XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.
São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.
UM PROCESSO DE TOMADA DE
DECISÃO PARACONSISTENTE PARA
APERFEIÇOAR CURSOS DE
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
Ecila Alves de Oliveira (UNIP)
[email protected]
JAIR MINORO ABE (UNIP)
[email protected]
Marcelo Nogueira (UNIP)
[email protected]
Fábio Vieira do Amaral (UNIP)
[email protected]
Este trabalho apresenta uma análise para aperfeiçoar cursos de
Administração de Empresas utilizando como ferramenta os princípios
da Lógica Paraconsistente Anotada Evidencial Eτ. Os processos
de decisão normalmente apresentam dificuldaades, tais como critérios
imprecisos, conflitantes e/ou paracompletos. O presente trabalho
utiliza-se do algoritmo para-analisador para estudar o problema
tomando-se como base os graus de evidência favorável e os graus de
evidência desfavorável gerando o grau de certeza e o grau de
incerteza. A Lógica Paraconsistente permite lidar com múltiplos
critérios além de tratar com dados incertos ou contraditórios e torna
transparente o processo decisório facilitando o aprendizado.
Palavras-chaves: Lógica Paraconsistente, Tomada de decisão,
Algoritmo Para-analisador, Qualidade em curso de Administração.
1. Introdução
O objetivo deste trabalho é efetuar uma análise na tomada de decisão para o aperfeiçoamento
nos cursos de Administração de Empresas em uma Instituição de Ensino Superior utilizando
como ferramenta os princípios da Lógica Paraconsistente Anotada Evidencial Eτ (Lógica Eτ).
Com relação ao ensino de graduação do curso de Administração de Empresas, toda Instituição
de Ensino Superior (IES) deve zelar pela manutenção do curso se bem avaliado e também à
sua expansão em relação às vagas, porém condicionadas à ampliação de investimentos na
infra-estrutura física e de recursos humanos, principalmente na reposição do quadro de
docentes e recursos humanos técnicos. Com relação ao ingresso dos discentes na instituição,
indica-se a necessidade de aperfeiçoar o sistema de seleção, ampliando e diversificando o
acesso à universidade, incluindo-se instrumentos que valorizem o ensino como forma de
inclusão.
Na elaboração do planejamento para a graduação deve-se estar atento às mudanças no terreno
educacional, científico, artístico e cultural, que indicam cada vez mais horizontes
transdisciplinares em termos de currículos e conteúdos de ensino. A instituição deverá
preencher seus quadros considerando os projetos pedagógicos, as necessidades e
especificidades dos departamentos, cursos e programas de pós-graduação, de forma integrada
aos planos estratégicos institucionais.
Somado a isso, os modelos didático-pedagógicos e as estruturas curriculares dos cursos
oferecidos na Universidade devem ser atualizados constantemente, sobretudo considerando a
velocidade com que as informações são disseminadas e os novos paradigmas científicos
debatidos pela comunidade acadêmica mundial. Novos modelos e instrumentos pedagógicos,
assim como recursos de infra-estrutura devem ser explorados com o intuito de tornar o
processo de aprendizagem mais efetivo. Neste contexto, um desafio importante a ser
enfrentado será dotar a IES de infra-estrutura para a incorporação de novas técnicas e
ferramentas na prática pedagógica, entre elas a Educação a Distância.
Para os estudos realizados dentro do contexto proposto pelo presente trabalho foi utilizada
como base uma lógica anotada Evidencial Eτ. As lógicas anotadas constituem uma classe de
lógicas paraconsistentes (COSTA ET AL., 1999).
2. Resumo Histórico da Lógica Paraconsistente
A Lógica Paraconsistente tem sua origem marcada pelos trabalhos elaborados e publicados
em 1948, de modo independente, pelo polonês S. Jaskowski e o brasileiro N. C. A. Da Costa
em 1954. Estes trabalhos pioneiros consideravam a possibilidade da contradição sem o perigo
de trivialização. Da Costa desenvolveu vários sistemas paraconsistentes contendo todos os
níveis lógicos usuais, e é considerado um dos criadores da Lógica Paraconsistente.
