Porto Alegre, Quinta-feira, 3 de Setembro de 2015 ANTONIO PAZ/JC AGRICULTURA FAMILIAR Participação em feiras garante projeção e mais consumidores Marina Schmidt [email protected] A cachaça gaúcha premiada e o suco de uva vendidos em grandes redes varejistas do País são bons exemplos da projeção que as agroindústrias familiares do Estado têm conquistado. O salto da pequena propriedade rural para o mundo depende de um impulso que, muitas vezes, vem da visibilidade alcançada com a participação em feiras como a Expointer. No pavilhão da Agricultura Familiar não é raro se deparar com histórias de sucesso, como a da Agroindústria Gasparetto, de Flores da Cunha. O negócio nasceu do improvável revés do destino. A família cultivava uva e a vendia in natura, mas, há nove anos, enfrentou uma quebra de safra que deixou nos parreirais apenas três mil uvas. Para contornar a dificuldade, os Gasparetto praticamente fizeram do limão uma limonada e transformaram em suco as poucas uvas que colheram. Vitório Gasparetto diz que o suco fez tanto sucesso que estimulou a criação da agroindústria. Para ganhar mercado, a família começou a participar de feiras do setor já no ano seguinte. Assim, os sucos, vendidos com a marca Mata Nativa, ganharam mais visibilidade. Hoje, são comercializados na rede Zaffari e em pequenos varejos. A produção total alcança 200 mil litros por ano e vem garantindo a permanência de quatro dos cinco filhos na propriedade. As linhas de cachaças produzidas pela Remus e Bettinelli, outra expositora, têm conquistado mercado em outros estados. Segundo Ivandro Remus, um dos sócios da agroindústria, o produto vende bem em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Os rótulos da marca são vencedores de premiações, desbancando produtos do principal mercado do ramo, Minas Gerais. Neste ano, a agroindústria comemora a conquista da medalha Gran Ouro do Concurso Mundial de Bruxelas Edição Brasil – Concurso Nacional de Vinhos e Destilados. Segundo Remus, a participação em feiras sempre se converte em novos negócios, elevando a tendência de crescimento. No ano passado, a expansão foi de 100%, e, para este ano, a projeção é de crescimento de 30% frente ao resultado do ano passado. A produção atual é de 30 mil litros por ano. A participação em feiras também garantiu à Cooperativa dos Produtores Ecologistas de Garibaldi abertura de mercado. Entre os produtos fabricados, o suco de uva orgânico é que abriu as portas para o contrato de fornecimento com o Grupo Pão de Açúcar. Kauvi Costi, integrante da cooperativa, conta que 70% da produção é vendida para a rede em São Paulo e no Rio de Janeiro. Bebidas para os mais diversos paladares e bolsos ganham importância nos resultados das agroindústrias Porto Alegre | Jornal do Comércio Quinta-feira, 3 de Setembro de 2015 2 RETRATO DO AGRONEGÓCIO Crédito, custos e infraestrutura travam a produção de grãos BRUNA ANTUNES/JC Dornelles (Federarroz) e Pires (Fecoagro) não deram boas perspectivas para quem planta no Rio Grande do Sul Danilo Ucha [email protected] O s produtores de grãos – soja, milho, trigo e arroz – do Rio Grande do Sul acreditam que a safra 2015/2016 não deve alcançar as expectativas governamentais. Os resultados, preveem, serão prejudicados por uma série de fatores, como dificuldades para obtenção de crédito, aumento dos custos de produção e o agravamento dos tradicionais problemas de infraestrutura, logística e armazenamento. Essa opinião foi compartilhada pelo presidente da Federação das Cooperativa Agropecuárias do Estado (Fecoagro/RS), Paulo Pires, e o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Osório Dornelles, durante o debate Retrato do Agronegócio, promovido pelo Jornal do Comércio em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS) e a Fiat. No evento, os dois dirigentes sintetizaram as preocupações dos agricultores e mostraram