Os Poderosos da Indústria
de Bens de Consumo – 2014
O consumidor conectado em
constante evolução
A Deloitte tem a satisfação de apresentar a sétima
edição do relatório Os Poderosos da Indústria de
Bens de Consumo. Esta publicação identifica as 250
maiores empresas do segmento em todo o mundo,
com base em dados disponíveis publicamente para
o ano fiscal de 2012 – incluindo empresas cujo ano
fiscal tenha encerrado até junho de 2013.
O relatório também oferece uma perspectiva da
economia global, uma análise do mercado, uma
visão da atividade do setor – principalmente
relacionada a fusões e aquisições – e uma discussão
sobre as principais tendências que afetam as
empresas de bens de consumo.
Índice
Panorama econômico global.......................................................................................................................... 3
Metodologia do estudo e fontes dos dados.................................................................................................... 7
Tendências globais que afetam o setor em 2014............................................................................................. 8
Destaques das 250 maiores empresas.......................................................................................................... 15
Fusões e aquisições continuam a repercutir no setor de bens de consumo.................................................... 33
2
Panorama econômico global
As páginas a seguir oferecem uma visão sobre as
perspectivas econômicas dos principais mercados
e o impacto potencial sobre as empresas de bens de
consumo. Esta é uma visão que serve de referência,
uma vez que decisões políticas inesperadas,
tomadas por líderes ou eleitores, podem relegar
certas previsões à lata do lixo. Esperamos que as
informações e dados apontados a seguir ofereçam
um importante guia para tomada de decisão
em seus negócios.
Zona do euro
A zona do euro está se recuperando de uma
prolongada recessão. A criação de uma moeda
comum, antes da crise, havia levado à harmonização
das taxas de juros e a custos de empréstimos
relativamente baixos em toda a Europa. A perda
da confiança na sustentabilidade do euro, e na
capacidade de alguns países em pagar suas dívidas,
trouxe o aumento dos custos dos empréstimos
para os países do sul da Europa e uma grave queda
na atividade do mercado de crédito. Além disso, a
maioria dos países europeus adotou políticas fiscais
rígidas para convencer os mercados financeiros
de seu compromisso com a consolidação fiscal.
O resultado foi uma recessão que só agora está
chegando ao fim.
Em 2014, a zona do euro deverá registrar um
crescimento modesto. A inflação, que está muito
baixa, continuará assim, proporcionando ao BCE
espaço de manobra suficiente se tiver que se
empenhar em uma política monetária mais agressiva.
O BCE está estudando a possibilidade de empregar
instrumentos de política pouco comuns para
impulsionar a atividade do mercado de crédito, como
como uma flexibilização quantitativa (já em uso
nos EUA, no Reino Unido e no Japão) ou taxas para
obrigar os bancos a conceder empréstimos. Vários
países estão empenhados em reformas do mercado
de trabalho para diminuir o custo de contratação e,
consequentemente, reduzir o desemprego.
O maior obstáculo para um melhor desempenho
econômico na Europa talvez seja a ausência de
integração dos mercados financeiros. Os bancos
europeus são supervisionados pelos respectivos
governos nacionais. Quando passam por dificuldade,
os governos são forçados a assumir os passivos
dos bancos. Não existe seguro de depósitos na
Europa ou um sistema europeu único para ajudar
bancos em dificuldade financeira. Considerou-se criar
uma união bancária, mas as linhas gerais acordadas
até o momento estão muito aquém da integração
dos mercados financeiros.
A recuperação se deu por três motivos principais.
Em primeiro lugar, o Banco Central Europeu
(BCE) prometeu “fazer o que for preciso” para
salvar o euro. Isso significava que o BCE não
permitiria inadimplência dos países europeus.
Em consequência, os rendimentos dos títulos
diminuíram, levando a custos de empréstimos
menores e maior capacidade dos governos em pagar
suas dívidas. O que, por sua vez, levou ao segundo
motivo: um afrouxamento da política fiscal. Isso
significa que os países podem adotar uma atitude
mais folgada em relação à disciplina fiscal – pelo
menos no curto prazo. Finalmente, o declínio do
valor do euro, combinado com contenção salarial
e ganhos de produtividade, fez as exportações
crescerem novamente.
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 3
Não há uma autoridade central forte com recursos
suficientes para socorrer os bancos em dificuldade.
Sem uma abordagem mais integrada, é difícil imaginar
como a atividade do mercado de crédito possa se
recuperar rapidamente. Também é difícil vislumbrar
sucesso a longo prazo, já que uma união monetária
exige uma arquitetura diferente da atual, como a
integração do sistema financeiro, com supervisão
centralizada e tomada de decisão independente.
Um crescimento sustentado dos gastos de consumo
exigirá aumentos de salários. Porém, se é verdade
que os preços subiram, o mesmo não se deu com os
salários – um declínio real do poder de compra. O
governo tem incentivado as empresas a aumentar os
salários e um lobby das maiores empresas recomendou
a adoção de medidas. Ainda não se sabe se e quanto
os salários subirão em 2014, mas, se continuarem
estagnados, o crescimento será prejudicado.
Japão
A economia do Japão, que cresceu no primeiro
semestre de 2013, desacelerou no segundo. Ainda
assim, o desempenho de 2013 foi o melhor dos
últimos anos, em grande parte por resultado da
política monetária “Abenomics”, além do estímulo
fiscal e a desregulamentação. Esta política, criada
pela equipe do primeiro-ministro Shinzo Abe,
envolve compras de ativos pelo Banco Central,
para suprimir os rendimentos de títulos, controlar
inflação, baixar o valor do iene e aumentar a
disposição do consumidor e das empresas para
gastar. Até agora, o sucesso foi modesto. A inflação
está finalmente voltando ao Japão, embora em
percentuais ainda moderados. Os rendimentos
de títulos seguem baixos, criando um ambiente
de baixos custos de capital que incentiva os
investimentos. O iene se desvalorizou, ajudando a
competitividade das exportações e a revitalização do
setor fabril do Japão. Um considerável aumento da
riqueza, devido a preços de capital mais elevados,
tem impulsionado os gastos com o consumo.
O benefício de longo prazo da Abenomics exigirá uma
desregulamentação radical da economia. Os detalhes das
pretensões governamentais continuam desconhecidos,
tendo o governo postergado a implementação de
aspectos da desregulamentação. Sem reformas
significativas, a Abenomics não terá impacto duradouro
sobre o crescimento econômico e da produtividade.
Apesar das notícias positivas, há preocupação:
o Japão enfrentou aumento no imposto sobre
vendas, principalmente, para suportar seu sistema
previdenciário. O ímpeto anterior do consumo se deu,
em parte, pelo tíquete alto dos artigos comprados,
antes do aumento dos impostos. Embora o governo
pretenda implementar um considerável estímulo fiscal
para compensar o impacto do aumento, é possível
que a economia desacelere.
4
China
A economia chinesa desacelerou, puxada pelo
crescimento lento do setor manufatureiro no exterior,
valorização do yuan e aumentos de salários. Tudo isso
afetou o crescimento das exportações. Por outro lado,
a economia dependeu da demanda interna, como
investimentos em ativos fixos. Isso foi alimentado por
empréstimos maciços dos governos locais, empresas
e pessoas físicas investindo no instável mercado
imobiliário.
O crescimento da dívida, em boa parte fora dos
balanços dos bancos (no chamado sistema bancário
paralelo) criou um risco considerável. Isso ameaça
inviabilizar o crescimento ou causar mais problemas
em uma economia que já sofre com desequilíbrios.
Embora o investimento em ativos fixos tenha mantido
o nível do emprego, também gerou retornos negativos
e não contribuiu para o crescimento da economia.
O governo pode ter de socorrer as instituições
financeiras forçá-las a reduzir empréstimos e, assim,
provocar uma queda no crescimento econômico.
A melhor maneira de evitar uma grave crise seria
implementar reformas significativas no sistema
financeiro, o mais rápido possível. Assim, o governo
obrigou-se a anunciar uma série de reformas
destinadas a criar uma economia mais estável.
O potencial impacto dessas reformas dependerá
de sua velocidade e seu grau de implementação,
e muitas delas só darão frutos em longo prazo. A
reforma do sistema financeiro, por outro lado, pode
ter mais implicações imediatas para o funcionamento
dos mercados financeiros. Por conta dos problemas
no sistema bancário, quanto mais rápido a China
aprimorar a eficiência de seu setor financeiro, melhor.
Estados Unidos
Durante o período pós-recessão, a economia dos
Estados Unidos cresceu mais rapidamente do que
as da Europa e do Japão. Apesar disso, houve uma
considerável alta da taxa de desemprego. No início de
2014, a economia americana se recupera bem, após
um período de crescimento modesto. Nos últimos
dois anos, alguns fatores refrearam o crescimento:
em 2012, a recessão na Europa, e, em 2013, a
rigorosa política fiscal. Neste ano, esses fatores não
causarão impacto. Pelo contrário: a Europa estará
em recuperação e a política fiscal terá um modesto
impacto positivo no crescimento – especialmente
pelo Congresso concordar em reduzir a
captação de recursos.
Além disso, existem fatores positivos a serem
considerados. Entre eles estão a crescente demanda
externa, o aumento dos investimentos na produção
de energia, a demanda familiar reprimida e o
aperfeiçoamento do funcionamento dos mercados
de crédito. Por outro lado, o banco central americano
começou restringir seu programa de flexibilização
quantitativa, o que deve reduzir o ritmo das compras
de ativos, principalmente de imóveis e bens duráveis.
Enquanto isso, o Federal Reserve (Fed), adotará uma
política monetária relativamente frouxa, mantendo as
taxas de juros historicamente baixas por um período
maior do que o previsto e medidas para aumentar a
atividade do mercado de crédito. Contudo, a restrição
já resultou em maiores rendimentos sobre os títulos
e taxas de juros hipotecários mais altas. Pode-se
esperar que as taxas continuem a subir, pressionando
a atividade do mercado imobiliário para baixo. Além
disso, a política do Fed pressiona o valor do dólar para
cima, afetando a competitividade das exportações.
A curto prazo, está criando uma certa turbulência
em mercados emergentes, onde os valores da moeda
estão sob pressão.
Ainda há incerteza quanto ao impacto econômico
da implementação do sistema universal de saúde.
Se um grande número de jovens saudáveis deixar
de fazer o seguro, os prêmios do seguro subirão,
causando um impacto adverso nas empresas. Se, por
outro lado, esses jovens fizerem o seguro em grande
número, os prêmios podem realmente cair.
Reino Unido
Ao longo de 2013, o Reino Unido deixou o lento
crescimento e se transformou em uma forte
economia. No entanto, os economistas preveem que
o Reino Unido crescerá 2,3% em 2014. Antes da crise,
esse índice de crescimento teria sido considerado
normal ou até insignificante. Depois de cinco anos
de retração econômica, um crescimento de 2,3%
é razoável e, se concretizado, representará o maior
desde 2007.
Os gastos com consumo estão crescendo, apesar
de queda da renda real. Há uma considerável
demanda reprimida, e os consumidores estão
recorrendo à poupança e assumindo novas dívidas,
já que houve melhora dos salários. Os preços de
moradia subiram, grande parte em decorrência do
estímulo para se comprar a casa própria. Além disso,
a política monetária tem sido expansiva e a fiscal
está começando a ser afrouxada, uma vez que
governo está próximo de atingir suas metas fiscais.
Finalmente, a recuperação da zona do euro
tem um impacto positivo.
Por outro lado, os investimentos das empresas
não aumentaram muito e estas parecem pouco
convencidas da durabilidade da recuperação.
Um aumento dos gastos financiado por dívidas,
semelhante ao que ocorreu na última década,
dificilmente serve de base para uma recuperação
firme.
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 5
Mercados emergentes
Brasil
O crescimento econômico desacelerou e o País tem
sido atormentado pela inflação, desvalorização
da moeda, agitação social e pessimismo por parte
das empresas. O Banco Central apertou a política
monetária para diminuir a inflação e resistir à
desvalorização da moeda. O panorama a curto prazo
não é muito bom. A longo prazo, o Brasil possui
muitos atributos favoráveis, como boa demografia,
um provável aumento substancial na produção de
energia, investimento estrangeiro no setor fabril e
maior exportação de serviços. Porém, o Brasil
continua a ter uma variedade de desafios. Entre
eles, mercados de trabalho muito regulados,
investimentos inadequados em infraestrutura
e restrições ao comércio.
Índia
A Índia viveu alguns anos de crescimento
astronômico, levando a gargalos que geraram
inflação. Além disso, o crescimento foi financiado
por um acúmulo da dívida externa. O BC apertou
a política monetária para estancar a inflação
e estabilizar a moeda, mas não conseguiu
implementar muitas das reformas que aumentariam
a produtividade, com investimento e crescimento
mais rápido. Por enquanto, a Índia parece estar
em uma trajetória de crescimento mais baixo.
Rússia
Nas duas últimas décadas, o desempenho da
economia russa em geral esteve atrelado ao preço
do petróleo. Essa relação mudou e, hoje, apesar deste
ainda estar alto, o crescimento vem desacelerando
nos últimos anos. A Rússia tem algumas fraquezas:
investimento inadequado em energia, resultando
em queda da produção; investimento modesto nas
6
demais indústrias; população em declínio, causando
assim falta de mão de obra, salários mais altos e baixo
desemprego; crescimento do consumo acompanhado
do endividamento das famílias, prejudicando o
crescimento potencial; inflação muito alta e política
apertada, apesar da desaceleração do crescimento.
Além disso, o país enfrenta uma concorrência
crescente em sua principal base de exportação
energética. Portanto, o panorama econômico é,
no máximo, modesto.
Outros mercados
Muitos mercados sofreram desaceleração do
crescimento no ano que passou, após um período
de crescimento muito rápido. Entre esses fatores
estão: investimentos externos alimentados pelos
baixos retornos nos mercados desenvolvidos,
acúmulo excessivo da dívida externa dado o baixo
custo dos empréstimos, e o boom das commodities
alimentado pelos investimentos maciços da China.
Agora, as coisas mudaram e mais acúmulo de
dívida é inviável. Além disso, os fluxos de capital se
inverteram agora que os rendimentos dos títulos
aumentaram nos Estados Unidos. Isso causou
um declínio no valor das moedas dos mercados
emergentes, obrigando os BCs a apertar a política
monetária para estabilizar o câmbio. Essa ação tem
um efeito inibidor sobre o crescimento. Ainda, o
crescimento muito rápido dos últimos anos causou
gargalos que levaram à inflação. Por fim, o boom
das commodities acabou retardando o crescimento
dos países exportadores. Entre os mercados mais
promissores estão Colômbia, México, Filipinas e
boa parte da África Subsaariana. Esses países têm
melhorado a governança, os setores competitivos
e a demografia é favorável. Isso fará com esses
países experimentem um forte crescimento na
próxima década.
Metodologia do estudo e fontes dos dados
Para ser considerada para os 250 Poderosos da
Indústria de Bens de Consumo, uma empresa deve
primeiro ser definida como fabricante (código
primário SIC 20-39). Cada empresa é então analisada
na tentativa de determinar se a maioria das suas
vendas deriva de bens de consumo e não de produtos
comerciais ou industriais. Resumindo: se são bens
produzidos para o consumidor final e comprados por
ele. Em geral, esses produtos são comercializados
com marcas bem conhecidas. Excluímos fabricantes
contratados (organizações que fazem principalmente
produtos para outras empresas mediante contrato)
e incluímos apenas empresas cujas marcas estão
nos produtos finais. Também excluímos veículos
motorizados, já que esse setor não é relevante para
a grande maioria do público-alvo desta análise.
Empresas cuja atividade principal é a venda de bens
de consumo foram incluídas no ranking com base nas
vendas totais líquidas fiscais em 2012, que podem
incluir vendas de produtos comerciais e industriais,
assim como bens de consumo. Os impostos sobre o
consumo foram excluídos das vendas das empresas
de tabaco e bebidas. Nossa definição de ano fiscal
de 2012 engloba os anos fiscais das empresas
encerrados até junho de 2013.
Muitas fontes foram consultadas para desenvolver
a lista. As principais fontes de dados para
informações financeiras são os relatórios anuais,
os registros na SEC (Securities Exchange Comission), o
equivalente norte-americano à Comissão de Valores
Mobiliários no Brasil, e informações encontradas em
comunicados à imprensa, informativos ou sites das
empresas. Quando as informações divulgadas pelas
empresas não estavam disponíveis, outras fontes
de domínio público foram usadas, como avaliações
de publicações especializadas, relatórios de
analistas do setor e diversos bancos de dados
de informações comerciais.
A fim de estabelecer uma base comum para classificar
as empresas, as vendas líquidas de empresas fora
dos EUA foram convertidas para dólares americanos.
As taxas de câmbio, portanto, têm impacto sobre os
resultados. O site OANDA.com foi a fonte utilizada
para as taxas de câmbio. A taxa de câmbio média
diária correspondente ao ano fiscal de cada empresa
foi usada para converter o resultado dessa empresa
para dólares americanos. No entanto, as taxas de
crescimento e a margem de lucro informadas para
empresas individuais são calculadas na moeda local
de cada empresa.
Resultados financeiros do grupo
Composições de vendas ponderadas ajustadas à
moeda são usadas para informar os resultados
financeiros de grupos de empresas. Isso significa
que os resultados das empresas maiores contribuem
mais para a composição do que os resultados das
empresas menores. Para calcular os resultados de
grupos de empresas que podem ser informados
em uma variedade de moedas e para facilitar a
comparação entre os grupos, também significa
que os dados devem primeiro ser convertidos em
dólares americanos. A fim de eliminar o impacto
das flutuações nas taxas de câmbio ao longo do
tempo, as taxas de crescimento combinado
também são ajustadas para corrigir as oscilações
das moedas.
As composições e médias de cada grupo foram
baseadas apenas em empresas com dados. Nem
todos os elementos de dados estavam disponíveis
para todas as empresas.
Também deve ser observado que as informações
financeiras utilizadas para cada empresa em um
determinado ano são relatadas na forma original.
Embora uma empresa possa ter reformulado
os resultados do ano anterior para refletir uma
mudança em suas operações (por exemplo, a
alienação de uma unidade de negócios), essas
reformulações não são refletidas nesses dados.
