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Pró-Reitoria
de Graduação
Universidade Católica
de Brasília-UCB
Curso
de Engenharia
Departamento
de Engenharia Ambiental
Civil e Ambiental
Curso de Engenharia Ambiental
Influência da Construção do Setor Noroeste na sedimentação do Córrego
Bananal
INFLUNÊCIA DO NOROESTE
NA CARGA SEDIMENTAR
DO CÓRREGO BANANAL
Autor: Tiago de Lima Costa
Orientador: Prof. Dr Marcelo Gonçalves Resende
Brasília, outubro de 2012.
Brasília - DF
2012
Sumário
1.
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 1
2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................... 4
3.1 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .................................................................................. 7
3.2 GEOLOGIA................................................................................................................................. 8
3.7 PEDOLOGIA............................................................................................................................... 9
3.3 CLIMA ....................................................................................................................................... 10
3.4 VEGETAÇÃO ........................................................................................................................... 11
3.5 FAUNA....................................................................................................................................... 12
3.6 TOPOGRAFIA .......................................................................................................................... 12
4
MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................................... 13
5
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................... 18
6
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................................ 27
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 29
Universidade Católica de Brasília. UCB.
Tiago de Lima Costa
INFLUNÊCIA DO NOROESTE NA CARGA SEDIMENTAR DO
CÓRREGO BANANAL
Projeto de pesquisa apresentado a disciplina
de Projeto Final do curso de Engenharia
Ambiental da Universidade Católica de
Brasília, como requisito parcial de aprovação
da disciplina.
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Gonçalves
Resende
Brasília, DF
2012
Universidade Católica de Brasília. UCB.
Projeto de pesquisa de autoria do aluno Tiago de Lima Costa “INFLUNÊCIA DO NOROESTE NA CARGA
SEDIMENTAR DO CÓRREGO BANANAL” apresentada como requisito parcial para aprovação da
disciplina de Projeto Final, em 23 de novembro de 2012, aprovada e abaixo assinada:
______________________________________________
Prof. Dr. Marcelo Gonçalves Resende
Orientador
Brasília, DF
2012
Universidade Católica de Brasília. UCB.
Resumo
A Unidade Hidrográfica do córrego Bananal vem sofrendo com o aumento da
taxa de impermeabilização do solo que, juntamente com a inadequada preservação
das matas ciliares, propicia a erosão do solo e o aporte de sedimento para o corpo
hídrico.
É
fundamental
que
se
acompanhe
as
alterações
no
ciclo
hidrossedimentológico para evitar problemas ambientais como o assoreamento. O
presente trabalho tem como objetivo determinar a descarga sólida e a vazão sólida
no córrego Bananal e verificar a contribuição da construção do setor Noroeste na
carga sedimentar do mesmo, desta forma se faz uma caracterização da contribuição
do uso e ocupação na produção de sedimento e elabora a curva chave de
sedimento dessa região. Nesse estudo, observou-se em uma serie temporal uma
redução nos índices de vegetação e um aumento da área de solos expostos nessa
região. Tais fatores e a características do relevo, fazem com que a Unidade
Hidrográfica do córrego Bananal apresente maiores taxas de escoamento superficial
e consequentemente maior probabilidade de se desencadearem processos erosivos,
gerando um maior aporte de material sedimentar para dentro do corpo hídrico. Os
dados de vazão solida e vazão líquida, possuem um coeficiente de correlação (R²)
de 33,15% no córrego Bananal. Essa relação, aliada aos dados de pluviosidade,
permite identificar eventos grandiosos como um evento de precipitação muito
elevado, que pode acarretar em um aporte significativo de material sedimentar para
dentro do corpo hídrico. Esse estudo obteve uma fórmula, através de uma regressão
potencial da curva chave de sedimento, que permite estimar o valor da descarga
solida em suspensão através do valor da vazão líquida. Depois de uma
quantificação do material sedimentar no córrego Bananal, percebeu-se que a
produção de sedimento nessa Unidade Hidrográfica é baixa. Foi analisado o período
de janeiro de 2005 até dezembro de 2011, onde se percebeu que quando maior a
vazão líquida medida, maior era a vazão sólida apresentada.
Palavras-Chave: Hidrossedimentação; Unidade Hidrográfica do córrego Bananal; Setor
Habitacional Noroeste – SHN; Assoreamento; Vazão Liquida.
Universidade Católica de Brasília. UCB.
Abstract
The Hydrographic Unit stream Bananal been suffering with increasing rate of soil
sealing, together with inadequate preservation of riparian forests, promotes soil
erosion and sediment supply to the water body. It is essential to monitor changes in
the cycle hydrosedimentological to avoid environmental problems such as siltation.
This study aims to determine the solid discharge and stream flow in solid Bananal
and determine the contribution of the construction sector in the Northwest sediment
load of the same, so if the contribution is a characterization of the use and
occupation in sediment production and elaborates the curve key sediment that
region. In this study, it was observed in a time series a reduction in vegetation indices
and an increase in the area of exposed soils in this region. Such factors and
characteristics of relief, make the Hydrographic Unit stream Bananal present higher
rates of runoff and consequently more likely to trigger erosion, generating a greater
amount of sedimentary material into the water body. The data flow solid and liquid
flow, have a correlation coefficient (R²) of 33.15% in stream Bananal. This
relationship, coupled with rainfall data, identifies events as grand an event of very
high rainfall, which can result in a significant contribution of sedimentary material into
the water body. This study found a formula via a regression curve potential key
pellet, which allows to estimate the amount of suspended solid discharge through the
net amount of flow. After a quantification of sedimentary material in the stream
Bananal, it was noticed that the sediment yield that is lower Hydrographic Unit. Was
analyzed from January 2005 until December 2011, where it was realized that when
the largest net flow measure, the greater the flow appears solid.
Keywords: Hidrossedimentação; Hydrographic Unit stream Bananal; Northwest Housing
Sector - SHN; Siltation; Liquid Flow.
Universidade Católica de Brasília. UCB.
1
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, o planejamento do espaço rural e urbano necessita de
ferramentas de análise capazes de avaliar os fatores que interferem na degradação
dos solos e recursos hídricos, pois com o aumento cada vez maior das ações
antrópicas, os processos sedimentológicos naturais têm sido acelerados e
intensificados,
principalmente
devido
ao
mau
uso
e
ocupação
do
solo,
desmatamento e urbanização (LANA; CASTRO, 2008). A erosão observada nas
lavouras, nas estradas e nas áreas de construção está, evidentemente, relacionada
com os impactos observados nos rios, tanto sob o aspecto físico, como químico e
biológico, determinam, em parte, a qualidade das águas, superficiais e subterrâneas
(MINELLA; MERTEN, 2011).
Programas de conservação do solo e da água que utilizam a bacia
hidrográfica como unidade de planejamento têm sido amplamente empregados. Um
componente importante desses programas se refere à implantação de projetos de
monitoramento hidrossedimentométrico e de qualidade de água para avaliar o
impacto nos recursos hídricos das práticas introduzidas.
