SOCIEDADE ABERTA Matrículada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o nº 35.358 Contribuinte Nº 501 189 696 Capital 34.500.000 Euros Sede: Terminal do Freixieiro – Perafita – Apartado 5144 – 4456-901 PERAFITA FACTO RELEVANTE Em cumprimento do disposto no nº.1 do artº 248º do Código dos Valores Mobiliários, vem a TERTIR-Terminais de Portugal S.A. informar os Senhores Accionistas e o público em geral do seguinte: 1. A sua participada LISCONT-Operadores de Contentores,S.A. detém uma participação accionista de 29,10% no capital da sociedade PORTUS INDICO-Sociedade de Serviços Portuários,SA., sociedade de direito português. Os restantes Accionistas da PORTUS INDICO são a MDHC-Mersey Docks & Harbour Company (35,89%), a Skanska BOT,AB (32,01%) e a Moçambique Gestores SA. (3,00%). Por sua vez, a PORTUS INDICO participa em 51% no capital social de uma sociedade de direito moçambicano- a MPDC –Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo SARL, sendo as restantes parcelas do capital desta empresa repartidas pelos CFM - Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (33%) e o Governo da República de Moçambique (16%). 2. A MPDC tem por objecto principal as actividades de gestão e operação do Porto de Maputo, incluindo a operação, manutenção e reabilitação das suas infra-estruturas e equipamentos, bem como a exploração, operação e gestão das instalações relacionadas com as actividades e serviços portuários e, finalmente, exerce os poderes de autoridade portuária tal como definidos no Contrato da Concessão. 3. Por contrato assinado com o Governo da República de Moçambique e os CFM - Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique E.P. foi em 22 de Setembro de 2000, adjudicada à MPDC a concessão, por um prazo de 15 anos, a partir da data do início das Operações da gestão das Operações Portuárias no Porto de Maputo e de, por sua conta, gerir, operar, manter e desenvolver a Área da Concessão Portuária. Pág. 1 de 3 SOCIEDADE ABERTA 4. Este projecto de desenvolvimento do Porto de Maputo implicará um investimento global de 70 milhões de US$, que será integralmente financiado pelos seus Accionistas e Promotores, e por um consórcio bancário internacional constituído por reputadas instituições financeiras. 5. Após prolongadas negociações, foi, finalmente, alcançado e formalizado o fecho financeiro do projecto, no dia 21 de Março de 2003, mediante a assinatura dos respectivos instrumentos contratuais com todas as entidades accionistas e financiadoras envolvidas. 6. Foi, assim, dado o passo final antes da tomada de posse do Terminal, que se prevê venha a ter lugar no próximo dia 14 de Abril de 2003, e que marcará o início das operações de exploração e gestão do Porto do Maputo pela concessionária MPDC - Sociedade de Desenvolvimento do Porto do Maputo SARL. 7. O início da exploração do Porto do Maputo pela MPDC representa um marco de relevo para o desenvolvimento de Moçambique; constitui uma etapa decisiva para a revitalização do porto e do Corredor do Maputo, com enormes benefícios para as economias, tanto de Moçambique como de toda a área regional circundante da África Austral, com especial destaque para a África do Sul, a Suazilândia, e o Zimbabwe. 8. Este projecto é o resultado de uma parceria entre o sector privado Moçambicano, representado pela Moçambique Gestores, SARL, o sector público Moçambicano, representado pelo CFM – Portos e Caminhos de Ferro EP, SARL e importantes Grupos empresariais estrangeiros, os quais, para além do seu envolvimento accionista, assumem responsabilidade na gestão, exploração e desenvolvimento do Porto: o grupo Português Tertir, através da sua participada Liscont, o grupo Inglês Mersey Docks and Harbour Company, entidade que gere e explora o Porto de Liverpool, e a Skanska BOT, AB, grupo Sueco que é uma das maiores empresas a nível mundial na área da construção e obras públicas. Estes grupos empresariais estrangeiros trarão ao Projecto tanto na realização das obras de reabilitação como na exploração e desenvolvimento do negócio, um know-how extremamente valioso. O seu envolvimento traduz a sua confiança na viabilidade do empreendimento, nas suas vertentes técnica, económica e financeira. 9. A participação do GRUPO TERTIR neste projecto representa mais um reforço do seu envolvimento no sector das Operações Portuárias, actividade que constitui o core-business do GRUPO. Expressa o reconhecimento, pelos parceiros Moçambicanos e por importantes grupos empresariais estrangeiros, do valioso contributo dado pelo Grupo através do seu know-how e experiência neste sector da actividade económica. Importa referir também que a implementação deste projecto Pág. 2 de 3 SOCIEDADE ABERTA constitui um caso paradigmático de cooperação entre Grupos Empresariais de Países da União Europeia e entidades públicas e privadas da República de Moçambique, em prol do desenvolvimento económico desse País. Matosinhos, 21 de Março de 2003 O Presidente do Conselho de Administração Pág. 3 de 3