Este estudo destina-se a fornecer os dados financeiros
do setor de bens de consumo em um determinado
momento. Também pretende refletir a dinâmica
do mercado e seu impacto na estrutura do setor
durante um período de tempo. Em consequência
desses fatores, as taxas de crescimento relatadas
para empresas individuais podem não corresponder
a outros resultados publicados.
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 7
Tendências globais que afetam o
setor em 2014
As principais tendências que identificamos há cerca de
três anos no estudo “Consumer 2020” – globalização,
economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e
tecnologia – continuam importantes hoje, se não mais
ainda. A diferença é a extensão em que a revolução
digital está capacitando os consumidores. Tecnologias
novas à época agora já estão consagradas, convergindo
e capacitando os consumidores como nunca.
Como resultado, as empresas de bens de consumo
precisam reavaliar suas estratégias de negócios, que
devem ser inovadoras e ágeis para abordar esses
desdobramentos e estar prontas para as próximas
mudanças tecnológicas. A seguir, oferecemos uma
visão de curto prazo sobre como as empresas serão
impactadas por essa evolução do neo-consumidor.
Uma nova geração de consumidores
verdadeiramente globais
Os consumidores se socializam com pessoas de todo o
mundo, fazem compras no mercado global, acessam
informações e viajam para qualquer parte do globo.1 A
demanda internacional de passageiros de companhias
aéreas cresceu 5,4% em 2013, apesar de um cenário
econômico difícil, e a expectativa para 2014 é de mais
de 3 bilhões de passageiros de companhias aéreas
nacionais e internacionais2.
Embora algumas empresas de bens de consumo
estejam acostumadas a entrar em novos mercados,
continua o desafio de desenvolver produtos para
as necessidades globais e locais e vender para o
consumidor global. É preciso equilibrar as necessidades
do consumidor global em contraposição ao local.
Ao mesmo tempo, as empresas devem desenvolver
suas cadeias de suprimentos globais de ponta a ponta,
com infraestrutura, governança, transparência e
flexibilidade necessárias para atender sistematicamente
às exigências dos consumidores de qualquer
parte do mundo, por meio de qualquer canal.
Há a necessidade de aprender novas abordagens e
de competir com mais inteligência, além de entrar
em novos mercados, de forma virtual ao invés de
física. Em 2014, segundo a Forrester Research, “um
número crescente de marcas complementará seus
relacionamentos tradicionais no varejo com novos
8
sites de venda direta ao consumidor em todo o
mundo, oferecendo aos compradores on-line
uma experiência de marca mais imersiva e novas
oportunidades de compra. As marcas com venda online adotarão cada vez mais as vendas internacionais
como forma de alcançar os consumidores em
mercados em que elas ainda não têm operações
locais. As marcas também inaugurarão novas lojas
nos mercados globais para aproveitar o público
considerável desses mercados e compreender as
necessidades dos consumidores locais”3.
Os consumidores querem e esperam
mais por menos
Os consumidores gastam, mas também estão
economizando. Após a recessão, os consumidores
de mercados desenvolvidos adaptaram seus
comportamentos de compra e aprenderam a procurar
promoções e descontos, comprar no atacado e em
marcas próprias, fazer orçamento, planejar viagens de
compras, comprar em todos os canais, comprar em
lojas de desconto e pontas de estoque e participar
de clubes de compras.
“Um número significativo de consumidores está planejando diminuir
seus gastos durante o próximo ano, mas não está disposto a sacrificar
o consumo. Em vez disso, estão procurando outros meios para reduzir
gastos, [tais] como fazer compras em lojas de desconto ou continuar a
comprar marcas próprias.”
Pesquisa Global sobre as Tendências de Consumo (Euromonitor International, 2013)
Os consumidores dos mercados emergentes estão
mais sensíveis aos preços e estão comprando de
forma mais inteligente, devido à desaceleração
econômica, e as empresas de bens de consumo
não devem depender deles para crescer. Embora
as vendas de produtos de luxo devam continuar
crescendo, impulsionadas pelos mercados
emergentes, esses consumidores ficaram mais sutis,
já que exibicionismo virou sinônimo de “mau gosto”.
Os consumidores também querem “luxo acessível” e
estão comprando em pontas de estoque e brechós e
adquirindo versões gourmet e premium de produtos
do dia a dia, como café e xampu4.
Os consumidores também querem mais do que
produtos e serviços; querem uma experiência de
entretenimento e exclusiva durante as compras e no
processo de aquisição e estão dispostos a gastar um
pouco mais por isso. Por exemplo, a Adidas anunciou
seus planos de uma loja de varejo interativa e de
alto conceito na China. As empresas também estão
oferecendo oportunidades aos consumidores para
personalizar e adaptar seus produtos, desde escolher
a cor dos componentes e projetar eles mesmos os
produtos, até usar crowdsourcing para determinar o
próximo produto novo. Depois do sucesso de 2012,
a Lay’s (uma das marcas da divisão Frito-Lay da
PepsiCo) lançou mais uma vez seu concurso
“Do Us a Flavor” (Faça-nos um sabor), em que os
consumidores dos EUA podem escolher entre três
formas de batata frita e enviar sua ideia de sabor
através de um site especial, redes sociais ou
SMS para concorrer a prêmios5.
Com os consumidores esperando continuamente
mais por menos e uma expectativa de crescimento
mais lento dos gastos em 2014, começam a
disputa por uma fatia nesta limitada carteira.
As empresas de bens de consumo precisam ser
mais inovadoras e ultrapassar os limites com novos
produtos, serviços e experiências para atender o
consumidor. Por isso, precisarão contratar pessoas
inovadoras e implementar a cultura, a organização
e a estrutura de incentivos que motivem a
inovação e a agilidade.
Saúde e bem-estar tornam-se predominantes
e digitais
Os consumidores não estão apenas mais conscientes
e bem informados sobre a importância da saúde
e do bem-estar, mas estão se alimentando melhor
e adotando estilos de vida mais saudáveis. Estão
mudando para alimentos e produtos de cuidados
pessoais orgânicos, menos processados e mais
saudáveis. Segundo a Pesquisa Global sobre
o Consumo 2013 do Datamonitor6, 59% dos
consumidores em todo o mundo consideram atraente
a perspectiva de bebidas e alimentos formulados com
o menor número de ingredientes possíveis e 55%
estão tentando comer mais hortaliças.
A Pesquisa Global sobre as Tendências de Consumo
2013 do Euromonitor International descobriu que a
maioria dos consumidores está disposta a pagar mais
por alimentos com benefícios de saúde específicos,
como adição de nutrientes e baixo teor de gordura7.
O mercado mundial de bebidas e alimentos funcionais
deve chegar a US$ 130 bilhões até 20158. As empresas
de bens de consumo e biociências estão tentando
ativamente ganhar dinheiro com essa tendência. Por
exemplo, os primeiros produtos de cápsulas de café a
conter probióticos foram lançados este ano. “O café é
ideal para a adição de probióticos porque as pessoas
tomam café todo dia e não precisam mudar seus
hábitos para acrescentar probióticos em sua dieta”,
observa com Michael Bush, vice-presidente sênior da
Ganeden, a empresa de biotecnologia que produz o
probiótico9.
Os consumidores também estão cuidando
ativamente de sua saúde e seu bem-estar no mundo
digital. Estão pesquisando informações on-line,
acompanhando e rastreando seu estado de saúde e
seu condicionamento físico usando dispositivos digitais
e aplicativos no smartphone e comunicando-se com
profissionais de saúde por e-mail. No momento
da redação desta publicação, havia mais de 200
aplicativos de saúde e fitness no iTunes. A expectativa
é que sejam vendidas 4 milhões de unidades de
pulseiras inteligentes em todo o mundo em 2014,
gerando mais de US$ 550 milhões de receita10.
Saúde e bem-estar são prioridade na agenda dos
executivos das empresas de bens de consumo.
De acordo com o último relatório do Fórum de
Bens de Consumo (CGF), as empresas definiram
políticas e ativaram programas em suas resoluções
de saúde e bem-estar: (1) acesso e disponibilidade
de produtos e serviços, (2) informações sobre
produtos e marketing responsável e (3) comunicação
e educação sobre dietas e estilos de vida mais
saudáveis11. No entanto, existem ainda inúmeras
oportunidades para melhorar a saúde e o
bem-estar dos consumidores. O desafio para as
empresas de bens de consumo será determinar
onde jogar, como ganhar e como causar impacto.
As empresas deverão ter uma visão clara de saúde
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 9
e bem-estar e uma estratégia alinhada com suas
capacidades e valores fundamentais, e deverão
trabalhar com outras organizações, de varejistas
a empresas de biociências, profissionais de saúde
e organizações comunitárias.
Mais consumidores querem comprar e agir de
forma responsável
Um estudo global recente identificou que mais de
um terço dos consumidores globais, 2,5 bilhões
de pessoas, são “consumidores sofisticados”, dos
quais 78% são definidos por seu amor às compras,
92% por seu desejo de consumo responsável e
58% por sua confiança em que as marcas agem no
melhor interesse da sociedade12. Dois terços dos
consumidores on-line dizem que “tentam ter um
impacto positivo sobre o meio ambiente com ações
diárias e quase a metade está preocupada com as
mudanças climáticas”, de acordo com uma pesquisa
de consumo do Euromonitor. Os consumidores dos
mercados emergentes também estão ficando mais
conscientes sobre ser “verde”13.
Basta olhar para o número de empresas de produtos
de consumo no recém-lançado TOMS Marketplace
(http://www.toms.com/marketplace) que fazem o
consumidor sentir-se responsável sobre seu consumo.
As empresas têm enormes oportunidades para
fazer o bem e comunicarem o que estão fazendo.
No entanto, esses esforços devem ser genuínos,
uma vez que os consumidores podem reconhecer a
falsidade e reagir. Também existe uma lacuna entre
o que as empresas fazem e o que os consumidores
percebem que estão fazendo. Portanto, as empresas
devem comunicar seus esforços benéficos de modo
que os consumidores entendam.
As oportunidades de negócio de programas de
sustentabilidade para empresas de bens de consumo
foram confirmadas: maior crescimento da receita e
valor da marca, risco reduzido e redução dos
custos operacionais. Por exemplo, a capacidade
de comunicar quantitativamente o desempenho
de sustentabilidade por meio de mídias sociais e
plataformas digitais a “consumidores sofisticados”
10
e outras partes interessadas, como investidores,
pode levar ao aumento das vendas e do valor
da marca, além da “licença social para operar”.
A “licença social para operar” é de valor inestimável
em mercados emergentes. O poder das mídias sociais
está acelerando essa conexão direta entre empresas
e consumidores “verdes”. Outro benefício para as
empresas de bens de consumo é o risco reduzido
pela “dissociação” do crescimento da receita
da utilização de recursos (isto é, água, energia
e materiais) em um mundo onde os preços das
commodities estão aumentando e são voláteis,
reduzindo assim os custos operacionais com menor
uso desses recursos.
A convergência dos consumidores e das partes
interessadas para exigir “desempenho verde” e valor
de negócio inerente à sustentabilidade cria uma
perspectiva favorável para todos.
Consumidores mais e melhor conectados são
consumidores com mais poder
Os consumidores hoje têm acesso a um público
global e têm o poder de criar e distribuir sua
própria mídia, comunicar uma mensagem positiva
ou negativa sobre produto, serviço, experiência,
pessoa ou empresa e reunir rapidamente uma
comunidade. Eles são bastante engajados, lendo
e escrevendo análises, e altamente influenciados
pelo que seus pares dizem sobre o que as empresas
estão anunciando.
“Quem está no comando hoje, o verdadeiro
concorrente no mercado, é o nosso
consumidor. Ele está mais fortalecido do
que nunca, e por isso estamos mudando
para seu mundo de demanda.”
Anindita Mukherjee, vice-presidente sênior e diretora
de marketing da Frito-Lay
Em 2014, mais consumidores estarão conectados
por meio de dispositivos móveis. A porcentagem
da população mundial on-line passou de 30% para
40% nos últimos dois anos, com penetração bem
acima de 80% em quase todos os países da América
do Norte e da Europa Ocidental14, 15 e 16. Em 2014,
os consumidores gastarão US$ 1,055 trilhão em
dispositivos como smartphones e tablets17 – esperase que mais de 1,2 bilhão de smartphones sejam
vendidos em todo o mundo18. A Deloitte estima
que dispositivos eletrônicos como óculos, pulseiras
e relógios inteligentes gerem US$ 3 bilhões19. As
assinaturas para dispositivos móveis devem superar
a população mundial devido ao número de múltiplas
assinaturas mantidas pelos consumidores – a
penetração dos dispositivos móveis é de cerca de
90% na Ásia e 117% nos EUA; a América Latina
também tem altos índices de penetração dos
dispositivos móveis; e mais de 95% de todas as linhas
telefônicas do continente africano estão em redes
móveis20. Além disso, as receitas de comércio móvel
estão crescendo em praticamente todos os mercados
do mundo. “Em nenhum país em que a Forrester
faz análises o comércio móvel está encolhendo
como porcentagem da receita total do comércio
eletrônico”21.
Como resultado, mais e mais empresas de bens de
consumo estão procurando ideias e tendências como
em comunidades de compras coletivas, lançando seus
produtos pelas mídias sociais para atingir uma gama
mais ampla de consumidores mais rapidamente e
receber feedback quase instantâneo, comercializando
primeiro no mercado digital e alavancando o mercado
móvel22 e 23. A Unilever vem colocando amostras de
seus produtos para cabelo em remessas para clientes,
com base nos produtos que que eles compram, para
obter um maior retorno sobre o investimento do
que com as amostras tradicionais e aleatórias24. A
marca de cereais Special K da Kellogg’s está usando
propaganda móvel para introduzir uma nova barra de
cereais de 70 calorias e espera impulsionar as vendas
com um “clique no mapa” para levar os consumidores
aos varejistas. “Setenta e oito por cento dos usuários
de smartphones provavelmente comprarão se
receberem incentivos com base na sua localização”,
diz Cezar Kolodziej, CEO e presidente da Iris Mobile,
de Chicago25.
Além disso, com a tecnologia de hoje, os
consumidores se acostumaram a esperar a
personalização da demanda de produtos, serviços
e experiência para o “consumidor individualizado”.
“Estamos caminhando para um mundo de
marketing personalizado. Os dias de marketing de
massa estão acabando, e os dias de apenas divulgar
promoções para chamar a atenção dos consumidores
também estão perto do fim”, explica Anindita
Mukherjee, vice-presidente sênior e diretora de
marketing da Frito-Lay26. Personalizado significa
ter infraestrutura e talento para entender os dados
disponíveis, coletá-los, extrair-lhes o significado
e usar as ideias para identificar como alcançar o
consumidor. No entanto, as empresas terão de
usar esses dados com cuidado para não abalar a
confiança dos consumidores, que não querem sentir
que sua privacidade foi invadida. “Oitenta e dois
por cento dos consumidores em todo o mundo
acreditam que as empresas coletam muitas
informações sobre eles27.”
Envolver o consumidor constantemente conectado
requer deixar de investir em marcas para investir em
consumidores com experiências personalizadas e um
modelo operacional ágil e sofisticado. As organizações
precisam da experiência contínua de consumidor
em todos os canais e devem antecipar sua cadeia de
suprimento e processos de planejamento de demanda
para proporcionar uma experiência ao consumidor
consistente e de alta qualidade.
Por último, as empresas de bens de consumo deverão
refletir sobre o impacto potencialmente desafiador
da tecnologia. Alguns exemplos são a inteligência
artificial e a robótica, sensores onipresentes e a
impressão em 3D, que permitirá a fabricação em
qualquer região geográfica e capacitará indivíduos
a inventar e produzir seus próprios produtos28.
Elas precisam refletir sobre o que isso significa
para os produtos e serviços que oferecem, como
interagem com os consumidores e como suas
organizações deverão se adaptar para lidar com
esses desenvolvimentos.
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 11
Como atender o consumidor conectado
em evolução
Para atender os consumidores conectados em
evolução, as empresas de bens de consumo deverão
centrar-se no talento, na inovação e na confiança.
Precisam de pessoas com sólidas aptidões analíticas
e habilidade para elaborar ideias e tomar decisões
melhores e adaptáveis, para acompanhar o ritmo
acelerado da inovação tecnológica e digital29. Será
preciso desenvolver programas, culturas e ambientes
de trabalho atraentes, para retê-las e fazê-las crescer.
A inovação também precisa ser abordada de forma
diferente. As empresas precisarão de uma organização
capaz de inovação rápida – algumas desmembraram
e isolaram equipes apenas para focar na inovação.
Também será preciso se acostumar a experimentar
rápida e constantemente e a falhar muitas vezes para
alcançar o sucesso.
12
“A quantidade de invenções úteis que você
produz é diretamente proporcional ao
número de experimentos que você pode
executar por semana, por mês e por ano. Se
você aumentar o número de experimentos,
você também aumentará o número de
falhas. Você tem que estar disposto a ser
incompreendido por longos períodos de
tempo.”
Jeff Bezos
Por fim, as empresas não podem considerar como
certa a fidelidade do consumidor. Por exemplo,
se não pensarem e investirem na salvaguarda dos
dados, com uso responsável destes, correm o risco
de perder clientes e receitas e destruir uma marca
em que investiram tanto para construir. Com a
globalização da mídia, as empresas correm hoje
maior risco do que nunca de perder a confiança do
consumidor. Tudo o que as empresas fazem – da sua
marca à qualidade e à privacidade – deve garantir
que seja mantida a confiança dos consumidores.
Destaques das 250 maiores empresas
Mais uma vez, a economia mundial mostrou sinais
de enfraquecimento. Grande parte da Europa entrou
em recessão em 2011, que continuou por todo
o ano seguinte. No primeiro semestre de 2012,
houve uma considerável turbulência financeira
decorrente do suposto risco de fracasso da zona
do euro que impactou todo o mundo. Na China, o
crescimento desacelerou em 2012 com a queda da
demanda europeia por bens importados. No Japão,
o crescimento econômico foi fraco, apesar de uma
recuperação inicialmente forte após o terremoto e
o tsunami de março de 2011. Nos Estados Unidos,
apesar de um pequeno vigor no início do ano
seguinte, o crescimento limitado do emprego e
o lento aumento da receita contiveram os gastos
do consumidor.
