HISTÓRIA GERAL I Professor: Jailton Silva Discisplina: Historia PERÍODO HOMÉRICO • Fontes: Ilíada (Guerra de Tróia) e Odisséia (retorno de Ulisses ao reino de Ítaca). Poemas atribuídos ao poeta Homero. • Os refugiados da primeira diáspora grega fundaram pequenas unidades auto-suficientes baseadas no coletivismo – os genos, ou comunidades gentílicas. • Essas unidades eram compostas de membros de uma mesma família, sob a chefia do pater. • Por volta do ano 800 a.C., as disputas por terras cultiváveis e o crescimento populacional acabaram com o sistema gentílico. • Alguns paters se apropriaram das melhores terras, originando a propriedade privada, e muitas outras famílias se dispersaram para o sul da Itália e para outras regiões, ocasionando a segunda diáspora grega. PERÍODO ARCAICO Com o surgimento da propriedade privada,iniciaram os conflitos entre os grupos, e, para lidar com as constantes crises, os proprietários de terra passaram a formar associações, as fatrias, que formaram as tribos, que, por sua vez, se organizaram em demos. Os demos deram origem às cidades-Estados, ou pólis – a principal transformação do período Arcaico . ESPARTA Representou os valores de austeridade, espírito cívico, submissão total do indivíduo ao Estado. Sociedade conservadora, patriarcal, aristocrática, guerreira e eugênica (não se admite defeitos físicos nos cidadãos). 1. 2. 3. 4. 5. 6. O governo era Diarquia (dois Reis). A Assembléia (Ápela) era formada por espartanos com mais de 30 anos. A Ápela era responsável pela eleição da Gerúsia e do eforato. O governo era Diarquia (dois Reis). A Assembléia (Ápela) era formada por espartanos com mais de 30 anos. A Ápela era responsável pela eleição da Gerúsia e do eforato. A educação em Esparta A educação espartana, que recebia o nome técnico de agogê, estava concentrada nas mãos do Estado, sendo uma responsabilidade obrigatória do governo. Estava orientada para a intervenção na guerra e a manutenção da segurança da cidade, sendo particularmente valorizada a preparação física que visava fazer dos jovens bons soldados e incutir um sentimento patriótico. Desde o nascimento até à morte, o espartano pertencia ao estado. Os recémnascidos eram examinados por um conselho de anciãos que ordenava eliminar os que fossem portadores de deficiência física ou mental ou não fossem suficientemente robustos, ou seja, praticavam a eugenia. A partir dos 7 anos de idade, os pais (cidadãos) não mais comandavam a educação dos filhos. As crianças eram entregues à orientação do Estado, que tinha professores especializados para esse fim, o paidónomo. Os jovens viviam em pequenos grupos coletivos, levando vidas muito austeras, realizavam exercícios de treino com armas e aprendiam a táctica de formação. Os homens espartanos (esparciatas) eram mandados ao exército aos sete anos de idade, onde recebiam educação e aprendiam as artes da guerra e desporto. Aos doze anos, eram abandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com os outros), nus (para criarem resistência ao frio) e sem comida (para caçarem e pescarem). Essa educação estava voltada para ensinar aos esparciatas valores guerreiros como força, resistência, seriedade, bravura, disciplina, solidariedade e astúcia. Com 18 anos, os esparciatas ingressavam no exército, tornando-se hoplitas. Os jovens lacedemônios, chamados de eiren, poderiam atacar a qualquer momento servos (hilotas), a fim de lutar e se preparar para a guerra, isto era chamado de Kriptéia. Aos 30 anos de idade o esparciata tornava-se cidadão, adquiria plenos direitos políticos, podendo, então, participar da Assembleia do Povo ou dos Cidadãos (Ápela). Depois de concluído o período de formação educativa, os cidadãos de Esparta, entre os vinte e os sessenta anos, continuavam a viver em grupos e estavam obrigados a participar na guerra. As mulheres espartanas recebiam