente, mas isso não deve ser motivo para deixar de aprender as técnicas, porque nunca sabemos quando teremos que utilizá-las. 1.3. Omissão de socorro e suas consequências A omissão de socorro é ausência de qualquer tipo de assistência à vítima. A pessoa que deixar de prestar ou providenciar socorro, incorre no crime, previsto no artigo 135 do Código Penal Brasileiro: Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandona ou extraviada, ou à pessoa invalida ou ferida, ao desamparo ou em grave ou iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública. Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 1 2. Ações iniciais para um atendimento 2.1. Ações Iniciais Checar o local; Pedir ajuda; Avaliar a vítima; Cuidar da vítima; Manter sinais vitais. Neste caso, coloca-se uma mão uma mão sobre a sua fronte para manter a cabeça inclinada para trás, e com a outra tapa-se a abertura bocal. Para não lhe comprimir as asas do nariz, abre-se a sua boca ao máximo. Quando se suspeitar que exista uma lesão das vértebras cervicais, procura-se fazer com que as vias respiratórias fiquem livres elevando com cuidado o maxilar da vítima, introduzindo-lhe o polegar na boca ou pegando-lhe pelo ângulo do queixo. 2.2. Técnicas para avaliação inicial da situação Com crianças pequenas Verificar o nível de consciência; Verificar se respira – ver – sentir – ouvir; Se as vias aéreas estão desobstruídas; Checar pulsação: através da artéria carótida e/ou radial em adultos ou artéria braquial em crianças; Se a vítima apresenta pulso; Verificar hemorragias, fraturas e outras lesões Inspeção e Palpação; Improvisar colar cervical quando há suspeita de lesão na coluna cervical. Deitar a criança com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás. Levantar o queixo projetando-o para fora. Evitar que a língua obstrua a passagem de ar. Colocar a boca sobre a boca e o nariz da criança e soprar suavemente até que o pulmão dela se encha de ar e o peito se levante. Deixe que ela expire livremente e repita o método com o ritmo de 15 respirações por minuto. Pressione também o estômago para evitar que ele se encha de ar. 2.3. • Gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio; • Afogamento; • Choque elétrico; • Abalos violentos resultantes de explosão ou pancadas na cabeça e envenenamento por ingestão de sedativos ou produtos químicos; • Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do bebê, da criança, do adulto. Parada Respiratória: Detecção e procedimentos Como detectar? Observar os sinais graves: Se o peito da vítima não se mexer ou se os lábios, face, língua e unhas ficarem azulados, certamente houve parada respiratória . Como fazer a respiração artificial ou de socorro? Afrouxe roupas, desobstrua a circulação do pescoço, peito e cintura. Desobstrua as vias aéreas (boca ou garganta). Coloque a vítima em uma posição correta. Ritmo: 15 respirações por minuto. Observação importante: ficar atento para reiniciar o processo a qualquer momento, caso seja necessário. Levantar o pescoço com uma das mãos, inclinando a cabeça para trás. Com a mesma mão, puxe o queixo da vítima para cima, impedindo que a língua obstrua a entrada e saída de ar. Coloque a boca sobre a boca. Feche bem as narinas da vítima com o polegar e o indicador. Depois sopre dentro da boca até que o peito se levante e deixe que o indivíduo expire livremente. Repita o processo na frequência de 12 a 15 vezes por minuto (aproximadamente 1 insuflação de 5 em 5 segundos). Durante a insuflação deve verificar-se se a caixa torácica se eleva indicando nesse caso que a via respiratória se encontra livre. Em certos casos, por exemplo, na presença de vômitos ou de lesões na cara, a insuflação pode ser praticada através de um lenço ou qualquer pedaço de pano colocado sobre a boca do acidentado. Se a existência de lesões na cara, ou outros motivos, não permitirem praticar a respiração boca a boca, insuflar-se-á o ar pelo nariz. O que pode causar? 2.4. Parada procedimentos Cardiorrespiratória: Detecção e A parada cardiorrespiratória ocorre quando o coração e os pulmões deixam de funcionar e isto pode acontecer por diversas causas, mas na maior parte das vezes ocorre devido a problemas cardíacos, e assim que se observam os sinais e sintomas da parada cardiorrespiratória deve-se iniciar o processo de reanimação cardíaca do indivíduo para que ele volte à vida. Como identificar a parada cardíaca e os primeirossocorros? 1) Ao encontrar uma pessoa “desmaiada”, verifique se está inconsciente, chamando-a e sacudindo seus ombros, sem dar tapas no rosto. 2) Não respondendo ao chamado, peça socorro médico e informe que o indivíduo está inconsciente. 3) Se a pessoa for vítima de trauma, como queda, atropelamento, acidente de carro, não a movimente até chegar o atendimento médico. 4) Se não for vítima de trauma, deite a pessoa de barriga para cima em uma superfície dura e abra as vias aéreas, inclinando a cabeça para trás. ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 2 5) Cheque se há respiração, ouvindo se exala ar, sentindo a respiração e observando o movimento do tórax. 6) Se não houver respiração, faça respiração boca a boca. Tampe o nariz da vítima com seus dedos em forma de pinça, abra a boca da pessoa, vede-a com sua própria boca e assopre, olhando se o tórax da vítima se expande. Faça isso duas vezes. 7) Se continuar sem sinais de vida, comece a massagem cardíaca. Com as mãos sobrepostas na metade inferior do esterno e os braços estendidos, os dedos devem ficar abertos e não tocam a parede do tórax; apoie sobre o peito, entre as mamas, e comprima o tórax trinta vezes, afundando as mãos de 3 a 5 centímetros para que se abaixe o esterno comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral; descomprima em seguida. 8) Faça cinco ciclos completos: duas ventilações e trinta compressões. 9) Cheque novamente os sinais de vida, demorando no máximo 15 segundos. 10) Mantenha o procedimento até chegar socorro médico ou a pessoa apresentar sinais de vida, não interrompa e nem transporte à vítima. Só transporte, se não houver serviço médico próximo. 2. Primeiros Socorros em Acidentes do cotidiano 2.1. Montagem de um kit de primeiros socorros 1) Tenha sempre instrumentos como: • • • • Tesoura; Pinça; Termômetro; Luvas cirúrgicas. 