15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano COMO SALVAR RECURSOS NATURAIS NA GALVANOPLASTIA E AGIR PARA A SUSTENTABILIDADE DO PLANETA Pedro de Araújo (Efil Divisão Galvano – Brasil)* Resumo Este trabalho apresenta o panorama da atual situação e possibilidades existentes que quando aplicadas permitem as empresas potencialmente poluidoras dos ramos de galvanoplastia, circuito impresso e outras correlatas, salvarem recursos naturais e assim agir para a sustentabilidade do planeta, ação não mais possível de ser adiada diante do atual cenário mundial de insustentabilidade estabelecida por excessiva ação antrópica negativa. Lavadores cascatas contra o fluxo do processo, segregação de efluentes e seus respectivos tratamentos com o intuito de salvar metais e água, uso das tecnologias: resinas de trocas iônicas, osmose reversa, eletrodiálise, eletrocoagulação flotação, destilação a vácuo, ozônio, radiação ultra violeta, processos oxidativos avançados, serão discutidos ao longo deste trabalho. Eu desejo que desperte no leitor seu espírito empreendedor e sua consciência ambientalmente correta que o permita agir com suas ações antrópicas sustentáveis para o planeta. Palavras chave: recursos naturais, sustentabilidade, água, galvanoplastia, aç ão antrópica. HOW TO SAVE NATURAL RESOURCES IN ELECTROPLATING AND ACT FOR THE SUSTAINABILITY OF PLANET Abstract This paper presents an overview of the current situation and possibilities when applied allow the potentially polluting companies in the fields of electroplating, PCB and other related, save natural resources and thus act to the sustainability of the planet, no more action can be delayed given the current scenario world of unsustainability established by excessive negative human action. Counter flow cascade rinses process, segregation of waste and their treatment in order to save metal and water, use of technology: ion exchange resins, reverse osmosis, electrodialysis, electrocoagulation flotation, vacuum distillation, ozone, ultra violet radiation, advanced oxidation processes will be discussed throughout this paper. I wish to arouse in the reader his entrepreneurial spirit in an environmentally friendly consciousness that allows acting in their sustainable human actions for the planet. Key words: natural resources, sustainable, water, electroplating, negative human action. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano * Rua Dr. Alcides de Campos, 225 – Americanópolis – Cep 04336-160 – São Paulo-SP-Brasil – [email protected]. 1- Introdução No universo conhecido estima-se a existência de até 200 bilhões de galáxias segundo afirmações de Mario Livio[1], astrofísico do Space Telescope Science Institute, em Baltimore, EUA. Na galáxia chamada Via Láctea (ou estrada[2] de Santiago) estima-se a existência de 100 bilhões de planetas, afirma John Johnson , professor de astronomia planetária no Caltech - California Institute of Technology, Pasadena, EUA. Na Via Láctea há um sistema solar com seu astro principal uma estrela de grande magnitude, 8 planetas, 6 planetas anões, 173 luas, 671.376 asteróides e 3.321 cometas conforme divulga a NASA - National Aeronautics and Space Administration[3]. Nesse locus universal há um planeta chamado “Terra” com vida em abundância, mais de 500 milhões de espécies, entre animais e vegetais, diferentes vivem nele. A Terra é o terceiro planeta do sistema solar referenciado a partir do Sol entre os planetas Vênus e Marte. O planeta Terra reúne as condições necessárias para a existência de vida. Em especial uma das formas de vida que evoluiu a partir de uma espécie de humanídeos há cerca de 4 milhões de anos até chegar na espécie Homo sapiens conhecida também por homem há cerca de 200 mil anos e por ser inteligente (isto fez a diferença), observando fenômenos naturais especialmente o fogo que dominou há cerca de 50 mil anos, desde então sua evolução se processou como espécie dominante que desenvolve atividades antrópicas negativas para satisfação de seu ego. Um fato que difere plenamente a espécie Homo sapiens de todas as outras é sua capacidade predatória e destrutiva de sua própria casa, única espécie que retira recursos naturais do planeta além de suas necessidades de cadeia alimentar em quantidades maiores do que necessita para sua existência, motivada pelo egoísmo, que não se manifesta em qualquer outra espécie mais evoluída existente neste planeta. O planeta Terra é a casa de todos os seres que vivem nele. As condições favoráveis do planeta Terra, água, luz solar, atmosfera dentre outras, permitiram aos humanos chegar a uma população [4] de 7,289 bilhões em 21/01/2015, seres diferentes que convivem entre si instante a instante administrando as suas diferenças através de regras que eles próprios criaram e são freios para manter de