Física Moderna 2 Aulas 7 & 8 Partículas idênticas Átomo de He Tabela Periódica Partículas Idênticas A noção de trajetória não tem sentido em Mecânica Quântica. É essa noção que nos permite "seguir" uma partícula e dizer se ela foi para cima ou para baixo. Fique claro: se as partículas que participam da interação forem distintas (por exemplo, uma partícula α sendo espalhada pelo núcleo de Au na experiência de Rutherford) isso não representa nenhum problema pois o detector "sabe", inequivocamente, que quem o atingiu foi uma α e não um Au. MAS se o processo que estivermos a estudar envolver a interação entre duas α's, não teríamos como saber qual delas foi registrada pelo detetor. foida uma α e não um distintas Au, mas,(por se oexemplo, processouma quepartı́cula estivéssemos a esp interação forem α sendo r envolvesse interação entre duas α’s, de nãoRutherford) terı́amos como saber hada peloanúcleo de Au na experiência isso não represen elas nenhum foi registrada pelopois detetor. problema o detetor “sabe”, inequivocamente, que quem atingiu foi uma α e não um Au, mas, se o processo que estivéssemo ntidade fı́sica relevante em processos de medida é a densidade de estudar∗ envolvesse a interação entre duas α’s, não terı́amos como sab ilidade, . registrada Aψ quantidade física relevante T ψT foi qual delas pelo detetor. em processos de Partículas Idênticas medida éa afunção densidade de probabilidade, ψ*deTψelétrons, T. a •maneira geral, de onda total de um sistema A quantidade fı́sica relevante em processos de medida é a densidade ∗ Depode 2, 3, probabilidade, ...Z), como uma combinação linear de ψ umaser maneira geral, a função de onda total de α (1), ψescrita ψ . T T ψγ (3),um ... .sistema de elétrons, ψT(1,2,3,...Z), pode ser • De uma maneira geral, a função de onda total de um sistema de elétro escrita como uma combinação linear de ψdeve (1), α o deψduas partı́culas idênticas, a função de onda total ser tal (1, 2, 3, ...Z), pode ser escrita como uma combinação linear de ψα ( T ψγ(3), ψβ(2), ψγ (3), ... . ... . ψβ (2), No caso de duas partículas a,onda função dedeve ser 2 idênticas,idênticas, 2 total • |ψ No caso de duas partı́culas a função de (x , y , z ; x , y , z )| ≡ |ψ (x , y , z ; x , y z )| T 1 1 1 2 2 2 T 2 2 2 1 1 1 que:onda total deve ser tal que: 2 2 |ψT (x1 , ydas ; x2 , y2 , z2 )|Numa ≡ |ψTnotação (x2 , y2 , zmais y1 , z1 )| 1 , z1partı́culas. 2 ; x1 ,compacta: à indistinguibilidade 2 2 Mais compacto → |ψT (1, 2)| ≡ |ψT (2, 1)| . devido à indistinguibilidade das partı́culas. Numa notação mais compac Temos duas possibilidades: Partículas Idênticasψ (1, 2) = +ψ Temos duas possibilidades: T T (2, 1) (Simétrico) +ψT (2, 1) (Simétrico) ψT (1, 2) =ou ou = −ψT (2, 1) (Antissimétrico) ψT (1, 2) ψT (1, 2) = −ψT (2, 1) (Antissimétrico) Temos duas possibilidades: colocando de outra forma: colocando de outra forma: 1 Escrevendo de maneira ψS (1, 2) =1 √2 [ψα (1) ψβ (2) + ψβ (1) ψα (2)] ψS (1, 2) = √2 [ψα (1) ψβ (2) + ψβ (1) ψα (2)] um pouco mais formal: ou ou Deve ser observado que 1 (1,2)2)= =√1 √[ψ [ψ(1) ψβ−(2) α (1) β α(1) ψβ (2) ψβ− (1)ψψ (2)]ψα (2)] ψψAA(1, 2 2α qualquer quantidade • •Deve ser quequalquer qualquer quantidade mensurável q Deveser ser observado observado que quantidade mensurável que poss mensurável que possa obtidaaa partir partir de dede onda simétricas/antissimétricas não é afn obtida defunções