Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo – 2014 O consumidor conectado em constante evolução A Deloitte tem a satisfação de apresentar a sétima edição do relatório Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo. Esta publicação identifica as 250 maiores empresas do segmento em todo o mundo, com base em dados disponíveis publicamente para o ano fiscal de 2012 – incluindo empresas cujo ano fiscal tenha encerrado até junho de 2013. O relatório também oferece uma perspectiva da economia global, uma análise do mercado, uma visão da atividade do setor – principalmente relacionada a fusões e aquisições – e uma discussão sobre as principais tendências que afetam as empresas de bens de consumo. Índice Panorama econômico global.......................................................................................................................... 3 Metodologia do estudo e fontes dos dados.................................................................................................... 7 Tendências globais que afetam o setor em 2014............................................................................................. 8 Destaques das 250 maiores empresas.......................................................................................................... 15 Fusões e aquisições continuam a repercutir no setor de bens de consumo.................................................... 33 2 Panorama econômico global As páginas a seguir oferecem uma visão sobre as perspectivas econômicas dos principais mercados e o impacto potencial sobre as empresas de bens de consumo. Esta é uma visão que serve de referência, uma vez que decisões políticas inesperadas, tomadas por líderes ou eleitores, podem relegar certas previsões à lata do lixo. Esperamos que as informações e dados apontados a seguir ofereçam um importante guia para tomada de decisão em seus negócios. Zona do euro A zona do euro está se recuperando de uma prolongada recessão. A criação de uma moeda comum, antes da crise, havia levado à harmonização das taxas de juros e a custos de empréstimos relativamente baixos em toda a Europa. A perda da confiança na sustentabilidade do euro, e na capacidade de alguns países em pagar suas dívidas, trouxe o aumento dos custos dos empréstimos para os países do sul da Europa e uma grave queda na atividade do mercado de crédito. Além disso, a maioria dos países europeus adotou políticas fiscais rígidas para convencer os mercados financeiros de seu compromisso com a consolidação fiscal. O resultado foi uma recessão que só agora está chegando ao fim. Em 2014, a zona do euro deverá registrar um crescimento modesto. A inflação, que está muito baixa, continuará assim, proporcionando ao BCE espaço de manobra suficiente se tiver que se empenhar em uma política monetária mais agressiva. O BCE está estudando a possibilidade de empregar instrumentos de política pouco comuns para impulsionar a atividade do mercado de crédito, como como uma flexibilização quantitativa (já em uso nos EUA, no Reino Unido e no Japão) ou taxas para obrigar os bancos a conceder empréstimos. Vários países estão empenhados em reformas do mercado de trabalho para diminuir o custo de contratação e, consequentemente, reduzir o desemprego. O maior obstáculo para um melhor desempenho econômico na Europa talvez seja a ausência de integração dos mercados financeiros. Os bancos europeus são supervisionados pelos respectivos governos nacionais. Quando passam por dificuldade, os governos são forçados a assumir os passivos dos bancos. Não existe seguro de depósitos na Europa ou um sistema europeu único para ajudar bancos em dificuldade financeira. Considerou-se criar uma união bancária, mas as linhas gerais acordadas até o momento estão muito aquém da integração dos mercados financeiros. A recuperação se deu por três motivos principais. Em primeiro lugar, o Banco Central Europeu (BCE) prometeu “fazer o que for preciso” para salvar o euro. Isso significava que o BCE não permitiria inadimplência dos países europeus. Em consequência, os rendimentos dos títulos diminuíram, levando a custos de empréstimos menores e maior capacidade dos governos em pagar suas dívidas. O que, por sua vez, levou ao segundo motivo: um afrouxamento da política fiscal. Isso significa que os países podem adotar uma atitude mais folgada em relação à disciplina fiscal – pelo menos no curto prazo. Finalmente, o declínio do valor do euro, combinado com contenção salarial e ganhos de produtividade, fez as exportações crescerem novamente. Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 3 Não há uma autoridade central forte com recursos suficientes para socorrer os bancos em dificuldade. Sem uma abordagem mais integrada, é difícil imaginar como a atividade do mercado de crédito possa se recuperar rapidamente. Também é difícil vislumbrar sucesso a longo prazo, já que uma união monetária exige uma arquitetura diferente da atual, como a integração do sistema financeiro, com supervisão centralizada e tomada de decisão independente. Um crescimento sustentado dos gastos de consumo exigirá aumentos de salários. Porém, se é verdade que os preços subiram, o mesmo não se deu com os salários – um declínio real do poder de compra. O governo tem incentivado as empresas a aumentar os salários e um lobby das maiores empresas recomendou a adoção de medidas. Ainda não se sabe se e quanto os salários subirão em 2014, mas, se continuarem estagnados, o crescimento será prejudicado. Japão A economia do Japão, que cresceu no primeiro semestre de 2013, desacelerou no segundo. Ainda assim, o desempenho de 2013 foi o melhor dos últimos anos, em grande parte por resultado da política monetária “Abenomics”, além do estímulo fiscal e a desregulamentação. Esta política, criada pela equipe do primeiro-ministro Shinzo Abe, envolve compras de ativos pelo Banco Central, para suprimir os rendimentos de títulos, controlar inflação, baixar o valor do iene e aumentar a disposição do consumidor e das empresas para gastar. Até agora, o sucesso foi modesto. A inflação está finalmente voltando ao Japão, embora em percentuais ainda moderados. Os rendimentos de títulos seguem baixos, criando um ambiente de baixos custos de capital que incentiva os investimentos. O iene se desvalorizou, ajudando a competitividade das exportações e a revitalização do setor fabril do Japão. Um considerável aumento da riqueza, devido a preços de capital mais elevados, tem impulsionado os gastos com o consumo. O benefício de longo prazo da Abenomics exigirá uma desregulamentação radical da economia. Os detalhes das pretensões governamentais continuam desconhecidos, tendo o governo postergado a implementação de aspectos da desregulamentação. Sem reformas significativas, a Abenomics não terá impacto duradouro sobre o crescimento econômico e da produtividade. Apesar das notícias positivas, há preocupação: o Japão enfrentou aumento no imposto sobre vendas, principalmente, para suportar seu sistema previdenciário. O ímpeto anterior do consumo se deu, em parte, pelo tíquete alto dos artigos comprados, antes do aumento dos impostos. Embora o governo pretenda implementar um considerável estímulo fiscal para compensar o impacto do aumento, é possível que a economia desacelere. 4 China A economia chinesa desacelerou, puxada pelo crescimento lento do setor manufatureiro no exterior, valorização do yuan e aumentos de salários. Tudo isso afetou o crescimento das exportações. Por outro lado, a economia dependeu da demanda interna, como investimentos em ativos fixos. Isso foi alimentado por empréstimos maciços dos governos locais, empresas e pessoas físicas investindo no instável mercado imobiliário. O crescimento da dívida, em boa parte fora dos balanços dos bancos (no chamado sistema bancário paralelo) criou um risco considerável. Isso ameaça inviabilizar o crescimento ou causar mais problemas em uma economia que já sofre com desequilíbrios. Embora o investimento em ativos fixos tenha mantido o nível do emprego, também gerou retornos negativos e não contribuiu para o crescimento da economia. O governo pode ter de socorrer as instituições financeiras forçá-las a reduzir empréstimos e, assim, provocar uma queda no crescimento econômico. A melhor maneira de evitar uma grave crise seria implementar reformas significativas no sistema financeiro, o mais rápido possível. Assim, o governo obrigou-se a anunciar uma série de reformas destinadas a criar uma economia mais estável. O potencial impacto dessas reformas dependerá de sua velocidade e seu grau de implementação, e muitas delas só darão frutos em longo prazo. A reforma do sistema financeiro, por outro lado, pode ter mais implicações imediatas para o funcionamento dos mercados financeiros. Por conta dos problemas no sistema bancário, quanto mais rápido a China aprimorar a eficiência de seu setor financeiro, melhor. Estados Unidos Durante o período pós-recessão, a economia dos Estados Unidos cresceu mais rapidamente do que as da Europa e do Japão. Apesar disso, houve uma considerável alta da taxa de desemprego. No início de 2014, a economia americana se recupera bem, após um período de crescimento modesto. Nos últimos dois anos, alguns fatores refrearam o crescimento: em 2012, a recessão na Europa, e, em 2013, a rigorosa política fiscal. Neste ano, esses fatores não causarão impacto. Pelo contrário: a Europa estará em recuperação e a política fiscal terá um modesto impacto positivo no crescimento – especialmente pelo Congresso concordar em reduzir a captação de recursos. Além disso, existem fatores positivos a serem considerados. Entre eles estão a crescente demanda externa, o aumento dos investimentos na produção de energia, a demanda familiar reprimida e o aperfeiçoamento do funcionamento dos mercados de crédito. Por outro lado, o banco central americano começou restringir seu programa de flexibilização quantitativa, o que deve reduzir o ritmo das compras de ativos, principalmente de imóveis e bens duráveis. Enquanto isso, o Federal Reserve (Fed), adotará uma política monetária relativamente frouxa, mantendo as taxas de juros historicamente baixas por um período maior do que o previsto e medidas para aumentar a atividade do mercado de crédito. Contudo, a restrição já resultou em maiores rendimentos sobre os títulos e taxas de juros hipotecários mais altas. Pode-se esperar que as taxas continuem a subir, pressionando a atividade do mercado imobiliário para baixo. Além disso, a política do Fed pressiona o valor do dólar para cima, afetando a competitividade das exportações. A curto prazo, está criando uma certa turbulência em mercados emergentes, onde os valores da moeda estão sob pressão. Ainda há incerteza quanto ao impacto econômico da implementação do sistema universal de saúde. Se um grande número de jovens saudáveis deixar de fazer o seguro, os prêmios do seguro subirão, causando um impacto adverso nas empresas. Se, por outro lado, esses jovens fizerem o seguro em grande número, os prêmios podem realmente cair. Reino Unido Ao longo de 2013, o Reino Unido deixou o lento crescimento e se transformou em uma forte economia. No entanto, os economistas preveem que o Reino Unido crescerá 2,3% em 2014. Antes da crise, esse índice de crescimento teria sido considerado normal ou até insignificante. Depois de cinco anos de retração econômica, um crescimento de 2,3% é razoável e, se concretizado, representará o maior desde 2007. Os gastos com consumo estão crescendo, apesar de queda da renda real. Há uma considerável demanda reprimida, e os consumidores estão recorrendo à poupança e assumindo novas dívidas, já que houve melhora dos salários. Os preços de moradia subiram, grande parte em decorrência do estímulo para se comprar a casa própria. Além disso, a política monetária tem sido expansiva e a fiscal está começando a ser afrouxada, uma vez que governo está próximo de atingir suas metas fiscais. Finalmente, a recuperação da zona do euro tem um impacto positivo. Por outro lado, os investimentos das empresas não aumentaram muito e estas parecem pouco convencidas da durabilidade da recuperação. Um aumento dos gastos financiado por dívidas, semelhante ao que ocorreu na última década, dificilmente serve de base para uma recuperação firme. Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 5 Mercados emergentes Brasil O crescimento econômico desacelerou e o País tem sido atormentado pela inflação, desvalorização da moeda, agitação social e pessimismo por parte das empresas. O Banco Central apertou a política monetária para diminuir a inflação e resistir à desvalorização da moeda. O panorama a curto prazo não é muito bom. A longo prazo, o Brasil possui muitos atributos favoráveis, como boa demografia, um provável aumento substancial na produção de energia, investimento estrangeiro no setor fabril e maior exportação de serviços. Porém, o Brasil continua a ter uma variedade de desafios. Entre eles, mercados de trabalho muito regulados, investimentos inadequados em infraestrutura e restrições ao comércio. Índia A Índia viveu alguns anos de crescimento astronômico, levando a gargalos que geraram inflação. Além disso, o crescimento foi financiado por um acúmulo da dívida externa. O BC apertou a política monetária para estancar a inflação e estabilizar a moeda, mas não conseguiu implementar muitas das reformas que aumentariam a produtividade, com investimento e crescimento mais rápido. Por enquanto, a Índia parece estar em uma trajetória de crescimento mais baixo. Rússia Nas duas últimas décadas, o desempenho da economia russa em geral esteve atrelado ao preço do petróleo. Essa relação mudou e, hoje, apesar deste ainda estar alto, o crescimento vem desacelerando nos últimos anos. A Rússia tem algumas fraquezas: investimento inadequado em energia, resultando em queda da produção; investimento modesto nas 6 demais indústrias; população em declínio, causando assim falta de mão de obra, salários mais altos e baixo desemprego; crescimento do consumo acompanhado do endividamento das famílias, prejudicando o crescimento potencial; inflação muito alta e política apertada, apesar da desaceleração do crescimento. Além disso, o país enfrenta uma concorrência crescente em sua principal base de exportação energética. Portanto, o panorama econômico é, no máximo, modesto. Outros mercados Muitos mercados sofreram desaceleração do crescimento no ano que passou, após um período de crescimento muito rápido. Entre esses fatores estão: investimentos externos alimentados pelos baixos retornos nos mercados desenvolvidos, acúmulo excessivo da dívida externa dado o baixo custo dos empréstimos, e o boom das commodities alimentado pelos investimentos maciços da China. Agora, as coisas mudaram e mais acúmulo de dívida é inviável. Além disso, os fluxos de capital se inverteram agora que os rendimentos dos títulos aumentaram nos Estados Unidos. Isso causou um declínio no valor das moedas dos mercados emergentes, obrigando os BCs a apertar a política monetária para estabilizar o câmbio. Essa ação tem um efeito inibidor sobre o crescimento. Ainda, o crescimento muito rápido dos últimos anos causou gargalos que levaram à inflação. Por fim, o boom das commodities acabou retardando o crescimento dos países exportadores. Entre os mercados mais promissores estão Colômbia, México, Filipinas e boa parte da África Subsaariana. Esses países têm melhorado a governança, os setores competitivos e a demografia é favorável. Isso fará com esses países experimentem um forte crescimento na próxima década. Metodologia do estudo e fontes dos dados Para ser considerada para os 250 Poderosos da Indústria de Bens de Consumo, uma empresa deve primeiro ser definida como fabricante (código primário SIC 20-39). Cada empresa é então analisada na tentativa de determinar se a maioria das suas vendas deriva de bens de consumo e não de produtos comerciais ou industriais. Resumindo: se são bens produzidos para o consumidor final e comprados por ele. Em geral, esses produtos são comercializados com marcas bem conhecidas. Excluímos fabricantes contratados (organizações que fazem principalmente produtos para outras empresas mediante contrato) e incluímos apenas empresas cujas marcas estão nos produtos finais. Também excluímos veículos motorizados, já que esse setor não é relevante para a grande maioria do público-alvo desta análise. Empresas cuja atividade principal é a venda de bens de consumo foram incluídas no ranking com base nas vendas totais líquidas fiscais em 2012, que podem incluir vendas de produtos comerciais e industriais, assim como bens de consumo. Os impostos sobre o consumo foram excluídos das vendas das empresas de tabaco e bebidas. Nossa definição de ano fiscal de 2012 engloba os anos fiscais das empresas encerrados até junho de 2013. Muitas fontes foram consultadas para desenvolver a lista. As