Mais recentemente, J. M. Abe e outros pesquisadores têm desenvolvido pesquisas e
aplicações para a Lógica Paraconsistente Anotada Evidencial Eτ no ramo de Ciência da
Computação, Robótica, Inteligência Artificial, entre outros.
3. Algoritmo Para-Analisador
A metodologia desta pesquisa consiste em elaborar métodos de interpretação por meio da
Lógica Paraconsistente Anotada Evidencial Eτ sendo que sua estrutura teórica é apresentada
em trabalhos relevantes de pesquisas anteriores, como (DA COSTA ET AL., 1999), (DA
SILVA FILHO, ABE, 2000) e em (DA SILVA FILHO, ABE, 2001).
2
A Lógica Paraconsistente Anotada Evidencial Eτ é uma classe de Lógica Paraconsistente que
considera proposições sendo representadas por valores de anotações. A partir dos conceitos
básicos da Lógica Paraconsistente Anotada Evidencial Eτ criou-se o algoritmo denominado
Para-Analisador que permite aplicações práticas em sistemas de análises na forma de
programas computacionais usando linguagem convencional.
Na Lógica Eτ, após estabelecer uma proposição p, são identificados os fatores que irão
influenciá-la. Na seqüência, estes fatores são parametrizados no intuito de identificar a
importância destes nas decisões, e, por meio de especialistas, obter anotações para cada fator,
atribuindo-lhes um grau de evidência favorável () e um grau de evidência desfavorável (λ),
sem que sejam complemento entre si, representando valores independentes e podem variar em
limites mínimos a máximos, de 0 a 1, respectivamente, fornecendo assim, um referencial de
acordo com o valor de controle definido pelo gestor e, este passível de ser ajustado conforme
a necessidade.
Uma forma de “operacionalizar” o tratamento de incertezas é através da representação dos
reticulados associados à Lógica Paraconsistente Anotada Evidencial Eτ. Esta representação é
realizada através da “combinação” do reticulado com o plano cartesiano, também conhecido
como QUPC, quadrado unitário do plano cartesiano, demonstrado adiante.
O método consiste em aplicar as técnicas de maximização nos graus de evidência favorável
(), de minimização nos graus de evidência desfavorável (λ) quando considerado o operador
lógico OU (OR), de acordo com a notação abaixo.
(1, λ1) OR (2, λ2) = (máx{1, 2};{mín{ λ1, λ2})
(3.1)
Em seguida, sobre este resultado, deve-se aplicar a minimização nos graus de evidência
favorável, a maximização nos graus de evidência desfavorável quando considerado o
operador lógico E (AND), demonstrado abaixo.
(1, λ1) AND (2, λ2) = (mín{1, 2};{máx{ λ1, λ2})
(3.2)
Obtendo-se este resultado deve-se aplicar a definição do grau de certeza e do grau de
incerteza.
 Grau de Certeza: Gcer(μ, λ) = μ - λ
 Grau de Incerteza: Ginc(μ, λ) = μ + λ - 1
Dois valores limites externos e arbitrários (Vcve = Valor de controle de veracidade e Vcfa =
Valor de controle de falsidade) determinam quando o grau de certeza resultante é alto o
suficiente para que a proposição analisada seja considerada totalmente verdadeira ou
totalmente falsa.
Da mesma forma, dois valores limites externos e arbitrários (Vcic = Valor de controle de
inconsistência e Vcpa = Valor de controle de paracompleteza) determinam quando o valor do
grau de incerteza resultante da análise é tão alto que se pode considerar a proposição
totalmente inconsistente ou totalmente paracompleta.
Valores limites externos
Vcve = Valor de controle de veracidade
Vcfa = Valor de controle de falsidade
3
Vcic = Valor de controle de inconsistência
Vcpa = Valor de controle de paracompleteza
Tabela 3.1 – Valores limites externos arbitrários (fonte: ABE, 2009, p.51)
Após s determinação dos quatro valores limites e dos resultados do grau de certeza e de
incerteza é possível identificar o estado lógico resultante demonstrado adiante.