2) Não esqueça dos itens para curativos: • • • • • • Gazes; Esparadrapo; Micropore; Algodão; Ataduras de crepe; Band-Aid. 3) É muito importante também antisséptico e soluções como: • Vaselina; • Soro fisiológico; • Solução iodada. 4) Carregue os medicamentos que já é de seu hábito utilizar: Causas da parada cardiorrespiratória Algumas possíveis causas da parada cardiorrespiratória são: • Choque circulatório; • Choque séptico; • Traumatismo; • Doenças cardíacas; • Infarto; • Infecção respiratória. Sintomas da parada cardiorrespiratória Os sintomas da parada cardiorrespiratória são: • Ausência de batimentos cardíacos e • Ausência de respiração. A parada cardiorrespiratória pode ser precedida de sintomas como: • Dor no peito; • Suor; • Palpitações; • Tontura; • Escurecimento da visão ou visão turva; • Desmaio. • • • • • • Analgésicos; Anti-inflamatórios; Antitérmicos; Antialérgicos; Colírio; Remédios para náusea e vômitos. 5) Tenha também: • • • • Bolsa de água quente; Bolsa de água gelada; Repelente de insetos; Cotonetes. IMPORTANTE: Deixe sempre o estojo guardado em um mesmo local. Este local deve ser de fácil acesso, mas longe do alcance de crianças; escolha um estojo fácil de abrir; verifique sempre o prazo de validade dos medicamentos; tenha sempre em seu estojo um manual de primeiros socorros. 2.2. Acidentes com crianças Prevenção Tomadas e janelas A partir do momento em que começam a movimentaremse sozinhas. Quando aprendem a engatinhar, por exemplo, por volta de um ano de idade, as crianças estão “prontas para aprontar”, seja enfiando o dedo nas tomadas elétricas, puxando a toalha da mesa com tudo que tem em cima ou pegando objetos que podem feri-la. ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 3 Acidentes domésticos na infância podem ter consequências graves. Uma criança de três anos, por exemplo, que anda, corre, fala, já se veste sozinha e que todos acham esperta e independente, essa mesma criança não tem a menor noção de perigo e é capaz de amarrar uma toalha de banho no pescoço, subir no parapeito da janela e sair voando. Não é que o tenha feito por impulso suicida. Ela acredita que pode voar como os super-heróis da televisão ou como o personagem da historinha do livro que a vovó leu naquela tarde. Por isso, as tomadas elétricas devem estar sempre vedadas. Não com fita crepe ou outra fita adesiva, porque ele vai lá, acha o brinquedo interessante, tira a fita e enfia o dedinho no buraco. É preciso bloquear as tomadas de forma a torná-las seguras. As telas de proteção são tão indispensáveis quanto afastar os móveis de perto das janelas. Mesmo o bebê de dez, doze meses que não anda sozinho, consegue empurrar uma cadeira e nela subir desde que encontre alguma maneira para apoiar-se. Na cozinha A cozinha é um verdadeiro laboratório de acidentes. Por ser um lugar com muitas portas de armários que a criança adora abrir e fechar, desinfetantes e outros produtos cáusticos devem ser guardados em prateleiras bem altas e trancados com chave que não pode ficar a seu alcance. Só assim será possível evitar que uma criança maiorzinha, mais irrequieta e levada, suba num banquinho e consiga abrir a porta para mexer nos produtos ali colocados. As crianças nunca deveriam entrar na cozinha e circular perto do fogão. Por isso, os cabos das panelas devem estar sempre voltados para dentro. Cabo virado para fora do fogão pode chamar a atenção da criança que resolve pegálo. Com ele vem à panela e o que tem dentro que cai sobre a criança, quase sempre provocando queimaduras graves. Produtos de limpeza e remédios O que os pais devem fazer quando a criança ingere uma substância cáustica? Devem levar a criança imediatamente para o hospital – a criança e a embalagem do produto. Provocar vômito é uma medida ineficaz e desaconselhada, porque a substância cáustica queimará duas vezes o tubo digestivo: ao entrar e na saída. E o perigo não está só nos produtos de limpeza (especialmente a água sanitária). Está também nos remédios, que devem ser mantidos em lugares altos e trancados à chave. Ao vê-los, a criança pode achar que a embalagem dos comprimidos é parecida com a das balinhas e resolve experimentá-los. Batidas na cabeça Criança bate a cabeça, mesmo. Bate porque proporcionalmente ela é maior do que as outras partes do corpo. Raramente, porém, a batida provoca uma fratura. Mesmo assim, a recomendação é observar a criança que bateu a cabeça e relatar o fato para o pediatra. Os sinais de alerta que indicam a hora de procurar socorro imediatamente é quando começa a vomitar. Vomitou nas primeiras 24 horas depois do acidente, os pais devem levar a criança para o hospital, uma vez que isso pode ser uma manifestação precoce de complicações como fratura, sangramento e elevação da pressão intracraniana. Outra medida importante é não deixar a criança dormir. Criança que bate a cabeça, em geral, chora muito e depois sente sono. Como a sonolência pode ser um sinal de que tenham ocorrido lesões mais graves, o ideal é manter a criança acordada. Se não for possível, ela deve ser despertada a cada 15, 20 minutos para ver como reage quando conversam com ela ou lhe perguntam alguma coisa. Dentes quebrados e cortes É comum a criança cair e quebrar um dente. Mesmo que seja um dente-de-leite, ela deve ser avaliada por um especialista no assunto, porque da integridade da primeira dentição depende a o bom desenvolvimento da dentição. Embora os cortes, especialmente os cortes na cabeça, sangrem muito, não se deve passar mertiolate, mercúriocromo ou água oxigenada no ferimento. Quando a criança se corta, o certo é lavar a ferida com água corrente e depois comprimi-la com um pano limpo para estancar a hemorragia. Há pessoas que põem pó de café, talco, serragem, por exemplo, para coibir o sangramento. Isso não deve ser feito nunca por causa do risco de contaminação. Se a compressão não for suficiente para estancar o sangue, os pais levar a criança para o hospital a fim de suturar a ferida. Isso pode ser feito com calma, sem afobação, mas comprimindo sempre o ferimento. Assim que chegarem ao pronto-socorro, certamente o caso será considerado uma emergência e a criança será atendida depressa. Crises convulsivas A crise convulsiva mais comum nas crianças é provocada pela febre alta. Em geral, ela ocorre dos seis meses até seis anos de idade e tem a ver com o aumento rápido da temperatura. A criança estava bem, mas de repente têm uma crise convulsiva, porque apanhou uma infecção de garganta, por exemplo, que fez a febre subir muito de uma hora para outra. A convulsão febril clássica é benigna e caracteriza-se por abalos e perda de consciência. No entanto, crises prolongadas podem causar lesões no sistema nervoso. Criança que teve convulsão deve ser logo socorrida e levada ao médico. Enquanto dura a crise, porém, os pais devem deixá-la numa posição o mais confortável possível para que possa respirar. Nada de puxar a língua para fora, nem colocar uma colher boca, jogar água no rosto ou virar a cabeça da criança para baixo. ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 4 Da mesma forma que apareceu, a convulsão vai passar espontaneamente, sem que seja necessário realizar qualquer uma dessas manobras. Precisam levar a criança rapidamente para o pronto-socorro para que seja devidamente medicada. Quedas Tombos é quase rotina na vida da criança. As crianças que andam, também correm e caem. Quando se machucam, sabem dizer onde está doendo. Aí, é preciso distinguir se não foi nada, ou se sofreram uma entorse, uma fratura ou uma luxação. (Entorse é uma lesão nas partes moles da articulação e, em geral, provoca edema e vermelhidão; luxação é a perda da posição anatômica normal de uma articulação e fratura, a quebra de um osso). Como não está totalmente mineralizado – o osso da criança é semelhante ao galho verde de uma planta, portanto difícil de quebrar, mas existem situações em que ele não dá sinal de que sofreu uma fratura. Ao contrário dos ossos dos adultos que se partem totalmente, nas crianças, a fratura nem sempre é completa nem provoca lesões aparentes. Por isso, a criança que se queixa de dor depois de uma queda deve ser levada ao pronto-socorro para verificar se não apresenta uma lesão óssea. 2.3. Afogamento O afogamento é o resultado da dificuldade ou da impossibilidade de respirar por afundamento em qualquer líquido. Pode levar à parada cardiorrespiratória e ao estado de choque. Se as funções respiratórias não forem restabelecidas dentro de 3 a 4 minutos, as atividades cerebrais cessarão totalmente, causando a morte. Por essa razão é necessário realizar socorro rápido e imediato. Como agir? 1) Peça socorro a pessoas habilitadas (salva-vidas) e não tente fazer o salvamento a menos que tenha sido treinado para isso; 2) Retire a vítima da água usando algum objeto que flutue, puxando-a para um local seguro; 3) Evite tentar o salvamento sozinho e sem recursos materiais (boia, corda, embarcação etc.); 4) Chame rapidamente o socorro médico. Lembre-se: no caso de afogamento, cada minuto perdido diminui muito a chance de recuperação; 5) Enquanto a ajuda não chega, coloque a vítima deitada de costas (barriga para cima), em um declive, com a cabeça mais baixa que o corpo. Cuidado: não dobre nem vire o pescoço do afogado; 6) Não tente retirar a água dos pulmões; 7) Descubra se a pessoa está respirando: ouça sua respiração e observe se o tórax se movimenta; 8) Se a vítima não for capaz de respirar, comece, urgentemente, a respiração boca-a-boca. Aprenda a fazer respiração boca-a-boca; 9) Verifique também os batimentos cardíacos. Para sentir a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicador e médio na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da traqueia; 10) Se a pulsação estiver ausente ou a pupila dilatada, o coração deve ter parado. É preciso fazer então uma massagem cardíaca; 11) Intercale duas respirações para cada 15 massagens cardíacas; 12) Insista na ressuscitação pelo máximo de tempo que você for capaz de aguentar. A vítima pode se recuperar mesmo após muito tempo nessa situação; 13) Quando a pessoa recuperar respiração e batimentos, deixe-a deitada de lado, com um braço abaixo da cabeça. Não permita que ela saia do repouso antes da chegada do socorro médico; 14) Aqueça a vítima. Se possível, leve o afogado para um local quente. Retire sua roupa molhada e cubra-a com cobertores, toalhas ou o que estiver à mão. Se a pessoa estiver consciente, não tente aquecê-la rapidamente com um banho de água quente para evitar choque térmico. Friccionar braços e pernas pode ajudar a estimular a circulação. Como prevenir? - Após ingerir alimentos espere no mínimo 1 hora para entrar na água; - Se ingerir bebida alcoólica, não entre na água; - Evite pular na água em locais desconhecidos, pois muitas pessoas se acidentam batendo com a cabeça em pedras, galhos e no fundo de rios; - Procure se banhar em locais onde haja salva-vidas, pois a quase totalidade dos afogamentos acontece em locais desprotegidos; - Respeite a sinalização do local e a orientação dos salvavidas; - Converse com o salva-vidas antes de entrar na água. Ele pode fornecer dicas valiosas sobre correnteza, buracos e locais de maior risco para banho. 2.4. Asfixia ou sufocação Asfixia ou sufocação é a dificuldade respiratória que leva à falta de oxigênio no organismo. Normalmente tal acontece, quando obstruímos as vias aéreas com corpos estranhos (objetos com constituições diferentes – tamanho, textura, etc). Outras causas para a obstrução das vias respiratórias são: a ingestão de bebidas ferventes ou corrosivas, pesos em cima do peito ou costas, intoxicações diversas e paragem dos músculos respiratórios. Sinais e Sintomas: Os sinais e sintomas de uma pessoa que entra ou está em asfixia são:lividez, dilatação das pupilas, respiração ruidosa e tosse, cianose na face e extremidades (apresenta uma tonalidade azulada na face).(dilatação das pupilas e cianose na face) ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 5 Criança Pequena Abra-lhe a boca e tente extrair o corpo estranho, se este ainda estiver visível com o dedo indicador ou um gancho (cuidado para não empurrar o objeto). Coloque a criança de cabeça para baixo. Sacuda-a e bata-lhe a meio das costas, entre as omoplatas com as mãos abertas. - Desinfetar com álcool ou água oxigenada o local da mordedura; Jovem e Adulto Coloque-se por detrás da vítima e passe-lhe o braço á volta da cintura. Feche o punho e coloque-lhe logo a cima do umbigo. Cubra o punho com a outra mão, e carregue para dentro e para cima. Repita a operação às vezes que forem necessárias, até a vítima por para fora o corpo estranho. Se a respiração não se estabelecer e a vítima continuar roxa faça reanimação/respiração artificial. - Encaminhar o mais rápido possível a vítima a uma unidade de saúde, visto o grande risco infeccioso de uma mordedura causada por ratos. 