O BRASIL NO NOVO MANDATO PRESIDENCIAL (2015-2019) 02 de Dezembro de 2014 IFHC 1 1. Economia Internacional 2. Economia Brasileira 2 Cenário Internacional: importante piora nas últimas semanas Zona do Euro Economia mostra sinais de desaceleração; Risco da deflação entrou definitivamente na agenda; O Banco Central pode agir novamente. Rússia Queda no preço do petróleo pressiona produtores Ucrânia EUA Maior contribuição do consumo para o crescimento; Os indicadores macroeconômicos mostram a recuperação da economia; A economia está ganhando velocidade; Discussão sobre aumento de juros ganha espaço, mas deverá vir apenas em 2015, entretanto, os mercados tendem a antecipar o movimento. Palestina Iraque Israel América Latina Aliança do Pacífico: crescimento acima da média da região; Crise nos bolivarianos. China: crescimento em um ritmo um pouco menor que em 2013; realização de reformas propostas; mercado paralelo de crédito está mais perigoso. Japão: aumento de estímulos. Economia entra em recessão 3 Zona do Euro: sinais de estagnação 4T07 = 100/ PIB versus o nível pré crise Alemanha +4% França +2% Zona do Euro -2% Irlanda -4% Espanha -5% Portugal -8% Itália -9% Grécia -25% Fonte: Bloomberg. Elaboração: MB Associados. 4 Zona do Euro: Inflação ao consumidor Crescimento acumulado 12 meses - % Grécia -1,7% Chipre -0,5% Espanha -0,5% Estônia -0,2% Eslovênia -0,2% Bélgica -0,1 4,0 3,0 2,0 1,0 0,7 0,4 Zona de Perigo 0,0 Índice Total -1,0 out/10 Núcleo (expurgados alimentos e energia) out/11 out/12 out/13 out/14 Fonte: BCE. Elaboração: MB Associados. 5 Japão: política de estímulos em xeque PIB Inflação (Cres. tri/tri anterior – anualizado - %) (Cres. acum. Em 12 meses - % ) 5,6 3,2 3,6 6,7 2,4 3,3 2,0 -1,6 -1,6 IV/13 0,4 -1,2 -7,3 I/13 5,2 III/14 Confiança do consumidor set/12 set/13 set/14 Taxa de desemprego (índice) (%) 50 6,0 45 40 38,9 35 4,5 3,6 30 3,0 out/10 out/12 out/14 Fonte: Bloomberg. Elaboração: MB Associados. set/02 set/08 set/14 6 China: desaceleração lenta PIB Inflação (Cres em rel. ao mesmo período do ano anterior- %) (Var. em rel. ao mesmo período do ano anterior- %) 15 Produtor 11,0 Consumidor 10 9,5 7,3 8,0 6,5 5 1,6 0 -2,2 5,0 -5 3,5 2,0 -10 I/04 III/07 I/11 III/14 Fonte: Bloomberg. Elaboração: MB Associados. out/04 out/09 out/14 7 Preço de commodities Metais Agrícolas (índice) (índice) 950 925 900 875 850 825 800 460 440 420 400 380 01/08/2014 01/10/2014 01/12/2014 Aumento da oferta Fonte: CRB. Elaboração: MB Associados. 01/08/2014 01/10/2014 01/12/2014 Diminuição da demanda 8 Evolução do Preço do Petróleo WTI e Brent (spot) US$/Barril 115 105 95 85 75 Aumento da oferta e diminuição da demanda 65 01/12/13 Fonte: Bloomberg. Elaboração: MB Associados BRENT 01/06/14 WTI 72,3 01/12/14 9 Petróleo: aumento de produção Produção de petróleo – em milhões de barris/dia EUA Arábia Saudita Venezuela Líbia Iraque Irã Rússia 12 10,6 9,8 9,0 10 8 6 4 3,3 2,8 2,5 2 0,9 0 out/10 out/11 Fonte: Bloomberg. Elaboração: MB Associados. out/12 out/13 out/14 10 Petróleo: demanda da China PIB (Crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior -%) Consumo de Petróleo (Mbp/d) 7,9 11,2 7,8 11,1 11,0 7,7 10,9 7,6 10,8 7,5 10,7 7,4 10,6 7,3 10,5 7,2 10,4 mar/13 jun/13 set/13 Fonte: Bloomberg. Elaboração: MB Associados dez/13 mar/14 jun/14 set/14 11 Petróleo: custo de produção Fonte: Cambridge Energy Research Associates ("CERA"). 