Unidade Didática – Ciências
Identificação
NRE: Loanda
Município: Loanda
Professora: Adriana Penko Bitant
e-mail:
[email protected]
Escola: Col. Est. Pres. “Afonso Camargo” - E.F.M.
Disciplina: Ciências
Série: 8ª
Conteúdo Estruturante: Matéria
Conteúdo Específico: Substâncias
Título: O Álcool: o desafio de conhecer uma substância química do nosso
cotidiano
Relação Interdisciplinar 1: Química
Relação Interdisciplinar 2: História
IES: Universidade Estadual de Maringá
Professoror Orientador: Drª Maria Júlia Corazza
O Álcool: o desafio de conhecer uma substância química do
nosso cotidiano
TEMA: A química do etanol
CONTEXTUALIZANDO
Qual é a principal substância química que está presente tanto na
cerveja, como no vinho, na cachaça e no combustível para
automóveis?
Se você respondeu que é o álcool, acertou.
Vamos conhecer um pouco mais sobre ele?
Genericamente, na química, as substâncias que tem grupos hidroxila
(OH) ligados a um átomo de carbono, são denominados álcoois.
A palavra álcool é de origem árabe, al-kuhul, que significa do ar, do espaço.
Mas, o álcool que é utilizado em nosso dia-a-dia como combustível,
nas bebidas, na limpeza têm um nome especial, é chamado de álcool
comum, álcool etílico ou ainda, etanol.
H3C – CH2 – OH
etanol
Da mesma maneira que conseguimos reconhecer um amigo por um
conjunto de suas características (o timbre de voz, a forma do nariz, o modo
de andar, a cor da pele, o jeito de falar, a cor e a textura dos cabelos, o
porte físico, etc.), os químicos identificam as substâncias pelo conjunto de
suas propriedades. Dessa forma, uma substância é identificada como etanol
quando têm as seguintes características: composto volátil, solúvel em água,
incolor, inflamável, odor característico, ponto de fusão (PF) -114,1ºC, ponto
de ebulição (PE) 78,5ºC.
Discuta com o professor e colegas da turma os significados de Ponto
de fusão e Ponto de ebulição. Compare o ponto de ebulição e fusão do
álcool com os de outras substâncias como a água,
Esclarecendo as aplicações
*Em limpeza doméstica é utilizado o etanol 96 ºGL (graus GayLussac), o que significa 96% de etanol e 4% de água em volume. Devido
seu ponto de ebulição, evapora rapidamente, por isso, é preferido para
limpeza. Para essa finalidade, esse produto deve apresentar-se misturado a
outras substâncias que modificam seu sabor, aroma, inflamabilidade e
consistência. O “álcool gel”, por exemplo, contém uma substância
(carbomer) que tem finalidade de modificar sua consistência, tornando-o
menos inflamável e, por modificar seu sabor e aroma, impede que seja
usado na fabricação de perfumes e bebidas.
*Como antisséptico. A organização Mundial da Saúde (OMS) designou
o álcool como “padrão ouro”, recomendando que seja amplamente utilizado
na assepsia, por tratar-se de uma substância anti-séptica barata, eficaz, não
irritante para a pele e sem risco de combustão. Para exercer essa função,
sua concentração é muito importante, sendo a ideal entre 70% e 90%.
Atuando sobre microorganismos, como bactérias e vírus, o álcool desnatura
as proteínas desses seres, além de ser um importante solvente orgânico,
lesando as estruturas lipídicas da membrana da célula microbiana.
*O etanol dissolve muitas substâncias orgânicas, entre as quais
goma-laca, resinas, sintéticas e naturais, e óleos. É usado em grande escala
em vernizes e como ingrediente de tinturas, produtos farmacêuticos e
cosméticos.
*Combustível. A queima do etanol produz uma chama com
desprendimento de calor e nenhuma fuligem, podendo ser empregado em
motores de combustão interna. Daí a possibilidade de usá-lo como
combustível. Diferentemente dos combustíveis derivados do petróleo, que
vêm de uma fonte não renovável, as fontes de etanol, como a cana-deaçúcar, no caso do Brasil, são renováveis. Basta plantar novamente a cana
para se obter mais etanol.
Outra vantagem do etanol é que ele não
contribui de maneira significativa para o aumento dos gases do efeito
estufa. Esses gases, como o gás carbônico, aprisionam parte do calor que
seria dissipado para a atmosfera, por absorverem radiação infravermelha. O
etanol apresenta outras vantagens como combustível, como, por exemplo, o
alto valor de sua octanagem (105, em média, enquanto o valor médio para
a gasolina comum americana é 87), sua toxidez, relativamente baixa, e a
ausência de enxofre e nitrogênio. Em compensação, a queima parcial do
etanol pode produzir aldeídos, também tóxicos, além, é claro, do monóxido
de carbono.
Octanagem: medida da qualidade da gasolina, relacionada à resistência à
detonação da mistura ar/gasolina antes que o pistão dentro do cilindro dos
motores atinja o seu curso completo e a vela de ignição solte faísca que provoca a
explosão da mistura.
As desvantagens do etanol como combustível incluem, ainda, o
baixo valor de energia obtida na sua queima, quando comparado à gasolina.
Atualmente, pesquisadores vêem com cautela a monocultura da cana-deaçúcar, por causa das implicações sociais e ambientais em longo prazo.
O etanol combustível (etanol hidratado) tem sua composição
estabelecida por lei e deve estar entre 93,2ºGL e 93,8ºGL. O álcool que é
adicionado na nossa gasolina para reduzir sua combustão incompleta,
substituindo o chumbo, é o álcool anidro (não contém água) e a mistura
forma o chamado gasool. Com a crise do petróleo no final de 1973, o Brasil
em 14 de novembro de 1975 iniciou sua independência energética com a
criação do Programa Nacional do Álcool, denominado de Proálcool.
No Brasil, o metanol ou álcool metílico (CH3OH), foi utilizado durante
uma época em substituição temporária ao etanol, em virtude de uma
grande falta deste produto no mercado, porém hoje em dia, por ser
extremamente tóxico, o metanol já não é mais utilizado como combustível.
Investigue o porquê de o metanol ser mais tóxico que o etanol.
LEITURA COMPLEMENTAR
Alimentos, Biocombustíveis e Efeito Estufa, entrevista com Carlos
Clemente Cerri
Se usar melhor as pastagens, o Brasil pode exportar mais comida, etanol e
soja com sustentabilidade, afirma professor da Esalq. Basta o Brasil usar
melhor suas pastagens para que o País possa exportar biocombustíveis sem
comprometer a produção de alimentos e sem desmatamento. Quem pensa
assim é Carlos Clemente Cerri, o professor da Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz (Esalq) que, além de membro do Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), é um dos responsáveis pela
contabilidade oficial das emissões brasileiras de gases do efeito estufa. Para
ele, sem precisar nem dobrar o número de cabeças de gado por hectare, a
terra brasileira é suficiente para atender à ampliação do cultivo de alimentos
— para o Brasil e para o mundo — e para o plantio das matérias-primas para
os biocombustíveis. Mais: o melhor manejo das pastagens liberaria ainda
terra agricultável suficiente para o cultivo de eucalipto, de algodão e de soja
e para a produção de leite e carne.