A renovada turbulência na economia global cobrou
um preço alto nas perspectivas de crescimento. Em
mercados maduros e economias dependentes das
exportações, a taxa de crescimento global do setor
foi muito mais moderada em 2012, em comparação
a 2011 e 2010. O crescimento das vendas combinado,
ajustado à moeda das 250 maiores empresas de bens
de consumo do mundo, caiu para 5,1% em 2012,
contra 7,0% em 2011 e 8,4% em 2010. Embora
195 das 250 maiores empresas tenham registrado
aumento nas vendas em 2012, a desaceleração da
taxa de crescimento foi generalizada: mais de 60%
(154 empresas) mostraram crescimento mais lento
em 2012, em comparação a 2011.
A rentabilidade, por outro lado, cresceu – apesar
do aumento dos preços das matérias-primas. Das
224 empresas que divulgaram seu lucro líquido final,
apenas 19 tiveram prejuízo em 2012. A margem de
lucro líquido combinado das empresas listadas foi de
8,2%, acima dos 6,5% de 2011 e quase alcançando
os 8,5% de 2010, quando o setor começou a se
recuperar. As margens de lucro líquido melhoraram
para quase dois terços (142) das 224 empresas listadas
em 2012. O giro do ativo permaneceu estável em 0,9,
resultando em retorno combinado sobre ativos de
7,3% em 2012, contra 6,0% em 2011.
As 250 maiores empresas de bens de consumo do
mundo geraram vendas superiores a US$ 3,1 trilhões
em 2012, resultando num porte médio de US$ 12,5
bilhões de receita por empresa. O nível mínimo de
vendas para participar das 250 Maiores Empresas de
Bens de Consumo foi de US$ 3 bilhões em 2012.
Os 250 maiores de 2012 em números
US$ 3,13 trilhões – vendas líquidas totais
US$ 12,5 bilhões – vendas médias das empresas de bens de consumo
entre as 250 maiores
US$ 3 bilhões – vendas mínimas necessárias para entrar na lista
5,1% – crescimento combinado das vendas ano a ano
8,2% – margem de lucro líquido combinada
0,9 x – giro do ativo combinado
7,3% – retorno combinado sobre ativos
28,8% – concentração dos 10 maiores
5,7% – taxa anual composta de crescimento em vendas líquidas, 2007-2012
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 13
Classificação
de vendas
Nome da empresa
(2012)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
14
Samsung
Apple
Nestlé
Panasonic
Procter & Gamble
País de origem
Coreia do Sul
Estados Unidos
Suíça
Japão
Estados Unidos
Setor de produto principal
Produtos eletrônicos
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos eletrônicos
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Sony
Japão
Produtos eletrônicos
Unilever
Holanda e Reino Unido Produtos de higiene pessoal e
para casa
PepsiCo
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
Coca-Cola
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
LG Electronics
Coreia do Sul
Produtos eletrônicos
Anheuser-Busch InBev
Bélgica
Alimentos, bebidas e tabaco
JBS Friboi
Brasil
Alimentos, bebidas e tabaco
Nokia
Finlândia
Produtos eletrônicos
Bridgestone
Japão
Pneus
Mondelēz (antiga Kraft Foods) Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
Lenovo
Hong Kong
Produtos eletrônicos
Tyson Foods
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
Mars
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
Philip Morris
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
L’Oréal
França
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Michelin
França
Pneus
Danone
França
Alimentos, bebidas e tabaco
Haier Group Company
China
Decoração e ferramentas
Japan Tobacco
Japão
Alimentos, bebidas e tabaco
Nike
Estados Unidos
Roupas e acessórios
British American Tobacco
Reino Unido
Alimentos, bebidas e tabaco
Heineken
Holanda
Alimentos, bebidas e tabaco
Kirin Holdings
Japão
Alimentos, bebidas e tabaco
Suntory Holdings
Japão
Alimentos, bebidas e tabaco
Imperial Tobacco Group
Reino Unido
Alimentos, bebidas e tabaco
Henkel AG & Co.
Alemanha
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Kimberly-Clark
Estados Unidos
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Goodyear
Estados Unidos
Pneus
Groupe Lactalis
França
Alimentos, bebidas e tabaco
Adidas
Alemanha
Roupas e acessórios
Kraft Foods Group
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
Whirlpool
Estados Unidos
Móveis e eletrodomésticos
Fomento Económico
México
Alimentos, bebidas e tabaco
Mexicano
Cargill Meat Solutions
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
Diageo
Reino Unido
Alimentos, bebidas e tabaco
General Mills
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
Altria Group
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
SABMiller
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
LIXIL Group (antiga JS Group) Japão
Utensílios para casa e
ferramentas
Colgate-Palmolive
Estados Unidos
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Kao
Japão
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Electrolux
Suécia
Móveis e eletrodomésticos
Gree Electric Appliances
China
Móveis e eletrodomésticos
ConAgra Foods
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
ASUSTeK Computer
Taiwan
Produtos eletrônicos
Reckitt Benckiser Group
Reino Unido
Produtos de higiene pessoal e
para casa
BRF - Brasil Foods
Brasil
Alimentos, bebidas e tabaco
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas, 2012
(US$/milhões)
(em %)
Margem de
lucro líquido,
2012
(em %)
Vendas
líquidas CAGR¹
2007-2012
(em %)
178.982
156.508
98.372
88.367
84.167
21,9
44,6
10,2
-6,9
0,6
11,9
26,7
12,0
-10,6
13,5
15,3
44,8
n/a
-4,2
0,2
68.864
66.007
3,0
10,5
1,5
9,6
-7,0
5,0
65.492
48.017
45.354
39.758
38.969
38.809
38.118
35.015
33.873
33.278
33.000
31.377
28.889
-1,5
3,2
-6,1
1,8
22,5
-21,9
0,5
-35,6
14,5
3,1
0,0
0,9
10,4
9,5
18,9
0,2
23,7
1,0
-12,6
5,9
8,7
1,9
1,7
n/a
29,2
12,8
10,7
10,7
-0,9
15,0
39,9
-10,0
-2,2
-1,2
15,7
4,3
8,4
ne
5,7
27.617
26.839
25.876
25.654
25.313
24.078
23.642
23.458
23.219
23.135
21.233
3,6
8,0
8,1
4,2
4,9
-1,4
7,4
7,0
2,7
-3,4
5,8
7,3
8,6
5,5
16,6
9,8
27,1
15,6
3,9
2,4
4,8
9,4
4,9
10,3
6,7
n/a
6,3
8,7
7,9
6,0
4,4
34,9
4,8
21.063
1,0
8,7
2,9
20.992
20.191
19.141
18.339
18.143
18.037
-7,8
4,7
11,7
-1,7
-2,8
17,4
1,1
n/a
3,5
9,0
2,3
11,8
1,3
10,3
7,6
n/a
-1,3
10,0
18.000
17.940
17.774
17.500
17.458
17.380
n/a
6,2
6,7
5,3
4,5
11,2
n/a
22,7
10,6
23,9
20,1
1,5
n/a
7,2
5,4
-14,4
0,5
5,4
17.085
2,1
15,4
4,4
16.268
6,7
4,4
-0,3
16.257
15.757
15.491
15.215
15.165
8,3
19,4
16,8
16,8
0,9
2,4
7,4
5,1
5,0
19,2
1,0
21,2
5,9
-9,3
12,7
14.681
10,9
2,9
33,9
Classificação
de vendas
Nome da empresa
(2012)
País de origem
Setor de produto principal
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Móveis e eletrodomésticos
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos eletrônicos
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
Acer
Asahi Group
Kellogg
Ajinomoto
Dr. August Oetker
Uni-President Enterprises
Meiji Holdings
Royal FrieslandCampina
Smithfield Foods
Grupo Bimbo
Svenska Cellulosa
Taiwan
Japão
Estados Unidos
Japão
Alemanha
Taiwan
Japão
Holanda
Estados Unidos
México
Suécia
64
65
66
67
Bosch und Siemens
Nippon Meat Packers
Vion
Maxingvest
Alemanha
Japão
Holanda
Alemanha
68
69
70
71
72
73
74
75
Nikon
Marfrig Alimentos
Dairy Farmers of America
Yamazaki Baking
Carlsberg
H. J. Heinz
Dean Foods
Alticor
Japão
Brasil
Estados Unidos
Japão
Dinamarca
Estados Unidos
Estados Unidos
Estados Unidos
76
77
França
Canadá
78
79
80
81
82
Pernod Ricard
Research In Motion
(Blackberry)
TCL
Arla Foods
GD Midea Holding
V.F. Corporation
Avon Products
China
Dinamarca
China
Estados Unidos
Estados Unidos
83
Stanley Black & Decker
Estados Unidos
84
85
The Ferrero Group
Estée Lauder
Itália
Estados Unidos
86
87
88
89
Hangzhou Wahaha Group
Danish Crown
Maruha Nichiro Holdings
S.C. Johnson & Son
China
Dinamarca
Japão
Estados Unidos
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
Tingyi (Cayman Islands)
Holding
Leucadia
Luxottica Group
Coca-Cola Hellenic Bottling
Company
Sumitomo Rubber Industries
The Swatch Group
Reynolds American
Sichuan Changhong Electric
Hormel Foods
Shiseido Company
Coca-Cola Enterprises
Pirelli & C.
MillerCoors
Estados Unidos
Itália
Estados Unidos
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Móveis e eletrodomésticos
Roupas e acessórios
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Utensílios para casa e
ferramentas
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas, 2012
(US$/milhões)
(em %)
Margem de
lucro líquido,
2012
(em %)
Vendas
líquidas CAGR¹
2007-2012
(em %)
14.565
14.505
14.197
14.187
14.072
13.850
13.631
13.258
13.221
13.181
12.623
-9,6
10,5
7,6
-2,1
9,3
9,8
1,6
7,1
1,0
29,5
5,0
-0,7
5,0
6,8
4,7
n/a
4,3
1,5
2,7
1,4
1,4
5,9
-1,5
3,6
3,8
-0,7
7,1
7,9
ne
ne
3,1
19,1
-4,2
12.604
12.376
12.372
12.357
1,5
0,5
2,5
4,7
4,7
1,6
-8,4
6,4
2,1
-0,2
6,6
n/a
12.227
12.214
12.100
11.932
11.611
11.529
11.462
11.300
10,0
8,4
-6,9
2,0
5,7
-1,0
-12,2
3,7
4,2
-1,0
0,7
1,3
7,2
8,9
1,4
n/a
1,1
48,0
1,7
4,2
8,5
2,7
-0,6
9,7
11.093
11.073
4,4
-39,9
14,1
-5,8
5,4
13,0
11.018
10.905
10.799
10.766
10.546
14,3
15,0
-26,9
15,0
-5,1
1,8
3,0
6,1
10,0
-0,4
12,2
5,7
15,4
8,6
1,4
10.191
-1,8
8,7
17,8
10.188
10.182
8,0
4,8
1,2
10,1
6,3
5,2
10.090
9.862
9.798
9.600
-6,3
9,1
-0,8
2,1
12,7
3,1
0,5
n/a
19,8
4,9
-0,8
3,7
China
Alimentos, bebidas e tabaco
9.212
17,1
6,5
23,4
Estados Unidos
Itália
Grécia
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
9.194
9.113
9.060
540,8
13,9
2,8
9,4
7,7
2,7
51,4
7,4
1,7
Japão
Suíça
Estados Unidos
China
Estados Unidos
Japão
Pneus
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Pneus
Alimentos, bebidas e tabaco
8.906
8.319
8.304
8.303
8.231
8.201
4,9
15,3
-2,8
0,6
4,3
-0,7
5,6
20,6
15,3
0,5
6,1
-1,9
4,6
6,7
-1,6
17,8
5,9
-1,3
8.062
7.808
7.761
-2,7
7,4
2,8
8,4
6,6
15,5
5,2
-1,4
ne
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 15
Classificação
de vendas
Nome da empresa
(2012)
Setor de produto principal
Utensílios para casa e
ferramentas
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de lazer
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Pneus
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Produtos de higiene pessoal e
para casa
103
Masco
Estados Unidos
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
Campbell Soup Company
Nintendo Co.
Grupo Modelo
Savola Group
Saputo
Morinaga Milk Industry
Yokohama Rubber
McCain Foods
Nippon Suisan Kaisha
Lotte Japan Group
Ralph Lauren
Jarden Corporation
Estados Unidos
Japão
México
Arábia Saudita
Canadá
Japão
Japão
Canadá
Japão
Japão
Estados Unidos
Estados Unidos
125
126
127
Inner Mongolia Yili Industrial
Group
Hershey
Tönnies Lebensmittel
Mattel
Essilor International
Kewpie Corporation
Red Bull
Megmilk Snow Brand Co.
Henan Shuanghui Investment
& Development
Hankook Tire Co.
Perdue Farms
Unicharm Corporation
128
129
Dr Pepper Snapple Group
Newell Rubbermaid
Estados Unidos
Estados Unidos
130
131
132
133
J.M. Smucker
Namco Bandai Holdings
Arçelik
Mohawk Industries
Estados Unidos
Japão
Turquia
Estados Unidos
134
135
ITC Limited
TOTO
Índia
Japão
136
137
138
139
Groupe Terrena
China Mengniu Dairy
Nichirei Corporation
Groupe Bigard
França
Hong Kong
Japão
França
140
Clorox
Estados Unidos
141
142
143
144
145
146
147
148
149
Sodiaal Union
PVH
Nisshin Seifun Group
Indofood Sukses Makmur
Pioneer
Ruchi Soya Industries
Itoham Foods
Coca-Cola Amatil
Bongrain
França
Estados Unidos
Japão
Indonésia
Japão
Índia
Japão
Austrália
França
150
Groupe SEB
França
151
152
153
154
Rolex
Barilla Holding
Kohler
Orkla
Suíça
Itália
Estados Unidos
Noruega
116
117
118
119
120
121
122
123
124
16
País de origem
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas, 2012
(US$/milhões)
(em %)
Margem de
lucro líquido,
2012
(em %)
Vendas
líquidas CAGR¹
2007-2012
(em %)
7.745
3,7
-1,0
-8,0
7.707
7.689
7.560
7.306
7.292
7.153
7.019
6.972
6.859
6.836
6.763
6.696
-0,2
-1,9
8,9
8,7
5,3
2,2
0,3
10,5
5,4
8,2
1,3
0,2
9,9
1,1
19,0
6,6
6,6
0,9
5,9
n/a
-1,2
1,7
10,8
3,6
-0,4
-17,6
6,4
21,3
7,6
0,1
0,3
1,8
1,2
5,9
7,7
7,5
China
Alimentos, bebidas e tabaco
6.662
12,1
4,1
16,7
Estados Unidos
Alemanha
Estados Unidos
França
Japão
Áustria
Japão
China
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de lazer
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
6.644
6.430
6.421
6.416
6.373
6.340
6.328
6.299
9,3
8,7
2,5
19,1
3,8
15,9
2,7
5,6
9,9
n/a
12,1
12,6
2,9
n/a
1,9
7,7
6,1
10,8
1,5
11,4
1,5
9,9
ne
12,7
Coreia do Sul
Estados Unidos
Japão
Pneus
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de lazer
Móveis e eletrodomésticos
Utensílios para casa e
ferramentas
Alimentos, bebidas e tabaco
Utensílios para casa e
ferramentas
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Utensílios para casa e
ferramentas
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Decoração e ferramentas
Alimentos, bebidas e tabaco
6.256
6.000
5.999
8,3
25,0
15,7
n/a
n/a
9,9
14,4
6,9
8,0
5.995
5.903
1,6
0,6
10,5
6,8
ne
-1,6
5.898
5.896
5.868
5.788
6,7
7,3
25,1
2,6
9,2
6,7
5,2
4,3
18,5
1,1
9,8
-5,3
5.770
5.763
19,6
5,2
23,7
3,7
16,4
-1,0
5.759
5.724
5.689
5.659
2,6
-3,5
3,3
1,1
0,2
4,0
1,7
n/a
6,2
11,1
0,3
31,3
5.623
2,8
10,2
1,3
5.608
5.541
5.512
5.507
5.467
5.452
5.310
5.280
5.252
-1,4
2,4
3,1
10,4
3,5
-1,6
-1,9
6,2
2,6
0,0
7,2
3,2
9,5
-4,4
0,9
1,0
9,0
1,8
14,4
21,1
1,1
12,4
-10,2
20,7
-3,3
5,3
3,6
5.221
2,4
5,2
7,2
5.122
5.065
5.000
4.913
n/a
0,6
0,0
-52,7
n/a
1,5
n/a
5,3
n/a
-1,5
-0,9
-14,5
Classificação
de vendas
Nome da empresa
(2012)
País de origem
Setor de produto principal
155
156
157
158
159
160
161
162
163
Gruma
Skyworth Digital Holdings
Maple Leaf Foods
Activision Blizzard
Coca-Cola West
La Coop Fédérée
Ito Em
Sapporo Holdings
Coty
México
Hong Kong
Canadá
Estados Unidos
Japão
Canadá
Japão
Japão
Estados Unidos
164
165
166
167
168
169
AGRIAL
Toyo Tire & Rubber
Lorillard
Nissin Foods Holdings
Levi Strauss & Co.
Bacardi
França
Japão
Estados Unidos
Japão
Estados Unidos
Bermuda
170
Energizer Holdings
Estados Unidos
171
172
173
174
175
176
177
178
179
180
Husqvarna
Hanesbrands
DMK Deutsches Milchkontor
Yamaha
Cheng Shin Rubber
Wuliangye Yibin
Arca Continental
Dole Food Company
Puma
Lion Corporation
Suécia
Estados Unidos
Alemanha
Japão
Taiwan
China
México
Estados Unidos
Alemanha
Japão
181
182
183
184
185
186
187
188
189
190
191
192
193
194
195
196
197
198
199
200
201
202
203
204
205
206
207
Cooper Tire & Rubber
Kweichow Moutai
Vestel Elektronik
Toyo Suisan Kaisha
Tsingtao Brewery
Hasbro
Miele & Cie
Herbalife
World Co.
The Lego Group
McCormick & Company
Swarovski
Hillshire Brands
Molson Coors Brewing
Mead Johnson Nutrition
Yakult Honsha
Green Mountain Coffee Roasters
Techtronic Industries
Del Monte
Electronic Arts
Société L.D.C.
