277 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO INSTITUTIONALIZATION APPROACH UNDER THE PERSPECTIVE OF ELDERLY Adriane Aparecida BETINI * Eliana de Fátima Catussi PINHEIRO ** João Lopes TOLEDO NETO *** Elisangela PINAFO **** Lara Camila BARBOSA ***** __________________________________________ * Graduada do Curso de Enfermagem pela Universidade Estadual do Norte do Paraná, UENP/CLM, Bandeirantes-PR. ** Docente. Mestre em Educação do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Norte do Paraná, UENP/CLM, Bandeirantes – PR. *** Docente. Doutor em Anatomia Humana, Cirurgia e Traumatologia BMF pela Universidade de Marília. **** Docente. Mestre em Saúde Coletiva do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Norte do Paraná, UENP/CLM, Bandeirantes – PR. ***** Especialista em docência do ensino superior e Enfermeira da Estratégia Saúde da Família na Prefeitura Municipal de Congonhinhas – PR. BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 278 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO RESUMO A Institucionalização é o começo de uma nova expectativa de vida para os idosos, fazendo parte de um processo podendo ser caracterizado pela perda da liberdade, abandono familiar ou simplesmente exclusão da sociedade, encontrando ali um refúgio, ou até mesmo sua última opção de vida. O estudo buscou avaliar percepções de idosos sob a Institucionalização, considerando o cotidiano na Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), identificando o perfil dos mesmos, analisando a vivência da Institucionalização segundo suas opiniões e sentimentos que fazem parte de sua vivência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de entrevista semi-estruturada, desenvolvida com idosos em uma ILPI, localizada em município de pequeno porte no norte do Paraná. O universo foi de idosos indicados pela equipe multiprofissional, tendo como critério de inclusão aqueles que estivessem aptos para falar sobre sua institucionalização. Os resultados mostraram que chegaram à instituição por diversos motivos sendo uma destas opções da família ou do próprio idoso. A rotina que se faz presente no local é praticamente a mesma para todos, sem alternativas, fazendo-os levar uma vida de mesmice e monotonía e, os idosos referem sentir muita falta do afeto familiar que é quase nulo, assim como a indiferença por expectativas e projetos de vida. A sociedade precisa ter responsabilidades com as pessoas mais velhas, políticas públicas precisam ser colocadas em prática garantindo qualidade aos anos de vida acrescentados pelo aumento da expectativa de vida. A enfermagem juntamente a equipe multiprofissional das ILPI tem papel primordial no desenvolvimento de ações que melhorem e garantam direitos e dignidade para a existência de seus idosos. ABSTRACT Institutionalization is the beginning of a new life expectancy for the elderly as part of a process that can be characterized by the loss of freedom, family abandonment or simply exclusion from society, finding a refuge there, or even your last life choice. The study aimed to evaluate perceptions of institutionalization in the elderly, whereas in everyday Institution for the Aged (LTCF), identifying the profile of same, analyzing the experience of institutionalization according to their opinions and feelings that are part of their experience. This is a qualitative research conducted through semi-structured interviews conducted with elderly people in a LTCF, located in a small city in northern Paraná, the universe was composed of seniors indicated by the multidisciplinary team and scored as criterion including those who were able to talk about their institutionalization. Results showed that the elderly come to the institution for various reasons and one of these options or family of the elderly, the routine that is present on site is virtually the same for everyone without alternatives, making them lead a life of sameness and monotony, the elderly relate really miss the family affection that is almost nil, and the indifference to expectations and life plans. Society needs to have responsibilities to older people, public policies for older people need to be put in place to ensure quality years of life added by