10
th
edition
FREE DISTRIBUTION
Municipal Housing Secretariat (Sehab) Magazine
Going downtown
Searching for convenience and cultural
options, more and more families move
to kitchenettes in the area
PAGES 4 a 6
New green on
the outskirts
Communities recently urbanized by the
Municipality turn squares and parks into
spots for the families
PAGES 21 a 24
INDEX
Laminated flooring
O estúdio
RICARDO PEREIRA LEITE
WORKS DIARY
O estúdio já foi o imóvel mais procurado pelos
paulistanos. Prático, com preço que cabe no bolso, tinha um chamariz fundamental: geralmente
era no Centro ou muito bem localizado. A região
central é repleta delas.
O estúdio voltou à moda, como nos informa reportagem desta edição da revista. A maioria dos
novos apartamentos em construção no Centro é
o famoso quarto-e-cozinha. Por trás do fenômeno, vêm sempre histórias de paulistanos que foram morar na periferia, em busca de preços mais
baixos. Agora que a situação melhorou, os filhos
casaram ou por outros motivos, querem voltar.
Morar longe custa caro. Tanto para quem mora
quanto para a Prefeitura. O morador tem de pagar
pela locomoção diária e desperdiça horas no trânsito, tempo que poderia estar usando para estudar
ou curtir a família. Já a Prefeitura tem de se desdobrar para levar transporte, escolas e postos de
saúde para lugares cada vez mais distantes.
Mas é o meio ambiente que paga a maior parte
dessa “conta”. Sob a ausência do poder público
no passado, o espraiamento da cidade rumo à
periferia patrocinou a ocupação de áreas frágeis,
desmatou o antigo cinturão verde que rodeava a
capital, poluiu nossas represas. Os deslocamentos diários da população promovem a queima de
combustíveis, contribuindo na poluição e aquecimento global.
Por isso, a palavra de ordem na Prefeitura
hoje é promover a ocupação de áreas centrais
e bem-servidas de infraestrutura e a urbanização de favelas. Já em obras de reforma, o antigo Hotel Cineasta dá a arrancada no Programa
Renova Centro, que construirá cerca de 2.500
unidades habitacionais no Centro. Com vários
novos estúdios e também com apartamentos
maiores para as famílias.
Ricardo Pereira Leite é secretário municipal de Habitação
Renova SP
APRIL | MAY 2012
2
4 – More and more families want to live in kitchenettes downtown
7 – São Paulo Calling goes to Cantinho do Céu
8 – Projects for the Água Espraiada region bring innovation to social housing
10 – Works at Renova Centro Program’s first building begin
11 – Map of Sehab’s works around the city
12 – Works at Jardim Colombo’s stream advance
13 – Sehab begins the construction of Jardim Edite’s third tower
JOBS & FINANCES
14 – Understand what economic terms mean and how they affect your life
17 – Find your Mother’s Day gift on 25 de Março Street
CONSTRUCTION & DECORATION
18 – Choose the best option to give your floor a wooden look
20 – Ask the Architect and Step by Step
CULTURE & RECREATION
21 – Besides beautifying the neighborhood, trees serve as recreation spots
25 – Jardim Mirna’s residents hike to keep healthy
26 – My recipe – Fusilli with Brazilian smoked sausage
27 – My Neighborhood, My Story – Joana Barbosa, from Sapé
Hiking at
Jd. Mirna
28 – Portrait
Capa: Montagem de
André Bunduki sobre
foto de Newton Santos
EXPEDIENTE
a
i
g
e o meio
ambiente
HOUSING
t
3 – OPINION AND LETTERS
r
o
RENOVA SP
Prefeito do Município de São Paulo: Gilberto Kassab
Secretário Municipal de Habitação: Ricardo Pereira Leite
Secretário Municipal de Comunicação: Marcus Vinicius Sinval
Superintendente de Habitação Popular: Elisabete França
Diretora Comercial e Social da Cohab-SP: Ângela Barbon
Conselho Editorial: Elisabete França (presidente), Alonso López, Ana Lúcia
Callari Sartoretto, Ângela Barbon, Carlos Alberto Pellarim, Felinto Cunha, Luiz
Henrique Girardi, Luiz Henrique Tibiriçá Ramos, Marcel Costa Sanches, Márcia
Maria Fartos Terlizzi, Maria Cecília Sampaio Freire Nammur, Maria Teresa Diniz,
Nancy Cavallete da Silva, Nelci Alves da Silva Valério, Ricardo Sampaio, Tereza
Beatriz Herling, Vanessa Padiá e Violêta Saldanha Kubrusly
Coordenadoria de Imprensa do Município: Emerson Figueiredo
Coordenador de Imprensa da Secretaria Municipal de Habitação:
Sérgio Duran (jornalista responsável, MTB: 24.043)
Editor: Fernando Cassaro
Repórteres: Débora Yuri e Marcos Palhares
Fotógrafos: Hype Fotografia
Projeto Gráfico e Diagramação: André Bunduki/DinBrasil
Impressão e Acabamento: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Renova SP é uma publicação mensal da Secretaria Municipal de Habitação produzida pela DS Comunicação/Popcom Assessoria de Comunicação e Imprensa.
Tiragem: 100 mil exemplares. Distribuição Gratuita
ARTIGO
ELISABETE FRANÇA
Desafio aos ‘militantes’
Em períodos como o atual, de eleições, são comuns as falsas denúncias, os manifestos “marqueteiros”, as análises apressadas. São Paulo
tem hoje uma política habitacional. Há conquistas a serem preservadas.
A cidade está usando pela primeira vez, por exemplo, recursos das
operações urbanas na construção de moradia. São 6.200 unidades na
Faria Lima e na Água Espraiada.
No Centro, foram beneficiadas mais de 14 mil famílias no Programa
de Recuperação de Cortiços e declarados de interesse social mais de 50
edifícios na região, o que resultará em cerca de 2.500 moradias.
Um grande programa de urbanização de favelas está em curso, com recursos dos três níveis de governo, o que beneficiará cerca de 120 mil famílias.
O Plano Municipal de Habitação está sendo discutido na Câmara Municipal e deve ser aprovado em breve, após 40 audiências públicas.
Desafio aos laboratórios de habitação fora da realidade e aos observatórios desconectados: percorram a cidade cada um apontando qual foi
a sua contribuição para a melhoria da moradia da população.
ARTE: André Bunduki
Elisabete França é superintendente de Habitação Popular da Sehab
C
A
R
T
“Saudações aos profissionais que
prestam excelente serviço público de comunicação e informação e
mais do que isso: cidadania.” – Jerri
A
S
contribui para a valorização e a autoestima das comunidades paulistanas. Vocês da Renova SP estão de parabéns.” – José Eduardo Tibiriçá, arquiteto
Vasconcelos
“Gosto muito da revista, tenho
acompanhado todos os números e
é muito bacana. Além de ser graficamente e editorialmente muito
bem feita, ela
RECLAM
AQUI
E
“Gostaria de saber se na região
do Estevão Baião vai ter estação do
Metrô e quais comunidades terão de
sair para essa obra?” – Tamara Sousa
Para mais informações sobre a implantação do Metrô na região, entre
em contato com o próprio Metrô.
Para tirar dúvidas, reclamar ou
fazer sugestões, entre em contato
com a Renova SP pelo e-mail:
[email protected]
“Efetuei minha inscrição na Cohab-SP no dia 10 de dezembro de
1987. Hoje, ela consta como inexistente. Vale ressaltar que ainda
tenho o protocolo da inscrição. O
que devo fazer?” – Cleusa Rodrigues
Santos
Basta atualizar seus dados no
site da Cohab-SP (www.cohab.
sp.gov.br). Clique no menu “Faça
seu Cadastro” e preencha com o
número da sua inscrição e seu CPF.
TELEFONES ÚTEIS
Central de atendimento da Prefeitura – 156
Central da Habitação – 3396-8989
A Renova SP se reserva ao direito de publicar apenas trechos das cartas. Informe nome completo, idade, bairro e profissão
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
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HOUSING
TREND
PHOTO: Newton Santos
Smaller, but close
to everything
In downtown area, the demand for
kitchenettes rises as they become
an option for single people, child-free
couples and elderlies
living in a smaller property”, Flora, as she’s
known, explains.
So she decided “to kill two birds with one
stone”,
like the popular proverb suggests.
Flora waits for the
“I’ve been working downtown for 30 years.
restoration of her
apartmentto move
It’s very exhausting to live far away and to
downtown
lose so much time having to go and come
back. And I love the downtown area! It’s the
place in São Paulo where we breathe the
culture and the history of the city. Besides,
you are close to everything and have access
to public transport to go everywhere”, she
praises.
The opportunity to make her dream of living downtown come true showed up with
the program Imobiliária Social, run by the
Metropolitan Housing Company of São Paulo
(Cohab-SP). It offers properties for people
with an income of 3 minimum wages or more
(read on the next page). “I bought a kitchenette on Ipiranga Avenue. It’s been restored
and, once it’s finished, my life will change”,
the administrative agent says.
Flora is an example of a kind of São Paulo’s
housing consumer who gets more popular
every time. According to Brazilian Corporation for Property Studies
(Empraesp), the supply of kitchenettes
or properties with one bedroom, with useful
area between 26 and 40 square metres, is
equivalentnowadays to more than half the
properties’ launches downtown (read on the
next page).
The president of the Regional Council for
Tired of losing up to three hours stuck in traffic every
day, administrative agent Nadir Flora Rodrigues, 52 years Real Estate Brokers of São Paulo State (Creci-SP), José Auold, began to think about radically changing her life. After gusto Viana Neto, points out the profile of residents who
considering pros and cons, she decided to switch her for- look for downtown area kitchenettes: “In general, they are
mer property, in a South Zone’s neighborhood, for a kitch- lonely retired people or couples who have children that
enette downtown – an option that is getting more and more already moved out, plus single people and couples in the
beginning of a relationship, who still don’t have kids. To be
appealing to consumersin São Paulo’s real estate market.
“My husband is retired and our son is already working close to work and to places they go to and to public transand planning to move out, so our priority now is to live in port offers are the most appealing facilities.”