The Nisshin OilliO Group
The Jones Group
Indesit Company
JVCKENWOOD
Ashley Furniture Industries
Boparan Holdings (2 Sisters
Food Group)
Hisense Electric
Agropur Cooperative
Kikkoman
Estados Unidos
China
Turquia
Japão
China
Estados Unidos
Alemanha
Estados Unidos
Japão
Dinamarca
Estados Unidos
Áustria
Estados Unidos
Estados Unidos
Estados Unidos
Japão
Estados Unidos
Hong Kong
Estados Unidos
Estados Unidos
França
Japão
Estados Unidos
Itália
Japão
Estados Unidos
Reino Unido
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de lazer
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Pneus
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Decoração e ferramentas
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de lazer
Pneus
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Pneus
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de lazer
Decoração e ferramentas
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Produtos de lazer
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Decoração e ferramentas
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de lazer
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Decoração e ferramentas
Produtos eletrônicos
Móveis e eletrodomésticos
Alimentos, bebidas e tabaco
China
Canadá
Japão
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
208
209
210
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas, 2012
(US$/milhões)
(em %)
Margem de
lucro líquido,
2012
(em %)
Vendas
líquidas CAGR¹
2007-2012
(em %)
4.896
4.877
4.868
4.856
4.848
4.846
4.819
4.763
4.649
11,6
34,4
-0,6
2,1
-3,3
9,6
9,4
11,2
0,8
2,6
4,2
2,5
23,7
1,6
1,1
2,8
1,4
4,3
12,4
22,1
-1,4
10,9
-1,1
8,2
4,2
4,2
5,8
4.640
4.640
4.636
4.632
4.610
4.576
32,9
15,4
4,1
0,6
-3,2
2,9
1,3
4,2
23,7
5,0
3,1
n/a
15,9
0,7
7,2
-0,1
1,1
0,2
4.567
-1,7
9,0
6,3
4.557
4.526
4.514
4.440
4.417
4.290
4.284
4.247
4.206
4.203
1,6
-2,4
-10,2
2,9
8,6
34,1
28,0
-41,2
8,7
2,3
3,3
3,6
0,5
1,2
12,3
38,0
9,4
-3,3
2,4
1,5
-1,5
0,2
ne
-7,7
15,2
29,9
24,8
-9,3
6,6
-0,4
4.201
4.197
4.177
4.169
4.090
4.089
4.080
4.072
4.071
4.044
4.014
3.961
3.920
3.917
3.901
3.862
3.859
3.843
3.819
3.797
3.772
3.751
3.751
3.712
3.710
3.700
3.697
7,0
43,8
7,7
7,3
11,3
-4,6
3,8
17,9
2,0
25,0
8,6
7,3
-4,3
11,4
6,1
2,1
45,6
5,3
3,9
-8,4
5,4
-0,8
0,4
2,1
-4,5
5,4
13,4
6,0
53,0
-1,7
5,2
7,2
8,2
n/a
11,7
-0,2
24,0
10,2
n/a
6,4
11,2
15,7
6,1
9,4
5,2
2,4
2,6
2,1
0,7
-1,4
2,2
0,4
n/a
1,8
7,5
29,6
10,2
1,8
13,8
1,3
2,3
13,7
-1,2
23,9
6,6
3,7
-21,6
-8,7
ne
0,1
62,4
3,9
0,4
0,7
9,8
0,8
-0,2
-3,4
ne
1,5
41,7
3.683
3.639
3.632
6,7
5,1
6,0
6,5
1,1
3,7
12,8
8,3
-6,2
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 17
Classificação
de vendas
Nome da empresa
(2012)
211
212
213
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas, 2012
(US$/milhões)
(em %)
País de origem
Setor de produto principal
Coreia do Sul
Japão
Estados Unidos
Pneus
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
3.623
3.603
3.600
Vendas
líquidas CAGR¹
2007-2012
(em %)
3,2
4,0
n/a
10,7
-13,7
2,7
Estados Unidos
Decoração e ferramentas
3.591
7,9
3,3
ne
Turquia
Alimentos, bebidas e tabaco
3.567
34,8
9,8
16,2
216
217
218
219
Kumho Tire
Casio Computer
E. & J. Gallo Winery
Fortune Brands Home &
Security
Anadolu Efes Biracilik ve Malt
Sanayii
KT&G
Ezaki Glico
Controladora Mabe
LG Household & Health Care
Coreia do Sul
Japão
México
Coreia do Sul
3.546
3.545
3.474
3.468
7,0
1,0
5,4
12,9
18,2
1,0
-0,4
8,0
5,5
1,0
-1,7
17,9
220
221
222
223
224
225
226
227
228
229
230
231
D.E Master Blenders
China Yurun Food Group
Bestseller
Seiko Holdings
Fresh Del Monte Produce
Fromageries Bel
Want Want China Holdings
Prima Meat Packers
The TINE Group
Citizen Holdings
Nippon Flour Mills
HKScan Corporation
Holanda
Hong Kong
Dinamarca
Japão
Estados Unidos
França
China
Japão
Noruega
Japão
Japão
Finlândia
3.467
3.453
3.441
3.434
3.421
3.406
3.359
3.335
3.335
3.292
3.280
3.275
-4,1
-17,1
11,3
-4,4
-4,7
4,8
14,0
1,6
1,6
-2,8
0,7
2,2
7,3
-2,3
n/a
2,2
4,2
4,9
16,5
1,9
3,4
-3,3
2,5
0,6
ne
25,4
13,4
5,8
0,3
6,1
25,1
-0,4
4,5
-4,2
1,6
3,9
232
Natura Cosméticos
Brasil
3.267
13,5
13,6
15,6
233
Spectrum Brands Holdings
Estados Unidos
3.252
2,1
1,5
10,3
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
JELD-WEN
Perfetti Van Melle
Westfleisch
Emmi
Onward Holdings
Schwan Food
ASICS
Total Produce
Thai Beverage
Mary Kay
Estados Unidos
Itália
Alemanha
Suíça
Japão
Estados Unidos
Japão
Irlanda
Tailândia
Estados Unidos
3.200
3.200
3.183
3.181
3.162
3.150
3.148
3.128
3.108
3.100
0,0
5,0
12,2
9,6
6,6
5,0
5,0
6,4
35,5
6,9
n/a
n/a
0,2
4,2
1,8
n/a
5,5
1,2
29,7
n/a
0,3
6,3
8,0
3,6
-2,1
-0,9
2,8
2,5
13,9
5,3
244
245
246
247
Rich Products
Vizio
Chiquita Brands
Amorepacific
Estados Unidos
Estados Unidos
Estados Unidos
Coreia do Sul
3.100
3.100
3.078
3.054
2,6
29,2
-1,9
12,2
n/a
n/a
-13,2
10,1
3,2
12,9
-8,0
15,9
248
249
250
Rinnai
Flowers Foods
NBTY
Japão
Estados Unidos
Estados Unidos
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Móveis e eletrodomésticos
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Decoração e ferramentas
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Roupas e acessórios
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Móveis e eletrodomésticos
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
3.047
3.046
3.000
2,1
9,8
1,4
8,0
4,5
4,9
0,2
8,4
8,3
214
215
4,0
-1,3
5,9
Margem de
lucro líquido,
2012
(em %)
¹ Taxa de crescimento composto anual
n/d = não disponível
ne = não existente (criada por fusão ou alienação)
e = estimativa
* Não é possível determinar se as vendas divulgadas pela empresa excluem impostos específicos
O impacto das taxas de câmbio no ranking
Os 250 Poderosos dos Bens de Consumo foram classificados de acordo com suas vendas líquidas no ano fiscal de 2012 em dólares americanos. Embora mudanças no
ranking como um todo de um ano para outro sejam normalmente provocadas por aumentos ou diminuições nas vendas das empresas, as flutuações nas taxas de câmbio
também podem resultar em alterações no ranking. Por exemplo, uma moeda mais forte em relação ao dólar em 2012 significa que as empresas que divulgam seus dados
nessa moeda podem ter uma classificação em 2012 mais alta do que em 2011, mantendo todo o resto igual. Da mesma forma, empresas que elaboram seus relatórios
numa moeda mais fraca podem ter uma classificação inferior.
Em 2012, o dólar americano se fortaleceu em relação à maioria das moedas, especialmente o real (Brasil), a rúpia (Índia) e o rand (África do Sul). No entanto, foi o
dólar mais forte em relação ao euro que causou o maior impacto no ranking de 2012 devido ao número de empresas que divulgam seus relatórios em euros. Por
outro lado, o renminbi da China continuou a se valorizar em relação ao dólar em 2012. As moedas das Filipinas e da Nova Zelândia e, em menor escala, de Hong
Kong e da Austrália, também subiram.
18
Coca-Cola entra e LG retorna às dez maiores
Embora o crescimento combinado das vendas das
250 maiores tenha desacelerado em 2012, não foi
o caso para as dez maiores empresas de bens de
consumo do mundo. As vendas combinadas das dez
maiores cresceram duas vezes mais rápido do que as
250 maiores em 2012 - 10,9%, contra 5,1%. Como
resultado, o quadro dos líderes representou uma fatia
maior das vendas totais das 250 maiores em 2012 do
que em 2011: 28,8% contra 27,1%. Dito isto, apenas
quatro das dez maiores empresas contribuíram para o
forte resultado de faturamento do grupo: Samsung,
Apple, Nestlé e Unilever.
Embora a rentabilidade tenha melhorado para
Coca-Cola e LG, em comparação com 2011, os dez
maiores também foram mais fortes no resultado final,
superando os 250 maiores em mais de dois pontos
percentuais (10,9% contra. 8,2%). A maioria das dez
maiores também seguiu o forte desempenho deste
grupo no resultado final.
Das dez maiores empresas de bens de consumo do
mundo em 2012, cinco são fabricantes de produtos
eletrônicos. Samsung e Apple foram as duas primeiras.
A Nestlé, maior processadora de alimentos do
mundo, foi para o terceiro lugar em 2012, à frente da
Panasonic. O crescimento de dois dígitos impulsionou
a Unilever para o sétimo lugar, à frente da PepsiCo,
dado que os negócios da fabricante de refrigerantes
carbonatados passaram por uma queda significativa
nas vendas nos mercados desenvolvidos.
A Mondeléz International (ex-Kraft) ficou fora da
disputa das dez maiores em 2012, após a a cisão em
outubro da divisão norte-americana de alimentos em
uma empresa independente, conhecida como Kraft
Foods Group. A Coca-Cola entrou como uma das
dez maiores pela primeira vez, embora distanciada
da sua rival PepsiCo no 8º lugar por uma margem
considerável. Um grande declínio nas vendas de
telefones móveis e dispositivos inteligentes levou a
Nokia do décimo lugar em 2011 para o 13º em 2012 e
abriu a porta para a sul-coreana LG Electronics voltar
para as dez maiores, após uma ausência de dois anos,
apesar de anos consecutivos de declínio das vendas.
Ranking das 10 maiores
Classificação de Nome da
vendas (2012) empresa
País de origem
Setor de produto principal
Produtos eletrônicos
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos eletrônicos
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Produtos eletrônicos
Produtos de higiene pessoal e
para casa
Alimentos, bebidas e tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
Produtos eletrônicos
1
2
3
4
Samsung
Apple
Nestlé¹
Panasonic
Coreia do Sul
Estados Unidos
Suíça
Japão
5
Procter & Gamble
Estados Unidos
6
Sony
7
Unilever
Japão
Holanda e Reino
Unido
Estados Unidos
Estados Unidos
Coreia do Sul
8
PepsiCo
9
Coca-Cola
10
LG Electronics
10 maiores
250 maiores
Concentração econômica das 10 maiores
Vendas
líquidas, 2012
(US$ milhões)
178.982
156.508
98.372
88.367
Crescimento de
vendas líquidas,
2012 (em %)*
21,9
44,6
10,2
-6,9
Margem de
lucro líquido
(em %)**
11,9
26,0
7,0
12,0
Vendas
líquidas CAGR,
2007-2012* ***
15,3
44,8
n/a
-4,2
84.167
0,6
-10,6
0,2
68.864
3,0
13,5
-7,0
66.007
10,5
1,5
5,0
65.492
48.017
45.354
900.130
3.129.025
28.76%
-1,5
3,2
-6,1
10,9
5,1
9,6
9,5
18,9
10,9
8,2
10,7
10,7
-0,9
8,2
5,7
* Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda
** Margens de lucro ponderadas pelas vendas
*** Taxa de crescimento composto anual
¹ As vendas da Nestlé entre 2010-2012 refletem uma mudança contábil. Números de vendas comparáveis para anos anteriores a 2010 não estão disponíveis.
Fonte: dados publicados pelas empresas
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 19
Análise geográfica dos Poderosos dos
Bens de Consumo
As empresas são atribuídas a uma região com base
na localização da sua matriz, o que pode não coincidir
com o local de onde obtêm a maioria de suas
vendas. Embora as vendas de muitas empresas sejam
provenientes de fora de sua região, todas as vendas de
cada empresa são contabilizadas nessa região. Cinco
regiões são usadas para análise: África e Oriente
Médio, Ásia-Pacífico, Europa, América Latina e
América do Norte.
apenas 4% em 2012. No entanto, as empresas
norte-americanas continuaram a desfrutar de sólida
rentabilidade. Tanto no faturamento quanto no
resultado final, as empresas americanas superaram
seus pares canadenses na região.
Pelo segundo ano consecutivo, as empresas
europeias geraram um crescimento abaixo da
média, em comparação com as 250 maiores. A
taxa de crescimento combinado de 4% da região é
semelhante à da América do Norte, também com
resultados inferiores aos de outras regiões do mundo.
As empresas de bens de consumo sediadas nas três
grandes economias da Europa saíram-se um pouco
melhor, mas o crescimento ainda ficou abaixo dos
níveis de 2011. No resultado final, no entanto, a
Europa superou o os 250 maiores. A margem de lucro
líquido combinado de 9% da região perdeu apenas
para o resultado do setor na América do Norte.
O fraco desempenho da Europa e da América
do Norte reduz o crescimento da China
O crescimento das vendas desacelerou
acentuadamente para as empresas norte-americanas
de bens de consumo. Após consecutivos aumentos
de dois dígitos em 2010 e 2011, o crescimento
combinado das 250 maiores da região caiu para
Desempenho por região/país* (em%)
20,1
16,9
16,8
15,1
14,7
13,7
12,6
12,3
10,7
10,410,6
9,2
9,0
8,2
8,2
5,1
8,2
7,3
7,3
5,7
5,1 5,1
7,0
6,7
5,6
6,6
4,2
6,7
6,2
5,4
6,0
6,0
5,8 5,8
4,0
1,7
8,9
8,1
5,2
4,5 4,6
10,8
10,6
10,6
4,8
4,5
4,9
4,8
4,0
1,4 1,2
-2,0
250
África/
maiores Oriente Médio
Ásia/
Pacífico
Japão
Ásia/Pacífico China/
Outros1 Hong Kong
Europa
França
Alemanha
Reino Unido2 América
Latina
América
do Norte
EUA
* Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda
** Margens de lucro ponderadas pelas vendas
*** Taxa de crescimento composto anual
¹ Exclui Japão; inclui China/Hong Kong
² Inclui a Unilever, uma empresa listada duas vezes consistindo da Unilever PLC, sediada em Londres, e a Unilever NV,
sediada em Rotterdam, na Holanda. As empresas operam como um negócio único
Fonte: análise da Deloitte de dados publicados pelas empresas
20
Crescimento de vendas líquidas, 2012*
Margem de lucro líquido, 2012**
Retorno sobre ativos, 2012**
Vendas líquidas CAGR 2007-2012* ***
Em 2012, embora as empresas francesas não tenham
conseguido repetir o forte crescimento dos dois anos
anteriores, ainda assim ultrapassaram seus pares
alemães e britânicos. As empresas do Reino Unido,
as maiores do mundo em média – e duas vezes o
tamanho das empresas francesas e alemãs entre
as 250 maiores – foram as mais rentáveis. Enquanto as
vendas cresceram modestos 4,8% em 2012, a margem
de lucro líquido combinado de 14,7% do Reino Unido
superou até mesmo o resultado de 12,6% dos EUA.
A afluência crescente em toda a Ásia garantirá
que os mercados de bens de consumo na região
continuem a crescer. Enquanto o crescimento das
vendas diminuiu para as 250 maiores empresas de
bens de consumo em 2012, a região Ásia-Pacífico
foi exceção. Para a região como um todo, as vendas
combinadas cresceram 5,6% (contra 1,8% em 2011).
No entanto, deve-se notar que as empresas dessa
região – especialmente do Japão – foram seriamente
impactadas pelo grande terremoto no leste do
Japão em março de 2011, portanto era de se
esperar uma recuperação em 2012. As empresas
Perfil por região e país, 2012
Grupo, país
ou região
As 250 maiores
África/Oriente Médio
Ásia/Pacífico
Japão
Ásia/Pacífico (Outros)
Nº de
empresas
250
Tamanho médio
(US$/milhões)
12.516
Parcela entre
Parcela de
as 250 maiores vendas entre as
empresas (%)
250 maiores (%)
100
100
4
5.229
1,6
0,7
88
12.196
35,2
34,3
53
10.950
21,2
18,5
15,8
35
14.081
14,0
China/Hong Kong
19
9.232
7,6
5,6
Europa
62
13.264
24,8
26,3
França
14
11.455
5,6
5,1
Alemanha
10
10.182
4,0
3,3
5,4
Reino Unido
7
23.926
2,8
América Latina
11
11.376
4,4
4,0
América do Norte
85
12.793
34,0
34,8
80
13.154
32,0
33,6
EUA
Fonte: dados publicados pelas empresas
japonesas, cujas vendas combinadas caíram 3,7% em
2011, informaram um crescimento de 1,7% em 2012
– ainda emperrando o resultado global da região. O
crescimento global das vendas da região também foi
refreado pela desaceleração nas vendas das empresas
chinesas, cujo crescimento combinado caiu para
7,3% em 2012, cerca de um terço do ritmo de
crescimento de 23% em 2011.
A rentabilidade também melhorou para as empresas
da região Ásia-Pacífico em 2012. A margem de
lucro líquido combinado de 4,5%, embora ainda
dois pontos percentuais abaixo da média das 250
maiores como um todo, reflete uma grande melhora
sobre o resultado do ano anterior de 1,7%, dado
que as empresas japonesas voltaram a apresentar
rentabilidade em 2012. Empresas de toda a região
também participaram desse processo de melhora.