Através da utilização destes conceitos chegamos à figura 3.1.
Figura 3.1 – Diagrama com os graus de certeza e de incerteza, com valores ajustáveis de controle limite
indicados nos eixos (fonte: ABE, 2009, p.52)
Os estados lógicos que são representados pelas regiões que ocupam os vértices do reticulado
são os: Verdadeiro, Falso, Inconsistente e Paracompleto. Estes são denominados de estados
lógicos extremos. Os estados lógicos de saída representados por regiões internas no reticulado
que não são os estados lógicos extremos, são denominados de estados lógicos não-extremos.
Cada estado lógico não-extremos é nomeado conforme sua proximidade com os estados
lógicos extremos.
A seguir são apresentados os quatro estados lógicos extremos e os oito não-extremos que
compõem o reticulado da figura 3.2.
Estados Extremos
Símbolo
Verdadeiro
V
Falso
F
Inconsistente
T
Paracompleto

Tabela 3.2 – Estados lógicos (fonte: ABE, 2009, p.53)
Estados Não-Extremos
Símbolo
4
Quase-verdadeiro tendendo ao Inconsistente
QVT
Quase-verdadeiro tendendo ao Paracompleto
QV
Quase-falso tendendo ao Inconsistente
QFT
Quase-falso tendendo ao Paracompleto
QF
Quase-Inconsistente tendendo ao Verdadeiro
QTV
Quase-Inconsistente tendendo ao Falso
QTF
Quase-Paracompleto tendendo ao Verdadeiro
QV
Quase-Paracompleto tendendo ao Falso
QF
Tabela 3.3 – Estados lógicos não-extremos (fonte: ABE, 2009, p.53)
Figura 3.2 – Divisão do QUPC em 12 regiões (fonte: ABE, 2009, p.54)
4. Escolha dos Fatores
Considerando os fatores abaixo descritos, foi definida a seguinte proposição: “Os fatores
aperfeiçoam o padrão de qualidade no curso de graduação em Administração de uma
Instituição de Ensino Superior.”
Os fatores escolhidos estão descritos a seguir :
F1. Capacitação de Docentes por meio de cursos de didática para o ensino superior;
F2. Atualização anual do projeto pedagógico do referido curso;
F3. Inserção de alunos com Necessidades Especiais;
F4. Maior abrangência nos canais de comunicação;
F5. Facilidade de acesso à Instituição de Ensino Superior, tais como proximidade da
residência ou local de trabalho do aluno;
5
F6. Interação com empresas para alocar os alunos em ambientes profissionais;
F7. Infra-estrutura ideal para o curso de Administração de Empresas, tais como
bibliotecas, laboratórios de informática, entre outros.
4.1 Justificativas dos Fatores
1. Capacitação de Docentes por meio de cursos de didática para o ensino superior, seja
este realizado à distância ou presencial. (Este fator irá interferir na qualidade da
formação);
Justificativa: O docente necessita manter-se atualizado, aprendendo os melhores
métodos e técnicas, a partir daí, precisa estudar a melhor forma de colocar em prática
o que aprendeu. A didática é o que transforma a parte teórica em prática. Logo a
didática é um mecanismo de preparação do docente, ela é o papel central de
transmissor de conteúdos, é o “como” fazer aliado ao “o que” fazer, segundo
Gonçalves (2009). Assim, teremos um sistema educativo totalmente funcional que
alavancará a educação em nosso país.
2. Constante atualização do projeto pedagógico;
Justificativa: O projeto pedagógico é um instrumento do trabalho que indica rumo,
direção e construído com a participação de todos os profissionais da instituição, de
acordo com INEP (2009). Desta forma é de suma importância na qualificação de
cursos de graduação e não poderia deixar de ser para o curso de graduação em
Administração de qualquer IES.