MARCOS PALHARES
a more central area, close to everything. Even if it means
Renova SP
APRIL | MAY 2012
4
54% of the city’s launches
Source: Embraesp
São Paulo’strend of moving to smaller properties downtown
increased mainly in the last two years. Data from the Brazilian
Corporation for Property Studies (Embraesp) shows that, in
2010, 811 from the 2.432 housing units launched by the real
estate market in downtown area were kitchenettes or 1 bedroom properties, with useful area between 26 and 40 square
metres – or 33% of the total.
“Currently, the demand for kitchenettes or apartments with
only 1 bedroom downtown is much higher than the market offer”, says Embraesp’s director Luiz Paulo Pompéia. “This is a
kind of apartment layout that was forgotten by the entrepreneurs, but that became once again interesting because of its
fairly low price and its ability to serve people or families who
don’t need so much space”, he adds. According to Pompéia,
downtown constructions generally dismiss parking space in
the garage, once the amount of public transport offer is huge
in the area.
He also says that, sometimes, when a building with kitchenettes or 1 bedroom apartments starts to be constructed, the
neighborhood pays attention and ends up purchasing all the
available units before it’s even finished. “Downtown area must
go through a process of revitalisation in the next ten years. It’ll
be one of the best places to live in São Paulo”, bets Pompéia.
811
1.494
Program offered kitchenettes for families
with income of up to 10 minimums
Created in 2009 by the Metropolitan Housing Company of São
Paulo (Cohab-SP), the Imobiliária Social Program is focused on
people with intermediate income – usually from 3 to 10 minimum
wages –, who can pay for their property in instalments.
The program consists of a partnership between public
authorities and the private sector: constructors build the
properties and Cohab-SP emails the housing offers to its
registered residents –currently, there are about 1 million people
waiting for a home in Cohab-SP’s list. In two years, the program
offered 26 buildings to interested costumers and about 4.500
housing units.
Among these units were 330 kitchenettes, 260 of them at
Downtown Smart Living Condominium, located on Rangel
Pestana Avenue, and 70 at Vanguard Ipiranga, on Ipiranga
Avenue. “All of these units registered high demand and were
purchased quickly”, says the superintendent of Cohab-SP Social
and Sales Board of Directors, Reinaldo da Costa Gomes.
COMPACT SIZE DOWNTOWN
PHOTO: Wanderlei Celestino/SPTuris/Divulgação
Offer of smaller
properties represents
kitchenetts or 1 bedroom housing units
were launched in 2010 (33% of the total)
kitchenettes or 1 bedroom housing units
were launched em 2011 (54% of the total)
QUITINETE?
“Quitinete” is the Portuguese name for the term “kitchenette” (small
kitchen, in English). In Brazil, it’s how we call small sized apartments,
that most of the time offer only one living room/bedroom, bathroom
and kitchen. People who choose to live in a “quitinete” usually consider
its low cost and the minimum amount of time they spend at home, plus
the minimum cleaning it demands.
Renova SP
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Kitchenette may be
an investment option
PHOTO: Paulo Pampolin
Rafael thinks about
renting his kitchenette
when it’s finished
For Creci-SP, property’s value may triplicate
The option of purchasing a property with the intention of renting it is interesting for
people who want a monthly income, but the profit may be higher with the resale of
the apartment. The president of the Regional Council for Real Estate Brokers of São
Paulo State (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, points out that a low investment
may triplicate the property’s value. “You can purchase a downtown kitchenette for
less than R$ 120.000, most certainly requiring restoration. But once it has only one
room, these repairs are simple to be made. This way, the value may rise up to three
times.”
According to Viana Neto, one area that may go through a huge transformation is
the one surrounding Minhocão (Presidente Costa e Silva Viaduct), which connects
the Roosevelt Square, downtown, to Padre Péricles Largo, in Perdizes. “It’s a degraded
area, but I believe it’ll get very well-valued in the future. Then, a kitchenette in this
region, which currently is not very valuable, may mean a significant profit for the purchaser”, CRECI-SP president evaluates.
Renova SP
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Besides offering the commodities
of living in the city centre, close to
everything and with plenty of transport, services, cultural and recreation options, a property in this area
may also be a great investment. This
is what has drawn a lot of purchasers to Downtown Smart Living units,
on Rangel Pestana Avenue, pretty
close to Estado Avenue and Pedro II
subway station.
The building is still under construction, and one of the interested
consumers was support analyst Rafael Braga de Andrade, 24 years old,
who lives in Vila Nova Cachoeirinha
(North Zone). “My mother had some
stored money and we decided to use
it for investment. When the kitchenettes’ sales were announced, we
purchased one of them with the purpose of renting it, once it is very well
located. There will be a lot of people
looking for rental properties here”,
he says.
On the other hand, he admits that
the idea of living in the kitchenette
was tempting, once it would make
his journey to work much more easy.
“I work in Cambuci, in the South
Zone. I believe it’s not even 4 kilometers away from the property – much
closer than my current home.”
Police officer Marisa Aline Barbosa,
30 years old, is also torn between
living in the building and renting her
unit. She lives in Penha, in the East
Zone, and works in the North part
of the city. “I didn’t make my mind
yet. It would be great to move here;
I would be close to everything. But
I have to think about the money I
would make if I rented the property”,
she says. The building is estimated
to be finished in 2013.
PRÓXIMAS PARADAS
Bamburral
12 de MAIO
Heliópolis
26 de maio
FOTOS: Newton Santos
Cortiços do Centro
30 de junho e
1º de julho
MAIS INFORMAÇÕES:
www.jornadadahabitacao.org
Garotada aproveitou
evento para exibir
habilidades na dança
Festa no
Cantinho do Céu
Quem ironiza São Paulo, lembrando que
a capital paulista padece sem praias, não
viu a festa sediada no Cantinho do Céu,
no Grajaú (Zona Sul), no dia 24 de março. A comunidade recebeu a terceira etapa da Jornada da Habitação, promovida
pela Secretaria Municipal de Habitação
(Sehab), com curadoria do arquiteto italiano Stefano Boeri. O Parque Linear, na
orla da Represa Billings, concentrou as
atividades de lazer.
Com saídas do deque flutuante, a ONG
Vento em Popa realizou passeios com barcos à vela, enquanto a Emae ofereceu embarcações motorizadas. Sob sol de mais de
30 ºC, crianças e jovens
faziam fila, comendo
pipoca e algodãodoce, aguardando a
sua vez. Oficinas
de skate, shows de
grupos musicais,
torneio de futebol e
apresentações de fute-
Comunidade localizada à beira da
Represa Billings recebeu a terceira
etapa da Jornada da Habitação
vôlei e futebol de areia também fizeram
sucesso entre o público.
No píer, moradores vendiam artesanato,
bebidas e comidas, e o público almoçava
no deque, curtindo a vista para a represa.
Em frente às barracas de comidas, como
pastel de feira e baião de dois, a de petiscos colombianos chamava a atenção, oferecendo chips de banana e empanadas de
carne com batata ao molho guacamole.
O evento contou com a presença do secretário municipal de Habitação, Ricardo
Pereira Leite, da superintendente de Habitação Popular, Elisabete França, do cônsul
da Colômbia em São Paulo, Ramiro Navia
Díaz, e do secretário de Planejamento de
Medellín, José Maria Peninõ, além de lideranças da região, arquitetos estrangeiros
e estudantes e professores da Universidade Mackenzie e da Escola da Cidade.
Durante a Jornada, seis cidades estrangeiras trocam experiências com seis
projetos desenvolvidos em São Paulo
pela Prefeitura – o Cantinho do Céu, que
inclui o Jardim Gaivotas e o Residen-
cial dos Lagos, dialogou com Medellín,
segundo maior município colombiano.
Com os intercâmbios, o objetivo, segundo Ricardo Pereira Leite, é “aprender um
pouco mais, para podermos ajudar mais
famílias da cidade que ainda não foram
beneficiadas como as daqui”.
Elisabete França elogiou o projeto do
arquiteto Marcos Boldarini para o Cantinho do Céu, prestigiado no mundo inteiro: “Eu acho que esse projeto, para quem
estuda arquitetura, é o mais bonito e
competente que o Brasil tem hoje em termos de urbanismo”.
Liderança comunitária do Residencial
dos Lagos e uma das mais antigas moradoras da área, Vera Lúcia Basalia lembrou
a longa luta pela urbanização do bairro.
“Vocês não sabem a emoção que eu sinto
hoje, podendo desfrutar de tudo isso”, disse. Já Emilia dos Santos Vieira, liderança
do Jardim Gaivotas, agradeceu a todos
que olharam “para essas comunidades do
fundão do Grajaú”.
DÉBORA YURI
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
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PROJETOS
Diversidade,
beleza e inovação
Conjuntos habitacionais para a
região da Operação Urbana Água
Espraiada priorizam conforto e
inserção urbana
Divulgação
Projeto de
Marcelo Suzuki
para o Lote 3
Ao procurar arquitetos para os
projetos habitacionais na região da
Operação Urbana Água Espraiada,
na Zona Sul, a Secretaria Municipal
de Habitação (Sehab) decidiu ousar.
Foram convidados vários escritórios
para uma nova proposta de habitação
social. O resultado foi um conjunto
inédito de projetos com diversidade,
beleza e inovação.
“Chamamos arquitetos que já estavam trabalhando conosco, que têm
experiência em Habitação de Interesse Social. Fizemos um mix entre esses
arquitetos mais antigos, com experiência já consolidada, com outros mais
novos, para buscar novas ideias”, explica a superintendente de Habitação
Popular da Sehab, Elisabete França.
Nesses novos conjuntos habitacionais, detalhes importantes são levados em conta. “Eles prestam atenção
na questão da orientação do sol, da
ventilação e da iluminação natural”,
comenta a coordenadora de projetos
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
8
da Sehab, Maria Teresa Diniz. “Alguns
têm propostas como o uso do térreo
para comércios, centros comunitários,
telecentros. Outros sugerem gestão de
reciclagem, geração de renda. São diferentes entre si e adequados cada um
ao seu terreno”, acrescenta.
Para manter as famílias na mesma
região, a Prefeitura teve de comprar
ou desapropriar terrenos (35 até o
momento, com perspectiva de novas
aquisições) para pulverizar as novas
moradias nos bairros locais.
A primeira etapa, após a definição
dos arquitetos, foi realizar diversos
fóruns com os moradores e lideranças
para apresentar as propostas. “Foi um
desafio fantástico conviver com as
lideranças locais, frequentar as ocupações já existentes, num processo
intenso de imersão”, conta o arquiteto
José Eduardo Tibiriçá.