principais fontes de dados para informações financeiras são os relatórios anuais, os registros na SEC (Securities Exchange Comission), o equivalente norte-americano à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil, e informações encontradas em comunicados à imprensa, informativos ou sites das empresas. Quando as informações divulgadas pelas empresas não estavam disponíveis, outras fontes de domínio público foram usadas, como avaliações de publicações especializadas, relatórios de analistas do setor e diversos bancos de dados de informações comerciais. A fim de estabelecer uma base comum para classificar as empresas, as vendas líquidas de empresas fora dos EUA foram convertidas para dólares americanos. As taxas de câmbio, portanto, têm impacto sobre os resultados. O site OANDA.com foi a fonte utilizada para as taxas de câmbio. A taxa de câmbio média diária correspondente ao ano fiscal de cada empresa foi usada para converter o resultado dessa empresa para dólares americanos. No entanto, as taxas de crescimento e a margem de lucro informadas para empresas individuais são calculadas na moeda local de cada empresa. Resultados financeiros do grupo Composições de vendas ponderadas ajustadas à moeda são usadas para informar os resultados financeiros de grupos de empresas. Isso significa que os resultados das empresas maiores contribuem mais para a composição do que os resultados das empresas menores. Para calcular os resultados de grupos de empresas que podem ser informados em uma variedade de moedas e para facilitar a comparação entre os grupos, também significa que os dados devem primeiro ser convertidos em dólares americanos. A fim de eliminar o impacto das flutuações nas taxas de câmbio ao longo do tempo, as taxas de crescimento combinado também são ajustadas para corrigir as oscilações das moedas. As composições e médias de cada grupo foram baseadas apenas em empresas com dados. Nem todos os elementos de dados estavam disponíveis para todas as empresas. Também deve ser observado que as informações financeiras utilizadas para cada empresa em um determinado ano são relatadas na forma original. Embora uma empresa possa ter reformulado os resultados do ano anterior para refletir uma mudança em suas operações (por exemplo, a alienação de uma unidade de negócios), essas reformulações não são refletidas nesses dados. Este estudo destina-se a fornecer os dados financeiros do setor de bens de consumo em um determinado momento. Também pretende refletir a dinâmica do mercado e seu impacto na estrutura do setor durante um período de tempo. Em consequência desses fatores, as taxas de crescimento relatadas para empresas individuais podem não corresponder a outros resultados publicados. Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 7 Tendências globais que afetam o setor em 2014 As principais tendências que identificamos há cerca de três anos no estudo “Consumer 2020” – globalização, economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e tecnologia – continuam importantes hoje, se não mais ainda. A diferença é a extensão em que a revolução digital está capacitando os consumidores. Tecnologias novas à época agora já estão consagradas, convergindo e capacitando os consumidores como nunca. Como resultado, as empresas de bens de consumo precisam reavaliar suas estratégias de negócios, que devem ser inovadoras e ágeis para abordar esses desdobramentos e estar prontas para as próximas mudanças tecnológicas. A seguir, oferecemos uma visão de curto prazo sobre como as empresas serão impactadas por essa evolução do neo-consumidor. Uma nova geração de consumidores verdadeiramente globais Os consumidores se socializam com pessoas de todo o mundo, fazem compras no mercado global, acessam informações e viajam para qualquer parte do globo.1 A demanda internacional de passageiros de companhias aéreas cresceu 5,4% em 2013, apesar de um cenário econômico difícil, e a expectativa para 2014 é de mais de 3 bilhões de passageiros de companhias aéreas nacionais e internacionais2. Embora algumas empresas de bens de consumo estejam acostumadas a entrar em novos mercados, continua o desafio de desenvolver produtos para as necessidades globais e locais e vender para o consumidor global. É preciso equilibrar as necessidades do consumidor global em contraposição ao local. Ao mesmo tempo, as empresas devem desenvolver suas cadeias de suprimentos globais de ponta a ponta, com infraestrutura, governança, transparência e flexibilidade necessárias para atender sistematicamente às exigências dos consumidores de qualquer parte do mundo, por meio de qualquer canal. Há a necessidade de aprender novas abordagens e de competir com mais inteligência, além de entrar em novos mercados, de forma virtual ao invés de física. Em 2014, segundo a Forrester Research, “um número crescente de marcas complementará seus relacionamentos tradicionais no varejo com novos 8 sites de venda direta ao consumidor em todo o mundo, oferecendo aos compradores on-line uma experiência de marca mais imersiva e novas oportunidades de compra. As marcas com venda online adotarão cada vez mais as vendas internacionais como forma de alcançar os consumidores em mercados em que elas ainda não têm operações locais. As marcas também inaugurarão novas lojas nos mercados globais para aproveitar o público considerável desses mercados e compreender as necessidades dos consumidores locais”3. Os consumidores querem e esperam mais por menos Os consumidores gastam, mas também estão economizando. Após a recessão, os consumidores de mercados desenvolvidos adaptaram seus comportamentos de compra e aprenderam a procurar promoções e descontos, comprar no atacado e em marcas próprias, fazer orçamento, planejar viagens de compras, comprar em todos os canais, comprar em lojas de desconto e pontas de estoque e participar de clubes de compras. “Um número significativo de consumidores está planejando diminuir seus gastos durante o próximo ano, mas não está disposto a sacrificar o consumo. Em vez disso, estão procurando outros meios para reduzir gastos, [tais] como fazer compras em lojas de desconto ou continuar a comprar marcas próprias.” Pesquisa Global sobre as Tendências de Consumo (Euromonitor International, 2013) Os consumidores dos mercados emergentes estão mais sensíveis aos preços e estão comprando de forma mais inteligente, devido à desaceleração econômica, e as empresas de bens de consumo não devem depender deles para crescer. Embora as vendas de produtos de luxo devam continuar crescendo, impulsionadas pelos mercados emergentes, esses consumidores ficaram mais sutis, já que exibicionismo virou sinônimo de “mau gosto”. Os consumidores também querem “luxo acessível” e estão comprando em pontas de estoque e brechós e adquirindo versões gourmet e premium de produtos do dia a dia, como café e xampu4. Os consumidores também querem mais do que produtos e serviços; querem uma experiência de entretenimento e exclusiva durante as compras e no processo de aquisição e estão dispostos a gastar um pouco mais por isso. Por exemplo, a Adidas anunciou seus planos de uma loja de varejo interativa e de alto conceito na China. As empresas também estão oferecendo oportunidades aos consumidores para personalizar e adaptar seus produtos, desde escolher a cor dos componentes e projetar eles mesmos os produtos, até usar crowdsourcing para determinar o próximo produto novo. Depois do sucesso de 2012, a Lay’s (uma das marcas da divisão Frito-Lay da PepsiCo) lançou mais uma vez seu concurso “Do Us a Flavor” (Faça-nos um sabor), em que os consumidores dos EUA podem escolher entre três formas de batata frita e enviar sua ideia de sabor através de um site especial, redes sociais ou SMS para concorrer a prêmios5. Com os consumidores esperando continuamente mais por menos e uma expectativa de crescimento mais lento dos gastos em 2014, começam a disputa por uma fatia nesta limitada carteira. As empresas de bens de consumo precisam ser mais inovadoras e ultrapassar os limites com novos produtos, serviços e experiências para atender o consumidor. Por isso, precisarão contratar pessoas inovadoras e implementar a cultura, a organização e a estrutura de incentivos que motivem a inovação e a agilidade. Saúde e bem-estar tornam-se predominantes e digitais Os consumidores não estão apenas mais conscientes e bem informados sobre a importância da saúde e do bem-estar, mas estão se alimentando melhor e adotando estilos de vida mais saudáveis. Estão mudando para alimentos e produtos de cuidados pessoais orgânicos, menos processados e mais saudáveis. Segundo a Pesquisa Global sobre o Consumo 2013 do Datamonitor6, 59% dos consumidores em todo o mundo consideram atraente a perspectiva de bebidas e alimentos formulados com o menor número de ingredientes possíveis e 55% estão tentando comer mais hortaliças. A Pesquisa Global sobre as Tendências de Consumo 2013 do Euromonitor International descobriu que a maioria dos consumidores está disposta a pagar mais por alimentos com benefícios de saúde específicos, como adição de nutrientes e baixo teor de gordura7. O mercado mundial de bebidas e alimentos funcionais deve chegar a US$ 130 bilhões até 20158. As empresas de bens de consumo e biociências estão tentando ativamente ganhar dinheiro com essa tendência. Por exemplo, os primeiros produtos de cápsulas de café a conter probióticos foram lançados este ano. “O café é ideal para a adição de probióticos porque as pessoas tomam café todo dia e não precisam mudar seus hábitos para acrescentar probióticos em sua dieta”, observa com Michael Bush, vice-presidente sênior da Ganeden, a empresa de biotecnologia que produz o probiótico9. Os consumidores também estão cuidando ativamente de sua saúde e seu bem-estar no mundo digital. Estão pesquisando informações on-line, acompanhando e rastreando seu estado de saúde e seu condicionamento físico usando dispositivos digitais e aplicativos no smartphone e comunicando-se com profissionais de saúde por e-mail. No momento da redação desta publicação, havia mais de 200 aplicativos de saúde e fitness no iTunes. A expectativa é que sejam vendidas 4 milhões de unidades de pulseiras inteligentes em todo o mundo em 2014, gerando mais de US$ 550 milhões de receita10. Saúde e bem-estar são prioridade na agenda dos executivos das empresas de bens de consumo. De acordo com o último relatório do Fórum de Bens de Consumo (CGF), as empresas definiram políticas e ativaram programas em suas resoluções de saúde e bem-estar: (1) acesso e disponibilidade de produtos e serviços, (2) informações sobre produtos e marketing responsável e (3) comunicação e educação sobre dietas e estilos de vida mais saudáveis11. No entanto, existem ainda inúmeras oportunidades para melhorar a saúde e o bem-estar dos consumidores. O desafio para as empresas de bens de consumo será determinar onde jogar, como ganhar e como causar impacto. As empresas deverão ter uma visão clara de saúde Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 9 e bem-estar e uma estratégia alinhada com suas capacidades e valores fundamentais, e deverão trabalhar com outras organizações, de varejistas a empresas de biociências, profissionais de saúde e organizações comunitárias. Mais consumidores querem comprar e agir de forma responsável Um estudo global recente identificou que mais de um terço dos consumidores globais, 2,5 bilhões de pessoas, são “consumidores sofisticados”, dos quais 78% são definidos por seu amor às compras, 92% por seu desejo de consumo responsável e 58% por sua confiança em que as marcas agem no melhor interesse da sociedade12. Dois terços dos consumidores on-line dizem que “tentam ter um impacto positivo sobre o meio ambiente com ações diárias e quase a metade está preocupada com as mudanças climáticas”, de acordo com uma pesquisa de consumo do Euromonitor. Os consumidores dos mercados emergentes também estão ficando mais conscientes sobre ser “verde”13. Basta olhar para o número de empresas de produtos de consumo no recém-lançado TOMS Marketplace (http://www.toms.com/marketplace) que fazem o consumidor sentir-se responsável sobre seu consumo. As empresas têm enormes oportunidades para fazer o bem e comunicarem o que estão fazendo. No entanto, esses esforços devem ser genuínos, uma vez que os consumidores podem reconhecer a falsidade e reagir. Também existe uma lacuna entre o que as empresas fazem e o que os consumidores percebem que estão fazendo. Portanto, as empresas devem comunicar seus esforços benéficos de modo que os consumidores entendam. As oportunidades de negócio de programas de sustentabilidade para empresas de bens de consumo foram confirmadas: maior crescimento da receita e valor da marca, risco reduzido e redução dos custos operacionais. Por exemplo, a capacidade de comunicar quantitativamente o desempenho de sustentabilidade por meio de mídias sociais e plataformas digitais a “consumidores sofisticados” 10 e outras partes interessadas, como investidores, pode levar ao aumento das vendas e do valor da marca, além da “licença social para operar”. A “licença social para operar” é de valor inestimável em mercados emergentes. O poder das mídias sociais está acelerando essa conexão direta entre empresas e consumidores “verdes”. Outro benefício para as empresas de bens de consumo é o risco reduzido pela “dissociação” do crescimento da receita da utilização de recursos (isto é, água, energia e materiais) em um mundo onde os preços das commodities estão aumentando e são voláteis, reduzindo assim os custos operacionais com menor uso desses recursos. A convergência dos consumidores e das partes interessadas para exigir “desempenho verde” e valor de negócio inerente à sustentabilidade cria uma perspectiva favorável para todos. Consumidores mais e melhor conectados são consumidores com mais poder Os consumidores hoje têm acesso a um público global e têm o poder de criar e distribuir sua própria mídia, comunicar uma mensagem positiva ou negativa sobre produto, serviço, experiência, pessoa ou empresa e reunir rapidamente uma comunidade. Eles são bastante engajados, lendo e escrevendo análises, e altamente influenciados pelo que seus pares dizem sobre o que as empresas estão anunciando. “Quem está no comando hoje, o verdadeiro concorrente no mercado, é o nosso consumidor. Ele está mais fortalecido do que nunca, e por isso estamos mudando para seu mundo de demanda.” Anindita Mukherjee, vice-presidente sênior e diretora de marketing da Frito-Lay Em 2014, mais consumidores estarão conectados por meio de dispositivos móveis. A porcentagem da população mundial on-line passou de 30% para 40% nos últimos dois anos, com penetração bem acima de 80% em quase todos os países da América do Norte e da Europa Ocidental14, 15 e 16. Em 2014, os consumidores gastarão US$ 1,055 trilhão em dispositivos como smartphones e tablets17 – esperase que mais de 1,2 bilhão de smartphones sejam vendidos em todo o mundo18. A Deloitte estima que dispositivos eletrônicos como óculos, pulseiras e relógios inteligentes gerem US$ 3 bilhões19. As assinaturas para dispositivos móveis devem superar a população mundial devido ao número de múltiplas assinaturas mantidas pelos consumidores – a penetração dos dispositivos móveis é de cerca de 90% na Ásia e 117% nos EUA; a América Latina também tem altos índices de penetração dos dispositivos móveis; e mais de 95% de todas as linhas telefônicas do continente africano estão em redes móveis20. Além disso, as receitas de comércio móvel estão crescendo em praticamente todos os mercados do mundo. “Em nenhum país em que a Forrester faz análises o comércio móvel está encolhendo como porcentagem da receita total do comércio eletrônico”21. Como resultado, mais e mais empresas de bens de consumo estão procurando ideias e tendências como em comunidades de compras coletivas, lançando seus produtos pelas mídias sociais para atingir uma gama mais ampla de consumidores mais rapidamente e receber feedback quase instantâneo, comercializando primeiro no mercado digital e alavancando o mercado móvel22 e 23. A Unilever vem colocando amostras de seus produtos para cabelo em remessas para clientes, com base nos produtos que que eles compram, para obter um maior retorno sobre o investimento do que com as amostras tradicionais e aleatórias24. A marca de cereais Special K da Kellogg’s está usando propaganda móvel para introduzir uma nova barra de cereais de 70 calorias e espera impulsionar as vendas com um “clique no mapa” para levar os consumidores aos varejistas. “Setenta e oito por cento dos usuários de smartphones provavelmente comprarão se receberem incentivos com base na sua localização”, diz Cezar Kolodziej, CEO e presidente da Iris Mobile, de Chicago25. Além disso, com a tecnologia de hoje, os consumidores se acostumaram a esperar a personalização da demanda de produtos, serviços e experiência para o “consumidor individualizado”. “Estamos caminhando para um mundo de marketing personalizado. Os dias de marketing de massa estão acabando, e os dias de apenas divulgar promoções para chamar a atenção dos consumidores também estão perto do fim”, explica Anindita Mukherjee, vice-presidente sênior e diretora de marketing da Frito-Lay26. Personalizado significa ter infraestrutura e talento para entender os dados disponíveis, coletá-los, extrair-lhes o significado e usar as ideias para identificar como alcançar o consumidor. No entanto, as empresas terão de usar esses dados com cuidado para não abalar a confiança dos consumidores, que não querem sentir que sua privacidade foi invadida. “Oitenta e dois por cento dos consumidores em todo o mundo acreditam que as empresas coletam muitas informações sobre eles27.” Envolver o consumidor constantemente conectado requer deixar de investir em marcas para investir em consumidores com experiências personalizadas e um modelo operacional ágil e sofisticado. As organizações precisam da experiência contínua de consumidor em todos os canais e devem antecipar sua cadeia de suprimento e processos de planejamento de demanda para proporcionar uma experiência ao consumidor consistente e de alta qualidade. Por último, as empresas de bens de consumo deverão refletir sobre o impacto potencialmente desafiador da tecnologia. Alguns exemplos são a inteligência artificial e a robótica, sensores onipresentes e a impressão em 3D, que permitirá a fabricação em qualquer região geográfica e capacitará indivíduos a inventar e produzir seus próprios produtos28. Elas precisam refletir sobre o que isso significa para os produtos e serviços que oferecem, como interagem com os consumidores e como suas organizações deverão se adaptar para lidar com esses desenvolvimentos. Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 11 Como atender o consumidor conectado em evolução Para atender os consumidores conectados em evolução, as empresas de bens de consumo deverão centrar-se no talento, na inovação e na confiança. Precisam de pessoas com sólidas aptidões analíticas e habilidade para elaborar ideias e tomar decisões melhores e adaptáveis, para acompanhar o ritmo acelerado da inovação tecnológica e digital29. Será preciso desenvolver programas, culturas e ambientes de trabalho atraentes, para retê-las e fazê-las crescer. A inovação também precisa ser abordada de forma diferente. As empresas precisarão de uma organização capaz de inovação rápida – algumas desmembraram e isolaram equipes apenas para focar na inovação. Também será preciso se acostumar a experimentar rápida e constantemente e a falhar muitas vezes para alcançar o sucesso. 12 “A quantidade de invenções úteis que você produz é diretamente proporcional ao número de experimentos que você pode executar por semana, por mês e por ano. Se você aumentar o número de experimentos, você também aumentará o número de falhas. Você tem que estar disposto a ser incompreendido por longos períodos de tempo.” Jeff Bezos Por fim, as empresas não podem considerar como certa a fidelidade do consumidor. Por exemplo, se não pensarem e investirem na salvaguarda dos dados, com uso responsável destes, correm o risco de perder clientes e receitas e destruir uma marca em que investiram tanto para construir. Com a globalização da mídia, as empresas correm hoje maior risco do que nunca de perder a confiança do consumidor. Tudo o que as empresas fazem – da sua marca à qualidade e à privacidade – deve garantir que seja mantida a confiança dos consumidores. Destaques das 250 maiores empresas Mais uma vez, a economia mundial mostrou sinais de enfraquecimento. Grande parte da Europa entrou em recessão em 2011, que continuou por todo o ano seguinte. No primeiro semestre de 2012, houve uma considerável turbulência financeira decorrente do suposto risco de fracasso da zona do euro que impactou todo o mundo. Na China, o crescimento desacelerou em 2012 com a queda da demanda europeia por bens importados. No Japão, o crescimento econômico foi fraco, apesar de uma recuperação inicialmente forte após o terremoto e o tsunami de março de 2011. Nos Estados Unidos, apesar de um pequeno vigor no início do ano seguinte, o crescimento limitado do emprego e o lento aumento da receita contiveram os gastos do consumidor. A renovada turbulência na economia global cobrou um preço alto nas perspectivas de crescimento. Em mercados maduros e economias dependentes das exportações, a taxa de crescimento global do setor foi muito mais moderada em 2012, em comparação a 2011 e 2010. O crescimento das vendas combinado, ajustado à moeda das 250 maiores empresas de bens de consumo do mundo, caiu para 5,1% em 2012, contra 7,0% em 2011 e 8,4% em 2010. Embora 195 das 250 maiores empresas tenham registrado aumento nas vendas em 2012, a desaceleração da taxa de crescimento foi generalizada: mais de 60% (154 empresas) mostraram crescimento mais lento em 2012, em comparação a 2011. A rentabilidade, por outro lado, cresceu – apesar do aumento dos preços das matérias-primas. Das 224 empresas que divulgaram seu lucro líquido final, apenas 19 tiveram prejuízo em 2012. A margem de lucro líquido combinado das empresas listadas foi de 8,2%, acima dos 6,5% de 2011 e quase alcançando os 8,5% de 2010, quando o setor começou a se recuperar. As margens de lucro líquido melhoraram para quase dois terços (142) das 224 empresas listadas em 2012. O giro do ativo permaneceu estável em 0,9, resultando em retorno combinado sobre ativos de 7,3% em 2012, contra 6,0% em 2011. As 250 maiores empresas de bens de consumo do mundo geraram vendas superiores a US$ 3,1 trilhões em 2012, resultando num porte médio de US$ 12,5 bilhões de receita por empresa. O nível mínimo de vendas para participar das 250 Maiores Empresas de Bens de Consumo foi de US$ 3 bilhões em 2012. Os 250 maiores de 2012 em números US$ 3,13 trilhões – vendas líquidas totais US$ 12,5 bilhões – vendas médias das empresas de bens de consumo entre as 250 maiores US$ 3 bilhões – vendas mínimas necessárias para entrar na lista 5,1% – crescimento combinado das vendas ano a ano 8,2% – margem de lucro líquido combinada 0,9 x – giro do ativo combinado 7,3% – retorno combinado sobre ativos 28,8% – concentração dos 10 maiores 5,7% – taxa anual composta de crescimento em vendas líquidas, 2007-2012 Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 13 Classificação de vendas Nome da empresa (2012) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 14 Samsung Apple Nestlé Panasonic Procter & Gamble País de origem Coreia do Sul Estados Unidos Suíça Japão Estados Unidos Setor de produto principal Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Produtos de higiene pessoal e para casa Sony Japão Produtos eletrônicos Unilever Holanda e Reino Unido Produtos de higiene pessoal e para casa PepsiCo Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco Coca-Cola Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco LG Electronics Coreia do Sul Produtos eletrônicos Anheuser-Busch InBev Bélgica Alimentos, bebidas e tabaco JBS Friboi Brasil Alimentos, bebidas e tabaco Nokia Finlândia Produtos eletrônicos Bridgestone Japão Pneus Mondelēz (antiga Kraft Foods) Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco Lenovo Hong Kong Produtos eletrônicos Tyson Foods Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco Mars Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco Philip Morris Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco L’Oréal França Produtos de higiene pessoal e para casa Michelin França Pneus Danone França Alimentos, bebidas e tabaco Haier Group Company China Decoração e ferramentas Japan Tobacco Japão Alimentos, bebidas e tabaco Nike Estados Unidos Roupas e acessórios British American Tobacco Reino Unido Alimentos, bebidas e tabaco Heineken Holanda Alimentos, bebidas e tabaco Kirin Holdings Japão Alimentos, bebidas e tabaco Suntory Holdings Japão Alimentos, bebidas e tabaco Imperial Tobacco Group Reino Unido Alimentos, bebidas e tabaco Henkel AG & Co. Alemanha Produtos de higiene pessoal e para casa Kimberly-Clark Estados Unidos Produtos de higiene pessoal e para casa Goodyear Estados Unidos Pneus Groupe Lactalis França Alimentos, bebidas e tabaco Adidas Alemanha Roupas e acessórios Kraft Foods Group Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco Whirlpool Estados Unidos Móveis e eletrodomésticos Fomento Económico México Alimentos, bebidas e tabaco Mexicano Cargill Meat Solutions Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco Diageo Reino Unido Alimentos, bebidas e tabaco General Mills Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco Altria Group Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco SABMiller Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco LIXIL Group (antiga JS Group) Japão Utensílios para casa e ferramentas Colgate-Palmolive Estados Unidos Produtos de higiene pessoal e para casa Kao Japão Produtos de higiene pessoal e para casa Electrolux Suécia Móveis e eletrodomésticos Gree Electric Appliances China Móveis e eletrodomésticos ConAgra Foods Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco ASUSTeK Computer Taiwan Produtos eletrônicos Reckitt Benckiser Group Reino Unido Produtos de higiene pessoal e para casa BRF - Brasil Foods Brasil Alimentos, bebidas e tabaco Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, 2012 (US$/milhões) (em %) Margem de lucro líquido, 2012 (em %) Vendas líquidas CAGR¹ 2007-2012 (em %) 178.982 156.508 98.372 88.367 84.167 21,9 44,6 10,2 -6,9 0,6 11,9 26,7 12,0 -10,6 13,5 15,3 44,8 n/a -4,2 0,2 68.864 66.007 3,0 10,5 1,5 9,6 -7,0 5,0 65.492 48.017 45.354 39.758 38.969 38.809 38.118 35.015 33.873 33.278 33.000 31.377 28.889 -1,5 3,2 -6,1 1,8 22,5 -21,9 0,5 -35,6 14,5 3,1 0,0 0,9 10,4 9,5 18,9 0,2 23,7 1,0 -12,6 5,9 8,7 1,9 1,7 n/a 29,2 12,8 10,7 10,7 -0,9 15,0 39,9 -10,0 -2,2 -1,2 15,7 4,3 8,4 ne 5,7 27.617 26.839 25.876 25.654 25.313 24.078 23.642 23.458 23.219 23.135 21.233 3,6 8,0 8,1 4,2 4,9 -1,4 7,4 7,0 2,7 -3,4 5,8 7,3 8,6 5,5 16,6 9,8 27,1 15,6 3,9 2,4 4,8 9,4 4,9 10,3 6,7 n/a 6,3 8,7 7,9 6,0 4,4 34,9 4,8 21.063 1,0 8,7 2,9 20.992 20.191 19.141 18.339 18.143 18.037 -7,8 4,7 11,7 -1,7 -2,8 17,4 1,1 n/a 3,5 9,0 2,3 11,8 1,3 10,3 7,6 n/a -1,3 10,0 18.000 17.940 17.774 17.500 17.458 17.380 n/a 6,2 6,7 5,3 4,5 11,2 n/a 22,7 10,6 23,9 20,1 1,5 n/a 7,2 5,4 -14,4 0,5 5,4 17.085 2,1 15,4 4,4 16.268 6,7 4,4 -0,3 16.257 15.757 15.491 15.215 15.165 8,3 19,4 16,8 16,8 0,9 2,4 7,4 5,1 5,0 19,2 1,0 21,2 5,9 -9,3 12,7 14.681 10,9 2,9 33,9 Classificação de vendas Nome da empresa (2012) País de origem Setor de produto principal Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 Acer Asahi Group Kellogg Ajinomoto Dr. August Oetker Uni-President Enterprises Meiji Holdings Royal FrieslandCampina Smithfield Foods Grupo Bimbo Svenska Cellulosa Taiwan Japão Estados Unidos Japão Alemanha Taiwan Japão Holanda Estados Unidos México Suécia 64 65 66 67 Bosch und Siemens Nippon Meat Packers Vion Maxingvest Alemanha Japão Holanda Alemanha 68 69 70 71 72 73 74 75 Nikon Marfrig Alimentos Dairy Farmers of America Yamazaki Baking Carlsberg H. J. Heinz Dean Foods Alticor Japão Brasil Estados Unidos Japão Dinamarca Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos 76 77 França Canadá 78 79 80 81 82 Pernod Ricard Research In Motion (Blackberry) TCL Arla Foods GD Midea Holding V.F. Corporation Avon Products China Dinamarca China Estados Unidos Estados Unidos 83 Stanley Black & Decker Estados Unidos 84 85 The Ferrero Group Estée Lauder Itália Estados Unidos 86 87 88 89 Hangzhou Wahaha Group Danish Crown Maruha Nichiro Holdings S.C. Johnson & Son China Dinamarca Japão Estados Unidos 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 Tingyi (Cayman Islands) Holding Leucadia Luxottica Group Coca-Cola Hellenic Bottling Company Sumitomo Rubber Industries The Swatch Group Reynolds American Sichuan Changhong Electric Hormel Foods Shiseido Company Coca-Cola Enterprises Pirelli & C. MillerCoors Estados Unidos Itália Estados Unidos Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Roupas e acessórios Produtos de higiene pessoal e para casa Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, 2012 (US$/milhões) (em %) Margem de lucro líquido, 2012 (em %) Vendas líquidas CAGR¹ 2007-2012 (em %) 14.565 14.505 14.197 14.187 14.072 13.850 13.631 13.258 13.221 13.181 12.623 -9,6 10,5 7,6 -2,1 9,3 9,8 1,6 7,1 1,0 29,5 5,0 -0,7 5,0 6,8 4,7 n/a 4,3 1,5 2,7 1,4 1,4 5,9 -1,5 3,6 3,8 -0,7 7,1 7,9 ne ne 3,1 19,1 -4,2 12.604 12.376 12.372 12.357 1,5 0,5 2,5 4,7 4,7 1,6 -8,4 6,4 2,1 -0,2 6,6 n/a 12.227 12.214 12.100 11.932 11.611 11.529 11.462 11.300 10,0 8,4 -6,9 2,0 5,7 -1,0 -12,2 3,7 4,2 -1,0 0,7 1,3 7,2 8,9 1,4 n/a 1,1 48,0 1,7 4,2 8,5 2,7 -0,6 9,7 11.093 11.073 4,4 -39,9 14,1 -5,8 5,4 13,0 11.018 10.905 10.799 10.766 10.546 14,3 15,0 -26,9 15,0 -5,1 1,8 3,0 6,1 10,0 -0,4 12,2 5,7 15,4 8,6 1,4 10.191 -1,8 8,7 17,8 10.188 10.182 8,0 4,8 1,2 10,1 6,3 5,2 10.090 9.862 9.798 9.600 -6,3 9,1 -0,8 2,1 12,7 3,1 0,5 n/a 19,8 4,9 -0,8 3,7 China Alimentos, bebidas e tabaco 9.212 17,1 6,5 23,4 Estados Unidos Itália Grécia Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco 9.194 9.113 9.060 540,8 13,9 2,8 9,4 7,7 2,7 51,4 7,4 1,7 Japão Suíça Estados Unidos China Estados Unidos Japão Pneus Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Pneus Alimentos, bebidas e tabaco 8.906 8.319 8.304 8.303 8.231 8.201 4,9 15,3 -2,8 0,6 4,3 -0,7 5,6 20,6 15,3 0,5 6,1 -1,9 4,6 6,7 -1,6 17,8 5,9 -1,3 8.062 7.808 7.761 -2,7 7,4 2,8 8,4 6,6 15,5 5,2 -1,4 ne Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 15 Classificação de vendas Nome da empresa (2012) Setor de produto principal Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Produtos de higiene pessoal e para casa 103 Masco Estados Unidos 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 Campbell Soup Company Nintendo Co. Grupo Modelo Savola Group Saputo Morinaga Milk Industry Yokohama Rubber McCain Foods Nippon Suisan Kaisha Lotte Japan Group Ralph Lauren Jarden Corporation Estados Unidos Japão México Arábia Saudita Canadá Japão Japão Canadá Japão Japão Estados Unidos Estados Unidos 125 126 127 Inner Mongolia Yili Industrial Group Hershey Tönnies Lebensmittel Mattel Essilor International Kewpie Corporation Red Bull Megmilk Snow Brand Co. Henan Shuanghui Investment & Development Hankook Tire Co. Perdue Farms Unicharm Corporation 128 129 Dr Pepper Snapple Group Newell Rubbermaid Estados Unidos Estados Unidos 130 131 132 133 J.M. Smucker Namco Bandai Holdings Arçelik Mohawk Industries Estados Unidos Japão Turquia Estados Unidos 134 135 ITC Limited TOTO Índia Japão 136 137 138 139 Groupe Terrena China Mengniu Dairy Nichirei Corporation Groupe Bigard França Hong Kong Japão França 140 Clorox Estados Unidos 141 142 143 144 145 146 147 148 149 Sodiaal Union PVH Nisshin Seifun Group Indofood Sukses Makmur Pioneer Ruchi Soya Industries Itoham Foods Coca-Cola Amatil Bongrain França Estados Unidos Japão Indonésia Japão Índia Japão Austrália França 150 Groupe SEB França 151 152 153 154 Rolex Barilla Holding Kohler Orkla Suíça Itália Estados Unidos Noruega 116 117 118 119 120 121 122 123 124 16 País de origem Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, 2012 (US$/milhões) (em %) Margem de lucro líquido, 2012 (em %) Vendas líquidas CAGR¹ 2007-2012 (em %) 7.745 3,7 -1,0 -8,0 7.707 7.689 7.560 7.306 7.292 7.153 7.019 6.972 6.859 6.836 6.763 6.696 -0,2 -1,9 8,9 8,7 5,3 2,2 0,3 10,5 5,4 8,2 1,3 0,2 9,9 1,1 19,0 6,6 6,6 0,9 5,9 n/a -1,2 1,7 10,8 3,6 -0,4 -17,6 6,4 21,3 7,6 0,1 0,3 1,8 1,2 5,9 7,7 7,5 China Alimentos, bebidas e tabaco 6.662 12,1 4,1 16,7 Estados Unidos Alemanha Estados Unidos França Japão Áustria Japão China Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco 6.644 6.430 6.421 6.416 6.373 6.340 6.328 6.299 9,3 8,7 2,5 19,1 3,8 15,9 2,7 5,6 9,9 n/a 12,1 12,6 2,9 n/a 1,9 7,7 6,1 10,8 1,5 11,4 1,5 9,9 ne 12,7 Coreia do Sul Estados Unidos Japão Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Móveis e eletrodomésticos Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Decoração e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco 6.256 6.000 5.999 8,3 25,0 15,7 n/a n/a 9,9 14,4 6,9 8,0 5.995 5.903 1,6 0,6 10,5 6,8 ne -1,6 5.898 5.896 5.868 5.788 6,7 7,3 25,1 2,6 9,2 6,7 5,2 4,3 18,5 1,1 9,8 -5,3 5.770 5.763 19,6 5,2 23,7 3,7 16,4 -1,0 5.759 5.724 5.689 5.659 2,6 -3,5 3,3 1,1 0,2 4,0 1,7 n/a 6,2 11,1 0,3 31,3 5.623 2,8 10,2 1,3 5.608 5.541 5.512 5.507 5.467 5.452 5.310 5.280 5.252 -1,4 2,4 3,1 10,4 3,5 -1,6 -1,9 6,2 2,6 0,0 7,2 3,2 9,5 -4,4 0,9 1,0 9,0 1,8 14,4 21,1 1,1 12,4 -10,2 20,7 -3,3 5,3 3,6 5.221 2,4 5,2 7,2 5.122 5.065 5.000 4.913 n/a 0,6 0,0 -52,7 n/a 1,5 n/a 5,3 n/a -1,5 -0,9 -14,5 Classificação de vendas Nome da empresa (2012) País de origem Setor de produto principal 