12 1. Economia Internacional 2. Economia Brasileira 13 Economia doméstica Desarranjo Macroeconômico Baixo crescimento Déficit fiscal Inflação acima da meta Déficit em conta corrente Setorial Indústria (bens de capital e automotiva) Energia: elétrica, petróleo e etanol Construção Civil Consequência: queda no investimento 14 Crescimento do PIB pela ótica da demanda Crescimento em relação ao mesmo trimestre do ano anterior - % 10,0 6,0 3,8 1,9 2,0 0,7 0,1 -2,0 -6,0 -10,0 IV/13 I/14 II/14 III/14 -8,5 -14,0 Consumo das famílias Consumo da Adm. Formação Bruta de Pública capital Fixo Exportação Importação Fonte: IBGE. Elaboração: MB Associados. 15 PIB e o consumo das famílias Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior ( % ) 10 PIB Consumo das famílias 8 6 4 2 0 -2 I/10 III/10 I/11 III/11 I/12 III/12 I/13 III/13 I/14 III/14 Fonte: IBGE. Elaboração: MB Associados. 16 Investimento do setor de Petróleo é essencial para a retomada da indústria • Petróleo responde por 35% do investimento da Indústria. • Em R$ bilhões do 1º tri de 2013 Setores 2009-2012 2014-2017 Variação (%) Petróleo e Gás 311 458 47 Extrativa Mineral 70 48 (32) Automotivo 45 74 67 Papel e Celulose 18 19 4 Química 21 25 20 Siderurgia 33 10 (68) Eletroeletrônica 21 26 26 Complexo Ind. Saúde 10 13 29 Aeronáutica 3 9 175 354 418 18 Demais Indústrias Total da Indústria 24 885 Fonte: BNDES 1.100 17 Petrobras: histórico de produção e meta para 2014 Média de produção - em milhões de barris/dia + 1,70% + 6,26% 2,004 +6,0% 2,048* +0,88% 2,022 -2,06% 1,980 1,971 -2,44% 1,932 1,855 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: Petrobrás. Elaboração: MB Associados. (*) Previsão de crescimento pela Petrobrás. 2013 2014 18 Petrobras: meta de produção diária de petróleo Em milhões de barris/dia Trajetória de convergência da média de produção diária à meta, caso a empresa tenha ajustado, logo em novembro, a sua produção. Meta original 2014 2,248 2,248 2,126 Descumprimento da meta: 1,5%* abaixo do previsto Projeção Petrobrás 2014 2,076 2,048 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 Fonte: Petrobrás. Elaboração: MB Associados. (*) Em termo da média de produção diária de 2013 19 Custo de refino por barril Refinaria Local Empresa Custo de refino Data do Data do início por barril anúncio da produção Refinaria do Nordeste (Abreu e Lima) Brasil (Pernambuco) Petrobras US$ 87 mil 2005 Guangdong China Sinopec US$ 45 mil 2006 Colômbia Colômbia Ecopetrol US$ 35 mil Port Arthur Estados Unidos (Texas) Aramco e Royal Dutch Shell US$ 29 mil 2007 Jubail Arábia Saudita US$ 25 mil 2011 Elaboração: MB Associados Aramco e Total 2010 2013 20 Evolução do Nível dos Reservatórios - Diário 100 % da capacidade máxima 90 NE SE/CO S N 80 67,2 (96,80)* 70 60 50 40 30 28,0 (64,67) 20 15,2 (26,70) 13,0 (20,94) 10 23/out 30/out 06/nov 13/nov 20/nov 27/nov Fonte: ONS. Elaboração: MB Associados. * Posição em julho de 2001, mês em que começou o racionamento. 21 Produção de alumínio no Brasil: cenário de crise energética Produção de alumínio – variação do mês contra mesmo mês do ano anterior em % 10 0 -10 -20 -32,4 -30 -40 out-09 out-10 Fonte: Bloomberg. Elaboração: MB Associados. out-11 out-12 out-13 out-14 22 Setores 1. Mais sensíveis à crise da água: Fabricação de cimento; Indústria têxtil e de vestuário; Fabricação de tintas; Fabricação de papel e celulose; 2. Setores que sofrerão com a demanda, além dos já mencionados: Bens não-duráveis e serviços; 3. Único setor preparado para 2015(com a CIDE e desvalorização cambial) Cadeia do agronegócio; 23 Mercado de trabalho Crescimento em 12 meses - % Fonte: IBGE. Elaboração: MB Associados. (*) PEA = População economicamente ativa. 