Os sedimentos são materiais erodidos e que apresentam grande facilidade de
transporte e deposição. O transporte dos sedimentos é um processo natural que faz
parte da evolução da paisagem, ocorre sempre em um meio fluido e é fruto da
combinação de duas variáveis: fornecimento de material e energia de fluxo. A
medição do transporte de sedimentos permite determinar a descarga sólida de um
corpo hídrico, ou seja, é possível determinar a quantidade de segmentos que passa
em uma secção transversal por uma unidade de tempo.
È de fundamental importância que se acompanhe as alterações no ciclo
hidrossedimentológico para se evitar problemas ambientais como assoreamentos.
Para tanto, deve-se medir as descargas sólidas e as vazões líquidas e plotar os
volumes anuais acumulados de sedimentos em função dos volumes de água
correspondentes para que se obtenha uma curva que permita visualizar as
tendências evolutivas
desequilíbrios
da
no
produção
de sedimentos
ciclo
para prever possíveis
hidrossedimentólogico.
2
A maioria dos nutrientes, sedimentos e matéria orgânica que afluem para um
lago urbano são provenientes de alterações ambientais provocadas pela ocupação
humana na bacia. Os sedimentos depositados provocam o assoreamento, reduzindo
as calhas de escoamento e os volumes de armazenamento dos cursos d’água,
resultando em transbordamentos e inundações, além de impedimento de navegação
em determinados áreas, redução da profundidade que propicia a colonização do
leito por plantas terrestres invasoras. As principais causas do assoreamento estão
ligadas aos desmatamentos, uma vez que a exposição e a impermebialização dos
solos favorecem os processos erosivos e o transporte de materiais, que
posteriormente serão drenados para o depósito final nos leitos dos cursos d’água.
A identificação das fontes de sedimentos é uma técnica que possibilita
localizar e quantificar as fontes de sedimentos dentro de uma bacia, contribuindo
para descrição dos processos de ligação entre calha e vertente e para o
planejamento dos recursos naturais.
O conhecimento das características desse sedimento é de grande
importância, visto que ele causa vários problemas como o assoreamento do leito de
rios, reservatórios e condutos de uma rede de drenagem, a queda da qualidade
d'água para abastecimento, recreação, aproveitamento hidroelétrico, etc.
O presente trabalho tem como objetivo, analisar a influência da construção do
setor Noroeste na carga sedimentar do Córrego Bananal.
1.1 JUSTIFICATIVA
O estudo dos processos de hidrossedimentologia do Córrego Bananal
permitirá identificar e dimensionar o aporte de material sedimentável no Córrego,
auxiliando na tomada de decisão para a recuperação da qualidade e quantidade de
água disponível dessa região altamente antropizada. Esse estudo se faz necessário
3
devido ao grande impacto que a construção do Setor Noroeste esta gerando na
região que é extramente frágil, pois esta inserida dentro de uma bacia hidrográfica.
A Unidade Hidrográfica do Córrego Bananal localiza-se em uma área de
intenso aglomerado urbano, que teve sua ocupação de forma rápida e com poucas
preocupações com o meio ambiente. Sendo assim, a quantidade de material
sedimentar e resíduos sólidos que se deslocam até os corpos hídricos, deixando os
seus leitos cada vez mais assoreados são de grande magnitude.
Desta forma, é fundamental dimensionar e entender quais as influencias a
construção do Setor Noroeste esta acarretando ao Córrego Bananal.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVO GERAL
•
Determinar a descarga sólida e a vazão solida do Córrego Bananal;
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•
Calcular a vazão sólida e a descarga sólida do Córrego Bananal;
•
Caracterizar e identificar a contribuição da construção do setor Noroeste
na carga sedimentar do Córrego Bananal;
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4
2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 SEDIMENTO
O aumento significativo da população prevista para ocupar a Bacia do lago
Paranoá acarreta em uma série de problemas nas questões de conservação dos
mananciais,
pequenas
nascentes
e
córregos
que
constituem
a
bacia.
Desmatamentos das matas de galerias, drenagem e aterro de veredas e nascentes,
assoreamento e ocupação inadequada dos solos têm resultado em perdas hídricas e
custos ambientais ainda não percebidos pela população em geral. Um dos impactos
mais evidentes desse tipo de ação antrópica é a redução da área original do Lago
Paranoá. Quarenta anos após a construção de sua represa, calcula-se que o
espelho já tenha sido reduzido em 2,3 Km².
Uma análise comparativa de fotos aéreas tiradas em 1964 e em 1991 revela que
uma área de 12,7 Km² ao longo dos tributários está assoreada (NETTO, 2001)
De acordo com Chaves (2010), existem inúmeros estudos de perda de solo
em vertentes, mas não há informações a respoeito da produção de sedimento em
bacias.
De acordo com Pereira (2004), os sedimentos podem ser considerados como
o resultado da integração de todos os processos que ocorrem em um sistema
aquático, servindo também como um importante banco de dados estudo da evolução
histórica do ecossistema aquático e do terrestre circundante (bacia).
O sedimento é um componente dinâmico de uma bacia hidrográfica e cria
habitats favoráveis à biodiversidade, mas também age como uma fonte de
contaminação através da liberação de elementos químicos na água (JARDIM et. Al.,
2008)
As variações na concentração dos elementos nos sedimentos de fundo da
bacia do lago Paranoá podem estar relacionadas tanto à geologia e às condições
hidrodinâmicas, quanto aos aportes antrópicos. As altas concentrações de vários
elementos químicos foram obtidas nas regiões de baixa velocidade de corrente das
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5
drenagens ou recirculação, que promoveram o acúmulo de sedimentos finos e
material orgânico (MOREIRA & BOAVENTURA, 2003).
2.2 TRANSPORTES DE SEDIMENTOS
O Transporte de sedimentos pelos rios é um fenômeno complexo que
dependente de processos erosivos, os quais acontecem nas vertentes das bacias,
nos leitos e nas margens dos rios, e que fornecem materiais dependentes da
energia do fluxo para ser transportado. A combinação das variáveis (fornecimento de
material e energia do fluxo) resulta em um fenômeno com grande variação no tempo
e no espaço. O transporte de sedimentos é um processo natural que envolve
remoção, transporte e deposição de material e faz parte da evolução da paisagem
originando as formas geomorfológicas (SANTOS et. Al., 2001)
As características dos sedimentos transportados por um rio dependem,
principalmente, de fatores como a velocidade média da corente (produto da
declividade média), tipo de material fonte, clima e cobertura vegetal da mata ciliar
imediatamente adjacente aos cursos de água. Estes fatores estão interligados,
dessa forma os estudos geomorfológicos e hidrológicos se tornam de difícil
compreensão quando vários destes fatores variam espacial e temporalmente dentro
da bacia de drenagem (BRITO et. Al., 2009).