the increase in life expectancy. Nursing along a multidisciplinary team of LTCF has key role in BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 279 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO developing actions to improve and guarantee the rights and dignity for the existence of their elderly. UNITERMOS: Idoso; Institucionalização; Enfermagem; Saúde do idoso. UNITERMS: Elderly; Institutionalization; Nursing; Health of Elderly. INTRODUÇÃO A Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) - é definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como sendo instituições governamentais ou não, de caráter residencial, destinada à domicilio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania (WATANABE; DI GIOVANNI, 2009). Para as pessoas que são admitidas nestes locais é o começo de uma nova expectativa de vida. Geralmente há uma ruptura de seus vínculos afetivos e sociais passando a conviver em uma determinada comunidade, fazendo parte de um processo que pode ser caracterizado pela perda da liberdade, aproximação da morte, abandono familiar ou simplesmente exclusão da sociedade, encontrando na ILPI um refúgio (SOUZA, 2003 e ALCÂNTARA, 2004). Cuidado que se apresenta de forma inadequada ou mesmo inexistente, é observado em situações nas quais os membros da família estão despreparados ou sobrecarregados por tal responsabilidade, podendo acarretar modificações na qualidade de vida dos idosos (CALDAS, 2002). Portanto, é necessário considerar que, embora a legislação e as políticas públicas afirmem e a própria sociedade acredite que os idosos devam ser cuidados pela família, não se pode garantir que a mesma prestará um cuidado correspondente às necessidades do idoso (CALDAS, 2003). Foram identificadas 3.549 instituições no Brasil, por meio de diversas fontes e, nestas ILPI residem cerca de 84 mil idosos, representando menos de 1% da população idosa brasileira (CAMARANO; KANSO, 2010). Parece pouco, mais existe e, sendo assim, a rede de assistência à saúde e o cuidado devem sempre estar presentes para que este lugar deixe de ser um simples abrigo, passando a ser um local onde seus moradores tenham qualidade de vida. Levando em conta as peculiaridades e demandas dos idosos, a enfermagem poderá atuar em diversas vertentes, buscando estratégias voltadas para a melhoria dos cuidados da própria enfermagem oferecidos nas instituições, de forma a respeitar a história de vida, valores e os hábitos culturais das pessoas envolvidas que influenciam em sua qualidade de vida (REIS; CEOLIM, 2007). O estudo buscou avaliar percepções sobre a institucionalização, considerando seu cotidiano em uma ILPI, identificando o perfil dos mesmos, analisando a vivência no local segundo suas opiniões e identificando os sentimentos que fazem parte. Levando em consideração a importância dos aspectos que envolvem sua saúde, é que surge a necessidade de considerar dificuldades e premências sentidas, permitindo sugerir possibilidades que contribuam para melhorar sua qualidade de vida. BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 280 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO REVISTA DA LITERATURA Contextualizando o idoso na sociedade Envelhecer é um processo natural, caracterizando uma etapa da vida do homem, que ocorre por mudanças físicas, psicológicas e sociais acometendo de forma particular cada indivíduo com sobrevida prolongada (MENDES, 2005). Atualmente, a temática do idoso vem ganhando destaque na sociedade contemporânea, fato este ligado ao aumento expressivo desta população, que apresenta mais problemas relacionados à saúde em relação ao restante da população, em virtude do processo natural do envelhecimento humano (GUERRA; CALDAS, 2010). A sociedade vem se organizando de modo que um número significativo de entidades buscam reivindicar e lutar pelos direitos dos idosos, através da execução das leis que já estão em vigor no país, além de medidas que auxiliem ou mesmo proíbam que os velhos sejam expostos a negligência, abusos, maus tratos e quaisquer tipos de agressão, sejam elas de ordem física, psicológica ou moral, infelizmente ainda presentes na realidade de alguns idosos (LUZ; CARMO, 2009). Dimensão humana e o processo de