Além de não desmatar, o Brasil, alerta Cerri, deve reduzir ao máximo as
emissões de gases do efeito estufa e o consumo de água dos processos de
produção de biocombustíveis para garantir que o etanol e o biodiesel
fabricados aqui sejam competitivos no exterior. “É uma questão ética”,
afirma. “Principalmente nos países mais desenvolvidos, a sociedade vai
querer consumir produtos cujos processos de produção sejam mais limpos do
que são hoje.” Por essa razão, grupos de pesquisa do mundo inteiro,
incluindo o que o professor coordena no Centro de Energia Nuclear na
Agricultura (Cena), na Esalq, já estão trabalhando para calcular o carbon
footprint do etanol — ou seja, a quantidade de carbono emitida durante a
produção de um litro do biocombustível. “A soma das emissões da produção e
da queima dos biocombustíveis tem de ser menor do que a soma das
emissões da produção e da queima dos combustíveis fósseis, senão não
compensa substituir estes por aqueles”, explica o professor. Ele não vê os
biocombustíveis nem como vilões nem como salvadores. Em sua opinião, o
etanol, o biodiesel e outros combustíveis de origem orgânica representam
uma fase de transição — o futuro, pensa ele, está nas energias solar, eólica e
das marés, que não deixam nenhum resíduo.
Leia a entrevista na íntegra acessando o site:
<http://www.ecodebate.com.br/index.php/2008/06/20/alimentosbiocombustiveis-e-efeito-estufa-entrevista-com-carlos-clemente-cerri/> .
Acesso em 17-11-2008
REFLETINDO
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Fontes:
Figura 1: < http://www.coljxxiii.com.br/webquest/jubio.jpg>
Figura 2:
<http://www.achetudoeregiao.com.br/noticias/noticias.gif/queima_de_can
a1.jpg>
Figura 3: <http://ecourbana.files.wordpress.com/2008/07/canacortadores.jpg>
Observe as figuras, e com base na Leitura Complementar e nas
discussões em sala de aula, registre as vantagens e desvantagens que o
etanol, como combustível, representa para o meio ambiente.
Vantagens
Desvantagens
EXPERIMENTANDO
Separando componentes de tinta de caneta
Material:
-papel-filtro
-caneta preta
-vidro relógio (ou pires)
-álcool
-béquer ou copo
Procedimento:
1- Corte na forma de um retângulo de 1cm por 6cm, um pedaço de papelfiltro (pode ser filtro de café).
2 - Desenhe, com a caneta preta, uma pequena bolinha a uma altura de
1cm da borda do papel.
3 - Coloque álcool em um copo até a altura de 0,5cm.
4 - Coloque o papel dentro do copo, de forma que a bolinha pintada fique
próxima ao álcool, sem tocá-lo. Tampe o copo com um vidro de relógio (ou
pires)
5 - Espere por cinco minutos e retire o papel de dentro do copo.
6 - Observe.
Análise de dados:
1 - A tinta da caneta preta é uma substância ou uma mistura?
2 - Quantos componentes você pode identificar na tinta de caneta preta?
3 - Qual é a função do álcool no processo da cromatografia?
4 - Qual dos componentes é mais solúvel em álcool?
APLICANDO NO COTIDIANO
O etanol pode se inflamar e causar queimaduras, incêndio e explosão.
Jamais manipule-o perto de chamas ou faíscas.
Você e seus familiares tomam os cuidados necessários ao manusear e
guardar em lugares seguros o álcool e as demais substâncias inflamáveis?
Em 2002, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com a resolução
RDC nº 46, proibiu a comercialização de álcool líquido 96º GL (Gay-Lussac). Mas
o Tribunal Regional Federal de Brasília sobre pressão da Abraspea (Associação
dos Fabricantes e Envasadores de Álcool), reverteu a decisão, em agosto
daquele ano. No ano de 2007 a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara
dos Deputados aprovou um novo projeto (Lei 692/07), substitutivo ao projeto
original, no qual atribui à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o
controle e a fiscalização sanitária do produto e legaliza a exigência feita pela
Agência em 2002 para que o produto seja vendido em forma de gel, que
aumenta a segurança do consumidor porque é mais difícil se espalhar e oferece
menos risco da explosão por chama na boca da garrafa. O novo projeto também
exige a comercialização do produto em forma de gel, e incorpora mais
restrições à venda do álcool, como: acondicioná-lo em quantidade máxima de
500g e em embalagem resistente a impacto, proibir a venda ao consumidor de
álcool destinado a testes laboratoriais e proibir o uso de símbolos ou figuras que
tornem o produto atrativo para crianças.
Você é contra ou a favor a essa lei? Por quê?
Você observa o cumprimento dessa lei nos supermercados e mercearias?
06/06 - Dia Nacional da Luta contra a Queimadura
SUGESTÃO DE PESQUISA:
-Efeito explosivo de uma garrafa de plástico de álcool
Sites sugeridos:
<http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v39n3/08.pdf> . Acesso em: 20/10/2008
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S008062342007000100003&lng=pt&nrm=iso > . Acesso em: 20/10/2008
TEMA: Etanol - produção, industrialização e comércio
http://www.destilariadecasa.com.br/Index2.html
CONTEXTUALIZANDO
A que se deve o aumento de volume da massa preparada para fazer
pães?
Existe semelhança entre o processo de
fabricação de pão e de álcool?
A população das cidades que possuem destilaria de álcool convive
com um desagradável odor no ar. Qual a origem desse odor?
O etanol industrial pode ser obtido a partir de batatas, cereais ou
melaço, principalmente da cana-de-açúcar.
Exemplificaremos a produção do álcool a partir da cana-de-açúcar.
A
produção do
álcool
ocorre
em uma
indústria denominada
“destilaria”. Cada destilaria possui sua particularidade, principalmente
quanto a parâmetros de controle de processo e características dos
equipamentos, mas o processo de produção de modo geral é parecido em
todas elas.
A cana que chega à unidade industrial é processada o mais rápido
possível. Este sincronismo entre o corte, transporte e moagem, é muito
importante, pois a cana é uma matéria prima sujeita a contaminação e,
conseqüentemente,
de
fácil
deterioração.
Antes da moagem, a cana é lavada nas mesas alimentadoras para
retirar a terra proveniente da lavoura. Após a lavagem, a cana passa por
picadores que trituram os colmos, preparando-a para a moagem. Nesse
processo, as células da cana são abertas sem perda do caldo. Após o
preparo, a cana desfibrada é enviada à moenda para ser moída e extrair o
caldo. Na moenda, a cana desfibrada é exposta entre rolos submetidos a
uma pressão de aproximadamente 250 kg/cm², expulsando o caldo do
interior das células. Este processo é repetido por seis vezes continuamente.
Adiciona-se
água
numa
proporção
de
30%.
