composição ::
princípios do agrupamento visual
IPB . ESE . Dep. ARTES VISUAIS :: MARCO COSTA
composição :: princípios do agrupamento visual
Quando se fala em composição sem quaisquer preconceitos,
apenas como acto de reunião, acumulação ou organização de
diferentes elementos, fala-se basicamente de tipos de relações
entre “partes” e o “todo”.
Este “todo” é considerado como algo mais do que a simples soma
das “partes” que o constituem.
Neste contexto, se o “todo” é mais do que a simples soma das
“partes”, exige-se que manifeste concordância e compatibilidade
entre os diferentes elementos que o constituem.
Em suma, exige-se coerência.
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A teoria gestáltica é identificada pela máxima: o “todo” é mais
do que a simples soma das “partes”.
Deste modo há a necessidade que a composição evidencie um
principio coesivo, ou uma estrutura (armação) que sustente uma
relação entre os seus elementos, como se cada elemento reflectisse
um aspecto diferente da totalidade.
Por exemplo, um frasco pode ter certas características como a
fragilidade, a rigidez, a transparência, o som cristalino e todas elas
são qualidade diferentes e autónomas.
No entanto, em conjunto, traduzem uma única maneira de ser, como
se houvesse um elo de ligação entre todas estas qualidades
sensíveis. Ou seja, a existência de uma certa unidade.
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A unidade de uma coisa não é um um princípio da coisa em si ou
algo que lhe pertença na sua natureza.
A unidade de uma coisa é antes o resultado do relacionamento dos
diferentes aspectos sensíveis do objecto.
Numa totalidade, as partes não são mais do que uma
expressão de segundo plano.
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Se aceitarmos que toda a obra aspira a ser vista como uma unidade
seja ao nível conceptual, seja ao nível formal, temos de ter
consciência que ela é, antes de tudo sensível, pois os estímulos
visuais são a primeira informação que obtemos da obra.
Estes estímulos são depois processados pelo cérebro e relacionados
com todo o conhecimento anteriormente adquirido e armazenado
em memória.
Sendo estes estímulos, sinais electromagnéticos registados em
inúmeros receptores existentes na retina, eles contribuem para a
concepção de unidade a que a obra aspira.
Por implicação, constitui-se um significado, uma finalidade,
independentemente da geometria (desenho) que poderá, ou não,
ter-lhe dado origem.
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A partir daqui podemos colocar uma questão:
Como conciliar diferentes partes, de diferentes proveniências
como todo o direito de serem percebidas na sua autonomia,
numa totalidade mais vasta?
A resposta a esta questão poderá ser dada pelos princípios do
agrupamento visual designados por:
Semelhança;
Proximidade;
Boa continuidade;
Encerramento;
Alinhamento;
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Semelhança
Quando os objectos têm formas visuais correspondentes, como
tamanho similar, forma, textura ou direcção, demonstrando uma
relação de correspondência, criando uma espécie de força de
atracção entre coisas separadas espacial ou temporalmente.
A homogeneização do campo visual constitui um caso limite de
semelhança, ao tornar as partes indescreniveis.
Mas o termo “homogeneidade” tanto é valido para uma similaridade
absoluta entre todos os elementos em todos os aspectos perpetuais
(isomorfia), como para a total ausência de similaridades, ou aqui
que a teoria do design define como ametria.
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Princípio da Semelhança
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Proximidade
Quando as formas se localizam umas pertos das outras num campo
visual.
Se diferentes objectos estão colocados nas proximidades físicas um
do outro, tendem a ser vistos como membros de um mesmo
conjunto.
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Princípio da Proximidade
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Boa continuidade
Quando as formas geram o movimenta do olhar numa página. A
continuação pode criar situações de alinhamento e não deixa de ser
um caso de semelhança.
Arnheim define-a como a consistência que advêm da similaridade de
forma, orientação, posição e outras.
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Princípio da Boa continuidade
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Encerramento
Relacionado com a capacidade de perseguir tragectórias (boa
continuação) está a tendência para apreender as figuras como
unidades, como uma totalidade fechada.
Numa figura incompleta, nenhuma das partes é desprovida de
significado, mas apenas quando o encerramento é percebido é que o
objecto é reconhecido como um todo.
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Princípio do Encerramento
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Alinhamento
Quando as formas, os seus limites ou os seus eixos se alinham uns
com os outros, relações e ligações são estabelecidas entre elas.
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Princípio do Alinhamento
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Para além destes príncipios, podem estabelecer-se leis de
organização perceptual.
Deste modo, determinamos duas leis que se designam por:
Região Comum
Quando todos os estímulos visuais estão abrangidos por uma
mesma área de competência ou por um limite cercado em todo o
seu redor são percebidos como um composto.
Conexão
Num determinado sistema visual, está a tendência para perceber
como uma unidade, dois ou mais elementos que estejam vinculados
uns aos outros através de um elemento concetivo. Esta é uma das
mais fortes regras no conjunto pelos quais o olhar se organiza.
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Princípio?
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