155 156 157 158 159 160 161 162 163 Gruma Skyworth Digital Holdings Maple Leaf Foods Activision Blizzard Coca-Cola West La Coop Fédérée Ito Em Sapporo Holdings Coty México Hong Kong Canadá Estados Unidos Japão Canadá Japão Japão Estados Unidos 164 165 166 167 168 169 AGRIAL Toyo Tire & Rubber Lorillard Nissin Foods Holdings Levi Strauss & Co. Bacardi França Japão Estados Unidos Japão Estados Unidos Bermuda 170 Energizer Holdings Estados Unidos 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 Husqvarna Hanesbrands DMK Deutsches Milchkontor Yamaha Cheng Shin Rubber Wuliangye Yibin Arca Continental Dole Food Company Puma Lion Corporation Suécia Estados Unidos Alemanha Japão Taiwan China México Estados Unidos Alemanha Japão 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 Cooper Tire & Rubber Kweichow Moutai Vestel Elektronik Toyo Suisan Kaisha Tsingtao Brewery Hasbro Miele & Cie Herbalife World Co. The Lego Group McCormick & Company Swarovski Hillshire Brands Molson Coors Brewing Mead Johnson Nutrition Yakult Honsha Green Mountain Coffee Roasters Techtronic Industries Del Monte Electronic Arts Société L.D.C. The Nisshin OilliO Group The Jones Group Indesit Company JVCKENWOOD Ashley Furniture Industries Boparan Holdings (2 Sisters Food Group) Hisense Electric Agropur Cooperative Kikkoman Estados Unidos China Turquia Japão China Estados Unidos Alemanha Estados Unidos Japão Dinamarca Estados Unidos Áustria Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos Japão Estados Unidos Hong Kong Estados Unidos Estados Unidos França Japão Estados Unidos Itália Japão Estados Unidos Reino Unido Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Decoração e ferramentas Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Produtos de higiene pessoal e para casa Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Decoração e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Produtos de lazer Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Decoração e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Decoração e ferramentas Produtos eletrônicos Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco China Canadá Japão Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco 208 209 210 Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, 2012 (US$/milhões) (em %) Margem de lucro líquido, 2012 (em %) Vendas líquidas CAGR¹ 2007-2012 (em %) 4.896 4.877 4.868 4.856 4.848 4.846 4.819 4.763 4.649 11,6 34,4 -0,6 2,1 -3,3 9,6 9,4 11,2 0,8 2,6 4,2 2,5 23,7 1,6 1,1 2,8 1,4 4,3 12,4 22,1 -1,4 10,9 -1,1 8,2 4,2 4,2 5,8 4.640 4.640 4.636 4.632 4.610 4.576 32,9 15,4 4,1 0,6 -3,2 2,9 1,3 4,2 23,7 5,0 3,1 n/a 15,9 0,7 7,2 -0,1 1,1 0,2 4.567 -1,7 9,0 6,3 4.557 4.526 4.514 4.440 4.417 4.290 4.284 4.247 4.206 4.203 1,6 -2,4 -10,2 2,9 8,6 34,1 28,0 -41,2 8,7 2,3 3,3 3,6 0,5 1,2 12,3 38,0 9,4 -3,3 2,4 1,5 -1,5 0,2 ne -7,7 15,2 29,9 24,8 -9,3 6,6 -0,4 4.201 4.197 4.177 4.169 4.090 4.089 4.080 4.072 4.071 4.044 4.014 3.961 3.920 3.917 3.901 3.862 3.859 3.843 3.819 3.797 3.772 3.751 3.751 3.712 3.710 3.700 3.697 7,0 43,8 7,7 7,3 11,3 -4,6 3,8 17,9 2,0 25,0 8,6 7,3 -4,3 11,4 6,1 2,1 45,6 5,3 3,9 -8,4 5,4 -0,8 0,4 2,1 -4,5 5,4 13,4 6,0 53,0 -1,7 5,2 7,2 8,2 n/a 11,7 -0,2 24,0 10,2 n/a 6,4 11,2 15,7 6,1 9,4 5,2 2,4 2,6 2,1 0,7 -1,4 2,2 0,4 n/a 1,8 7,5 29,6 10,2 1,8 13,8 1,3 2,3 13,7 -1,2 23,9 6,6 3,7 -21,6 -8,7 ne 0,1 62,4 3,9 0,4 0,7 9,8 0,8 -0,2 -3,4 ne 1,5 41,7 3.683 3.639 3.632 6,7 5,1 6,0 6,5 1,1 3,7 12,8 8,3 -6,2 Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 17 Classificação de vendas Nome da empresa (2012) 211 212 213 Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, 2012 (US$/milhões) (em %) País de origem Setor de produto principal Coreia do Sul Japão Estados Unidos Pneus Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco 3.623 3.603 3.600 Vendas líquidas CAGR¹ 2007-2012 (em %) 3,2 4,0 n/a 10,7 -13,7 2,7 Estados Unidos Decoração e ferramentas 3.591 7,9 3,3 ne Turquia Alimentos, bebidas e tabaco 3.567 34,8 9,8 16,2 216 217 218 219 Kumho Tire Casio Computer E. & J. Gallo Winery Fortune Brands Home & Security Anadolu Efes Biracilik ve Malt Sanayii KT&G Ezaki Glico Controladora Mabe LG Household & Health Care Coreia do Sul Japão México Coreia do Sul 3.546 3.545 3.474 3.468 7,0 1,0 5,4 12,9 18,2 1,0 -0,4 8,0 5,5 1,0 -1,7 17,9 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 D.E Master Blenders China Yurun Food Group Bestseller Seiko Holdings Fresh Del Monte Produce Fromageries Bel Want Want China Holdings Prima Meat Packers The TINE Group Citizen Holdings Nippon Flour Mills HKScan Corporation Holanda Hong Kong Dinamarca Japão Estados Unidos França China Japão Noruega Japão Japão Finlândia 3.467 3.453 3.441 3.434 3.421 3.406 3.359 3.335 3.335 3.292 3.280 3.275 -4,1 -17,1 11,3 -4,4 -4,7 4,8 14,0 1,6 1,6 -2,8 0,7 2,2 7,3 -2,3 n/a 2,2 4,2 4,9 16,5 1,9 3,4 -3,3 2,5 0,6 ne 25,4 13,4 5,8 0,3 6,1 25,1 -0,4 4,5 -4,2 1,6 3,9 232 Natura Cosméticos Brasil 3.267 13,5 13,6 15,6 233 Spectrum Brands Holdings Estados Unidos 3.252 2,1 1,5 10,3 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 JELD-WEN Perfetti Van Melle Westfleisch Emmi Onward Holdings Schwan Food ASICS Total Produce Thai Beverage Mary Kay Estados Unidos Itália Alemanha Suíça Japão Estados Unidos Japão Irlanda Tailândia Estados Unidos 3.200 3.200 3.183 3.181 3.162 3.150 3.148 3.128 3.108 3.100 0,0 5,0 12,2 9,6 6,6 5,0 5,0 6,4 35,5 6,9 n/a n/a 0,2 4,2 1,8 n/a 5,5 1,2 29,7 n/a 0,3 6,3 8,0 3,6 -2,1 -0,9 2,8 2,5 13,9 5,3 244 245 246 247 Rich Products Vizio Chiquita Brands Amorepacific Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos Coreia do Sul 3.100 3.100 3.078 3.054 2,6 29,2 -1,9 12,2 n/a n/a -13,2 10,1 3,2 12,9 -8,0 15,9 248 249 250 Rinnai Flowers Foods NBTY Japão Estados Unidos Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Produtos de higiene pessoal e para casa Decoração e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Roupas e acessórios Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco 3.047 3.046 3.000 2,1 9,8 1,4 8,0 4,5 4,9 0,2 8,4 8,3 214 215 4,0 -1,3 5,9 Margem de lucro líquido, 2012 (em %) ¹ Taxa de crescimento composto anual n/d = não disponível ne = não existente (criada por fusão ou alienação) e = estimativa * Não é possível determinar se as vendas divulgadas pela empresa excluem impostos específicos O impacto das taxas de câmbio no ranking Os 250 Poderosos dos Bens de Consumo foram classificados de acordo com suas vendas líquidas no ano fiscal de 2012 em dólares americanos. Embora mudanças no ranking como um todo de um ano para outro sejam normalmente provocadas por aumentos ou diminuições nas vendas das empresas, as flutuações nas taxas de câmbio também podem resultar em alterações no ranking. Por exemplo, uma moeda mais forte em relação ao dólar em 2012 significa que as empresas que divulgam seus dados nessa moeda podem ter uma classificação em 2012 mais alta do que em 2011, mantendo todo o resto igual. Da mesma forma, empresas que elaboram seus relatórios numa moeda mais fraca podem ter uma classificação inferior. Em 2012, o dólar americano se fortaleceu em relação à maioria das moedas, especialmente o real (Brasil), a rúpia (Índia) e o rand (África do Sul). No entanto, foi o dólar mais forte em relação ao euro que causou o maior impacto no ranking de 2012 devido ao número de empresas que divulgam seus relatórios em euros. Por outro lado, o renminbi da China continuou a se valorizar em relação ao dólar em 2012. As moedas das Filipinas e da Nova Zelândia e, em menor escala, de Hong Kong e da Austrália, também subiram. 18 Coca-Cola entra e LG retorna às dez maiores Embora o crescimento combinado das vendas das 250 maiores tenha desacelerado em 2012, não foi o caso para as dez maiores empresas de bens de consumo do mundo. As vendas combinadas das dez maiores cresceram duas vezes mais rápido do que as 250 maiores em 2012 - 10,9%, contra 5,1%. Como resultado, o quadro dos líderes representou uma fatia maior das vendas totais das 250 maiores em 2012 do que em 2011: 28,8% contra 27,1%. Dito isto, apenas quatro das dez maiores empresas contribuíram para o forte resultado de faturamento do grupo: Samsung, Apple, Nestlé e Unilever. Embora a rentabilidade tenha melhorado para Coca-Cola e LG, em comparação com 2011, os dez maiores também foram mais fortes no resultado final, superando os 250 maiores em mais de dois pontos percentuais (10,9% contra. 8,2%). A maioria das dez maiores também seguiu o forte desempenho deste grupo no resultado final. Das dez maiores empresas de bens de consumo do mundo em 2012, cinco são fabricantes de produtos eletrônicos. Samsung e Apple foram as duas primeiras. A Nestlé, maior processadora de alimentos do mundo, foi para o terceiro lugar em 2012, à frente da Panasonic. O crescimento de dois dígitos impulsionou a Unilever para o sétimo lugar, à frente da PepsiCo, dado que os negócios da fabricante de refrigerantes carbonatados passaram por uma queda significativa nas vendas nos mercados desenvolvidos. A Mondeléz International (ex-Kraft) ficou fora da disputa das dez maiores em 2012, após a a cisão em outubro da divisão norte-americana de alimentos em uma empresa independente, conhecida como Kraft Foods Group. A Coca-Cola entrou como uma das dez maiores pela primeira vez, embora distanciada da sua rival PepsiCo no 8º lugar por uma margem considerável. Um grande declínio nas vendas de telefones móveis e dispositivos inteligentes levou a Nokia do décimo lugar em 2011 para o 13º em 2012 e abriu a porta para a sul-coreana LG Electronics voltar para as dez maiores, após uma ausência de dois anos, apesar de anos consecutivos de declínio das vendas. Ranking das 10 maiores Classificação de Nome da vendas (2012) empresa País de origem Setor de produto principal Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Produtos de higiene pessoal e para casa Produtos eletrônicos Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos 1 2 3 4 Samsung Apple Nestlé¹ Panasonic Coreia do Sul Estados Unidos Suíça Japão 5 Procter & Gamble Estados Unidos 6 Sony 7 Unilever Japão Holanda e Reino Unido Estados Unidos Estados Unidos Coreia do Sul 8 PepsiCo 9 Coca-Cola 10 LG Electronics 10 maiores 250 maiores Concentração econômica das 10 maiores Vendas líquidas, 2012 (US$ milhões) 178.982 156.508 98.372 88.367 Crescimento de vendas líquidas, 2012 (em %)* 21,9 44,6 10,2 -6,9 Margem de lucro líquido (em %)** 11,9 26,0 7,0 12,0 Vendas líquidas CAGR, 2007-2012* *** 15,3 44,8 n/a -4,2 84.167 0,6 -10,6 0,2 68.864 3,0 13,5 -7,0 66.007 10,5 1,5 5,0 65.492 48.017 45.354 900.130 3.129.025 28.76% -1,5 3,2 -6,1 10,9 5,1 9,6 9,5 18,9 10,9 8,2 10,7 10,7 -0,9 8,2 5,7 * Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda ** Margens de lucro ponderadas pelas vendas *** Taxa de crescimento composto anual ¹ As vendas da Nestlé entre 2010-2012 refletem uma mudança contábil. Números de vendas comparáveis para anos anteriores a 2010 não estão disponíveis. Fonte: dados publicados pelas empresas Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 19 Análise geográfica dos Poderosos dos Bens de Consumo As empresas são atribuídas a uma região com base na localização da sua matriz, o que pode não coincidir com o local de onde obtêm a maioria de suas vendas. Embora as vendas de muitas empresas sejam provenientes de fora de sua região, todas as vendas de cada empresa são contabilizadas nessa região. Cinco regiões são usadas para análise: África e Oriente Médio, Ásia-Pacífico, Europa, América Latina e América do Norte. apenas 4% em 2012. No entanto, as empresas norte-americanas continuaram a desfrutar de sólida rentabilidade. Tanto no faturamento quanto no resultado final, as empresas americanas superaram seus pares canadenses na região. Pelo segundo ano consecutivo, as empresas europeias geraram um crescimento abaixo da média, em comparação com as 250 maiores. A taxa de crescimento combinado de 4% da região é semelhante à da América do Norte, também com resultados inferiores aos de outras regiões do mundo. As empresas de bens de consumo sediadas nas três grandes economias da Europa saíram-se um pouco melhor, mas o crescimento ainda ficou abaixo dos níveis de 2011. No resultado final, no entanto, a Europa superou o os 250 maiores. A margem de lucro líquido combinado de 9% da região perdeu apenas para o resultado do setor na América do Norte. O fraco desempenho da Europa e da América do Norte reduz o crescimento da China O crescimento das vendas desacelerou acentuadamente para as empresas norte-americanas de bens de consumo. Após consecutivos aumentos de dois dígitos em 2010 e 2011, o crescimento combinado das 250 maiores da região caiu para Desempenho por região/país* (em%) 20,1 16,9 16,8 15,1 14,7 13,7 12,6 12,3 10,7 10,410,6 9,2 9,0 8,2 8,2 5,1 8,2 7,3 7,3 5,7 5,1 5,1 7,0 6,7 5,6 6,6 4,2 6,7 6,2 5,4 6,0 6,0 5,8 5,8 4,0 1,7 8,9 8,1 5,2 4,5 4,6 10,8 10,6 10,6 4,8 4,5 4,9 4,8 4,0 1,4 1,2 -2,0 250 África/ maiores Oriente Médio Ásia/ Pacífico Japão Ásia/Pacífico China/ Outros1 Hong Kong Europa França Alemanha Reino Unido2 América Latina América do Norte EUA * Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda ** Margens de lucro ponderadas pelas vendas *** Taxa de crescimento composto anual ¹ Exclui Japão; inclui China/Hong Kong ² Inclui a Unilever, uma empresa listada duas vezes consistindo da Unilever PLC, sediada em Londres, e a Unilever NV, sediada em Rotterdam, na Holanda. As empresas operam como um negócio único Fonte: análise da Deloitte de dados publicados pelas empresas 20 Crescimento de vendas líquidas, 2012* Margem de lucro líquido, 2012** Retorno sobre ativos, 2012** Vendas líquidas CAGR 2007-2012* *** Em 2012, embora as empresas francesas não tenham conseguido repetir o forte crescimento dos dois anos anteriores, ainda assim ultrapassaram seus pares alemães e britânicos. As empresas do Reino Unido, as maiores do mundo em média – e duas vezes o tamanho das empresas francesas e alemãs entre as 250 maiores – foram as mais rentáveis. Enquanto as vendas cresceram modestos 4,8% em 2012, a margem de lucro líquido combinado de 14,7% do Reino Unido superou até mesmo o resultado de 12,6% dos EUA. A afluência crescente em toda a Ásia garantirá que os mercados de bens de consumo na região continuem a crescer. Enquanto o crescimento das vendas diminuiu para as 250 maiores empresas de bens de consumo em 2012, a região Ásia-Pacífico foi exceção. Para a região como um todo, as vendas combinadas cresceram 5,6% (contra 1,8% em 2011). No entanto, deve-se notar que as empresas dessa região – especialmente do Japão – foram seriamente impactadas pelo grande terremoto no leste do Japão em março de 2011, portanto era de se esperar uma recuperação em 2012. As empresas Perfil por região e país, 2012 Grupo, país ou região As 250 maiores África/Oriente Médio Ásia/Pacífico Japão Ásia/Pacífico (Outros) Nº de empresas 250 Tamanho médio (US$/milhões) 12.516 Parcela entre Parcela de as 250 maiores vendas entre as empresas (%) 250 maiores (%) 100 100 4 5.229 1,6 0,7 88 12.196 35,2 34,3 53 10.950 21,2 18,5 15,8 35 14.081 14,0 China/Hong Kong 19 9.232 7,6 5,6 Europa 62 13.264 24,8 26,3 França 14 11.455 5,6 5,1 Alemanha 10 10.182 4,0 3,3 5,4 Reino Unido 7 23.926 2,8 América Latina 11 11.376 4,4 4,0 América do Norte 85 12.793 34,0 34,8 80 13.154 32,0 33,6 EUA Fonte: dados publicados pelas empresas japonesas, cujas vendas combinadas caíram 3,7% em 2011, informaram um crescimento de 1,7% em 2012 – ainda emperrando o resultado global da região. O crescimento global das vendas da região também foi refreado pela desaceleração nas vendas das empresas chinesas, cujo crescimento combinado caiu para 7,3% em 2012, cerca de um terço do ritmo de crescimento de 23% em 2011. A rentabilidade também melhorou para as empresas da região Ásia-Pacífico em 2012. A margem de lucro líquido combinado de 4,5%, embora ainda dois pontos percentuais abaixo da média das 250 maiores como um todo, reflete uma grande melhora sobre o resultado do ano anterior de 1,7%, dado que as empresas japonesas voltaram a apresentar rentabilidade em 2012. Empresas de toda a região também participaram desse processo de melhora. A América Latina foi a única região além da Ásia-Pacífico a mostrar aceleração do crescimento das vendas em 2012, já que a tendência de crescimento de dois dígitos continuou. As vendas combinadas das 11 empresas entre as 250 maiores dessa região aumentaram 16,8%. No entanto, a rentabilidade não manteve o ritmo. Apesar da margem de lucro líquido da região ter aumentado ligeiramente, alcançando 4,5%, ela se manteve abaixo da médiadas 250 maiores como um todo. Em 2012, a região da África e Oriente Médio registrou uma taxa de crescimento de 16,9% do setor em vendas. O resultado deve ser interpretado com cautela, no entanto, dado que apenas quatro empresas compõem os resultados da região. Enquanto as quatro empresas da região relataram um aumento acima da média em vendas, a taxa de crescimento da região como um todo foi distorcida para cima por um aumento de 35% apresentado pela Anadolu Efes. Em março de 2012, a empresa turca adquiriu as cervejarias da SABMiller na Rússia e na Ucrânia. Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 21 Maiores empresas de bens de consumo por região Em 2012, as dez maiores empresas de bens de consumo da Europa permaneceram as mesmas do ano anterior, mas com pequenas alterações na ordem. Enquanto a Nestlé e a Unilever se mantiveram tranquilas no primeiro e segundo lugares, respectivamente, a Anheuser-Busch InBev ultrapassou a Nokia na terceira colocação da lista. Da mesma forma, a L’Oréal superou a Michelin como quinta colocada do ranking na região, e a Heineken superou o Grupo Imperial Tobacco, passando para a nona colocação. A Danone (7ª) e a British American Tobacco (8ª) mantiveram suas posições anteriores, completando a lista das dez melhores da região. A fabricante de pneus Bridgestone continuou como quinta colocada do ranking da região Ásia-Pacífico em 2012. No entanto, a parte inferior da lista dos dez maiores teve alterações. Juntamente com a Lenovo, o grupo chinês Haier passou à frente da Japan Tobacco. Os bens de consumo já não representam a maioria das vendas da Sharp Corporation. Portanto, esta empresa, que ficou na sétima posição em 2011, não foi incluída entre as 250 maiores, dando espaço para outra empresa entrar na lista das dez maiores da região. A cervejaria japonesa Kirin Holdings Company entrou na lista das dez maiores em 2012. Ficou em nono lugar, à frente da fabricante de bebidas alcoólicas e não-alcoólicas Suntory Holdings, que permaneceu no 10º lugar. A Apple, a segunda maior empresa de bens de consumo do mundo, continua sendo a líder indiscutível na América do Norte, depois de desbancar a P&G em 2011 após anos de hipercrescimento. A maior mudança entre as dez maiores da região envolveu a cisão da divisão norte-americana de alimentos (agora conhecida como Kraft Foods Group) pela Mondeléz International (exKraft). Em consequência, a Mondeléz caiu para o quarto lugar, ultrapassada pela Coca-Cola Company. Enquanto isso, a Tyson Foods, a segunda maior processadora de aves e carne bovina do mundo, ficou à frente da Mars, a maior fabricante de confeitos e gomas de mascar do mundo. A Philip Morris International (8ª) e a Nike (9ª) mantiveram suas posições, enquanto a Kimberly-Clark substituiu a Goodyear na décima colocação. Europa As empresas de eletrônicos ocupam os quatro primeiros lugares no ranking das 10 maiores da região Ásia-Pacífico (ranking na pág. 24) e são responsáveis por metade das empresas da lista. A Samsung está tranquila na primeira colocação, com duas vezes o tamanho da Panasonic, a segunda do ranking. A Sony (3ª), a LG (4ª) e a Lenovo (6ª) são as outras fabricantes de eletrônicos entre as dez maiores empresas de bens de consumo da região. O Grupo Lenovo continuou a subir no ranking das 250 maiores nos últimos quatro anos, do 57º lugar geral em 2008 para o 16º lugar em 2012. Com a aquisição pendente (até o fechamento deste relatório) da Motorola Mobility da Google e da linha de servidores x86 da IBM, a empresa está no caminho para continuar subindo. 22 Classificação Classificação entre as 250 na região maiores 1 3 2 7 3 4 5 6 7 11 13 20 21 22 8 26 9 27 10 30 Empresa País de origem Nestlé Suíça Holanda e Unilever Reino Unido Anheuser-Busch InBev Bélgica Nokia Finlândia L'Oréal França Michelin França Danone França British American Reino Unido Tobacco Heineken Holanda Imperial Tobacco Reino Unido Group Vendas líquidas em 2012 (US$/milhões) Crescimento de vendas líquidas em 2012 (%) 98.372 10,2 66.007 10,5 39.758 38.809 28.889 27.617 26.839 1,8 -21,9 10,4 3,6 8,0 24.078 -1,4 23.642 7,4 23.135 -3,4 América do Norte Classificação Classificação entre as 250 na região maiores 1 2 3 4 5 2 5 8 9 15 6 7 8 9 10 17 18 19 25 32 Empresa Apple Procter & Gamble PepsiCo Coca-Cola Mondelēz (antiga Kraft Foods) Tyson Foods Mars Philip Morris Nike Kimberly-Clark País de origem Vendas líquidas em 2012 (US$/milhões) Crescimento de vendas líquidas em 2012 (%) EUA EUA EUA EUA EUA 156.508 84.167 65.492 48.017 35.015 44,6 0,6 -1,5 3,2 -35,6 EUA EUA EUA EUA EUA 33.278 33.000 31.377 25.313 21.063 3,1 0,0 0,9 4,9 1,0 Em 2011 e 2012, a América Latina foi representada por 11 empresas no ranking, acima das seis de 2006, quando foi publicado o primeiro relatório dos Poderosos dos Bens de Consumo. Com duas exceções –a décima colocada Mabe (fabricante mexicana de eletrodomésticos) e a Natura Cosméticos (fabricante brasileira de cosméticos e produtos de cuidados da pele) – são empresas de alimentos ou bebidas. Apesar do crescimento de vendas de dois dígitos, a Natura caiu para o 11º lugar em 2012 – em decorrência da desvalorização do real. A brasileira JBS foi a maior empresa de bens de consumo da região – e a maior produtora de carne bovina do mundo – desde 2008, após a aquisição da americana Swift Foods em 2007. Como resultado, a JBS ultrapassou a FEMSA, que continua sendo a segunda maior empresa de bens de consumo da região. A BRF – Brasil Foods ocupa o terceiro lugar desde seu surgimento em decorrência da fusão, por US$ 3,8 bilhões, da sua antiga empresa, Perdigão, com a rival Sadia em 2009. Um agressivo crescimento orgânico e a integração de novas operações impulsionaram o Grupo Bimbo, gigante mexicano da panificação, ao quarto lugar em 2012, à frente da Marfrig Alimentos, processadora de carne bovina e aves. Em outra mudança no ranking das dez maiores, a fabricante mexicana de tortilhas Gruma passou à frente da Bacardi no sétimo lugar. A África-Oriente Médio continua sendo a menor região em termos de número de empresas entre as 250 maiores e seu tamanho médio. Em 2012, a região foi representada por quatro empresas, uma a mais do que em 2011. A Anadolu Efes entrou novamente no ranking após a aquisição das cervejarias russas e ucranianas da SABMiller. O grupo alimentício Savola, da Arábia Saudita, é a maior empresa de bens de consumo da região. A Arcelik, fabricante turco de eletrodomésticos, e a Vestel, empresa turca de eletrônicos, completam a lista. Ásia/Pacífico Classificação Classificação entre as 250 na região maiores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 4 6 10 14 16 23 24 28 29 Empresa País de origem Samsung Panasonic Sony LG Electronics Bridgestone Lenovo Haier Group Japan Tobacco Kirin Holdings Suntory Holdings Coreia do Sul Japão Japão Coreia do Sul Japão Hong Kong China Japão Japão Japão Empresa País de origem Vendas líquidas em 2012 (US$/milhões) 178.982 88.367 68.864 45.354 38.118 33.873 25.876 25.654 23.458 23.219 Crescimento de vendas líquidas em 2012 (%) 21,9 -6,9 3,0 -6,1 0,5 14,5 8,1 4,2 7,0 2,7 América Latina Classificação Classificação entre as 250 na região maiores 1 12 2 38 3 4 5 6 7 8 9 10 52 62 69 106 155 169 177 218 JBS Friboi Fomento Económico Mexicano (FEMSA) BRF - Brasil Foods Grupo Bimbo Marfrig Alimentos Grupo Modelo Gruma Bacardi Arca Continental Controladora Mabe Brasil Vendas líquidas em 2012 (US$/milhões) 38.969 Crescimento de vendas líquidas em 2012 (%) 22,5 México 18.037 17,4 Brasil México Brasil México México Bermuda México México 14.681 13.181 12.214 7.560 4.896 4.576 4.284 3.474 10,9 29,5 8,4 8,9 11,6 2,9 28,0 5,4 e África/Oriente Médio Classificação Classificação entre as 250 na região maiores 1 2 3 4 107 132 183 215 Empresa País de origem Savola Group Arçelik Vestel Elektronik Anadolu Arábia Saudita Turquia Turquia Turquia Vendas líquidas em 2012 (US$/milhões) 7.306 5.868 4.177 3.567* Crescimento de vendas líquidas em 2012 (%) 8,7 25,1 7,7 34,8 e = estimativa * Reflete as vendas no atacado Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 23 de aumentos de dois dígitos. No entanto, Nike, Ralph Lauren e PVH viram o crescimento das vendas diminuir para índices de um dígito baixos a médios em 2012 comparado com o crescimento de dois dígitos de 2011. Lévi-Strauss, Hanesbrands, Citizen Holdings e Seiko Holdings informaram queda nas vendas em 2012. Análise setorial dos poderosos dos bens de consumo Para fins analíticos, as empresas do ranking foram organizadas em oito principais setores de produtos: ••Roupas e acessórios ••Produtos eletrônicos ••Alimentos, bebidas e tabaco ••Móveis e eletrodomésticos ••Utensílios para casa e ferramentas ••Produtos de lazer ••Produtos de higiene pessoal e para casa ••Pneus Produtos eletrônicos se recuperam após um 2011 ruim Fabricantes de moda, expoentes no setor de bens de consumo, não conseguiram manter o ritmo em 2012. O crescimento combinado das vendas desse setor diminuiu 7,3%. Embora ainda forte em comparação com a maioria dos outros setores, o ritmo de crescimento é cerca de metade do que era em 2011. Os resultados individuais por empresa se misturaram, com alguns líderes do setor continuando a desfrutar Produtos de higiene pessoal e uso doméstico viram o aumento da concorrência e a diminuição das vendas acontecerem nos mercados ocidentais. Em consequência, foi um dos setores de produtos de crescimento mais lento nos últimos anos. Como grupo, essas empresas mantiveram uma taxa moderada de crescimento combinado de 4,4% em 2012 – embora ainda abaixo da média em comparação com o o ranking como um todo. No entanto, foi uma melhora modesta em relação ao resultado do setor de 2011 – apenas um dos três setores de produtos que experimentaram um aumento no crescimento das vendas em 2012. O setor também se manteve como o mais rentável, desfrutando de uma margem de lucro líquido combinado de 10%. Desempenho por setor de produto, 2012 (em %) 9,6 8,2 7,3 5,1 7,3 7,3 5,7 7,8 6,2 8,4 7,4 7,2 7,0 6,8 10,0 9,4 9,1 6,9 6,7 6,5 5,5 5,6 4,6 3,8 2,8 4,4 4,4 4,4 3,5 3,4 3,2 2,4 1,8 1,0 -2,5 250 maiores Roupas e acessórios Produtos eletrônicos Alimentos, bebida e tabaco Móveis e Utensílios para eletrodomésticos casa e ferramentas Produtos de lazer Produtos de higiene e para a casa Pneus 2,6 * Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda ** Margens de lucro ponderadas pelas vendas *** Taxa de crescimento composto anual Fonte: análise da Deloitte de dados publicados pelas empresas 24 Crescimento de vendas líquidas, 2012* Margem de lucro líquido, 2012** Retorno sobre ativos, 2012** Vendas líquidas CAGR 2007-2012* *** O crescimento das vendas desacelerou para 3,8% em 2012 (8,6% no ano anterior) para os fabricantes do setor de alimentação, bebidas e tabaco. O crescimento global do setor foi impactado negativamente pelo fraco faturamento das empresas de tabaco. Apesar da desaceleração das vendas, o grupo permaneceu altamente rentável, com uma margem de lucro líquido combinado de 9,1%. Os resultados do setor como um todo variam consideravelmente por subsetor. Após um ano de 2011 sombrio para os fabricantes de produtos eletrônicos, 2012 viu o setor ganhar alguma força. Uma recuperação moderada entre as empresas japonesas após o terremoto e o tsunami de 2011, juntamente com o desejo crescente dos consumidores por dispositivos conectados, fez com que as receitas subissem para quase 10%. Os lucros seguiram o exemplo: a margem de lucro líquido combinado do setor quase triplicou, de 2,6% no ano anterior para 7,2% em 2012. O grupo de bebidas continuou a ter melhor desempenho no faturamento em relação a seus pares em alimentação e tabaco. Apesar de menor que os 10,9% registrado em 2011, as vendas avançaram sólidos 6,6% para os fabricantes de bebidas alcoólicas e não alcoólicas em 2012. A rentabilidade manteve-se robusta – os fabricantes de bebidas geraram uma margem de lucro líquido combinado de 14%. Performance por setor de produtos, 2012 (em %) Por outro lado, as vendas despencaram nos subsetores de alimentação e tabaco. Os processadores de alimentos, que tiveram crescimento de 8,3% em 2011, informaram um crescimento combinado das vendas de apenas 3,1% em 2012. No entanto, o subsetor de alimentos registrou uma tímida melhora no desempenho de seu resultado final; a margem de lucro líquido combinado subiu para 5,2% (contra 4,8% em 2011). As empresas de tabaco deram duro para obter aumento das vendas de 1,6% em 2012, enquanto a venda de cigarros continuou a cair nos mercados desenvolvidos. Enquanto se prepara para tirar proveito do mercado de cigarro eletrônico, o setor continua sendo altamente rentável. Em 2012, o grupo obteve uma margem de lucro líquido combinado de 20,6%. Crescimento de Margem de vendas líquidas*, lucro líquida**, 2012 2012 250 maiores Roupas e acessórios Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Utensílios para casa e ferramentas Produtos de lazer Produtos de higiene pessoal e para casa Pneus Retorno sobre Vendas líquidas os ativos**, CAGR* ***, 2012 2007-2012 5,1 7,3 9,6 3,8 2,8 4,4 2,4 8,2 7,3 7,2 9,1 4,6 3,4 9,4 7,3 7,8 7,0 7,4 6,7 3,2 6,5 5,7 6,2 6,8 6,9 4,4 1,0 -2,5 4,4 10,0 8,4 3,5 1,8 5,5 5,6 2,6 Fonte: dados publicados pelas empresas * Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda ** Composto ponderado pelas vendas *** Taxa de crescimento composta anual Perfil por setor de produtos, 2012 Número de empresas 250 maiores Roupas e acessórios Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Utensílios para casa e ferramentas Produtos de lazer Produtos de higiene pessoal e para casa Pneus Tamanho médio (US$/milhões) Parcela entre as 250 maiores (%) Parcela de vendas entre as 250 maiores (%) 250 20 20 141 13 10 8 12.516 6.905 35.589 10.711 9.887 6.706 5.154 100 8,0 8,0 56,4 5,2 4,0 3,2 100 4,4 22,7 48,3 4,1 2,1 1,3 27 14.758 10,8 12.7 11 12.145 4,4 4.3 Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 25 Alimentos, bebidas e tabaco: desempenho por subsetor, 2012 Número de empresas Bebidas Processamento de alimentos Tabaco Alimentos, bebidas e tabaco 32 100 9 141 Tamanho médio (US$/milhões) Crescimento de vendas líquidas*, 2012 11.505 9.981 16.000 10.711 6,6 3,1 1,6 3,8 Margem de lucro líquida**, 2012 (% 14,0 5,2 20,6 9,1 Retorno sobre os ativos**, Vendas líquidas CAGR***, 2012 (%) 2007-2012 (%) 7,9 5,6 12,4 7,4 8,2 6,8 4,0 6,9 Fonte: Análise da Deloitte, consolidada a partir de dados publicados pelas empresas * Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda ** Composto ponderado pelas vendas *** Taxa de crescimento composta anual A forte recuperação nas vendas, registrada pelos fabricantes de móveis e eletrodomésticos de 2009 a 2011, chegou ao fim em 2012, quando as vendas cresceram apenas 2,8%. Embora a rentabilidade tenha se mantido bastante modesta, como é típico para esse grupo, sua margem de lucro líquido combinado de 4,6% foi uma melhora sobre o resultado do setor em 2011. O crescimento das vendas caiu outra vez para as empresas de utensílios domésticos e ferramentas entre as 250 maiores em 2012. Depois de um ritmo alto pós-recessão de 12,3% em 2010, o crescimento caiu para 6,8% em 2011 e 4,4% em 2012. Embora o resultado final do setor tenha melhorado, continuou sendo o setor menos rentável, com uma margem de lucro líquido combinado de 3,4% em 2012. 