KANT, ADORNO E FOUCAULT: Observações para uma Educação Crítica Miguel Ângelo Oliveira do Carmo Mestre em Filosofia pela UFRJ Professor da Universidade Federal do Acre – UFAC O presente trabalho, que tem em sua estrutura pensadores ligados ao pensamento crítico, visa aproximá-los dentro de uma referência única: a necessidade de uma educação ancorada na constituição do sujeito. Sendo assim, a educação tem a tarefa de esclarecer o homem fazendo-o perceber em que momento ela própria é um instrumento para racionalizar o poder. Kant, Adorno e Foucault, parece-me, evidenciam algumas observações úteis para a discussão do processo educativo hoje. Palavras-Chave: educação crítica; esclarecimento; poder; subjetivação. ETICA E EDUCAÇÃO: A Travessia da Humanidade Estrella Bohadana Doutora em Educação pela UFRJ Professora da Universidade Estácio de Sá – RJ Se a Educação não deve ignorar as novas tecnologias emergentes, tampouco deve restringir-se a elas, pois, quando limitada às demandas do contexto sociocultural, sua força transformadora se enfraquece. Cabe, assim, formar para garantir não apenas a produção e a reprodução do conhecimento, mas a capacidade de reafirmar valores éticos que preservem a vida na Terra. Ética e Educação se mesclam, podendo ambas se divorciar das instituições, mas não dos elementos que constituem os laços sociais, responsáveis por sua dimensão ontológica. Palavras-Chave: ética; educação; filosofia; tecnologias de comunicação e informação. EDUCAÇÃO NA PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930) Francisco Gilson Rebouças Porto Junior Mestrando em Educação pela Faculdade de Educação da UnB O trabalho analisa o desenvolvimento de um ideal educacional liberal na Primeira República (1889-1930). Aponta-se a inserção das três vertentes educacionais: positivistas ilustrados, Ruy Barbosa e O Estado de São Paulo e o Movimento Escolanovista no processo de modernização do país. Parte-se dos aportes teóricos de Nagle (2001) sobre a Primeira República e analisam-se os discursos dos positivistas ilustrados Luiz Pereira Barreto (1840-1923) e Alberto Sales (1857-1904), os discursos de Ruy Barbosa de 1882-1883 e o desenvolvimento da Escola Nova. Palavras-Chave: história da educação; educação na Primeira República; movimento educacional. UM BREVE OLHAR HEIDEGGERIANO ACERCA DE ALGUMAS BASES EPISTEMOLÓGICAS DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO Caroline Vasconcelos Ribeiro Doutoranda em Filosofia pela UNICAMP Professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB O texto pretende, guiado pelo pensamento filosófico de Martin Heidegger, esboçar uma análise de algumas bases epistemológicas da Psicologia da Educação. Pleiteia alertar que, por mais que se reivindique o fim da ditadura mecanicista do pensamento moderno, a Psicologia da Educação, com vistas à aquisição de um status científico, é servil a esta ditadura visto que reverbera o pensamento behaviorista quando oferece aos educadores um arsenal de técnicas de controle e programação a serviço de ortopedias educativas. Por fim, indicará que a Psicanálise pode contribuir para instaurar uma revolução no ideal iluminista presente nas práticas pedagógicas em voga. Palavras-Chave: Heidegger; Behaviorismo; Psicologia da Educação; Psicanálise. COMENTÁRIOS SOBRE AS TEORIAS DA MENTE E A PSICOLOGIA DE HERBART NA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO Ruben de Oliveira Nascimento Mestre em Educação pela UFMG Professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB Este artigo apresenta alguns comentários a respeito de aspectos da Psicologia da Educação, especialmente considerando os estudos sobre a atividade mental do educando e a contribuição da psicologia expressa na teoria pedagógica de Johann Friedrich Herbart, no contexto histórico do século XIX, destacando a participação fundamental da Filosofia e das teorias pedagógicas. Palavras-Chave: teorias da mente; Johann F. Herbart; história da Psicologia da Educação. INFANCIA E EDUCAÇÃO: O Papel da Criança na Família e na Escola Ana Lúcia Castilhano de Araújo Mestre em Educação pela PUC-SP Professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB Este artigo aborda algumas questões acerca das relações entre infância e sociedade, em especial a educação infantil. Ele parte de uma discussão a respeito do conceito de infância e suas implicações no comportamento do adulto e na metodologia e discurso da pré-escola. O texto não parte necessariamente para conclusões, mas expõe algumas reflexões a respeito do lugar da criança no mundo adulto e o que se espera dela. Palavras-Chave: infância; pré-escola; educação. CONSIDERAÇÕES PSICANALÍTICAS SOBRE A VIOLÊNCIA NA ESCOLA Fernando César Bezerra de Andrade Mestre em Educação pela UFPB Professor da Universidade Federal da Paraíba – UFPB Objetiva-se refletir sobre a violência na escola sob uma perspectiva teórica psicanalítica. Educadores e alunos são implicados no processo de manifestação da violência na escola quando, diante de conflitos, buscam negar a alteridade própria às relações humanas. Apresentam-se diferentes posições da teoria psicanalítica sobre a violência e, em seguida, analisa-se a violência nas relações pedagógicas à luz de uma dessas posições. Ao final, avaliam-se algumas conseqüências para a escola e indicam-se eixos orientadores para uma educação não violenta. Palavras-Chave: violência; violência na escola; teoria psicanalítica. VIOLÊNCIA DE GÊNERO ENQUANTO (NOVO) DESAFIO PARA PEDAGOGOS: Teorias, Contradições, Intervenção Karin Ellen Von Smigay Doutora em Psicologia Social pela PUC-SP Professora da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG O artigo apresenta alguns pressupostos no campo da educação, que estão na base das teorias sobre a origem da violência. Diferentes formas de violência hoje demandam intervenção, controle e coibição, convocando a sociedade a encontrar bons modelos e respostas. Desta tarefa não escapam pedagogos. A violência intrafamiliar e a de gênero, por estarem mais arraigadas na trama social, ao atingirem psiquismos em formação e pautarem condutas homofóbicas e sexistas, tornam-se um desafio maior. Aqui se oferece o cenário dos impactos que a adoção de uma determinada teoria tem para o enfrentamento deste grave problema social. Palavras-Chave: violência de gênero; violência intrafamiliar; modelos teóricos e de intervenção. A FORMAÇÃO NO TRABALHO E AS INOVAÇÕES ORGANIZACIONAIS Ana Elizabeth Santos Alves Doutora em Educação pela UFBA Professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB O presente artigo tem como objetivo central esboçar algumas considerações pontuais em torno das ações de formação e de treinamento na organização do trabalho bancário, levando em conta a introdução de inovações na gestão de pessoal. Para tanto, apresenta uma síntese da análise da pesquisa de campo desenvolvida em um banco público, realizada por meio de documentos e entrevistas com os empregados da instituição. Palavras-Chave: reestruturação produtiva; trabalho; formação; treinamento.