envelhecimento O processo de envelhecimento pode ser identificado por todas as transformações ocorridas em um organismo ao longo de seu desenvolvimento natural e, nas diversas formas de atividades que o acompanham (SANTOS, 2003 e SOUZA, 2007). O outro sempre é visto como velho, a revelação da idade vem através dos outros, também, referindo que, mesmo enfraquecido, empobrecido no seu tempo, o idoso permanece sempre, o mesmo ser humano como qualquer outra pessoa (BEAUVOIR, 1990). O envelhecimento populacional é uma das modificações mais significantes na estrutura da população reconhecida mundialmente. E, neste contexto, várias vertentes começam a ser estudadas, assim como se observa que o envelhecimento está possuindo um caráter feminilizado, pois, desde a década de quarenta, o número absoluto de mulheres idosas é maior, quando comparado ao de homens idosos (LEITE, 2002). Outro aspecto relevante é o grau de escolaridade, que na população brasileira envelhecida se mostra uma situação mais difícil e intensificada, pois, levando em conta aqueles que conseguiram chegar às escolas, apenas 50% deles completaram o curso primário. Tal situação apresentada acaba resultando em uma dificuldade de acesso à melhor qualidade de vida ao idoso, sobretudo quando se considera o fato de que a escolaridade é um ponto chave para a diminuição das desigualdades e manutenção da saúde (LEITE, 2002). A saúde é uma das questões norteadoras para aqueles que estão em processo de envelhecimento, muitas vezes porque não sabem ao certo o que está acontecendo com seu corpo e, quais os agravos que podem ocorrer. Em decorrência disso, há uma dificuldade dos profissionais em relação à assistência, pois nem sempre eles têm conhecimento do seu histórico de vida, de sua situação na sociedade e, de possíveis reações BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 281 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO orgânicas e psíquicas, gerando complexidade para distinção do que é uma patologia daquilo que faz parte do próprio processo de envelhecimento (LEITE, 2002). Afetividade e Relacionamento Os idosos, assim como qualquer pessoa de outra faixa etária, possuem uma ampla gama de necessidades e, algumas delas podem ser facilmente satisfeitas e, outras requerem um olhar para a velhice. O idoso geralmente vive passando por várias fases onde tem que se adaptar, contudo isso se faz de forma menos agressiva e, se estiver confiante, satisfeito, com controle emocional estável, pode enfrentar as situações mais firmemente, conseguindo manter uma boa adaptação com as diversidades que os rodeiam (MENDES, 2005). As atividades em grupo constituem uma alternativa muito eficiente para manter o idoso integrado socialmente, promovendo sentimento de capacidade, controle, sensação de utilidade, consequentemente garante a preservação de sua autoestima, todavia nada acontece se não houver a vontade de participar partindo do idoso, que às vezes por várias circunstâncias se fecha para a sociedade e, também, para si mesmo (MENDES, 2005). Família e o processo de envelhecimento Em uma sociedade onde a expectativa de vida está se expandindo, é notável diferentes situações nas relações familiares, onde muitas vezes os membros da família não têm maior preparação para lidarem com a singularidade dos casos. O cuidado aos mais velhos é atribuído, ao longo da história, aos seus descendentes que têm como responsabilidade satisfazer suas necessidades, físicas, psíquicas ou sociais (ALCÂNTARA, 2004). No entanto, perante as transformações ocorridas na sociedade, estas atribuições muitas vezes vêm deixando de se fazer presentes. A permanência dos idosos junto aos seus familiares na atualidade sofre interferência de uma série de fatores, alguns deles podendo ser apontados como os conflitos geracionais, onde netos, noras ou até mesmo os próprios filhos não conseguem conviver em harmonia com o idoso. O agravamento da pobreza em alguns locais faz com que a família opte por institucionalizar o idoso sendo a alternativa mais conveniente, assim como a intensidade dos laços familiares no decorrer de suas vidas ou o rompimento deles. Acontece em decorrência do diferente modo de pensar do idoso e os mais novos, facilitando a