Esse
procedimento
é
denominado de embebição composta, cuja função é embeber o interior das
células da cana, diluindo o açúcar ali existente e, com isso, aumenta-se a
eficiência da extração, obtendo-se cerca de 96% do açúcar contido na cana.
O caldo extraído é submetido a vários processos específicos de tratamento
antes
de
ser
fermentado
e
o
bagaço
vai
para
as
caldeiras.
O bagaço, que sai da moenda com muito pouco açúcar e com
umidade de 50%, é transportado para as caldeiras, onde é queimado para
gerar vapor, que se destina a todas as necessidades que envolvem: o
acionamento das máquinas pesadas, a geração de energia elétrica e o
processo de fabricação de álcool. A sobra de bagaço é vendida para outras
indústrias. O bagaço é muito importante na unidade industrial, porque é o
combustível
para
todo
o
processo
produtivo.
Parte do vapor gerado é enviado aos turbogeradores que produzirão
energia elétrica suficiente para movimentar todos os acionamentos elétricos
e a iluminação.
Depois de tratado, o caldo da cana-de-açúcar, agora chamado de
“mosto”, livre de impurezas e esterilizado é encaminhado às dornas para a
fermentação alcoólica.
O vocábulo fermentação deriva do latim fermentare. Todavia,
algumas fontes colocam, poeticamente, a sua origem no vocábulo fervere –
ferver – devido ao aspecto característico do mosto quando fermenta
A fermentação alcoólica, produzida por leveduras (unicelulares), é o
processo em que ocorre a conversão dos açúcares (sacarose) em álcool
(etanol), gás carbônico e energia. O processo pode ser dividido em duas
partes, segundo Gay Lussac:
Sacarificação: desdobramento de substâncias que não são diretamente
fermentescíveis em outras diretamente fermentescíveis.
C12H22O11 + H2O

(sacarose)
C6H12O6 + C6H12O6
(glicose + frutose)
Fermentação Alcoólica:
C6H12O6

2CH3CH2OH + 2CO2 + ENERGIA
(monossacarídeo)
(etanol)
O processo de fermentação é realizado em dornas abertas ou
fechadas conforme cada destilaria.
Durante a fermentação é necessário manter a temperatura das
dornas abaixo de 32 ºC, pois a reação de produção de álcool é exotérmica e
temperaturas elevadas prejudicam o rendimento das leveduras e podem até
matá-las. Para isso usa-se dentro das dornas um sistema de resfriamento
composto por serpentinas por onde passa água, mantendo-se assim o
mosto em fermentação na temperatura ideal.
Durante a reação, ocorre intensa liberação de gás carbônico, a
solução aquece-se, e além do álcool, alguns subprodutos são formados
(glicerol, álcoois homólogos superiores, furfural, aldeído acético, ácidos
succínico e acético, ésteres, aminas, etc.), além de espumas e também a
floculação da levedura. Tais ocorrências provocam perdas no processo, por
isso elas devem ser combatidas.
Nas dornas, são adicionados alguns adjuntos para auxiliar a
fermentação, como antibióticos, anti-espumante, dispersante, nutrientes e
uréia.
Devido a problemas com a cana deteriorada, ocorre a floculação,
fenômeno não desejado durante a fermentação. Esse fenômeno é uma
resposta da levedura às mudanças do meio, podendo ser provocado por
bactérias, e representa, também, um mecanismo de defesa da levedura em
condições
desfavoráveis a
sua
sobrevivência,
como,
por
exemplo,
temperaturas acima de 32ºC que provocam a desnaturação celular. Em
combate a floculação deve-se controlar o pH e a temperatura do meio.
Os antibióticos têm a função de fazer o controle microbiológico,
combater a
contaminação da
fermentação, protegendo-a
de
seres
indesejáveis (bactérias e leveduras selvagens). O anti-espumante e o
dispersante agem em conjunto, pois para um bom efeito de ambos, eles
devem ter boa procedência, pois combatem a formação de bolhas e
espumas durante a fermentação. O nutriente fermentativo e a uréia são
utilizados como nutrientes auxiliares com a finalidade de suprir as
deficiências nutricionais do mosto.
O tempo de fermentação varia de 4 a 12 horas. Ao final deste
período diz-se que a dorna “morreu”, ou seja, praticamente todo o açúcar
contido no mosto foi consumido e transformado em álcool, com a
conseqüente redução da liberação de gases.
Ao terminar a fermentação, o teor médio de álcool nestas dornas é
em torno de 7%, e a mistura recebe o nome de vinho fermentado.
O vinho é bombeado às centrífugas para a recuperação e
concentração do fermento. A centrifugação também visa a eliminação das
bactérias, que por possuírem baixa densidade são arrastadas com vinho. A
filtragem do vinho fermentado torna-se necessária para evitar que
impurezas causem entupimento das centrífugas de vinho e também para
evitar desgastes excessivos do equipamento, que comprometeria sua
eficiência e rendimento. Agora, o vinho chamado de vinho “deslevedurado”,
é enviado para as dornas volantes.
O
vinho
deslevedurado
possui,
em
sua
composição,
aproximadamente, 7ºGL (% em volume) de álcool, além de outros
componentes de natureza líquida, sólida e gasosa. Dentro dos líquidos, além
do álcool, encontra-se a água, glicerina, álcoois homólogos superiores,
furfural, aldeído acético, ácidos succínico e acético etc., em quantidades
bem menores. Já os sólidos são representados por bagacilhos, leveduras,
bactérias,
açúcares
não-fermentescíveis,
sais
minerais,
matérias
albuminóides e outros, e os gasosos principalmente pelo CO2 e SO2.
Através de uma destilação fracionada, o álcool é separado dessas
outras substâncias químicas.
A destilação é um processo de separação de misturas líquido-líquido
homogêneas, que utiliza a diferença do ponto de ebulição dos elementos
que a compõem para promover a separação. No caso, o álcool, tem ponto
de ebulição inferior ao da mistura aquosa, evapora com mais facilidade
apesar de desprender uma parcela considerável de água. Assim a destilação
total utiliza uma seqüência de destilações parciais que aumentam a
porcentagem de álcool nos vapores, até atingir um ponto técnicoeconômico viável de concentração definido para o álcool hidratado em torno
de 96,4% em volume.
Para se conseguir o álcool anidro concentrado a 99,5% em volume,
utiliza-se um processo denominado de desidratação, que consiste em
colocar o álcool hidratado com uma concentração de 96,4%. Dessa forma,
utiliza-se um elemento higroscópico denominado de ciclohexano, que tem a
capacidade de absorver grande parte de água presente na mistura.
