Procedimentos Técnicos
Código: PROMIC-0022-1
Versão: 1
Pg: 1/4
TÍTULO: Pesquisa de BK - ZIEHL
ELABORADO POR
DE ACORDO
NOME
Dr. Renato de
Lacerda Barra
Filho
Dr. Ivo Fernandes
FUNÇÃO
ASSINATURA
Biomédico
01/10/2009
Gerente da Qualidade
Biomédico
20/10/2009
Dr. Jose Carlos
Diretor Executivo
dos Santos
HISTÓRICO DAS REVISÕES
Revisado por
Data
Assinatura
Aprovado por
APROVADO POR
Versão
Versão
1
Responsável
Ivo
DATA
REVALIDAÇÃO ANUAL
Data
Versão
01/10/2013
30/10/2009
Data
Responsável
Assinatura
Data
1. NOME/ SINONÍMIA/ MNE
PESQUISA DE BK, BACILOSCOPIA, PESQUISA DE MICOBACTÉRIA, PESQUISA DE BAAR.
2. PRINCÍPIO DO TESTE
As micobactérias são bactérias que possuem uma parede celular incomum, contendo uma alta
proporção de lipídeos. Esses microrganismos são corados precariamente pelo método de Gram e são
bem corados por meio de determinado corante álcool ácido, sendo considerado, portanto como bacilo
álcool ácido resistente (BAAR).
A coloração para bacilo álcool-ácido resistente é utilizada basicamente para micobactérias, que são
bactérias que possuem uma parede celular constituída de lipídios sendo resistentes à descoloração por
álcool-ácido.
3. SIGNIFICADO CLÍNICO
A coloração ácido resistente das micobactérias, aliada a característica de forma e tamanho é um auxílio
útil na detecção inicial de infeccção e no controle do tratamento de doenças provocadas por essas
bactérias. Esta coloração é o método mais rápido para detecção de micobactérias em amostras clínicas.
4. COLETA E TRATAMENTO DA AMOSTRA
4.1 Coleta da amostra: Consultar Manual de Coleta
4.2 Tipos de amostra: Amostras do trato respiratório inferior, biópsias, tecidos, líquidos em geral, linfa de
lóbulo de orelha e mucosa nasal, urina e fezes.
4.3 Volume mínimo para análise: 1ml
4.4 Rejeição de amostras: Amostras coletadas e/ou transportadas inadequadamente (Consultar Manual
de Coleta)
4.5 Condições de acondicionamento: Consultar Manual de Coleta
4.6 Tratamento e pré-tratamento da amostra: Consultar procedimento detalhado.
5. MATERIAL REQUERIDO
5.1
5.2
5.3
5.4
5.5
5.6
Luvas
Lâminas
Microscópio
Palito de madeira
Alça bacteriológica
Centrífuga
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5.7 Mascara
6. REAGENTES
6.1 Álcool Ácido
Pronto para uso (Newprov).
6.2 Fucsina de Ziehl
Pronto para uso (Newprov).
6.3 Azul de Metileno
Pronto para uso (Newprov.)
6.4 Hipoclorito a 2,5%
7. PROCEDIMENTO DETALHADO
7.1 Todas as amostras para Pesquisa de Micobactérias devem ser manipuladas seguindo as
recomendações de Biossegurança em Laboratório de Microbiologia. O esfregaço deve ser
preparado de acordo com o tipo de amostra.
AMOSTRAS DE ESCARRO
• Colocar a amostra sobre uma bandeja devidamente forrada com papel absorvente e umedecido em
hipoclorito a 2,5%.
• Antes de abrir o frasco coletor, limpar com álcool 70% em volta da tampa.
• Selecionar a parte mais purulenta da amostra e espalhar em ¾ da lâmina com o auxílio de palito de
madeira.
• Deixar secar dentro de uma placa (fluxo laminar)
• O palito de madeira deve ser descartado em frasco com tampa contendo hipoclorito a 2,5% e em
seguida este deve ser autoclavado.
AMOSTRAS DE LÍQUIDOS ORGÂNICOS
•
•
•
•
Centrifugar a amostra a 5.000 rpm por 15 minutos;
Desprezar o sobrenadante e homogenizar;
Depositar uma gota do sedimento na lâmina com o auxílio da alça bacteriológica;
Deixar secar dentro de uma placa (fluxo laminar)
BIÓPSIA E TECIDOS
• Transferir a amostra para uma placa de Petri estéril e macerar com o auxílio de um estilete. Se
necessário, adicionar algumas gotas de salina estéril.
