Estratégias de uso de genes de Resistência Objetivos Aumentar a “vida útil” dos genes R Possibilidades: A. Um de cada vez (Boom and bust cycle) B. Rotação (tempo e espaço) C. Piramidação D. Desdobramento regional E. Misturas e Multilinhas Multilinhas Mistura de sementes de diferentes genótipos Usadas comercialmente em autógamas (aveia, soja, trigo, amendoim) Uso de diversidade foi sugerido por Rosen (1949) para controle de ferrugem e crestamento em aveia Sugeriu o uso comercial de população heterogênea obtida por hibridação (artificial), ao invés de cvs homogêneas Uso comercial „Harland‟ – população mista liberada para uso comercial (cevada) Suneson (1968) descreveu a população: composto de cruzamentos mantidos em “bulk” por várias gerações Jensen (1952): uso de misturas de cvs ou linhas com fenótipos similares para diversificação intravarietal de aveia Uso comercial Mistura de cvs são usadas comercialmente em soja e aveia nos EUA Mistura de linhas relacionadas de trigo „KSML3‟ liberada na India para resistência a doenças Bourlag (1959) Cvs que eram misturas de sementes de um número de linhas fenotipicamente similares desenvolvidas por retrocruzamento Cada linha na mistura possui diferentes genes para resistência a doenças Uso comercial Frey et al. (1975) Multilinhas (mistura de isolinhas) de aveia Groenewegen (1977) Mistura de isolinhas de trigo (Holanda) Mistura de isolinhas de trigo (Colômbia) – „Miramar 63‟ Multilinha - Algodão Diversas condições climáticas Afídeos Lagarta www.floragreen.com/.../cotton_varieties.html Proposta das Misturas Controle de doenças Rosen (1949) Mistura de sementes foram sugeridas como meios de minimizar perdas por doenças que têm múltiplas raças cuja frequência pode variar de ano para ano A probabilidade de que todas as plantas de uma mistura heterogênea seja severamente prejudicada por uma doença é menor do que numa cv. homogênea A mistura pode ser considerada um “seguro” contra perdas severas Browning e Frey (1969) Uma mistura de linhas com diferentes genes para R a uma doença propagada pelo vento pode atrasar a disseminação do patógeno no campo O atraso está na incapacidade do patógeno em se reproduzir em plantas resistentes Diminuição do número de esporos disponíveis para infectar indivíduos suscetíveis Mistura de variedades para redução de epidemias http://www.scri.ac.uk/research/pp/pestanddisease/rhynchosporiumonbarley/otherwork/cropmixtures/varietymixtures www.scri.ac.uk/research/pp/pestanddisease/rhynchosporiumonbarley/otherwork/cropmixtures/varietymixtures Marketing A mesma mistura pode ser vendida por dois ou mais produtores de sementes sob diferentes denominações Adaptação a diferentes ambientes Mistura de sementes geralmente têm menos flutuação na performance em diferentes ambientes que cvs homogêneas Esta é uma das razões para o desenvolvimento de misturas em amendoim nos EUA Minimização do impacto da deficiência em uma cultivar Cv altamente produtiva (disponível) Vulnerável Uma mistura de cv altamente produtiva + suscetível E uma cv de menor produção + resistente pode ser útil durante o período de desenvolvimento de uma cv produtiva e resistente A produção da mistura seria menor do que a da cv altamente produtiva sem a presença do patógeno, porém, maior do que na presença deste Desenvolvimento de Multilinhas O procedimento usado depende do tipo desejado comercialmente: Mistura de isolinhas „Closely related lines‟ Genótipos distintamente diferentes 1. Mistura de isolinhas Exclusivamente como estratégia de R a doenças Isolinhas são desenvolvidas pela transferência de diferentes genes de R para um pai recorrente por retrocruzamento Os genes são transferidos independentemente em programas separados de retrocruzamento para obter uma série de linhas iguais exceto pelos genes que controlam a R 1. Mistura de isolinhas (cont.) Sementes de cada isolinha são multiplicadas separadamente e depois misturadas na proporção desejada em plantios comerciais Isolinhas (stricto sensu) Genótipos idênticos exceto para genes que controlam um caráter (R) Verdadeiras isolinhas são difíceis (quase impossíveis) de serem obtidas (ligação entre o gene de interesse e aqueles influenciando outros caracteres) Alguns fatores a serem considerados para iniciar programas de desenvolvimento de isolinhas: A) Seleção do pai recorrente Uma linha derivada de retrocruzamento não será melhor que o pai recorrente O pai recorrente precisa ser a melhor cv ou linhagem B) Seleção dos pais “doadores” Os pais doadores devem ser R ao maior número de raças possível São tipos comumente não adaptados A resistência no pai doador é determinada pela avaliação da sua resposta a um número de raças C) Avaliação da R durante o retrocruzamento Isolinhas – diferentes pais não-recorrentes e são desenvolvidas por programas independentes de retrocruzamento que ocorrem simultaneamente Presume-se que genes de R em todas as isolinhas serão diferentes Para saber se os genes não-recorrentes estão sendo transferidos: testar cada planta para todas as raças (muito difícil) ou usar marcadores de DNA Cada isolinha é testada para uma ampla gama de raças antes de serem misturadas D) Número de retrocruzamentos Depende: Necessidade para as linhas retrocruzadas se parecerem com o pai recorrente Similaridade agronômica entre os pais recorrentes e não-recorrente Normalmente 3 ou 4 Esquema geral de retrocruzamento. Fonte: Borém, A. Transferência de um gene dominante – Fonte: Melo, 1989 E) Avaliação das linhas após retrocruzamento Quando o último retrocruzamento está concluído, linhas individuais de cada um são avaliadas As linhas desejáveis são misturadas para formar uma isolinha que pode ser usada para formar uma mistura F) Preparação de multilinha para uso comercial Cada isolinha é aumentada separadamente Isolinhas são misturadas para plantios comerciais Exemplos: 1. Aumento da cada isolinha 2. Mistura das sementes de isolinhas selecionadas 3. Distribuição da foundation seed para os produtores de sementes – distribuição aos produtores A escolha de isolinhas para formação da mistura e a proporção de cada é baseada nas raças prevalentes Isto necessita de uma pesquisa sazonal da doença para monitorar alterações na população do patógeno A mistura pode ser reconstituída A composição da mistura pode ser alterada se isolinhas superiores para R são desenvolvidas Mistura de ‘closely related lines’ Derivada de população com um pai comum Para facilitar a seleção de linhas geneticamente diferentes entre si e superior ao pai comum, a % do pai é mantida baixa Uma ou duas gerações de retrocruzamentos Procedimento adotado no CIMMYT para obtenção de multilinhas Mistura de cultivares ou linhas notadamente distintas Usada quando a uniformidade fenotípica não é requerida Qualquer método de melhoramento é usado para desenvolver um componente da mistura Piramidação de genes Genótipo A x ... Fonte de R1 Fonte de R2 Fonte de R3 RC1 RC2 RC3 Gene 1 X Var. A 1+2 Gene 2 Gene 3 X Variedade A 1+2+3+4 Fonte de R4 RC4 X Var. A 3+4 Gene 4