Data 03/10/2012 Cliente: LE VIN Site: DESTEMPERADOS FOOD EXPERIENCE Endereço: http://www.destemperados.com.br Assunto: LE VIN IPANEMA Digo uma coisa pra vocês: se tem um restaurante no Rio que eu gosto muito é o Le Vin, em Ipanema. O bistrô fica numa casa amarela muito legal, com opção de mesas na varanda ou na parte interna. Para os fumantes, há mesinhas na calçada. Como o calor no RJ tá brabo, preferimos a parte de dentro, por conta do ar condicionado. E, já que chegamos cedo, aproveitamos pra pedir o ar bem geladinho. O ambiente é decorado com fotos antigas de família dos donos (o casal Francisco Barroso e Nancy Mattos) e as mesas têm, como não poderia deixar de ser, toalhas xadrez. O nome do restaurante é muito bem representado pela adega, que tem muitas e muitas garrafas do velho e do novo mundo. Pra ajudar a diminuir o calor carioca, pedi um vinho branco de um bom produtor do Rhône, o Les Abeilles 2010 do Jean-Luc Colombo. Mas vamos à comida, porque viemos (primordialmente) pra isso, né? Os trabalhos são sempre abertos com o couvert, que é simples e, como (quase) tudo que é simples, sensacional: pão da casa (que chega quentinho, cheiroso e crocante), manteiga (de verdade) e patê (dos melhores patês de couvert que existem na face da terra, com certeza). Como bom ogro que sou, é claro que a manteiga e o patê têm que estar no pedaço de pão concomitantemente. Dessa última vez, num lance ousado e inspiradíssimo, o Pedro resolveu pedir uma porção de batatas fritas enquanto aguardávamos os pratos. E olha, as batatas fritas do Le Vin são boas demais. Batatas de verdade, gordinhas e bem fritinhas. E, pra adornar, ainda rolou a ousadia de catchup, mostarda (Dijon, bien sûr) e maionese feita lá mesmo (a utilização de maionese caseira deveria ser obrigatória por lei, né?). Olá, batatinhas! Enquanto terminávamos as batatas fritas, os pratos chegaram. Pra Luli, o ravióli de pato com molho de laranja, que ela estava querendo provar desde a última vez em que estivemos lá. Pro Pedro, confit de pato com batatinhas. Carne bem suculenta e pele crocante. Eu, apegado às tradições que sou, não vario de prato. Vou sempre de steak tartar com fritas. Pra quem gosta de steak tartar, um aviso: não peça o do Le Vin, ou você ficará pra sempre viciado, sem conseguir mudar o seu pedido. Sério: o steak tartar de lá é altamente abusivo. E é sacanagem com todos os outros estabelecimentos do Rio o Le Vin manter o prato no cardápio. Sacanagem mesmo. E pra adoçar a boca e a vida? Como faz? Pra começar, testam-se os vinhos de sobremesa oferecidos pelo Márcio, o sommelier da casa: um late harvest chileno, um moscatel de Setúbal e um Sauternes. Depois de conversas e debates com o Márcio sobre aromas, “nariz” e paladar, Pedro e eu resolvemos acompanhar as sobremesas com o Alambre, o moscatel de Setúbal, que é esse aí abaixo. Ok, Rafael, mas e a sobremesa?? Calma, que já chegou. A Luli não quis fugir ao costume e foi no bom e velho crème brulée. Pedro pediu pain perdu, que eu infelizmente não tive tempo de fotografar... Já eu, ainda apegados às tradições, fui de tarte tatin, porque maçãs assadas + sorvete + creme inglês = VIDA. Além das sobremesas individuais, o rapaz formiga (o Pedro) decidiu pedir uma comunitária:profiteroles. Pra quem gosta, vale muito a pedida. Massa leve e calda de chocolate meio amargo (que eu, particularmente, não gosto, mas misturada com o sorvete, fica tudo bem). Depois disso tudo, nem espaço pro Nespresso sobrou. A conta deu 186 reais por cabeça, já incluídos o vinho e o serviço. E, pra terminar, fica aí a dica, que tá na porta de entrada da parte interna da casa, pras pessoas que não sabem se comportar em restaurante (ou em qualquer local que não seja a sua própria casa). Le Vin, você continua sendo um querido do meu <3. Le Vin Bistrô Rua Barão da Torre, 490 – Ipanema Rio de Janeiro/RJ Fone: (21) 3502-1002 Aceita todos os cartões www.levin.com.br