2.5. Acidentes com animais Podem-se observar entre os muitos casos que necessitam de primeiros socorros, alguns tipos de ocorrências que envolvem animais e insetos, quando as pessoas são mordidas por cães ou outros bichos, arranhados, ou mesmo picadas por insetos, cobras etc. Mordeduras: os tipos de ataques mais comuns em seres humanos resultantes em mordidas são os de cães, gatos e outros animais domésticos, não sendo excluídos os fatos de mordidas de animais selvagens como cobras e roedores, que normalmente são mais graves devido ao maior risco de infecção e à peçonha de animais como algumas cobras. Os problemas acarretados em ataques de mordedura de animais podem incluir, dentre outras coisas: - Raiva, que é uma infecção causada por vírus e ataca o sistema nervoso; - Intoxicação por veneno, que pode ser causada no ataques de cobras ou outros animais peçonhentos; - Hemorragias; - Infecções por bactérias; - Reações alérgicas; - Tétano, que é causada em decorrência da liberação de uma toxina no organismo. O que fazer nos casos de acidentes com animais? - Se houver inchaço, aplicar gelo; - Cobrir com uma compressa esterilizada o ferimento; Em casos de mordidas de cobras - Deve-se, em primeiro lugar, providenciar um atendimento médico o quanto antes, conduzindo a vítima a uma unidade de saúde ou chamar o socorro previamente, informando, se possível, o tipo de cobra que atacou a vítima, caso saibam desta informação, ou, ainda, se houver a possibilidade, levar o animal morto, desde que isso não acarrete em outros riscos. A agilidade, nesses casos, é vital, pois a mordida de uma cobra peçonhenta pode matar em poucas horas; - Após providenciar o socorro, acalme a vítima e coloquea numa posição onde o local da mordida esteja abaixo do nível do coração, evitando que o veneno se espalhe com mais rapidez; - É necessário monitorar os sinais vitais da vítima, tais como pulsação, respiração, febre e, se houver sinais de estado de choque, tome os procedimentos necessários, tais como manter a vítima aquecida e com os pés levantados cerca de 30 cm. do chão. - Se possível, ligar antes para a unidade de saúde para onde se está levando a vítima, para que o soro antiofídico seja preparado com antecedência, uma vez que se deve ter o máximo de agilidade visando preservar a vida do indivíduo e evitando sequelas permanentes. - Não permita que a vítima faça esforços físicos e, sendo possível, carregue-a até um local mais seguro. Não administre nada via oral sem recomendações médicas, não aplique torniquetes nem tente sugar o veneno. Em casos de mordida de cães e gatos Picadas de insetos e animais peçonhentos - Desinfetar a região da mordedura; - Certificar-se de que o cão é vacinado; - Se houver inchaço aplique uma bolsa de gelo; - Levar a vítima para uma unidade de saúde, para que sejam feitos os procedimentos como possíveis suturas, vacinas, etc. Em casos de mordida de ratos - Lavar o ferimento com água corrente e sabão neutro por pelo menos cinco minutos; Observa-se, em diversos exemplos, a ocorrência de picadas de insetos e outros animais como águas vivas e ouriços (em regiões de praia), principalmente em crianças que, devido a uma curiosidade maior, acabam tendo mais contato com este tipo de ocorrência. Os ataques de insetos costumam ser de proporções mais graves quando em pessoas que são alérgicas; porém, há também casos de insetos peçonhentos como lacraias e escorpiões, por exemplo, que causam sérios danos ao organismo, caso não seja adotado um tratamento e um socorro adequado. ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 6 O que fazer nos casos de picadas de insetos? ATENÇÃO - Desinfetar o local da picada com álcool ou outro tipo de antisséptico o local da picada; - Não aplicar no local do sangramento substâncias como pó de café, açúcar, remédios caseiros e/ou álcool, pois isto pode piorar a situação. - Não remover qualquer objeto que tenha entrado na vítima, como faca, ferro, madeira e outros. - Não dê nada por via oral para a vítima comer ou beber, pois isto poderá provocar vômito e/ou parada respiratória; se esta pessoa for encaminhada para cirurgia, é interessante que esteja com o estômago o mais vazio possível. - Não tentar retirar o ferrão, espremendo ou com pinças, por exemplo; recomenda-se que se raspe levemente e cuidadosamente o local com uma lâmina; - Atentar para casos de pessoas alérgicas, que demandam agilidade no atendimento médico; - Devido ao inchaço que esses tipos de picadas geram, pode-se também aplicar gelo no local. 2.6. Hemorragias Hemorragia é a perda de sangue provocada pelo rompimento da parede de uma artéria ou veia, e sua gravidade é determinada pelo tempo de sangramento e pela quantidade de sangue perdida. Ela pode ser classificada como externa, que ocorre por meio de um ferimento (corte com lâmina, por exemplo) onde há a lesão de um vaso sanguíneo e o sangramento é evidente, ou como hemorragia interna, que pode ser resultante no caso de uma úlcera ou trauma em regiões como crânio, tórax ou abdome, e nesses casos não pode ver o sangramento. A ideia inicial que nos leva a agir com rapidez em uma situação de hemorragia é a circulação sanguínea. O sangue é o veículo que transporta oxigênio e nutrientes para todas as células, e retira delas substâncias que não mais serão aproveitadas pelo organismo. Uma alteração neste mecanismo de funcionamento, ou seja, a falta de sangue circulante devido a uma hemorragia leva a vítima em poucos minutos a um estado crítico conhecido como choque hipovolêmico. Os sinais clínicos que a pessoa com hemorragia apresenta são: • Sede; • Tontura; • Fraqueza; • Pele fria e suor intenso; • Palidez; • Lábios e dedos arroxeados (diminuição da oxigenação das células); • Náusea e vômito; • Coração bate mais rápido e mais fraco. A pessoa que se dispor a prestar o atendimento identificará a hemorragia