separação, pois durante a vida os familiares podem não ter construído vínculos que garantam o cuidado com seu idoso (ESPITIA; MARTINS, 2006). É possível observar designadamente quais as determinações das políticas públicas relacionadas ao processo de envelhecimento, porém, existem diversos fatores que fazem parte deste contexto que ainda estão distante da realidade. Há de se considerar que o envelhecimento vem acontecendo de forma rápida, principalmente nos países em desenvolvimento, o que demandará certo tempo para implementação destas BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 282 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO políticas ressaltando, porém, que não haverá um tempo disponível para o planejamento. As necessidades já estão acontecendo e, será preciso garantir aos mais velhos a dignidade almejada pelo ser humano, no sentido de preservar sua existência nesta fase de vida (CARVALHO, 2011). Vivências em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos Na década de 1960, quando se iniciou a Organização da Sociedade Brasileira de Geriatria, começaram a surgir as primeiras clínicas geriátricas e casas de repouso, não filantrópicas. Ao passar dos anos a institucionalização da velhice acabou deixando de ser uma prática filantrópica, se transformando em uma fonte de renda, um lugar onde os idosos tinham sim cuidados, mas pagavam caro por eles, por conta do aumento desta população necessitada de maiores cuidados que não poderiam mais vir de seus familiares (ALCÂNTARA, 2004). O aumento da institucionalização de idosos chama a atenção na sociedade, levando ao pensamento das condições em que eles se encontram e, que os levam a residir nestes locais. Surgem diversos pontos positivos e negativos perante a situação de morar em uma ILPI, no entanto os negativos ainda se sobressaem e, necessitam de uma atenção redobrada por parte dos funcionários do local principalmente, assim também como dos familiares. Estas instituições oferecem aos moradores um espaço onde há a construção de novas e diferentes relações entre outros idosos, porém lá eles devem respeitar e seguir as normas e regras que lhe são impostas (SILVA et al., 2009). O profissional enfermeiro e a institucionalização de idosos A assistência de enfermagem ao idoso nos tempos atuais, muitas vezes ainda se mostra inadequada. O processo de envelhecer e a importância de uma atenção especializada e diferenciada muitas vezes não são levados em consideração e, este tema acaba sendo abordado de forma sistematizada nas disciplinas que dizem respeito à saúde do adulto. Desta forma, faz-se imprescindível a capacitação dos futuros trabalhadores da enfermagem, por meio de programas de treinamento específicos para o cuidado ao idoso (SILVA et al., 2009). No cuidado ao idoso institucionalizado o processo de enfermagem é uma grande ferramenta adequada à realidade imposta pela devida condição, por conta da necessidade de ações rápidas e seguras, principalmente nas necessidades humanas básicas, promovendo um diferencial na adaptação do indivíduo e no ambiente institucional (BERGAMO et al., 2009). O processo de cuidar torna-se mais eficaz à medida que o profissional se envolve no universo dos indivíduos. Com o intuito de assegurar a continuidade da vida dos sujeitos, os cuidados profissionais dispensados não devem ser relegados para segundo plano, os profissionais devem abrir espaço para que o idoso possa verbalizar suas experiências. BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 283 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO As informações que os idosos transportam precisam ser sistemática e deliberadamente estudadas, além de intencionalmente utilizadas para poder abrir novos leques no conhecimento sobre esta fase da vida tão valiosa (LENARDT et al., 2006). METODOLOGIA O presente estudo foi desenvolvido com os idosos de uma ILPI localizada em um Município de pequeno porte, situado no Norte do Paraná, conforme autorização que foi encaminhada ao presidente da instituição e, trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória de natureza qualitativa. Para composição da amostra, foi solicitada a ajuda da Enfermeira responsável pela ILPI, chegando ao total de oito idosos