o cenário negativo que existe no campo. Pires e Dornelles destacaram que dificilmente o Brasil terá, nos próximos anos, aumento tão expressivo na produção agrícola como o ocorrido nas últimas safras. Segundo os debatedores, diante do aumento dos custos dos insumos e dos equipamentos, haverá menor uso de tecnologia, com reflexos na produção. “Falta dinheiro para o uso intensivo de tecnologia”, disse Pires. O volume do crédito rural aumentou, segundo o presidente da Fecoagro/ RS, mas os bancos estão dificultando a concessão do crédito, além de terem aumentado os juros. “O problema é seríssimo, há retração do crédito nos bancos”, disse. Dornelles deu o exemplo da lavoura de arroz. Até o final de julho, só 60% do dinheiro disponível para o setor foi efetivamente contratado. Os produtores, até então, tomaram menos 30% do que no ano passado no mesmo período. Com medo do risco, gerado pelas dificuldades financeiras internas, pela diminuição dos preços nos merca- dos internacionais e, principalmente, pela elevação dos custos, os bancos estão exigindo garantias adicionais – a terra ou as máquinas, seguros e até avalistas. “O Brasil não vai cumprir seu objetivo de produção”, afirmou o presidente da Federarroz. “Também não acredito em repetição do crescimento da produção agrícola brasileira dos últimos anos”, acrescentou Pires. Conforme o dirigente, os produtores terão que encontrar alternativas para serem mais eficientes. “Não sei nem se repetiremos a safra de soja do ano passado. O trigo já diminuiu a área em 30%, bem mais do que alguns estão querendo fazer crer”, explicou. Tanto Dornelles quanto Pires manifestaram-se favoráveis ao estabelecimento de políticas agrícolas de mais duração que a atual, válida apenas para o ano-safra. Ambos destacaram que é preciso criar um “programa de País”, mais duradouro, de cinco anos, por exemplo. Somente assim, os investidores no agronegócio teriam a tranquilidade necessária para planejarem suas atividades. SAFRA 2015/2016 Lavouras terão custos com maior alta da história Levantamento de custo de produção anual da Farsul aponta que a correção dos valores da safra 2015/2016 do arroz e da soja será a mais alta dos últimos 21 anos, desde a criação do Plano Real, em 1994. Conforme pesquisa realizada em parceria com Cepea/Esalq, o arroz registra aumento de 15% nos custos de produção. Somente o desembolso para a lavoura ficará em R$ 35,83 por saco. O custo total, considerando o gasto com terra, sobe para R$ 43,64, e o custo operacional total, que abrange valores de desembolso e depreciação, sem considerar o da terra, foi projetado em R$ 39,55. Em relação à soja, a correção será ainda mais alta. O desembolso da próxima safra aumentará 19%, totalizando R$ 45,04 por saca. O custo operacional total atingirá R$ 48,23, alta de 17%, e o custo total chega a R$ 72,52 no pior dos resultados obtidos. “Nunca se viu um aumento tão grande dos custos de produção como para 2016. Essa é a Expointer dos custos de produção”, afirmou o presidente da Farsul, Carlos Sperotto. A projeção bate com os levantamentos de índice de inflação dos custos de produção da fede- ração (IICP) que já vinham sendo sinalizados. São quatro os vetores de alta apontados no levantamento: a taxa de câmbio, que influencia no preço dos fertilizantes e agroquímicos, a energia elétrica, a alta do diesel, impactando na operação de máquinas e no frete, e o aumento dos juros. No geral, os custos com irrigação cresceram 38%, puxados pelo aumento da tarifa de energia elétrica de 102% nos últimos 12 meses. “Alertamos para esse aumento eminente na Expointer do ano passado, o que foi descartado pelo governo naquele momento e acabou se confirmando”, disse Sperotto. A alta dos fertilizantes foi ainda maior no período, de até 44%. O preço dos agroquímicos subiu 19%, e dos juros sobre o capital de terceiros, 47%. O diesel avançou 