alguma forma a “harmonia no planeta” de humanos, manter sob controle o ego coletivo. A Terra é um Ser vivo parte do Universo, tem idade estimada em mais de 4,56 bilhões de anos. Como a conhecemos, a “casa” está pronta para servir seus moradores há mais de 1 bilhão de anos[5], reúne todos os recursos naturais que proporcionam condições essenciais para a vida desses seres inteligentes. Muitos representantes da espécie acreditam que este planeta é o único habitado em todo o universo e que são especiais e podem agir e fazer o que determinarem, seja algo bom ou ruim. Devido a excessiva e descontrolada ação antrópica o planeta chegou ao caos nos dias atuais e esses seres predadores não se deram conta de que isso está ocorrendo. Outros estão “conscientizados do fato” e já estão à procura de uma nova casa para morar. Alguns em menor representatividade estão trabalhando duro para evitar o fim. Quando se derem conta de que o ar que respiram, a água que bebem, a comida que comem enfim a vida que existe é parte do planeta, que são parte do próprio planeta, 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano poderá ser tarde. É possível que ainda haja tempo de salvação da humanidade. 2- ÁGUA, recurso natural renovável finito essencial a existência da vida no planeta. Sua composição química é feita pela união de dois átomos de hidrogênio com um átomo de oxigênio formando a molécula conhecida pela fórmula química H2O. É a substância química mais abundante no planeta, possui estados físicos bem definidos: líquido, sólido e gasoso. Sua principal propriedade é a de um solvente universal para formar soluções contendo outras substâncias químicas e principalmente nos seres vivos, agir como solvente de eletrólitos. Costuma-se dizer que a água é a fonte da vida, e É! Para prover as condições ideais para a existência e sustentação da vida além de água o planeta necessita de um conjunto de fatores como luz solar, ar, temperatura e outros. O Planeta Terra também é chamado “Planeta ÁGUA” por ter mais de 70% de sua superfície coberta com a referida substância química. Estima-se que apenas 0,65% dessa água está disponível para captação nos mananciais de água doce e posterior consumo humano. A distribuição de água no planeta é desigual, ocorre segundo o gráfico 1 abaixo: Gráfico 1- distribuição percentual de água doce nos continentes do planeta Terra No planeta terra hoje estamos nós, humanos, exercendo atividades antrópicas em sua maioria negativas ao planeta. Curiosamente a constituição humana tem semelhança com a constituição do planeta. O ser humano pode ser comparado a um robô eletroquímico, a água que dizemos ser a fonte da vida está presente em seu corpo formando todos os eletrólitos necessários ao seu funcionamento físico, mental e espiritual. O percentual de água presente em um corpo humano varia de 80% para crianças na primeira idade e fica reduzido em até 40% a partir dos 60 anos do indivíduo sendo que considera-se que em média um humano adulto tem cerca de 70% e que sua perda diária de água é de 2,5 litros. Outras espécies vivas no planeta, contém grande quantidade de água em sua composição e muitas fazem parte da cadeia alimentar do homem. A “pegada hídrica”, média para população do planeta[6] é 10.095.170 Km3 ano e um cálculo rápido para uma população atual constante que desconsidera a renovação do recurso natural água indica que temos apenas 89 anos para exaurir a fonte da vida atualmente disponível para uso 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano humano. Logo percebe-se que é urgente a necessidade de captação de água de fontes marítimas com posterior dessalinização para suprir a demanda, e desde já preservar o que existe hoje como recurso para o futuro. O ideal antropocêntrico compartilhado por representantes de todas as nações do planeta Terra e representados por Gro Harlem Brundtland[7] foi embrionário a partir de 1972 na Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente em Estocolmo, Suécia, evento que se tornou marco do direito ambiental internacional, precursor da conscientização ambiental e da utopia de que a população humana do planeta Terra pode existir segundo princípios de Desenvolvimento Sustentável. Esses “princípios legais para a proteção ambiental e desenvolvimento sustentável” foram elaborados após a ONU criar em 1983 a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - WCED, e depois de quatro anos de trabalho independente, em 1987 apresentados ao mundo em um extenso documento com mais de 370 páginas para tratar do tema “Nosso Futuro Comum” (na Terra), conhecido como “Relatório Brundtland”[8]. Segundo o Relatório Brundtland, Desenvolvimento Sustentável é “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.” O relatório reúne amplo estudo e reflexão acerca da condição humana no