3. Inserção de alunos com Necessidades Especiais;
Justificativa: Este fator visa ampliar as políticas públicas para a democratização dos
espaços acadêmicos. A entrada na universidade está garantida, mas ao chegar às
dependências da Universidade freqüentemente costuma deparar-se com diversas
barreiras físicas, curriculares, de posturas afetivas e sociais (traduzindo-se em
discriminação e preconceito) e metodológicas que acabam dificultando a sua atuação
no processo acadêmico na Universidade, segundo Pereira (2006). Não adianta a
garantia de cotas a partir de uma legislação, pois ela por si só, não garante os avanços
do alunado.
4. Maior abrangência nos canais de comunicação, principalmente a Ouvidoria,
permitindo a opinião de alunos, ex-alunos, professores, colaboradores, os pais e a
comunidade vizinha à instituição; além da sociedade em geral;
Justificativa: Visando tratar de forma centralizada as manifestações dos públicos,
concentrando-as em um banco de dados único, possibilitando a produção de relatórios
gerenciais e estatísticos para daí promover a avaliação da qualidade do atendimento e
a melhoria dos processos. Dessa forma, será possível criar um sistema de indicadores
de desempenho, permitindo a visualização e o acompanhamento da qualidade no
relacionamento com os diferentes públicos, bem como em uma melhoria na tomada de
decisão.
5. Facilidade de acesso à IES, tais como proximidade da residência ou local de trabalho
do aluno;
Justificativa: Hoje em dia o tempo gasto em locomoção é um fator de mais relevância
do que o status que a IES possui, desta forma os meios de transporte e o fácil acesso à
6
instituição devem atender à população local, tanto residencial como profissional,
levando em consideração o poder aquisitivo e o fluxo de pedestres e veículos. O local
deve oferecer uma infra-estrutura necessária e ainda propiciar o seu crescimento.
6. Interação com empresas para alocar os alunos em ambientes profissionais;
Justificativa: A importância da interação universidade-empresa está na cooperação
tecnológica por meio de programas de pesquisa científica e tecnológica que aumentem
a cooperação da universidade com o setor produtivo-administrativo, contribuindo para
acelerar o processo de inovação tecnológica no País, de acordo com Tigre (2006). A
prática é extremamente necessária enquanto as empresas exigem experiência
profissional na hora da contratação, diante desta situação o oferecimento/exigência de
estágio torna-se essencial na colocação de alunos/ex-alunos no mercado. A
conseqüência é a elevação do status na instituição e principalmente do curso de
Administração que poderá vir a ser uma referência na formação de bons profissionais.
7. Infra-estrutura ideal, tais como bibliotecas, laboratórios de informática, etc.
Justificativa: Quanto à biblioteca deve-se avaliar o material bibliográfico em relação à
adequação dos títulos existentes no acervo ao currículo do curso, existência de livrostexto em quantidade suficiente para atender os alunos, disponibilidade de pelo menos
um exemplar de anais de eventos científicos importantes, avaliar o espaço físico aos
alunos. Quanto à infra-estrutura de apoio, deve-se levar em consideração a capacidade
das salas de aulas, laboratórios (multidisciplinares e específicos), disponibilidade de
recursos audiovisuais, segundo Araújo (2009). Estes itens elevam a qualidade de
ensino do curso em questão, pois quando da avaliação dos alunos em potencial, de
alunos que já estejam cursando e dos ex-alunos refletirá numa boa imagem da
instituição como sendo de qualidade.
4.2 Grupos de Especialistas
Os grupos de especialistas estão explicitados a seguir:
Grupos
Representantes
Grupo A
Diretor do Campus da Instituição e Coordenador dos Cursos de Administração da
Instituição
Grupo B
Docentes e Alunos.
Grupo C
Profissionais da área de Administração e Representante do Conselho Regional de
Administração (CRA).
Tabela 4.2.1 - Grupo de especialistas e seus representantes
4.3 Construção da Base de Dados
Foram selecionados seis especialistas, dois para cada grupo (item 4.2), emitindo suas opiniões
sobre cada um dos fatores em graus de evidência favorável (μ) e graus de evidência
desfavorável (λ).
