Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trânsito e Álcool Álcool e outras Drogas no Trânsito O problema… No mundo1 v 1,24 milhões de pessoas morrem no trânsito anualmente → representando mais de 3.400 mortes a cada dia; v Em torno de 20 a 50 milhões sobrevivem com traumatismos; v Jovens adultos com idade entre 15 e 44 anos representam 59% das mortes no trânsito; v 92% dos acidentes de trânsito ocorrem em países em desenvolvimento, os quais representam apenas 48% da frota mundial de veículos; v O custo global dos acidentes gira em torno de US$ 518 milhões/ano. 92% dos acidentes de trânsito ocorrem em países em desenvolvimento. No Brasil v 2 Em 2013, morreram nas estradas brasileiras 42.266 pessoas → o que significa 21 mortes para cada 100.000 habitantes; Ø 24,1% das vítimas tinham entre 20 a 29 anos, o que equivale a termos 42 "BOATE KISS" a cada ano no Brasil. 3 v Em 2014, cerca de 596 mil vítimas receberam indenização do DPVAT por Invalidez Permanente, causada por acidentes de trânsito - um aumento de 34% em relação ao ano anterior. v No Rio Grande do Sul, em 2013, morreram 2.036 pessoas nas estradas → 5,6 mortes/dia 2 → 18,2 mortes para cada 100.000 habitantes . O trânsito brasileiro mata 116 pessoas a cada dia. As causas do problema… v Os cinco principais fatores de risco para mortalidade no trânsito compreendem¹: Ø Beber e dirigir; Ø Excesso de velocidade; Ø Não usar o capacete; Ø Não usar cinto de segurança; Ø Ausência de equipamentos de segurança para crianças. Apenas 28 países, o que representa 7% da população mundial, têm leis abrangentes de segurança no trânsito referentes aos cinco principais fatores de risco¹. Drogas e Trânsito, uma combinação perigosa, por quê? Estar sob a influência de qualquer droga - álcool, drogas ilícitas (cocaína, maconha, anfetaminas), medicamentos (benzodiazepínicos*), que atue no cérebro e sistema nervoso central, prejudica as habilidades motoras, tempo de reação e julgamento do 5 condutor . Dirigir sob efeito de drogas expõe a riscos não só o condutor, mas Dirigir sob efeito de drogas expõe a riscos não só o condutor, mas também os passageiros e também os passageiros e 4 outras pessoas que circulam pelas vias . outras pessoas que circulam pelas vias4. *Alprazolan, diazepan, lorazepan e clonazepan estão entre os benzodiazepínicos mais frequentemente prescritos no 5 mundo. 1 OMS. Organização Mundial da Saúde. 10 facts on global road safety. Disponível em: http://www.who.int/features/factfiles/roadsafety/facts/en/index3.html. BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Mortalidade. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205. SEGURADORA LIDER DPVAT. Boletim estatístico 2014. Disponível em: http://www.seguradoralider.com.br/SitePages/boletim-estatistico.aspx. 4 NCADD. National Council on Alcoholism and Drug Dependence. Drugged Driving. Disponível em: https://ncadd.org/learn-about-drugs/drugged-driving. 5 BROLESE e SCHUCH. Políticas de fiscalização de álcool e outras drogas no trânsito In: Aperfeiçoamento em técnicas para fiscalização do uso de álcool e outras drogas no trânsito brasileiro.2 ed.Brasília : SENAD, 2014, p. 151-161. 2 3 Álcool v Consumir bebida alcoólica ao dirigir aumenta o risco de acidente¹: Ø acima da concentração equivalente a 5 dg/L de álcool no sangue o risco de acidente aumenta drasticamente; Ø apenas 89 países, cobrindo 66% da população mundial, têm legislação específica sobre o beber e dirigir que impõe o limite de concentração de álcool no sangue recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Outras Drogas v 22,5% dos condutores que dirigiam à noite no final de semana testou positivo para 6 uso de drogas (drogas ilícitas, medicamentos prescritos ou não prescritos) ; v Em 2009, 18% dos motoristas norte-americanos fatalmente feridos estava sob efeito 5 de ao menos um tipo de droga . O uso