Os sedimentos são materiais erodidos e que apresentam facilidade de
transporte e deposição, que está relacionada com movimento e transporte de
material sólido (TEIXEIRA, 2001).
A hidráulica do escoamento superficial é afetada pela presença de resíduos
vegetais na superfície do solo, causando redução da velocidade e aumento da
resistência e da altura da lâmina do escoamento. A interposição física dos resíduos
vegetais ao escoamento reduz as taxas de desagregação do solo e aumenta a
resistência ao escoamento (CASSOL et. al., 2004).
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A carga total de sedimentos é composta por materiais fornecidos por processos
químicos, físicos e biológicos que determinam a erosão por mecanismos de
transporte de massa. Os tipos de carga encontrados são as cargas dissolvidas, as
cargas em suspensão e as cargas do leito (GUY, 1970).
2.3 ASSOREAMENTO
Segundo Oliva et al. (2001) assoreamento são processos naturais que resulta
na redução de volume de um lago, que pode ser acelerado pelas ações atropicas. A
maioria dos nutrientes, sedimentos e matéria orgânica que afluem para um lago
urbano são provenientes dos distúrbios ambientais causados pela ocupação
humana na bacia. Portanto, para se garantir uma qualidade das águas e do tempo
de vida está diretamente ligada à capacidade da população que está introduzida na
bacia de administrar o uso e a ocupação do solo da área de contribuição.
As principais causas do assoreamento de rios, ribeirões e córregos, lagos,
lagoas e nascentes estão relacionadas aos desmatamentos, tanto das matas ciliares
quanto das demais coberturas vegetais que, naturalmente, protegem os solos. A
exposição para práticas agrícolas, exploração agropecuária, mineração ou para
ocupações urbanas, em geral acompanhadas de movimentação de terra e da
impermeabilização do solo, abrem caminho para os processos erosivos e para o
transporte de materiais orgânicos e inorgânicos, que são drenados até o depósito
final nos leitos dos cursos d’água e dos lagos (NETTO, 2001).
A erosão é o processo de intemperismo e remoção das rochas e solos por
meio de agentes naturais (água, vento, escoamento superficial, geleira), podendo
ser acentuada e acelerada pela ação antrópica (TEIXEIRA, 2001)
Para Netto (2001), os desmatamentos ocorrido nas margens dos córregos e
ribeirões vêm destruindo os antigos corredores ecológicos que são grandes reservas
de biodiversidade, além de provocarem erosões e assoreamento dos curso d’água.
As principais causas de assoreamento para o autor de rios, ribeirões e córregos,
lagos, lagoas e nascentes estão relacionadas aos desmatamentos, tanto das matas
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ciliares quanto das demais coberturas vegetais que, naturalmente, protegem os
solos. A exposição dos solos para práticas agrícolas, exploração agropecuária,
mineração ou para ocupações urbanas, em geral acompanhadas de movimentação
de terra e da impermeabilização do solo, abrem caminho para os processos erosivos
e para o transporte de materiais orgânicos e inorgânicos, que são drenados até o
depósito final nos leitos dos cursos d’água e dos lagos.
3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
3.1 DESCRIÇÕES DA ÁREA DE ESTUDO
A área estudada compreende a região do setor noroeste (Figura 1). O local
inspecionado está contido na Região Hidrográfica do Paraná, Bacia Hidrográfica1 do
Lago Paranoá e Unidade Hidrográfica2 Lago Paranoá, na microbacia3 do córrego
Bananal.
A Figura 1 mostra a localização do Setor Habitacional Noroeste.
1
Conjunto de terras drenadas por um rio e seus afluentes, formada nas regiões mais altas do relevo por
divisores de água, onde as águas das chuvas, ou escoam superficialmente formando os riachos e rios, ou
infiltram no solo para formação de nascentes e do lençol freático (BARRELLA et al., 2001).
2
São áreas formadas por canais de 1ª e 2ª ordem e, em alguns casos, de 3ª ordem, devendo ser definida como
base na dinâmica dos processos hidrológicos, geomorfológicos e biológicos (CALIJURI; BUBEL, 2006).
3
Uma sub-bacia hidrográfica de área reduzida, não havendo consenso de qual seria a área máxima (máximo
2
2
varia entre 10 a 20.000 ha ou 0,1 km a 200 km ) (CECÍLIO; REIS, 2006).
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8
Figura 1 - Mapa de localização do Noroeste
3.2 GEOLOGIA
A geologia do Distrito Federal foi recentemente revista e atualizada a partir da
confecção de um novo mapa geológico (Figura 2) sem as coberturas de solos,
desenvolvido por Freitas Silva e Campos (1998). O Distrito Federal, por estar
localizado na porção central da Faixa de Dobramentos e Cavalgamentos Brasília na
sua transição das porções internas (de maior grau metamórfico) e externas (de
menor grau metamórfico), apresenta uma estruturação geral bastante complexa com
superimposição de dobramentos com eixos ortogonais.
Quatro conjuntos litológicos distintos compõem o contexto geológico regional
do DF, os quais incluem os grupos Paranoá, Canastra, Araxá e Bambuí, e suas
respectivas coberturas de solos residuais ou coluvionares.
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9
Figura 2 - Mapa geológico da RA I – Brasília.
3.3 PEDOLOGIA
O Distrito Federal possui um solo típico do cerrado, estudos existentes
mostram que a região possui três classes de solo: Latossolo Vermelho Escuro,
Latossolo Vermelho Amarelo e Cambissolo. Em porcentagem os Latossolos
apresentam a maior parte com 54,48% mas se divide em Latossolo VermelhoEscuro 38,65% e Latossolo Vermelho-Amarelo 15,83%. Encontra-se o Latossolo
Vermelho Escuro nos topos das chapadas, enquanto o Latossolo Vermelho Amarelo
ocorre em bordas de chapadas e superfícies planas. Os Cambissolos contribuem
com 31,02% dos solos, e são encontrados principalmente em vertentes de bacias,
as demais classes de solo em Brasília participam com 9,06% do total e são
representados pelos podzólicos, brunizens avermelhados, solos avermelhados,
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solos aluviais, solos hidromórficos, areias quartzosas e plintossolos. (CAMPOS;
FREITAS-SILVA, 2001).
O noroeste possui parte de sua área coberto pelo Latossolo Vermelho
Amarelo, e outra parte pelo Latossolo Vermelho Escuro (Figura 5).
Figura 5 - Mapa Pedológico
3.4 CLIMA
O clima predominante da região, segundo a classificação de Koppen é CWA
tropical de Savana (Figura 3), com a concentração da precipitação pluviométrica no
verão. Estação chuvosa começa em outubro e termina em abril, representando 84%
do total anual. O trimestre mais chuvoso é o de novembro a janeiro, sendo
dezembro o mês de maior precipitação do ano. A estação seca vai de maio a
setembro, sendo que, no trimestre mais seco junho, julho e agosto, a precipitação
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representa somente 2% do total anual. Em termos de temperatura média anual, esta
varia de 18° a 22° C, sendo os meses de setembro e outubro os mais quentes, com
médias superiores a 22°C. Considera-se o de julho o mais frio.
