Administração de Recursos de
Curto e Longo Prazo – 5ª aula
ARECA04 –22/04
Índices & Correção
monetária.
Índices & Correção Monetária
.
Basicamente os índices econômicos representam
variações periódicas entre dados e/ou informações
sinalizadoras de tendências de um sistema econômico
de um país, região, estado e até mesmo de produtos
ou grupo de produtos.
Os índices econômicos são fundamentais tanto para
propiciar uma melhor compreensão da situação
presente bem como a projeção das tendências de
curto prazo da economia, quanto para subsidiar o
processo de tomada de decisões estratégicas
governamentais e de empresas e consumidores.
+Índices & Correção Monetária
.
A INFLAÇÃO
A inflação é a elevação generalizada e permanente dos
níveis de preços do sistema econômico, resultando em
deterioração do poder aquisitivo da moeda e
depreciação dos valores dos ativos.
Para o cumprimento da tarefa de aferir estas alterações
de preços, existem diversos índices que procuram medir
a inflação em toda a cadeia de produção e de
comercialização, ou em partes relevantes da mesma.
Os índices de preços mais importantes do país são
aqueles produzidos pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV), pelo IBGE e pela Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo
(FIPE-USP).
+Índices & Correção Monetária
.
Principais índices:
Índices da FGV
Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)
Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M)
Índices do IBGE
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
Índice da FIPE
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
+Índices & Correção Monetária
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Acumulação de índices – IGPM
Índice do mês
Índice no ano
Número Índice
(em %)
(em %)
>Jan/93
out/10
1,01
8,979
1.060,82
set/10
1,15
7,8893
1.050,21
ago/10
0,77
6,6627
1.038,27
jul/10
0,15
5,8476
1.030,33
jun/10
0,85
5,6891
1.028,79
mai/10
1,19
4,7983
1.020,12
abr/10
0,77
3,5659
1.008,12
mar/10
0,94
2,7745
1.000,42
fev/10
1,18
1,8174
991,104
jan/10
0,63
0,63
979,545
+Índices & Correção Monetária
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Atualizações por índices:
Para atualizações por índices procedemos da seguinte
maneira:
- Atualizar o valor de R$10.000,00 pelo IGPM do mês de
outubro de 2010, que foi de 1,01%.
-Atualizar o valor de R$12.346,00 pelos IGPMs dos
meses de agosto a outubro de 2010, que foram
respectivamente 0,77%, 1,15 e 1,01%.
-Atualizar o valor de R$23.450,00 pelo IGPM
acumulado no ano de 2010 (até outubro).
10.101,00
12.711,24
25.555,57
+Índices & Correção Monetária
.
Atualizações por índices: (20:00min)
1) Qual o índice do IGP-M, acumulado por um ano a partir de
junho de 2009?
2) Qual o índice do IGP-M, acumulado por um ano a partir de
março de 2010?
3) Qual o índice acumulado do IGP-M, de julho de 2009 a julho
de 2011?
4) Qual o resultado da atualização do valor de R$143.567,89,
pelo IGP-M, entre abril de 2009 e janeiro de 2012?
5) Atualizar o valor de R$345.232,56 pelo IGP-M de janeiro de
2011 a janeiro de 2012.
6) Meu contrato de aluguel prevê atualização pelo IGP-M, todo
mês de março, quais foram as últimas 3 atualizações que
tive?
+Índices & Correção Monetária
.
Atualizações por índices: (20:00min)
1- Qual a variação ocorrida no IGPM no ano de 2011?
2- Qual a variação ocorrida no IGPM entre maio de 2010 e maio
de 2011?
3- A empresa X têm um contrato de prestação de serviços, que
prevê atualização anual pelo IGPM. Este Contrato foi assinado
em setembro de 2010, o valor mensal das parcelas originais são
de R$4.4756,00, qual o valor destas parcelas em abril de 2012?
4- Qual a variação acumulada do IGPM entre março de 2011 e
março de 2012?
5- Fiz uma aplicação de risco no mercado financeiro (ações,
derivativos, etc) em março de 2009, por três anos, o valor
aplicado foi de R$100.000,00 e o valor do resgate foi de
R$139.000,00, Ganhei R$39.000,00! Foi um excelente negócio
não foi?
+Índices & Correção Monetária
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Atualizações por índices: (15:00min)
6- Qual foi a variação do IGPM em 2010?
7- Com 6% de juro ao ano, caso eu tivesse feito uma aplicação
indexada ao IGPM, qual teria sido o meu ganho em 2010? E qual
a taxa ao mês (Juro+IGPM)?
ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES
Os estoques têm grande importância dentro do grupo do
ativo circulante. Apesar da moderna administração dos
estoques, pela aplicação contínua da logística, eles
representam volumes consideráveis entre as demais
contas do ativo circulante.
Três situações são fundamentais na administração dos
estoques:
1- Quanto e quando comprar;
2- Quanto e quando produzir;
3- Quais os itens que merecem maiores cuidados.
ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES - 2
Controles estatísticos e informações instantâneas são
pontos básicos para que tenhamos uma boa
administração dos estoques. Uma gestão eficiente de
estoques implica em manter o menor volume possível de
recursos financeiros neste ativo. Os erros mais comuns
que podem ser encontrados na administração dos
estoques são:
- Compra maior do que o necessário;
- Compra feita no tempo errado;
- Compra sem conhecimento da produção;
- Armazenagem deficiente;
- Seguros de valor inadequado e
- Desuso e obsolescência.
CAPITAL DE GIRO
Vários estudos sinalizam inúmeras opções a fim de obtermos
o valor adequado da necessidade de capital de giro.
Em uma análise do capital de giro é importante darmos
atenção especial às contas: Duplicatas a Receber e
Estoques.
Existem basicamente dois ciclos existentes para o capital de
giro, são eles:
- Ciclo operacional, que é o tempo decorrente desde a compra
da matéria-prima ou as mercadorias para revenda, passando
pela venda dos produtos, até o recebimento desta venda.
- Ciclo financeiro, que é o tempo decorrente entre todas as
movimentações de caixa. Abrange todo o período
compreendido desde a compra dos estoques e vai até o
período do recebimento das vendas.
DECISÕES DE FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO
As empresas dispõem de fontes internas e fontes externas
de recursos financeiros para financiamentos de suas
atividades.
Como exemplos de fontes internas podemos mencionar: o
aporte de capital pelos sócios, o planejamento adequado
do pagamento do impostos, venda de ativo fixo pertencente
ao ativo permanente (Lease back), alienação de parte do
controle do negócio, fusão, aquisição de outras empresas
onde a sinergia seja comprovada.
Já as fontes externas propriamente ditas compreendem
basicamente os recursos de terceiros, como por exemplo:
Debêntures, ações, commercial papers, empréstimos
bancários, empréstimos externos, obtenção de recursos
com fornecedores, etc.
DECISÕES DE FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO - 2
Debêntures:
As debêntures são uma alternativa para a obtenção de
recursos financeiros de longo prazo. Os investidores que
adquirem as debêntures recebem uma taxa de juros fixa ou
variável sobre o valor emprestado, além de dividendos. As
debêntures podem ou não serem conversíveis em ações.
As debêntures são emitidas necessariamente por
sociedades anônimas e podem ser oferecidas de forma
direta ou através de oferta pública. Na forma direta
normalmente é feita a um comprador ou grupo de
compradores, formado geralmente por instituições
financeiras ou fundos de pensão. Na oferta pública é feita
pelo sistema eletrônico da bovespa.
DECISÕES DE FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO - 3
Ações:
As ações compreendem as menores frações do capital de
uma empresa. Constituem um investimento de prazo
indeterminado e de renda variável. Representam um título
de propriedade, caracterizado por um certificado de
propriedade que confere ao seu possuidor uma parcela de
participação no controle e nos lucros da empresa, bem
como em suas obrigações. Este título deve ser emitido
necessariamente por uma sociedade anônima. Confere ao
seu possuidor o direito de rendimentos periódicos de
dividendos.
DECISÕES DE FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO - 4
Commercial Paper:
O Commercial Paper é uma nota promissória emitida por
uma empresa no mercado externo, ou seja, no mercado
distinto daquele da sede do empreendimento. Trata-se de
uma modalidade de captação de recursos no exterior para
atender a necessidades financeiras específicas de uma
empresa, tais como uma expansão, aquisição de novas
máquinas, etc. Os papéis têm prazo de emissão de 30 a
180 dias, no caso de companhias fechadas e de 30 até 360
dias no caso de companhias abertas. Os títulos são
mantidos em custódia em nome de seus titulares junto ao
banco emissor, com emissão de recibos de aplicação.
DECISÕES DE FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO - 5
Financiamentos de ativos fixo:
Como já vimos anteriormente existem várias modalidades
para financiamento de ativo fixo, relembrando então:
- Leasing ou arrendamento mercantil;
- Leasing operacional;
- Lease back;
- Financiamentos bancários;
- Financiamentos com bancos de desenvolvimento;
- Financiamentos com agências de fomento, etc.
TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO
SPREAD BANCÁRIO
RISCO
CONCEITOS RELEVANTES DE RISCO
Risco é uma conseqüência da decisão livre e consciente
de expor-se a uma situação na qual se têm um objetivo
mas porém havendo a possibilidade de perda.
Risco financeiro é uma conseqüência da decisão livre e
consciente de expor-se a uma situação na qual há a
expectativa de ganho sabendo-se que há a possibilidade
de perda ou dano.
Logo, a incerteza é um componente necessário mas não
suficiente para o conceito de risco financeiro.
GESTÃO DO RISCO
A gestão do risco consiste em obter
informações adequadas para conhecer
melhor a situação de risco e/ou intervir nela,
tendo como resultado a melhoria da
qualidade das decisões nesta situação, com
possibilidade de perda ou dano.
Os componentes da perda potencial devem
portanto serem identificados e analisados.
TIPOS DE RISCO
Há vários tipos de risco a serem considerados,
os principais são:
- Risco de crédito;
- Risco cambial;
- Risco de mercado;
- Risco de liquidez;
- Risco Legal;
- Risco Operacional;
- Risco Trabalhista; etc
RISCO DE CRÉDITO
Cuida dos empréstimos de um modo geral.
Quando você paga juros para um banco
significa que o banco lhe emprestou dinheiro, ou
seja, o banco investiu em você ou em sua
empresa. Isto pode ocorrer quando você usa o
cheque especial, desconta duplicatas, desconta
cheques, faz um financiamento, etc. Ou mesmo
quando você concede crédito a uma empresa
na medida em que da prazos para pagamentos.
RISCO CAMBIAL
Cuida da relação entre as moedas dos países. Muitos
países adotaram o dólar para comparar com a sua
moeda, Assim, quando um negócio é feito entre dois
países o dólar é a base cambial. No Brasil quem pode ter
conta em dólares é só o Banco Central e alguns bancos
autorizados. Além dos bancos, quem negocia com
dólares são: os importadores - que precisam comprar
dólares para pagar suas compras; os exportadores - que
recebem dólares, vendem aos bancos e ficam com reais
e os investidores estrangeiros: que trazem dólares para
investir, trocam por reais e quando vão embora compram
dólares novamente.
RISCO DE MERCADO
Refere-se às empresas que têm Capital Aberto, que
são as Sociedades Anônimas. Empresa de Capital
Aberto significa que qualquer pessoa pode ser sócia
daquela empresa, desde que compre partes da
empresa - que chamamos ações. As negociações das
ações são feitas na bolsa de valores onde o preço é
público, assim todos podem comprar pelo mesmo preço
que é definido pela oferta e procura.
RISCO DE LIQUIDEZ
Problemas relativos à Liquidez no mercado
financeiro, provocados, por exemplo: a
rumores de dificuldades de um ou mais
bancos de honrarem seus compromissos
ou até mesmo devido a quebra de um ou
mais bancos.
RISCO LEGAL
Mudanças nas leis que regem determinados negócios
podem ter reflexos diretos nas suas rentabilidades.
Exemplo:
1- A limitação ou a proibição da utilização de um
determinado indexador sobre alguns tipos de operações
podem provocar perdas significativas.
2- A alteração da legislação relativa a utilização de
outdoors em São Paulo, provocou fortes prejuízos nas
empresa do setor, bem como para fornecedores deste
segmento.
RISCO OPERACIONAL
- Ausência de controles adequados na
empresa;
- Ausência de informações relevantes ao
negócio;
- Ausência de tempo, por exemplo: o mal
planejamento, ter provocado atrasos na
entregar de pedidos dentro do prazo,
desencadeando multas e mais custos à
operação.
RISCO TRABALHISTA
- Greve;
- Contingência Legal (ações trabalhistas);
- Fraude.
PRINCIPAIS OPERAÇÕES
DE
CRÉDITO A EMPRESAS
FINANCIAMENTOS DE CURTO PRAZO
- Crédito Bancário (Desconto de duplicata, Hot
Money, etc);
- Empréstimos de curto prazo;
- Empréstimos em Conta Corrente;
- Capital de Giro;
- Factoring;
- Credito por assinatura (Aval bancário, fiança ou
garantia bancária);
- Papel Comercial (Comercial Paper) (Desconto de
Títulos de dívidas emitidos por empresas)
- Financiamento garantido por estoque;
FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZO
- Empréstimos bancários de médio e longo prazos;
- FINAME;
- Leasing;
- Crédito Direto ao Consumidor - CDC;
- Capitais alheios estáveis (Recursos de sócios);
- Debêntures;
- Emissão de Ações;
- Cessão de Ativos;
- Linhas de créditos no BNDES (Além do FINAME).
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