IT-LAB-077 Página 1 de 4 Contagem de Leucócitos Residuais pela Câmara de Nageotte SUMÁRIO 1. Objetivo 2. Responsabilidades 3. Definições 4. Siglas e Abreviaturas 5. Referências Bibliográficas 6. Condições Gerais ou Específicas 6.1. Produtos, Equipamentos e Utensílios 6.1.1. Produtos 6.1.2. Equipamentos 6.1.3. Utensílios 6.2. Considerações 6.2.1. Modelos de Câmara de Nageotte 6.2.2. Cuidados com a Câmara de Nageotte 6.3. Contagem de Leucócitos residuais em concentrado de hemácias desleucocitado 6.4. Contagem de Leucócitos residuais em concentrado de plaquetas desleucocitado 6.5. Uso da Câmara de Nageotte 7. Cálculos 8. Recomendações 9. Registros ANEXOS: Anexo 1: FLE 092 – Contagem de Leucócitos em câmara de Nageotte REVISÃO ANÁLISE CRÍTICA APROVAÇÃO Luiz Fernando Marcio Biasoli Marcio Biasoli 19/04/07 20/04/07 23/04/07 Revisão 00 IT-LAB-077 Página 2 de 4 Contagem de Leucócitos Residuais pela Câmara de Nageotte Revisão 00 1. Objetivo Esta instrução de trabalho tem por objetivo estabelecer a metodologia para contagem de leucócitos residuais pela câmara de Nageotte nos concentrado de hemácias e plaquetas desleucocitados. 2. Responsabilidades • Técnicos do laboratório de ensaios – Executar as tarefas descrita nesta IT, preencher devidamente os registros, além de abrir RNC’s e RAP’s, quando necessário. Gerente do laboratório de ensaios – supervisionar e orientar os técnicos do controle de qualidade no cumprimento de todos os princípios descritos nesta IT, aprovar ou reprovar o produto de acordo com as analises realizadas, acompanhar e fechar RNC’s e RAP’s, quando aplicável. • 3. Definições • Homogeneidade- Distribuição uniforme. 4. Siglas e Abreviaturas • • • • Coloração – Ação de corar CHD – concentrado de hemácias desleucocidado CPD – Concentrado de Plaquetas desleucocitado AABB – American Association of Blood Banks 5. Referências Bibliográficas • • • • • • RDC 153 de 14 de julho de 2004 Procedimentos da ControlLab e de Ensaio de Proficiência – REBLAS DACIE, Sir. John; LEWIS, SM – Practical Hematology Technical Mannual – AABB CAP – College of American Pathologists Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia 6. Condições Gerais e Específicas 6.1. Produtos, Equipamentos e Utensílios 6.1.1. Produtos • Ácido Acético a 1% V/V (1mL de ácido acético glacial e completar a 100mL com água reagente). • Corante Cristal Violeta ( Pesar 0,01g de cristal violeta e dissolver em 100mL de ácido acético a 1%). • Agente lisador de hemácias – LITIC DIF (solução do Coulter T890) 6.1.2. Equipamentos • Relógio • Microscópio com ocular de 10x e objetiva de 40X do microscópio invertido ou 40X com abertura numérica < 0,65 ou objetiva de 20X • Câmara de Nageotte • Calculadora ou computador. 6.1.3. Utensílios • • • • • • Micropipetas calibradas na faixa de 40 – 900µL Ponteiras novas Luvas sem talco Tubos de ensaio de plástico e novos Placa de Petri Papel de filtro . 6.2. Considerações É necessário utilizar uma câmara de grande volume 50 µL (µL = mm ). A Câmara de Nageotte deve ser a espelhada, esta característica melhora muito a visualização para a contagem dos leucócitos. 3 IT-LAB-077 Página 3 de 4 Contagem de Leucócitos Residuais pela Câmara de Nageotte Revisão 00 Nota: A Câmara de Neubauer é de 0,9µL, ou seja 56 vezes menor que a de Nageotte e não deve ser usada neste procedimento por ser o volume muito pequeno. 6.2.1 – Modelos da Câmara de Nageotte Existem modelos de câmara de Nageotte de 50µL (mais usual) e de 100µL. Estas linhas paralelas horizontais delimitam 40 retângulos iguais, cada um com um volume de 1,25µL (40 x 1,25µL = 50µL) E as duas linhas verticais delimitam o espaço (volume) da câmara. É preciso contar os leucócitos residuais em todos os 40 retângulos 6.2.2 – Cuidados com a Câmara de Nageotte • Lavar a Câmara com água e detergente (utilizando bastante água para remover o detergente). • É obrigatório o uso da luva. • Não passe papel toalha, use lenço de papel comprimindo para secá-la e não esfregando. Ao esfregar retiramos o espelho e riscamos a Câmara. 