Figura 3 - Mapa Climatológico RA I – Brasília
3.5 VEGETAÇÃO
Segundo Walter e Sampaio (1998) o bioma Cerrado que está presente no
Distrito Federal é composto por formações florestais, savânicas e campestres, sendo
que na região da bacia do Paranoá, sobretudo na área de influência direta do
Córrego Bananal, há uma predominância das seguintes fitofisionomias, segundo
Fonseca (2001).
Mata Seca é um tipo de vegetação florestal com predomínio de árvores
caducifólias, que perdem suas folhas durante a estação seca.
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O cerradão é uma formação florestal do bioma cerrado com características
esclerófilas com grande ocorrência de órgãos vegetais rijos, principalmente folhas e
xeromórficas. Possui vegetação campestre, com predomínio de gramíneas,
pequenas árvores e arbustos bastante esparsos entre si, as árvores geralmente
ficam isoladas.
Campos de Murundus trata-se de pequenas elevações do terreno, cujo
formato tem a semelhança de uma seção esférica, com variada convexidade, cujas
configurações podem variar de arredondadas a elípticas. Os Campos de Murundus
são formados por erosão diferencial e deposição de terras térmitas.
3.6 FAUNA
A fauna presente na região onde está inserido o Setor Noroeste apresenta
animais típicos de ambientes periurbano e urbano. São facilmente encontrados no
local, animais como: ratazanas, cães, gatos e cavalos, que são espécies de
ambiente antropizado.
A fauna silvestre de vertebrados da localidade não tem condições naturais de
se instalar ou mesmo habitar a área, devido ao avançado grau de ocupação que
persiste no local, aliado com a sensibilidade para distúrbios.
3.7 TOPOGRAFIA
O relevo da Região onde se localiza o Córrego Bananal e o Setor Noroeste é
característico por obter leves ondulações e por obter um relevo plano (Figura 4),
característico
de
áreas
2001).
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de
chapada
(CAMPOS;
FREITAS-SILVA,
13
Figura 4 - Mapa Topográfico RA I – Brasília
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Metodologias para caracterização da contribuição da construção do Setor
Noroeste na carga Sedimentar do Córrego Bananal
Para caracterizar a contribuição da construção do Setor Noroeste na carga
sedimentar do Córrego Bananal, foi feita uma descrição da área por meio de
levantamento bibliográfico em artigos científicos, livros especializados no tema e
trabalhos acadêmicos de mestrado e doutorado.
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14
4.2 Elaborações da curva chave de sedimento (ou curva de descarga
sólida)
A sobrelevação, ou o rebaixamento, do fundo de um rio não é uma manifestação
facilmente perceptível, uma vez que levam-se anos para detectar tais alterações, o
que dificulta consideravelmente a solução do problema. É de suma importância
detectar em tempo hábil as alterações que ocorrem no ciclo hidrossedimentológico
e, a maneira mais prática de fazê-lo consiste em medir as descargas sólidas e
vazões líquidas e plotar os volumes anuais acumulados de sedimentos em função
dos volumes de água correspondentes. A curva obtida permite conhecer as
tendências da evolução da produção efetiva de sedimentos e prever possíveis
desequilíbrios do ciclo hidrossedimentológico. (TUCCI, 2007)
A distribuição dos sedimentos no tempo está relacionada ao comportamento da
vazão, em outras palavras, os maiores volumes de sedimentos são transportados
pelas maiores vazões. Ainda que essa relação não seja linear e sofra alterações no
tempo e no espaço, permite associar a descarga sólida com as vazões líquidas
ocorridas na estação de medição, originando a curva chave de sedimentos ou curva
de descarga sólida (SANTOS et al., 2001).
A curva chave de sedimentos permite estimar os valores diários de descarga
sólida ao longo do tempo a partir de medições esporádicas do transporte de
sedimentos, desde que disponha no local de uma série contínua de vazões líquidas
médias diárias (SANTOS et al., 2001).
4.3 Obtenções dos dados com a companhia de Saneamento Ambiental do
Distrito Federal (CAESB).
Para se criar a curva de descarga sólida, os dados de vazão líquida e descarga
sólida são necessários. No Distrito Federal, a Companhia de Saneamento Ambiental
do DF (CAESB) monitora a qualidade dos corpos hídricos da região. A CAESB
monitora o Córrego Bananal com uma estação localizada na latitude 15º 43’ 38’’ e
longitude 47º 54’ 36’’ e estando a uma altitude em relação ao nível do mar de
1007,64 metros.
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15
Para a confecção da curva chave de sedimentos, foi solicitado à CAESB que
disponibilizasse dados médios mensais de Sólidos Dissolvidos Totais (mg/L), Sólidos
Suspensos (mg/L) e Vazão Líquida (m³/s) e o índice Pluviométrico (mm), amostrado
no Córrego Bananal. Os dados disponibilizados compreenderam o período de
Janeiro 2005 a Setembro de 2012.
Os meses marcados em vermelho serão descartados visto que estão
parcialmente incompletos, ora faltando dados de Sólidos Suspensos e ora faltando
os dados de Vazão Líquida.
4.4 Manipulações dos dados.
Manipulação dos dados e tratamentos dos mesmos foram realizados através
de formulas. A descarga sólida em suspensão é o produto da concentração de
sedimentos em suspensão pela vazão líquida medida no momento da amostragem
(Vanoni, 1977). Para Santos et al. (2001), o cálculo da descarga sólida em
suspensão oferece uma melhor aproximação da realidade, e é resultante da
multiplicação da descarga líquida pela concentração
de sedimentos e por uma
constante de transformação de unidades.
Para se criar uma curva chave de sedimentos (ou curva de descarga sólida)
utilizando os dados fornecidos pela CAESB, é necessário calcular a Descarga Sólida
em Suspensão, por meio da equação (01)
Qss = 0,0864 x Ql x Cs (t/dia)
Em que:
Ql = Vazão líquida (m3/s)
Cs = Concentração de sedimentos em suspensão (ppm ou mg/L)
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Eq. (01)
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Qss = Descarga solida suspensa (t/dia)
0,0864 = Constante de Transformação de Unidades
Outra maneira de se expressar a Descarga Sólida em Suspensão é conforme a
equação (02), com o resultado expresso em (m³/s), ou seja, Vazão Sólida.
Qs= 0,0027 x Cs x Q1
(m³/s)
Eq. (02)
Em que:
Qs = Vazão Sólida (m³/s)
Q1= Vazão Líquida (m³/s)
Cs = Concentração de Sedimentos em Suspensão (mg/L)
0,0027 = Constante de Transformação de Unidades
A equação (01) será utilizada para o desenvolvimento da curva chave de
sedimento, visto que a curva será elaborada com os dados de vazão sólida
expressos em (t/dia). A equação (02) será utilizada no comparativo realizado entre a
Vazão Sólida e a Vazão Líquida, para que ambas sejam expressas pela mesma
unidade (m³/s).
