Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Estrada de Rodagem Curvas Concordância Horizontal Circular Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa [email protected] (27) 9941-3300 Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 1 Histórico • No início do transporte rodoviário, as rodovias proporcionavam maior liberdade no deslocamento dos veículos – Tinham pouco tráfego – Os veículos trafegavam em baixa velocidade – Eram sem pavimentação e os veículos podiam invadir a contramão • Por isso problemas de traçado (geometria) não eram tão preocupantes Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 2 1 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Histórico • Na década de 30 houve grande incremento na construção de rodovias • Começam as rodovias pavimentadas • A velocidade dos veículos também aumenta • Neste momento, passa a ser preocupante a atuação da força centrífuga. • Necessidade de superelevação e superlargura. – Sobretudo o estudo da superelevação. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 3 Geometria • A força atua bem no início da curva circular • Ou seja, no PC (ponto onde termina a tangente e inicia a curva circular) • Assim, é interessante que o plano de rolamento já esteja modificado neste ponto • É impossível modificar o traçado em um ponto – Iria gerar um degrau na pista Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 4 2 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Geometria • Modificar o plano de rolamento antes do PC – Teria uma tangente com uma inclinação para um dos lados sem ter a força centrífuga atuando – Poderia gerar um tombamento do veículo e desconforto para os passageiros Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 5 Geometria • Iniciar a modificação após o PC – No PC já existe a força centrífuga, porém ainda não existe plenamente a superelevação – Assim, esta situação também ocasiona desconforto aos passageiros e risco de derrapagem ao veículo por falta da compensação da superelevação total Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 6 3 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Geometria • Introduzir uma nova curva entre a tangente e o início da curva simples. – Essa é a melhor opção encontrada – Ao fim da tangente, no início da curva de transição, (TE) inicia-se a superelevação e gradualmente chega-se ao máximo no ponto EC (espiral - arco circular) que é o início da curva circular que demanda toda superelevação – O mesmo ocorre quando do término da curva circular CE (curva circular - espiral) que vai perdendo a superelevação até chegar a tangente (ET) sem superelevação Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 7 Geometria • Esta curva de transição deve em cada ponto ao longo do arco proporcionar uma aceleração centrífuga em harmonia com a superelevação da via. • Tem-se uma distribuição da superelevação proporcional ao desenvolvimento da curva de transição desde o seu início. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 8 4 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Geometria • As melhores curvas são as denominados radiodes que provêm da relação: dρ ρ dl = l Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 9 Geometria • Clotoide ou espiral de Cornu ou de Van Leben ou curva de Euler: 1 l= f ( ) ρ • Leminiscata de Bernouilli • Curva elástica • A mais usada pelos órgãos brasileiros, DNIT, é a clotoide. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 10 5 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Concordância com curva circular Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 11 Concordância com curva circular D Sentido de estaqueamento Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 12 6 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Concordância com curva circular • O prolongamento das duas tangentes contíguas a uma curva de concordância se encontram em ponto denominado ponto de intercessão PI • A distância entre o PI e o PC e a distância entre o PI e o PT são denominadas tangente externa T. • No PI, o prolongamento de uma tangente externa forma um ângulo de deflexão denominado ∆ . Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 13 Concordância com curva circular • Os sucessivos PI de uma diretriz formam uma poligonal. • Nesta poligonal cada lado mede a soma tangente da diretriz com as tangentes externas de cada curva adjacente. • Os raios externos do arco de círculo, normais às tangentes, onde tocam o PC e o PT, formam o ângulo central AC • O ângulo central é o mesmo do ângulo de deflexão ∆ . Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 14 7 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Concordância com curva circular • O arco de círculo da curva de concordância é definido por: • Raio - R • Ângulo central - AC • Extensão ou Desenvolvimento entre o PC e PT - D • O segmento PIM entre o arco de círculo é o afastamento E. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 15 Concordância com curva circular • Pode-se deduzir: • Tangente externa: T = R tan ( • Afastamento: E = R ( sec ( AC ) 2 AC ) −1) 2 • Desenvolvimento: D = AC R Π 180 Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16 8 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo - Concordância com curva circular • Faça a locação por estaqueamento das curvas 1 e 2 conforme a diretriz a seguir. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 17 Exemplo - Concordância com curva circular • Estratégia de abordagem A deflexão é igual ao Ângulo central T1 PT1 PC1 AC1 D O Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 18 9 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo - Concordância com curva circular T1 = R1 tan ( AC1 24 o12 ' 40 " ) = 200 tan ( ) = 42,90m 2 2 D1 = AC1 R1 Π Π = 24 o12 ' 40" 200 = 84,51m 180 180 T2 = R2 tan ( AC 2 32 o 49 ' 50" ) = 250 tan ( ) = 73,65m 2 2 D2 = AC 2 R2 Π Π = 32 o 49 ' 50" 250 = 143,25m 180 180 Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 19 Exemplo - Concordância com curva circular • Com os valores das tangentes externas e do desenvolvimento, pode-se calcular os comprimentos das tangentes. PC1 = 0 − PI 1 − T1 = 133,97 − 42,90 = 91,07 m = 4 + 11,07m PT1 = PC1 + D1 = 91,07 + 84,51 = 175,58m = 8 + 15,58m PC 2 = PT1 + ( PI1 − PI 2 − T1 − T2 ) = 175,58 + (199,49 − 42,90 − 73,65) = 258,52m = 12 + 18,52m PT2 = PC 2 + D2 = 258,52 + 143,25 = 401,77m = 20 + 1,77m ( ) PF = PT2 + PI 2 − PF − T2 = 401,77 + (151,12 − 73,65) = 479,24m = 23 + 19,24m Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 20 10 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo - Concordância com curva circular • Manual de Serviços de consultoria para estudos e projetos rodoviários, DNER, 1978, v.2 Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 21 Exemplo - Concordância com curva circular • Em um traçado com curvas horizontais circulares, conforme a diretriz a seguir, e supondo que se queira manter os dois raios iguais, pergunta-se: • Qual o maior raio possível? • Qual o maior raio possível para manter um trecho em tangente entre o ponto 1 e o ponto 2 de 80 metros? AC1 = 40o AC2 = 28o Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 22 11 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo - Concordância com curva circular • Resolução letra a) • A tangente da curva aumenta proporcionalmente ao raio. • O maior raio possível será quando ocorrer a maior tangente no espaço disponível, 720,0m, ou seja, PT1 = PC 2 . T1 + T2 = 720 T1 AC1 = 40o PT1 = PC 2 PC1 T2 PT2 AC2 = 28o Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23 Exemplo - Concordância com curva circular • Resolução letra a) R tan 20 + R tan 14 = 720 T1 + T2 = 720 R = 1.173,98m Lembre-se do enunciado: os dois raios são iguais 40 2 28 T2 = R tan 2 T1 = R tan T1 + T2 = 720 T1 AC1 = 40o PC1 PT1 = PC 2 T2 PT2 AC2 = 28o Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 24 12 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 25 Exemplo - Concordância com curva circular • Resolução letra b) T1 + 80 + T2 = 720 R tan 20 + 80 + R tan 14 = 720 R = 1.043,54m Lembre-se do enunciado: os dois raios são iguais 40 2 28 T2 = R tan 2 T1 = R tan T1 + T2 + 80 = 720 T1 80 AC1 = 40o PC1 T2 PT1 PC 2 PT2 AC2 = 28o Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 26 13 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Grau de Curva • O grau de uma curva Gc para um determinada corda c é o ângulo central que corresponde à corda considerada. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 27 Grau de Curva • Traçando a bissetriz, e pegando o triângulo retângulo OPM, estabelece-se a relação: sen ( c Gc MP )= = 2 2 R R Gc = 2 arc sen ( c ) 2R • O grau de uma curva para uma dada corda c é uma forma alternativa de definir a geometria de uma curva circular. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 28 14 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Corda de uma curva • A corda é determinada pelo raio da curva conforme tabela do DNIT Raios de Curva (R) R <= 100,00m Corda Máxima (c) 5,00m 100,00m < R <= 600,00m 10,00m R > 600,00m 20,00m Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 29 Concordância com curva circular Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 30 15 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo - Grau da curva • Qual é o grau da curva da curva 1? Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 31 Exemplo - Grau da curva • Qual é o grau da curva da curva 1? • Pela tabela, deve-se usar corda igual a 10,00m, pois o raio é 200,00m Raios de Curva (R) R <= 100,00m Corda Máxima (c) 5,00m 100,00m < R <= 600,00m 10,00m R > 600,00m 20,00m Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 32 16 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo - Grau da curva • Pela fórmula: G10 = 2 arc sen ( c 10 ) = 2 arc sen ( ) = 2,86509 o = 2 o 51' 54" 2R 2 200 G10 = 2 o 51'54" • Pode-se dizer que a curva tem raio de 200,00m ou que tem grau G10 = 2 o 51'54" Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 33 Demarcação da curva em campo • A demarcação da curva em campo é denominada Locação do eixo. • Para demarcar os trechos em tangente, é relativamente fácil. • Consiste basicamente na medida de ângulos e de distâncias ao longo de alinhamentos retos • Para demarcar os trechos em curvas é mais complexo • Não dá para demarcar diretamente a curva no terreno com auxílio de algum compasso • Nem se conseguem visadas curvas ou marcação de distâncias curvas com os recursos da topográfia Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 34 17 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Locação por deflexões acumuladas Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 35 Locação por deflexões acumuladas • Na figura anterior, com o teodolito posicionado na tangente de referências, mede-se o ângulo de deflexão e as distâncias até o pontos. • Isso demarcará o ponto de cada corda. • Dá um precisão razoável nas locações reais, se respeitada a tabela anterior de limite da corda em função do raio Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 36 18 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Deflexões de uma curva circular • A deflexão dc de uma curva circular, para uma corda c, é ângulo formado entre essa corda e a tangente à curva em uma das extremidades da corda. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 37 Deflexões de uma curva circular • A deflexão é um ângulo orientado com origem na tangente • No caso da figura uma deflexão à direita • Sendo a tangente perpendicular ao raio e a bissetriz perpendicular à corda, o ângulo de deflexão resulta sempre igual à metade do ângulo central correspondente à corda. dc = 1 Gc 2 • Em projeto geométrico, dentro dos limites de raios e comprimento de corda apresentados na tabela, é permitido confundir o comprimento de uma corda com o comprimento do arco da curva correspondente. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 38 19 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo - Grau da curva • Qual a deflexão adotada para a curva 1? Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 39 Exemplo - Grau da curva • Qual a deflexão adotada para a curva 1? Do exemplo anterior: d10 = G10 = 2 o 51' '54 " 1 1 Gc = 2 o 51' 54" 2 2 d10 = 1o 25 ' 57 " Essa é a deflexão para fins de projeto e locação para uma curva de R=200,00m e uma corda de 10,00m Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 40 20 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Deflexão por metro • Na locação de uma curva circular pode haver a necessidade de determinar valores de deflexão da curva para arcos fracionários (não coincidentes com 5, 10 e 20 m). • Sendo dc a deflexão para uma corda c, o valor da deflexão por metro é dada por: dm = dc c dm = Gc 2c Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 41 Exemplo - Grau da curva • Qual a deflexão por metro adotada para a curva 1? Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 42 21 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo - Grau da curva • Qual a deflexão por metro adotada para a curva 1? Do exemplo anterior: dm = d10 = 1o 25 ' 57 " d10 1o 25 ' 57 " = c 10 " Essa é a deflexão de um metro d m = 0 o 08 ' 36 " para fins de projeto e locação para uma curva de R=200,00m e uma corda de 10,00m Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 43 Métodos de locação • Usa-se o processo de deflexões acumuladas. • Posiciona-se o teodolito no PC e toma-se a direção da tangente como referência ou origem para contagem das deflexões. • Dois métodos podem ser adotados • Estaca fracionária; • Estaca inteira. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 44 22 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Métodos de locação • Estaca fracionária • São marcados a partir do PC, as cordas; • Isto resulta em locação de pontos com estacas fracionárias; • Estaca inteira • A partir do PC marca-se uma corda que chegue na primeira estaca inteira • Isto resulta em locação de pontos com estacas inteiras Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 45 Métodos de Estaca fracionária Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 46 23 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Métodos de Estaca fracionária • Os pontos X, Y e Z correspondem a estacas inteiras de 10,00m • Corda de 10m, corda considerada igual ao arco • X = 5 + 1,07m; Y= 5 + 11,07m e Z= 6 + 1,07m • Deflexões • Em X (corda cx, ângulo central = G10): • dx=1/2 G10 =d10 • Em Y (corda cy, ângulo central = 2 G10): • dy=1/2 2 G10 = 2 d10 = dx + d10 • Em Z (corda cz, ângulo central = 3 G10): • dz=1/2 3 G10 = 3 d10 = dy + d10 Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 47 Métodos de Estaca fracionária • Na curva circular simples, as deflexões correspondentes a arcos sucessivos são cumulativos • Sem necessidade de determinar as cordas cy e cz • Têm-se, então: • dx = 1º25’57” • dy = 1º25’57” + 1º25’57” = 2º51’54” • dz = 2º51’54” + 1º25’57” = 4º17’51” • Ai é só usar o teodolito e a trena! Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 48 24 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Métodos de locação • Ângulo de deflexão fracionados não ocasionam nenhum problema aos cálculos das concordâncias em curvas. • No entanto, para a utilização prática com teodolitos, podem ocorrer erro e acumulo de erro na hora de lançar as cordas no terreno. • Assim, em vez de se usar deflexões com valores fracionados, usam-se raios com valores fracionados que deem deflexões inteiras. R= c 2 sen (d c ) R= c 2 sen ( Gc ) 2 Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 49 Exemplo - Raio Fracionário • Qual seria o raio fracionário para que a deflexão da curva 1 fosse inteira? Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 50 25 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo - Raio Fracionário • Qual seria o raio fracionário para que a deflexão da curva 1 fosse inteira? o ' " Do exemplo anterior: d10 = 1 25 57 o ' " Um valor inteiro para a deflexão pode ser: d10 = 1 20 00 Então o raio será: R = 10 = 214,88m 2 sen (1o 20 ' 00 " ) Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 51 Exemplo - Grau da curva • Qual a deflexão por metro adotada para a curva 1? Do exemplo anterior: dm = d10 = 1o 20 ' 00 " d 10 1o 20 ' 00 " = c 10 Essa é a deflexão de um metro d m = 0 o 08 ' 00 " para fins de projeto e locação para uma curva de R=214,88m e uma corda de 10,00m Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 52 26 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exercício 01 - Concordância com curva circular • No projeto de uma curva circular sabe-se que o PI está na estaca 148 + 5,60, a deflexão é 22º36’ e o raio é 600,0 metros. Assim, deseja-se calcular: • O comprimento das tangentes • O desenvolvimento • O grau da curva • As estacas do PC e do PT Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 53 Exercício 02 - Concordância com curva circular • Faça a locação da curva por estaca fracionária do exercício anterior, supondo a rodovia com esta única curva. • Lance em uma tabela cada estaca (começando pelo PC), sua deflexão simples e a deflexão acumulada • Supondo ainda uma tangente de 900,00m a partir do PT da curva, qual seria a estaca do PF da rodovia? Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 54 27 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exercício 03 - Concordância com curva circular • Para o traçado abaixo com curvas circulares, determinar qual a estaca do PC de cada curva, a estaca do PT de cada curva e o ponto final. R1 = 1.200,0 m Deflexão: 46º PF R2 = 1.600,0 m Deflexão: 30º PP=0 Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 55 Exercício 04 - Concordância com curva circular • Calcule a distância entre os PIs da curva 1 e da curva 2 da poligonal abaixo. Curva 1 Deflexão: 36º PF Curva 2 Deflexão: 48º PP Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 56 28 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 Exemplo 05 - Raio Fracionário • Qual seria o raio fracionário para que a deflexão da curva 1 e da curva 2 fossem inteiras? • Com os novos raios fracionários recalcule os PCs, PTs e o PF para a poligonal abaixo. • Qual a diferença total de comprimento da estrada projetada com raios fracionários da calculada com raios inteiros? Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 57 Exercício 06 - Cálculo de Superlargura e Superelevação • Em um projeto, tem-se uma curva com duas faixas, com raio de 200,00m, em relevo ondulado, na classe III do DNIT. Considerando veículo tipo CO e largura de faixa igual a 3,40m. Deseja-se saber qual o valor de superlargura e da superelevação a ser adotado. Obs.: Calcule o raio mínimo pela tabela e pela fórmula. Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa 58 29