A América Latina foi a única região além da
Ásia-Pacífico a mostrar aceleração do crescimento
das vendas em 2012, já que a tendência de
crescimento de dois dígitos continuou. As vendas
combinadas das 11 empresas entre as 250 maiores
dessa região aumentaram 16,8%. No entanto,
a rentabilidade não manteve o ritmo. Apesar da
margem de lucro líquido da região ter aumentado
ligeiramente, alcançando 4,5%, ela se manteve
abaixo da médiadas 250 maiores como um todo.
Em 2012, a região da África e Oriente Médio
registrou uma taxa de crescimento de 16,9% do
setor em vendas. O resultado deve ser interpretado
com cautela, no entanto, dado que apenas quatro
empresas compõem os resultados da região. Enquanto
as quatro empresas da região relataram um aumento
acima da média em vendas, a taxa de crescimento da
região como um todo foi distorcida para cima por um
aumento de 35% apresentado pela Anadolu Efes. Em
março de 2012, a empresa turca adquiriu as cervejarias
da SABMiller na Rússia e na Ucrânia.
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 21
Maiores empresas de bens de consumo por região
Em 2012, as dez maiores empresas de bens de
consumo da Europa permaneceram as mesmas
do ano anterior, mas com pequenas alterações
na ordem. Enquanto a Nestlé e a Unilever se
mantiveram tranquilas no primeiro e segundo
lugares, respectivamente, a Anheuser-Busch InBev
ultrapassou a Nokia na terceira colocação da lista.
Da mesma forma, a L’Oréal superou a Michelin como
quinta colocada do ranking na região, e a Heineken
superou o Grupo Imperial Tobacco, passando para a
nona colocação. A Danone (7ª) e a British American
Tobacco (8ª) mantiveram suas posições anteriores,
completando a lista das dez melhores da região.
A fabricante de pneus Bridgestone continuou como
quinta colocada do ranking da região Ásia-Pacífico
em 2012. No entanto, a parte inferior da lista dos dez
maiores teve alterações. Juntamente com a Lenovo, o
grupo chinês Haier passou à frente da Japan Tobacco.
Os bens de consumo já não representam a maioria das
vendas da Sharp Corporation. Portanto, esta empresa,
que ficou na sétima posição em 2011, não foi incluída
entre as 250 maiores, dando espaço para outra empresa
entrar na lista das dez maiores da região. A cervejaria
japonesa Kirin Holdings Company entrou na lista das
dez maiores em 2012. Ficou em nono lugar, à frente
da fabricante de bebidas alcoólicas e não-alcoólicas
Suntory Holdings, que permaneceu no 10º lugar.
A Apple, a segunda maior empresa de bens de consumo
do mundo, continua sendo a líder indiscutível na
América do Norte, depois de desbancar a P&G em 2011
após anos de hipercrescimento. A maior mudança entre
as dez maiores da região envolveu a cisão da divisão
norte-americana de alimentos (agora conhecida como
Kraft Foods Group) pela Mondeléz International (exKraft). Em consequência, a Mondeléz caiu para o quarto
lugar, ultrapassada pela Coca-Cola Company. Enquanto
isso, a Tyson Foods, a segunda maior processadora de
aves e carne bovina do mundo, ficou à frente da Mars,
a maior fabricante de confeitos e gomas de mascar do
mundo. A Philip Morris International (8ª) e a Nike (9ª)
mantiveram suas posições, enquanto a Kimberly-Clark
substituiu a Goodyear na décima colocação.
Europa
As empresas de eletrônicos ocupam os quatro
primeiros lugares no ranking das 10 maiores da região
Ásia-Pacífico (ranking na pág. 24) e são responsáveis
por metade das empresas da lista. A Samsung está
tranquila na primeira colocação, com duas vezes o
tamanho da Panasonic, a segunda do ranking. A Sony
(3ª), a LG (4ª) e a Lenovo (6ª) são as outras fabricantes
de eletrônicos entre as dez maiores empresas de bens
de consumo da região. O Grupo Lenovo continuou a
subir no ranking das 250 maiores nos últimos quatro
anos, do 57º lugar geral em 2008 para o 16º lugar em
2012. Com a aquisição pendente (até o fechamento
deste relatório) da Motorola Mobility da Google e da
linha de servidores x86 da IBM, a empresa está no
caminho para continuar subindo.
22
Classificação
Classificação
entre as 250
na região
maiores
1
3
2
7
3
4
5
6
7
11
13
20
21
22
8
26
9
27
10
30
Empresa
País de
origem
Nestlé
Suíça
Holanda e
Unilever
Reino Unido
Anheuser-Busch InBev Bélgica
Nokia
Finlândia
L'Oréal
França
Michelin
França
Danone
França
British American
Reino Unido
Tobacco
Heineken
Holanda
Imperial Tobacco
Reino Unido
Group
Vendas líquidas
em 2012
(US$/milhões)
Crescimento de
vendas líquidas
em 2012 (%)
98.372
10,2
66.007
10,5
39.758
38.809
28.889
27.617
26.839
1,8
-21,9
10,4
3,6
8,0
24.078
-1,4
23.642
7,4
23.135
-3,4
América do Norte
Classificação
Classificação
entre as 250
na região
maiores
1
2
3
4
5
2
5
8
9
15
6
7
8
9
10
17
18
19
25
32
Empresa
Apple
Procter & Gamble
PepsiCo
Coca-Cola
Mondelēz (antiga
Kraft Foods)
Tyson Foods
Mars
Philip Morris
Nike
Kimberly-Clark
País de
origem
Vendas líquidas
em 2012
(US$/milhões)
Crescimento de
vendas líquidas
em 2012 (%)
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
156.508
84.167
65.492
48.017
35.015
44,6
0,6
-1,5
3,2
-35,6
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
33.278
33.000
31.377
25.313
21.063
3,1
0,0
0,9
4,9
1,0
Em 2011 e 2012, a América Latina foi representada
por 11 empresas no ranking, acima das seis de
2006, quando foi publicado o primeiro relatório dos
Poderosos dos Bens de Consumo. Com duas exceções
–a décima colocada Mabe (fabricante mexicana de
eletrodomésticos) e a Natura Cosméticos (fabricante
brasileira de cosméticos e produtos de cuidados da
pele) – são empresas de alimentos ou bebidas. Apesar
do crescimento de vendas de dois dígitos, a Natura
caiu para o 11º lugar em 2012 – em decorrência da
desvalorização do real. A brasileira JBS foi a maior
empresa de bens de consumo da região – e a maior
produtora de carne bovina do mundo – desde 2008,
após a aquisição da americana Swift Foods em 2007.
Como resultado, a JBS ultrapassou a FEMSA, que
continua sendo a segunda maior empresa de bens
de consumo da região. A BRF – Brasil Foods ocupa o
terceiro lugar desde seu surgimento em decorrência
da fusão, por US$ 3,8 bilhões, da sua antiga empresa,
Perdigão, com a rival Sadia em 2009.
Um agressivo crescimento orgânico e a integração
de novas operações impulsionaram o Grupo Bimbo,
gigante mexicano da panificação, ao quarto lugar em
2012, à frente da Marfrig Alimentos, processadora de
carne bovina e aves. Em outra mudança no ranking
das dez maiores, a fabricante mexicana de tortilhas
Gruma passou à frente da Bacardi no sétimo lugar.
A África-Oriente Médio continua sendo a menor
região em termos de número de empresas entre as
250 maiores e seu tamanho médio. Em 2012, a região
foi representada por quatro empresas, uma a mais
do que em 2011. A Anadolu Efes entrou novamente
no ranking após a aquisição das cervejarias russas e
ucranianas da SABMiller. O grupo alimentício Savola,
da Arábia Saudita, é a maior empresa de bens de
consumo da região. A Arcelik, fabricante turco de
eletrodomésticos, e a Vestel, empresa turca de
eletrônicos, completam a lista.
Ásia/Pacífico
Classificação
Classificação
entre as 250
na região
maiores
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1
4
6
10
14
16
23
24
28
29
Empresa
País de
origem
Samsung
Panasonic
Sony
LG Electronics
Bridgestone
Lenovo
Haier Group
Japan Tobacco
Kirin Holdings
Suntory Holdings
Coreia do Sul
Japão
Japão
Coreia do Sul
Japão
Hong Kong
China
Japão
Japão
Japão
Empresa
País de
origem
Vendas líquidas
em 2012
(US$/milhões)
178.982
88.367
68.864
45.354
38.118
33.873
25.876
25.654
23.458
23.219
Crescimento de
vendas líquidas
em 2012 (%)
21,9
-6,9
3,0
-6,1
0,5
14,5
8,1
4,2
7,0
2,7
América Latina
Classificação
Classificação
entre as 250
na região
maiores
1
12
2
38
3
4
5
6
7
8
9
10
52
62
69
106
155
169
177
218
JBS Friboi
Fomento Económico
Mexicano (FEMSA)
BRF - Brasil Foods
Grupo Bimbo
Marfrig Alimentos
Grupo Modelo
Gruma
Bacardi
Arca Continental
Controladora Mabe
Brasil
Vendas líquidas
em 2012
(US$/milhões)
38.969
Crescimento de
vendas líquidas
em 2012 (%)
22,5
México
18.037
17,4
Brasil
México
Brasil
México
México
Bermuda
México
México
14.681
13.181
12.214
7.560
4.896
4.576
4.284
3.474
10,9
29,5
8,4
8,9
11,6
2,9
28,0
5,4
e
África/Oriente Médio
Classificação
Classificação
entre as 250
na região
maiores
1
2
3
4
107
132
183
215
Empresa
País de
origem
Savola Group
Arçelik
Vestel Elektronik
Anadolu
Arábia Saudita
Turquia
Turquia
Turquia
Vendas líquidas
em 2012
(US$/milhões)
7.306
5.868
4.177
3.567*
Crescimento de
vendas líquidas
em 2012 (%)
8,7
25,1
7,7
34,8
e = estimativa * Reflete as vendas no atacado Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 23
de aumentos de dois dígitos. No entanto, Nike, Ralph
Lauren e PVH viram o crescimento das vendas diminuir
para índices de um dígito baixos a médios em 2012
comparado com o crescimento de dois dígitos de 2011.
Lévi-Strauss, Hanesbrands, Citizen Holdings e Seiko
Holdings informaram queda nas vendas em 2012.
Análise setorial dos poderosos dos bens
de consumo
Para fins analíticos, as empresas do ranking foram
organizadas em oito principais setores de produtos:
••Roupas e acessórios
••Produtos eletrônicos
••Alimentos, bebidas e tabaco
••Móveis e eletrodomésticos
••Utensílios para casa e ferramentas
••Produtos de lazer
••Produtos de higiene pessoal e para casa
••Pneus
Produtos eletrônicos se recuperam após um 2011 ruim
Fabricantes de moda, expoentes no setor de bens de
consumo, não conseguiram manter o ritmo em 2012.
O crescimento combinado das vendas desse setor
diminuiu 7,3%. Embora ainda forte em comparação
com a maioria dos outros setores, o ritmo de
crescimento é cerca de metade do que era em 2011.
Os resultados individuais por empresa se misturaram,
com alguns líderes do setor continuando a desfrutar
Produtos de higiene pessoal e uso doméstico viram
o aumento da concorrência e a diminuição das
vendas acontecerem nos mercados ocidentais. Em
consequência, foi um dos setores de produtos de
crescimento mais lento nos últimos anos. Como
grupo, essas empresas mantiveram uma taxa
moderada de crescimento combinado de 4,4%
em 2012 – embora ainda abaixo da média em
comparação com o o ranking como um todo. No
entanto, foi uma melhora modesta em relação ao
resultado do setor de 2011 – apenas um dos três
setores de produtos que experimentaram um aumento
no crescimento das vendas em 2012. O setor também
se manteve como o mais rentável, desfrutando de
uma margem de lucro líquido combinado de 10%.
Desempenho por setor de produto, 2012 (em %)
9,6
8,2
7,3
5,1
7,3 7,3
5,7
7,8
6,2
8,4
7,4
7,2 7,0
6,8
10,0
9,4
9,1
6,9
6,7
6,5
5,5 5,6
4,6
3,8
2,8
4,4
4,4
4,4
3,5
3,4 3,2
2,4
1,8
1,0
-2,5
250
maiores
Roupas e
acessórios
Produtos
eletrônicos
Alimentos,
bebida e tabaco
Móveis e
Utensílios para
eletrodomésticos casa e ferramentas
Produtos
de lazer
Produtos de higiene
e para a casa
Pneus
2,6
* Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda
** Margens de lucro ponderadas pelas vendas
*** Taxa de crescimento composto anual
Fonte: análise da Deloitte de dados publicados pelas empresas
24
Crescimento de vendas líquidas, 2012*
Margem de lucro líquido, 2012**
Retorno sobre ativos, 2012**
Vendas líquidas CAGR 2007-2012* ***
O crescimento das vendas desacelerou para
3,8% em 2012 (8,6% no ano anterior) para os
fabricantes do setor de alimentação, bebidas e
tabaco. O crescimento global do setor foi impactado
negativamente pelo fraco faturamento das empresas
de tabaco. Apesar da desaceleração das vendas, o
grupo permaneceu altamente rentável, com uma
margem de lucro líquido combinado de 9,1%.
Os resultados do setor como um todo variam
consideravelmente por subsetor.
Após um ano de 2011 sombrio para os fabricantes de
produtos eletrônicos, 2012 viu o setor ganhar alguma
força. Uma recuperação moderada entre as empresas
japonesas após o terremoto e o tsunami de 2011,
juntamente com o desejo crescente dos consumidores
por dispositivos conectados, fez com que as receitas
subissem para quase 10%. Os lucros seguiram o
exemplo: a margem de lucro líquido combinado do
setor quase triplicou, de 2,6% no ano anterior para
7,2% em 2012.
O grupo de bebidas continuou a ter melhor
desempenho no faturamento em relação a seus
pares em alimentação e tabaco. Apesar de menor
que os 10,9% registrado em 2011, as vendas
avançaram sólidos 6,6% para os fabricantes de
bebidas alcoólicas e não alcoólicas em 2012. A
rentabilidade manteve-se robusta – os fabricantes
de bebidas geraram uma margem de lucro líquido
combinado de 14%.
Performance por setor de produtos, 2012 (em %)
Por outro lado, as vendas despencaram nos
subsetores de alimentação e tabaco. Os
processadores de alimentos, que tiveram crescimento
de 8,3% em 2011, informaram um crescimento
combinado das vendas de apenas 3,1% em 2012.
No entanto, o subsetor de alimentos registrou uma
tímida melhora no desempenho de seu resultado
final; a margem de lucro líquido combinado subiu
para 5,2% (contra 4,8% em 2011).
As empresas de tabaco deram duro para obter
aumento das vendas de 1,6% em 2012, enquanto
a venda de cigarros continuou a cair nos mercados
desenvolvidos. Enquanto se prepara para tirar
proveito do mercado de cigarro eletrônico, o setor
continua sendo altamente rentável. Em 2012,
o grupo obteve uma margem de lucro líquido
combinado de 20,6%.
Crescimento de Margem de
vendas líquidas*, lucro líquida**,
2012
2012
250 maiores
Roupas e acessórios
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Móveis e eletrodomésticos
Utensílios para casa e ferramentas
Produtos de lazer
Produtos de higiene pessoal
e para casa
Pneus
Retorno sobre Vendas líquidas
os ativos**,
CAGR* ***,
2012
2007-2012
5,1
7,3
9,6
3,8
2,8
4,4
2,4
8,2
7,3
7,2
9,1
4,6
3,4
9,4
7,3
7,8
7,0
7,4
6,7
3,2
6,5
5,7
6,2
6,8
6,9
4,4
1,0
-2,5
4,4
10,0
8,4
3,5
1,8
5,5
5,6
2,6
Fonte: dados publicados pelas empresas
* Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda
** Composto ponderado pelas vendas
*** Taxa de crescimento composta anual
Perfil por setor de produtos, 2012
Número de
empresas
250 maiores
Roupas e acessórios
Produtos eletrônicos
Alimentos, bebidas e tabaco
Móveis e eletrodomésticos
Utensílios para casa e ferramentas
Produtos de lazer
Produtos de higiene pessoal
e para casa
Pneus
Tamanho
médio
(US$/milhões)
Parcela
entre as 250
maiores (%)
Parcela de vendas
entre as 250
maiores (%)
250
20
20
141
13
10
8
12.516
6.905
35.589
10.711
9.887
6.706
5.154
100
8,0
8,0
56,4
5,2
4,0
3,2
100
4,4
22,7
48,3
4,1
2,1
1,3
27
14.758
10,8
12.7
11
12.145
4,4
4.3
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 25
Alimentos, bebidas e tabaco: desempenho por subsetor, 2012
Número de
empresas
Bebidas
Processamento de alimentos
Tabaco
Alimentos, bebidas e tabaco
32
100
9
141
Tamanho médio
(US$/milhões)
Crescimento de vendas
líquidas*, 2012
11.505
9.981
16.000
10.711
6,6
3,1
1,6
3,8
Margem de lucro
líquida**, 2012 (%
14,0
5,2
20,6
9,1
Retorno sobre os ativos**, Vendas líquidas CAGR***,
2012 (%)
2007-2012 (%)
7,9
5,6
12,4
7,4
8,2
6,8
4,0
6,9
Fonte: Análise da Deloitte, consolidada a partir de dados publicados pelas empresas
* Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda
** Composto ponderado pelas vendas
*** Taxa de crescimento composta anual
A forte recuperação nas vendas, registrada pelos
fabricantes de móveis e eletrodomésticos de 2009
a 2011, chegou ao fim em 2012, quando as vendas
cresceram apenas 2,8%. Embora a rentabilidade
tenha se mantido bastante modesta, como é típico
para esse grupo, sua margem de lucro líquido
combinado de 4,6% foi uma melhora sobre o
resultado do setor em 2011.
O crescimento das vendas caiu outra vez para as
empresas de utensílios domésticos e ferramentas
entre as 250 maiores em 2012. Depois de um ritmo
alto pós-recessão de 12,3% em 2010, o crescimento
caiu para 6,8% em 2011 e 4,4% em 2012. Embora o
resultado final do setor tenha melhorado, continuou
sendo o setor menos rentável, com uma margem de
lucro líquido combinado de 3,4% em 2012.