A Descarga Sólida Total é considerada como sendo composta de duas
parcelas distintas conforme a equação (03).
Qst = Qss + Qsl
(t/dia)
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Eq. (03)
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Em que:
Qst = Descarga Sólida Total (t/dia)
Qss = Descarga Sólida em Suspensão (t/dia)
Qsl = Descarga Sólida do Leito (t/dia)
Nesse estudo, a Descarga Sólida de Leito não será mensurada, pois, segundo
Santos et al., (2001), não é possível estimar com certeza a quantidade de material
transportado como carga de leito com base somente na descarga sólida em
suspensão, uma vez que a relação entre sólidos suspensos é sólidos de leito varia
em função das condições locais de fluxo, quantidade e natureza dos sedimentos.
A distribuição dos sedimentos ao longo dos cursos d’agua pode ser
caracterizada pelo volume produzido e pela granulometria do material transportado.
Geralmente, o alto curso da bacia transporta grande quantidade de material
grosseiro e no baixo curso, não há uma presença tão significativa de material
grosseiro, sendo mais interessante focar o estudo para o material em suspensão.
Com isto, a Descarga Sólida Total será igual à Descarga Sólida em
Suspensão, pois a Descarga Sólida do Leito não será considerada, conforme a
equação (04).
Qst = Qss
(t/dia)
Em que:
Qst = Descarga Sólida Total (t/dia)
Qss = Descarga Sólida em Suspensão (t/dia)
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Eq. (04)
18
O método utilizado para a geração dos mapas é descrita por:
I - Extração dos mapas: declividade e edificações da área em estudo;
As imagens utilizadas foram obtidas a partir da plataforma Google Earth. A
geração dos mapas foi determinada através da utilização de dois softwares: ArcGIS
e gvSIG.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Figura 6 apresenta o mapa topográfico do terreno que se constitui em um
importante instrumento de apoio a estudos de sedimentação do Córrego Bananal
correlacionado a analises de água. A partir dele, se observa que o Setor Noroeste
faz parte da Unidade Hidrográfica do Córrego Bananal que se encontra na cota mais
baixa, evidenciando a influência da região na qualidade da água, especialmente
relacionada à carga de sedimentos.
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19
Figura 6 – Topografia da área em estudo, em destaque o local onde foram realizadas as coletas.
Fonte: Google Earth, 13 set. 2011. Imagem cruzada com o shape file de topografia no software
Arcgis.
Na análise de imagens de uma série temporal, compreendida entre 2008 e
2011, observa-se uma mudança no padrão de cobertura do solo. No ano de 2008 a
região apresentava grande quantidade de vegetação remanescente, evoluindo, no
ano de 2011, para uma grande área com ocupação urbana e solo exposto,
aumentando a possibilidade de carreamento de material sólido para o corpo hídrico.
As figuras 7, 8 e 9, evidenciam a evolução temporal de uso do solo.
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20
Figura 7: Imagem retirada do
Figura 8: Imagem retirada do
Figura 9: Imagem retirada do
Google
Google
Google
Earth
em
18
de
Earth
em
18
de
Earth
em
18
de
setembro de 2011, datada no
setembro de 2011, datada no
setembro de 2011, datada no
dia 7 de outubro de 2008. Em
dia 24 de abril de 2010. Em
dia 8 de setembro de 2011. Em
destaque o Setor Noroeste.
destaque o Setor Noroeste.
destaque o Setor Noroeste.
Os dados da vazão líquida, apresentados no apêndice A (vazão líquida) e
concentração de sólidos suspensos, apresentados no apêndice B (concentração de
sólidos suspensos), foram cedidos pela Companhia de Saneamento Ambiental do
Distrito Federal (CAESB), evidenciam uma variação da concentração de sólidos
suspensos ao longo do tempo, fato devido à variação da vazão, que é dependente
da pluviosidade. De forma geral, nos períodos de maior vazão, indicando maior
pluviosidade e, por consequência, maior escoamento superficial, foram observadas
as maiores concentrações de sólidos suspensos, reforçando a hipótese de
carreamento de materiais sólidos da bacia para o córrego.
A partir dos dados obtidos calcula-se a Descarga Sólida em Suspensão e a
Vazão Sólida, de acordo com a Eq. 1 e Eq. 2 obteve-se as tabela 1 e 2 (Descarga
Sólida Suspensa e Vazão Sólida).
Tabela 1 – Descarga sólida suspensa (t/dia)
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21
Qss (t/dia)
Mês
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
1,10592
2,787782 x
Jan
1,630679 1,3608
Fev
1,28425
Mar
16,39357 0,857364 2,66665
Abr
2,539261 0,759283 2,292676 x
x
Mai
1,269043 1,290885 0,947082 x
1,012902 x
Jun
0,638669 1,077719 1,155324 0,461497 0,355069 0,025402 x
0,901152
Jul
0,419489 0,344736 0,199463 0,49896
0,255053
Ago
0,3888
Set
0,222497 0,069327 0,056022 0,033834 0,178468 x
Out
0,367511 3,614423 0,318228 0,635628 0,444787 0,201139 0,43321
Nov
2,85908
4,015872 2,194698 x
x
1,222733 6,662477 x
Dez
8,313996 1,956372 1,020211 x
x
x
Média
3,027237 1,395302 1,492482 0,898042 0,431388 0,654163 2,071067 0,378488
2,548869 0,684599 x
1,147185 4,155183 0,911814 x
0,249661 0,35538
3,822958 x
0,072058 1,014509 x
1,056845 2,738534 x
0,755136 x
x
0,165715 1,104538 x
0,135043 x
0,343699 x
x
x
0,216691
0,030482 0,141057
x
0,830477 x
Tabela 2 – Vazão sólida (m³/s)
Qs (m³/s)
Mês
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
0,087118 x
Jan
0,050959 0,042525 0,079652 0,021394 x
0,03456
Fev
0,040133 0,03585
0,002252 0,031703 x
Mar
0,512299 0,026793 83,3328
Abr
0,079352 0,023728 0,071646 x
x
Mai
0,039658 0,04034
0,031653 x
Jun
0,019958 0,033679 0,036104 0,014422 0,011096 0,000794 x
0,028161
Jul
0,013109 0,010773 0,006233 0,015593 0,005179 0,033755 x
0,00797
Ago
0,01215
0,006772
Set
0,006953 0,002166 0,001751 0,001057 0,005577 x
Out
0,011485 0,112951 0,009945 0,018899 0,0139
0,006286 0,013538 x
Nov
0,089346 0,125496 0,068584 x
x
0,037427 0,208202 x
Dez
0,259812 0,613664 0,031882 x
x
x
Média
0,094601 0,089647 17,79406 0,204826 0,013481 0,020271 0,064721 0,011828
129,8495 0,028494 x
0,119467 x
0,029596 x
0,007802 0,011106 0,00422
Universidade Católica de Brasília. UCB.
x
0,033026 0,085579 x
0,023598 x
x
0,010741 x
x
x
0,000953 0,004408
0,025952 x
22
A figura 9 foi gerada a partir dos dados obtidos da descarga sólida do Córrego
Bananal.