funções onda simétricas/antissimétricas obtida a partir de funções poruma uma troca troca de por departı́culas. partı́culas. de onda simétricas/ antissimétricas não é afetada por uma troca de partículas. Princípio de Pauli O princípio da exclusão foi formulado por Pauli quando tentava entender o espectro de átomos complexos. Uma das questões que Pauli se fez é a razão da ausência de certos estados (em particular, o estado tripleto) no espectro do átomo de He. O princípio de Pauli foi, de fato, uma resposta a uma preocupação fundamental de Bohr: porque, no estado fundamental de átomos complexos, os elétrons não ocupavam todos a camada de menor energia? O princípio de Pauli não é um teorema, mas - como o próprio nome diz - é, isto sim, um preceito geral que regula a real formulação das leis físicas. Princípio de Pauli Vamos formular o Principio de Pauli de duas maneiras alternativas: Forma Fraca: Em átomos de muitos elétrons, nunca um elétron pode ocupar o mesmo estado quântico que outro (Note que se em ψA fizermos α=β, ψA≡0). Forma Forte: A função de onda total de um sistema de muitos elétrons é antissimétrica (esta formulação é originalmente devida a Dirac). Para qualquer número de partículas, a função de onda antissimétrica é o chamado determinante de Slater. Princípio de Pauli A função de onda anstissimétrica para dois elétrons pode ser A função de onda anstissimétrica para dois elétrons pode ser e ! !! !! ! 1 ! ψ (1) ψψαα(2) (2)!! ! ψαα (1) ψψAA(1, √ !! (1,2) 2) = =√ ψββ (1) (1) ψψββ(2) (2)! ! 2 ψ A função de onda anstissimétrica para 11 [ψ (1) ψ (2) − ψ (1) ψ (2)] dois elétrons: (1,2)2)== √√ ψA(1, α α (2)] [ψ α (1) ψββ (2) − ψββ (1) ψ ψA 22 α casodedetrês trêselétrons: elétrons: E no caso de três Ou,Ou,nonocaso ! ! ! ! ψ (1) ψ (2) ψα (3) !! ! elétrons: 1 !! ψαα (1) ψαα (2) ψ α (3)! ! ψA (1, 2, 3) = √1 !! ψβ (1) ψβ (2) ψβ (3) ! ! ψA (1, 2, 3) = √ 3! !! ψβ (1) ψβ (2) ψβ (3)! ! 3! ! ψγ (1) ψγ (2) ψγ (3) ! ψγ (1) ψγ (2) ψγ (3) 1 ψA (1, 2, 3) = √1 [ψα (1) ψβ (2) ψγ (3) + ψA (1, 2, 3) = √ 3! [ψα (1) ψβ (2) ψγ (3) + ψβ (1)3!ψγ (2) ψα (3) + (2)ψψβα(3) (3)−+ ψψβγ (1) (1) ψ ψαγ (2) ψψγγ (1) (2)ψψαβ(3) (3)−− (1) ψ ψβα (2) ψψγα(1) (2)ψψβα(3) (3)−− (1) ψβγ (2) (1) ψαγ (2) ψψαβ (1) (2)ψψγβ(3)] (3) − ψβ (1) ψα (2) ψγ (3)] 4 Férmions, Bósons & Estatı́stica • Foi verificado experimentalmente que certas classes de par se agregavam em sistemas com funções de onda total sim tissimétricas. As primeiras tinham momento angular int (0, 1, 2, ...) e as outras semi-inteiro (1/2, 3/2, ...). Por exem Férmions, Bósons e Estatística Foi verificado Partı́cula Simetria Spin experimentalmente que elétron Antissimétrico 1/2 certas classes de próton Antissimétrico 1/2 partículas sempre se ∆ Antissimétrico 3/2 3 agregavam de modo que He Antissimétrico 1/2 fóton Simétrico 1 sua funçao de onda total pı́on Simétrico 0 era simétrica ou antidêuteron Simétrico 1 simétrica. α (4 He) Simétrico 0 Umas tinham momento angular intrínseco inteiro • As partı́culas do tipo “Anti.” são também chamadas de fé (0,1,2,...) e as outras semitipo “Sim.” de bósons. inteiro (1/2,3/2, ...). • Há uma conexão forte entre o caráter bosônico/fermiônico e o seu spin (inteiro/semi-inteiro); a demonstração disso, fo que começou com o próprio Pauli em ∼ 1930 e foi concluı́ Férmions, Bósons e Estatística As partículas do tipo "Anti" são também chamadas de férmions e as do tipo "Sim" de bósons. Há uma conexão forte entre o caráter bosônico/fermiônico das partículas e o seu spin (inteiro/semi-inteiro); a demonstração disso, foi um trabalho que começou com o próprio Pauli em ∼ 1930 e foi concluído cerca de 20 anos depois. Esse caráter (bosônico/fermiônico) é uma propriedade da partícula, tão válida quanto a carga ou a massa. É importante notar que férmions e bósons (ou melhor, uma parte deles) comportam-se de maneira distinta quando pensamos na maneira como as interações entre os sistemas físicos ocorrem: uns, os férmions, comportam-se como "fontes/sorvedouros" e ou outros, os bósons, como "mensageiros". He He→ Z=2: dois elétrons. Vamos imaginá-los sem outra interação que aquela do campo médio coulombiano. Neste caso não e dificil ver que o estado fundamental tem energia Ef = 2*E1 = -108,8 eV, o primeiro estado excitado tem E1 exc = E1 + E2 = -68 eV, o segundo estado excitado E2 exc = 2*E2 = -27.2 eV, etc. O espectro do lado esquerdo da figura apresenta estas previsoes ao passo que o do lado direito contem os valores experimentais. A estrutura do atomo de He esconde, portanto, aspectos que têmAula que 7ser desvelados. ! !ji J! = 2 1 S 2 1/2 2 P3/2 2s+1 n XJ 2 2 P1/2 etc X : S, P, D, F, ... ∆n = qquer ∆l = ±1 ∆ml = 0, ±1 En = 2 13.6 −Z n2 ∼ He A equacao de Schrödinger para o He envolve tanto a atração coulombiana com o núcleo (que tem carga 2) quanto a interação repulsiva entre os elétrons. Mas isso não é tudo! He 5 Átomo de He e forças de troca O Princípio •deHe Pauli → Znos = 2 : dois elétrons. Vamos imaginá-los sem out diz que a função de onda aquela do campo médio coulombiano (à la Hartree). total dos elétrons deve ser • A função de onda total dos elétrons deve ser antissimét antissimétrica mediante a troca de um elétron pelo outro. troca de um elétron pelo outro. • Mas essa função de onda envolve uma parte espacial e ou Mas essa função de onda ΨT otal = (espacial) × (spin) envolve uma parte espacial espacial spin × ψ = ψ e outra de spin S A Cuidado: vou preocupar-me ou apenas com a parte eletrônica espacial spin × ψ = ψ da função de onda; nenhuma A S palavra acerca dos prótons e/ ou nêutrons (Cuidado: vou preocupar-me apenas com a parte eletrôn onda; nenhuma palavra acerca dos prótons e/ou nêutron He • Parte espacial: • Parte espacial: • Parte espacial √1 [ψa (1) ψb (2) + ψb (1) ψa (2)] = ψ espacial 1 S espacial: 2 a (1) ψb (2) + ψb (1) ψa (2)] = √2 [ψ ψS espacial √1 1 [ψa (1) ψb (2) − ψb (1) ψa (2)] espacial = ψA espacial 1 +ψψbb(1) (1) ψ ψaa (2)] 2 2 a[ψ(1) a (1) b (2)− ψbψ(2) (2)] ψA ψS = √=2 √[ψ Parte espacial espacial = √12 [ψa (1) ψb (2) − ψb (1) ψa (2)] ψA • Parte de spin: temos também uma combinação antissimétr Parte de spin: também • Parte de spin: temos também uma combinação antissimétric temos duas possibilidades • Parte de spin: temos também 1 uma combinação antissimétrica spin ψA = 1√ [ψ1/2,1/2 (1) ψ1/2,−1/2 (2) spin Uma combinação antiψA = √ [ψ 21 1/2,1/2 (1) ψ1/2,−1/2 (2) spin ψA =2√ [ψ1/2,1/2 (1) ψ1/2,−1/2 (2) simétrica 2 − ψ1/2,−1/2 (1) ψ1/2,1/2 (2)] − ψ1/2,−1/2 (1) ψ1/2,1/2 (2)] E outra simétrica − ψ1/2,−1/2 (1) ψ1/2,1/2 (2)] S=0 e outra simétrica Sumarizando e outrae outra simétrica simétrica Tripletos de spin (S=1) ↔ ψ1/2,1/2 (1) ψ1/2,1/2 (2) (1) (2) ψ1/2,1/2 (1)ψψ1/2,1/2 ψ1/2,1/2 1/2,1/2 (2) parte espacial antissimétrica Singletos de spin (S=0) ↔ √1 1 [ψ1/2,1/2 (1) ψ1/2,−1/2 (2) 1 spin √ [ψ1/2,1/2(1) (1)ψψ1/2,−1/2 √ [ψ 2 1/2,1/2 (2) 1/2,−1/2 (2) spin ψ = spin 2 parte espacial simétrica S 2 ψ = ψS S= (1)ψψ1/2,1/2 (2)] +ψ 1/2,1/2 (1) (2)] +ψ1/2,−1/2 1/2,−1/2 (1) ψ (2)] +ψ 1/2,−1/2 1/2,1/2 (2) (1)ψψ1/2,−1/2 (2) ψψ1/2,−1/2 1/2,−1/2 (1) 1/2,−1/2 S=1 (1) ψ1/2,−1/2 (2) ψ1/2,−1/2 • Sumarizando: • Sumarizando: • Sumarizando: He O que ocorre se as coordenadas da parte espacial dos dois elétrons coordenadas forem muito proximas? O resultado final é distinto conforme os eletrons estejam em um estado tripleto ou singleto. ∆ml He = 0, ±1 Aula 7 S=1: elétrons em um estado tripleto, i.e. com função de onda espacial anti-simétrica, tem baixa probabilidade de ficarem proximos É como se uma força repulsiva agisse entre eles. Trocando em miudos: os elétrons passam a maior parte do tempo distantes um do outro: como resultado, sua repulsão coulombiana é minimizada. Essa forca tem origem puramente quântica sendo denominada genericamente força de troca. En = 2 13.6 −Z n2 ψa (1) ∼ = ψa (2) ψb (1) ∼ = ψb (2) ψa (1) ψb (2) ∼ = ψb (1) ψa (2) espacial ∼ ψA =0 √ espacial ∼ ψS = 2ψa (1) ψb (2) 2 (1s) (1s2s) He 2 13.6 En = −Z 2 S=0: com elétrons em um estado n singleto ocorre o contrário e eles tem maior probabilidade de ficarem ∼ ψa (1)(uma = ψforça a (2) espacialmente proximos de troca atrativa) e sua repulsao coulombiana e maximizada. ∼ ψ (1) ψ (2) = b b A figura a seguir mostra o comportamento da parte espacial da função de onda∼ simétrica e antissimétrica no ψa (1) ψ ψb (1) b (2) =presas a (2) caso de partículas idênticas emψem um poço quadrado infinito. espacial ∼ =0 ψA espacial ψS √ ∼ = 2ψa (1) ψb (2) 2 (1s) Uma partícula no Uma partícula no estado fundamental (~cosnx/a) e outra no Primeiro Estado excitado (~sennx/a) He Os efeitos das forças de troca impactam drasticamente no espectro do atomo de He. Na figura: À esquerda: sem interação coulombiana entre os elétrons. No meio: com a interação coulombiana. À direita: incluindo também as forças de troca (1s) (1s) 2 Tabela Periodica Tabela Periodica Passaremos a seguir a discutir aspectos da estrutura de alguns elementos. Nos elementos com Z's maiores do que dois a situação é mais complicada do que no caso do He Entretanto, as propriedades quimicas dos elementos químico são determinadas basicamente pelos estados de energia mais baixa e por isso vamos nos dedicar a discutir os estados fundamentais desses átomos Tabela Periodica Aproximações: O spin não será levado em conta, exceto para dizer que apenas um elétron pode ocupar um dado estado Detalhes da interação entre os elétrons não serão levados em conta, mas eles serão considerados como movendo-se em um campo médio central gerado pelo núcleo e pelo conjunto de todos os elétrons Isso equivale a dizer que o campo coulombiano não mais terá a dependência 1/r, mas será modificado pela densidade de carga dos demais eletrons Nesta aproximação, cada életron atua como se fosse uma particula independente, submetida a um campo central Níveis de energia dos e´s Niveis de energia dos e´s Tabela Periodica Passemos agora a discutir aspectos da estrutura de alguns elementos químicos. H: este conhecemos bem; o EF tem l=0 e s=0. Tem energia de ligação igual a 13.6 eV. He: também já é nosso conhecido. Os elétrons movem-se em potencial que para r’s pequenos é coulombiano com Z=2 e para r’s maiores é coulombiano para Z=1. WI é 