6.3. Contagem de Leucócitos residuais em concentrado de hemácias desleucocitado (CHD). • Pipetar 40µL da solução para lisar as hemácias num tubo de ensaio. • Homogeneizar o tubo contendo a amostra CHD. • Pipetar 100µL da amostra (CHD) no tubo que já contenha os 40µL da solução para lisar as hemácias, rinsando a ponteira do pipetador várias vezes para misturar as amostras com a solução. É importante ter certeza de que as hemácias foram todas lisadas. • Pipetar 860µL do corante cristal violeta dentro do tubo com a amostra já hemolisada, rinsando a ponteira várias vezes para que os núcleos dos leucócitos se corem, facilitando a sua visualização. • Volume final é de 1000µL, ou seja, a amostra foi diluída 1:10. Nota: Na ausência do agente lisador das hemácias pode-se utilizar a seguinte técnica alternativa: • Acido acético a 1,5% V/V (1,5mL de acido acético glacial para 98,5mL de água reagente) • Pesar 0,01 g de cristal violeta em 100mL de solução de ácido acético a 1,5% e rotular como solução de cristal violeta • Pipetar 900µL do corante cristal violeta em 100µL da amostra (CHD), rinsando com a ponteira várias vezes para homogenizar os dois líquidos 6.4. Contagem de Leucócitos residuais em concentrado de plaquetas desleucocitado (CPD). • Pipetar 900µL do corante cristal violeta num tubo de ensaio. • Homogeneizar o tubo contendo a amostra CPD. • Pipetar em cima deste corante 100µL da amostra (CPD), rinsando com a ponteira várias vezes para que os núcleos dos leucócitos se corem, facilitando assim sua visualização. IT-LAB-077 Página 4 de 4 Contagem de Leucócitos Residuais pela Câmara de Nageotte • Revisão 00 Volume final é de 1000µL, ou seja, a amostra foi diluída 1:10 (100µL para 1000µL). 6.5. Uso da Câmara de Nageotte: • Ajustar a lamínula na câmara. • Homogeneizar bem o tubo com a amostra diluída. • Preencher a câmara de Nageotte sem excesso ou falta do material a ser examinado (área a ser examinada). • Colocar a câmara dentro da placa de Petri com papel de filtro umedecido, para não evaporar o líquido na câmara. • Deixar em repouso por 10 a 15 minutos para a sedimentação dos leucócitos. • Remover a tampa da placa de Petri e colocar a câmara de Nageotte no microscópio. • Contar os leucócitos nos 40 retângulos da câmara e preencher o anexo 1 desta instrução de trabalho que corresponde ao FLE-092 (Contagem de Leucócito em câmara de Nageotte). Nota: É preciso que o profissional possua experiência em identificar leucócitos para não confundir com hemácias, aglomerados de plaquetas e artefatos. 7. Cálculos Leucócitos por µL = nº de leucócitos contados 5 Nota: Divide-se por 5 pois contamos os leucócitos em 50µL, mas fizemos uma diluição 1:10, 50/10 = 5µL, logo dividindo por 5, teremos em 1µL. Leucócitos por µL x 1000µL = Leucócitos / mL Leucócitos / mL x mL do CHD (ou do CPD)= Leucócitos / unidade. 8. Recomendações • Estocar a amostra, na temperatura correta para evitar a não deteriorar o material. • Não utilizar luvas com talco pois algumas partículas podem confundir com os leucócitos na câmara de contagem. • Para obter experiência na contagem de leucócitos corados pelo cristal violeta devemos fazer as experiências com sangue total. • Validar a exatidão deste método com uma amostra de referência com contagem alta de leucócitos quantificada por outro método. Estas amostras de referência podem ser obtidas por diluições em série com sangue ou componentes do sangue que tenham sido reduzido por 2 passagens em filtros de redução. As contagens obtidas das amostras diluídas em série podem ser comparadas com os valores teóricos esperados por cálculo . • Esta técnica não possui exatidão para concentrações em torno de 1 leucócito/µL. 9. Registros Arquivamento Nome do Registro (N.º do Anexo) FLE092 – Contagem de Leucócito em Câmara de Nageotte (Anexo 01) Arquivo morto Indexação Tempo Local Tempo Produto/ Lote/ Data Enquanto durar o estoque LAB 2 anos