A seguir, Renova SP apresenta alguns dos projetos para a região.
MARCOS PALHARES
Objetivo é acabar
com estigma dos
conjuntos
Para o arquiteto Marcelo Suzuki, a
inovação da Secretaria Municipal de
Habitação (Sehab) ao encomendar
projetos de diversos formatos e padrões ajuda a combater a segregação
social em São Paulo. “É um ganho
inimaginável no sentido de que tira o
estigma dos conjuntos habitacionais
padronizados, com repetições em excesso. É um salto qualitativo”, elogia.
Seu escritório criou projetos para o
Lote 3 da região da Operação Urbana
Água Espraiada. São três terrenos,
com previsão para a construção de
756 moradias. “Fizemos plantas mais
livres e, com isso, a aparência dos prédios ficou mais agradável”, completa
Suzuki. Outros dois arquitetos também fizeram projetos para esse lote:
Elvis Vieira e Marcos Boldarini.
Equipamentos
públicos também
ganham espaço
Apartamentos terão
flexibilidade para reformas
O Lote 2 de projetos para a Água Espraiada prevê a construção de 901 unidades
habitacionais em dez terrenos. Os arquitetos contratados para essa área foram Ciro
Pirondi, Ruben Otero, Paulo Brazil, Marina Acayaba, Pablo Rosemberg, Anália Amorim e Luiz Octávio de Faria e Silva. Um aspecto a ser destacado entre esses projetos
é a flexibilidade do espaço interior dos apartamentos.
“Fizemos uma pesquisa sobre a dinâmica das famílias e vimos que há muita diferença na quantidade de pessoas”, comenta Ruben Otero, do escritório Pirondi e
Otero. Seguindo essa proposta, os imóveis foram desenhados com um cômodo “coringa”. “Ele pode servir como um escritório para os pais ou um local de estudo para
os filhos”, destaca Ciro Pirondi, sócio de Otero.
A arquiteta Anália Amorim, que também fez projetos para o Lote 2, junto com o
sócio Luiz Octávio, afirma que o conhecimento prévio sobre as características dos
moradores foi decisivo. “O fato de a Sehab ter o perfil da população que será atendida auxilia muito”, elogia. Para ela, a decisão de comprar lotes em um local já adensado foi “muito lúcida”.
A partir das sugestões dos próprios moradores do perímetro Americanópolis / Jabaquara da Operação
Urbana Água Espraiada, os arquitetos contratados para planejar os
condomínios do Lote 4 deram atenção especial à mobilidade urbana e
ao uso coletivo das áreas comuns.
“Temos projetos com Telecentros,
brinquedotecas, videotecas. Priorizamos a qualidade e o desenho dos
espaços livres”, diz Fernanda Barbara, da UNA Arquitetos. Ela atuou
com outros dois arquitetos: Cristiane Muniz e Fernando Viégas.
O Lote 4 conta ainda com projetos
do escritório República, dos arquitetos Luciano Margoto e Álvaro Puntoni. A área deverá ter 839 unidades
habitacionais.
Projeto da UNA
Arquitetos para
o Lote 4
Divulgação
Divulgação
Projeto de Ciro Pirondi e
Ruben Otero para o Lote 2
Qualidade é a mesma dos empreendimentos de mercado
Com previsão para a construção de 1.122 unidades, o Lote 1
da Operação Urbana Água Espraiada teve os projetos produzidos pelos arquitetos Edson Elito e José Eduardo Tibiriçá. “Nossa preocupação é com a pessoa que vai ocupar a residência.
Queremos oferecer a mesma qualidade dos empreendimentos
vendidos no mercado”, diz Tibiriçá.
Segundo ele, alguns prédios terão a proporção de um
elevador para cada três apartamentos. E a maioria prevê
varanda. “Em alguns projetos, quando foi possível, fizemos
a proposta de uso da cobertura. Lá, os moradores poderão
fazer churrasco com uma vista panorâmica da vizinhança”,
acrescenta o arquiteto.
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
9
DIÁRIO DE OBRAS
NORTE
SUL
LESTE
SUDESTE
CENTRO
manANciais
CENTRO
Divulgação
Renova Centro já começa a
mudar a cara da Avenida São João
Começaram as obras no Edifício Cineasta, primeiro prédio a ser
contemplado pelo Programa Renova Centro. O imóvel, construído nos
anos 1920, fica próximo à esquina
das avenidas São João e Ipiranga
– a mais famosa da cidade, imortalizada na canção “Sampa”, de Caetano Veloso.
O prédio será totalmente restaurado e vai ganhar salão de festas, sala
multiuso, áreas de lazer, médica e
administrativa. Músicos, cenógrafos, bailarinos e atores, entre outros
artistas aposentados, serão os beneficiados com as 50 unidades.
O Cineasta foi comprado pela
Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP) por
R$ 4,2 milhões, com financiamento da Caixa Econômica Federal. As
obras já começaram, e as primeiras
Primeiras unidades devem
ser entregues neste ano
O
Q U E
... Área de Risco?
É um local onde há
risco de morte para as
pessoas que o habitam.
São identificados em
margens de encostas
e beira de córregos ou
rios. Nesses pontos,
sempre há perigo de
deslizamentos,
solapamentos e
inundações. Locais com
lixo ou entulho também
são áreas de risco
... Auxílio Aluguel?
É um programa da
Prefeitura destinado
às famílias retiradas
de área de risco ou por
conta de obras de
urbanização. Também
Renova SP
É
... Cadastramento?
É uma ficha que o
funcionário da
Prefeitura preenche com
os dados do morador
após uma visita à casa
dele. Ela serve para
identificar todas as
pessoas que vivem em
uma comunidade para,
futuramente, atender
a todos
10
unidades estão previstas para serem
entregues no final deste ano. Ao todo,
serão investidos R$ 4,5 milhões no
edifício.
Criado pela Prefeitura em fevereiro
de 2010, o Programa Renova Centro
irá transformar 53 prédios ociosos da
região central em moradia para cerca
de 2.500 famílias, colaborando para a
revitalização do Centro. A maioria dos
apartamentos será destinada à locação
social – famílias com renda de até três
salários mínimos.
Em 2010, o projeto foi selecionado
para participar da Conferência Internacional Informalidades: Revisão das
Cidades da América Latina, organizado pela Universidade de Cambridge,
na Inglaterra, onde foram apresentados projetos de diversos países da
América Latina.
RAFAELA FERRAZ
. . .
pode ser usado em
situação de emergência,
como em caso de
incêndio ou desabamento.
O benefício é de R$ 300
mensais, tendo a
duração de seis meses
ou até a moradia
definitiva ficar pronta
ABRIL | MAIO 2012
Com 50 unidades, Edifício
Cineasta vai abrigar artistas
aposentados
... Parceria Social?
É um programa da
Prefeitura voltado a
famílias que vivem
em situação de rua ou
sem residência fixa, em
situação de extrema
pobreza. O benefício é
de R$ 300 mensais, com
duração de 30 meses,
sendo que a pessoa
deve guardar de R$ 6 a
R$ 15 por mês em uma
caderneta de poupança
e cumprir várias
obrigações
... Programa 3 Rs?
É a sigla para
Recuperação do
Crédito, Revitalização
do Empreendimento e
Regularização Fundiária
da Prefeitura.
Foi criado para recuperar
conjuntos habitacionais já
existentes que estavam
degradados, inclusive
com a invasão e criação
de novas favelas nas
áreas comuns dos
prédios
... Termo de Atendimento
Habitacional?
É um documento oficial
afirmando que o morador
tem direito a receber
apartamento ou casa
da Prefeitura. É dado
quando ele deixa a sua
moradia por conta de
alguma obra ou remoção
... Reintegração de
Posse?
É quando um juiz
manda as pessoas
que vivem em um
terreno particular
ocupado saírem.
O pedido é feito pelo
proprietário da área, e
a Prefeitura não tem
como impedir
... Urbanização?
É um projeto da
Prefeitura para
transformar a favela
em um bairro com ruas
pavimentadas, calçadas,
rede de água e esgoto,
praças, posto de saúde.