26
Para os produtos de lazer, depois de um declínio
em vendas em 2011, o crescimento combinado
das vendas do grupo foi 2,4%, representando uma
melhora em relação ao ano anterior. A Nintendo
contribuiu para essa reversão: a queda nas vendas
que atormenta a empresa, em dificuldades desde
2009, continuou, mas num ritmo muito mais lento.
O Grupo Lego foi a única empresa do setor a
desfrutar de crescimento de dois dígitos.
Já o setor de pneus, que se recuperou fortemente
em 2010 e 2011, ficou sem fôlego em 2012. Depois
de anos consecutivos de crescimento de vendas
de dois dígitos, as vendas subiram apenas 1,8%.
No entanto, todas as onze empresas de pneus
do ranking foram rentáveis.
As maiores empresas por setor de produto
A Samsung manteve-se como a primeira empresa de
produtos eletrônicos de consumo e, de fato, a maior
empresa de bens de consumo do mundo em 2012. No
entanto, a Apple, segunda colocada, continuou a ganhar
do líder com um aumento de 45% nas vendas. Panasonic
e Sony, que caíram para terceiro e quarto lugares no
ranking das dez maiores do setor em 2011 enquanto a
Apple continuou a subir no ranking, mantiveram suas
posições em 2012. Embora tanto a LG quanto a Nokia
tenham divulgado queda de vendas em 2012, a LG
ultrapassou a Nokia e subiu para o quinto lugar.
A Sharp Corporation foi retirada do ranking em 2012,
dado que já que a maioria de suas vendas não é derivada
dos bens de consumo. Em consequência, a Lenovo
subiu para a sétima colocação. Um forte crescimento
impulsionou a ASUSTeK de Taiwan, mais conhecida
como Asus, para as dez maiores dos eletrônicos de
consumo pela primeira vez na oitava colocação. Na
Research In Motion (conhecida como Blackberry), as
vendas continuaram a cair, tirando a empresa da lista das
10 maiores do setor em 2012. Apesar da queda de quase
10% nas vendas, a Acer, rival da Asus, passou para o
nono lugar abrindo espaço no final da lista para a Nikon,
outra recém-chegada no ranking das dez maiores.
As fabricantes de roupas e calçados esportivos
Nike e Adidas continuam a liderar as dez maiores
no segmento de moda. A maior mudança em
2012 no quadro dos líderes do setor foi a retirada
da empresa de produtos de luxo Richemont da
lista de empresas de bens de consumo da lista das
250 maiores empresas de bens de consumo. Para
fins deste relatório, a expansão da área de varejo
da Richemont significa que a empresa já não é
majoritariamente atacadista de bens de consumo. Em
consequência, a VF Corporation tornou-se a terceira
empresa do setor no ranking. A PVH subiu uma
posição, alcançando o oitavo lugar, e continuará a
subir no ranking após a aquisição da Warnaco Group
em fevereiro de 2013. As tradicionais empresas de
roupas Ralph Lauren e Lévi-Strauss, as fabricantes
de óculos Luxottica e Essilor International e os
grupos relojoeiros Swatch e Rolex também estão
representados entre as dez maiores do setor.
As dez maiores empresas de roupas e acessórios, 2012
Classificação Classificação
no setor do entre as 250 Nome da empresa País
produto
maiores
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
25
35
81
92
95
114
120
142
151
168
Nike
Adidas
V.F. Corporation
Luxottica Group
Swatch
Ralph Lauren
Essilor International
PVH
Rolex
Levi Strauss & Co.
Estados Unidos
Alemanha
Estados Unidos
Itália
Suíça
Estados Unidos
França
Estados Unidos
Suíça
Estados Unidos
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas,
(US$/milhões)
2012 (%)
25.313
4,9
19.141
11,7
10.766
15,0
9.113
13,9
8.319
15,3
6.763
1,3
6.416
19,1
5.541
2,4
n/a
5.122 e
4.610
-3,2
As dez maiores empresas de produtos eletrônicos, 2012
Classificação Classificação
no setor do entre as 250 Nome da empresa País
produto
maiores
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1
2
4
6
10
13
16
50
53
68
Samsung
Apple
Panasonic
Sony
LG Electronics
Nokia
Lenovo
ASUSTeK
Acer
Nikon
Coreia do Sul
Estados Unidos
Japão
Japão
Coreia do Sul
Finlândia
Hong Kong
Taiwan
Taiwan
Japão
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas,
(US$/milhões)
2012 (%)
178.982
21,9
156.508
44,6
88.367
-6,9
68.864
3,0
45.354
-6,1
38.809
-21,9
33.873
14,5
15.215
16,8
14.565
-9,6
12.227
10,0
As dez maiores empresas de alimentos, bebidas e tabaco, 2012
Suíça
Estados Unidos
Estados Unidos
Bélgica
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas,
(US$/milhões)
2012 (%)
98.372
10,2
65.492
-1,5
48.017
3,2
39.758
1,8
Brasil
38.969
22,5
Estados Unidos
35.015
-35,6
Estados Unidos
Estados Unidos
Estados Unidos
França
33.278
33.000
31.377
26.839
3,1
0,0
0,9
8,0
Classificação Classificação
no setor do entre as 250 Nome da empresa País
produto
maiores
1
2
3
4
3
8
9
11
5
12
6
15
7
8
9
10
17
18
19
22
Nestlé
PepsiCo
Coca-Cola
Anheuser-Busch
InBev
JBS Friboi
Mondelēz (antiga
Kraft Foods)
Tyson Foods
Mars
Philip Morris
Danone
Fonte: dados publicados pelas empresas
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 27
Embora a Nestlé tenha mantido a liderança entre
as empresas de alimentos, bebidas e tabaco, duas
grandes mudanças impactaram as dez maiores
do setor em 2012. A cisão do que é hoje a Kraft
Foods Group pela ex-Kraft Foods, (agora Mondeléz
International) fez a Mondeléz cair do terceiro para
o sexto lugar no setor, enquanto o Kraft Foods
Group, como empresa independente, ficou na 36ª
posição no ranking. A outra mudança significativa
envolve o Grupo Japan Tobacco, que ficou fora do
da lista das dez maiores em consequência de uma
mudança contábil. A adoção voluntária das normas
internacionais de contabilidade IFRS pela empresa teve
um impacto significativo nas suas vendas líquidas dado
que o valor dos produtos envolvidos em operações de
agentes é deduzido da receita. A saída da JT da lista
das dez maiores deixou a porta aberta para a Danone
passar para o décimo lugar. Outra alteração ocorreu
na classificação do setor: a Tyson Foods ultrapassou
a Mars e ficou em sétimo lugar.
As dez líderes no setor de móveis e eletrodomésticos
são fabricantes de aparelhos domésticos. Embora
a composição desse grupo não mude desde 2009,
as empresas continuam a brigar por posições.
Haier, Whirlpool e Electrolux mantiveram-se nos
três primeiros lugares. No entanto, duas empresas
chinesas, Gree e GD Midea, trocaram de lugar na lista
no quarto e sexto lugares, respectivamente, após o
declínio acentuado nas vendas de 2012 da GD Midea.
O fraco desempenho da empresa foi atribuído à
decisão de reposicionar sua imagem como marca de
preço médio para alto, bem como sua dependência
do mercado chinês para a maioria das suas vendas.
A turca Arçelik, com anos consecutivos de crescimento
de vendas acima de 20%, superou o Groupe SEB da
França e passou para a sétima colocação.
As dez maiores empresas de utensílios domésticos
e ferramentas formaram um grupo estável em 2012.
Enquanto o Grupo LIXIL do Japão encabeça a lista,
o ranking das dez maiores é dominado por empresas
americanas. A única mudança na ordem de
classificação se deve a efeitos cambiais do período:
a Mohawk passou à frente da Toto apenas pelo iene
fraco, em um ranking expresso em dólar.
28
As dez maiores empresas de móveis e eletrodomésticos, 2012
China
Estados Unidos
Suécia
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas,
(US$/milhões)
2012 (%)
25.876
8,1
18.143
-2,8
16.257
8,3
China
15.757
19,4
Alemanha
China
Turquia
França
Alemanha
Itália
12.604
10.799
5.868
5.221
4.080
3.712
1,5
-26,9
25,1
2,4
3,8
2,1
Classificação Classificação
no setor do entre as 250 Nome da empresa País
produto
maiores
1
2
3
23
37
47
4
48
5
6
7
8
9
10
64
80
132
150
187
204
Haier Group
Whirlpool
Electrolux
Gree Electric
Appliances
Bosch und Siemens
GD Midea Holding
Arçelik
Groupe SEB
Miele & Cie
Indesit Company
As dez maiores empresas de utensílios para casa e ferramentas, 2012
Japão
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas,
(US$/milhões)
2012 (%)
17.380
11,2
Estados Unidos
10.191
-1,8
Estados Unidos
Estados Unidos
Japão
Estados Unidos
Suécia
Hong Kong
Estados Unidos
7.745
5.788
5.763
5.000
4.557
3.843
3.591
3,7
2,6
5,2
0,0
1,6
5,3
7,9
Estados Unidos
3.200
0,0
Classificação Classificação
no setor do entre as 250 Nome da empresa País
produto
maiores
1
44
2
83
3
4
5
6
7
8
9
103
133
135
153
171
198
214
10
234
LIXIL Group (antigo
JS Group)
Stanley Black &
Decker
Masco
Mohawk Industries
TOTO
Kohler
Husqvarna
Techtronic Industries
Fortune Brands
Home & Security
JELD-WEN
As oito maiores empresas de produtos de lazer, 2012
Japão
Estados Unidos
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas,
(US$/milhões)
2012 (%)
7.689
-1,9
6.421
2,5
Japão
5.896
7,3
Estados Unidos
Japão
Estados Unidos
Dinamarca
Estados Unidos
4.856
4.440
4.089
4.044
3.797
2,1
2,9
-4,6
25,0
-8,4
Classificação Classificação
no setor do entre as 250 Nome da empresa País
produto
maiores
1
2
105
119
3
131
4
5
6
7
8
158
174
186
190
200
Nintendo
Mattel
Namco Bandai
Holdings
Activision Blizzard
Yamaha
Hasbro
The Lego Group
Electronic Arts
Fonte: dados publicados pelas empresas
Há oito empresas do setor de produtos de lazer no
ranking em 2012, em comparação a dez no ano
anterior. A Nintendo continuou no primeiro lugar,
apesar de mais um ano de declínio das vendas.
No entanto, sua liderança em relação à segunda
classificada Mattel diminuiu rapidamente. O rápido
crescimento do Grupo Lego o levou à frente da
fabricante de videogame Electronic Arts, dado que
esta continua a evoluir seus negócios para vender
mais produtos aos consumidores pela internet.
A queda nas vendas deixou a japonesa Konami
Corporation pequena demais para continuar entre as
250 maiores em 2012. Finalmente, a Hallmark Cards
foi retirada do ranking em consonância com nossa
decisão de excluir editoras de livros, revistas e agora
cartões de felicitações.
As dez maiores empresas de produtos de higiene e para a casa, 2012
Classificação Classificação
no setor do entre as 250 Nome da empresa País
produto
maiores
1
5
The Procter &
Gamble Company
2
7
Unilever
3
4
5
6
7
8
9
10
20
31
32
45
46
51
63
67
L’Oréal
Henkel
Kimberly-Clark
Colgate-Palmolive
Kao Corporation
Reckitt Benckiser
Svenska Cellulosa
Maxingvest
Estados Unidos
Holanda e Reino
Unido
França
Alemanha
Estados Unidos
Estados Unidos
Japão
Reino Unido
Suécia
Alemanha
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas,
(US$/milhões)
2012 (%)
84.167
0,6
66.007
10,5
28.889
21.233
21.063
17.085
16.268
15.165
12.623
12.357
10,4
5,8
1,0
2,1
6,7
0,9
5,0
4,7
As dez maiores empresas de pneus, 2012
A P&G continua sendo a líder do setor de produtos
de higiene pessoal e de uso doméstico. O ranking das
dez maiores desse grupo é dominado por empresas
americanas e europeias – a Kao Corporation, do
Japão, é a única exceção. A lista de 2012 permaneceu
igual à de 2011. A única mudança foi a ordem das
duas últimas empresas na lista, uma vez que a sueca
SCA passou à frente da alemã Maxingvest.
O setor de pneus é representado por onze empresas.
Além das dez maiores temos também a Kumho Tire
Co., da Coreia do Sul. A Bridgestone continua a liderar
o bloco, seguida da Michelin e da Goodyear. As outras
empresas de pneus são consideravelmente menores
do que as três grandes. Em 2012, a Yokohama
retomou seu lugar no ranking na frente da Hankook.
Em 2011, a ordem foi invertida porque a Yokohama
havia mudado a sua data de fechamento do ano fiscal,
e seus resultados refletiram apenas um período de
nove meses. Também em 2012, a Toyo & Rubber do
Japão ultrapassou a taiwanesa Cheng Shin Rubber.
Japão
França
Estados Unidos
Japão
Itália
Japão
Coreia do Sul
Japão
Taiwan
Crescimento
Vendas
de vendas
líquidas, 2012
líquidas,
(US$/milhões)
2012 (%)
38.118
0,5
27.617
3,6
20.992
-7,8
8.906
4,9
7.808
7,4
7.019
0,3%
6.256
8,3
4.640
15,4
4.417
8,6
Estados Unidos
4.201
Classificação Classificação
no setor do entre as 250 Nome da empresa País
produto
maiores
1
2
3
4
5
6
7
8
9
14
21
33
94
101
110
125
165
175
10
181
Bridgestone
Michelin
Goodyear
Sumitomo.
Pirelli
Yokohama
Hankook
Toyo Tire
Cheng Shin Rubber
Cooper Tire &
Rubber
7,0
Fonte: dados publicados pelas empresas
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 29
Os recém-chegados aos 250 maiores
Quinze empresas entraram para o ranking em 2012 e
seis empresas voltaram. A Schwan Food Company, a
Vizio e a Flowers Foods voltaram após ausência de um
ano. A Anadolu Efes retorna em grande estilo, após a
aquisição das cervejarias da SABMiller na Rússia e na
Ucrânia.
O forte crescimento orgânico impeliu a Thai Beverage
de volta ao ranking após uma ausência de três
anos. Tirando a interrupção entre 2010 e 2011,
anos consecutivos de sólido crescimento das vendas
também colocaram a Mary Kay, uma das maiores
em venda direta de produtos de beleza, de volta
aos Poderosos em 2012.
Nove empresas entraram para a lista das 250 maiores
pela primeira vez em 2012:
••O Kraft Foods Group, o recém-chegado mais
bem classificado, resultante da cisão da Mondeléz
International, em outubro de 2012
••A Maruha Nichiro, uma das maiores produtoras de
frutos do mar do Japão
••A Leucadia National Corporation, holding
diversificada com investimentos em uma gama de
negócios, após a aquisição do controle acionário
da National Beef Packing Company, classificada
em 111º lugar em 2011
••A Orkla, empresa norueguesa agora centrada
em bens de consumo de marca, após o
desmembramento de seus negócios de soluções de
alumínio em uma joint venture separada
••A Kweichow Moutai Co., que fabrica a Moutai, a
aguardente nacional da China
••A Green Mountain Coffee Roasters, líder no negócio
de cafés especiais e cafeteiras na América do Norte
••A Want Want China Holdings, empresa chinesa
conhecida por suas bolachas de arroz, laticínios,
bebidas e lanches
••O AmorePacific Group, empresa sul-coreana
especializada na fabricação e comercialização de
cosméticos, produtos de higiene pessoal e produtos
de saúde
••A NBTY, fornecedora americana de vitaminas,
minerais, ervas, bebidas esportivas e outros
suplementos nutricionais
30
Os recém-chegados ao ranking
Classificação
entre os 250 Nome da empresa
maiores
País de origem
36
Kraft Foods
Estados Unidos
88
Maruha Nichiro
Holdings
Japão
91
Leucadia
Estados Unidos
154
Orkla
Noruega
182
Kweichow Moutai
China
197
Green Mountain
Coffee Roasters
Estados Unidos
215
Anadolu
Turquia
226
Want Want China
Holdings
China
239
Schwan Food
Estados Unidos
242
Thai Beverage
Tailândia
243
Mary Kay
Estados Unidos
245
Vizio
Estados Unidos
247
Amorepacific
Coreia do Sul
249
Flowers Foods
Estados Unidos
250
NBTY
Estados Unidos
Formato dominante
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Produtos de higiene
pessoal e para a casa
Produtos eletrônicos
Produtos de higiene
pessoal e para a casa
Alimentos, bebidas e
tabaco
Alimentos, bebidas e
tabaco
Fonte: dados publicados pelas empresas
Crescimento de
vendas líquidas,
2012 (%)
-1,7
-0,8
540,8
-52,7
43,8
45,6
34,8
14,0
5,0
35,5
6,9
29,2
12,2
9,8
1,4
Os 50 mais rápidos
A lista dos 50 Mais Rápidos se baseia no crescimento
de vendas anual combinado durante um período de
cinco anos. As empresas que também estavam entre
os 50 fabricantes de bens de consumo que cresceram
mais rápido no último relatório compõem um grupo
de elite ainda mais restrito. Essas empresas estão
identificadas na lista em itálico negrito.
Entre 2007 e 2012, as vendas líquidas combinadas
aumentaram a uma taxa anual combinada de 22,1%
para os 50 Mais Rápidos – quase quatro vezes o ritmo
do ranking como um todo. Embora a maioria dessas
empresas tenha mantido um crescimento agressivo em
2012, o crescimento ano a ano arrefeceu um pouco,
atingindo 17,8% e alinhado com a desaceleração em
crescimento de vendas como um todo experimentada
pelos 250 maiores.
Encabeçam a lista duas recém-chegadas ao Top 250.
Os negócios da Green Mountain Coffee Roasters
foram impulsionados principalmente pelo crescimento
e adoção, nos últimos anos, do sistema de cafeteiras
de cápsula individual Keurig. Resta saber se a empresa
conseguirá manter sua participação de mercado,
dado que as patentes de proteção do K-cup expiraram
em setembro de 2012. A aquisição da National Beef
Packing Company fez a Leucadia National Corporation
transformar-se em empresa de bens de consumo e
a colocou em segundo lugar entre as 50 Mais Rápidas
em 2012.