planeta e sua ação antrópica fornecendo subsídios para a existência da humanidade segundo princípios de sustentabilidade, propósito que infelizmente está fadado a não se concretizar, entretanto mesmo diante das atuais constatações científicas sobre o atual estado de degradação do planeta provocado pelas ações antrópicas negativas, alterações climáticas, falta do principal recurso natural renovável e finito água, é preciso fazer a nossa parte. Não dá mais para postergar a ação. Estamos consumindo um planeta e meio a cada ano e chegamos à condição de insustentabilidade da vida no planeta. Paul Gilding[9] em sua palestra de 2012, intitulada: “A Terra Está Cheia” realizada no TED Event em Long Beach, Califórnia, EUA, cita que atualmente precisamos de um planeta e meio para sustentar nossa economia, diz Gilding: „‟ Quando digo cheia, digo literalmente cheia, bem além de qualquer margem de erro, além de qualquer discussão sobre a metodologia. O que significa que nossa economia é insustentável.” “O que estou dizendo é que nossa abordagem é simplesmente insustentável. Em outras palavras, graças a estas leis chatas da física, quando coisas não se sustentam, elas param. Mas isso não é possível, você pode pensar. Não podemos parar o crescimento econômico. Por que isso é que irá parar: o crescimento econômico. Irá parar por conta do fim dos recursos naturais. Ira parar por conta da nossa crescente demanda de todos os recursos, de toda capacidade, de todos os sistemas da Terra, que agora tem um dano econômico 3- Precisamos de um “novo olhar” para usos antrópicos da água antes de seu esgotamento De acordo com a tabela I abaixo, podemos visualizar o uso antrópico da água doce no planeta na atualidade. A B Tabela I- uso antrópico da água doce no planeta Disponibilidade de água potável para consumo no planeta, calculado[10],[11] 9,035 x 105 km3 Necessidade de uso de água para a vida humana, calculado, para atual população[12] – 133.079 Km3 ano (1,32% de E) 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano C Uso mundial de água na indústria – 20% D E F G Uso mundial de água na agricultura – 70% Uso mundial de água doméstico – 7% Perda de água, mundial – 3% População no planeta que sofre escassez de água em pelo menos um mês a cada ano[13] 2.019.034 km3 ano 7.066.619 km3 ano 706.661,90 km3 ano 302.855,1 km3 ano 2,7 bilhões de pessoas A figura 1 abaixo ilustra a escassez de água, média no planeta, de acordo com Hoekstra et al. [14] Figura 1 - Escassez de água no planeta – período 1996 a 2005 Estimar o consumo de água na indústria é uma tarefa um tanto difícil devido a diversidade de processos e tecnologias de fabricação empregadas. A priori, as tecnologias de fabricação atuais consomem menor quantidade de água em comparação as mais antigas. Um indicador bastante usado é a pegada da água por unidade de valor adicionado, m3/1000 US$, de acordo com o relatório de MEKONNEN & HOEKSTRA, (2011) editado pela (UNESCO-IHE) Institute for Water Education[14]. Veja a tabela II abaixo. Tabela II - Pegada da água industrial do país por unidade de valor adicionado, m3/1000 US$ e principais indicadores econômicos de alguns países em desenvolvimento, BRICS Pegada da água do país industrial[15] por unidade de valor adicionado, m3/1000 US $ Indicadores econômicos [1 6] princip ais Azul Cinza Total PIB tabela 10 – Bilhão US $ 2012 Brasil 3,24 45,5 48,8 2840,9 0,744 54,70 China 9,82 126 136 14548,6 0,719 42,10 Índia 13,3 253 266 6245,4 0,586 33,90 Federação Russa 15,2 289 304 3327,7 0,778 40,10 País IDH2013 – tabela 3 *Índice Gini Coeficiente para igualdade de riqueza – 2013 – tabela 3 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano África do Sul 0,85 6,92 7,77 Média Global de 166 países 4,03 38,9 43,0 626,7 0,658 63,10 92889,4 0,702 Não Referenciado O índice GINI expressa a relação de desigualdade de riqueza e está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico, quanto menor, melhor o desenvolvimento econômico do país. De acordo com recente relatório da CNI – Confederação Nacional da Indústria[17], a tabela III abaixo mostra o consumo de água em alguns processos industriais de interesse para este trabalho. Tabela III – Uso de água e geração de efluentes em alguns processos industriais potencialmente poluidores Retirada de Efluente água em gerado3 em 3 Atividade Econômica (ton) m m Extração de minério de ferro 1,05 0,87 Extração de alumínio 3,42 0,51 Extração de estanho 6,25 5,0 0,14 – Extração de metais preciosos 0,14 – 1,78 0,37 Extração de minerais metálicos não ferrosos 1,86 0,28 Fabricação de produtos químicos inorgânicos 3,0 – 6,0 2,0 – 12,0 Fabricação de produtos químicos orgânicos 2,0 – 70,0 1,0 – 30,0 Fabricação de produtos químicos diversos 0,5 – 60,0 0,5 – 50,0 Siderurgia do aço bruto 33,6 24,9 Metalurgia dos metais não ferrosos 