7
Figura 4.3.1 - Base de Dados formada pelos graus de evidência favorável e graus de evidência desfavorável
atribuídos pelos especialistas para cada fator
Neste momento é possível determinar pesos para um especialista que represente um
conhecimento maior sobre o fator em questão.
A aplicação das regras de maximização e de minimização para as opiniões dos especialistas
está representada em (3.1) e (3.2) e caracteriza a seguinte operação:
[(especialista 1) OR (especialista 2) OR (especialista 3)]
AND
[(especialista 2) OR (especialista 5) OR (especialista 6)]
O resultado da aplicação das regras de maximização e de minimização está apresentada na
figura 4.3.2 a seguir.
Figura 4.3.2 – Resultado da aplicação da regra de maximização e de minimização
Calculando-se a média aritmética ponderada com pesos sobre os fatores nos graus resultantes
obtêm-se o resultado do grau de evidência favorável e do grau de evidência desfavorável (μR,
λR) da proposição, demonstrada na Figura 4.3.3.
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Figura 4.3.3 – Média aritmética ponderada nos graus resultantes
Tomando-se por base o resultado do cálculo da média aritmética ponderada calcula-se o grau
de certeza e o grau de incerteza, demonstrado a seguir.
 Gcer(μ, λ) = Gcer(0,71; 0,15) = |0,71 – 0,15| = |+0,56| = 0,56 ou 56%
 Ginc(μ, λ) = Ginc(0,71; 0,15) = |0,71 + 0,15 - 1| = |-0,14| = 0,14 ou 14%
Figura 4.3.4 – Graus de certeza e Incerteza
5. Análise dos Resultados
Determinando-se os valores limites externos e arbitrários em 0,5 temos:




Vcve = 0,5
Vcfa = -0,5
Vcic = 0,5
Vcpa = -0,5
Em seguida, efetuam-se cálculos sobre os graus de certeza, de incerteza e valores de controle
para identificar o estado lógico resultante da proposição e de cada fator isoladamente.
Sendo o grau de certeza da proposição maior ou igual ao valor limite de veracidade, o estado
resultante é Verdadeiro.
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Figura 4.3.4 – Estados resultantes
Com todos os valores considerados representativos da Lógica Eτ demonstra-se o quadrado
unitário do plano cartesiano de resolução 12 todas as regiões que definem os estado lógicos
resultantes de saída.
Figura 4.3.5 – Representação no quadrado unitário do plano cartesiano (QUPC) de resolução 12
6. Discussões
Como os valores 0,71 e 0,15 estão numa região de Estado Extremo Verdadeiro, conforme
Figura 4.3.5, conclui-se a viabilidade no aperfeiçoamento do curso em questão com o estado
lógico resultante verdadeiro, nos mostrando uma decisão viável em 56% de certeza.
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Observa-se que o fator com estado resultante verdadeiro nos permite inferir pela sua
viabilidade no aperfeiçoamento do curso, com graus de certeza maior do que o limite
arbitrado para a veracidade. Para os fatores com resultado falso, ou seja, graus de certeza
abaixo do limite de falsidade, a decisão indicada é de sua inviabilidade. Para o fator com
resultado paracompleto, com grau de evidência favorável baixo e grau de evidência
desfavorável também baixo, indica uma contradição e desta forma necessitando de maiores
informações com os especialistas.
Desta forma nos é permitido perceber a influência de cada fator no aperfeiçoamento em
cursos de Administração de Empresas.
7. Considerações Finais
Ao término da análise o algoritmo para-analisador se mostra um instrumento interessante para
questões correlatas que apresentam dados imprecisos, conflitantes e paracompletos. A Lógica
Paraconsistente Anotada Evidencial Eτ, lógica que aceita contradições, apresenta resultados
coerentes ao esperado com alto grau de confiança e flexibilidade, além de apresentar-se como
uma inovadora alternativa para um tratamento eficaz e completo do conhecimento incerto
e/ou inconsistente.
Referências
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