24 Curva de inflação 2014 e 2015 Cresc. acum. 12 meses - % 7,5 2014 2015 7,0 6,8 6,5 6,5 Inflação vai continuar ao redor de 6,5% 6,0 5,5 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: IBGE. Elaboração: MB Associados 25 Sep-14 Jan-14 May-13 Sep-12 Jan-12 May-11 Sep-10 Jan-10 May-09 Déficit nominal do setor público Sep-08 Jan-08 May-07 Sep-06 Jan-06 May-05 Sep-04 Jan-04 May-03 Sep-02 Jan-02 7.0 May-01 Sep-00 Jan-00 May-99 Sep-98 Jan-98 May-97 Sep-96 Jan-96 “Déficits gêmeos” piorando (% do PIB) 8.0 Conta corrente 6.0 5.0 4.0 3.0 2.0 1.0 0.0 -1.0 -2.0 -3.0 Fonte: Bacen. Elaboração: MB Associados. 26 Milhares Taxa de câmbio: não existe muito espaço para valorização no curto prazo Número de contratos (milhares) 450 2,70 Posição comprada dos investidores estrangeiros 400 Taxa de Câmbio (R$/US$) 2,60 350 300 2,50 250 2,40 200 150 2,30 100 2,20 50 0 01/02/14 2,10 01/04/14 01/06/14 Fonte: Bloomberg. Elaboração: MB Associados. 01/08/14 01/10/14 01/12/14 27 Principais indicadores macroeconômicos 2013 2014 2015 PIB (a preços de mercado) - % 2,5 0,1 0,5 Taxa de desemprego (%) - médio 5,4 4,9 5,7 Massa real de rendimentos (Variação %) 2,6 1,9 0,0 Câmbio (final de período) - R$ / US$ 2,4 2,55 2,80 SELIC (final de período) - % aa 10,0 11,5 12,0 IPCA - % 5,9 6,5 6,8 Resultado Nominal (% do PIB) 3,2 6,0 5,3 Fonte: FGV, IBGE e Banco Central Projeções: MB Associados. 28 Cenários após o anúncio da nova equipe econômica 29 Cenário “Mercado Financeiro” 1. Dilma fez uma escolha dura, por falta de alternativas. Ademais é necessário conhecer a composição final da equipe; 2. A equipe é boa e vai fazer um ajuste relevante (primário de 1.2, 2.0 e 2.0% do PIB em três anos). 3. O risco de rebaixamento do rating fica afastado. 4. O otimismo aparece e após dois anos duros o Brasil volta a crescer. Problema: é um cenário que, para dar certo, tudo tem que dar certo. Entretanto, o mundo não funciona assim. 30 Cenário realista (a meu juízo) 1. Não apenas o ponto de partida do ajuste é ruim, mas ainda vai piorar. 2. A economia mundial não só enfrenta queda forte no petróleo (o que compõe uma tempestade perfeita na Petrobrás), como tem cada vez mais risco de deflação e recessão (Europa, Japão, China, Venezuela, Rússia, Irã e outros produtores). 3. A realidade fiscal tem grande chance de ser pior do que aquela que conhecemos. 4. Petrolão: paralisia e piora na situação da Petrobrás, crise nos fornecedores de bens e serviços e dificuldades para rolar o crédito no setor. 31 Cenário realista (a meu juízo) 5. Petrolão 2: contaminação das obras de infraestrutura, da liberdade dos fundos de pensão e de outras estruturas de financiamento (Sete Brasil). 6. Os empresários do lado real e as agencias de rating não se entusiasmarão tão facilmente. 7. O ajuste será seriamente testado nos próximos meses. 8. O suporte político ao ajuste fiscal será bastante complicado. 32 OBRIGADO! Rua Henrique Monteiro, 90 Térreo / 12o andar | Pinheiros 05423-020 | São Paulo | SP Brasil Fone: (11) 3372-085 [email protected]