1,24 – 3,5 0,99 – 2,8 Fundição 5,0 4,0 Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos 2,65 1,41 Fabricação de produtos de informática, eletrônicos e ópticos (por unidade produzida) 0,0985 0,0788 Fabricação de máquinas e equipamentos (unidade produzida) 2,2 – 9,7 1,8 – 1,78 0,008 – Galvanoplastia (estimativa do autor - todos os processos) 0,01 – 3,0 2,8 Fabricação de placas de circuito impresso (estimativa do autor 2 por unidade – m ) 0,1 – 0,5 0,08 – 0,4 Fabricação de bijuterias (estimativa do autor - kg de peças) 0,1 – 0,2 0,08 - 0,16 Conforme se observa na tabela 3 acima, alguns processos industriais consomem grandes quantidades de água e na cadeia produtiva, a somatória resulta na pegada de água do produto. Para exemplificar a produção de um computador requer em média 30m 3 de água e de uma folha de papel sulfite 75g/m 2 formato A4 consome 10 litros de água. Os processos industriais acima são alguns exemplos classificados pela legislação ambiental como potencialmente poluidores por produzirem resíduos líquidos contendo grandes quantidades de metais pesados tóxicos, além de compostos orgânicos e alguns dos elementos químicos presentes nos efluentes tem alta complexidade e custo para mitigação, como é o caso principalmente do sódio e potássio, sulfato, nitrato, nitrito, cianeto, amônia, fluoreto, disruptores endócrinos, agentes quelantes e orgânicos 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano permanentes (POP). As fontes de águas doces disponíveis no planeta para consumo humano estão em sua quase totalidade poluídas, principalmente por fósforo, nitrogênio orgânico e inorgânico segundo estudo de Hoekstra et al. [18] Os principais responsáveis pela poluição hídrica são considerados setores chave da economia mundial, relacionados aos processos produtivos da agricultura, pecuária, vestuário, produção de bens de consumo duráveis, energia elétrica, tecnologia da informação, mineração, petróleo e gás, saúde, educação, habitação e transportes, associados ao modo de vida nas cidades e ao descarte dos resíduos humanos. Cerca de 40% da população atual no planeta vive sem condições ideais de saneamento básico, ou seja, sem qualidade de vida à mercê de sua própria sorte e cerca de 12% não tem acesso a água potável segura. Recente artigo publicado no portal G1 [19] cita estudo publicado na revista Nature, mostra que cerca de 80% da população mundial vive “... em áreas com altíssimos níveis de ameaça à segurança hídrica, causada principalmente pela má gestão dos rios e pela poluição.” Portanto, é passada a hora de agir com responsabilidade sobre a vida individual e a vida dos grupos nas questões relacionadas ao uso e preservação do precioso recurso natural renovável mas finito: Água. Mas é preciso agir sem postergar a ação, custe o que custar. 4- Processos industriais potencialmente poluidores Os processos industriais potencialmente poluidores: extrativistas de mineração de carvão e metais; atividades industriais de siderurgia, fundição e metalurgia dos metais, de tratamento e revestimento superficial e de fabricação de peças através da corrosão, bem como os processos e fabricação de insumos químicos e geração de energia para eles, se constituem nos grandes geradores de resíduos líquidos contaminados, que costumamos chamar de efluentes industriais, onde podemos encontrar basicamente a tabela periódica inteira e que infelizmente se constitui na maior carga degradadora do recurso natural água. A legislação brasileira atual prevê que o uso do recurso hídrico necessita de outorga e qualquer resíduo líquido antes de seu lançamento em um corpo hídrico receptor necessita mitigação, sendo que o referido lançamento 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano somente poderá ocorrer desde que o efluente tratado atenda aos parâmetros legais de lançamento conforme as normas legais vigentes, passível de incorrer em crime ambiental os responsáveis diretos e indiretos por um lançamento que esteja fora dos padrões exigidos na norma legal. A base legal está prevista em ampla documentação através da edição de leis, decretos, normas regulamentadores, resoluções, etc. que não citarei neste trabalho devido a sua extensa lista e bibliografia. Abaixo a lista dos principais recursos naturais de interesse para salvar nos processos industriais: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Água Metais pesados Energia elétrica (de matrizes hidráulica, termelétricas) Redução de Gases de Efeito Estufa (GEE) Redução de desmatamento Redução de degradação de terrenos por extrativismo mineral Redução do uso de derivados de petróleo Recurso humano, valorização e melhoria das condições de saúde no trabalho 5- Como salvar recursos naturais nesses processos industriais e agir para a sustentabilidade do planeta A princípio, a