Além disso, o morador
recebe a documentação
regularizada de sua casa
N
O
PERUS
Obras da Secretaria Municipal
de Habitação na cidade
5
2
X
1
2
3
4
JAÇANÃ
TREMEMBÉ
H
16
M
H
PIRITUBA
JARAGUÁ
NORTE
G
FREGUESIA
BRASILÂNDIA
15
casa
verde
7 6
CENTRO
D
I
sé
penha
J
1
3
mooca
1
aricanduva
2
A
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B
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butantã
vila
mariana
N
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Itaquera
AA
G
S
T
campo
limpo
santo
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72
43
68
62
21
58
36
23
manANciais
capela do
socorro
22
ARTE: André Bunduki
parelheiros
L
B
3
são mateus
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SUDESTE
9
8
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F
COHAB-SP
MINHA CASA, MINHA VIDA
jabaquara
SUL
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C
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cidade
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tiradentes 8 6 14
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12
PROGRAMA MANANCIAIS
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LESTE
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V
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paulista
ermelino
matarazzo
D
vila guilherme
lapa
R
J
A
vila maria
C
5
I
santana
tucuruvi
Q
1 - Barra Bonita
2 - Brotas
3 - Campos do Jordão
4 - Leme
5 - Mongaguá
6 - Guarujá
7 - Caraguatatuba
8 - Mirassol
9 - Paranapiacaba
10 - Santa Adélia
11 - São Roque/Piracicaba
12 - Iguape I
13 - Ribeirão Preto
14 - Campinas
15 - Leão de Judá
16 - Vale das Flores
17 - Vila Patrimonial
NOVAS UNIDADES
1 - Domenico Martinelli
2 - Areião
3 - Estevão Baião
4 - Corruiras
5 - Ponte dos Remédios
REGULARIZAÇÃO
DE LOTEAMENTOS
1 - Brasil Novo
2 - Jardim Corisco II
3 - Campo Limpo
4 - Sitio Itaberaba
5 - Jd. Palmares
PROGRAMA 3 R’s
A - Jd. do Lago
B - São Jorge / Arpoador
C - Jd. Imperador
D - Nova Tietê
E - São Domingos / Camarazal 4
F - São Domingos / Camarazal 7
G - José Paulino dos Santos
H - City Jaraguá
I - Chaparral
J - Tiquatira
K - Goiti
L - Real Parque
DIVISA DAS REGIÕES
COHAB-SP
1 - Jardim Mirian
2 - Parque Boa Esperança
3 - Unidos Venceremos
4 - Paulo Freire
5 - Recanto da Felicidade
6 - Parque do Gato
7 - Olarias
8 - Barro Branco II
9 - Barro Branco I, II, III, IV Sta. Etelvina 1/6A
RENOVA CENTRO
1 - Palacete dos Artistas
URBANIZAÇÃO
DE FAVELAS
A - Jardim Nova Tereza
B - Dois de Maio
C - Sampaio Côrrea
D - Nova Jaguaré
E - Vitotoma Mastroroza
F - São Francisco Global
G - Tiro ao Pombo
H - Jardim Guarani / Boa Esperança
I - Diogo Pires
J - Barão de Antonina
K - Nove de Julho
L - Cinco de Julho
M - Carina Ari
N - Jardim Edite
O - Bamburral
P - Lidiane / Sampaio Côrrea
Q - Gabi
R - Ponte dos Remédios
S - Paraisópolis
T - Jardim Olinda
U - Heliópolis
V - Água Podre
W - Sapé
X - Córrego da Mina
Y - Parque Fernanda I
Z - Cidade Azul
AA - Jardim Colombo
BB - São Judas
CC - Thomas II
DD - Real Parque
1 - Cidade Júlia
2 - Nova Pantanal
3 - Jd. Eldorado / Mata Virgem
4 - Jd. dos Lagos
5 - Santa Margarida V
6 - Jd. Dionísio I e II/Vila Santa Lúcia
7 - Vila Santa Célia
8 - Jd. Ângela II
9 - Jd. São Joaquim
10 - Jd. Arnaldo
11 - Vila Bom Jardim
12 - Nagib I e II
13 - Jd. Planalto
14 - Minuetos
15 - Pq. São Francisco
16 - Kagohara II
17 - Jd. Herculano
18 - Alto da Riviera B
19 - Neumas/Kagohara IV
20 - Pq. Novo Santo Amaro V / Luz Soriano
21 - Pabreu
22 - Condomínio Vargem Grande
23 - Jd. Nova Marilda
24 - Boulevard da Paz
25 - Pq. Nova Santo Amaro VII
26 - Costa do Valado
27 - Renato Locchi
28 - Jd. Solange
29 - Jararau II
30 - São Lourenço
31 - Fujihara II
32 - Jd. Fujihara I e III e Nakamura II
33 - Xambores I e II / Vila Verde
34 - Jd. Araguari / Muriçoca
35 - Chácara Flórida / Chácara Bandeirantes
36 - Nova Varginha
37 - Jd. Capela / Santa Bárbara
38 - Pq. das Cerejeiras
39 - Enlevo
40 - Jd. Calú
41 - Chácara Sonho Azul
42 - Arizona
43 - Jd. Iporã / Jd. Casagrande
44 - Ângelo Tarsini
45 - Cardeal Rossi
46 - CEU Cidade Dutra
47 - Alcindo Ferreira / Jd. Cruzeiro
48 - Chácara do Conde I e II
49 - Jd. Satélite I e II
50 - Dezenove
51 - Jd. Represa
52 - Ribeirão das Pedras
53 - Ipojuca Luis de Araújo
54 - Vila Rubi
55 - Jd. Pouso Alegre
56 - Jd. Real
57 - Pq. América
58 - Jd. Noronha
59 - Pq. São José VI
60 - Jd. Itatiaia
61 - Pq. São José I e II
62 - Cantinho do Céu / Gaivota
63 - Jd. Horizonte Azul / Sapato Branco
64 - Jd. Manacás
65 - Pq. São José VII, Três Cânticos e Entorno
66 - Alto da Alegria
67 - Nova Grajaú II
68 - Cocaia I
69 - Jd. São Bernardo II
70 - Vila Santa Francisca / Cabrini IV
71 - Vila Santa Fé
72 - Pq. Maria Fernando I e II
LIMITE DAS SUBPREFEITURAS
LIMITE DAS ÁREAS DE MANANCIAIS
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
11
SUL
Obras no córrego
do Jardim Colombo
estão na 2ª quadra
As obras na segunda quadra do córrego do
Jardim Colombo, na Zona Sul, tiveram início em
março. Ao mesmo tempo, a Prefeitura começou
a trabalhar na canalização da primeira quadra.
Essas intervenções fazem parte do projeto de
urbanização denominado Jardim Colombo B,
que prevê, além da canalização do córrego, a
construção de 264 unidades habitacionais, de 40 imóveis
comerciais e de obras de infraestrutura em ruas e vielas e
também das redes de água e de esgoto.
Desde o início das obras, as famílias que viviam às margens do córrego passaram a ser atendidas pela Secretaria
Municipal de Habitação (Sehab). O investimento total é de
R$ 28 milhões, com previsão de entrega para o final de
2013. “Os edifícios do condomínio Jardim Colombo B foram
projetados de maneira a prover o máximo de unidades habitacionais possível, acompanhando a topografia do terreno
bastante acidentada”, comenta o arquiteto Edson Elito, responsável pelo projeto.
As intervenções no Jardim Colombo estão incluídas em
um projeto maior para toda a área de Paraisópolis, que abrange também a comunidade Porto Seguro. Para essa região,
está prevista ainda a construção de um parque linear e de
equipamentos comunitários.
MARCOS PALHARES
Famílias que viviam na
beira do córrego estão
sendo atendidas pela Sehab
MANANCIAIS
Trabalhos avançam na área do
Jardim Pabreu/Prainha
A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) está executando obras de esgotamento sanitário, drenagem e pavimentação de calçadas no Jardim Pabreu/Prainha, área
do Grajaú (Zona Sul) onde vivem 1.610 famílias. Moradores
de área de risco também estão recebendo atendimento da
Prefeitura – eles serão reassentados em novas unidades
habitacionais próximas ao local, na Chácara do Conde.
No lugar das moradias em áreas de risco, que estão sendo demolidas, será implantado um parque linear. O equipamento vai ficar na orla da Represa Billings e seguirá
os moldes do Cantinho do Céu. Serão investidos cerca de
R$ 78 milhões na área. A conclusão dessas intervenções
está prevista para dezembro de 2014.
LESTE
Reforma no Goiti entra em fase final
Em reforma desde o ano passado, o conjunto habitacional
Goiti, em Itaquera (Zona Leste), entrou na fase final de obras. O
empreendimento vai ter nova pintura, paisagismo, cercamento e equipamentos de segurança. Telhados, caixas d’água e
ligações de gás estão sendo trocados.
As obras integram o Programa 3 Rs (Regularização, Recuperação de Créditos e Revitalização dos Empreendimentos),
criado pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), com
investimento de R$ 2,5 milhões. Com término previsto para
junho, a reforma vai beneficiar os moradores dos 296 apartamentos do conjunto.
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
12
Prefeitura executa
obras de esgotamento
sanitário
FOTOS: Divulgação
Além da canalização, serão
construídas 264 unidades
e 40 imóveis comerciais
FOTOS: Divulgação
CENTRO
Terreno do Estevão Baião já
está pronto para as obras
Tudo pronto para o início das obras
do futuro condomínio Estevão Baião,
na região do Campo Belo (Zona Sul).
Em fevereiro, o terreno recebeu as
estacas de marcação. No local, serão
construídas 300 unidades habitacionais, com previsão de entrega para o
primeiro semestre de 2013.
Em duas áreas próximas – Iguaçu
e Gutemberg –, outros imóveis estão
em construção. São dois prédios de
quatro pavimentos, com 19 unidades
habitacionais cada, mais sala de leitura e playground. Esses imóveis devem
ser entregues em agosto deste ano.
No prédio do Iguaçu, a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) já está
concluindo o último pavimento. Já no
Gutemberg, as obras estão na terceira
laje. O valor total investido nas três áreas será de R$ 56,4 milhões.
Obra deve ficar pronta
até o final deste ano
Começa a construção da
terceira torre no Jardim Edite
Além de 252 unidades habitacionais, condomínio terá creche,
restaurante-escola e Unidade Básica de Saúde
A última das três torres do condomínio Jardim Edite, no Brooklin (Zona Sul), começou a ser construída em fevereiro. A previsão é de que tudo seja concluído até o final
deste ano. Além das torres de 17 andares cada, serão erguidos dois prédios com seis
pavimentos cada, totalizando 252 novas unidades. O térreo dos prédios será ocupado
com equipamentos públicos como uma creche, um restaurante-escola e uma UBS.
O terreno onde está sendo construído o condomínio Jardim Edite está localizado
no cruzamento das avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini e Jornalista Roberto Marinho. Segundo a arquiteta Marta Moreira, do escritório MMBB Arquitetos (co-responsável pelo projeto, junto com o escritório H+F Arquitetura), o objetivo principal dos equipamentos públicos no térreo dos prédios é o de garantir a integração com a cidade.
“A garantia de uso coletivo dos espaços fará com que o conjunto não fique fechado em
si. Além disso, os limites do lote foram incluídos como alargamentos do passeio público, o
que também vai colaborar para o trânsito da população do entorno”, ressalta a arquiteta.
O investimento de R$ 43,3 milhões integra os recursos previstos para a Operação
Urbana Água Espraiada. A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) também fará no
local obras como rede de esgoto, drenagem, pavimentação de vias e paisagismo.
MARCOS PALHARES
Corruíras deve ficar
pronto em setembro
Com entrega prevista para setembro,
o conjunto habitacional Corruíras, no
bairro do Jabaquara (Zona Sudeste),
está com as obras em fase avançada.
A laje do piso do terceiro pavimento
do Bloco A foi iniciada. No Bloco B, os
serviços de alvenaria, como a construção de paredes, estão em andamento
no segundo pavimento. O empreendimento prevê a construção de 244
unidades, com investimento de R$
39,6 milhões – recursos provenientes
da Operação Urbana Água Espraiada.
A previsão de entrega dos imóveis é
para setembro deste ano.
Obras avançam
no Corruíras
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
13
EMPREGO & FINANÇAS
DINHEIRO
Como entender o
‘Economês’
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
14
Saiba o que são e como afetam sua vida
coisas aparentemente complicadas como
inflação, dólar, taxa de juros...