26 Para os produtos de lazer, depois de um declínio em vendas em 2011, o crescimento combinado das vendas do grupo foi 2,4%, representando uma melhora em relação ao ano anterior. A Nintendo contribuiu para essa reversão: a queda nas vendas que atormenta a empresa, em dificuldades desde 2009, continuou, mas num ritmo muito mais lento. O Grupo Lego foi a única empresa do setor a desfrutar de crescimento de dois dígitos. Já o setor de pneus, que se recuperou fortemente em 2010 e 2011, ficou sem fôlego em 2012. Depois de anos consecutivos de crescimento de vendas de dois dígitos, as vendas subiram apenas 1,8%. No entanto, todas as onze empresas de pneus do ranking foram rentáveis. As maiores empresas por setor de produto A Samsung manteve-se como a primeira empresa de produtos eletrônicos de consumo e, de fato, a maior empresa de bens de consumo do mundo em 2012. No entanto, a Apple, segunda colocada, continuou a ganhar do líder com um aumento de 45% nas vendas. Panasonic e Sony, que caíram para terceiro e quarto lugares no ranking das dez maiores do setor em 2011 enquanto a Apple continuou a subir no ranking, mantiveram suas posições em 2012. Embora tanto a LG quanto a Nokia tenham divulgado queda de vendas em 2012, a LG ultrapassou a Nokia e subiu para o quinto lugar. A Sharp Corporation foi retirada do ranking em 2012, dado que já que a maioria de suas vendas não é derivada dos bens de consumo. Em consequência, a Lenovo subiu para a sétima colocação. Um forte crescimento impulsionou a ASUSTeK de Taiwan, mais conhecida como Asus, para as dez maiores dos eletrônicos de consumo pela primeira vez na oitava colocação. Na Research In Motion (conhecida como Blackberry), as vendas continuaram a cair, tirando a empresa da lista das 10 maiores do setor em 2012. Apesar da queda de quase 10% nas vendas, a Acer, rival da Asus, passou para o nono lugar abrindo espaço no final da lista para a Nikon, outra recém-chegada no ranking das dez maiores. As fabricantes de roupas e calçados esportivos Nike e Adidas continuam a liderar as dez maiores no segmento de moda. A maior mudança em 2012 no quadro dos líderes do setor foi a retirada da empresa de produtos de luxo Richemont da lista de empresas de bens de consumo da lista das 250 maiores empresas de bens de consumo. Para fins deste relatório, a expansão da área de varejo da Richemont significa que a empresa já não é majoritariamente atacadista de bens de consumo. Em consequência, a VF Corporation tornou-se a terceira empresa do setor no ranking. A PVH subiu uma posição, alcançando o oitavo lugar, e continuará a subir no ranking após a aquisição da Warnaco Group em fevereiro de 2013. As tradicionais empresas de roupas Ralph Lauren e Lévi-Strauss, as fabricantes de óculos Luxottica e Essilor International e os grupos relojoeiros Swatch e Rolex também estão representados entre as dez maiores do setor. As dez maiores empresas de roupas e acessórios, 2012 Classificação Classificação no setor do entre as 250 Nome da empresa País produto maiores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 25 35 81 92 95 114 120 142 151 168 Nike Adidas V.F. Corporation Luxottica Group Swatch Ralph Lauren Essilor International PVH Rolex Levi Strauss & Co. Estados Unidos Alemanha Estados Unidos Itália Suíça Estados Unidos França Estados Unidos Suíça Estados Unidos Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, (US$/milhões) 2012 (%) 25.313 4,9 19.141 11,7 10.766 15,0 9.113 13,9 8.319 15,3 6.763 1,3 6.416 19,1 5.541 2,4 n/a 5.122 e 4.610 -3,2 As dez maiores empresas de produtos eletrônicos, 2012 Classificação Classificação no setor do entre as 250 Nome da empresa País produto maiores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 4 6 10 13 16 50 53 68 Samsung Apple Panasonic Sony LG Electronics Nokia Lenovo ASUSTeK Acer Nikon Coreia do Sul Estados Unidos Japão Japão Coreia do Sul Finlândia Hong Kong Taiwan Taiwan Japão Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, (US$/milhões) 2012 (%) 178.982 21,9 156.508 44,6 88.367 -6,9 68.864 3,0 45.354 -6,1 38.809 -21,9 33.873 14,5 15.215 16,8 14.565 -9,6 12.227 10,0 As dez maiores empresas de alimentos, bebidas e tabaco, 2012 Suíça Estados Unidos Estados Unidos Bélgica Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, (US$/milhões) 2012 (%) 98.372 10,2 65.492 -1,5 48.017 3,2 39.758 1,8 Brasil 38.969 22,5 Estados Unidos 35.015 -35,6 Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos França 33.278 33.000 31.377 26.839 3,1 0,0 0,9 8,0 Classificação Classificação no setor do entre as 250 Nome da empresa País produto maiores 1 2 3 4 3 8 9 11 5 12 6 15 7 8 9 10 17 18 19 22 Nestlé PepsiCo Coca-Cola Anheuser-Busch InBev JBS Friboi Mondelēz (antiga Kraft Foods) Tyson Foods Mars Philip Morris Danone Fonte: dados publicados pelas empresas Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 27 Embora a Nestlé tenha mantido a liderança entre as empresas de alimentos, bebidas e tabaco, duas grandes mudanças impactaram as dez maiores do setor em 2012. A cisão do que é hoje a Kraft Foods Group pela ex-Kraft Foods, (agora Mondeléz International) fez a Mondeléz cair do terceiro para o sexto lugar no setor, enquanto o Kraft Foods Group, como empresa independente, ficou na 36ª posição no ranking. A outra mudança significativa envolve o Grupo Japan Tobacco, que ficou fora do da lista das dez maiores em consequência de uma mudança contábil. A adoção voluntária das normas internacionais de contabilidade IFRS pela empresa teve um impacto significativo nas suas vendas líquidas dado que o valor dos produtos envolvidos em operações de agentes é deduzido da receita. A saída da JT da lista das dez maiores deixou a porta aberta para a Danone passar para o décimo lugar. Outra alteração ocorreu na classificação do setor: a Tyson Foods ultrapassou a Mars e ficou em sétimo lugar. As dez líderes no setor de móveis e eletrodomésticos são fabricantes de aparelhos domésticos. Embora a composição desse grupo não mude desde 2009, as empresas continuam a brigar por posições. Haier, Whirlpool e Electrolux mantiveram-se nos três primeiros lugares. No entanto, duas empresas chinesas, Gree e GD Midea, trocaram de lugar na lista no quarto e sexto lugares, respectivamente, após o declínio acentuado nas vendas de 2012 da GD Midea. O fraco desempenho da empresa foi atribuído à decisão de reposicionar sua imagem como marca de preço médio para alto, bem como sua dependência do mercado chinês para a maioria das suas vendas. A turca Arçelik, com anos consecutivos de crescimento de vendas acima de 20%, superou o Groupe SEB da França e passou para a sétima colocação. As dez maiores empresas de utensílios domésticos e ferramentas formaram um grupo estável em 2012. Enquanto o Grupo LIXIL do Japão encabeça a lista, o ranking das dez maiores é dominado por empresas americanas. A única mudança na ordem de classificação se deve a efeitos cambiais do período: a Mohawk passou à frente da Toto apenas pelo iene fraco, em um ranking expresso em dólar. 28 As dez maiores empresas de móveis e eletrodomésticos, 2012 China Estados Unidos Suécia Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, (US$/milhões) 2012 (%) 25.876 8,1 18.143 -2,8 16.257 8,3 China 15.757 19,4 Alemanha China Turquia França Alemanha Itália 12.604 10.799 5.868 5.221 4.080 3.712 1,5 -26,9 25,1 2,4 3,8 2,1 Classificação Classificação no setor do entre as 250 Nome da empresa País produto maiores 1 2 3 23 37 47 4 48 5 6 7 8 9 10 64 80 132 150 187 204 Haier Group Whirlpool Electrolux Gree Electric Appliances Bosch und Siemens GD Midea Holding Arçelik Groupe SEB Miele & Cie Indesit Company As dez maiores empresas de utensílios para casa e ferramentas, 2012 Japão Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, (US$/milhões) 2012 (%) 17.380 11,2 Estados Unidos 10.191 -1,8 Estados Unidos Estados Unidos Japão Estados Unidos Suécia Hong Kong Estados Unidos 7.745 5.788 5.763 5.000 4.557 3.843 3.591 3,7 2,6 5,2 0,0 1,6 5,3 7,9 Estados Unidos 3.200 0,0 Classificação Classificação no setor do entre as 250 Nome da empresa País produto maiores 1 44 2 83 3 4 5 6 7 8 9 103 133 135 153 171 198 214 10 234 LIXIL Group (antigo JS Group) Stanley Black & Decker Masco Mohawk Industries TOTO Kohler Husqvarna Techtronic Industries Fortune Brands Home & Security JELD-WEN As oito maiores empresas de produtos de lazer, 2012 Japão Estados Unidos Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, (US$/milhões) 2012 (%) 7.689 -1,9 6.421 2,5 Japão 5.896 7,3 Estados Unidos Japão Estados Unidos Dinamarca Estados Unidos 4.856 4.440 4.089 4.044 3.797 2,1 2,9 -4,6 25,0 -8,4 Classificação Classificação no setor do entre as 250 Nome da empresa País produto maiores 1 2 105 119 3 131 4 5 6 7 8 158 174 186 190 200 Nintendo Mattel Namco Bandai Holdings Activision Blizzard Yamaha Hasbro The Lego Group Electronic Arts Fonte: dados publicados pelas empresas Há oito empresas do setor de produtos de lazer no ranking em 2012, em comparação a dez no ano anterior. A Nintendo continuou no primeiro lugar, apesar de mais um ano de declínio das vendas. No entanto, sua liderança em relação à segunda classificada Mattel diminuiu rapidamente. O rápido crescimento do Grupo Lego o levou à frente da fabricante de videogame Electronic Arts, dado que esta continua a evoluir seus negócios para vender mais produtos aos consumidores pela internet. A queda nas vendas deixou a japonesa Konami Corporation pequena demais para continuar entre as 250 maiores em 2012. Finalmente, a Hallmark Cards foi retirada do ranking em consonância com nossa decisão de excluir editoras de livros, revistas e agora cartões de felicitações. As dez maiores empresas de produtos de higiene e para a casa, 2012 Classificação Classificação no setor do entre as 250 Nome da empresa País produto maiores 1 5 The Procter & Gamble Company 2 7 Unilever 3 4 5 6 7 8 9 10 20 31 32 45 46 51 63 67 L’Oréal Henkel Kimberly-Clark Colgate-Palmolive Kao Corporation Reckitt Benckiser Svenska Cellulosa Maxingvest Estados Unidos Holanda e Reino Unido França Alemanha Estados Unidos Estados Unidos Japão Reino Unido Suécia Alemanha Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, (US$/milhões) 2012 (%) 84.167 0,6 66.007 10,5 28.889 21.233 21.063 17.085 16.268 15.165 12.623 12.357 10,4 5,8 1,0 2,1 6,7 0,9 5,0 4,7 As dez maiores empresas de pneus, 2012 A P&G continua sendo a líder do setor de produtos de higiene pessoal e de uso doméstico. O ranking das dez maiores desse grupo é dominado por empresas americanas e europeias – a Kao Corporation, do Japão, é a única exceção. A lista de 2012 permaneceu igual à de 2011. A única mudança foi a ordem das duas últimas empresas na lista, uma vez que a sueca SCA passou à frente da alemã Maxingvest. O setor de pneus é representado por onze empresas. Além das dez maiores temos também a Kumho Tire Co., da Coreia do Sul. A Bridgestone continua a liderar o bloco, seguida da Michelin e da Goodyear. As outras empresas de pneus são consideravelmente menores do que as três grandes. Em 2012, a Yokohama retomou seu lugar no ranking na frente da Hankook. Em 2011, a ordem foi invertida porque a Yokohama havia mudado a sua data de fechamento do ano fiscal, e seus resultados refletiram apenas um período de nove meses. Também em 2012, a Toyo & Rubber do Japão ultrapassou a taiwanesa Cheng Shin Rubber. Japão França Estados Unidos Japão Itália Japão Coreia do Sul Japão Taiwan Crescimento Vendas de vendas líquidas, 2012 líquidas, (US$/milhões) 2012 (%) 38.118 0,5 27.617 3,6 20.992 -7,8 8.906 4,9 7.808 7,4 7.019 0,3% 6.256 8,3 4.640 15,4 4.417 8,6 Estados Unidos 4.201 Classificação Classificação no setor do entre as 250 Nome da empresa País produto maiores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 14 21 33 94 101 110 125 165 175 10 181 Bridgestone Michelin Goodyear Sumitomo. Pirelli Yokohama Hankook Toyo Tire Cheng Shin Rubber Cooper Tire & Rubber 7,0 Fonte: dados publicados pelas empresas Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 29 Os recém-chegados aos 250 maiores Quinze empresas entraram para o ranking em 2012 e seis empresas voltaram. A Schwan Food Company, a Vizio e a Flowers Foods voltaram após ausência de um ano. A Anadolu Efes retorna em grande estilo, após a aquisição das cervejarias da SABMiller na Rússia e na Ucrânia. O forte crescimento orgânico impeliu a Thai Beverage de volta ao ranking após uma ausência de três anos. Tirando a interrupção entre 2010 e 2011, anos consecutivos de sólido crescimento das vendas também colocaram a Mary Kay, uma das maiores em venda direta de produtos de beleza, de volta aos Poderosos em 2012. Nove empresas entraram para a lista das 250 maiores pela primeira vez em 2012: ••O Kraft Foods Group, o recém-chegado mais bem classificado, resultante da cisão da Mondeléz International, em outubro de 2012 ••A Maruha Nichiro, uma das maiores produtoras de frutos do mar do Japão ••A Leucadia National Corporation, holding diversificada com investimentos em uma gama de negócios, após a aquisição do controle acionário da National Beef Packing Company, classificada em 111º lugar em 2011 ••A Orkla, empresa norueguesa agora centrada em bens de consumo de marca, após o desmembramento de seus negócios de soluções de alumínio em uma joint venture separada ••A Kweichow Moutai Co., que fabrica a Moutai, a aguardente nacional da China ••A Green Mountain Coffee Roasters, líder no negócio de cafés especiais e cafeteiras na América do Norte ••A Want Want China Holdings, empresa chinesa conhecida por suas bolachas de arroz, laticínios, bebidas e lanches ••O AmorePacific Group, empresa sul-coreana especializada na fabricação e comercialização de cosméticos, produtos de higiene pessoal e produtos de saúde ••A NBTY, fornecedora americana de vitaminas, minerais, ervas, bebidas esportivas e outros suplementos nutricionais 30 Os recém-chegados ao ranking Classificação entre os 250 Nome da empresa maiores País de origem 36 Kraft Foods Estados Unidos 88 Maruha Nichiro Holdings Japão 91 Leucadia Estados Unidos 154 Orkla Noruega 182 Kweichow Moutai China 197 Green Mountain Coffee Roasters Estados Unidos 215 Anadolu Turquia 226 Want Want China Holdings China 239 Schwan Food Estados Unidos 242 Thai Beverage Tailândia 243 Mary Kay Estados Unidos 245 Vizio Estados Unidos 247 Amorepacific Coreia do Sul 249 Flowers Foods Estados Unidos 250 NBTY Estados Unidos Formato dominante Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para a casa Produtos eletrônicos Produtos de higiene pessoal e para a casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Fonte: dados publicados pelas empresas Crescimento de vendas líquidas, 2012 (%) -1,7 -0,8 540,8 -52,7 43,8 45,6 34,8 14,0 5,0 35,5 6,9 29,2 12,2 9,8 1,4 Os 50 mais rápidos A lista dos 50 Mais Rápidos se baseia no crescimento de vendas anual combinado durante um período de cinco anos. As empresas que também estavam entre os 50 fabricantes de bens de consumo que cresceram mais rápido no último relatório compõem um grupo de elite ainda mais restrito. Essas empresas estão identificadas na lista em itálico negrito. Entre 2007 e 2012, as vendas líquidas combinadas aumentaram a uma taxa anual combinada de 22,1% para os 50 Mais Rápidos – quase quatro vezes o ritmo do ranking como um todo. Embora a maioria dessas empresas tenha mantido um crescimento agressivo em 2012, o crescimento ano a ano arrefeceu um pouco, atingindo 17,8% e alinhado com a desaceleração em crescimento de vendas como um todo experimentada pelos 250 maiores. Encabeçam a lista duas recém-chegadas ao Top 250. Os negócios da Green Mountain Coffee Roasters foram impulsionados principalmente pelo crescimento e adoção, nos últimos anos, do sistema de cafeteiras de cápsula individual Keurig. Resta saber se a empresa conseguirá manter sua participação de mercado, dado que as patentes de proteção do K-cup expiraram em setembro de 2012. A aquisição da National Beef Packing Company fez a Leucadia National Corporation transformar-se em empresa de bens de consumo e a colocou em segundo lugar entre as 50 Mais Rápidas em 2012. Embora as aquisições tenham servido como o principal impulsionador de crescimento para muitas das 50 empresas de crescimento mais rápido ao longo dos anos, não houve nenhum campeão de vendas em 2012. Treze das 50 empresas de bens de consumo que cresceram mais rápido fizeram uma aquisição significativa no ano fiscal de 2012 (em que o valor do negócio foi acima de US$ 100 milhões e a empresa adquiriu o controle acionário). Entretanto, apenas três acordos foram avaliados em US$ 1 bilhão ou mais: ••Anadolu Efes – aquisição das cervejarias russas e ucranianas da SABMiller ••AmBev, subsidiária da Anheuser-Busch InBev – aquisição de 52% de participação na Cerveceria Nacional Dominicana (CND), fabricante de bebidas alcoólicas e não alcoólicas na República Dominicana ••Reckitt Benckiser Group – aquisição da Schiff Nutrition International, empresa de suplementos nutricionais e vitamínicos Os 50 varejistas que crescem mais rápido (2007-2012) Ranking de Classificação Empresa crescimento nos 250 maiores Vendas líquidas 2007-2012, CAGR¹ 1 197 Green Mountain Coffee Roasters Estados Unidos 2 91 Leucadia Estados Unidos 51,4 3 69 Marfrig Alimentos Brasil 48,0 Apple United States 44,8 Boparan Holdings (2 Sisters Food) Reino Unido 41,7 39,9 4 2 5 207 6 12 JBS Friboi Brasil 62,4 7 30 Imperial Tobacco Group Reino Unido 34,9 8 52 BRF - Brasil Foods Brasil 33,9 9 139 Groupe Bigard França 31,3 10 176 Wuliangye Yibin China 29,9 11 182 Kweichow Moutai China 29,6 12 221 China Yurun Food Group Hong Kong 25,4 13 226 Want Want China Holdings China 25,1 14 177 Arca Continental México 24,8 15 190 Lego Dinamarca 23,9 16 90 Tingyi (Cayman Islands) Holding China 23,4 17 156 Skyworth Digital Holdings Hong Kong 22,1 18 107 Savola Group Arábia Saudita 21,3 19 48 Gree Electric Appliances China 21,2 20 142 PVH Estados Unidos 21,1 21 146 Ruchi Soya Industries Índia 20,7 22 86 Hangzhou Wahaha Group China 19,8 23 62 Grupo Bimbo México 24 130 J.M. Smucker Estados Unidos 25 219 LG Household & Health Care Coreia do Sul 17,9 26 83 Stanley Black & Decker Estados Unidos 17,8 27 97 Sichuan Changhong Electric China 17,8 28 116 Inner Mongolia Yili Industrial Group China 16,7 29 134 ITC Índia 16,4 30 215 Anadolu Efes Turquia 16,2 31 164 AGRIAL França 15,9 32 247 Amorepacific Coreia do Sul 15,9 33 16 Lenovo Hong Kong 15,7 34 232 Natura Cosméticos Brasil 15,6 35 80 GD Midea Holdin China 15,4 36 1 Samsung Electronics Coreia do Sul 15,3 37 175 Cheng Shin Rubber Taiwan 15,2 38 11 Anheuser-Busch InBev Bélgica 15,0 39 141 Sodiaal Union França 14,4 40 125 Hankook Tire Coreia do Sul 14,4 41 242 Thai Beverage Tailândia 13,9 42 185 Tsingtao Brewery China 13,8 43 188 Herbalife Estados Unidos 13,7 44 222 