A produção industrial do álcool gera de 12 a 15 litros de vinhoto ou
vinhaça por litro de álcool destilado. O vinhoto é uma substância pastosa e
mal cheirosa. O que fazer com este líquido que se lançado em um rio
consome o oxigênio dissolvido na água, matando desde plânctons até os
peixes maiores? A destinação do vinhoto para fabricação de fertilizantes
orgânicos líquidos e como fertilizante adicionado em água de irrigação
(fertirrigação) para o solo é a solução. Todavia, o consumo depende das
condições de campo e não da produção da destilaria, o que obriga a que se
faça um estoque, uma lagoa, aguardando a oportunidade da aplicação no
campo. Porém, se estas lagoas fugiram ao controle, e não são poucos os
exemplos em que extravasou vinhoto, o líquido segue em rumo a um curso
d água e causa um desastre ambiental.
Ao lado dos Estados Unidos, o Brasil é hoje o maior produtor de álcool
do mundo. Muitos países estão buscando fontes energéticas menos
poluentes, porém, somente a partir de 2003 o mercado de álcool
combustível começou a se desenvolver. Antes disso, as exportações do
produto se destinavam principalmente para a indústria de perfumes e
bebidas.
Em todo o mundo, também a indústria de bebidas alcoólicas está
crescendo cada vez mais em conseqüência ao aumento do consumo em
muitos paises em desenvolvimento por causa do crescimento econômico,
das mudanças dos estilos de vida, e do desgaste de costumes tradicionais.
REFLETINDO
Ao fazer pão caseiro deixa-se a massa “descansar” a fim de que o
fermento atue. Alguns cozinheiros (as) costumam colocar uma pequena
bola dessa massa dentro de um copo com água. Após algum tempo a
bolinha, que inicialmente está no fundo do copo, sobe e passa a flutuar na
água. Isso indica que a massa está pronta para ir ao forno.
A- Que se pode afirmar sobre a densidade inicial da bolinha se
comparada à da água?
B- Por que a atuação do fermento faz a bolinha flutuar?
EXPERIMENTANDO
O álcool vem do açúcar?
Objetivo: Estudar a reação utilizada industrialmente na obtenção do álcool.
Materiais:
-
açúcar (100 g)
caneta para transparência ou etiquetas autocolantes
2 colheres de chá
2 colheres de sopa
6 copos de vidro
farinha de trigo (100 g)
fermento biológico (30 g)
geladeira
Duração prevista: 60 minutos
Procedimento:
Observação: 1 colher de chá= 2,5 ml ; 1colher de sopa = 10 ml
A – Colocar 30 g de fermento biológico e 120 ml de água em um copo.
Misturar até homogeneizar. Esta é a solução de fermento.
- O que tem no fermento para a produção de álcool?
B – Numerar 5 copos de vidro, dispostos em fila. Colocar 20 ml da solução
de fermento em cada copo.
C – No copo número 1, adicionar 2 colheres de chá (rasas) de farinha de
trigo. Misturar bem com a solução de fermento, até homogeneizar. Após 15,
30 e 40 minutos, agitar suavemente a solução e observar cuidadosamente,
atentando para a liberação de bolhas de gás.
- Explique: Que gás é esse? De onde provém? Anotar as informações.
D – No copo número 2, adicionar 2 colheres de chá (rasas) de açúcar.
Misturar bem com a solução de fermento, até homogeneizar. Após 15, 30 e
40 minutos, agitar suavemente a solução e observar cuidadosamente,
atentando para a liberação de bolhas de gás.
- Compare a formação de bolhas desta etapa com a etapa anterior. Anotar
as observações.
E – Nos copos números 3 e 4 adicionar, em cada um, 2 colheres de chá
(rasas) de açúcar e 2 colheres de chá (rasas) de farinha de trigo. Misturar
bem com a solução de fermento, até homogeneizar. Imediatamente a
seguir, colocar o copo número 4 no congelador. Após 15, 30 e 40 minutos,
agitar suavemente as soluções nos copos 3 e 4 e observar cuidadosamente,
atentando para a liberação de bolhas de gás.
- Há diferença na liberação de gases entre os copos 3 e 4? Anotar as
observações.
F – O copo número 5 deverá conter apenas a solução de fermento. Após 15,
30 e 40 minutos, agitar suavemente a solução e observar cuidadosamente.
O que ocorre neste copo em relação à liberação de bolhas de gás? Anotar as
observações.
Sugestão: Repita a experiência utilizando caldo de cana de açúcar e
fermento biológico, ao invés de farinha e açúcar. O que você observa em
relação ao odor?
Faça um relatório sobre a experiência realizada. Lembre-se que esse
relatório deve conter as seguintes etapas: introdução, metodologia e
materiais, análise e considerações finais.
APLICANDO NO COTIDIANO
Em dias frios a massa para fazer pão leva mais tempo para crescer.
Por quê? O que se faz, geralmente, para acelerar o crescimento?
SUGESTÃO DE PESQUISA
Para produzir o rum, a vodka, o uísque, e a nossa pinga é utilizado um
processo muito semelhante a da produção do álcool, porém com diferentes
matérias primas e alguns detalhes de processamento. E a cerveja? Como
ela é produzida?
Site sugerido:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja> . Acesso em: 31/10/2008
TEMA: O álcool na história da civilização
http://www.cumbuca.com.br/img_gostosa/bacana/baco.jpg - Acesso 03/11/2008
CONTEXTUALIZANDO
Você conhece a história de vida de pessoas em situação de abuso e
ou dependência de álcool?
Qual é o lugar do álcool em nossa cultura?
As bebidas alcoólicas representam as drogas mais antigas das quais
se tem conhecimento. Obtidas pela fermentação de diversos vegetais,
segundo procedimentos, primitivos no início e depois cada vez mais
sofisticados, elas estavam já presentes nas grandes culturas do Oriente
médio. Os mais antigos documentos da civilização egípcia descrevem o uso
do vinho e da cerveja. A medicina, reputada em toda região mediterrânea,
usava essências alcoólicas para uma série de moléstias, enquanto meio
embriagador contra dores e como abortivo.
O consumo de cerveja pelos jovens era comum, como pode ser
observado em muitos contos, lendas e canções de amor, que relatam os
seus poderes afrodisíacos. O uso social e festivo das bebidas alcoólicas era
bem tolerado, embora já no Egito se levantassem questões morais contra o
seu abuso, principalmente por desviar os jovens dos estudos. A
embriaguez, no entanto, era tolerada apenas quando decorrente de
celebrações religiosas, onde considerada normal ou mesmo estimulada.
Nas culturas da Mesopotâmia, as bebidas alcoólicas surgiram no final
do 2º milênio a.C.
Nessa civilização a cerveja a base de cereais, foi
substituída por fermentados à base de tâmaras. A fermentação da uva terá
utilizada para a produção de vinhos.
O consumo de álcool nas civilizações gregas e romanas é também
conhecido. Esse composto químico era utilizado, tanto pelo seu valor
alimentício, como social, no caso de cerimônias, comemorações e
festividades. A figura popular de Baco (deus grego do vinho) representou na
Grécia antiga a associação entre o uso do vinho e certas práticas e
concepções religiosas. Ressaltamos que o vinho ainda hoje é parte
integrante de cerimônias religiosas.