com facilidade, a não ser que seja interna. Uma das principais tarefas de quem presta o primeiro socorro é evitar a contaminação adicional, utilizando um material que esteja o mais limpo possível, para conter a hemorragia. Hemorragia externa - o que fazer? - Pressão direta sobre o local do sangramento – com um pano limpo, executar pressão com a mão sobre a área lesada e manter pressionado até chegar ao hospital ou até a chegada de uma equipe especializada para atendimento. - Elevação do membro afetado – quando possível, elevar a área afetada acima do nível do coração. Este procedimento é mais eficiente associando-o ao anterior. Em ferimentos com suspeita de hemorragia, não deverá ser realizada esta manobra de movimentação do membro. - Compressa de gelo - o resfriamento ao redor do local da lesão (enquanto se faz a pressão direta) pode ajudar no controle da hemorragia, pois provoca vasoconstrição, ou seja, diminuição no calibre dos vasos. Não aplique o gelo diretamente na pele. - Não remova os panos que estejam encharcados de sangue, coloque outro por cima. - De preferência em atender a vítima sentada ou deitada, pois se a mesma apresentar tontura, evita outros trauma em virtude de uma queda. Hemorragia interna – o que fazer? Para suspeitar de uma hemorragia interna é importante conhecer os sinais clínicos que uma pessoa com hemorragia apresenta, e ainda associar esses sinais a traumas (contusões) em regiões como crânio, tórax e abdome. - Acionar o quanto antes um serviço de ambulância; - Manter a vítima deitada; - Atentar para o estado de consciência; - Elevar os membros inferiores para aumentar o fluxo de sangue oxigenado na cabeça, porém não realizar esta manobra em suspeita de fratura dos membros inferiores e também em casos de trauma na cabeça; - Não oferecer nada via oral; - Aquecer a vítima. ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 7 2.7. Insolação É causada pela ação direta e prolongada dos raios de sol sobre o indivíduo, além de ser considerada uma emergência médica caracterizada pela perda súbita de consciência e falência dos mecanismos reguladores da temperatura do organismo. Este tipo de incidente afeta geralmente as pessoas que trabalham com exposição excessiva a ambientes muito quentes ou que sofrem exposição demorada e direta aos raios solares. Pode ocorrer também sem a perda da consciência e afetar pessoas susceptíveis, mesmo que não estejam expostas a condições de calor excessivo. Os fatores predisponentes para estes casos são: doenças cardiovasculares, alcoolismo, sedativo e drogas anticolinérgicas. Nos casos muito graves de insolação pode haver lesões generalizadas nos tecidos do organismo, principalmente nos tecidos nervosos; morbidade e morte podem ocorrer como resultado de destruição das funções renal, hepática, cardiovascular e cerebral. Sintomas 1) Surgem lentamente: • Cefaleia (dor de cabeça); • Tonteira; • Náusea; • Pele quente e seca (não há suor); • Pulso rápido; • Temperatura elevada; • Distúrbios visuais; • Confusão. 2) Surgem bruscamente: • Respiração rápida e difícil; • Palidez (às vezes desmaio); • Temperatura do corpo elevada; • Extremidades arroxeadas. Eventualmente pode ocorrer coma. Primeiros Socorros • O objetivo inicial é baixar a temperatura corporal, lenta e gradativamente. • Remover o acidentado para um local fresco, à sombra e ventilado. • Remover o máximo de peças de roupa do acidentado. • Se estiver consciente, deverá ser mantido em repouso e recostado (cabeça elevada). • Pode-se oferecer bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido não alcoólico. • Se possível, deve-se borrifar água fria em todo o corpo do acidentado, delicadamente. • Podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas. Tão logo seja possível, o acidentado deverá ser imerso em banho frio ou envolto em panos ou roupas encharcadas. • Atenção especial deverá ser dada à observação dos sinais vitais. Se ocorrer parada respiratória, deve-se proceder à respiração artificial, associada à massagem cardíaca externa, caso necessário. • Baixar gradativamente a temperatura do corpo do acidentado de golpe de calor é o objetivo inicial do primeiro socorro, e tem demonstrado ser uma medida extremamente eficaz. O acidentado poderá ser removido para sala com ar condicionado frio, ou colocada sob o fluxo de um ventilador. Vítimas de insolação não devem voltar ao ambiente da ocorrência imediatamente após a recuperação, pois ainda demonstrará sensibilidade a alta temperatura. 2.8. Choque Elétrico Ocorre quando o corpo entra em contato com a corrente elétrica. Seus efeitos variam em função do tempo e da intensidade da corrente. Como agir? - Antes de ajudar a vítima, corte a corrente elétrica; - Se não for possível, afaste-a da fonte de energia. Não se esqueça de utilizar luvas de borracha grossa ou outros materiais secos como cabo de vassoura, tapete de borracha, jornal dobrado ou pano grosso dobrado; - Em caso de parada cardiorrespiratória, inicie imediatamente a reanimação cardiopulmonar até a chegada do atendimento; - Examine a vítima, procurando primeiras hemorragias, depois fraturas e somente depois queimaduras; - O choque pode causar queimaduras e paralisia dos músculos, levando à morte quando pulmão e coração param. Cada segundo de contato com a eletricidade diminui a possibilidade de sobrevivência. Como prevenir? - Faça revisões periódicas das instalações elétricas da casa; - A utilização de instalações elétricas clandestinas (conhecidas como gatos) aumentam as chances de curtocircuito; - Quando uma tomada estiver esquentando ou quando algum eletrodoméstico estiver soltando faíscas desligue imediatamente e procure um profissional especializado em instalações elétricas; ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 8 - Nunca sobrecarregue uma tomada ligando vários aparelhos nela; - Não se esqueça de desligar o disjuntor antes de mexer em qualquer instalação elétrica ou quando for trocar a resistência do chuveiro; - Previna acidentes com crianças: tape tomadas e deixe os fios fora do alcance delas; - Leia sempre as instruções antes de instalar qualquer eletrodoméstico; - Desligue os aparelhos sempre puxando pelo plugue, nunca pelo fio. 2.9. Alcoolismo agudo O etanol é o álcool encontrado nas