TESTE DO BALÃO Depois de uma “animada” noite com os amigos, poucos estarão interessados em pensar em Química. Principalmente, se forem conduzir e se tratar da Química em que se baseia o teste de alcoolémia do sr. Agente. A recolha de uma amostra de sangue ou urina para posterior análise, apesar de indiscutivelmente mais rigorosas que a análise do ar expirado, torna-se complicada de realizar no campo, e é ineficaz na detenção de suspeitos que conduzam sob a influência de álcool. Eis que surgem os analisadores do ar expirado – o “teste do balão”. Após ingestão, o álcool é absorvido pelo tracto digestivo, entra na corrente sanguínea e, dada a sua volatilidade, passa para o ar nos alvéolos pulmonares; assumindo-se que a razão entre o álcool no ar alveolar e no sangue é de 2100:1 (ou seja, 2100mL de ar alveolar tem o mesmo álcool que 1mL de sangue), a medição do álcool no ar expirado fornece uma estimativa do álcool no sangue. Um dos dispositivos de campo mais utilizados baseia-se na mudança de cor de uma reacção que envolve o álcool. O “suspeito” sopra através de um tubo, borbulhando o ar numa solução de ácido sulfúrico, dicromato de potássio e nitrato de prata. A reacção química subjacente é a apresentada na seguinte equação global: 2 K 2Cr2O7 + 3 CH3CH2OH + 8 H2SO4 dicromato de potássio (laranja) etanol ácido sulfúrico AgNO3 nitrato de prata 2 Cr2(SO 4)3 + 2 K2SO4 + 3 CH3COOH + 11 H 2O sulfato de crómio (III) (verde) sulfato de potássio ácido acético O ácido sulfúrico ajuda na solubilização do álcool e o nitrato de prata actua como catalizador da reacção. São usadas duas ampolas com a mistura inicial e apenas numa é introduzido ar do indivíduo, servindo a outra como referência para comparação da coloração. A exactidão deste teste é, no entanto, polémica, nomeadamente, no que diz respeito à razão de partição do álcool entre o ar expirado e o álcool no sangue; estudos revelam que esta razão varia entre indivíduos (com valores desde 1850:1 a 2650:1) e até mesmo para o mesmo indivíduo quando monitorizado ao longo de uma hora. Face a estes resultados, facilmente se conclui que, usando nas determinações a razão 2100:1 podem ser cometidos erros por excesso ou erros por defeito. Por exemplo, um aumento de 1ºC na temperatura do sangue pode resultar num erro de cerca de 20% no teor alcoólico obtido. Outra técnica mais rigorosa, mas que também usa o ar expirado, é usada para confirmar nas instalações das autoridades o teor alcoólico do suspeito: baseia-se na quantificação através de espectroscopia de infravermelho usando-se para tal as vibrações típicas do etanol. Megacuriosos... " http:/ / www.comb usti on jun cti on. co.uk/ arti cl es/ b reathal y zer.shtml " http:/ / www.ny dwi .com/ dwi i nfo/ theb reathal .htm " http:/ / www.howstuffw orks.co m/ b rea thal y zer.htm A incerteza de Heisenberg Heisenberg estava a dar um passeio de automóvel quando foi interpelado por uma operação STOP da Brigada de Trânsito. O agente perguntou-lhe: - " O senhor sabe a que velocidade ia ?!?!...” Heisenberg respondeu: - "Não, mas sei onde estou". Para os mais “distraídos”, segundo o Princípio da incerteza de Heisenberg, é impossível conhecer com exactidão e em simultâneo, a posição e a velocidade de uma partícula.