atividade de qualquer ser vivo no planeta é geradora de resíduos, iniciandose aqui pelo processo de vida. É incontestável a necessidade e obrigação de operacionalizar qualquer atividade antrópica de maneira que se utilize a menor quantidade do recurso natural, e o que for resíduo resultante para devolução ao meio ambiente esteja totalmente limpo de acordo com os parâmetros atuais de lançamento vigentes no planeta. Isso é o mínimo que o ser humano precisa fazer para iniciar-se no caminho da vida sustentável. Mas há muito mais a fazer no campo do direito à igualdade do ser humano e da integração com o universo. Para facilitar a interpretação de parte da ideia vou elencar um segmento específico cujo processo industrial é totalmente dependente de água e gerador de grande variedade de correntes de efluentes contaminados por soluções químicas contendo massas variáveis de metais pesados complexados ou não, óleos e graxas, tenso ativos, inclusive disruptores endócrinos. Vamos tratar aqui do processo industrial conhecido como galvanoplastia e segue minha definição de galvanoplastia: denominação genérica para designar a atividade industrial que produz o tratamento de superfícies de substratos metálicos ou não, quando se utilizam processos químicos e eletroquímicos e os processos produtivos ocorrem em equipamentos individuais dispostos em linha ou células, cuja operacionalização pode ser automática ou manual. O processo galvânico consiste de um agrupamento de operações unitárias que normalmente se iniciam com a montagem de peças em gancheiras ou sua colocação em bateladas dentro de tambores rotativos apropriados para receberem a sequência operacional química e eletroquímica que permitirá ao final, obtenção do revestimento metálico ou não, sobre as peças, com diversa finalidade que poderá ser técnica ou decorativa. Para revestir um objeto qualquer, seja ele de qualquer substrato, por exemplo: revestimento com um único metal, estanho sobre uma peça de substrato bronze fundido, são necessárias etapas diversas no processo químico e eletroquímico e entre as etapas onde há reações do meio com a peça, sempre há necessidade das etapas de lavagens 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano intermediárias com elevado consumo de água. Há em paralelo na indústria galvânica os processos que são operacionalizados para proteção e preservação ambiental realizados internamente nos Sistemas de Tratamento de Águas Residuárias - STAR ou em empresas especializadas que prestam esse tipo de serviço em instalações externas autorizadas pelo órgão estadual de meio ambiente. Esses processos de mitigação dos contaminantes dos resíduos industriais gerados nos processos são diversificados e para cada situação exigem a combinação de várias operações unitárias para obtenção dos resultados que atendem aos limites legais permitidos a “devolução do resíduo para o planeta” de forma que o processo industrial seja limpo para o planeta. Nas galvanoplastias, é preciso tratar resíduos líquidos formados por efluentes e soluções concentradas dos processos destinando corretamente os resíduos sólidos gerados, resultantes, eliminar e tratar os poluentes atmosféricos decorrentes dos lançamentos causados por eletrólise, temperatura, reações químicas que liberam gases, processos mecânicos que resultam pós e particulados também precisam de remoção de partículas e destinação legal dos resíduos, além de que ruídos devem atender aos parâmetros permitidos, bem como pisos em todos os locais onde há atividade de processo químico devem ser impermeabilizados e possuir sistemas de contenções de derramamentos e plano de emergência para acidentes químicos. O funcionamento das empresas de galvanoplastia é regulado por normas técnicas e legais, fiscalizado e autorizado por órgão estadual de meio ambiente, conselho regional de química, ministério do trabalho, dentre outros, bem como a aquisição de muitas matérias primas, produtos químicos, é objeto de controle de polícias federal, exército e civil. Percebe-se que a operacionalização de uma planta galvânica produz uma quantidade de resíduos que se constituem num grande passivo ambiental que deve ser corretamente mitigado e destinado. Logo, a análise de um processo galvânico com foco na implantação de um sistema de produção mais limpa, resultará sem dúvida no salvamento de recursos naturais, e a seguir indico algumas possibilidades que resultam após a implantação do conjunto na oportunidade do empreendimento galvanotécnico ser “operacionalizado com sustentabilidade”. Não é fácil fazer a contabilidade ambiental mas é essencial que ela seja parte da contabilidade da empresa e que objetive salvar recursos naturais além dos recursos financeiros. Para exemplificar um processo galvânico, no fluxograma 1 abaixo fornecemos uma sequência de processo, resíduos e disposição final considerando também a geração de resíduos e sua destinação legal. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano Fluxograma 1- Processo galvânico para produção de peça estanhada, resíduos e destinação legal 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano 6- Salvando o recurso natural Água O uso de sistemas lavadores cascatas em contra fluxo em regime de circuito fechado [20] aos processos permite a redução significativa do uso de água da rede pública para lavagem de peças nos estágios intermediários dos processos. Divulgo essa técnica ao mercado de tratamento de superfície desde 2006. Posso afirmar com segurança que a economia de água ultrapassa 98% com a instalação do sistema e atinge níveis máximos quando o sistema está acoplado no último estágio de lavagem a um trocador de íons seletivo que permite através de uma resina catiônica a remoção dos traços de metal contaminante principal do processo e quando se procede a regeneração da resina, obtémse a recuperação do metal na forma de uma matéria prima que retorna ao processo. A figura 2 ilustra o sistema que salva no mínimo 98% da água de processo. Figura 2 – Ilustração de um sistema lavador cascata em contra fluxo ao processo acoplado com trocador de íons e operando em regime de circuito fechado. Com a proposição acima, necessito citar que o maior problema enfrentado quando avalio instalações galvânicas com a intenção de propor um sistema de produção mais limpa reside no fato de que não possuem espaço físico para ampliar suas linhas e implantar essa técnica citada acima. Desenvolvi uma tecnologia de produção de peças em bateladas num novo sistema de tambor rotativo que resulta no mesmo rendimento da produção em gancheiras, e não gera efluentes diluídos a tratar. Infelizmente ainda não encontrei espaço físico em alguma galvanoplastia para adaptar a proposta, por requerer maior espaço físico para o layout de produção mais limpa. O sistema se aplica a maior parte dos eletrólitos em uso. 7-Salvando os outros recursos naturais citados no item 4 A adoção e inclusão ao sistema acima proposto de camadas de cobertura formadas por esferas de polietileno sobre a superfície do tanque de processo eletrolítico ou químico permite a redução do uso de energia elétrica, menor consumo de matéria prima e água pela perda por evaporação no sistema de mitigação de gases e melhoria das condições da saúde do trabalhador. Se no mesmo conjunto introduzirmos ao processo a tecnologia de anodos dimensionalmente estáveis – DSA, ampliaremos o salvamento de recursos para todos 8 itens citados neste estudo para salvamento de recursos. Ampliando ainda mais a melhoria do conjunto, o uso da tecnologia de geração de corrente contínua pulsante de onda quadrada permitirá também salvar recursos naturais dos 8 itens acima. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano Finalmente, a implantação de um layout adequado, o estudo do rendimento de cada processo e o melhor desenho de gancheiras e tambores rotativos conjugados à busca de processos mais econômicos que resultem menores quantidades de resíduos em sua operacionalização, permitem atingir na linha galvânica uma produção mais limpa. Ocorre que a implantação de um sistema de produção mais limpa não se limita a linha galvânica. É inerente a todo o processo produtivo, tratamento de resíduos e sua disposição legal, bem como deve ser extensível a cadeia de consumo do produto permitindo a avaliação de seu ciclo de vida. 8- Salvando recursos naturais no STAR da galvanoplastia Geralmente a seleção da tecnologia para o tratamento do resíduo líquido é direcionada aos níveis de tratamento secundário, e terciário (grande maioria dos processos). Usualmente a seleção é de processos físico-químicos: equalização de pH, coagulação, flotação, oxidação, redução, precipitação e filtração, com inclusão de filtro-prensa e raramente a inclusão de secador de lodos. Os processos físico químicos usados atendem as necessidades da legislação com rendimento superior a 95% na média. Essa seleção ocorre quase que com unanimidade nos segmentos geradores de resíduos líquidos contendo metais pesados, principalmente pelo menor investimento necessário para atender a legislação e permitir a operacionalização das plantas industriais. Dessa maneira, tenho visto nos últimos 33 anos que atuo no setor galvanotécnico empresas que tratam seus efluentes galvânicos com custos baixos e pouca eficiência, empresas que tratam seus efluentes com custos médios e média eficiência e empresas que tratam seus efluentes com custos altos e eficiência alta. Em algumas situações a empresa precisa dispor de mais recursos para descartar a água filtrada produzida no seu STAR, pois enfrenta proibição de lançamento do filtrado em rede coletora pública