No Brasil, quando os portugueses aqui chegaram, no início da
colonização, descobriram que os índios tinham o costume de produzir uma
bebida forte, obtida através da fermentação da mandioca. Esta bebida era
denominada “cauim”. Por sua vez, os portugueses conheciam o vinho e a
cerveja e, logo mais, aprenderam a fazer a cachaça. Eles descobriram um
melaço que os escravos colocavam no cocho dos animais, que era
denominado de “Cagaça”, que mais tarde veio a ser cachaça, destilada em
alambique de barro e, muito mais tarde, de cobre. Para os brasileiros, a
cachaça é a bebida mais comum e de baixo custo, por isso é a mais
consumida.
Como podemos constatar, ao investigar a história da civilização,
encontramos a presença das drogas desde os primórdios da humanidade,
fazendo parte de diversos contextos: social, econômico, medicinal, religioso,
ritual, cultural e psicológico. Não há sociedade que não tenha as suas
drogas e, assim, o seu consumo, pode ser considerado um fenômeno
humano, cultural.
REFLETINDO
A ingestão de drogas, segundo a organização e as crenças de uma
determinada sociedade, pode ter três funções distintas: ser usada para
“esquecer”
a
nossa
temporariamente; a
transitoriedade
pretensão de
e
mortalidade,
entrar, em
pelo
menos
contato com
forças
sobrenaturais e a busca do prazer.
Leia o poema abaixo, reflita e responda as questões sugeridas.
Bemdito Sejas
Então,
Febríl, quase louco,
Corro a ti, vinho louvado!
- E a minha dôr adormece,
E o leão é socegado.
Quando a sombra, quando a noite
Dos altos céus vem descendo,
(... )
A minha dôr,
Estremecendo, acórda...
- Ter o vinho por amante
E a morte por companheira!
(... )
António Botto, in 'Canções
Bemdito sejas,
Meu verdadeiro conforto
E meu verdadeiro amigo!
Poesia disponível na íntegra em:
<http://www.citador.pt/poemas.php?op=10&refid=200809010204>. A
cesso: 08/12/2008
1−
No texto acima, as palavras do eu lírico, ou seja, o “eu” que fala no
poema, revelam seus sentimentos.
O que se pode perceber a partir
dessas palavras?
2−
A que ele mostra recorrer para minimizar o que sente?
3−
Que efeitos essa ação exerce sobre ele?
4−
A quem ele chama de “verdadeiro amigo”? Você concorda com ele? Por
quê?
5−
Haveria outras soluções para amenizar os seus sentimentos? O que você
sugeriria?
6−
Você acha que situações como essa acontecem na vida real? Por quê? O
que poderia ser feito para evitá-las?
7−
Reflita sobres as conseqüências do abuso do álcool para a pessoa,
família e sociedade.
8−
Qual a influência, direta e indireta, dos meios de comunicação para o
consumo de bebidas alcoólicas? Poderiam atuar de forma diferente?
Como?
APLICANDO NO COTIDIANO
Sugestão da Dinâmica: Quando estou triste... Quando me sinto feliz...
Objetivo: Possibilitar a reflexão sobre sentimentos e como lidar com eles.
Tempo: 50 min.
Material: Fichas de trabalho, lápis ou canetas para todos.
Processo:
1- Distribuir as fichas de trabalho e solicitar que, individualmente, os
participantes completem as frases;
2- Em seguida, solicitar aos participantes que, se quiserem, compartilhem
as respostas com os colegas;
3- Promover um debate, orientando as questões com base nas seguintes
reflexões:
4- Existem semelhanças entre as suas respostas e as dos colegas?
5 - Existem diferenças entre as suas respostas e as dos colegas?
6- Que importância tem pensar sobre estas coisas (coisas que gosto de
fazer quando estou triste ou feliz; pessoas que posso procurar quando estou
triste ou feliz; como a pessoa mais feliz que conheço age quando ela está
triste?)?
7- Como eu gosto que meus amigos ajam quando estou triste ou feliz?
8- Como eu ajo quando meus amigos estão tristes ou felizes?
9- Concluir a dinâmica explorando os diferentes sentimentos que surgiram
no grupo, tanto nas situações de alegria como nas de tristeza. Discutir
também formas de lidar com as sensações de tristeza.
Ficha de trabalho
Quando eu me sinto triste. . .
. . . uma coisa que posso fazer ao ar livre
é__________________________________________________________________
. . . em dias de chuva, gosto de
___________________________________________________________________
. . . algumas coisas que posso fazer para ajudar outras pessoas
são_________________________________________________________________
. . . uma coisa que eu posso fazer
é__________________________________________________________________
. . . algumas das pessoas com quem posso falar
são________________________________________________________________
. . . uma coisa que eu posso fazer na escola
. . . a pessoa mais feliz que conheço
faz_________________________________________________________________
quando se sente triste, mal ou infeliz.
Quanto eu me sinto feliz. . .
. . . atividade da qual eu mais gosto ao ar livre
é__________________________________________________________________
. . . em dias de chuva, gosto
de_________________________________________________________________
. . . se eu estivesse fazendo um show,_________________________eu faria
ou seria_______________________________________________________________
. . . algumas das pessoas engraçadas que eu conheço
são________________________________________________________________
. . . uma coisa divertida de se fazer
é__________________________________________________________________
. . . uma coisa que gosto muito de fazer na escola
é
. . . a pessoa mais feliz que conheço
é_______________porque______________________________________________
Extraído do “Manual de Prevenção às Drogas na Escola” – Programa do Center For Drug –
Free living. Publicado pelo Coren-DF.
SUGESTÃO DE PESQUISA
-Lenda persa sobre o início da produção do vinho.
Site sugerido:
<http://www.amf.org.br/revista/ed_28/pag%2026%20%20Hist%F3ria%20do%20vinho%20e%20seu%20uso%20na%2
0arte%20de%20curar%20-%20enofilia.pdf > . Acesso em:
21/11/2008
TEMA: Efeitos agudos e crônicos do álcool no SNC e em outros
sistemas
Olimpíadas da manguaça – Fonte: <htpp:// www.bacaninha.com. br> .
Acesso em: 10/09/2008.
CONTEXTUALIZANDO
Observando as figuras acima, reflita sobre os problemas de saúde,
psicológicos e sociais que o uso abusivo do álcool causa?
Qual é o significado da palavra “droga” na linguagem comum? E a
medicina, como a define?
E então, você considera o álcool uma “droga”? Justifique.
Como já vimos, o etanol é o álcool que está presente nas bebidas
obtidas tanto pela fermentação como pela destilação de vegetais. Em nosso
país existe uma enorme variedade de bebidas alcoólicas, sendo que cada
tipo possui em sua composição uma quantidade específica de álcool. Veja
alguns exemplos: cerveja “light” (3,5%), cerveja ou cooler (4,5 a 6,5%),
vinho (12%), vinhos fortificados (20%), uísque, vodca, pinga (40%).