Embora as aquisições tenham servido como o principal
impulsionador de crescimento para muitas das 50
empresas de crescimento mais rápido ao longo dos
anos, não houve nenhum campeão de vendas em
2012. Treze das 50 empresas de bens de consumo
que cresceram mais rápido fizeram uma aquisição
significativa no ano fiscal de 2012 (em que o valor do
negócio foi acima de US$ 100 milhões e a empresa
adquiriu o controle acionário). Entretanto, apenas três
acordos foram avaliados em US$ 1 bilhão ou mais:
••Anadolu Efes – aquisição das cervejarias russas e
ucranianas da SABMiller
••AmBev, subsidiária da Anheuser-Busch InBev –
aquisição de 52% de participação na Cerveceria
Nacional Dominicana (CND), fabricante de bebidas
alcoólicas e não alcoólicas na República Dominicana
••Reckitt Benckiser Group – aquisição da Schiff
Nutrition International, empresa de suplementos
nutricionais e vitamínicos
Os 50 varejistas que crescem mais rápido (2007-2012)
Ranking de Classificação Empresa
crescimento nos 250
maiores
Vendas líquidas
2007-2012,
CAGR¹
1
197
Green Mountain Coffee Roasters
Estados Unidos
2
91
Leucadia
Estados Unidos
51,4
3
69
Marfrig Alimentos
Brasil
48,0
Apple
United States
44,8
Boparan Holdings (2 Sisters Food)
Reino Unido
41,7
39,9
4
2
5
207
6
12
JBS Friboi
Brasil
62,4
7
30
Imperial Tobacco Group
Reino Unido
34,9
8
52
BRF - Brasil Foods
Brasil
33,9
9
139
Groupe Bigard
França
31,3
10
176
Wuliangye Yibin
China
29,9
11
182
Kweichow Moutai
China
29,6
12
221
China Yurun Food Group
Hong Kong
25,4
13
226
Want Want China Holdings
China
25,1
14
177
Arca Continental
México
24,8
15
190
Lego
Dinamarca
23,9
16
90
Tingyi (Cayman Islands) Holding
China
23,4
17
156
Skyworth Digital Holdings
Hong Kong
22,1
18
107
Savola Group
Arábia Saudita
21,3
19
48
Gree Electric Appliances
China
21,2
20
142
PVH
Estados Unidos
21,1
21
146
Ruchi Soya Industries
Índia
20,7
22
86
Hangzhou Wahaha Group
China
19,8
23
62
Grupo Bimbo
México
24
130
J.M. Smucker
Estados Unidos
25
219
LG Household & Health Care
Coreia do Sul
17,9
26
83
Stanley Black & Decker
Estados Unidos
17,8
27
97
Sichuan Changhong Electric
China
17,8
28
116
Inner Mongolia Yili Industrial Group China
16,7
29
134
ITC
Índia
16,4
30
215
Anadolu Efes
Turquia
16,2
31
164
AGRIAL
França
15,9
32
247
Amorepacific
Coreia do Sul
15,9
33
16
Lenovo
Hong Kong
15,7
34
232
Natura Cosméticos
Brasil
15,6
35
80
GD Midea Holdin
China
15,4
36
1
Samsung Electronics
Coreia do Sul
15,3
37
175
Cheng Shin Rubber
Taiwan
15,2
38
11
Anheuser-Busch InBev
Bélgica
15,0
39
141
Sodiaal Union
França
14,4
40
125
Hankook Tire
Coreia do Sul
14,4
41
242
Thai Beverage
Tailândia
13,9
42
185
Tsingtao Brewery
China
13,8
43
188
Herbalife
Estados Unidos
13,7
44
222
Bestseller
Dinamarca
13,4
45
77
Research In Motion (Blackberry)
Canadá
13,0
46
245
Vizio
Estados Unidos
12,9
47
208
Hisense Electric
China
12,8
China
12,7
Reino Unido
12,7
48
124
49
51
50
144
Fastest 50** ***
Fabricantes de bens de consumo sediadas em
mercados emergentes foram responsáveis por
quase dois terços dos 50 Mais Rápidos em 2012
(32 empresas). Isso incluiu, entre outras, 15 das 23
empresas do ranking sediadas na China ou em Hong
Kong, as quatro empresas brasileiras e quatro
das sete da Coreia do Sul.
País
As 250 maiores** ***
Henan Shuanghui Investment &
Development
Reckitt Benckiser Group
Indofood Sukses Makmur
Indonésia
19,1
18,5%
12,4
22,1
5,7
Empresas em negrito e itálico também estavam entre as 50 empresas de produtos de consumo com maior
crescimento em 2011
*Não foi possível determinar se as vendas divulgadas pela empresa incluem impostos
**Taxas de crescimento compostas ponderadas pelas vendas e ajustadas pela moeda
***Margens de lucro ponderadas pelas vendas
¹Taxa de crescimento composto anual
e = estimativa Fonte: Dados publicados pela empresa
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 31
Fusões e aquisições continuam a
repercutir no setor de bens de consumo
Atividade e tendências de M&A
Apesar da natureza frágil da recuperação econômica
e da sua suscetibilidade aos choques econômicos,
os investidores bem capitalizados continuaram a
procurar oportunidades de fusões, aquisições e
joint ventures que reforcem suas posições estratégicas,
bem como respaldem suas metas de crescimento
e proporcionem relevantes sinergias com redução
de custo.
Dados da mergermarket.com, uma ferramenta
independente de informações sobre Fusões e
Aquisições (M&A, na sigla em inglês) apontam que
a atividade global de fusões e aquisições por empresas
de bens de consumo atingiu seu nível mais baixo em
2009 após a grande recessão, com 958 transações.
Desde então, o número de negócios só aumentou: em
2012 foram 1.298 transações, mais do que as 1.274 de
2011 e as 1.117 de 2010. Para 2013, 1.182 transações
haviam sido notificadas até 22 de fevereiro de 2014.
No entanto, a tendência é que haja um descompasso
entre as transações concluídas e os níveis reais de
atividade de M&A. Quanto mais negócios forem
formalmente notificados e os dados históricos
continuarem a ser atualizados, a linha de evolução
deverá tender para cima, principalmente nos últimos
trimestres de 2013.
Ao contrário do volume de transações, os valores das
transações estão tendendo para baixo desde 2009 –
apesar de, em 2013, o valor médio ter começado a
subir. Em 2012, foram divulgados os valores de 616
transações, ou quase metade dos acordos concluídos.
Com essas operações chegando a um valor total de
quase US$ 143 bilhões, o valor médio foi de US$ 232
milhões, abaixo dos US$ 379 milhões de 2009.
Com base em resultados preliminares para 2013, o
valor médio das transações divulgadas aumentou
substancialmente, atingindo US$ 345 milhões.
Outra maneira de avaliar a atividade de M&A do setor
é verificar o número e o valor médio dos grandes
negócios. Considerando apenas as transações
concluídas com valores de pelo menos US$ 100
milhões, as tendências são as mesmas. O número
desses negócios despencou em 2009, quando houve
apenas 123 transações significativas, mas em seguida
voltou a subir. No entanto, o valor médio desses
negócios maiores atingiu o pico em 2009 e foi então
declinando até 2012. Em 2013, voltaram a subir.
Atividade de fusões e aquisições pelas empresas de bens de consumo, 2001-2013*
Número de
Número total
acordos com
de acordos
valor revelado
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
1182
1298
1274
1117
958
1248
1350
1304
1114
931
700
565
539
547
616
676
570
476
697
840
823
694
518
443
384
413
Valor total dos
acordos (com
cifras reveladas,
em US$/milhões)
R$188.579
R$142.947
R$163.799
R$168.850
R$180.447
R$253.662
R$245.179
R$136.476
R$204.326
R$95.194
R$139.661
R$76.618
R$123.774
Valor médio dos
acordos com
cifras reveladas
(em US$/milhões)
R$345
R$232
R$242
R$296
R$379
R$364
R$292
R$166
R$294
R$184
R$315
R$200
R$300
Número de
acordos com valor
não revelado
635
682
598
547
482
551
510
481
420
413
257
181
126
Número de
acordos com
valor superior a
US$ 100 milhões
188
200
217
178
123
210
260
202
195
146
115
123
128
Valor total dos
acordos de cifra
superior a
US$ 100 mi
177.607
130.206
149.735
155.845
170.461
238.542
228.096
118.498
190.424
85.020
129.793
68.129
114.298
Os resultados refletem acordos completados durante o ano-calendário pelas empresas de bens de consumo; empresas adquiridas podem ser de variados setores
*Resultados para 2013 são preliminares e podem sofrer revisão posterior
Fonte: mergermarket.com; acessado em 22 de fevereiro de 2014
32
Valor médio
dos acordos
superiores a
US$ 100 mi
945
651
690
876
1.386
1.136
877
587
977
582
1.129
554
893
Atividade de Fusões & Aquisições pelas empresas de bens de consumo, Q1 2008 - Q4 2013
110
400
100
350
90
300
80
250
70
60
200
50
150
40
30
100
20
50
10
0
Q1 2013
Q1 2013
Q1 2013
Q1 2013
Q1 2012
Q1 2012
Q1 2012
Q1 2012
Q1 2011
Q1 2011
Q1 2011
Q1 2011
Q1 2010
Q1 2010
Q1 2010
Q1 2010
Q1 2009
Q1 2009
Q1 2009
Q1 2009
Q1 2008
Q1 2008
Q1 2008
Q1 2008
0
Número de acordos com cifras reveladas
Número de acordos com cifras não reveladas
Valor total dos acordos com cifras reveladas (em US$/ bilhões)
Os resultados refletem acordos completados durante o ano-calendário pelas empresas de bens de consumo; empresas adquiridas podem ser de variados setores
*Resultados para 2013 são preliminares e podem sofrer revisão posterior
Fonte: mergermarket.com; acesso em 22 de fevereiro de 2014
Os impulsionadores no setor de bens de
consumo permanecem fortes
A tendência ascendente do volume de negócios nos
últimos anos pode parecer surpreendente, dado o
ritmo lento da economia global. Isto pode se dever,
pelo menos em parte, às oportunidades de comprar
ativos a preços de liquidação, o que também ajuda a
explicar o declínio dos valores de negócios em 2012.
No entanto, a busca por economias de escala e maior
participação no mercado – seja de modo geográfico,
por categoria de produto ou por segmento de
consumidor – continuou a impulsionar a atividade
no setor de bens de consumo.
A atividade de negócios também foi estimulada
pelo aumento do crédito, baixas taxas de juros,
mercados de capitais revitalizados e, em alguns
casos, consideráveis reservas monetárias das
empresas. Além disso, os fundos de participação
têm demonstrado um interesse renovado nos bens
de consumo. Numa das maiores aquisições no ramo
de alimentos, a H. J. Heinz foi comprada em junho
de 2013 pela Berkshire Hathaway e pela empresa
brasileira de investimentos 3G Capital em uma
transação de US$ 28 bilhões. A 3G e a Berkshire
têm participação igual na Heinz.
A análise dos negócios concluídos por empresas
de bens de consumo nos últimos dois anos indica
que elas visam três objetivos principais:
••Consolidar sua posição nos mercados existentes
••Ter acesso a novos mercados geográficos
••Estabelecer uma plataforma de crescimento
estratégico
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 33
Consolidar sua posição nos mercados existentes
Fusões e aquisições têm ajudado as grandes
empresas no setor de bens de consumo, em um
esforço para atingir mais clientes e obter maior
eficiência. Embora muitos setores – incluindo tabaco,
bebidas alcoólicas e não alcoólicas, produtos de
luxo e processamento de carnes e aves – já tenham
experimentado uma consolidação significativa, a
atividade de M&A para obter mais economia de
escala e sinergias operacionais continua sendo alta
prioridade em muitas empresas – principalmente
porque consumidores preocupados com os custos
permanecem cautelosos e centrados nos valores.
Alguns exemplos recentes de aquisições baseadas
em escala:
••Em julho de 2012, a sueca SCA, empresa global de
produtos de higiene e florestais, adquiriu a divisão
europeia de lenços de papel da Georgia-Pacific,
consolidando sua posição na Europa e oferecendo
sinergias consideráveis de custo.
••A AB InBev adquiriu os 50% restantes do Grupo
Modelo no México que ainda não possuía em junho
de 2013. A empresa resultante vai liderar o setor
global de cerveja.
••A JBS, processadora brasileira de carnes, comprou a
Seara Alimentos, outra empresa brasileira do ramo, em
outubro de 2013. A transação, feita após uma série
de aquisições anteriores de processadoras de carnes
e aves nos Estados Unidos, bem como a fusão com
o Grupo Bertin no Brasil, permite à JBS reforçar a sua
posição como uma das maiores empresas de carnes
processadas, não só no Brasil, mas em todo o mundo.
••A aquisição, em dezembro de 2013, das marcas de
refrigerante Lucozade e Ribena da GlaxoSmithKline
pela Suntory reforçará sua posição no mercado
europeu de bebidas.
À medida que as empresas de bens de consumo
continuam a consolidar suas atividades e investimentos
em torno de categorias essenciais e grandes marcas,
remodelando de maneira proativa suas carteiras de
produtos, elas estão cortando e se desfazendo de
operações não rentáveis ou não essenciais. Este outro
lado da tendência de consolidação também impulsionou
a atividade de fusões e aquisições para níveis mais
34
elevados nos últimos anos, dado que outras empresas,
incluindo empresas de fundos de participação, estão
arrematando essas marcas e empresas órfãs.
Os fundos de participação têm desempenhado um
papel importante com inúmeras marcas e negócios
não essenciais relegados pelas grandes empresas.
A Campbell Soup Company vendeu sua divisão
europeia de refeições simples à CVC Capital Partners
em outubro de 2013, num esforço para remodelar
sua carteira e concentrar-se apenas em suas marcas
mais fortes em mercados em crescimento. A
Apax Partners adquiriu da Nike a marca de moda
americana Cole Haan em fevereiro de 2013. A
transação está em consonância com a estratégia
da empresa de se concentrar em marcas que
complementem a marca Nike.
Ter acesso a novos mercados geográficos
Embora o crescimento econômico de mercados em
desenvolvimento como China, Brasil e Índia tenha
desacelerado, seus níveis de crescimento absoluto
permanecem atraentes em relação ao crescimento
econômico lento dos mercados mais maduros. Em
consequência, as empresas de bens de consumo
continuam a buscar aquisições e joint ventures para
estabelecer ou expandir o acesso a essas regiões de
crescimento mais elevado.
Ganhar presença em mercados novos e emergentes
está levando a uma maior consolidação no mercado
global de bebidas. Veja abaixo algumas das inúmeras
transações realizadas nos últimos dois anos:
••A aquisição da United Spirits pela Diageo em abril de
2013 lhe proporciona grande presença no mercado
indiano de destilados em rápido crescimento. A
empresa também adquiriu a marca de cachaça Ypióca
no Brasil. Em consonância com sua estratégia de
aumentar a presença nas economias de crescimento
mais rápido do mundo, a Diageo também adquiriu
o controle ou participação minoritária em empresas
de bebidas alcoólicas no Brasil, na África do Sul, na
Etiópia, no Vietnã e na China, nos últimos dois anos.
••A aquisição da Asia Pacific Breweries pela Heineken
em janeiro de 2013 consolidou sua posição anterior
de joint venture no mercado asiático.
••A AB Inbev concordou em adquirir da KKR a sulcoreana Oriental Brewery, que reforçará a posição
da cervejaria belga na região Ásia-Pacífico.
••Em dezembro de 2013, a Carlsberg adquiriu uma
participação adicional na Chongqing Brewery para
assumir o controle de seu investimento estratégico
no florescente mercado cervejeiro da China.
••A Molson Coors adquiriu em junho de 2012, da
CVC Capital Partners, a StarBev, empresa checa de
cervejarias presente em toda a Europa Oriental e Central,
expandindo sua carteira global na Europa Central.
Também houve aumento de atividade entre
fabricantes de produtos de higiene pessoal ao
decidirem explorar o poder aquisitivo cada vez maior
nos mercados emergentes.
••A SCA está particularmente ativa em todo o mundo.
Em 2012, a empresa comprou a Everbeauty Corp.,
empresa de produtos de higiene sediada em Taiwan,
para ter acesso ao crescente mercado asiático,
e a Papeles Industriales, empresa de produtos
de higiene do Chile, para reforçar sua presença
na América do Sul. Em 2013, adquiriu a Vinda
International, expandindo-se para o mercado chinês
de lenços de papel.
••A Revlon comprou a Colomer Beauty and
Professional Products da CVC Capital Partners,
em outubro de 2013. A aquisição procura reforçar
as vendas da Revlon fora dos Estados Unidos
e proporcionar acesso ao canal de distribuição
profissional de salões de beleza.
••Em janeiro de 2014, foi aprovado o plano da L’Oréal
para adquirir a Magic Holdings. Com a aquisição, a
L’Oréal passa a ser dona da marca de máscara facial
mais vendida na China e penetra mais facilmente
na base de clientes do mercado intermediário de
rápido crescimento. As marcas atuais da L’Oréal têm
se concentrado em grande parte nos compradores
mais abastados da China.
Estabelecer uma plataforma de crescimento
estratégico
As empresas de bens de consumo bem-sucedidas
procuram domar as ondas criadas por tendências
demográficas, sociais, econômicas e tecnológicas.
Saúde e bem-estar (alimentos funcionais e produtos
antienvelhecimento, por exemplo), diversidade
étnica (alimentos ou produtos de higiene pessoal),
meio ambiente (produtos e práticas de produção
verde), luxo e conveniência (alimentos de fácil preparo
ou embalagens para viagem) representam alguns dos
novos padrões de crescimento no mercado de hoje.
O desejo de garantir acesso a marcas, recursos,
habilidades ou tecnologias patenteadas específicas
– especialmente nas categorias de produtos
relacionadas aos negócios já existentes de uma
empresa – está impulsionando a atividade em
alguns setores. Essas aquisições muitas vezes
proporcionam um modo mais rápido e provavelmente
menos arriscado para uma empresa explorar uma
oportunidade específica de mercado que adotou
como plataforma de crescimento estratégico.
••A Under Armour, marca americana de roupas,
calçados e acessórios esportivos, adquiriu a
MapMyFitness em dezembro de 2013. Entre os
aplicativos da empresa estão o MapMyRun e o
MapMyRide, que usam tecnologia GPS para permitir
que usuários cadastrados controlem suas atividades
físicas. A empresa visa diretamente o mercado de
roupas tecnológicas estimado em US$ 2,5 bilhões.
