Toxicidade de extratos vegetais contra formigas cortadeiras Atta sexdens (Hymenoptera: Formicidae) Juara R.C. Santos1; Juliana.C. Santos1; Giovanna C. Gajo2, Denilson F. Oliveira²; Ronald Zanetti1 1 Universidade Federal de Lavras – UFLA, Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Entomologia. Caixa Postal 3037, CEP 37200-000, [email protected];² Universidade Federal de Lavras – UFLA, Programa de Pós-Graduação em Agroquimica. Caixa Postal 3037, CEP 37200-000. Formigas cortadeiras do gênero Atta e Acromyrmex são herbívoros generalistas e importantes pragas em toda a região neotropical. O inseticida mais utilizado no seu controle é a sulfluramida. No entanto, devido à sua toxicidade, ela é alvo de restrição de uso, por isso é necessário desenvolver novos produtos para o controle destas formigas. Objetivou-se avaliar em laboratório a toxicidade de extratos botânicos, oferecidos via ingestão às operárias de Atta sexdens e classificá-los quanto a sua ação inseticida segundo protocolo da IN42/2011. Utilizou-se operárias retiradas dos mesmos ninhos, cujas massas variaram entre 10 e 20 mg. Os experimentos consistiram de extratos vegetais de cinco espécies de plantas e de duas testemunhas, uma sem e outra com o ingrediente ativo sulfluramida (0,3%). Avaliaram-se os extratos vegetais de Croton urucuana, Eugenia handroana, Gmnanthes concolor, Siparuna guianensis (folha) e Trichilia catigua (casca). Para cada tratamento foram utilizadas seis repetições, sendo cada uma composta por 20 formigas por placa de Petri. Avaliaram-se três concentrações dos extratos vegetais (200, 400 e 600 mg do extrato vegetal por grama de polpa cítrica). Antes da aplicação, as formulações foram finalizadas com a adição de solução de sacarose a 10% (g/mL), até que fosse obtida uma pasta homogênea (± 20 mL). A aplicação dos tratamentos foi feita através da adição de 2 g da formulação por placa. Estas formulações foram removidas depois de 24 horas, e foi acrescida dieta artificial. A mortalidade das formigas foi avaliada no 1o, 2o, 3o, 5o, 7o, 9o, 11o, 13o, 15o, 17o, 19o e 21o dias depois da aplicação. Os dados foram submetidos à análise de sobrevivência, usando a distribuição de Weibull. C. urucuana enquadrou-se na classe III, com ação retardada na concentração de 600 mg/g com mortalidade de 8,50% em 24 horas e 93,21% em 21 dias. E. handroana e T. catigua foram pertencentes a classe IV, pois apresentaram ação retardada em duas concentrações, com mortalidade menor que 15% em 24 horas e maior que 90% em 21 dias. Já G. concolor e S. guianensis não apresentaram potencial formicida. Palavras-chave: Formiga, Extrato vegetal, Controle químico. Apoio/financiamento: CNPq; FAPEMIG.