Mas, quais são os efeitos que essas quantidades de álcool vão
ocasionar no organismo humano? Vai depender de alguns fatores como: a
freqüência de ingestão, a quantidade de álcool ingerida, a quantidade de
álcool
absorvida,
sua
distribuição
pelos
tecidos
do
organismo,
a
sensibilidade individual dos diferentes órgãos e tecidos e a velocidade de
metabolização.
Existe já calculada a relação entre as doses de bebidas ingeridas e a
concentração de álcool no organismo. Como por exemplo, um homem com
60 kg, retém 0,27 g de álcool quando ingere uma dose dessas bebidas:
cerveja ( 1 lata=330 ml ), pinga, vodka ou uísque ( 40 ml ), vinho ( 140
ml ). A partir de 0,60g a pessoa é considerada legalmente embriagada, e
isso ela consegue quando ingere 3 doses dessas bebidas. As mulheres
atingem níveis mais altos com quantidades menores, pois, elas são mais
sensíveis aos efeitos do álcool.
Cada droga tem o seu mecanismo de ação particular, mas todas as
drogas de abuso agem, direta ou indiretamente, em um mesmo local do
cérebro: as áreas corticais
e as vias mesolímbicas que incluem,
principalmente área tegumentar ventral que se comunicam por neurônios
dopaminérgicos ao núcleo accumbens e costumam intermediar as emoções
reconhecidas como gratificantes ou prazerosas, como por exemplo: comer,
olhar uma paisagem bonita , escutar uma música da qual gostamos). O
sistema que envolve esses circuitos cerebrais é chamado de sistema de
recompensa cerebral. Na via mesolímbica, a droga de abuso aumenta a
liberação do neurotransmissor dopamina, gerando a sensação de prazer.
Após a ingestão da bebida alcoólica, parte do álcool presente na
bebida é absorvida pelas paredes do estômago e do intestino delgado. Se o
estômago estiver cheio, a comida reduz o contato do álcool em suas
paredes e a absorção pode chegar a ser até seis vezes mais lenta do que
se o estômago estiver vazio. Cinco a dez minutos após a sua ingestão, o
álcool já é detectado no sangue. O álcool absorvido é metabolizado no
fígado (cerca de 90%) e é transformado mediante oxidação a aldeído
acético, e subseqüentemente, até a dióxido de carbono (CO2) e água com
liberação de energia (7,1 kcal/g). A “energia alcoólica”,
ao contrário de
outras fontes energéticas (por exemplo, os lipídios e glicídios), não é
armazenada deforma eficiente, dissipando-se como calor. O álcool é por isso
chamado de fonte de "caloria vazia" ou não-aproveitável bioquimicamente.
O álcool não metabolizado pelo fígado é eliminado na urina, pelo ar
expirado, hálito. Nisso se baseia o bafômetro, aparelho que mede o teor de
álcool no ar expirado pela pessoa e, em função do resultado da medida,
infere seu nível de embriaguez.
Os efeitos do álcool no Sistema Nervoso Central (SNC), pode ser
dividido em dois momentos. No primeiro momento, ele age como
estimulante, e a pessoa fica eufórica, desinibida, sociável, falante, alegre e
com a sensação de prazer. No segundo momento, agindo como um
“depressor” da atividade cerebral, reduz a ansiedade prejudicando a
coordenação motora e à medida que a concentração de álcool aumenta no
sangue, a autocrítica diminui e por afetar a capacidade de avaliar perigos, o
indivíduo pode ter comportamentos de risco como beber e dirigir ou operar
máquinas, podendo levar à acidentes. Também, a fala fica “arrastada”, os
reflexos ficam lentos, o raciocínio e a concentração ficam prejudicados, a
sonolência ocorre. Quando as doses ingeridas são altas, a visão fica “dupla”
ou borrada, a memória e a concentração ficam prejudicadas, a resposta aos
estímulos
diminuem,
sonolência,
vômitos,
insuficiência
respiratóiria,
podendo chegar à anestesia, coma e morte.
Há várias maneiras populares de lidar com a intoxicação alcoólica.
Você conhece alguma? Relate.
Nada mais eficaz quanto o tempo. Deixar a pessoa em local tranqüilo
e isolado e esperar o organismo eliminar o álcool, é o mais adequado.
Efeitos Nocivos Associados ao Consumo Crônico de Álcool
A molécula de etanol, por ser uma molécula muito pequena, atinge
facilmente todos os órgãos e tecidos, podendo causar inúmeras doenças.
Eis alguns exemplos:
Sistema Nervoso (distúrbios neurológicos graves,
alterações da memória, lesãoes no sistema nervoso central); Sistema
Cardiovascular (arritmias cardíacas agudas, aumento da pressão arterial,
hipertensão com risco conseqüente de infarto); Sistema Gastrointestinal
(gastrite, úlceras, cânceres de boca, de esôfago, de laringe e de faringe,
esteatose hepática, hepatite, cirrose hepática, pancreatite aguda). É
interessante saber que, atualmente o uso abusivo de álcool mata mais que
todas as drogas ilegais juntas.
Gravidez e Álcool
Mulheres grávidas que consomem 2 a 3 doses diárias de bebidas
alcoólicas têm 11% de chance de ter um filho com a Síndrome Fetal pelo
Álcool ( deformidades faciais e da cabeça, anormalidades labiais,
deficiência de crescimento, problemas cardíacos, retardo ou deficiência
mental, com problemas de aprendizado no futuro). Essa síndrome é
diagnosticada em aproximadamente um terço dos bebês de mães que
fizeram uso excessivo de álcool durante a gestação.
Alcoolismo (Dependência do álcool)
A freqüência do uso repetido de drogas produz alterações no sistema
nervoso, que contribuem para aumentar o desejo de consumir drogas e se
estabelecer a dependência, que ocorre quando a pessoa tornasse adaptada
á presença do álcool no organismo.
Estudiosos indicam
alguns
fatores
que
contribuem
para
o
estabelecimento da dependência:
1-O papel do ambiente: a visão do local no qual o usuário costumava
usar a droga pode estimular a vontade de usá-la, porque ocorreu uma
associação entre o ambiente e o efeito da droga;
2-Ambiente familiar e genética: o hábito de consumo de álcool, de
determinadas famílias é um fator de risco e ainda mais, resultados de
pesquisas genéticas relacionaram a dependência do álcool com níveis
baixos de dopamina. Porém, não é o fato de existir uma influência genética
que a dependência do álcool é completamente herdada;
3-Fissura (“Craving”): “desejo urgente e quase incontrolável, que
invade os pensamentos do usuário de drogas, alterando o seu humor e
provocando sensações físicas e modificação do seu comportamento”
(FORMIGONI et al.,p.9, 2000). Estudos neurobiológicos das dependências
associam o fenômeno da “fissura” como resultado da desregulação dos
mecanismos moleculares, ligados à memória de longo prazo.(
memória
com duração de meses a anos).