Sabe quando você vai à padaria com R$ 2 e compra menos pães
do que na semana passada? Aprenda: isso é inflação. Voltando
pra casa, você passa em frente a uma loja de eletrodomésticos e
percebe que aquela tevê que você queria comprar está com preço
menor. Pode apostar: o dólar baixou – e, por isso, o aparelho, por
ser fabricado em outro país, ficou mais barato. No outro dia, você
vai ao banco para ver se consegue um empréstimo para comprar
a TV. O gerente explica que, quando você for devolver o dinheiro,
vai pagar um pouco mais do que pegou. Isso é a taxa de juros.
Como se vê, muitos desses termos que vemos todo dia no
“Jornal Nacional” (inflação, dólar, taxa de juros, PIB, ações da bolsa...) podem parecer muito complicados num primeiro momento.
Mas todos têm relação direta com a sua vida. Vejamos o PIB, por
exemplo, que é a sigla de Produto Interno Bruto. “Geralmente,
costuma-se dizer que é a quantidade de riqueza que o país
acumulou ou produziu no período de um ano”, diz a professora
de macroeconomia da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP) Cristina Helena de Mello.
“Mas o que o PIB tem a ver com a nossa vida? Primeiro, se o
país está produzindo mais, as empresas estão ganhando mais
dinheiro e, por isso, vão contratar mais gente. Logo, vai aumentar
a oferta de empregos e os salários devem melhorar”, explica a economista. “Porém, se as empresas vão contratar e produzir mais,
também vão gastar mais dinheiro com isso. Daí, é bem provável
que repassem esse gasto para o preço dos produtos – e nós vamos pagar mais caro no supermercado”, acrescenta.
Outra coisa que confunde as pessoas: a bolsa de valores. Vira
e mexe, o mesmo “Jornal Nacional” afirma que a BM&FBovespa
fechou em alta ou em baixa. O que isso significa? Pra resumir,
uma bolsa de valores é um lugar onde as pessoas compram ou
vendem ações de várias empresas diferentes. As ações são como
“pedaços” de uma empresa: se você compra uma (ou muitas), fica
sócio dela. E, se a empresa está ganhando muito dinheiro, você
vai poder vender a ação por um preço maior do que o que pagou.
Mas o que o movimento da bolsa de valores importa para nós,
que não compramos ações e não fazemos negócios lá? “Se a
bolsa cai e continua caindo muito, todo dia, é sinal de que as empresas estão perdendo dinheiro – e que a economia do país está
piorando”, afirma o coordenador do curso de ciências econômicas
da PUC-SP, Antônio Carlos Alves dos Santos. Ou seja: vai ter menos
emprego, menos dinheiro no bolso, menos comida na mesa. Nas
próximas páginas, vamos tentar traduzir um pouco mais do “economês”, essa língua que sempre é bom entender.
MARCOS PALHARES
Inflação: menos
dinheiro para gastar
Sempre que escutam que o preço do dólar subiu ou desceu, muitos se perguntam: “E eu com isso?”. Pois voltemos
ao exemplo da padaria: “Para fazer o pão, é preciso farinha.
Se, para fazer a farinha, a fábrica compra trigo em outro país,
ela paga em dólar. Se o preço do dólar sobe, ela vai pagar
mais e, depois, vai vender a farinha mais cara para a padaria.
E você, com toda certeza, vai gastar mais para comprar pão”,
exemplifica o economista Antônio Carlos Alves dos Santos.
Mas por que o dólar sobe? Assim como todas as coisas
que compramos, o dólar também tem seu preço em reais.
“Se os estrangeiros compram muita coisa do Brasil, entra
bastante dólar aqui. Daí, o preço desce. Quando, ao contrário,
diminui a quantidade de dólar no país, a procura é maior e o
preço sobe”, afirma Cristina Helena de Mello. Segundo ela, o
preço divulgado na tevê é uma média: tem lugar que
cobra mais e outro que cobra menos pelo dólar. “É o
mesmo que a diferença de preços dos supermercados: se num deles o preço da banana é R$ 1 e
no outro é R$ 3, o preço médio é R$ 2. A cotação do dólar também é o preço médio do dia.”
José Rodrigo sente
se a inflação subiu no
número de clientes
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
FOTOS: Newton Santos
Se a farinha é paga em dólar,
o preço do pão muda
Quem já era adulto – e pagava contas – antes de 1994,
quando foi criado o Plano Real, deve lembrar muito bem do
“monstro da inflação”. Naquele tempo, os preços de todas
as coisas aumentavam da noite pro dia. Em dezembro de
1989, por exemplo, a inflação bateu em 55%. Se fosse hoje,
isso significaria que, se você pagasse R$ 300 na compra
de supermercado do mês, teria que gastar R$ 465 para
adquirir as mesmas coisas apenas 30 dias depois!
“Inflação é isso: é o que conseguimos ou não comprar com
o nosso dinheiro”, resume a economista Cristina Helena de
Mello. “Quem está em casa escuta na TV que a inflação vai
ser de 6% ao ano e não entende que, na verdade, vai ter 6%
menos de dinheiro para pagar a conta do supermercado, do
transporte, dos remédios, da luz, do telefone.” Mas por que
os preços mudam? Basicamente, pela chamada “lei da oferta
e da procura”: se ninguém está procurando uma coisa ou um
serviço, o preço cai. Se todo mundo procura, o preço sobe.
José Rodrigo de Amorim, de 45 anos, morador de Paraisópolis (Zona Sul), aprendeu isso na prática. “Eu vendo produtos da Natura e tenho clientes que deixam para
comprar no mês seguinte e encontram o preço mais caro.
É a inflação”, comenta. “E tem o outro lado: eu reparo que,
às vezes, não consigo comprar as mesmas coisas que
preciso de um mês para o outro. O dinheiro ‘encurta’ no
bolso”, diz o vendedor. É exatamente isso: a inflação ‘encurta’ nosso poder de comprar.
15
Taxas de juros seguem a
‘lei dos cunhados’
Juros são aquele dinheiro que você paga a mais
quando pega dinheiro emprestado. Isso significa
que, se você pegou R$ 100 a uma taxa de 10% ao
mês, terá que devolver R$ 110 dali a 30 dias.
Mas, de vez em quando, a gente ouve na tevê
que o Copom (Comitê de Política Monetária,
órgão ligado ao Governo Federal) se reuniu e
aumentou ou baixou a taxa básica de juros, a
chamada Taxa Selic. Muita gente faz confusão:
o que é a Selic e qual a diferença para outras taxas de juros?
“Quando os bancos comerciais vão pegar
dinheiro no Banco Central, eles se comprometem a devolver com correção de juros pela Taxa
Selic”, explica a economista Cristina Helena de
Mello. “Por isso, se a Selic baixa e os bancos
pegam dinheiro mais barato, podem emprestar
para a gente cobrando juros menores, também.”
Além da Selic, a economia brasileira tem outras taxas de juros específicas para cada setor.
E elas são diferentes. “Os juros do cartão de crédito, por exemplo, são muito altos. Porque você
sai gastando e, se não tiver dinheiro para pagar
depois, é praticamente impossível para a operadora do cartão reaver aquilo que você comprou:
alimentos, passagens, etc. Já o financiamento
de um carro tem juros mais baratos, pois, se
você não quitar a dívida, eles podem simplesmente tomar o automóvel. É mais garantido”,
compara a economista.
Para facilitar a explicação, a economista inventou uma divertida “lei dos cunhados”. “Vamos supor que você tenha dois cunhados e eles
vivem te pedindo dinheiro emprestado”, brinca
Cristina. “Um deles te devolve todo o dinheiro,
sempre no prazo combinado. O outro te enrola,
não paga no dia, só dá dor de cabeça. Assim,
para o primeiro você cobra juros baixos, pois
o risco de ele não pagar é pequeno. Já para o
segundo, você cobra juros bem altos, pra compensar a possível perda do dinheiro – ou desencorajá-lo de pedir emprestado. As taxas de
juros, dependendo do risco envolvido, seguem a
mesma lógica”, completa.
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
16
DICAS DE BOLSO
dicionário com os
Renova SP preparou um pequeno
termos mais falados na economia
INFLAÇÃO
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CONSUMO
Dez mimos para
a mamãe
No mês de maio, carteira vazia não é motivo para deixar o Dia
das Mães passar em branco.
Maior centro de compras a céu aberto da América Latina, a
região da Rua 25 de Março, no Centro, reúne 3.000 lojas espalhadas por 17 ruas e ladeiras. A maioria oferece produtos bem
mais em conta do que nos shoppings. Confira, a seguir, um roteiro com dez endereços para garantir a festa no dia 13.
DÉBORA YURI
1
8
Para não fazer feio no dia dela, siga esse
roteiro na região da 25 de Março
MAQUIAGEM E PERFUME IMPORTADO
Dentro da mesma galeria, a Graluf’s vende perfumes importados e a Le Look investe em comércio chique de maquiagens.
Perfumaria Graluf’s. Ladeira Porto Geral, 14, tel. 3115-6865.
Le Look. Ladeira Porto Geral, 14, tel. 3101-6769.
2
BOLSA DE MÃO
Na AE Bijoux, existem centenas de bolsas de mão (as “clutches”)
– em renda, strass, palha e metal –, que custam de R$ 15 a R$ 35.
Ladeira Porto Geral, 75, tel. 3227-7722.
3 PASHMINA
Na I Love Bijoux, as pashminas vão de R$ 4,99 a R$ 14,99, em
várias cores.
Ladeira Porto Geral, 109/113, tel. 3326-8602.
4 ACESSÓRIOS FASHION
Patricinhas e descoladas lotam o Espaço ND, que vende bolsas,
colares, pulseiras, bolsas e peças de roupa criados no próprio
ateliê da marca.
R. Varnhagen, 25, tel. 3228-2589.
OBJETOS PARA A CASA
Para mães entretidas com a decoração da nova casa, a Milli vende luminárias e objetos moderninhos de cozinha.
R. Comendador Abdo Schahin, 180, tel. 3228-1710.
9
ROUPAS INDIANAS
Loja especializada em artigos indianos, a Kenuz vende luminárias em mosaico (a partir de R$ 99), echarpes e pashminas (de
R$ 8,50 a R$ 42) e roupas (vestidos floridos, R$ 50).
R. Comendador Abdo Schahin, 142, tel. 3227-1896.
10 DOCINHOS ÁRABES
Mulheres adoram doces, e as mães não fogem a essa regra.
