JOEL SAGET, afp
ENTENDA A CRISE
z A Grécia enfrenta uma
crise desde 2010. O país tem
contado com a ajuda financeira
da Comunidade Europeia, o
Fundo Monetário Internacional
e o Banco Central Europeu. O
país já recebeu mais de 140
bilhões dessas entidades
z No último domingo (5), os
gregos foram às urnas dizer se
aceitavam ou não as medidas
de austeridade impostas pelos
europeus. Porém, a resposta
dada foi “não”, como havia
pedido o primeiro-ministro
Alexis Tsipras. Agora, o líder
grego tentará ter mais poder de
barganha para negociar com o
resto da Europa
z O temor é que a crise
financeira da Grécia possa ser
o mesmo caminho a ser trilhado
por Espanha, Irlanda, Itália e
Portugal
z Uma saída seria tirar a Grécia
da zona do euro. Assim, se
poderia evitar que outros
países em situação econômica
delicada, como Portugal,
seguissem o mesmo caminho
z Porém, nem os gregos nem
o resto da Europa querem a
saída do país da zona do euro.
Isso geraria ainda mais crise e
desemprego ao país
z A dívida do país gira em torno
de 300 bilhões de euros - o
equivalente a R$ 700 bilhões)
z A origem da atual crise se
deu há uma década. À época,
foi revelado por autoridades da
Europa que a Grécia maquiou
suas contas ao longo de vários
anos para conseguir entrar na
zona do euro
z É provável que os bancos
permaneçam fechados hoje
por estarem descapitalizados.
A efeito de comparação, em
2001, a Argentina fez o mesmo
durante crise
z O país enfrenta altas taxas
de desemprego. A Grécia tem
a maior taxa entre os países
da zona do euro de 25,6%.
Ou seja, um em cada quatro
trabalhadores está sem trabalho
z O governo aposta em novo
empréstimo. Contudo, o FMI
não deve conceder mais
dinheiro, após o calote de junho
z No próximo dia 20, os gregos
têm de enfrentar nova situação:
o vencimento de uma parcela
de 3,5 bilhões da dívida com
o Banco Central Europeu. Em
caso de não ser paga, o BC
pode retirar a ajuda de 89
bilhões, o que devastaria o já
frágil sistema financeiro grego
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