Beber de maneira moderada, com baixo risco é o ideal. Aconselha-se
não beber em várias situações, tais como:
1-Quando houver algum compromisso ou tarefa em que o uso de
álcool possa atrapalhar ou ser inconveniente, exemplo, dirigir, trabalhar,
operar uma máquina;
2-Para enfrentar situações desagradáveis, por exemplo, quando se
está deprimido, chateado, ansioso, triste ou sozinho;
3-Para fazer coisas que se consideras difícil, isto é, depende muito de
cada pessoa, por exemplo, falar com pessoas estranhas ou em público,
abordar sexo oposto, etc.;
4-Para se embriagar, ou seja, procurar conscientemente “ficar de
fogo”.
Quais outras situações você acrescentaria?
Qual o termo mais adequado para designar o dependente de álcool?
Alcoólatra, alcoólico ou alcoolista?
“Alcoólatra”, ou seja, quem “idolatra”, “adora” o álcool, é um termo
que confere um estigma e anula outras identidades do indivíduo;
“Alcoólico” na língua portuguesa significa “o que contém álcool”;
“Alcoolista” é um termo menos carregado de valoração, isto é, de
estigma, ou seja, ser alcoolista é uma das muitas característica da pessoa,
inclusive alguém que pode deixar de ser dependente do álcool.
Qual o termo que você escolhe e usará de agora em diante quando
se referir a uma pessoa dependente de álcool?
No Brasil, existem muitas entidades que auxiliam os dependentes do
álcool e seus familiares, como por exemplo, podemos citar o Alcoólicos
Anônimos ( AA ).
Em sua cidade existe essa entidade benemérita? Onde ela está
sediada?
Problemas sociais
Estudos revelam que nas últimas décadas houve um crescimento
global do consumo do álcool, bem como da criminalidade e da violência. A
par dessa situação, o desemprego , condições precárias de saúde e
educação, poucas opções de lazer, dificuldades de relacionamento familiar,
a convivência com atividades criminosas e a falta de políticas públicas de
assistência, contribuem para o aumento do consumo de bebidas alcoólicas.
Forma-se então, um círculo vicioso de influências para os dois lados. Em
famílias com melhores condições de vida, as dificuldades de relacionamento
entre seus membros está relacionado ao aumento do consumo de álcool e
de outras drogas.
Violência
A violência é um dano social relacionado ao consumo do álcool e de
acordo com Duarte e Carlini-Cotrim (2000), em Curitiba dos processos de
homicídio ocorridos entre 1995 e 1998, 53,6% das vítimas e 58,9% dos
autores dos crimes, momento do ato criminal, estavam sob efeito do álcool.
Além da violência, podemos também relacionar outros danos sociais,
tais como: acidentes, vandalismo, desordem pública, custos sociais,
problemas familiares,
problemas no trabalho, dificuldades interpessoais,
dificuldades educacionais e outros danos interpessoais.
Álcool e o trânsito
O consumo de álcool, mesmo em quantidades pequenas diminui a
coordenação motora e os reflexos. Mesmo que a pessoa preste muita
atenção e tome todo o cuidado, seu organismo estará funcionando com os
reflexos retardados, quer dizer, sua reação para brecar ou desviar o carro
vai ser mais lenta.
De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, em vigor desde 1998,
será penalizado todo o motorista que apresentar mais de 0,6 gramas de
álcool por litro de sangue.
A quantidade de álcool no sangue pode variar de pessoas para
pessoa, mas em geral este nível é atingido meia hora após consumir de 2 a
3 doses padrão. A infração, neste caso é considerada gravíssima: com uma
multa a pessoa pontua 7 pontos e, dependendo da situação, pode sofrer
apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir. A checagem da
infração é feita por meio do uso de um aparelho chamado etilômetro,
popularmente conhecido como “bafômetro”.
REFLETINDO
LEITURA COMPLEMENTAR
25/06/2008 - 02h30
Lei seca é uma das mais rígidas do mundo
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha de S.Paulo
Numa lista de 82 países pesquisados pela International Center For Alcohol
Policies, instituição com sede em Washington (EUA), a nova lei seca brasileira com
limite de 2 decigramas de álcool por litro de sangue é mais rígida que 63 nações,
iguala-se em rigidez a cinco e é mais tolerante que outras 13, onde o limite legal
varia de zero a 1 decigrama. Veja a lista de países pesquisados.
Com a nova lei, em vigor desde sexta passada, o limite legal agora é
equivalente a um chope. Além de multa de R$ 955, a lei prevê a perda do direito
de dirigir e a retenção do veículo.
A partir de 6 decigramas por litro (dois chopes), a punição será acrescida de
prisão. A pena de seis meses a três anos e é afiançável (de R$ 300 a R$ 1.200,
em média, mas depende do entendimento do delegado).
Em países vizinhos ao Brasil, como Argentina, Venezuela e Uruguai, o limite
legal de concentração de álcool no sangue varia de 5 decigramas por litro a 8
dg/l. Na Europa, países como Alemanha, França, Espanha e Itália têm limites de 5
dg por litro, acima do brasileiro.
Nos EUA, onde a lei varia a cada Estado, o limite fica entre 1 a 8 dg/l. Igualamse ao Brasil ao fixar 2 dg/l os países nórdicos, como Suécia e Noruega.
Menos tolerantes que o Brasil estão algumas nações do leste europeu, como
Romênia e Hungria, onde o limite é zero.
Em alguns lugares, a lei é mais abrangente e proíbe a condução de barcos,
como no Canadá, ou de bicicletas, como a Califórnia (EUA). A Suíça avalia se o
carona poderia ou não beber para não prejudicar a habilidade do condutor.
"Foi um avanço, mas o melhor é o limite zero. O problema é implementar a
fiscalização. São Paulo tem um número irrelevante de bafômetros", diz Sérgio
Duailibi, da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de São Paulo.
"A legislação no mundo inteiro está mudando. É preciso fazer uma fiscalização
rigorosa com bafômetro. No Brasil, o mais grave é que nunca houve um apoio
popular mais forte a medidas assim", completa.
Pesquisa conduzida por ele e pelo também médico Ronaldo Laranjeira, com
cerca de 5.600 motoristas em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Vitória,
Santos e Diadema revela que, às sextas e sábados, 30,3% deles tinham algum
nível de álcool no sangue constatado no teste do bafômetro, sendo que 19,3%
tinham níveis iguais ou superiores a 6 decigramas de álcool por litro de sangue, o
limite atual para prisão.
Advogados
O advogado Ives Gandra Martins diz que a lei é exagerada. "Prisão
provisória é uma violência grande. Sou favorável ao enrijecimento da legislação,
mas do ponto de vista pecuniário: multas elevadas."
O advogado Roberto Delmanto afirma que ninguém, pela Constituição, é
obrigado a produzir prova contra si, referindo-se ao fato de a lei prever multa de
R$ 955 para o motorista que se recusar a fazer o teste do bafômetro. A orientação
dele é não fazer o exame e questionar a multa na Justiça.
Extraído de: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u415818.shtml>.
Acesso em: 08/12/2008
Você concorda com o advogado Ives Gandra Martins quando ele diz
que a “lei é exagerada”?
Em sua opinião um dependente de álcool obedece a Lei Seca?