abusivo e crônico de drogas aumenta o risco para o desenvolvimento de diversas doenças, tais como: problemas cardíacos, neurológicos (demência, acidente vascular cerebral), transtornos mentais e comportamentais (ansiedade, alterações de humor, agressividade) impactando negativamente na qualidade de 7 vida . Estudos e capacitações realizadas pelo CPAD… Nas estradas federais brasileiras - em todos os estados, entre 2008-2009, dos 3.394 condutores entrevistados, 20% conduziam 8 ônibus ou caminhão . % de condutores sob efeito da droga no momento da entrevista Álcool THC (maconha) 1,8 0 0,6 0,7 1,5 Anfetaminas 1,4 v 5,5 2,9 v 3 4,3 0,8 0,3 1 v v 3,7 2,2 v Automóveis Motocicletas Caminhões Ônibus 2 Cocaína ou Crack Benzodiazepínicos 4,8 4,3 3,8 No estudo sobre conhecimentos, atitudes e prática dos condutores de cinco capitais brasileiras* vinculado ao Projeto Vida no Trânsito, 9.724 motoristas brasileiros foram entrevistados: 9,5 v Os condutores referiram dirigir em média 6 horas/dia podendo chegar a 11 horas/dia dentre os motoristas profissionais; 50% dos condutores alegaram dirigir logo após ter consumido bebida alcoólica, no último ano; 25,3% dos condutores consomem 5 ou mais doses de bebida alcoólica por ocasião; 58,3% costumam dirigir em velocidade acima do permitido para a via; 7,2% fez uso de alguma droga no último ano, destes, 51% dirigiram após o uso. As classes de drogas/ drogas consumidas foram: maconha (17%), benzodiazepínicos (16%), antidepressivos (14%), sedativos/ansiolíticos (17%), anfetamínicos (7%) e cocaína (4%). *Belo Horizonte-MG, Campo Grande-MS e Curitiba-PR, Palmas-TO, Teresina-PI Numa iniciativa da Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SENAD/MJ) em parceria com o Centro 9 Colaborador em Álcool e Drogas HCPA-SENAD no período de 2011-2014, 4.051 policiais rodoviários federais em todo o Brasil foram capacitados sobre técnicas para fiscalização do uso de álcool e outras drogas no trânsito. As soluções possíveis para reduzir riscos associados ao uso de álcool e outras drogas no trânsito... v Investir em intervenções que tenham comprovada efetividade na redução da mortalidade relacionada ao uso de álcool e outras 7 drogas , como: Ø Estabelecimento de testes de etilômetro e de drogas* de forma aleatória entre os condutores, Ø Avaliação e tratamento para condutores infratores ou recidividistas pelo uso de álcool e outras drogas. * As matrizes biológicas que fornecem melhor correlação sobre o uso recente de drogas são sangue e fluido oral (saliva). Matrizes como urina e cabelo fornecem informações retrospectivas sobre o uso, sem que seja possível a correlação do ato de dirigir com o fato de o indivíduo estar sob efeito de determinada substância. Em março de 2010 a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou a Década de Ação para Segurança Viária 2011-2020, com a adesão de 182 países e o objetivo de reduzir a mortalidade no trânsito em 50%. 6 NHTSA. National Highway Traffic Safety Administration. Results of the 2013–2014 National Roadside Survey of Alcohol and Drug Use by Drivers. 2015. PECHANSKY, VON DIEMEN E GONÇALVES. Políticas de fiscalização de álcool e outras drogas no trânsito In: Aperfeiçoamento em técnicas para fiscalização do uso de álcool e outras drogas no trânsito brasileiro.2 ed.Brasília: SENAD, 2014. 8 PECHANSKY, F., DE BONI, R., DUARTE, P. Uso de bebidas alcoólicas nas rodovias brasileiras e outros estudos. Porto Alegre: Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, 2010. 9 https://www.hcpa.ufrgs.br/content/view/6941/2020/ 7 Para mais informações entre em contato com: CPAD - Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas - NEPTA - Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trânsito e Álcool Rua Prof. Álvaro Alvim 400 - B. Rio Branco - Porto Alegre/RS 90420-2020 - Telefones: +55 51 3359.6468 Email: [email protected]