bebidas que habitualmente são consumidas e, ao contrário do que se pensa, não são estimuladores, mas depressores do sistema nervoso central. O alcoolismo agudo é consequência da ingestão de bebidas alcoólicas acima dos limites de tolerância do organismo. Cada pessoa é afetada de uma forma diferente. Contudo, a sintomatologia apresentada poderá ser diversa, consoante o nível de intoxicação. Complicações: Hipoglicemia: Baixa concentração de açúcar no sangue, podendo provocar um quadro compulsivo. Hipotermia: Baixa temperatura corporal (valores inferiores a 35ºC), provocando alterações das funções vitais. Sinais e Sintomas: - Hálito característico a álcool; - Falta de coordenação de movimentos e dificuldade na articulação de palavras; - Alegria e exuberância de atitudes; - Conflitualidade; - Ventilação irregular e acelerada; - Palidez e suores frios; - Contrações de pequenos grupos musculares; - Alterações da lucidez, equilíbrio, força e consciência (em casos mais graves pode surgir o coma etílico). Primeiro Socorro: Se a vítima estiver consciente: - Manter a temperatura corporal; - Colocar açúcar debaixo da língua; - Vigiar as funções vitais; - Promover o transporte para o hospital. 2.10. Ferimentos Ferimentos na palma da mão Como tem muito sangue, a palma da mão sangra muito. Um corte profundo pode romper tendões e nervos e resultar na perda de sensibilidade dos dedos. Ao socorrer, pressione, com pano limpo, a palma da mão e peça à vitima que aperte. Se tiver ataduras, coloque-as sobre os dedos de modo que eles se fechem sobre a gaze ou o pano que estiver na mão. Apoie o braço em uma tipoia e leve a vítima para o hospital. Ferimentos no couro cabeludo O couro cabeludo tem também grande suprimento de sangue, por isso sangra muito. Pode esconder uma fratura de crânio. É sempre importante avaliar se a vítima não está intoxicada por álcool ou droga. Com gaze esterilizada ou pano limpo, faça pressão direta sobre a ferida. Prenda o curativo, usando uma bandagem triangular. A atadura triangular pode ser feita colocando um pano sobre a cabeça, com as pontas caídas sobre os ombros. Em seguida, passe as extremidades acima das orelhas e cruzeas atrás por sobre a ponta. Traga as duas extremidades para frente da cabeça e amarre no centro da testa. A ponta retorna para o centro da cabeça e pode ser fixada com um alfinete de segurança. Sangramento do nariz Ocorre, na maioria das vezes, quando os vasos do interior das narinas se rompem, seja por pancada ou por consequência de espirro, limpeza com dedos ou por assoar o nariz. Pode surgir também como resultado de pressão arterial elevada. As hemorragias nasais são desagradáveis e apenas graves quando há grande perda de sangue. Como proceder? - Provocar o vómito para eliminar o conteúdo gástrico; - Dar bebidas fortemente açucaradas; - Manter a temperatura corporal; - Vigiar as funções vitais. - Sente a vítima com a cabeça para frente e não deixe que ela mude de posição; Se a vítima estiver inconsciente: - Peça que ela comprima o nariz entre o dedos, logo abaixo do rosto, por 10 minutos. Se depois disso o sangramento continuar, a operação deve ser repetida; - Manter a via aérea permeável; - Colocar a vítima em PLS (posição lateral de segurança); - Peça à vítima que respire pela boca; ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 9 - A vítima não deve tentar falar, tossir ou assuar o nariz. Isso pode atrapalhar a coagulação; - Se o sangramento persistir por mais de 30 minutos, leve a vítima para o hospital na posição em que foi tratada; - Quando o sangramento estiver sob controle, na mesma posição, limpe delicadamente em volta do nariz e da boca com água norma; - Com a situação sob controle, oriente a vítima a descansar por algumas horas e não fazer esforços. Sangramento na boca Geralmente ocorre pelos dentes da própria vítima ou após queda ou pancada. É importante orientar a vítima a ficar sentada com a cabeça para frente e inclinada para o lado lesado, para permitir que o sangue saia. Com um chumaço de gaze sobre a parte afetada, peça à vítima que o aperte entre os dedos por 10 minutos. Persistindo o sangramento, troque a gaze. Não deixe o sangue escorrer, pois, se engolir, seguramente haverá vômito. Com a situação controlada, evite oferecer bebidas quentes durante 12 horas. Se voltar a sangrar, e se o sangramento persistir além de 30 minutos, procure o médico ou o dentista. Sangramento interno Os sinais mais comuns são palidez, suor e pulso rápido. Os lábios ficam azulados e a pele pegajosa. Quando houver suspeita desse tipo de ocorrência, não perca tempo. Chame por socorro médico. Enquanto você aguarda, procure colocar a vítima em uma posição confortável, protegendo-a do frio. Não dê alimentos nem a aqueça demais com cobertores. 2.11. Fraturas, Entorses, Luxações e Contusões Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso. Existem dois tipos de fratura: Fechadas: sem exposição óssea; Expostas: o osso está ou esteve exposto. Sangramento vaginal Quase sempre o sangramento proveniente da vagina é menstruação. Geralmente, acompanhado de cólicas abdominais. Pode também ser um aborto, ou até mesmo lesão provocada por estupro. Como a vítima aqui é feminina. É importante ser sensível ao constrangimento da mulher. Dentro do possível, procure um socorrista feminino ou uma companhia feminina. Como proceder? - Remova a mulher para um local com privacidade; - Se não for possível, “crie” um local onde ela fique protegida de espectadores; - Providencie absorvente ou toalha limpa; - Mantenha a mulher semi-sentada, com os joelhos dobrados de tal forma que alivie a tensão dos músculos abdominais. - Caso a vítima tenha certeza de que se trata de cólica menstrual, poderá tomar analgésico ou antiespasmódicos. Se o sangramento continuar e for abundante, solicite socorro médico. ATENÇÃO: Se a mulher foi vítima de estupro, não destrua as evidências, lavando ou jogando as roupas fora. Tente convencê-la a não se lavar, até que haja um exame de corpo de delito. É comum a mulher estuprada não aceitar socorro de um indivíduo do sexo masculino. Ela pode sentir-se ameaçada por qualquer homem. Procure compreender. Identificando uma fratura Compare o membro supostamente fraturado com o correspondente não comprometido. Procure a presença de: Deformações; Inchaço; Espasmo da musculatura; Feridas; Palidez. Dor à manipulação; Creptação óssea; Enchimento capilar lento; Diminuição da sensibilidade; Redução da temperatura. Primeiros socorros Fraturas Fechadas - Imobilizar com tala ou material rígido; - Cobrir o ferimento com pano limpo; - Estancar o sangramento; - Prevenir contra o estado de choque; - Não movimentar a parte fraturada; - Não de nada de comer ou beber à vitima; - Encaminhar para atendimento hospitalar. ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 10 Entorse-distensão-luxação Entorse é a separação momentânea das superfícies ósseas articulares, provocando o estiramento ou rompimento dos ligamentos; Distensão é o rompimento ou estiramento anormal de um músculo ou tendão; Luxação é a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas numa articulação. Sinais e sintomas - Dor local intensa; - Dificuldade em movimentar a região afetada; - Hematoma; - Deformidade da articulação; - Inchaço. 2.12. Amputação Traumática Lesões onde ocorre a separação de um membro e/ou seu segmento. Podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou por forças de tração. Primeiros socorros - Manipular o mínimo possível o local afetado; - Não colocar o osso no lugar; - Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas; - Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima; - Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado; - Encaminhar para atendimento hospitalar. Lesões da coluna vertebral A coluna vertebral é composta de 33 vértebras sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix, e no seu interior há a medula espinhal, que realiza a condução dos impulsos nervosos. As lesões da coluna vertebral mal conduzida podem produzir lesões graves e irreversíveis de medula, com comprometimento neurológico definitivo (tetraplegia ou paraplegia). Todo o cuidado deverá ser tomado com estas vitimas para não surgirem lesões adicionais. Sinais e sintomas - Dor local intensa; - Diminuição da sensibilidade, formigamento ou dormência em membros inferiores e/ou superiores; - Paralisia dos segmentos do corpo, que ocorrem abaixo da lesão; - Perda do controle esfincteriano (urina e/ou fezes soltas). NOTA: Todas as vitimas inconscientes deverão ser consideradas e tratadas como portadoras de lesões na coluna. Primeiros socorros - Cuidado especial com a vítima inconsciente; - Imobilizar o pescoço antes do transporte, utilizando o colar cervical; - Movimentar a vítima em bloco, impedindo particularmente movimentos bruscos do pescoço e do tronco; - Colocar em prancha de madeira; - Encaminhar para atendimento hospitalar. Conduta: - Abrir vias aéreas e prestar assistência ventilatória, se necessário; - Controlar a hemorragia; - Controlar o estado de choque, caso presente, enquanto a vítima esteja sendo encaminhada para assistência qualificada com o segmento amputado. Cuidados com o reimplante: segmento amputado, para o - Lavar a parte amputada o mais rapidamente possível com sabão líquido protegendo a face interna (cruenta) e em seguida irriga-la com soro fisiológico em grande quantidade; - Envolver o segmento numa compressa de gaze estéril ou tecido de algodão bem limpo, embebido com soro fisiológico (nunca mergulhar a peça em soro diretamente); - Envolver o material dentro de um saco plástico duplo bem limpo e fecha-lo; - Acondicionar o saco plástico num recipiente de isopor ou similar com gelo, de forma que seja mantida uma temperatura interna aproximada de 4 ° C, porém sem contato direto com o gelo. 2.13. Queimaduras Falta de cuidados é o principal motivo das lesões. Sabe-se que, na grande maioria das vezes, a falta de cuidados é o que determina a ocorrência da queimadura. Isso é exemplificado pelo manuseio descuidado de produtos como líquidos quentes, objetos aquecidos e a presença de crianças em ambientes perigosos como a cozinha. Outras situações são: a utilização de álcool para apressar a queima do carvão, para fazer churrasco; e o manuseio inadequado de fogos de artifício. As queimaduras podem ser classificadas de várias formas. Uma das principais é de acordo com a profundidade da lesão. De acordo com esse sistema, encontramos os seguintes tipos: ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 11 Queimadura de Primeiro Grau: a lesão atinge apenas a camada mais superficial da pele (a epiderme), apresentando vermelhidão local, ardência, inchaço e calor local. A dor é importante. Pode ocorrer em pessoas que se expõem ao sol por tempo prolongado e sem proteção. Quando atinge grande parte do corpo, é considerada grave. Queimadura de Segundo Grau: a lesão atinge as camadas mais profundas da pele (a chamada derme). A característica desse tipo de queimadura é a presença de bolhas. O inchaço é importante, e a dor é bastante intensa. Como ocorre perda da camada superficial da pele, que protege contra a perda excessiva de água, nesse tipo de queimadura pode ocorrer perda intensa de água e sais minerais, levando a um quadro de desidratação grave. Esse tipo de queimadura pode ser causada pela exposição a vapores, líquidos e sólidos escaldantes. Queimaduras de Terceiro Grau: nesse tipo de queimadura, ocorre lesão de toda a pele, atingindo os tecidos mais profundos, como os músculos. Curiosamente, esse tipo pode não ser doloroso, já que as terminações nervosas que geram a dor são destruídas junto com a pele. A cicatrização geralmente é desorganizada, gerando cicatrizes inestéticas. Comumente, requer a realização de cirurgias, com enxerto de pele retirado de outras regiões do corpo. Independentemente do grau de profundidade queimadura e da sua extensão, o primeiro cuidado é a da Nos casos mais graves, o paciente é internado e recebe soro para tratar e evitar a desidratação que, como dito acima, é muito comum em queimaduras mais profundas e extensas. Em certos casos, é necessária cirurgia para colocação de enxertos, ou mesmo para ajudar a limpar as bordas das feridas. Qualquer tecido morto que for deixado pode facilitar a ocorrência de infecções, o que torna o quadro mais grave. Por isso, é sempre importante procurar atendimento médico. Algumas recomendações importantes • Como já dito, utilize apenas água corrente, no tratamento imediato. Nunca