de ambos os gêneros que aceitaram participar da pesquisa. Para sua participação foi necessária à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido por parte dos idosos para sua ciência e autorização. Aos não alfabetizados o termo foi lido na presença de um representante do asilo e posteriormente digitalizado por seu polegar. Em relação à ética, a pesquisa encontra-se de acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que dita às normas e procedimentos de pesquisas envolvendo seres humanos, além de ser aprovada pela Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Norte do Paraná campus Luiz Meneguel, sob o n°007/12, parecer n° 008/2012. RESULTADOS E DISCUSSÃO A relação da idade dos idosos participantes do estudo foi de 63% com idade entre 60 e 70 anos. Considerado idoso, de acordo com o Estatuto do Idoso, aquele com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos e, tal faixa etária teria condições de estarem inclusos na sociedade de diversas maneiras desde que houvesse oportunidades de inserção (BRASIL, 2003). O gênero feminino dos entrevistados foi representado por 37% do total, visto que na sociedade atual a população idosa está se feminilizando cada vez mais e, talvez por conta do laço constituído no seio familiar facilite sua permanência em seus domicílios. Existe também a possibilidade de cuidarem da casa e de seus netos enquanto o restante da família sai para trabalhar (CAMARANO, 2003). Em relação ao estado civil a predominância é de idosos solteiros, somando 62,5 % dos entrevistados e, portanto não constituíram família com mulher (marido) e filhos. Quando questionados sobre sua renda mensal, todos são aposentados e a maioria dos idosos relatou receber apenas um salário mínimo, referindo não ter contato algum com a renda, que fica sob responsabilidade da ILPI como forma de pagamento e para manutenção do local. Da composição da amostra notou-se que 75% dos idosos possuem ensino fundamental incompleto, ou seja, em sua maioria os idosos entrevistados possuem baixa escolaridade. O idoso, ao entrar para uma instituição, geralmente é levado a um mundo à parte, onde está propenso a perder sua individualidade, aos BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 284 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO poucos pode ir entrando num processo de isolamento e consequentemente até mesmo o deixar de “existir”. Muitos deles negam-se as possibilidades que poderiam ser alcançadas na instituição, assim como novas atividades, já que estão vivendo num mundo sem significado pessoal (LIMA, 2004). “[...] Ah... É minha sina. Eu tenho que cumprir uma sina aqui no asilo, e se é a sina da gente não tem se gosta ou se não [...]” (D. F.A.O 64 anos). A sensação percebida no dia a dia das ILPI é de um lugar onde o tempo estagnou, as horas não passam e, existe uma situação de “rotina diária” nas diferentes horas do dia. Uma das explicações dadas para a institucionalização é a baixa renda dos idosos, sendo que isto gera vários outros conflitos sequentes, pois em determinada fase da vida, mais frequente na terceira idade, existem aqueles que se tornam dependentes de ajuda de outros para suas AVD (atividades de vida diária). No entanto, muitas vezes, não possuem condições para se sustentarem e contratarem um cuidador e, tendo a consciência de que a família não dispõe de meios para seus cuidados suficientes acabam aceitando ou mesmo optando por tal fato (KARSCH, 2003), como no seguinte relato: “[...] Eu não podia morar com a minha mãe porque ela não tinha condições de cuidar de mim, a me carregar com a cadeira de rodas, tinha muitos degraus então daí eu fui obrigado a vir pra cá [...]” (Sr. V.S. E, 61 anos). A instituição conta com a oferta de uma equipe multiprofissional incluindo os serviços de um fisioterapeuta, sendo uma das únicas distrações citadas pelos entrevistados em relação às atividades que desempenham dentro da ILPI. “[...] Fico ate 11 horas deitado, daí levanto pra almoçar, daí eu saio um pouquinho e vou fazer exercícios com o fisioterapeuta... Todos os dias eu faço exercícios com ele, por meia hora [...]” (Sr. V. S. E, 61 anos). Nota-se em quase todos os relatos que a fisioterapia é uma das únicas distrações proporcionadas