educação quase igual à dos homens, participando dos torneios e atividades desportivas. O objetivo era dotá-las de um corpo forte e saudável para gerar filhos sadios e vigorosos. Consistia na prática do exercício físico ao ar livre. Assim como os homens, também iam aos quartéis quando completavam 7 anos de idade para serem educadas e treinadas para a guerra mas dormiam em casa. Educação dos espartanos -O objetivo principal da educação espartana era transformar os jovens em bons soldados, capazes de manter a segurança da cidade. Nesse treinamento educacional eram muito importantes os treinamentos físicos, como salto, corrida, natação, lançamento de disco e dardo. As mulheres espartanas recebiam educação quase igual à dos homens, participando dos torneios e atividades esportivas. O objetivo era dotá-las de um corpo forte para gerar filhos sadio e vigorosos. Ao nascer, a criança espartana era inspecionada por membros do governo, que verificavam seu estado de saúde. Se fosse saudável, merecia os cuidados do Estado. Se fosse doente ou apresentasse alguma deficiência física ou mental, podia ser imediatamente morta. De acordo com Plutarco (50-120 d.C.), quando nascia uma criança espartana, pendurava-se na porta da casa um ramo de oliveira (se fosse um menino) ou uma fita de lã (se nascesse uma menina). Havia rituais privados de purificação e reconhecimento da criança pelo pai, além de uma festa de nascimento conhecida como genetlia, na qual o recém-nascido recebia um nome e presentes de parentes e amigos (Cf. Maria Beatriz B. Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia antiga). A partir dos 7 anos, os pais (cidadãos) não mais comandavam a educação dos filhos. As crianças eram entregues à orientação do Estado, que tinha professores especializados para esse fim. Vejamos alguns dos métodos da educação espartana, tendo como base o relato dos historiadores gregos Xenofonte (A constituição dos lacedemônios) e Plutarco (A vida de Licurgo). Em lugar de proteger os pés com calçados, as crianças eram obrigadas a andar descalças, a fim de aumentar a resistência dos pés. Usavam um só tipo de roupa o ano inteiro, para que aprendessem a suportar as oscilações do frio e do calor. A alimentação era bem controlada. Se alguma jovem sentisse fome em demasia, era permitido que furtasse para conseguir alimentos. Castigavam-se, entretanto, aqueles que fossem apanhados roubando. Uma vez por ano, os meninos eram chicoteados em público, diante do altar de Ártemis (deusa grega vingativa, a quem se ofereciam muitos sacrifícios). Essa cerimónia constituía uma espécie de concurso público de resistência à dor física. Na adolescência, os jovens eram encarregados dos serviços de segurança na cidade. Qualquer cidadão adulto podia vigiá-los e puni-los. O respeito aos mais velhos era regra básica. Às refeições, por exemplo, os jovens deviam ficar calados, só respondendo de forma breve às perguntas que lhes fossem feitas pelos adultos. Com 20 anos, o jovem espartano entrava no exército. Mas só aos 30 anos de idade adquiria plenos direitos políticos, podendo, então, participar da Assembleia dos Cidadãos (Ápela). Para o historiador italiano Franco Cambi, a educação desenvolvida em Esparta e Atenas constitui dois modelos educativos diferentes. Em Esparta, a perspectiva militar orientava a formação de cidadãos-guerreiros, defensores do Estado. BIBLIOGRAFIA (FINLEY, Moses I. Economia e Sociedade na Grécia Antiga. s/l: Martins Fontes, s/d. pp. 129-131.) BORNHEIM, Gerd A. (org.). Os Filósofos Pré-Socráticos. São Paulo: Editora Cultrix. s/d. p. 32.) JAEGER, Werner. Paidéia: a formação do homem grego. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. pp. 121-122.) Aristóteles, Política, 1255a.) História das sociedades – das comunidades primitivas às sociedades medievais. Rio de Janeiro: Livro Técnico, 1980. p. 201.)