aplique gelo, óleo, pasta de dente, clara de ovo. Esses agentes podem irritar ainda mais os tecidos expostos. • Se houver roupa grudada na região da queimadura, não remova! Apenas corte a mesma ao redor da lesão. • Nunca fure as bolhas! • Em casos de dúvida, sempre procure o hospital. Quando mais tardio for o início do tratamento, pior. Queimaduras na face, genitália, mãos e pés são sempre considerados graves, devendo ser procurado atendimento hospitalar imediatamente. • Mantenha os números de emergência próximos e ensine às crianças como discá-los. A classificação segundo a extensão corporal atingida leva em conta a porcentagem de superfície corporal queimada. Existem tabelas que ajudam os médicos a calcular essa porcentagem, mas para exemplificar podemos demonstrar a "regra da palma da mão". A palma da mão representa 1% da superfície corporal, de forma que, toda lesão que seja maior que a palma da mão da pessoa, deve receber atendimento especializado, após os primeiros socorros. Primeiros Socorros interrupção do contato entre o agente agressor e a superfície corporal. Isso pode ser conseguido com a lavagem da área com água corrente. Esse é o melhor tratamento imediato para a queimadura. Recomenda-se sempre que o paciente procure um serviço de pronto atendimento, para avaliação médica. Nesse atendimento, após avaliação da profundidade e da extensão da queimadura, procede-se à limpeza, com remoção de toda a pele morta. Após a limpeza, faz-se a aplicação de curativo. • Em queimaduras elétricas, retire o fio da tomada ou desligue a energia geral. Nunca toque na vítima enquanto ela estiver em contato com a eletricidade. Toda vítima de queimadura elétrica deve ser levada ao hospital. • Lembrar que a inalação de fumaça pode causar queimaduras nos pulmões e brônquios, mesmo que não haja queimadura externa visível. Cuidados gerais • Evite fumar. Se fumar, evite fazê-lo deitado. • Utilize cinzeiros fundos e com proteção lateral. • Evite manipular álcool próximo a cigarros, charutos, fósforos acesos. • Investigue vazamentos de gás. • Feche a válvula do botijão de gás, antes de sair de casa e antes de ir dormir. • Mantenha o botijão de gás longe do calor direto e sempre na vertical. • Manipule os fogos de artifício com cuidado. • Evite o uso de bronzeadores caseiros. • Não utilizar álcool engarrafado diretamente sobre o fogo, na forma de jato, pelo risco de explosão. • Nunca considere uma queimadura sem importância. ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 12 • Não tentem tratar queimaduras de acordo com conselhos de vizinhos, balconistas de farmácia. • Fogo e bebida não combinam. Evite essa associação. 2.14. Convulsões ou Epilepsia As convulsões são contrações incontroláveis dos músculos. Elas duram poucos minutos, são contrações fortes, com movimentos desordenados e, em geral, acompanhadas de perda de consciência. É comum a recuperação dos sentidos, não apresentando maiores problemas, até cinco minutos. Se persistir por tempo maior, deve-se pedir ajuda médica. Geralmente, durante a convulsão, além da contratura desordenada da musculatura, há salivação abundante e, às vezes, eliminação de fezes e urina. A queda da vítima é quase sempre desamparada, podendo ocorrer ferimentos. Como proceder? - Mantenha a vítima deitada, a cabeça deve estar mais baixa que o tronco. Isso deve ser feito somente se a mesma não estiver apresentando nenhuma fratura; - Afrouxe a roupa; - Retire da boca objetos, dentaduras, pontes, aparelhos dentais, etc.; - Na ausência de pulsação aplicar a técnica de respiração artificial aliada à massagem cardíaca; - Se a vítima estiver tendo vômitos, vire a cabeça para o lado; - Mantenha a vítima agasalhada. Como proceder? - Proteja a cabeça da vítima; - Afrouxe-lhe as roupas. Deixe-a debater-se livremente; - Evite a mordedura da língua, colocando um lenço dobrado entre as arcadas dentárias. Nunca coloque algum objeto entre os dentes da vítima. Ela pode quebrá-los. Cuidado para não ter seus dedos mordidos com violência; - Uma vez sem a convulsão, mantenha a vítima em repouso; - Após a convulsão, é comum a sonolência. Deixe-a dormir; - Oriente a vítima a procurar um médico. Evite comentários sobre o atendimento à vítima de convulsão, durante e após o socorro; - Antes do ataque, a pessoa pode saber que vai ocorrer. É conhecido como “aura”. Ela pode sentir cheiro ou gosto estranho, algumas vezes, alucinações visuais ou sonoras. A vítima, muitas vezes, anuncia que a crise está para ocorrer. Em crianças até 4 anos, a convulsão é provocada, geralmente, pela febre alta. Para baixar a febre, dê um banho morno de imersão de mais ou menos 15 minutos de duração. Mantenha a criança sem roupas e passe uma esponja ou um pano com água morna pelo corpo dela inúmeras vezes. A evaporação faz baixar a febre. Nem por isso, deixe de procurar auxílio médico. Referências ASSIS, S.G.; MALAQUIAS, J. V. Mortalidade por causas violentas no Brasil. In: Waksman RD, Gikas RMC, editores. Segurança na infância e adolescência. São Paulo: Atheneu; 2003. p. 7-19. BICUDO, J. N.; CARVALHO, W. B. Traumatismo cranioencefálico. In: CARVALHO, E. S.; CARVALHO, W. B. Terapêutica e prática pediátrica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2000. Cap.53, p. 231-234. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Projeto Promoção da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. A promoção da saúde no contexto escolar. Rev. Saúde Pública. Vol. 36, no. 4. São Paulo, 2002a. 2.15. Estado de Choque É um estado de “semiconsciência” em que a pessoa apresenta palidez de face; visão turva ou escurecida; suor frio; vertigem; pulso rápido, porém fraco; calafrios; náuseas ou vômitos; respiração curta e superficial; e é causado geralmente como consequência de outros acontecimentos como uma queda, a perda de sangue elevada, envenenamento ou intoxicação por produtos químicos, etc. No estado de choque o indivíduo tem uma queda brusca da pressão arterial, e pode levar rapidamente o indivíduo a óbito caso não sejam adotadas as técnicas adequadas em tempo hábil. “O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele" Dom Bosco ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 13 ED FISICA 3º Trimestre | Professoras: Alyne Rayane e Débora Paz 14