Para fazer um agrado final, passe no Empório Syrio. Os campeões de venda são os itens recheados com damasco, tâmaras e
pistache, além das bandejas sortidas.
R. Comendador Abdo Schahin, 136, tel. 3228-3640.
ONDE FICAM
7
6
5
SALTO ALTO
O forte da Mundial Calçados são sapatos femininos de fabricação própria – de botas e scarpins a sapatilhas.
R. 25 de Março, 831, tel. 3228-7474.
5
9
6
8
LINGERIE
Em diversos modelos e cores, conjuntos de lingerie (a partir de
R$ 14) e sutiãs avulsos (R$ 12) fazem a festa da mulherada na
Lingerie 25.
R. 25 de Março, 875, tel. 3329-9030.
7
ANÉIS, PULSEIRAS & BRINCOS
Pulseiras de metal, acrílicas, com strass ou pedra custam a partir de R$ 12 na America Bijoux.
R. 25 de Março, 926/930, tel. 3228-2103.
10
2
4
3
1
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
17
CONSTRUÇÃO & DECORAÇÃO
ESTILO
Dança
dos pisos
De madeira, laminado ou
carpete: entenda as diferenças
entre eles e escolha o seu
Um clássico, um campeão de vendas e um quase desconhecido pelos leigos. Quem já fica cheio de dúvidas na hora de
escolher o piso para a nova casa costuma se embaralhar ainda
mais com as opções que trazem “madeira” no pacote. Afinal,
qual a diferença – e os prós e contras – entre o piso de madeira, o piso laminado e o carpete de madeira? A seguir, Renova SP
conta um pouco de cada um.
DÉBORA YURI
PISO DE MADEIRA
Alta resistência ao tempo e a
riscos, beleza, pode ser lixado
inúmeras vezes e fica sempre
com cara de novo.
Divulgação/dt.estudio
Preço alto e longo tempo para
a aplicação.
PREÇO MÉDIO: R$ 220 o m².
É um clássico, artigo nobre, 100% feito de madeira maciça.
Pode vir em formato de assoalho, taco ou taquinho. O piso de
madeira dura bastante e fica com cara de novo após raspagens.
Além disso, confere ao ambiente beleza e conforto térmico.
O lado negativo é que, das três opções, ele é o mais doloroso
para o bolso. “Quanto mais madeira o piso tem, mais caro ele
custa”, explica o arquiteto do escritório dt.estudio Luis Bernardini. Esse tipo de revestimento também exige mais trabalho e
tempo para ser colocado. É preciso lixar o piso e deixar que ele
acomode, o que dura cerca de 20 dias e costuma ser um fardo
para quem precisa ficar em casa enquanto acontece a obra.
A solução pode ser o piso pronto, modalidade recente da categoria pisos de madeira, que só é encaixado e colado. Como
Renova SP
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se trata, também, de madeira, o preço é praticamente o mesmo dos tradicionais.
Pisos de madeira custam mais porque têm alta durabilidade, diz Bernardini. “Há apartamentos de 60 anos cujo piso
ainda está intacto. Mas o preço salgado mudou, por exemplo,
os formatos mais comuns. Antes, o pessoal usava tábuas corridas maciças; hoje, o que se vê são tacos, taquinhos e réguas
estreitas e menores.”
Uma dica é ficar de olho em réguas e tacos velhos, já que
muita gente joga o material fora quando decide reformar a
casa, sugere o arquiteto. “Essas madeiras são de ótima qualidade e podem ser reaproveitadas. Recolher madeira antiga,
recuperá-la e fazer um piso novo é o mais indicado.”
PISO LAMINADO
Tem boa aparência e cara de madeira, custa
menos, fácil colocação, simples de limpar,
mais resistente a riscos do que o carpete de
madeira.
CARPETE DE MADEIRA
Um compensado com uma lâmina fina de madeira natural, colada e prensada por cima: esse é o carpete de madeira, opção bem mais em conta do que a madeira maciça.
Outro ponto positivo é a sua aplicação, rápida e prática.
Essa alternativa, porém, também tem lados negativos. O carpete risca facilmente (nem pense em colocar
sobre ele móveis pesados ou rodízios) e, quando isso
acontece, não é possível recuperá-lo. Além disso, oferece pouca resistência à água e produz um barulho quando se anda sobre ele.
Divulgação/Duratex
Bastante comuns em casas e apartamentos, são placas
revestidas de fórmica que imitam a madeira verdadeira. Os
pisos laminados são de fácil aplicação pois podem ser colocados sobre pisos já existentes. O mercado oferece várias
cores e tipos de texturas que se passam facilmente por madeira, das mais claras às avermelhadas.
A diferença para o carpete de madeira está no revestimento. O laminado usa melamínico, que transmite a impressão de madeira, e é 100% sintético; já o carpete é um
pouco mais grosso e vem com uma fina camada do material verdadeiro.
Para a arquiteta Legiani de Melo Borba, do escritório
LL&S Arquitetura, o piso laminado hoje é o mais indicado
para quem não pode gastar muito. “É barato, bonito, prático
de instalar e fácil de limpar”, diz. “Como o custo ficou praticamente empatado com o carpete de madeira, esse último
está sumindo do mercado.”
Um problema é a baixa tolerância à umidade. Outro é sua
vida útil – o laminado dura de cinco a oito anos, dependendo do fabricante e dos cuidados do dono. De qualquer jeito,
trata-se de uma opção mais resistente a riscos do que o
carpete de madeira. Sua manutenção também é a mais
prática: basta passar um pano úmido. A madeira precisa de
cera adequada, que não afete a sua cor.
Dura menos do que o piso de madeira
maciça e não tolera umidade.
PREÇO MÉDIO: R$ 50 o m².
Parece madeira, é mais barato e sua
aplicação é simples.
Risca com facilidade e, quando danificado,
não pode ser recuperado. Costuma emitir
ruído ao ser pisado. Não suporta umidade.
PREÇO MÉDIO: R$ 60 o m².
SERVIÇO
dt.estudio. Tel. 3032-4946. www.dtestudio.com.br.
Duratex. Tel. 0800-770-3872. www.duratex.com.br.
LL&S Arquitetura. Tel. 2606-1454.
Renova SP
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O que cultivar numa varanda?
Pergunte
ao ARQUITETO
Silvia Regina de Souza, 46 anos, dona de casa, moradora
do Jardim Olinda
“Que tal preparar um jardim de temperos na varanda? Em
geral, os temperos gostam de sol, mas não vão bem com muito vento. Também tome cuidado para não deixar o vaso na beirada, com perigo de cair.
Você vai precisar de um vaso com pelo menos um palmo
de profundidade. Pode comprar, fazer ou aproveitar um do tamanho que não atrapalhe a sua varanda. Aqueles vasos compridos, com um palmo de largura por dois ou três de comprimento aproveitam melhor o espaço do que um redondo. O vaso
precisa ter furos embaixo para não acumular água. Prepare o
fundo fazendo uma camada fina de pedrisco ou caco de telha.
Cubra com jornal ou um pedaço de pano e complete com terra.
A melhor terra é uma mistura de uma parte de terra preta
(húmus), uma parte de terra vermelha e uma parte de areia.
Para sementes, a terra mais fofa é a ideal.
Você pode plantar as sementes ou as mudas já crescidas.
Ervas frescas para a cozinha podem
ser plantadas na varanda
FOTO: Débora Yuri
“Quais as plantas mais indicadas para colocar numa varanda
pequena, onde bate sol? Posso cultivar ervas nesse espaço?”
Manjericão, coentro, tomilho, sálvia, orégano, salsinha, cebolinha, manjerona, hortelã, alecrim... Escolha uma quantidade
que caiba no vaso, sem ficar muito apertado. Regue com água
de manhã ou à noite. Aperte a terra com um dedo para saber se
está úmida ou se precisa regar. Evite molhar as folhas.
Não deixe folhas secas no vaso porque podem criar fungos e
bactérias que prejudicam as plantas. Em vez de arrancar com
as mãos, corte sempre os talos com uma tesoura ou faca afiada, pois assim elas crescerão novamente e mais rápido.”
Roberto Sakamoto, arquiteto, urbanista e paisagista.
robertosakamoto.wordpress.com.
Mande sua dúvida para a Renova SP
no e-mail [email protected]
PASSO A PASSO | SACO DE LIXO DE JORNAL
Saiba como aproveitar o jornal velho
para substituir os saquinhos plásticos
FOTOS: Divulgação
2
Faça uma dobra para marcar, no
sentido vertical, a metade da página
da direita. Dobre a beirada dessa página para dentro, até a marca. Você
terá dobrado uma aba equivalente a
um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado. Depois, dobre
a ponta inferior direita sobre a ponta
superior esquerda, formando um triângulo, e mantenha sua base para baixo.
Em seguida, dobre a ponta inferior
direita do triângulo até a metade da
lateral esquerda do triângulo. Vire a
dobradura “de barriga para baixo”, escondendo a aba que você acabou de
dobrar. Novamente, do outro lado, dobre a ponta da direita até a metade da
lateral esquerda, repetindo o processo.
3
Para fazer a boca do saquinho,
pegue uma parte da ponta de cima
do jornal e enfie para dentro da aba
que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro. Sobrará
a ponta de cima, que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado. Daí,
vire a dobradura para o outro lado e
repita a operação. Abrindo a parte
de cima, eis o saquinho de jornal. É
só encaixar no cesto.
ITENS NECESSÁRIOS: Duas ou três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. Observação: não use o
saco de jornal para cestos em que jogará líquidos ou lixo úmido.
Renova SP
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Fonte: Juliana Valentini, do blog De verde casa
(www.deverdecasa.com)
1
CULTURE & RECREATION
LIFESTYLE
The green spot
Communities like
Jardim Iporanga get
more wooded
They purify the air,
decrease the heat and
beautify the city; on the
outskirts, trees also bring
the community together
and become a recreation
symbol
MAIS INFORMAÇÕES
Bonsai Club – Bonsai Okuda.
2.142 Alvarenga Street, 3031-4834.
www.clubedobonsai.com.br.
PHOTO: Newton Santos
Living Trees Project.
arvoresvivas.wordpress.com.
FIND YOUR
TREE
Who has never written two names and drew a heart in the
center of a trunk that casts the first stone. Besides showing the
lovers’ names to the whole neighborhood, trees have a more
importante function: socialization.