Figura 10 – Gráfico da descarga sólida suspensa (t/dia) de 2005 a 2012.
Analisando individualmente cada ano na área de estudo, podemos observar
que a vazão líquida no córrego Bananal aumenta no começo da estação chuvosa,
apresentando valores em escala crescente nos meses de novembro a meados de
abril, acompanhado a tendência apresentada pela curva pluviométrica. Com a
diminuição dos índices pluviométricos, a partir de meados de abril a setembro, podese observa a ação do período de estiagem com o decréscimo nos valores
observados de vazão líquida. Os valores da vazão sólida acompanharam essa
variação observada na vazão líquida.
Analisando os dados de Qss (t/dia) e os dados de Vazão (m3/s), observamos
um aumento do volume dos sedimentos transportados pelo Córrego Bananal no ano
de 2011, pois no mês de Janeiro de 2007 a vazão foi de 3,07 m³/s que gerou uma
descarga solida em suspensão de 2,54 t/dia, se compararmos os dados de vazão e
descarga solida em suspensão no mesmo período do ano de 2011, foram obtidas
vazão de 2,21 m³/s que gerou uma descarga solida em suspensão de 2,78 t/dia.
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23
Entende-se que este pico de vazão, de janeiro de 2007, foi devido ao um período de
muita chuva como mostra a figura 10 abaixo. Pode-se observar que mesmo com
uma vazão do ano de 2011 30% menor do que à de 2007, o Qss aumentou cerca de
10%.
Em março de 2005 ocorreu um grande aumento na Descarga Sólida, onde
esta chegou a 16,39 t/dia, este evento atípico se deu ao fato do grande volume de
chuvas que se incidiu sobre a bacia do córrego Bananal. O mês de março de 2005
apresentou um índice pluviométrico bastante elevado, se levarmos em consideração
o mês de fevereiro do mesmo ano se teve um aumento de 100% no índice
pluviométrico. Este evento atípico ocasionou um aumento da vazão do córrego
Bananal, e como já observamos a vazão é diretamente proporcional a Descarga
Sólida.
Figura 11 – Gráfico de Pluviometria Total Mensal de 2005 - 20012
Observou-se que no mês de março de 2011 mesmo com uma vazão 11%
menor que a do ano de 2007, ocorreu um aumento no Qss de 5%, podendo assim
sugerir a influência da construção do Setor Noroeste no aumento do Qss do córrego
Bananal.
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24
Percebe-se que no período de maio a outubro, houve uma redução na vazão
do córrego Bananal devido ao período de estiagem consequentemente foi
observada a redução do Qss, ou seja, períodos onde a precipitação é baixa o
escoamento superficial da água é limitado, em consequência os sólidos não são
carreados para a drenagem do Bananal como podemos observar no gráfico a
grande diferença na quantidade de sedimentos entre os períodos de chuva e seca.
No ano de 2008 notou-se que o Qss não foi tão alto como no ano 2011. Uma
explicação é que em 2008 a vazão líquida foi menor em 2011. Logo o Qss foi menor,
devido um menor escoamento superficial não escoando todos os sólidos para o
Córrego Bananal.
Em 2009 as obras de construção do setor Noroeste foi mais intensa com
obras de uso e ocupação do solo, em consequência ocorrendo a supressão da
vegetação nativa existente no local. Nesse período de tempo não obteve os dados
necessários para o cálculo de Qss.
Em 2011 foi o ano onde teve o maior impacto ambiental por causa da intensa
construção do setor, isso pode acarretar um maior assoreamento no futuro por
causa da exposição do solo, compactação e outros fatores que ajudam no processo
erosivo e consequentemente transportes de sedimentos para a drenagem.
A figura 10 indica a relação existente entre a vazão sólida (m³/s) e a vazão
líquida (m³/s) de todo o período analisado (2005 – 2012) no Córrego Bananal. A
linha de tendência de potencial obteve o melhor coeficiente de correlação (R²=0,33).
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25
Figura 12 – Gráfico de relação entre Vazão Sólida x Vazão Líquida, com o
respectivo coeficiente de correlação.
Através da análise dessa curva chave de sedimento do córrego Bananal,
pôde-se obter uma linha de tendência do gráfico com regressão potencial e o
coeficiente de correlação entre os valores analisados. A equação da curva chave de
sedimento está expressa na Equação (05), e o coeficiente de correlação (R²) obtido
foi de 0,3315, conforme a Figura 10 demonstra.
VS = 3,5292 x Vl0, 7009
Eq. 05
Em que:
VS = Descarga Sólida em Suspensão acumulada (t/dia)
Vl = Vazão Líquida (m³/s)
Descarga
Ano
Suspensão
Sólida
em
Acumulada
Vazão Líquida Acumulada
(m³/s)
(t/d)
2005
36,33
30,86
2006
16,74
6.41
2007
18,21
7.68
2008
18,44
18,43
2009
2,16
24,88
2010
5,84
19,43
2011
14,50
21,03
2012
1,51
19,00
Tabela 03 – Resultados da Descarga Sólida em Suspensão Anual (t/d) obtidos no
Córrego Bananal.
Universidade Católica de Brasília. UCB.
26
Tolerância
Produção de Sedimentos
Alta
> 175
Média
70 a 175
Baixa
< 35
Tabela 04 – Valores de produção de sedimento aceitável. Fonte: Adaptado de
CARVALHO et al., 2000.
Considerando que os dados de Qss (t/dia) nos anos de 2009 e 2012, são
predominantes dos meses de estação seca, não serão utilizados para este estudo.
Fazendo uma comparação entre a tabela 07 e a tabela 08, percebe-se que o
Córrego Bananal apresenta uma condição de conformidade aos padrões e normas
estabelecidos ao que se refere ao processo de assoreamento e descarga sólida em
suspensão permitida. Da série de oito anos analisados, todos mostram um índice de
baixa produção de sedimentos.
Ano
Produção de
Sedimentos
Observação
2005
Baixa
Todos os meses analisados
2006
Baixa
Todos os meses analisados
2007
Baixa
Todos os meses analisados
2008
Baixa
Apenas 8 meses analisados
2010
Baixa
Apenas 9 meses analisados
2011
Baixa
Apenas 7 meses analisados
Tabela 05 – Situação anual referente à produção de sedimentos.
Os dados fornecidos pela CAESB apresentaram vários erros, e houve um
grande número de meses que apresentaram faltas de dados ocasionando a
impossibilidade de se calcular a Descarga Sólida.
Universidade Católica de Brasília. UCB.