na ILPI e, outras estratégias poderiam ser implantadas com apoio de diversos setores, tais como a educação, esporte, cultural, entre outros. Seria possível citar uma variedade de parcerias, porém, faz-se necessário que a instituição aceite e acampe novas propostas tendo como entendimento que este tipo de trabalho poderia vir a contribuir. Outra distração citada pelos entrevistados é relacionada com a religião: “[...] E eu também não perco nenhuma missa, eu tenho muita fé [...]” (Sr. A. R, 84 anos). Em certas situações, principalmente dentro de uma ILPI a religiosidade começa a ser utilizada como estratégia para o enfrentamento das grandes mudanças ocorridas na vida do indivíduo, o que poderá torná-lo mais resistente a certas doenças emocionais. Cabe à equipe multiprofissional da instituição reconhecer as necessidades destes idosos, buscando, por exemplo, oportunizar espiritualidade para o local, sendo que é BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 285 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO o meio onde se consegue maior aceitação deles para estar participando (LINDOLPHO; SÁ; ROBERS, 2009). Uma das questões pertinentes constadas é o isolamento social ocorrido após a entrada na ILPI, como expresso na seguinte fala: “[...] Eu quase não to conversando mais não porque não tem assunto, daí eu fico no meu cantinho [...]” (D. F. A. O com 64 anos). A solidão é um fator desencadeante de outras possíveis doenças de fundo emocional, podendo estar relacionada com fatores existentes antes da institucionalização e que se agravara com tal fato. O idoso pode possuir por si uma sensibilidade específica, por conta dos anos e histórias vividas, com isso o risco para o isolamento social pode ser inevitável, intervindo significativamente no seu cotidiano (BESSA; SILVA, 2008). Os entrevistados em sua maioria deixam claro sua rotina diária, sendo ela a mesma para todos sem grandes alterações. A humanização é fundamental na assistência, sendo necessário à integração de valores éticos, morais e sociais voltados aos direitos individuais, considerando o compromisso com o bem estar do outro como prioridade (BACKES; KOERICH; ERDMANN, 2007). Nas falas abaixo é possível perceber um distanciamento das necessidades pessoais, citadas por homens: “Uia, fica só comendo, bebendo, dormindo e andando pra cima e pra baixo aqui [...]” (Sr. A. R. com 84 anos). “[...] Ah o dia é bem calmo aqui, eu acordo, levanto, tomo banho, espero o café e depois ajudo lava louça, enxugar louça, todo dia [...]” (D. M. T. com 61 anos). Para que este episódio pudesse alcançar melhores proporções, seriam necessárias estratégias de melhoramento em todos os meios, ou seja, no social e espiritual. Porém, há de se destacar que nem sempre estes idosos aderem às atividades propostas, pois já estão acomodados ao seu dia-a-dia e não se importam em mudá-lo. No entanto mesmo com toda esta rotina, não se pode afirmar que a ILPI seja um lugar onde só haja a face negativa para os idosos e, alguns deles reconhecem que esta foi uma opção de vida onde conseguiram adaptar-se, como nas falas: “[...] Ah mais eu prefiro dez vezes aqui, tem mais companhia, mais gente conversando [...] Foi fácil pra me acostumar, tem bastante gente, pra mim ficar lá era muita solidão [...]” (D. M. T. com 61 anos). Nota-se que parte dos entrevistados refere estar vivendo melhor na instituição do que se fosse em outro local, provando que o fato de estar institucionalizado não vem a representar para todos o fim da vida ou de seus momentos felizes, é possível conciliar tais fatos juntamente com novas amizades e vínculos e, ter uma velhice saudável e bem vivida em qualquer lugar que se esteja, dependendo do momento em que cada pessoa se encontra (BESSA; SILVA, 2008). BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 286 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO Quando questionados sobre a família os entrevistados demonstraram seus sentimentos e compartilharam um pouco de suas histórias, sendo a questão onde se sente a maior carência dos entrevistados como na fala: “[...] Nem sinto falta porque eu não tenho ninguém mesmo, meu parente é qualquer um que vem me ver e conversar comigo [...]” (D. F. A. O. com 64 