24,6 eV. Como a camada 1s está cheia, há pouca tendência do elétron ser atraido por outros átomos: o He é inerte Tabela Periódica Li: o Li tem carga Z=3. Os estão em estados “tipo” hidrogênio: dois irão ocupar os estados 1s e o outro algum n=2. Mas qual deles? Lembrem: elétron no 2s estará mais perto do núcleo e vai sentir muito mais a carga do Z=3 do que os que estiverem no 2p; estes, mais distantes, sentirão carga Z ~ 1. Essa atração extra abaixa o estado 2s em relação ao 2p. Assim, o terceiro elétron ocupará o estado 2s. O elétrons no 2s são mais fracamente ligados e facilmente removidos: o Li tem baixo WI e é quimicamente muito reativo. Be: semelhante ao Li e tem dois e’s no 2s Tabela Periódica B-Ne: aqui o nível 2p será preenchido. Temos 2x3=6 estados e chegaremos até Z=10. À medida que formos preenchendo esse estado, aumenta o Z e os elétrons serão mais atraídos pelo núcleo: os 2p descem em energia B: tem 5 elétrons; o quinto vai para o estado 2p. Ne: todos os estados preenchidos e o ele não cede facilmente seus elétrons. O Ne é qumicamente inerte. F: o fluor tem um elétron a menos e um “buraco” que pode ser ocupado por outro elétron: ele é quimicamente muito ativo Tabela Periódica Na-Ar: iniciamos uma nova camada. Começamos a preencher a camada n=3 e a seqüência é semelhante ao caso Li-Ne Na: tem 11 elétrons; o 11o vai para o estado 3s. Ar: todos os estados preenchidos e o ele não cede facilmente seus elétrons. O Ar é qumicamente inerte. Peculiaridade: há uma diminuição da energia de ligação do último elétron em alguns momentos do preenchimento da camada: no O e no S. Razão?? Bem, no B, C e N cabe elétron em cada “eixo”; quando chega a vez de formar o O, o elétron só pode ficar próximo – com o spin oposto - a outro elétron que já ocupe um dos “eixos”. Assim, a energia de ligação tem que cair, pois é afetrada fortemente pela repulsão entre esses dois elétrons. Tabela Periódica K-Zn: chegando no K, podemos achar que agora os estados 3d passarão a ser populados,mas não: os 3d têm energia maior pois os 4s sentem mais fortemente a carga nuclear e são mais ligados. K: o último elétron vai para o estado 4s Ca: completa a camada 4s e, a seguir, começa o preenchimento dos estados 3d Sc, Ti, V: preenchimento sucessivo dos estados 3d Cr: a presença de um quarto elétron altera a energia do sistema ficando mais favorável a configuração (5,1) [5 no 3d e 1 no 4s] Mn: agora a configuração volta a ser normal: (5,2) R-X Intensidade R-X R-X O espectro de R-X é composto por uma parte contínua, resultado direto do bremsstrahlung, e uma componente discreta, resultado da interacão direta dos elétrons do feixe com os átomos do material que constitui o anodo. Elétrons das camadas mais profundas podem ser arrancados produzindo um buraco na camada eletrônica, que é preenchido por elétrons das camadas mais altas H 2O Como uma espécie de preparação para o próximo tópico, vamos discutir aspectos da molécula da água: O oxigênio tem quatro elétrons no 2p e tem duas vacâncias: um vai para “x”, outro para “y”, outro para “z” e finalmente o quarto para algum dos já ocupados, deixando vagos, por exemplo “x” e “y” O H tem o maior interesse em compartilhar seu elétron com o O; na verdade, dois H’s têm tal interesse. Esperaríamos que os H’s formassem ângulo de 900, mas na verdade o ângulo é 1050. Podemos entender isto? Como seria no H2S? E no H2Se?