• Retirar com o auxílio de uma alça bacteriológica uma amostra do macerado e espalhar em ¾ da
lâmina.
• Deixar secar dentro de uma placa(fluxo laminar).
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AMOSTRAS DE URINA
• Centrifugar todo o volume da amostra a 5.000 rpm por 15 minutos;
• Desprezar o sobrenadante, homogeneizar o sedimento e com uma alça bacteriológica depositar uma
gota do sedimento em uma lâmina.
• Deixar secar dentro de uma placa(fluxo laminar)
FEZES
•
•
•
Colocar uma gota de solução fisiológica em uma lâmina e emulsionar uma pequena quantidade de
fezes sobre a gota;
Deixar secar dentro da cabine de segurança;
Fixar no calor antes de corar.
7.2 COLORAÇÃO
• Fixar o esfregaço no calor;
• Cobrir o esfregaço com fucsina de Ziehl.
• Aquecer por 3x a parte inferior da lâmina com a chama do bico de Bunsen até observar a emissão de
vapores e deixar por 5 minutos;
• Lavar com água corrente;
• Descorar com álcool ácido (referência 1 a 2 minutos);
• Lavar com água corrente;
• Cobrir o esfregaço com Azul de Metileno e deixar por, referência 1 a 2 minutos;
• Lavar com água corrente;
• Deixar secar ao ar.
• Examinar ao microscópio.
8. CÁLCULOS/ LIBERAÇÃO DOS RESULTADOS
Com a objetiva de 100x (aumento de 1.000x) analisar todo o esfregaço e relatar a ausência ou
presença de bacilo álcool resistente.
São lidos 100 campos de cada lâmina e o resultado é passado no caderno de resultados (apoio) onde
os pacientes são numerados de acordo com o número seqüencial, essa mesma numeração é colocada
na lâmina.
Além disso, todo paciente que tiver resultado positivo deve ser anotado no FO - 037 (Notificação)
RESULTADO NEGATIVO: Negativo para BAAR
RESULTADO POSITIVO: Consultar tabela abaixo
Resultado
Número de microrganismos
Ziehl-Neelsen (Kinyoun) objetiva 100x
Negativo
0
Duvidoso, repetir a coloração
1-2/300 campos
+ (raros)
1-9/100 campos
++ (alguns)
1-9 /10 campos
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+++ (frequentes)
1-9/ campo
++++ (numerosos)
> 9/campo
9. CONTROLE DE QUALIDADE
Consultar Manual de Controle de Qualidade.
10. INTERVALO DE REFERÊNCIA
Negativo.
11. INTERVALO CRÍTICO
Casos positivos devem ser reportados.
12. CONFIABILIDADE ANALÍTICA
N/A
13. INTERFERENTES
• Má qualidade do esfregaço;
• Má qualidade de coloração;
• Esta coloração não é especifica para micobactérias, desde que outros, microrganismos podem
apresentar propriedade álcool ácido resistente, tais como: Nocardia spp, Rodococcus spp,
Legionella micdadei.
• Esta coloração possui sensibilidade que varia de 22 a 81% o que significa que um resultado negativo
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não exclui a presença de micobactérias na amostra. São necessário 10 microrganismos por mililitro
do material para obtermos um resultado positivo pelo exame direto.
• Riscos na lâmina de vidro ou preciptado de fucsina podem ser confundidos com BAAR.
14. INTERVENÇÕES
N/A.
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-
Murray PR, Baron EJ, Pfaller MA, Tenover FC, Yolken RH (eds): Manual of Clinical Microbiology, 7ª
ed. American Society for Microbiology, Washington, DC, 1999.
Silva CPHM: Bacteriologia, um texto ilustrado, 1ª ed. Rio de Janeiro, Ed. Eventus, 1999.
Koneman, EW: Diagnóstico Microbiológico- Texto e Atlas Colorido, 5ª ed, MEDSI, 2001.
Oplustil, CP: Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica, Ed. Saraiva, São Paulo, 2000.
www. saúdetotal.com.br
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