A C O B Figura 1- Curva de Lorenz A primeira área, OAC, representa uma situação de desigualdade intermediária entre a perfeita igualdade e a máxima desigualdade. A segunda área OAB representa a máxima desigualdade, ao passo que OA é a linha de perfeita distribuição (COSTA, 1974). Deste modo, pode-se ter uma idéia do que se entende por Razão de Concentração. Comparando-se a área de concentração OAC com a área de máxima concentração OAB obtém-se uma medida do grau de desigualdade da distribuição de renda e dos encargos tarifários (G). Esta razão existente entre a área de concentração e área de máxima concentração é denominada de índice ou coeficiente de GINI e pode variar de 0 a 1. Quanto mais próximo o coeficiente estiver de um a distribuição piora. Segundo COSTA (1980), na computação de GINI também pode-se utilizar a seguinte fórmula: em que: G = 1- ∑ ( Vi + Vi - 1 ) ( Ui - Ui - 1 ) Vi = Frações acumuladas das rendas recebidas; Ui = Fração acumuladas do numero de pessoas. Mesmo procedimento deve ser seguido para obtenção do coeficiente referente aos encargos tarifários. Deve-se observar que o índice de GINI, calculado pela última equação, fornece uma subestimativa da desigualdade real. Algumas outras tentativas foram desenvolvidas por grandes estudiosos como HOFFMAM (1971), que procurou contornar o problema de subestimação de GINI fazendo ajustamentos em cada classe, e GRASTWULTH (1972), que estabeleceu limites inferiores e superiores numa tentativa de levar em consideração as diferenças de cada classe. Na prática, entretanto, a forma mais utilizada para obtenção do GINI é a fornecida pela equação anteriormente apresentada. Segundo SÁBÓIA (1980), o índice de GINI nunca deve ser utilizado isoladamente, mas sim acompanhado da curva de LORENZ, pois um mesmo valor do índice pode corresponder a situação bastante distintas da distribuição de renda. Análise dos Resultados O índice de GINI para a distribuição de renda e encargos tarifários no município foi determinado com base nos dados dos quadros 1 e 2.