27
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Após a análise e a discussão dos resultados obtidos e das observações feitas
durante a realização do estudo dos processos de hidrossedimentologia do córrego
Bananal, puderam ser obtidas importantes informações e conclusões assim
descritas.
Uma grande parcela do setor Noroeste apresenta uma redução dos índices de
vegetação e o aumento da incidência de solos expostos, favorecendo o escoamento
superficial e aumentando a possibilidade de se desencadearem processos erosivos
e, consequentemente, o aumento de aporte de material sedimentar para o corpo
receptor.
O relevo da região também favorece o aumento das taxas de escoamento
superficial, pois o córrego Bananal é o ponto mais baixo da região. Sendo assim, é o
ponto de convergência de todos os escoamentos superficiais existentes nessa
unidade hidrográfica.
São essas características que conferem ao Córrego Bananal maiores taxas de
escoamento
superficial
e,
consequentemente,
maior
probabilidade
de
se
desencadearem processos erosivos, gerando um aporte maior de material
sedimentar para o corpo hídrico.
Com uma análise dos resultados obtidos, pode-se perceber que existe uma
relação entre a vazão líquida (m³/s) no córrego Bananal. Na maioria dos meses
analisados, pode-se perceber que quanto maior a vazão líquida media, maior era a
vazão sólida apresentada.
Essa relação entre a vazão líquida e a vazão sólida, em conjunto aos dados de
pluviosidade, permite identificar eventos de grande magnitude, como um evento de
precipitação muito elevado, o que pode acarretar em um aporte significativo de
material sedimentar para dentro do corpo hídrico. Exemplo disso encontra-se na
figura 09, no mês de março de 2005 em que o valor da descarga sólida suspensa
era muito superior ao que se era esperado.
Universidade Católica de Brasília. UCB.
28
A situação do Córrego Bananal é de normalidade, ao se observa a tabela
09 percebe-se que a produção de sedimentos é tida como baixa, considerando a
influência de falta de dados.
A curva chave de sedimentos encontrada é essencial para que se possa
acompanhar a evolução do aporte de sedimento no corpo hídrico e para que se
possam prever possíveis desequilíbrios no ciclo hidrossedimentológico.
È importante que se dê continuidade a esse trabalho para que se obtenha uma
série histórica capaz de prever as vazões sólida, utilizando as formulas obtidas pelas
linhas de tendências. Recomenda-se, por maiores que sejam as dificuldades, que se
colete os dados de forma precisa e contínua para facilitar trabalhos na área e para
dar mais confiabilidade aos resultados gerados.
A região que está inserida a Unidade Hidrográfica do Córrego Bananal está em
fase de crescimento populacional e necessita, cada vez mais de moradia,
intensificando o uso e a ocupação do solo, e consequentemente, aumentado a
impermeabilização do solo, o escoamento superficial, a erosão e o assoreamento do
Córrego Bananal.
Medidas atenuadoras à recuperação e conservação ambiental nessa unidade
hidrográfica, devem ser realizadas de forma a garantir a qualidade do corpo d’água,
assim como seu tempo de vida útil. Estas medidas estão ligadas à capacidade da
sociedade em gerenciar o uso e a ocupação do solo nas áreas de contribuição da
bacia.
É de extrema importância a continuidade desse trabalho na Unidade Hidrográfica
do córrego Bananal para que se prossiga o monitoramento do processo
hidrossedimentologico nessa região.Um estudo de assoreamento no exultorio do
córrego Bananal seria mais apropriado para mostra de fato a real situação em que
este se encontra.
Universidade Católica de Brasília. UCB.
29
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Universidade Católica de Brasília. UCB.
32
Apêndice A
Tabela 1 - Vazão líquida
Data
Vazão
(m³/s)
Data
Vazão
(m³/s)
Data
Vazão
(m³/s)
Data
Vazão
(m³/s)
4/1/2005
1,966
7/7/2006
1.952
8/12/2008
1,748
10/1/2011
2,21
1/2/2005
1,858
9/1/2007
3,073
19/1/2009
2,415
8/2/2011
3,09
2/3/2005
6,681
8/2/2007
4.453
26/2/2009
2,194
10/3/2011
2,83
13/4/2005
2,161
13/3/2007
3.215
9/3/2009
3,213
12/4/2011
2,58
5/5/2005
2,04
12/4/2007
3,159
6/4/2009
3,26
11/5/2011
1,48
6/6/2005
1,848
9/5/2007
2,108
5/5/2009
2,171
7/6/2011
1,23
19/7/2005
1,734
12/6/2007
1,807
3/6/2009
1,868
7/7/2011
1,19
11/8/2005
3,75
10/7/2007
1,649
3/7/2009
1,37
3/8/2011
1,05
24/8/2005
2,598
10/8/2007
1,469
13/8/2009
0,997
12/9/2011
0,882
24/8/2005
3,219
11/9/2007
1,621
10/9/2009
1,291
5/10/2011
1,09
6/9/2005
2,146
11/10/2007 1,151
5/10/2009
0,99
11/11/2011 1,62
6/10/2005
0,818
7/11/2007
1,568
17/11/2009 1,64
9/12/2011
1,78
7/11/2005
1,149
6/12/2007
1,476
2/12/2009
3,47
12/1/2012
3,63
6/12/2005
4,717
7/1/2008
1,278
20/1/2010
1,6
10/2/2012
2,75
5/1/2006
1,575
14/2/2008
1,353
8/2/2010
1,39
9/3/2012
2,09
7/2/2006
2,371
5/3/2008
2,698
15/3/2010
1,39
11/4/2012
2,11
7/3/2006
1,772
10/4/2008
2,324
13/4/2010
2,3
10/5/2012
2,94
5/4/2006
1,69
14/5/2008
1,662
10/5/2010
1,75
12/6/2012
1,49
8/5/2006
2,668
9/6/2008
1,571
16/6/2010
1,47
10/7/2012
1,23
12/6/2006
1,949
16/7/2008
1,375
14/7/2010
1,33
9/8/2012
1,14
10/7/2006
1,425
12/8/2008
1,563
16/8/2010
1,17
17/9/2012
0,907
10/8/2006
1,204
8/9/2008
0,979
15/9/2010
0,974
9/10/2012
0,709
6/9/2006
1,003
9/10/2008
0,921
14/10/2010 0,97
10/5/2006
1.538
21/10/2008 0,968
16/11/2010 2,39
6/11/2008
9/12/2010
14/11/2006 2.905
0,967
Universidade Católica de Brasília. UCB.