13%. “Estamos muito preocupados com o custo de produção para a próxima safra e entendemos ser um momento importante para passar essa informação aos produtores para que possam considerá-la no momento de fazer o seu planejamento. Temos uma clara evidência de uma safra de baixa lucratividade”, afirmou Sperotto. EMATER-RS/DIVULGAÇÃO/JC Desembolso para o arroz será de R$ 35,83 por saco, estima a Farsul Editor-chefe: Pedro Maciel Secretário de Redação: Guilherme Kolling Editor de Economia: Luiz Guimarães Subeditores: Cristine Pires, Luciana Radicione, Luciane Medeiros e Marcelo Beledeli Reportagem: Luiz Eduardo Kochhann, Marina Schmidt e Patrícia Comunello Projeto gráico: Luis Felipe Corullón Diagramação: Luis Felipe Corullón Revisão: André Fuzer, Rafaela Milara e Thiago Nestor E-mail: [email protected] Porto Alegre | Jornal do Comércio Quinta-feira, 3 de Setembro de 2015 3 PEQUENOS ANIMAIS Mercado pet estimula os negócios MARCELO G. RIBEIRO/JC Marina Schmidt [email protected] Sucesso garantido entre as crianças, o pavilhão dos pequenos animais ganhou maior visibilidade nesta edição da Expointer. A localização foi favorecida pela mudança de pavilhão, que antes estava localizado próximo da área de Alimentação, e agora assumiu o espaço anteriormente dedicado à Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, diante do Boulevard. O presidente da Federação das Associações Riograndenses dos Criadores de Coelhos (Farco), Josoé Machado de Carvalho, conta que a área está recebendo muita visitação e que espera ampliar o fechamento dos negócios. “Em apenas três dias de feira, já vendemos mais do que na Expointer passada”, assinala, sem abrir números de valores movimentados e animais vendidos. Só entre coelhos, foram levados 320 animais vindos de nove criadores. A cunicultura gaúcha tem grande projeção por conta da genética, explica Carvalho. Entre os fatores que favorecem a cultura no Rio Grande do Sul, o presidente da Farco menciona o clima ameno. “Somos procurados por compradores de várias regiões do País, como São Paulo Espécies fazem a alegria dos pequenos na feira; coelhos produzidos no Estado têm diferencial genético e Paraná, inclusive para o Chile”, diz. Carvalho levou para a Expointer, em 2014, o menor coelho do mundo, da raça Netherland. O animal – que fez sucesso na mídia – foi vendido por R$ 600,00 no ano passado. Nesta edição, o criador trouxe outro da mesma espécie e linhagem. Os seus filhotes são vendidos por R$ 450,00. As crianças também se encantam com os canarinhos, que também são vendidos como pet durante a feira. Porém, de acordo com o tesoureiro da União Gaúcha de Criadores de Canários, João Paulo Ribeiro, os negócios estão mais fracos neste ano. Boa parte dos compradores de pássaros é da Região Metropolitana de Porto Alegre, conta. “Agora, temos a crise e tivemos o problema das chuvas há algumas semanas aqui na região”, diz, mencionando que as perdas sofridas pela população local colocam o investimento na compra de um pet em segundo plano. Em média, os canários são vendidos por R$ 100,00, podendo va- riar entre R$ 80,00 e R$ 120,00. Os valores estão mais baixos quando comparados aos da edição anterior. A variação de preço em 2014 era de R$ 120,00 a R$ 140,00. A redução, explica Ribeiro, foi necessária para estimular as vendas frente a três situações que minimizam os negócios: a crise financeira, os efeitos das recentes enchentes na região e o parcelamento do salário dos servidores públicos. “Temos muitos compradores que são funcionários públicos”, lamenta, projetando, mesmo assim, redução nas vendas deste ano. Diferentemente dos preços, os custos de produção subiram em razão da alta do dólar, acrescenta. O quilo do alpiste, com a variação cambial, passou de R$ 3,80 para R$ 5,00, contabiliza. Entre as aves, os negócios são fechados em função da genética dos animais, explica o presidente