Under the trees, elderlies chat, couples share promises, kids
play with theirs pets, families have a picnic. They are a meeting point for the community – and bring a small town feeling
to suburbs, including homemade ice cream and coconut water.
Urban and ecologically speaking, trees are also valuable:
they beautify the city and decrease the heat, purify the air and
ease the drainage, among other benefits. Their value is inestimable – especially in a city dominated by concret and asphalt‘s
grey looking as São Paulo.
“The tree is a living being and an urban equipment thatcollects rain water, ease the noise, provides shadow, absorb carbon dioxide and releases oxygen”, University of São Paulo’s
(USP) Botany Department professor Gregório Ceccantini explains.
Despite all these advantages, trees are still scarce in the city.
According to the professor, the World Health Organization (WHO)
recommends, at least, a green area of 12 square meters and
three trees per resident. “São Paulo is very far from this. Another
problem is that the city’s afforestation is poorly distributed.”
Upper middle class neighborhoods like Jardins, Pinheiros,
Perdizes, Pacaembu and Higienópolis concentrate São Paulo’s
trees. “In the other hand, the East Zone practically has no trees,
while the city centre resents for its density.”
In order to bring green to the outskirts, the Municipal Hous-
Everyone can take seedlings
ing Secretariat of
for free at Manequinho Lopes
São Paulo (Sehab)
Hotbed, run by the Municipality
includes landscap– IV Centenário Avenue, Gate
ing projects for the
7A, Ibirapuera Park, 3887-6761.
communities it
Opening hours: Monday-Friday,
urbanizes. “All
7h-16h.
ofour projects
The Living Trees Project’s
contemplate the
picnic
for seeds and seedling’s
afforestation theme”,
exchange will take place on
says Sehab’s project coorApril 22, at Luz Park.
dinator, Maria Teresa Diniz.
“These are dry areas, with no
green spots, and it warms up the
neighborhood too much.”
An University of São Paulo’s State (Unesp)
research showed that the city may have a temperature difference of up to 14 degrees Celsius from oneneighborhood to another, at the same time.
The outskirts will play an important part in São Paulo’s afforestation, blogger and environmental educator Juliana
Gatti points out. “A lot of communities still can get a more wellplanned urbanization process”, says the coordinator of Árvores
Vivas (Living Trees) Project.
Even though the grey is still the most common colour in São
Paulo, it’s not impossible to find small hidden places in the city
– all of them with plenty of stories going on under the trees.
Renova SP tells some of them on the next pages.
DÉBORA YURI
Renova SP
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Jardim Olinda’s
PHOTO: Newton Santos
”small forest”
Jaílda, Heloísa e
Simone hang out at
Jardim Olinda’s square
Three elderlies chat under the crown
of a tree, boys ride a bycicle in the skating rink, other kids play soccer on the
court. In front of the square, a small
grocery store is a hit, offering cold coconut water for R$ 2,50 and homemade
ice cream for R$ 0,50. Teenagers rest
in a shadow with chips and soda; in another table, a young couple talks and
gets together.
The “small forest” of Jardim Olinda, in
Campo Limpo (South Zone), is packed
on a Wednesday afternoon. This is the
nickname for the community’s main
square, the place where four families
started to plant seedlings more than 20
years ago.
“We came here to drink some beer,
and I brought my daughter so that she
can have some fun”, says production
Residents helped in Joana D’Arc
Joana D’Arc’s square, in Jaçanã (North Zone), was projected according to the community’s requests. Some years ago, the residents planted almost ten trees in the
place, which served as an outdoor recreation area.
“We mapped out the area, identified the trees species and designed a project in order to keep them”, says architect and urbanist Rosângela Bringel, from Sehab’s Regularization Department of Land Subdivision (Resolo), that was in charge of the works.
“We just took off some shrubs that could obstruct the drivers’view.”
Concluded in the end of last year, the square was equipped with playground, a
hiking trail and more trees. Residents spoke out about planting and helped with the
gardening. “The square is located in a flat part of the allotment, in an open area, not
confined. It became an important recreation option for the community, especially for
kids and theirs moms”, points the architect.
Renova SP
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assistant Jaílda Teixeira dos Santos, 27
years old. While Heloísa Vitória, aged 6,
plays in the playground, she and her
friend Simone Gonçalves, 37 years old,
enjoy the shadow in one of the square’s
tables.
“I’ve been living in Olinda for 23
years. The neighborhood got better
with the square, that became a spot
for recreation and socialization. In past
times, this was an open-air sewage”,
Simone compares. On weekends, she
hangs a hammock on one of the trees
to take a nap.
For social interaction, the Municipal
Government set up domino tables in the
place. Maria do Socorro Pacheco de Sousa, a 64-year-old retiree who has been
living in Olinda for 45 years, is a regular
“habitué” of the place. “I like to sit here
and enjoy a shadow, once the square
is breezy – it gets too warm inside my
house. So I stay here, chating with neighbors”, says the fan of the community’s
trees. “Besides providing us some refresh, they beautify the neighborhood
and absorb the pollution.”
GREEN
TOUR
How about taking the
weekend to go on a tour
and explore the city’s historic
trees? The stroll recomended by
José Rubens Pirani, a botanic and
professor at University of São Paulo
(USP), is concentrated downtown,
which hosts the chicha of Largo do
Arouche, the secular fig of Ladeira da
Memória and the very high imperial
palm trees of Ramos Square. He
also includes in the itinerary the
huge banyan tree located at A
Figueira Rubayat restaurant,
in Jardins.
PHOTO: Newton Santos
It’s authorized to plant trees in
houses’ backyard, but the responsability
is of the property owner. The “Technical
Manual for Urban Afforestation” is
available on Municipal Green and
Environment Secretariat website. It lists
trees species that can be planted in the
city and in what locations.
Adriana has picnics
with her kids near
the spring
Squares, springs and environmental
education in Jardim Iporanga
For almost two decades living in
Jardim Iporanga, Raimunda dos Santos,
aged 52, is proud to tell she’s an environmental agent. “This place was an ugly
and dirty stream”, she says, looking at
the spring that runs through the area.
“Now I take care of the plants and the
water everyday, and teach children
about the importance of preserving
our green spots.”
Raimunda is one of the five environmental agents of the community, which
was urbanized by the Municipal Government with the Mananciais (Water Sources) Program. The strings of Iporanga
Stream were recovered and hundreds of
trees, planted after the urbanization. One
of the favorites is the pau-brasil located
in front of the Residents Association.
Surrounded by pitangueiras and lemon
trees, the Caldeirão do Iporanga soccer
field is also special – so much it even got
a caretaker.
But nothing beats the stream’s spring
CAN I PLANT IN
MY BACKYARD?
in the residents’ hearts. On weekends,
the place is a hit, says 28-year-old Association’s volunteer Adriana Luiza de
Araújo. “I come up here with my two children. We bring a sheet and spread it in
the shadow of a tree, and get some sandwiches supply from the corner’s grocery
store to have a picnic. The kids wear
swimsuits and play in the water.”
According to the Association president, 45-year-old Sandra Regina Pereira,
the environmental education is now one
of the priorities. “We have the privilege
to live beside a water source, with fertile
soil and fruit trees. We talk to the community about the urge to take care and
preserve this environment.”
Also a resident and an environmental agent from Iporanga, located in
Capela do Socorro (South Zone), Paulo
César Yoshikawa, 41 years old, abbreviates: “To live in a place is also to take
care of it and to enjoy the things the
neighborhood provides”.
Paraisópolis
is going to be
an afforested
community
Currently in the third fase, the urbanization of Paraisópolis, in Morumbi (South Zone), includes a vast landscaping project, signed by architect
Ciro Pirondi.
“The community deepest areas
need tree crowns that reflect light to
get brighter”, says Maria Teresa Diniz,
the urbanization project’s coordinator
for the area. “On the other hand, the
top parts, that don’t face this lightness problem, will get other trees
species, with different colors foliage.”
Besides the team work of architects, landscape architects, urbanists and environmental engineers,
Sehab tries to engage the community
in the pro-afforestation movement.
In January, the Secretariat carried
out, in partnership with the Municipal
Green and Environment Secretariat, a
task-force to plant 250 seedlings in
front of Condominium D. “With more
trees, we’d have a much better city”,
Maria Teresa points out.
Renova SP
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PHOTO: Newton Santos
Cláudia and Orlando
support the eucalyptus’
permanency in the area
Two eucalyptus
tell the story of
Tiro ao Pombo
Doorman Orlando Cícero de Sousa, aged 39, misses the green.
“There’s a lack of vegetation in our community. We almost don’t
have any trees”, says this Tiro ao Pombo (Brasilândia, North
Zone) resident for 15 years. His beloved trees are two high and
old eucalyptus, placed in the area before the slum even existed.
“There were dozens of trees in the region, but, with the occupation, a deforestation movement took place.”
The last two surviving eucalyptus will be preserved by the
urbanization project Sehab is implementing in the community.
They are currently in the construction site; later, the trees may
integrate a new square that will be built for the residents.
“I think it’s nice that they stay here. Trees serve to beautify
the region and to provide shadow”, Orlando says. He tried to cultivate plants at home to enhance the atmosphere and improve
the scenario. “I bought a small squared jar in the fruit and vegetable market, with chili plant, rosemary, sansevieria, rue herb.
Many of them are already dead, once my life is so fast.”
For 17 years at Tiro, seamstress Cláudia Maria Maia, aged 49,
hopes that the eucalyptus become the symbol of a recreation
area attended by kids from the community. “They will seen as a
memory of the old occupation”, she jokes.
THE FACE OF SAMPA
Blogger and Árvores Vivas (Living Trees) Project coordinator
Juliana Gatti lists the most emblematic trees in the city
TIPUANA
SIBIPIRUNA
Scientific name: Tipuana tipu.
Scientific name: Caesalpinia peltophoroides.
One of the most common trees in the State
of São Paulo, due to the intense urban afforestation that took place in the 50’s and 60’s.
QUARESMEIRA
Scientific name: Tibouchina granulosa.
It has purple or pink colored flowers and is
very popular for landscaping architecture.
There are a lot of them on 23 de Maio Avenue.
PHOTOS: Projeto Árvores Vivas
PAINEIRA-ROSA
Scientific name: Ceiba speciosa.