2,7
33
Apêndice B
Tabela 02 - Sólidos Suspensos
Data
Cs
Data
(mg/L)
Cs
Data
(mg/L)
Cs
(mg/L)
24/1/2005
9,6
4/4/2008
-
19/7/2011
-
18/2/2005
8
5/5/2008
-
22/8/2011
-
8/3/2005
28,4
6/6/2008
3,4
29/9/2011
0,4
20/4/2005
13,6
4/7/2008
4,2
26/10/2011 4,6
16/5/2005
7,2
1/8/2008
1
25/11/2011 47,6
30/6/2005
4
5/9/2008
0,4
20/12/2011 5,4
25/7/2005
2,8
21/10/2008 7,6
18/1/2012
-
30/8/2005
1,2
7/11/2008
-
28/2/2012
-
20/9/2005
1,2
23/12/2008 -
28/3/2012
-
6/10/2005
5,2
30/1/2009
-
25/4/2012
-
24/11/2005 28,8
17/2/2009
-
13/5/2012
-
13/12/2005 20,4
6/3/2009
-
15/6/2012
7
17/1/2006
10
14/4/2009
-
11/7/2012
2,4
14/2/2006
5,6
15/5/2009
5,4
15/8/2012
2,2
14/3/2006
5,6
15/6/2009
2,2
11/9/2012
1,8
4/4/2006
5,2
17/7/2009
1,4
16/5/2006
5,6
18/8/2009
0
7/6/2006
6,4
14/9/2009
1,6
21/7/2006
2,8
14/10/2009 5,2
9/8/2006
2,4
20/11/2009 -
5/9/2006
0,8
16/12/2009 -
11/10/2006 27,2
8/1/2010
8
3/11/2006
16
3/2/2010
0,6
5/12/2006
11,6
19/3/2010
8,8
12/1/2007
9,6
13/4/2010
3,8
5/2/2007
10,8
2/5/2010
-
13/3/2007
9,6
14/6/2010
0,2
12/4/2007
8,4
16/7/2010
9,4
17/5/2007
5,2
17/8/2010
3,4
14/6/2007
7,4
17/9/2010
-
13/7/2007
1,4
8/10/2010
2,4
Universidade Católica de Brasília. UCB.
34
3/8/2007
2,8
17/11/2010 5,8
14/9/2007
0,4
17/12/2010 -
4/10/2007
3,2
7/1/2011
14,6
13/11/2007 16,2
2/2/2011
3,8
5/12/2007
8
15/3/2011
11,2
3/1/2008
6,2
6/4/2011
-
12/2/2008
7,8
4/5/2011
-
7/3/2008
16,4
3/6/2011
-
Universidade Católica de Brasília. UCB.
35
Apêndice C
Tabela 03 - Sólidos Dissolvidos Totais
Data
SDT (mg/L) Data
SDT (mg/L)
Data
SDT
(mg/L)
24/01/05 24,7
05/05/08 22,10
25/11/11
15,9
18/02/05 24,1
06/06/08 24,70
20/12/11
10,9
08/03/05 16,6
04/07/08 24,30
18/01/12
31,6
20/04/05 24,7
01/08/08 28,40
28/02/12
19,3
16/05/05 24,6
05/09/08 27,90
28/03/12
16,4
30/06/05 26,8
21/10/08 29,10
25/04/12
17,7
25/07/05 28,6
07/11/08 30,7
15/06/12
18,1
30/08/05 25,2
23/12/08 15,42
11/07/12
17,8
20/09/05 29,0
30/01/09 22,60
15/08/12
22,0
06/10/05 27,8
17/02/09 19,7
11/09/12
22,9
24/11/05 31,9
06/03/09 25,4
13/12/05 16,8
14/04/09 15,2
17/01/06 25,8
15/05/09 22,4
14/02/06 25,3
15/06/09 23,5
14/03/06 23,1
17/07/09 25,1
04/04/06 23,7
18/08/09 28,1
16/05/06 24,3
14/09/09 28,1
07/06/06 23,3
14/10/09 21,4
21/07/06 27,2
20/11/09 23,4
09/08/06 17,4
16/12/09 21,4
05/09/06 27,7
08/01/10 18,2
11/10/06 21,4
03/02/10 21,6
03/11/06 21,2
19/03/10 19,1
05/12/06 20,1
13/04/10 17,7
12/01/07 16,4
14/06/10 22,0
05/02/07 15,5
16/07/10 23,2
13/03/07 19,8
17/08/10 26,7
12/04/07 21,6
17/09/10 28,6
17/05/07 23,80
08/10/10 29,0
14/06/07 22,10
17/11/10 23,2
Universidade Católica de Brasília. UCB.
36
13/07/07 23,60
17/12/10 -
03/08/07 24,30
07/01/11 17,2
14/09/07 24,40
02/02/11 20,9
04/10/07 26,70
15/03/11 22,9
13/11/07 23,50
06/04/11 22,3
05/12/07 21,70
04/05/11 24,3
03/01/08 24,30
19/07/11 26,0
12/02/08 23,50
22/08/11 30,2
07/03/08 15,70
29/09/11 31,6
04/04/08 16,60
26/10/11 32,5
Universidade Católica de Brasília. UCB.
37
Apêndice D
Tabela 06 - Pluviometria Total Mensal - Ano: 2005 a 2012.
Fonte: CAESB, 2012.
Pluviosidade Total
Pluviosidade Total
Pluviosidade Total
Data
(mm)
Data
(mm)
Data
(mm)
jan/05
220,3
jan/08
193,5
jan/11
113,2
fev/05
253,8
fev/08
237,5
fev/11
186,8
mar/05
343,1
mar/08
200,3
mar/11
239,7
abr/05
38,8
abr/08
161,4
abr/11
63,8
mai/05
13,8
mai/08
0
mai/11
7,9
jun/05
21,9
jun/08
0
jun/11
5,4
jul/05
0,2
jul/08
0
jul/11
0
ago/05
39,8
ago/08
3,7
ago/11
0
set/05
56,5
set/08
71,7
set/11
6,3
out/05
62,4
out/08
36,4
out/11
302,8
nov/05
218,3
nov/08
303,7
nov/11
342,3
dez/05
376,8
dez/08
327,8
dez/11
329,4
jan/06
79,5
jan/09
197,1
jan/12
219,4
fev/06
186,3
fev/09
113,3
mar/06
227
mar/09
78,2
abr/06
155,5
abr/09
390,9
mai/06
37,4
mai/09
48
jun/06
0,2
jun/09
8,7
jul/06
0,1
jul/09
0
ago/06
17,7
ago/09
69,5
set/06
34,9
set/09
24,8
out/06
472,2
out/09
280,6
nov/06
164,4
nov/09
192
dez/06
198,9
dez/09
229,5
jan/07
266,6
jan/10
100,6
fev/07
221,7
fev/10
57,6
mar/07
75
mar/10
205,7
abr/07
38,4
abr/10
155,4
mai/07
8,1
mai/10
24,2
jun/07
0
jun/10
0
Universidade Católica de Brasília. UCB.
38
jul/07
0
jul/10
0
ago/07
0
ago/10
0
set/07
0
set/10
0
out/07
32,5
out/10
155,6
nov/07
159,6
nov/10
209,7
dez/07
235,1
dez/10
181,4
Universidade Católica de Brasília. UCB.
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Tiago de Lima Costa - Universidade Católica de Brasília