da Associação de Avicultores do Rio Grande do Sul, João Bergmann. Ele valoriza a mudança do pavilhão, mas admite que, apesar da grande visitação, as vendas estão em ritmo fraco. “Não está nem perto do que foi no ano passado”, reclama. Segundo ele, a redução nas negociações é efeito da crise. Nesta edição, a área das aves recebeu 600 animais, vendidos em média por R$ 250,00. INFRAE STRUT URA NO CAMPO Irrigação consolida sua importância para o agronegócio Luiz Eduardo Kochhann [email protected] Consciente sobre a necessidade de estar prevenido contra a falta de chuvas, o produtor está cada vez mais informado sobre a tecnologia disponível na área de irrigação. As novidades do setor, como painéis de acionamento inteligente e torres capazes de adequar sua potência à topografia do terreno, estão expostas pelos fabricantes na Quadra da Irrigação, no espaço do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas. “Em anos anteriores, o agricultor visitava o estante e precisávamos comprovar a eficiência do produto. Hoje, ele chega mais informado e preparado para investir”, comemora o gerente de marketing da Fockink, Ragde Venquiarutti Paz. O interesse é ainda maior por parte dos produtores de milho, uma vez que a cultura tem janelas curtas em que a ausência de água é crítica para o desenvolvimento da planta. “Nesses casos, com irrigação, o agricultor trabalha sempre com capacidade máxima”, assegura Paz. A Valley pretende encaminhar 60 negociações de pivôs durante a Expointer, obtendo um faturamento de cerca de R$ 75 milhões. No primeiro semestre, as vendas da fabricante ficaram 5% aquém do projetado para o período, redução considerada pouco significativa pelo supervisor regional de vendas, Walter Sperling. Mesmo com o aumento para 7,5%, Sperling considera que as taxas de juros seguem atrativas. “O produtor tem entendido que se trata de um bom negócio, pois o custo do investimento em irrigação acaba diluído no acréscimo da produtividade”, comemora. A escassez de energia segue como entrave à expansão da irriga- ção em determinadas regiões. Nesses casos, o produtor tem buscado equipamentos à diesel. Entretanto, assim como no caso das negociações de tratores e colheitadeiras, a principal dificuldade tem sido a demora na aprovação do crédito por parte dos agentes financeiros, segundo relato das fabricantes. “Nossa expectativa é que o processo se torne mais ágil agora com a afirmação do Plano Safra”, projeta o diretor-superintendente da Fockink, Siegfried Kwast. Outra opção para os interessados nas inovações do setor é estande próprio do Clube da Irrigação, uma iniciativa da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), localizado no Pavilhão Internacional. No local, o produtor pode conferir a representação de uma lavoura de soja considerada ideal, com irrigação do tipo pivô central. MARCELO G. RIBEIRO/JC Kwast, da Fockink, espera maior agilidade na concessão de crédito Porto Alegre | Jornal do Comércio Quinta-feira, 3 de Setembro de 2015 4 EXPONOTAS BRUNA ANTUNES/JC Para startups, há muita resistência ao uso de tecnologia no campo Startups gaúchas voltadas para o mercado rural participaram ontem de bate-papo promovido pelo GeraçãoE – caderno de empreendedorismo do Jornal do Comércio, na Expointer. A Eirene Solutions, formada por Eduardo Marckmann, Alano Fleck, Felipe Valtrick e Augusto Mainardi, que propõe a robótica para otimizar o sistema de pulverização de forma mais sustentável, a E-Aware, de Jean Michel Winter, que trabalha com soluções de redes sem fio para monitoramento e controle do ambiente animal, e a CL Rural, de Fernando Lorenzini, aplicativo para organização da agenda do campo na pecuária, falaram sobre suas experiências e a fase atual de desenvolvimento dos projetos. Em comum, eles ressaltaram a resistência do setor no uso de tecnologia, ao mesmo tempo que há uma carência de modernização