In the blooming season, the silk-floss Ttee
loses its leaves and show off a pink or white
crown. They are common on Pedro Álvares
Cabral Avenue, near the Ibirapuera Park’s lake.
Renova SP
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Another common specie in the urban afforestation, mainly on Nove de Julho Avenue,
near Brigadeiro Faria Lima. Pau-brasil’s
sibling, it has an elegant crown, with small
light-green leaves. Its yellow flowers become a carpet on the streets when they
fall off.
IPÊ-ROXO
Scientific name: Handroanthus sp.
Ornamental tree, it is one of the most
common ipê species in urban afforestation and reforestation. Always
remarkable in the blooming season,
they are present in most of the city’s
old cemeteries.
SAÚDE
Caminhada mobiliza
FOTO: Newton Santos
moradores do Jardim Mirna
Agentes da UBS local
coordenam atividade
duas vezes por semana
no Parque Linear Cocaia
Antes de caminhar,
moradores fazem alongamento
No final do ano passado, a comerciante
Janaína Moraes da Silva, de 35 anos, começou a se preocupar com os sintomas
que vinha sentindo. “Eu estava muito acima do peso e dormia mal. Tinha dor nas
costas, fôlego curto, tonturas”, conta. “Foi
então que as agentes de saúde que visitam as famílias do bairro me disseram
para mudar a alimentação e fazer uma
atividade física”, lembra ela, que é moradora do Jardim Mirna (Zona Sul).
Por coincidência, na mesma época, as
próprias agentes da Unidade Básica de
Saúde (UBS) local decidiram coordenar,
duas vezes por semana, uma caminhada
no Parque Linear Cocaia, obra recém-terminada pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), em parceria com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA).
A iniciativa foi um sucesso e, apesar do
horário pouco convidativo (a atividade
ocorre das 7 às 8 horas da manhã), cerca
de 20 pessoas comparecem toda terça e
quinta-feira para fazer exercício.
“A ideia surgiu dentro do cronograma
do Programa Saúde da Família, do Ministério da Saúde. Durante nossas visitas às
residências, avisamos sobre a proposta
e, para nossa surpresa, várias pessoas
apareceram logo nos primeiras caminhadas, em outubro de 2011”, afirma a
agente de saúde Soraya Conceição Arruda, uma das criadoras e coordenadoras
da atividade física, junto com a também
agente Eliane Queiroz.
Antes da caminhada, os participantes
recebem recomendações e fazem alongamento. Porém, outros cuidados prévios
também são necessários (leia texto na
próxima página). “Eu fiz exames físicos,
de sangue e do coração antes de fazer
caminhada. E passei a seguir uma alimentação balanceada”, diz Janaína. “Tudo isso,
aliado à atividade física regular, duas vezes
por semana, está me ajudando bastante:
emagreci, não tenho mais aquelas dores e
me sinto muito disposta”, completa.
MARCOS PALHARES
Sehab investiu
R$ 1,6 milhão
na praça para os
moradores
As obras da praça onde acontece
a caminhada para os moradores do
Jardim Mirna e arredores, no Parque
Linear Cocaia, foram executadas
pela Sehab entre dezembro de 2010
e fevereiro deste ano, numa parceria
com a SVMA. O investimento na obra
foi de R$ 1,6 milhão.
Localizado entre a região norte da
Avenida Belmira Marin e a área da
Chácara do Conde II, o Parque Linear
Cocaia envolve espaços remanescentes nas margens do córrego de
mesmo nome, que deságua na Represa Billings.
Renova SP
ABRIL | MAIO 2012
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Atividade melhora autoestima
e qualidade de vida
“A caminhada é um modelo de exercício. Nosso corpo foi feito para caminhar”, resume o fisiologista do esporte
Turíbio Leite de Barros, um dos nomes
mais respeitados nessa especialidade,
com passagens pelo São Paulo Futebol
Clube e pela seleção brasileira. Segundo ele, a atividade contribui para gastar
calorias indesejadas, para melhorar as
condições cardíacas e respiratórias e
para controlar a pressão arterial e os
níveis de glicemia e colesterol.
Mas os benefícios da caminhada vão
além das questões físicas e de saúde.
“Caminhar melhora a autoestima, o
minha
receita
bom humor e a qualidade de vida”, garante o fisiologista. Apesar de ser considerado um exercício que não exige
mais do que um organismo sadio seja
capaz de suportar, consultar antes um
médico sempre é recomendável.
Quem tem doenças graves, como as
do coração ou de lesões nas articulações, por exemplo, deve tomar cuidado.
E, mesmo que a pessoa esteja liberada
para caminhar, é preciso seguir algumas orientações. “Quem começa, deve
andar de maneira mais moderada nos
primeiros minutos e depois acelerar até
atingir um nível em que se sinta confor-
GASTRONOMIA
de tomate;
1 pitada de açúcar
Salsinha e sal a gosto
Para a Linguiça
400 g de linguiça calabresa
cortada em rodelas
1/2 cebola picada
Manteiga
MODO DE PREPARO:
Cozinhe o fusilli com bastante
água e 1 fio de óleo. Escorra e
reserve.
Em outra panela, refogue o
alho na manteiga e acrescente a cebola. Quando estiverem dourados, escorra
o óleo e adicione os demais
ingredientes do molho. Deixe
cozinhar em fogo brando por
10 minutos.
Enquanto o molho cozinha,
frite a linguiça na manteiga
com cebola.
Para o Molho alla Napoletana
12 tomates sem pele e sem
semente picados;
1 colher de sopa de manteiga;
1 colher de sopa rasa de alho
picado;
2 colheres de sopa de cebola
picada;
2 colheres de café de extrato
ABRIL | MAIO 2012
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FOTOS: Divulgação
Fusilli com linguiça calabresa
INGREDIENTES:
Para a Massa
500 g de fusilli
Renova SP
tável, ou seja, que não exija muito esforço”, recomenda Turíbio de Barros. “Fazer
um alongamento antes da caminhada
melhora a flexibilidade”, acrescenta.
Sentir dores, no início, é normal.
“Depois que fiz a primeira caminhada,
senti dor nas pernas e no corpo. Mas
me acostumei rápido e hoje não sinto
nada”, lembra a comerciante Janaína
Moraes da Silva. Caminhar é um exercício ainda mais recomendado para
quem sempre levou uma vida muito
sedentária, ou seja, muito parada. Com
o avanço da idade, o exercício não só é
indicado como realmente necessário.
Escorra o excesso de óleo e
acrescente-a ao molho. Disponha a massa numa travessa, cubra-a com molho e bom
apetite.
SERVIÇO
Famiglia Mancini. Rua Avanhandava, 81, Consolação, tel.
3256-4320.
www.famigliamancini.com.br
RENDIMENTO:
4 porções
CUSTO ESTIMADO:
R$ 20
TEMPO MÉDIO DE PREPARO:
30 minutos
Por Walter Mancini,
65 anos, proprietário do
restaurante Famiglia
Mancini
E a chácara
virou o Sapé
Uma das moradoras mais antigas
da comunidade, Joana Cesáreo
Barbosa lembra o passado da área
enquanto aguarda a entrega de seu
novo apartamento
in
FOTO: Paulo Pampol
De chácara bucólica a uma das favelas mais precárias da cidade. Aos 87 anos, a mineira Joana Cesáreo Barbosa viveu todas as
fases do Sapé, comunidade do Rio Pequeno (Zona Sul) que reúne
2.429 famílias.
“Aqui só tinha pasto de vaca de um lado e de cavalo do outro. Tudo
a gente fazia a pé, com um lampião ou a luz da lua. Uma farmácia
ficava no meio do pasto, e o farmacêutico, japonês, era o médico de
todas as crianças”, lembra ela, que, antes de começar a ser atendida pelo Aluguel Social da Prefeitura, viveu durante 49 anos na área
– é uma das primeiras moradoras do local.
Joana agora se prepara para ver mais uma etapa da história: o Sapé
virará um bairro integrado à cidade formal. A Prefeitura vai canalizar o
córrego homônimo, implantar redes de água, esgoto e drenagem, pavimentar ruas e construir 1.066 novos apartamentos para os moradores
da antiga favela, além de praças e espaços de convivência.
Ela conta que chegou do Sul de Minas Gerais a São Paulo
com 16 anos para cozinhar numa casa da Rua da Consolação. Morava num barraco de madeira de três cômodos,
que ficou em pé por quase meio século. “Eu ia sempre ao
parque do Rio Pequeno porque uma amiga minha fazia um
churrasquinho lá. Foi onde conheci o meu marido, que era
jardineiro no Butantã”, diz.
O casal celebrou sua união no quintal do barraco e passou 41 anos juntos na comunidade. Plantavam mandioca, cana, verduras e criavam galinhas. Nas horas de folga, a cozinheira treinada em fazendas mineiras assumia
o papel de parteira oficial do Sapé. “Os meninos que eu
ajudei a nascer agora já são bisavôs...”
Naquela época, os moradores locais buscavam peixes
no Córrego do Sapé. O marido de Joana, hoje falecido,
gostava de pescar traíras numa peneira. Na década de
1970, imigrantes portugueses compraram chácaras no
entorno. “As hortas deles eram lindas, com frutas, verduras”, ela conta. “Depois que abriram o Ceasa [atual
Ceagesp], a gente ia até lá fazer compras numa carroça.”
Na mesma década, a ocupação desordenada começou, junto com o amontoado de barracos. Joana improvisou um portão de madeira para que não invadissem
o seu quintal. “Chegou gente de todas as favelas da
região. Foi aí que a nossa querida ‘Chácara do Sapé’
virou uma maloca.”
Com uma filha e dois netos, Joana aluga uma casa
na Vila Dalva, bairro próximo à Rodovia Raposo Tavares. Ela aguarda a entrega de seu apartamento para
viver a fase urbanizada do futuro bairro. “Eu só quero
ter paz. Se puder comer e dormir em paz com a minha
família, vou ficar bem”, diz.
DÉBORA YURI
Renova SP
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o
t
a
r
t
e
r
DIVERSÃO
Criança escolhe um dos
muitos bichos de pelúcia
para brincar em uma creche
de Paraisópolis
por Fabio Knoll
É geógrafo formado
pela USP e trabalha em
parceria com a Secretaria
Municipal de Habitação
há quatro anos.
Especializou-se em
fotografia documental e
sempre se interessou
na relação entre o
homem e seu meio
Download

New green on the outskirts