Tendo como base o que você já estudou e discutiu com o professor e
colegas, qual sua atitude quando ao voltar de uma festa, o motorista do
carro em que você está de carona tiver tomado bebida alcoólica a mais do
permitido? Quais são seus argumentos que justificariam sua atitude?
EXPERIMENTANDO
Bafômetro – um modelo demonstrativo
Objetivo: demonstrar a utilidade do aparelho, bem como os princípios
químicos de seu funcionamento.
Materiais e reagentes:
- 4 balões de aniversários de cores diferentes;
- 4 pedaços de tubo de plástico transparente (diâmetro externo de
aproximadamente 1 cm ou 3/8 de polegada) de 10 cm de comprimento;
- 2 tabletes de giz escolar;
- 4 rolhas para tampar os tubos;
- algodão;
- solução ácida de dicromato de potássio preaparada da seguinte maneira:
Coloque 40 ml de águaem um recipiente, adicione lentamente 10 ml de
ácido sulfúrico comercial concentrado e 1 g de dicromato de potássio. Agite
o sistema até que a solução fique homogênea.
*ATENÇÃO: Como o ácido sulfúrico concentrado é ao mesmo tempo um
ácido forte e um poderoso agente desidratante, ele deve ser manuseado
com muito cuidado. A diluição do ácido sulfúrico concentrado é um processo
altamente exotérmico e libera calor suficiente para causar queimaduras. Ao
preparar soluções diluídas a partir do ácido concentrado, sempre adicione o
ácido à água lentamente e agitando continuamente a solução.
Procedimento:
Quebre o giz em pedaços pequenos (evite que o pó de giz se misture aos
fragmentos). Coloque os fragmentos de giz em um recipiente e a seguir
molhe-os com a solução de dicromato de potássio, de maneira que eles
fiquem úmidos, mas não encharcados. Com o auxílio de um palito, misture
os fragmentos de giz colorido pela solução de forma que o material fique
com uma cor homogênea. Esse material (giz + solução de dicromato) não
pode ser armazenado; deve ser usado imediatamente após preparado.
Coloque um chumaço pequeno de algodão em cada um dos quatro tubos e
depois coloque as rolhas do lado em que se coloca o chumaço de algodão. A
seguir, coloque mais ou menos a mesma quantidade de fragmentos de giz
nos quatro tubos. Então, coloque 0,5 ml (cerca de 10 gotas) de aguardente
no balão nº 2. 0,5 ml de vinho no balão nº 3, 0,5 ml de cerveja no balão nº
4; no balão nº 1 não coloque nada, pois ele é o controle do experimento.
Encha os quatro balões com mais ou menos as mesmas quantidades de ar
(quem encher os balões não deve ter consumido bebidas alcoólicas
recentemente) e, depôs, coloque os balões nos tubos previamente
preparados. Começando pelo balão nº 1, solte o ar vagarosamente,
desapertando a rolha. Proceda da mesma forma com os balões restantes.
Espere o ar escoar dos balões e compare a alteração da cor nos quatro
tubos. A seguir, ordene os tubos 2 a 4 em função da intensidade de
mudança de cor (alaranjado para azulado).
Questões para discussão:
1- Qual a função do balão nº 1, contendo somente ar?
2- O giz participa da reação?
3- Em vez de giz, que outro material poderia ser usado?
4- O algodão se prestaria à função de giz? Faça um teste colocando uma
gota da solução de dicromato em um pequeno pedaço de algodão e
discuta com o (a) professor (a) uma possível explicação para o
observado.
5- Com base nos resultados obtidos, classifique a cerveja, a aguardente
e o vinho por ordem decrescente de teor alcoólico.
6- Porque os cacos de giz, depois de preparados, não devem ser
guardados para uso posterior?
SUGESTÃO DE PESQUISA
- A origem do termo “droga”.
Site sugerido:
<http://www.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem/conteudo/index.php?id_
conteudo=11221&rastro=O+que+%C3%A9+a+Droga> . Acesso em:
21/11/2008
- Mortalidade por dependência de álcool no Brasil: 1998 – 2002
Site sugerido:<
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141373722007000100014&tlng=en&lng=en&nrm=iso> .Acesso em: 07/12/2008
-Como o álcool danifica o fígado
Site sugerido:
<http://www.alcoologia.net/index_files/figado_cirrose.jpg>
07/12/2008
.
acesso
em:
- O álcool e o trabalho.
Site sugerido:
<http://www.administradores.com.br/artigos/alcooledrogasnotrabalho/12188
/> .Acesso em: 07/12/2008
SUGESTÃO DE VÍDEOS:
- “Álcool ou Direção” – apresentado pelo ator Lázaro Ramos
Site sugerido:< http://www.alcoolismo.com.br/videos.htm>. Acesso em:
07/12/2008.
-Comercial de campanha sobre álcool e o trânsito.
Site sugerido: < http://www.alcoolismo.com.br/videos.htm>. Acesso em:
07/12/2008
REFERÊNCIAS
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álcool :controle e monitoramento. FERMENTEC /FEALQ/ESALQ. 2º ed.
USP/ Piracicaba, 1996. p. 1 – 93.
ANDRADE, T. M. ; ESPINHEIRA, C.G. D. A presença das bebidas alcoólicas e
outras substâncias psicoativas na cultura brasileira. IN: ANDRADE, T. M.
(Coord.) O uso de substâncias psicoativas no Brasil: epidemiologia,
legislação, políticas públicas e fatores culturais. Brasília: Secretária
Nacional Antidrogas, 2006. (Supera; 1).
BUCKER, R. Visão histórica e antropológica das drogas. In: FIGUEIREDO, R.
M. M. D. (Org.). Prevenção ao Abuso de Drogas em Ações de Saúde e
Educação ( uma abordagem sócio-cultural e de redução de danos) .
Disponível em:< http://www.usp.br/nepaids/drogas-as.pdf.> . Acesso em:
18/09/2008.
CRUZ, M. S.; FELICÍSSIMO. M. Problemas médicos, psicológicos e sociais
associados ao uso abusivo de álcool e outras drogas. In: LACERDA. R. B.
(Coord.) Efeitos de substâncias psicoativas no organismo. Brasília:
Secretária Nacional Antidrogas, 2006. (Supera; 2)
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DUARTE, P. C. A. V. ; CARLINI-COTRIM. B. Álcool e violência: estudo dos
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FORMIGONI, M. L. O. S. et al. Neurobiologia: mecanismos de reforço e
recompensa e o efeito biológico comum das drogas. In: : LACERDA. R. B.
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Secretária Nacional Antidrogas, 2006. (Supera; 2).
MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. Química para o ensino médio. São
Paulo: Scipione, 2003. vol. único.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. 3 ed.
São Paulo: Moderna, 2003. vol.3.
SANTOS, W. L. P. ; MÓL, G. S. (Coord.). Química e sociedade: a ciência,
os materiais e o lixo. São Paulo: Nova Geração, 2003. (Coleção Nova
Geração).
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O Álcool: o desafio de conhecer uma substância química do nosso