neste sentido. “O agricultor no Brasil ainda gosta muito de uma mecânica rústica. Mas a tecnologia traz benefícios em termos de segurança, praticidade e diminuição de custos”, pontuou Felipe Valtrick, engenheiro da Eirene. Transporte de leite O Instituto Gaúcho do Leite (IGL) assina convênio hoje com o Ministério da Agricultura e o Senai, via PAS Leite-Transporte, para realizar o treinamento de motoristas e de técnicos de coleta. O foco, de acordo com o diretor executivo do IGL, Ardêmio Heineck, é a segurança do alimento. O objetivo da parceria é formar 500 profissionais ainda em 2015. ANTONIO PAZ/JC Estado é o maior criador de cavalos de corrida do Brasil A maioria dos criadores de cavalos de corrida está no Rio Grande do Sul. Segundo a Associação Brasileira de Criadores e Proprietários de Cavalo de Corrida (ABCPCC), o montante chega a 53%. Os outros 47% estão espalhados por Paraná, São Paulo e Mato Grosso. Os dados foram apresentados ontem pelo presi- dente da Associação Gaúcha dos Criadores e Proprietários de Cavalo de Corrida e vice-presidente da ABCPCC, Ricardo Degrazia Matas. O Rio Grande do Sul não está apenas no ranking de criadores. Tem também o maior número de hipódromos do Brasil, localizados em Porto Alegre, Alegrete, Cachoeira do Sul, Carazinho, Pelotas, Palmeira das Missões, São Borja e Tupanciretã. Outros municípios aguardam licença do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para construí-los. A atividade movimenta R$ 800 milhões por ano com a criação e outros R$ 800 milhões em apostas. ANTONIO PAZ/JC Procergs na feira A Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs) está garantindo o atendimento na Expointer, distribuídos em diversas frentes de trabalho. A empresa disponibiliza comunicação por meio de dois links: fibra óptica e rádio. Desenvolve também trabalhos na Central de Imprensa, onde garante apoio operacional, e na Casa Procergs, local em que equipes fazem a digitação e emissão de relatórios relativos à admissão, julgamento, comercialização e premiação dos animais. “Trabalhamos para garantir a comunicação e mobilidade dentro do Parque Assis Brasil”, destaca o presidente da Procergs, Antônio Ramos Gomes. Técnicos da companhia prestam também suporte técnico aos órgãos do Estado presentes na feira, atendendo ocorrências relativas a equipamentos e infraestrutura. BRUNA ANTUNES/JC Laboratório mais perto dos consumidores Pela primeira vez na Expointer, o Laboratório Nacional Agropecuário do Rio Grande do Sul (Lanagro-RS) montou um minilaboratório para mostrar aos visitantes da feira a contribuição das análises ao trabalho de inspeção e fiscalização conduzido pelo Ministério da Agricultura no Estado. O visitante que passa pelo estande do órgão, localizado no Pavilhão Internacional, pode conversar com técnicos do laboratório e também com fiscais federais agropecuários, além de verificar alguns dos equipamentos utilizados no laboratório. Abatedouro móvel Um dos lançamentos da Embrapa na Expointer é o abatedouro móvel para suínos. Desenvolvido em parceria com a empresa Engmaq, de Peritiba (SC), o equipamento é construído na carroceria de um semirreboque. Ele pode ser transportado para um local fixo pré-determinado para o abate dos animais e tem os equipamentos necessários para refrigeração e processamento das carcaças. A estrutura tem capacidade para até 80 suínos por dia. Crime de abigeato pode ter pena maior O Projeto de Lei nº 6999/2013, de autoria do deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), que prevê o aumento da pena para quem cometer o crime de abigeato, o abate e o comércio de carne clandestina e outros alimentos sem procedência legal, foi apresentado no auditório da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), na Expointer. A proposta deverá entrar na pauta de votação nos próximos dias, no plenário da Câmara dos Deputados.