Bestseller Dinamarca 13,4 45 77 Research In Motion (Blackberry) Canadá 13,0 46 245 Vizio Estados Unidos 12,9 47 208 Hisense Electric China 12,8 China 12,7 Reino Unido 12,7 48 124 49 51 50 144 Fastest 50** *** Fabricantes de bens de consumo sediadas em mercados emergentes foram responsáveis por quase dois terços dos 50 Mais Rápidos em 2012 (32 empresas). Isso incluiu, entre outras, 15 das 23 empresas do ranking sediadas na China ou em Hong Kong, as quatro empresas brasileiras e quatro das sete da Coreia do Sul. País As 250 maiores** *** Henan Shuanghui Investment & Development Reckitt Benckiser Group Indofood Sukses Makmur Indonésia 19,1 18,5% 12,4 22,1 5,7 Empresas em negrito e itálico também estavam entre as 50 empresas de produtos de consumo com maior crescimento em 2011 *Não foi possível determinar se as vendas divulgadas pela empresa incluem impostos **Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda ***Margens de lucro ponderadas pelas vendas ¹Taxa de crescimento composto anual e = estimativa Fonte: Dados publicados pela empresa Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 31 Fusões e aquisições continuam a repercutir no setor de bens de consumo Atividade e tendências de M&A Apesar da natureza frágil da recuperação econômica e da sua suscetibilidade aos choques econômicos, os investidores bem capitalizados continuaram a procurar oportunidades de fusões, aquisições e joint ventures que reforcem suas posições estratégicas, bem como respaldem suas metas de crescimento e proporcionem relevantes sinergias com redução de custo. Dados da mergermarket.com, uma ferramenta independente de informações sobre Fusões e Aquisições (M&A, na sigla em inglês) apontam que a atividade global de fusões e aquisições por empresas de bens de consumo atingiu seu nível mais baixo em 2009 após a grande recessão, com 958 transações. Desde então, o número de negócios só aumentou: em 2012 foram 1.298 transações, mais do que as 1.274 de 2011 e as 1.117 de 2010. Para 2013, 1.182 transações haviam sido notificadas até 22 de fevereiro de 2014. No entanto, a tendência é que haja um descompasso entre as transações concluídas e os níveis reais de atividade de M&A. Quanto mais negócios forem formalmente notificados e os dados históricos continuarem a ser atualizados, a linha de evolução deverá tender para cima, principalmente nos últimos trimestres de 2013. Ao contrário do volume de transações, os valores das transações estão tendendo para baixo desde 2009 – apesar de, em 2013, o valor médio ter começado a subir. Em 2012, foram divulgados os valores de 616 transações, ou quase metade dos acordos concluídos. Com essas operações chegando a um valor total de quase US$ 143 bilhões, o valor médio foi de US$ 232 milhões, abaixo dos US$ 379 milhões de 2009. Com base em resultados preliminares para 2013, o valor médio das transações divulgadas aumentou substancialmente, atingindo US$ 345 milhões. Outra maneira de avaliar a atividade de M&A do setor é verificar o número e o valor médio dos grandes negócios. Considerando apenas as transações concluídas com valores de pelo menos US$ 100 milhões, as tendências são as mesmas. O número desses negócios despencou em 2009, quando houve apenas 123 transações significativas, mas em seguida voltou a subir. No entanto, o valor médio desses negócios maiores atingiu o pico em 2009 e foi então declinando até 2012. Em 2013, voltaram a subir. Atividade de fusões e aquisições pelas empresas de bens de consumo, 2001-2013* Número de Número total acordos com de acordos valor revelado 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 1182 1298 1274 1117 958 1248 1350 1304 1114 931 700 565 539 547 616 676 570 476 697 840 823 694 518 443 384 413 Valor total dos acordos (com cifras reveladas, em US$/milhões) R$188.579 R$142.947 R$163.799 R$168.850 R$180.447 R$253.662 R$245.179 R$136.476 R$204.326 R$95.194 R$139.661 R$76.618 R$123.774 Valor médio dos acordos com cifras reveladas (em US$/milhões) R$345 R$232 R$242 R$296 R$379 R$364 R$292 R$166 R$294 R$184 R$315 R$200 R$300 Número de acordos com valor não revelado 635 682 598 547 482 551 510 481 420 413 257 181 126 Número de acordos com valor superior a US$ 100 milhões 188 200 217 178 123 210 260 202 195 146 115 123 128 Valor total dos acordos de cifra superior a US$ 100 mi 177.607 130.206 149.735 155.845 170.461 238.542 228.096 118.498 190.424 85.020 129.793 68.129 114.298 Os resultados refletem acordos completados durante o ano-calendário pelas empresas de bens de consumo; empresas adquiridas podem ser de variados setores *Resultados para 2013 são preliminares e podem sofrer revisão posterior Fonte: mergermarket.com; acessado em 22 de fevereiro de 2014 32 Valor médio dos acordos superiores a US$ 100 mi 945 651 690 876 1.386 1.136 877 587 977 582 1.129 554 893 Atividade de Fusões & Aquisições pelas empresas de bens de consumo, Q1 2008 - Q4 2013 110 400 100 350 90 300 80 250 70 60 200 50 150 40 30 100 20 50 10 0 Q1 2013 Q1 2013 Q1 2013 Q1 2013 Q1 2012 Q1 2012 Q1 2012 Q1 2012 Q1 2011 Q1 2011 Q1 2011 Q1 2011 Q1 2010 Q1 2010 Q1 2010 Q1 2010 Q1 2009 Q1 2009 Q1 2009 Q1 2009 Q1 2008 Q1 2008 Q1 2008 Q1 2008 0 Número de acordos com cifras reveladas Número de acordos com cifras não reveladas Valor total dos acordos com cifras reveladas (em US$/ bilhões) Os resultados refletem acordos completados durante o ano-calendário pelas empresas de bens de consumo; empresas adquiridas podem ser de variados setores *Resultados para 2013 são preliminares e podem sofrer revisão posterior Fonte: mergermarket.com; acesso em 22 de fevereiro de 2014 Os impulsionadores no setor de bens de consumo permanecem fortes A tendência ascendente do volume de negócios nos últimos anos pode parecer surpreendente, dado o ritmo lento da economia global. Isto pode se dever, pelo menos em parte, às oportunidades de comprar ativos a preços de liquidação, o que também ajuda a explicar o declínio dos valores de negócios em 2012. No entanto, a busca por economias de escala e maior participação no mercado – seja de modo geográfico, por categoria de produto ou por segmento de consumidor – continuou a impulsionar a atividade no setor de bens de consumo. A atividade de negócios também foi estimulada pelo aumento do crédito, baixas taxas de juros, mercados de capitais revitalizados e, em alguns casos, consideráveis reservas monetárias das empresas. Além disso, os fundos de participação têm demonstrado um interesse renovado nos bens de consumo. Numa das maiores aquisições no ramo de alimentos, a H. J. Heinz foi comprada em junho de 2013 pela Berkshire Hathaway e pela empresa brasileira de investimentos 3G Capital em uma transação de US$ 28 bilhões. A 3G e a Berkshire têm participação igual na Heinz. A análise dos negócios concluídos por empresas de bens de consumo nos últimos dois anos indica que elas visam três objetivos principais: ••Consolidar sua posição nos mercados existentes ••Ter acesso a novos mercados geográficos ••Estabelecer uma plataforma de crescimento estratégico Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 33 Consolidar sua posição nos mercados existentes Fusões e aquisições têm ajudado as grandes empresas no setor de bens de consumo, em um esforço para atingir mais clientes e obter maior eficiência. Embora muitos setores – incluindo tabaco, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, produtos de luxo e processamento de carnes e aves – já tenham experimentado uma consolidação significativa, a atividade de M&A para obter mais economia de escala e sinergias operacionais continua sendo alta prioridade em muitas empresas – principalmente porque consumidores preocupados com os custos permanecem cautelosos e centrados nos valores. Alguns exemplos recentes de aquisições baseadas em escala: ••Em julho de 2012, a sueca SCA, empresa global de produtos de higiene e florestais, adquiriu a divisão europeia de lenços de papel da Georgia-Pacific, consolidando sua posição na Europa e oferecendo sinergias consideráveis de custo. ••A AB InBev adquiriu os 50% restantes do Grupo Modelo no México que ainda não possuía em junho de 2013. A empresa resultante vai liderar o setor global de cerveja. ••A JBS, processadora brasileira de carnes, comprou a Seara Alimentos, outra empresa brasileira do ramo, em outubro de 2013. A transação, feita após uma série de aquisições anteriores de processadoras de carnes e aves nos Estados Unidos, bem como a fusão com o Grupo Bertin no Brasil, permite à JBS reforçar a sua posição como uma das maiores empresas de carnes processadas, não só no Brasil, mas em todo o mundo. ••A aquisição, em dezembro de 2013, das marcas de refrigerante Lucozade e Ribena da GlaxoSmithKline pela Suntory reforçará sua posição no mercado europeu de bebidas. À medida que as empresas de bens de consumo continuam a consolidar suas atividades e investimentos em torno de categorias essenciais e grandes marcas, remodelando de maneira proativa suas carteiras de produtos, elas estão cortando e se desfazendo de operações não rentáveis ou não essenciais. Este outro lado da tendência de consolidação também impulsionou a atividade de fusões e aquisições para níveis mais 34 elevados nos últimos anos, dado que outras empresas, incluindo empresas de fundos de participação, estão arrematando essas marcas e empresas órfãs. Os fundos de participação têm desempenhado um papel importante com inúmeras marcas e negócios não essenciais relegados pelas grandes empresas. A Campbell Soup Company vendeu sua divisão europeia de refeições simples à CVC Capital Partners em outubro de 2013, num esforço para remodelar sua carteira e concentrar-se apenas em suas marcas mais fortes em mercados em crescimento. A Apax Partners adquiriu da Nike a marca de moda americana Cole Haan em fevereiro de 2013. A transação está em consonância com a estratégia da empresa de se concentrar em marcas que complementem a marca Nike. Ter acesso a novos mercados geográficos Embora o crescimento econômico de mercados em desenvolvimento como China, Brasil e Índia tenha desacelerado, seus níveis de crescimento absoluto permanecem atraentes em relação ao crescimento econômico lento dos mercados mais maduros. Em consequência, as empresas de bens de consumo continuam a buscar aquisições e joint ventures para estabelecer ou expandir o acesso a essas regiões de crescimento mais elevado. Ganhar presença em mercados novos e emergentes está levando a uma maior consolidação no mercado global de bebidas. Veja abaixo algumas das inúmeras transações realizadas nos últimos dois anos: ••A aquisição da United Spirits pela Diageo em abril de 2013 lhe proporciona grande presença no mercado indiano de destilados em rápido crescimento. A empresa também adquiriu a marca de cachaça Ypióca no Brasil. Em consonância com sua estratégia de aumentar a presença nas economias de crescimento mais rápido do mundo, a Diageo também adquiriu o controle ou participação minoritária em empresas de bebidas alcoólicas no Brasil, na África do Sul, na Etiópia, no Vietnã e na China, nos últimos dois anos. ••A aquisição da Asia Pacific Breweries pela Heineken em janeiro de 2013 consolidou sua posição anterior de joint venture no mercado asiático. ••A AB Inbev concordou em adquirir da KKR a sulcoreana Oriental Brewery, que reforçará a posição da cervejaria belga na região Ásia-Pacífico. ••Em dezembro de 2013, a Carlsberg adquiriu uma participação adicional na Chongqing Brewery para assumir o controle de seu investimento estratégico no florescente mercado cervejeiro da China. ••A Molson Coors adquiriu em junho de 2012, da CVC Capital Partners, a StarBev, empresa checa de cervejarias presente em toda a Europa Oriental e Central, expandindo sua carteira global na Europa Central. Também houve aumento de atividade entre fabricantes de produtos de higiene pessoal ao decidirem explorar o poder aquisitivo cada vez maior nos mercados emergentes. ••A SCA está particularmente ativa em todo o mundo. Em 2012, a empresa comprou a Everbeauty Corp., empresa de produtos de higiene sediada em Taiwan, para ter acesso ao crescente mercado asiático, e a Papeles Industriales, empresa de produtos de higiene do Chile, para reforçar sua presença na América do Sul. Em 2013, adquiriu a Vinda International, expandindo-se para o mercado chinês de lenços de papel. ••A Revlon comprou a Colomer Beauty and Professional Products da CVC Capital Partners, em outubro de 2013. A aquisição procura reforçar as vendas da Revlon fora dos Estados Unidos e proporcionar acesso ao canal de distribuição profissional de salões de beleza. ••Em janeiro de 2014, foi aprovado o plano da L’Oréal para adquirir a Magic Holdings. Com a aquisição, a L’Oréal passa a ser dona da marca de máscara facial mais vendida na China e penetra mais facilmente na base de clientes do mercado intermediário de rápido crescimento. As marcas atuais da L’Oréal têm se concentrado em grande parte nos compradores mais abastados da China. Estabelecer uma plataforma de crescimento estratégico As empresas de bens de consumo bem-sucedidas procuram domar as ondas criadas por tendências demográficas, sociais, econômicas e tecnológicas. Saúde e bem-estar (alimentos funcionais e produtos antienvelhecimento, por exemplo), diversidade étnica (alimentos ou produtos de higiene pessoal), meio ambiente (produtos e práticas de produção verde), luxo e conveniência (alimentos de fácil preparo ou embalagens para viagem) representam alguns dos novos padrões de crescimento no mercado de hoje. O desejo de garantir acesso a marcas, recursos, habilidades ou tecnologias patenteadas específicas – especialmente nas categorias de produtos relacionadas aos negócios já existentes de uma empresa – está impulsionando a atividade em alguns setores. Essas aquisições muitas vezes proporcionam um modo mais rápido e provavelmente menos arriscado para uma empresa explorar uma oportunidade específica de mercado que adotou como plataforma de crescimento estratégico. ••A Under Armour, marca americana de roupas, calçados e acessórios esportivos, adquiriu a MapMyFitness em dezembro de 2013. Entre os aplicativos da empresa estão o MapMyRun e o MapMyRide, que usam tecnologia GPS para permitir que usuários cadastrados controlem suas atividades físicas. A empresa visa diretamente o mercado de roupas tecnológicas estimado em US$ 2,5 bilhões. ••O setor de tabaco já passou por uma consolidação substancial, de modo que grandes negócios já não são frequentes. No futuro, a atividade de fusões e aquisições continuará a proporcionar às empresas maior alcance em mercados emergentes, onde a demanda por produtos tradicionais de tabaco permanece forte. No entanto, a atividade recente no setor de tabaco incluiu investimentos em iniciativas de tabaco sem fumaça e as empresas procuram utilizar novas tecnologias e oferecer alternativas aos cigarros tradicionais. A Bat, a Lorillard e a Imperial Tobacco fizeram recentes aquisições no mercado de cigarros eletrônicos. ••Em janeiro de 2014, a Suntory, grupo global de bebidas sediado no Japão, concordou em adquirir a empresa americana de destilados Beam Inc. A aquisição fará da Suntory a terceira maior fabricante mundial de destilados premium, com especialização e abrangência de carteira específicas em uísque premium, que está impulsionando o crescimento mais rápido de destilados no Ocidente. Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 35 As principais aquisições são predominantemente dos setores de alimentos e bebidas Em 2013, 25 transações de pelo menos US$ 1 bilhão foram concluídas em todo o mundo pelas empresas de bens de consumo. Isso é bem mais do que as 13 transações de mais de US$ 1 bilhão de 2012 e as 17 de 2011. Seguindo as tendências históricas, os setores de alimentos e bebidas continuam a dominar a atividade de negócios no setor de bens de consumo. As empresas de alimentos e bebidas que adquiriram outras empresas, marcas ou unidades de negócios em outras regiões foram responsáveis por 19 das 25 maiores transações em 2013 e por sete das 13 maiores de 2012. Maiores aquisições por empresas de bens de consumo em 2012* Classificação entre os Comprador Buyer location acordos Kellogg 1 Estados Unidos Company Molson Coors 2 Estados Unidos Brewing Setor de produtos do comprador Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal e para casa Alimentos, bebidas e tabaco 3 Sony Japão 4 Anadolu Efes Turquia 5 Svenska Cellulosa Suécia 6 Campbell Soup Estados Unidos 7 Sony Japão Produtos eletrônicos 8 Asahi Group Holdings Japão Alimentos, bebidas e tabaco 9 Spectrum Brands Holdings Estados Unidos 10 11 Reckitt Benckiser Group Bright Food (Group) Co. Reino Unido China 12 Haier Group Hong Kong 13 AnheuserBélgica Busch InBev (Ambev Brasil Bebidas Ltda.) Empresa adquirida / Empresa controladora Pringles/ Procter & Gamble StarBev, LP/CVC Capital Partners Limited EMI Music Publishing/ Citigroup Cervejarias na Ucrânia e Rússia/SABMiller plc Georgia-Pacific Services/ Georgia-Pacific Wm. Bolthouse Farms, Inc./ Madison Dearborn Partners LLC Sony Ericsson Mobile Communications (ações restantes, de 50%, na JV)/Ericsson Calpis/Ajinomoto Grupo de ferramentas e Produtos de bricolagem e alguns ativos higiene pessoal e da Tong Lung Metal Industry/ para casa Stanley Black & Decker Produtos de higiene pessoal e Schiff Nutrition International para casa Alimentos, Weetabix (60% das bebidas e tabaco ações)/Lion Capital Fisher & Paykel Appliances Móveis e Holdings Ltd. (ações restantes, eletrodomésticos de 80%) Alimentos, Cerveceria Nacional Dominicana bebidas e tabaco (41.76% das ações, levando a participação da AB para 51%)/ Grupo Leon Jimenes Origem da empresa adquirida Estados Unidos República Checa Estados Unidos Ucrânia e Rússia Setor de produtos Valor do da empresa acordo** adquirida (US$/milhões) Alimentos, bebidas 3.545 e tabaco Alimentos, bebidas 3.498 e tabaco Fechamento do acordo 5/31/12 6/18/12 Edição Musical 2.200 6/29/12 Alimentos, bebidas e tabaco 1.900 3/14/12 Bélgica Produtos de higiene pessoal e para casa 1.796 7/19/12 Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco 1.550 8/6/12 Reino Unido Produtos eletrônicos 1.490 2/15/12 Japão Alimentos, bebidas e tabaco 1.488 5/8/12 Estados Unidos e Taiwan Utensílios para casa e ferramentas 1.400 12/17/12 Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco 1.373 12/17/12 Reino Unido Alimentos, bebidas e tabaco 1.133 11/5/12 Nova Zelândia Móveis e eletrodomésticos 1.038 10/31/12 República Dominicana Alimentos, bebidas e tabaco 1.000 5/11/12 *Inclui apenas aquisições onde o controle da empresa adquirida foi transferido para a compradora. **O valor do acordo é a soma da consideração paga pelo comprador pela participação no capital da empresa adquirida, mais o valor de sua dívida líquida, quando este for o caso (por exemplo, quando a dívida for consolidada como resultado da compra). A dívida líquida é definida como a dívida de curto e longo prazo menos caixa e equivalentes de caixa. Fonte: mergermarket.com e relatórios das empresas 36 Como já foi observado, as empresas fabricantes de bebidas alcoólicas têm estado particularmente ativas. A maior transação de 2013 foi a aquisição, pela AnheuserBusch InBev, dos 50% restantes do Grupo Modelo por US$ 20,1 bilhões. Duas outras transações superiores a US$ 10 bilhões foram concluídas em 2013. Em 2012, houve poucos mega negócios: a maior transação foi a aquisição pela Kellogg’s da divisão de petiscos Pringles da P&G – negócio avaliado em US$ 3,5 bilhões. O panorama das fusões e aquisições no setor de bens de consumo À medida que as preocupações com a incerteza econômica começam a diminuir, 2014 já promete ser um bom ano para a atividade de M&A no setor de bens de consumo, com os anúncios em janeiro sobre a aquisição, por US$ 15,7 bilhões, da Beam Inc. pela Suntory e a transação de US$ 5,8 bilhões da AB InBev para adquirir a Oriental Brewery. Maiores aquisições por empresas de bens de consumo em 2013* Classificação entre os Comprador acordos 1 2 3 4 5 6 7 8 Setor de Origem do produtos do comprador comprador Alimentos, Anheuser-Busch InBev Bélgica bebidas e tabaco Alimentos, Thai Charoen (TCC Assets and Tailândia bebidas e Thai Beverage) tabaco Alimentos, Nestlé Suíça bebidas e tabaco Oak Leaf B.V. (empresa Alimentos, controlada por grupo de Holanda bebidas e investidores liderado pela Joh. tabaco A. Benckiser) Coca-Cola HBC AG (holding formada pela Kar-Tess Alimentos, Holding S.A. para aquisição Suíça bebidas e da Companhia Helênica de tabaco Engarrafamento da Coca-Cola) Shuanghui International Alimentos, Holdings (atual WH Group China bebidas e Limited) tabaco Alimentos, Estados ConAgra Foods bebidas e Unidos tabaco Alimentos, Heineken Holanda bebidas e tabaco 9 Midea Group 10 Diageo 11 Constellation Brands, Inc. 12 LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton 13 PVH Setor de produtos Valor do da empresa acordo** adquirida (US$/milhões) Fechamento do acordo Grupo Modelo (50% das México ações restantes) Alimentos, bebidas 20.100 e tabaco 6/4/13 Fraser & Neave Limited (90.32% restante das ações) Singapura Alimentos, bebidas 12.932 e tabaco 1/30/13 Pfizer Nutrition/Pfizer Estados Unidos Alimentos, bebidas 11.850 e tabaco 4/15/13 D.E Master Blenders 1753 Holanda (84.95% das ações) Alimentos, bebidas 8.623 e tabaco 9/18/13 Coca-Cola Hellenic Bottling Company S.A. (76.7% das ações) Grécia Alimentos, bebidas 8.073 e tabaco 6/18/12 Smithfield Foods, Inc. Estados Unidos Alimentos, bebidas 6.949 e tabaco 9/26/13 Ralcorp Holdings Inc. Estados Unidos Alimentos, bebidas 6.740 e tabaco 1/29/13 Asia Pacific Breweries Ltd./Fraser & Neave Singapura Alimentos, bebidas 6.593 e tabaco 1/31/13 China Móveis e eletrodomésticos 4.923 9/18/13 Índia Alimentos, bebidas 3.354 e tabaco 4/26/13 México Alimentos, bebidas 2.900 e tabaco 6/7/13 Itália Moda e acessórios 2.831 12/5/13 Estados Unidos Moda e acessórios 2.787 2/13/13 Empresa adquirida / Empresa controladora GD Midea Holding Co., Móveis e Ltd. (58.83% restante eletrodomésticos das ações que ainda não possuía) Alimentos, United Spirits Ltd. (53.4% Reino Unido bebidas e das ações) tabaco Alimentos, Compania Cervecera de Estados bebidas e Coahuila/Anheuser-Busch Unidos tabaco InBev Moda e Loro Piana S.p.a. (80% França acessórios das ações) Estados Moda e The Warnaco Group, Inc. Unidos acessórios China Origem da empresa adquirida Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 37 Com os ingredientes certos para estimular a atividade de negócios, as aquisições que prometem uma vantagem de custo com maior escala vão continuar a ser alta prioridade em muitas empresas. Os mercados em outras regiões de maior crescimento continuarão a atrair o interesse do comprador. A busca por produtos e marcas que oferecem suporte a plataformas de crescimento estratégico levará a uma maior atividade de M&A. E as avaliações Classificação entre os Comprador acordos Setor de Origem do produtos do comprador comprador Alimentos, Brasil bebidas e tabaco 14 JBS Friboi 15 Suntory Holdings Limited 16 Fomento Económico México Mexicano (Coca-Cola FEMSA) 17 Constellation Brands Estados Unidos 18 Jarden Corporation Estados Unidos 19 Cobega Espanha 20 Saputo Canadá 21 Svenska Cellulosa Suécia 22 China Mengniu Dairy Hong Kong 23 Cobega Espanha 24 Orkla Noruega 25 Swatch Suíça Japão Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Empresa adquirida / Empresa controladora permanecerão altas para marcas líderes de mercado e empresas com perspectivas de forte crescimento. Para obter mais informações sobre a atividade e as tendências no setor europeu de bens de consumo, consulte o material “The Deloitte Consumer Products M&A Survey: Heading in the right direction?”, publicado pela Deloitte no primeiro trimestre de 2014. Origem da empresa adquirida Setor de produtos Valor do da empresa acordo** adquirida (US$/milhões) Seara Alimentos S.A. and Brasil e Alimentos, bebidas Grupo Zenda/Marfrig 2.762 Uruguai e tabaco Alimentos S.A. Marcas de bebidas não alcoólicas da Alimentos, bebidas Reino Unido 2.120 Lucozade and Ribena/ e tabaco GlaxoSmithKline Spaipa Indústria Brasileira Brasil de Bebidas Crown Imports LLC (50% restante das ações da JV, com o Grupo Modelo)/ Anheuser-Busch InBev Produtos de The Yankee Candle higiene pessoal Company/Madison e para casa Dearborn Partners Alimentos, bebidas e Rendelsur tabaco Alimentos, Morningstar Foods/Dean bebidas e Foods tabaco Produtos de Vinda International higiene pessoal Holdings (78.3% das e para casa ações) Alimentos, Yashili International bebidas e Holdings (89.8% das tabaco ações)/The Carlyle Group Alimentos, Companía Castellana de bebidas e Bebidas Gaseosas tabaco Alimentos, bebidas e Rieber & Son tabaco Moda e Harry Winston/Dominion acessórios Diamond Corporation Alimentos, bebidas e tabaco Fechamento do acordo 10/1/13 12/31/13 Alimentos, bebidas 1.855 e tabaco 10/29/13 Estados Unidos Alimentos, bebidas 1.850 e tabaco 6/7/13 Estados Unidos Produtos de higiene 1.750 pessoal e para casa 10/3/13 Espanha Alimentos, bebidas 1.553 e tabaco 2/18/13 Estados Unidos Alimentos, bebidas 1.450 e tabaco 1/3/13 Hong Kong Produtos de higiene 1.369 pessoal e para casa 11/11/13 China Alimentos, bebidas 1.260 e tabaco 7/24/13 Espanha Alimentos, bebidas 1.125 e tabaco 2/18/13 Noruega Alimentos, bebidas 1.033 e tabaco 4/30/13 Estados Unidos Moda e acessórios 3/26/13 1.000 *Inclui apenas aquisições onde o controle da empresa adquirida foi transferido para a compradora. **O valor do acordo é a soma da consideração paga pelo comprador pela participação no capital da empresa adquirida, mais o valor de sua dívida líquida, quando este for o caso (por exemplo, quando a dívida for consolidada como resultado da compra). A dívida líquida é definida como a dívida de curto e longo prazo menos caixa e equivalentes de caixa. Fonte: mergermarket.com e relatórios das empresas 38 Notas 1 Consumers go shopping online in the global marketplace this festive season, Customer Click, 29 de novembro de 2013. http://customerclick in/2013/11/29/consumers-go-shopping-online-in-the-global-marketplace-this-festive-season/ 2 A ssociação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) http://www.iata.org/pressroom/pr/pages/2013-12-10-01.aspx 3 The Globalization Of eCommerce In 2014, Forrester, 12 de dezembro de 2013. http://blogs.forrester.com/zia_daniell_wigder/13-12-12-the_globalization_of_ecommerce_in_2014 4 Euromonitor International’s Top 10 Global Consumer Trends for 2014. http://go.euromonitor.com/top-10-global-consumer-trends-for-2014-white-paper.html 5 Frito-Lay. http://www.fritolay.com/about-us/press-release-20140114.html/ 6 10 trends to watch in consumer packaged goods in 2014, Datamonitor, 15 de janeiro de 2014. http://www.datamonitorconsumer.com/10-trends-to-watch-in-consumer-packaged-goods-in-2014/ 7 Euromonitor International’s Top 10 Global Consumer Trends for 2014. http://go.euromonitor.com/top-10-global-consumer-trends-for-2014-white-paper.html 8 Functional Food Industry: Market Research Reports, Statistics and Analysis, Report Linker. http://www.reportlinker.com/ci02036/Functional-Food.html 9 Copper Moon launches first probiotic in a K-Cup with Ganeden BC30, Beverage daily.com, 26 de fevereiro de 2014. http://www.beveragedaily.com/Trends/Health-and-Wellness/Copper-Moon-launches-first-probiotic-in-a-K-Cup-with-Ganeden-BC30 10 D eloitte’s Technology, Media & Telecommunication Predictions 2014. http://www.deloitte.com/assets/Dcom-Iceland/Local%20Assets/Documents/TMT%20Predictions%202014.pdf 11 The Consumer Goods Forum’s Health & Wellness Resolutions Progress Report. http://healthandwellness.mycgforum.com/measurement-a-reporting/measurement-and-reporting-report-health-and-wellness.html 12 GlobeScan, SustainAbility, and BBMG’s The 2013 Aspirational Consumer Index report. http://www.globescan.com/98-press-releases-2013/291-two-and-a-half-billion-aspirational-consumers-mark-shift-in-sustainable-consumption.html 13 Euromonitor International’s 2013 Global Consumer Trends Survey. http://go.euromonitor.com/top-10-global-consumer-trends-for-2014-white-paper.html 14 H ow People Spend Their Time Online [Infographic], GO-GULF.com, 2 de fevereiro de 2012. http://www.go-gulf.com/blog/online-time/ 15 Euromonitor International’s Top 10 Global Consumer Trends for 2014. http://go.euromonitor.com/top-10-global-consumer-trends-for-2014-white-paper.html 16 L ista de países por número de usuários de internet, Wikipédia. http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_number_of_Internet_users 17 CES 2014: Global consumer spending on tech projected to fall 1%, Los Angeles Times, 5 de janeiro de 2014. http://articles.latimes.com/print/2014/jan/05/business/la-fi-tn-global-consumer-spending-on-tech-projected-to-fall-1-in-2014-20140105 18 G lobal Mobile Communications – The Key Statistics, Trends and Regional Insights, ResearchMoz, 3 de março de 2014. http://www.researchmoz.us/global-mobile-communications-the-key-statistics-trends-and-regional-insights-report.html 19 D eloitte’s Technology, Media & Telecommunication Predictions 2014. http://www.deloitte.com/assets/Dcom-Iceland/Local%20Assets/Documents/TMT%20Predictions%202014.pdf 20 Global Mobile Communications – The Key Statistics, Trends and Regional Insights, ResearchMoz, 3 de março de 2014. http://www.researchmoz.us/global-mobile-communications-the-key-statistics-trends-and-regional-insights-report.html 21 The Globalization Of eCommerce In 2014, Forrester, 12 de dezembro de 2013. http://blogs.forrester.com/zia_daniell_wigder/13-12-12-the_globalization_of_ecommerce_in_2014 22 E uromonitor International’s Top 10 Global Consumer Trends for 2014. http://go.euromonitor.com/top-10-global-consumer-trends-for-2014-white-paper.html 23 5 Marketing and Retail Trends for CPG Brands in 2014, BrandShare, 8 de janeiro de 2014. http://blog.brandshare.us/bid/366020/5-Marketing-and-Retail-Trends-for-CPG-Brands-in-2014 24 U nilever Looks to Marry In-Store Sampling With E-commerce, Adweek, 5 de fevereiro de 2014. http://www.adweek.com/news/technology/unilever-looks-marry-store-sampling-e-commerce-155486 25 Kellogg’s mobile campaign layers in retail location to push sales, Mobile Commerce Daily, 25 de fevereiro de 2014. http://www.mobilecommercedaily.com/kellogg-layers-in-location-to-mobile-campaign-to-push-new-product-sales Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 39 26 Frito-Lay: “These days of mass marketing are limited…”, Bakeryand snacks.com, 3 de março de 2014. http://www.bakeryandsnacks.com/Markets/Frito-Lay-These-days-of-mass-marketing-are-limited 27 Adobe, junho de 2013 em “7 Consumer Trends to Run with in 2014”, trendwatching.com, dezembro de 2013 / janeiro de 2014. http://trendwatching.com/trends/pdf/2013-12%20 7trends2014.pdf 28 P eter H. Diamandis, MD, Singularity University, Innovation & Mindset on the road to Abundance, fevereiro de 2014 29 Formula For Growth: Innovation, Big Data & Analytics, Grocery Manufacturers Association (GMA). http://www.gmaonline.org/issues-policy/collaborating-with-retailers/big-data-analytics/ 40 Contatos Autores Ira Kalish Deloitte Services LP [email protected] Jack Ringquist Deloitte Consulting LLP [email protected] Contatos da indústria de Consumer Business nas firmas-membro da Deloitte Líder Global para a Indústria Antoine de RiedmattenDeloitte Limited [email protected] Líder da Indústra de Consumer Business na América Latina Reynaldo Saad Deloitte Brasil [email protected] Líder em Bens de Consumo Jack Ringquist Deloitte Consulting LLP [email protected] América do Norte Canadá Ryan Brain [email protected] Estados Unidos Pat Conroy Deloitte Consulting LLP [email protected] Europa, Oriente Médio e África (EMEA) Bélgica Koen de Staercke [email protected] República Checa e Europa Oriental Aaron Martin [email protected] Dinamarca Jesper [email protected] Finlândia Kari Ekhölm [email protected] França Stephane Rimbeuf [email protected] Alemanha Karsten Hollasch [email protected] Grécia Dmitris Koutsopoulos [email protected] Irlanda Kevin Sheenan [email protected] Israel Israel Nakel [email protected] Itália Dario Righetti [email protected] Países Baixos Erik Nanninga [email protected] Polônia Dariusz Kraszewski [email protected] Portugal Luis Belo [email protected] Rússia/CIS Alexander Dorofeyev [email protected] África do Sul Rodger George [email protected] Espanha Juan Rose Roque [email protected] Suécia Lars Egenaes [email protected] Suíça Howard da Silva [email protected] Turquia Ozgur Yalta [email protected] Ucrânia Andriy Bulakh [email protected] Reino Unido Nigel Wixcey [email protected] África Ocidental Alain Penanguer [email protected] América Latina Argentina/LATCO Daniel Varde [email protected] Chile Cristian Alvarez [email protected] México Pedro Luis Castañeda [email protected] Ásia-Pacífico Líder da indústria de Consumer Business Haruhiko Yahagi Deloitte Japão [email protected] Austrália Simon Cook [email protected] China David Lung [email protected] Índia Shyamak Tata [email protected] Indonésia Jose Sabater [email protected] Coreia Jae Hoon Lee [email protected] Malásia Jeffrey Soo [email protected] Nova Zelândia Lisa Cruickshank [email protected] Singapura Eugene Ho eugenehodeloitte.com Taiwan Jason Ke [email protected] Tailândia Mansoon Manusook [email protected] Vietnã Nam Hoang [email protected] Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 41 “Deloitte” refere-se à sociedade limitada estabelecida no Reino Unido “Deloitte Touche Tohmatsu Limited” e sua rede de firmas-membro, cada qual constituindo uma pessoa jurídica independente. Acesse www.deloitte.com/about para uma descrição detalhada da estrutura jurídica da Deloitte Touche Tohmatsu Limited e de suas firmas-membro. © 2014 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.