em sua região de instalação. A empresa precisa dispor de mais custo de processo para destinar seus outros resíduos legalmente. Os resíduos sólidos resultantes quando desidratados em filtros-prensa possuem em média 55% de água incorporada e quando filtrados por sistemas de gravidade até 95% de água, resultando no maior custo de água residuária. Essas operações com águas residuárias podem resultar em custos globais de tratamento e disposição final de até R$ 850,00 por metro cúbico de água tratada num STAR de galvanoplastia. A massa de contaminantes de um efluente galvânico e sua composição é única e inconstante, relativa aquele instante que foi gerada e armazenada para posterior tratamento. Para reflexão, em média o planeta recebe diariamente uma carga superior a 26.500 toneladas de resíduos tóxicos lançados no meio ambiente conforme www.worldometers.com. Cada um que é responsável pela produção de resíduos precisa fazer sua parte para reduzir e eliminar esses lançamentos tóxicos no planeta. Outra situação é que efluentes diferentes que se juntam num único reservatório a fim de constituírem uma verdadeira “feijoada de íons” demandam mais custos globais para sua mitigação. A segregação das correntes de efluentes por tipo de metal e a busca de seletividade por metais é ideal para salvar recursos naturais no STAR. Zinco, Cobre, Níquel, Cromo, Estanho, Prata, Ouro e outros quando tratados seletivamente resultam substâncias 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano químicas conhecidas que podem virar novas matérias primas por reciclagem e reprocessamento. E com isso salvar todos os itens de recursos naturais que foram citados anteriormente. O uso de outras tecnologias terciárias para tratamento dos efluentes permite melhorar os resultados quando comparados apenas aos processos físico-químicos tradicionais. Resinas de trocas iônicas seletivas com a finalidade de capturar metais como cobre, níquel, cobalto, ouro, etc. quando regeneradas resultam em matéria prima que pode ser reutilizada nos processos diretamente. O rendimento dessa tecnologia em média é de 95%. A água presente nas soluções pode ser reutilizada também. Similar as resinas de trocas iônicas o uso das tecnologias de membranas como osmose reversa, ultrafiltração e nanofiltração também permitirá resultados interessantes no salvamento de recursos naturais. O rendimento médio desses processos é de até 90% para nanofiltração de até 60% para osmose reversa. Esses processos permitem recuperação de parcelas de água em até 50%. O uso de sistemas de destilação a vácuo, permitirá salvar recursos naturais da mesma forma, com rendimentos de até 92%. Sistemas eletrolíticos como eletrodiálise permitem remoção de frações de metais em níveis de ppb dos efluentes, resultam em grande rendimento, superior a 95% e são seletivos. Sistemas eletrolíticos conhecidos como electrowinning são bastante utilizados especialmente no setor de mineração, resultam em rendimento variável de acordo com o tipo de eletrólito que é processado, uma faixa de 50 a 98%. A eletrocoagulação flotação é ideal para tratar efluentes onde não há metais de interesse para recuperação, como aqueles derivados do pré tratamento e efluentes contendo altas cargas de óleos, anilinas, tintas, fosfatos, manganês, etc. A oxidação de metais por sistemas de ozonização tem conquistado adeptos no setor galvanotécnico e é uma das possibilidades de tratamento, especialmente para a destruição de cianetos[21], embora os investimentos para esse fim ainda sejam proibitivos. Uso de luz ultravioleta em tratamento de efluentes está destinado a desinfecção de microrganismos patogênicos, em algumas situações é necessário a adoção desse sistema em linha, com foco no reuso de água em circuito fechado. Os processos oxidativos avançados usando reagente de Fenton tem crescente aplicação no tratamento de efluentes galvânicos especialmente em efluentes contendo maior quantidade de complexos cianídricos, compostos orgânicos, nitrogênio amoniacal e nitrogênio total. Esses processos são geralmente combinados com outras técnicas e muitas vezes o melhor rendimento é observado em etapas finais de tratamento. O rendimento para esses processos pode chegar a 90%. 9- Durante uma das maiores crises hídricas do estado de São Paulo, no município de Itu que se tornou cidade-símbolo da mídia nessa crise, pequenas galvanoplastias não sofreram pela falta de água. Duas empresas ituanas de galvanoplastia de pequeno porte, a Termogal Tratamento de Superfícies e a JM Galvanoplastia, que instalaram sistemas de produção mais limpa em seus processos, não deixaram de produzir por falta de água durante o período de janeiro a dezembro de 2014. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano Na Termogal, os processos de produção mais limpa implantados desde 2004 levaram a empresa a receber vários prêmios estaduais e nacionais pelos resultados obtidos, como já foi divulgado amplamente em trabalhos apresentados por este autor anteriormente nas edições do EBRATS de 2006 [22], 2009 [23] e 2012 [24]. A recuperação, reuso de água e matéria prima em regime de circuito fechado, e a gestão ambiental garantem a sustentabilidade da empresa que hoje tem para seu processo uma pegada de água industrial de 0,14m3/1000 R$ (uso direto de água - média 2006-2014). Na JM Galvanoplastia, desde 2007 foram implantados sistemas lavadores cascata em contra fluxo ao processo na linha de cobre-níquel-cromo e atualmente estamos finalizando as instalações de sistemas de trocas iônicas segregados. Apenas o sistema lavador cascata em contra fluxo já permitiu redução de 95% no consumo de água nas referidas linhas. Hoje, a empresa reusa toda a água filtrada proveniente do STAR, o que lhe garantiu passar pelos meses da crise hídrica ituana com suas operações normais. Sua pegada de água industrial está em 0,57m3/1000 R$ (média 2007-2014) e deverá ser reduzida após término da implantação do projeto de produção mais limpa. Para efeito de comparação com ambas empresas, a pegada de água industrial de uma galvanoplastia de porte médio sem implantar sistemas de P+L foi 1,65 m3/1000 R$ (média 2007-2008), até 11 vezes maior. As duas empresas citadas tiveram a mudança de paradigma a partir de seus proprietários, e comprovam que não importa o seu porte, mas que é fundamental agir no sentido de proteger o planeta, dar o seu quinhão, não só tirar dele. 10- Conclusões Neste trabalho procurei delinear através do pensamento técnico-científico-filosófico o sentido e o valor da vida neste planeta, procurei demonstrar ao leitor a situação que chegamos no planeta, que estamos vivendo dias de insustentabilidade da vida, que nossas atividades antrópicas estão comprometendo a possibilidade de continuidade da vida nesta casa, provocamos alterações climáticas, destruímos florestas, transformamos a superfície terrestre e a intra terrena do planeta num “enorme buraco” pelo extrativismo desordenado de recursos naturais líquidos, gasosos, sólidos. Com as muitas atividades antrópicas desenvolvidas nos últimos dois séculos poluímos praticamente toda a água doce e também boa parte da água salgada existente no planeta. Nossa atmosfera já sofreu alteração em sua composição química na maioria dos grandes centros habitados pelo excessivo lançamento de gases de efeito estufa que produzimos. Assim exposto, conclui-se que os recursos naturais sempre foram motivo de conflitos entre povos e países, a ONU produz relatórios a respeito, faz menção e reforça aquilo que é possível observar quando se tem nas mãos dados de todos os países do mundo, entretanto, não será a ONU que irá acabar com uma prática que faz parte do conteúdo ideológico do homo sapiens atual, pois esse poder pertence a cada ser humano desde que inicie já uma mudança total em seu paradigma de vida no planeta. Procurei demonstrar que o atual paradigma de produção principalmente no setor galvanotécnico precisa ser revisto imediatamente, precisamos salvar recursos naturais imediatamente sem postergar a ação, necessitamos fazer a contabilidade ambiental e não deixar mais a natureza no vermelho. Possibilidades existem muitas. É preciso deixar o homem de agir como ser dotado de “inteligência superior” que não respeita sua “casa” e que está prestes a destruir sua própria espécie, movido por sentimentos egoístas, vaidade, ganancia, desejo sem controle pelo poder e dominação de 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano semelhantes, causando assim com seus atos e suas atividades extrativistas uma grande destruição a sua casa e ao todo. Há ainda esperança de salvação para a humanidade, esta depende de uma mudança de paradigma de vida humana na face do planeta. É preciso que o homem mude sua conduta de ter, para Ser, assim promoverá mudanças dentro de si e depois como consequência cada um mudando-se poderá existir um novo mundo, melhor, integrado, sustentado. É a única esperança, mudar o homem para mudar o meio, não o contrário, pois todas as tentativas feitas até hoje de mudar o meio resultaram em mais conflitos, este nunca foi o caminho, ao contrário resultou sempre em mais desigualdades e destruição. Meu profundo desejo é que minhas palavras aqui gravadas despertem seu espírito empreendedor de consciência ambientalmente correta que o permita agir com suas ações antrópicas sustentáveis para o planeta. 11- Referências bibliográficas 1. Quantas galáxias existem no universo, Portal Ciência online, disponível em: http://www.ciencia-online.net/2014/04/quantas-galaxias-existem-nouniverso.html , acesso em 21/01/2015. 2. 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