anos). A sensação percebida é que no fundo o que se sente mesmo é solidão e o desapego por uma vida que já não lhe faz sentido. As condições de saúde do idoso podem ser consideradas um importante indicador de qualidade de vida do mesmo, frente a esta situação estimular ações que os reportem ao convívio social pode ser um referencial de mudança (ALVES; LEITE; MACHADO, 2008). Para outros isso também é notado, porém com maior aceitação: “[...] Eu com a minha mulher agente vivia muito bem, eu sinto saudade, a gente fica pensando como que era e faz falta, mais agora eu já acostumei assim (risos)” (Sr. L. V. M. com 67 anos). A expressão mais usada por eles nas entrevistas ao se falar nos familiares é a saudade, ou seja, o fato de estar institucionalizado e essa ausência de entes queridos em seu convívio pode ser um dos fatores que mais venha a interferir no psicológico do idoso. “[...] Ah meu pai morreu, minha mãe morreu faz tempo já, eu só tenho lembrança boa de quando vivia com eles [...]” (Sr. L. V. M. com 67 anos). “[...] Ah eu sinto muita saudades, porque lá quando eu era bom eu não morava com ela, eu tinha uma casa sozinho, mais o dia que dava vontade eu ia levar um negócio bom pra minha mãe [...]” (Sr. V. S. E. com 61 anos). Contudo não se pode dizer que existem somente casos de “abandono” da família com seu idoso, pois existem aqueles que não somente se preocupam com o bem estar do mesmo na instituição como também demonstram amor e afeição. Em muitos casos a família é o meio de onde vem sua identidade social e individual, independentemente da etapa da vida, portanto ainda que o indivíduo não conviva com seus familiares, esses referenciais bem como suas lembranças sempre o acompanharão (ALCÂNTARA, 2004) como na fala da seguinte entrevistada: “[...] Teve uma vez que meu sobrinho chegou aqui e eu não tava legal pra ir, daí ele fico sentido, sentido e começou chorar, graças a Deus ele gosta muito da gente, todo sobrinho né, mais esse daí parece que é mais apegado, só ele que mora aqui, mais sobrinho tenho de monte por ai [...]” (D. M. T. com 61 anos). O idoso ao adentrar na instituição na maioria das vezes vem acompanhado por algum familiar e, com isto cabe à equipe multiprofissional BETINI, A. A.; PINHEIRO, E. F. C.; TOLEDO NETO, J. L. et al., Abordagem da institucionalização sob a perspectiva do idoso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 4, p. 277-289, abr., 2014. 287 ABORDAGEM DA INSTITUCIONALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO IDOSO da instituição, que sejam dadas devidas orientações e conselhos a esses familiares para que os mesmos não desfaçam totalmente o vínculo com o idoso. Não existe afeto mais confortável e querido do que o de seus familiares, por mais que lhe seja dispensado um atendimento digno de qualidade dentro da ILPI. O aumento de idosos no mundo vem trazendo desafios para o enfrentamento desta realidade, demandando políticas de atenção à saúde e políticas sociais direcionados a população idosa, buscando preservar a saúde e a qualidade de vida destes (CERQUEIRA; OLIVEIRA, 2002). CONSIDERAÇÕES FINAIS A instituição na maioria das vezes é o meio onde os idosos ou a família encontra como última opção para morada. A ILPI torna-se uma solução para seus problemas tanto para a família como para o idoso, pois conta com cuidados assistenciais para suas necessidades básicas e também para assistência a saúde, como consultas médicas por qualquer problema que lhe venha a ocorrer. Pode-se considerar que o fato de ser institucionalizado afeta direta ou indiretamente a vida do idoso seja a curto, médio ou em longo prazo, decorrente as mudanças em seu contexto de vida social, onde vez por outra sentem-se excluídos da sociedade, atentar-se para esta questão pode ser um novo horizonte na vida desses idosos. Neste sentido a sociedade precisa participar desta mudança de contexto populacional, tendo o entendimento da necessidade de participação das famílias, políticas públicas e envolvimento social de modo geral, para que se possa assegurar um envelhecimento saudável para aqueles que um dia contribuíram significativamente para esta sociedade. REFERÊNCIAS * ALCÂNTARA, A. O. 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