••O setor de tabaco já passou por uma consolidação
substancial, de modo que grandes negócios já não
são frequentes. No futuro, a atividade de fusões e
aquisições continuará a proporcionar às empresas
maior alcance em mercados emergentes, onde
a demanda por produtos tradicionais de tabaco
permanece forte. No entanto, a atividade recente no
setor de tabaco incluiu investimentos em iniciativas
de tabaco sem fumaça e as empresas procuram
utilizar novas tecnologias e oferecer alternativas aos
cigarros tradicionais. A Bat, a Lorillard e a Imperial
Tobacco fizeram recentes aquisições no mercado
de cigarros eletrônicos.
••Em janeiro de 2014, a Suntory, grupo global de
bebidas sediado no Japão, concordou em adquirir
a empresa americana de destilados Beam Inc. A
aquisição fará da Suntory a terceira maior fabricante
mundial de destilados premium, com especialização
e abrangência de carteira específicas em uísque
premium, que está impulsionando o crescimento
mais rápido de destilados no Ocidente.
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 35
As principais aquisições são predominantemente
dos setores de alimentos e bebidas
Em 2013, 25 transações de pelo menos US$ 1 bilhão
foram concluídas em todo o mundo pelas empresas
de bens de consumo. Isso é bem mais do que as
13 transações de mais de US$ 1 bilhão de 2012 e
as 17 de 2011. Seguindo as tendências históricas,
os setores de alimentos e bebidas continuam a
dominar a atividade de negócios no setor de bens de
consumo. As empresas de alimentos e bebidas que
adquiriram outras empresas, marcas ou unidades de
negócios em outras regiões foram responsáveis por
19 das 25 maiores transações em 2013 e por sete
das 13 maiores de 2012.
Maiores aquisições por empresas de bens de consumo em 2012*
Classificação
entre os
Comprador
Buyer location
acordos
Kellogg
1
Estados Unidos
Company
Molson Coors
2
Estados Unidos
Brewing
Setor de
produtos do
comprador
Alimentos,
bebidas e tabaco
Alimentos,
bebidas e tabaco
Produtos
eletrônicos
Alimentos,
bebidas e tabaco
Produtos de
higiene pessoal e
para casa
Alimentos,
bebidas e tabaco
3
Sony
Japão
4
Anadolu Efes
Turquia
5
Svenska
Cellulosa
Suécia
6
Campbell
Soup
Estados Unidos
7
Sony
Japão
Produtos
eletrônicos
8
Asahi Group
Holdings
Japão
Alimentos,
bebidas e tabaco
9
Spectrum
Brands
Holdings
Estados Unidos
10
11
Reckitt
Benckiser
Group
Bright Food
(Group) Co.
Reino Unido
China
12
Haier Group
Hong Kong
13
AnheuserBélgica
Busch InBev
(Ambev Brasil
Bebidas Ltda.)
Empresa adquirida /
Empresa controladora
Pringles/ Procter
& Gamble
StarBev, LP/CVC Capital
Partners Limited
EMI Music Publishing/
Citigroup
Cervejarias na Ucrânia e
Rússia/SABMiller plc
Georgia-Pacific Services/
Georgia-Pacific
Wm. Bolthouse Farms, Inc./
Madison Dearborn Partners LLC
Sony Ericsson Mobile
Communications (ações
restantes, de 50%, na
JV)/Ericsson
Calpis/Ajinomoto
Grupo de ferramentas e
Produtos de
bricolagem e alguns ativos
higiene pessoal e
da Tong Lung Metal Industry/
para casa
Stanley Black & Decker
Produtos de
higiene pessoal e Schiff Nutrition International
para casa
Alimentos,
Weetabix (60% das
bebidas e tabaco ações)/Lion Capital
Fisher & Paykel Appliances
Móveis e
Holdings Ltd. (ações restantes,
eletrodomésticos
de 80%)
Alimentos,
Cerveceria Nacional Dominicana
bebidas e tabaco (41.76% das ações, levando a
participação da AB para 51%)/
Grupo Leon Jimenes
Origem
da empresa
adquirida
Estados
Unidos
República
Checa
Estados
Unidos
Ucrânia e
Rússia
Setor de produtos Valor do
da empresa
acordo**
adquirida
(US$/milhões)
Alimentos, bebidas
3.545
e tabaco
Alimentos, bebidas
3.498
e tabaco
Fechamento
do acordo
5/31/12
6/18/12
Edição Musical
2.200
6/29/12
Alimentos, bebidas
e tabaco
1.900
3/14/12
Bélgica
Produtos de higiene
pessoal e para casa
1.796
7/19/12
Estados
Unidos
Alimentos, bebidas
e tabaco
1.550
8/6/12
Reino Unido
Produtos eletrônicos
1.490
2/15/12
Japão
Alimentos, bebidas
e tabaco
1.488
5/8/12
Estados
Unidos e
Taiwan
Utensílios para casa
e ferramentas
1.400
12/17/12
Estados
Unidos
Alimentos, bebidas
e tabaco
1.373
12/17/12
Reino Unido
Alimentos, bebidas
e tabaco
1.133
11/5/12
Nova Zelândia
Móveis e
eletrodomésticos
1.038
10/31/12
República
Dominicana
Alimentos, bebidas
e tabaco
1.000
5/11/12
*Inclui apenas aquisições onde o controle da empresa adquirida foi transferido para a compradora.
**O valor do acordo é a soma da consideração paga pelo comprador pela participação no capital da empresa adquirida, mais o valor de sua dívida líquida,
quando este for o caso (por exemplo, quando a dívida for consolidada como resultado da compra). A dívida líquida é definida como a dívida de curto e longo prazo
menos caixa e equivalentes de caixa.
Fonte: mergermarket.com e relatórios das empresas
36
Como já foi observado, as empresas fabricantes de
bebidas alcoólicas têm estado particularmente ativas. A
maior transação de 2013 foi a aquisição, pela AnheuserBusch InBev, dos 50% restantes do Grupo Modelo por
US$ 20,1 bilhões. Duas outras transações superiores a
US$ 10 bilhões foram concluídas em 2013. Em 2012,
houve poucos mega negócios: a maior transação foi a
aquisição pela Kellogg’s da divisão de petiscos Pringles
da P&G – negócio avaliado em US$ 3,5 bilhões.
O panorama das fusões e aquisições no setor de
bens de consumo
À medida que as preocupações com a incerteza
econômica começam a diminuir, 2014 já promete ser
um bom ano para a atividade de M&A no setor de
bens de consumo, com os anúncios em janeiro sobre
a aquisição, por US$ 15,7 bilhões, da Beam Inc. pela
Suntory e a transação de US$ 5,8 bilhões da AB InBev
para adquirir a Oriental Brewery.
Maiores aquisições por empresas de bens de consumo em 2013*
Classificação
entre os
Comprador
acordos
1
2
3
4
5
6
7
8
Setor de
Origem do
produtos do
comprador
comprador
Alimentos,
Anheuser-Busch InBev
Bélgica
bebidas e
tabaco
Alimentos,
Thai Charoen (TCC Assets and
Tailândia
bebidas e
Thai Beverage)
tabaco
Alimentos,
Nestlé
Suíça
bebidas e
tabaco
Oak Leaf B.V. (empresa
Alimentos,
controlada por grupo de
Holanda
bebidas e
investidores liderado pela Joh.
tabaco
A. Benckiser)
Coca-Cola HBC AG (holding
formada pela Kar-Tess
Alimentos,
Holding S.A. para aquisição
Suíça
bebidas e
da Companhia Helênica de
tabaco
Engarrafamento da Coca-Cola)
Shuanghui International
Alimentos,
Holdings (atual WH Group
China
bebidas e
Limited)
tabaco
Alimentos,
Estados
ConAgra Foods
bebidas e
Unidos
tabaco
Alimentos,
Heineken
Holanda
bebidas e
tabaco
9
Midea Group
10
Diageo
11
Constellation Brands, Inc.
12
LVMH Moet Hennessy Louis
Vuitton
13
PVH
Setor de produtos Valor do
da empresa
acordo**
adquirida
(US$/milhões)
Fechamento
do acordo
Grupo Modelo (50% das
México
ações restantes)
Alimentos, bebidas
20.100
e tabaco
6/4/13
Fraser & Neave Limited
(90.32% restante das
ações)
Singapura
Alimentos, bebidas
12.932
e tabaco
1/30/13
Pfizer Nutrition/Pfizer
Estados
Unidos
Alimentos, bebidas
11.850
e tabaco
4/15/13
D.E Master Blenders 1753
Holanda
(84.95% das ações)
Alimentos, bebidas
8.623
e tabaco
9/18/13
Coca-Cola Hellenic
Bottling Company S.A.
(76.7% das ações)
Grécia
Alimentos, bebidas
8.073
e tabaco
6/18/12
Smithfield Foods, Inc.
Estados
Unidos
Alimentos, bebidas
6.949
e tabaco
9/26/13
Ralcorp Holdings Inc.
Estados
Unidos
Alimentos, bebidas
6.740
e tabaco
1/29/13
Asia Pacific Breweries
Ltd./Fraser & Neave
Singapura
Alimentos, bebidas
6.593
e tabaco
1/31/13
China
Móveis e
eletrodomésticos
4.923
9/18/13
Índia
Alimentos, bebidas
3.354
e tabaco
4/26/13
México
Alimentos, bebidas
2.900
e tabaco
6/7/13
Itália
Moda e acessórios
2.831
12/5/13
Estados
Unidos
Moda e acessórios
2.787
2/13/13
Empresa adquirida /
Empresa controladora
GD Midea Holding Co.,
Móveis e
Ltd. (58.83% restante
eletrodomésticos das ações que ainda não
possuía)
Alimentos,
United Spirits Ltd. (53.4%
Reino Unido bebidas e
das ações)
tabaco
Alimentos,
Compania Cervecera de
Estados
bebidas e
Coahuila/Anheuser-Busch
Unidos
tabaco
InBev
Moda e
Loro Piana S.p.a. (80%
França
acessórios
das ações)
Estados
Moda e
The Warnaco Group, Inc.
Unidos
acessórios
China
Origem da
empresa
adquirida
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 37
Com os ingredientes certos para estimular a atividade
de negócios, as aquisições que prometem uma
vantagem de custo com maior escala vão continuar
a ser alta prioridade em muitas empresas. Os
mercados em outras regiões de maior crescimento
continuarão a atrair o interesse do comprador. A
busca por produtos e marcas que oferecem suporte
a plataformas de crescimento estratégico levará
a uma maior atividade de M&A. E as avaliações
Classificação
entre os
Comprador
acordos
Setor de
Origem do
produtos do
comprador
comprador
Alimentos,
Brasil
bebidas e
tabaco
14
JBS Friboi
15
Suntory Holdings Limited
16
Fomento Económico
México
Mexicano (Coca-Cola FEMSA)
17
Constellation Brands
Estados
Unidos
18
Jarden Corporation
Estados
Unidos
19
Cobega
Espanha
20
Saputo
Canadá
21
Svenska Cellulosa
Suécia
22
China Mengniu Dairy
Hong Kong
23
Cobega
Espanha
24
Orkla
Noruega
25
Swatch
Suíça
Japão
Alimentos,
bebidas e
tabaco
Alimentos,
bebidas e
tabaco
Empresa adquirida /
Empresa controladora
permanecerão altas para marcas líderes de mercado
e empresas com perspectivas de forte crescimento.
Para obter mais informações sobre a atividade e
as tendências no setor europeu de bens de consumo,
consulte o material “The Deloitte Consumer
Products M&A Survey: Heading in the right
direction?”, publicado pela Deloitte no primeiro
trimestre de 2014.
Origem da
empresa
adquirida
Setor de produtos Valor do
da empresa
acordo**
adquirida
(US$/milhões)
Seara Alimentos S.A. and
Brasil e
Alimentos, bebidas
Grupo Zenda/Marfrig
2.762
Uruguai
e tabaco
Alimentos S.A.
Marcas de bebidas
não alcoólicas da
Alimentos, bebidas
Reino Unido
2.120
Lucozade and Ribena/
e tabaco
GlaxoSmithKline
Spaipa Indústria Brasileira
Brasil
de Bebidas
Crown Imports LLC (50%
restante das ações da JV,
com o Grupo Modelo)/
Anheuser-Busch InBev
Produtos de
The Yankee Candle
higiene pessoal Company/Madison
e para casa
Dearborn Partners
Alimentos,
bebidas e
Rendelsur
tabaco
Alimentos,
Morningstar Foods/Dean
bebidas e
Foods
tabaco
Produtos de
Vinda International
higiene pessoal Holdings (78.3% das
e para casa
ações)
Alimentos,
Yashili International
bebidas e
Holdings (89.8% das
tabaco
ações)/The Carlyle Group
Alimentos,
Companía Castellana de
bebidas e
Bebidas Gaseosas
tabaco
Alimentos,
bebidas e
Rieber & Son
tabaco
Moda e
Harry Winston/Dominion
acessórios
Diamond Corporation
Alimentos,
bebidas e
tabaco
Fechamento
do acordo
10/1/13
12/31/13
Alimentos, bebidas
1.855
e tabaco
10/29/13
Estados
Unidos
Alimentos, bebidas
1.850
e tabaco
6/7/13
Estados
Unidos
Produtos de higiene
1.750
pessoal e para casa
10/3/13
Espanha
Alimentos, bebidas
1.553
e tabaco
2/18/13
Estados
Unidos
Alimentos, bebidas
1.450
e tabaco
1/3/13
Hong Kong
Produtos de higiene
1.369
pessoal e para casa
11/11/13
China
Alimentos, bebidas
1.260
e tabaco
7/24/13
Espanha
Alimentos, bebidas
1.125
e tabaco
2/18/13
Noruega
Alimentos, bebidas
1.033
e tabaco
4/30/13
Estados
Unidos
Moda e acessórios
3/26/13
1.000
*Inclui apenas aquisições onde o controle da empresa adquirida foi transferido para a compradora.
**O valor do acordo é a soma da consideração paga pelo comprador pela participação no capital da empresa adquirida, mais o valor de sua dívida líquida, quando este for o caso
(por exemplo, quando a dívida for consolidada como resultado da compra). A dívida líquida é definida como a dívida de curto e longo prazo menos caixa e equivalentes de caixa.
Fonte: mergermarket.com e relatórios das empresas
38
Notas
1 Consumers go shopping online in the global marketplace this festive season, Customer Click, 29 de novembro de 2013.
http://customerclick in/2013/11/29/consumers-go-shopping-online-in-the-global-marketplace-this-festive-season/
2 A ssociação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) http://www.iata.org/pressroom/pr/pages/2013-12-10-01.aspx
3 The Globalization Of eCommerce In 2014, Forrester, 12 de dezembro de 2013.
http://blogs.forrester.com/zia_daniell_wigder/13-12-12-the_globalization_of_ecommerce_in_2014
4 Euromonitor International’s Top 10 Global Consumer Trends for 2014.
http://go.euromonitor.com/top-10-global-consumer-trends-for-2014-white-paper.html
5 Frito-Lay. http://www.fritolay.com/about-us/press-release-20140114.html/
6 10 trends to watch in consumer packaged goods in 2014, Datamonitor, 15 de janeiro de 2014.
http://www.datamonitorconsumer.com/10-trends-to-watch-in-consumer-packaged-goods-in-2014/
7 Euromonitor International’s Top 10 Global Consumer Trends for 2014. http://go.euromonitor.com/top-10-global-consumer-trends-for-2014-white-paper.html
8 Functional Food Industry: Market Research Reports, Statistics and Analysis, Report Linker. http://www.reportlinker.com/ci02036/Functional-Food.html
9 Copper Moon launches first probiotic in a K-Cup with Ganeden BC30, Beverage daily.com, 26 de fevereiro de 2014.
http://www.beveragedaily.com/Trends/Health-and-Wellness/Copper-Moon-launches-first-probiotic-in-a-K-Cup-with-Ganeden-BC30
10 D
eloitte’s Technology, Media & Telecommunication Predictions 2014.
http://www.deloitte.com/assets/Dcom-Iceland/Local%20Assets/Documents/TMT%20Predictions%202014.pdf
11 The Consumer Goods Forum’s Health & Wellness Resolutions Progress Report.
http://healthandwellness.mycgforum.com/measurement-a-reporting/measurement-and-reporting-report-health-and-wellness.html
12 GlobeScan, SustainAbility, and BBMG’s The 2013 Aspirational Consumer Index report.
http://www.globescan.com/98-press-releases-2013/291-two-and-a-half-billion-aspirational-consumers-mark-shift-in-sustainable-consumption.html
13 Euromonitor International’s 2013 Global Consumer Trends Survey. http://go.euromonitor.com/top-10-global-consumer-trends-for-2014-white-paper.html
14 H
ow People Spend Their Time Online [Infographic], GO-GULF.com, 2 de fevereiro de 2012. http://www.go-gulf.com/blog/online-time/
15 Euromonitor International’s Top 10 Global Consumer Trends for 2014. http://go.euromonitor.com/top-10-global-consumer-trends-for-2014-white-paper.html
16 L ista de países por número de usuários de internet, Wikipédia. http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_number_of_Internet_users
17 CES 2014: Global consumer spending on tech projected to fall 1%, Los Angeles Times, 5 de janeiro de 2014.
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lobal Mobile Communications – The Key Statistics, Trends and Regional Insights, ResearchMoz, 3 de março de 2014.
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19 D
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20 Global Mobile Communications – The Key Statistics, Trends and Regional Insights, ResearchMoz, 3 de março de 2014.
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21 The Globalization Of eCommerce In 2014, Forrester, 12 de dezembro de 2013.
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22 E uromonitor International’s Top 10 Global Consumer Trends for 2014.
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23 5 Marketing and Retail Trends for CPG Brands in 2014, BrandShare, 8 de janeiro de 2014.
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24 U
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25 Kellogg’s mobile campaign layers in retail location to push sales, Mobile Commerce Daily, 25 de fevereiro de 2014.
http://www.mobilecommercedaily.com/kellogg-layers-in-location-to-mobile-campaign-to-push-new-product-sales
Os Poderosos da Indústria de Bens de Consumo 39
26 Frito-Lay: “These days of mass marketing are limited…”, Bakeryand snacks.com, 3 de março de 2014.
http://www.bakeryandsnacks.com/Markets/Frito-Lay-These-days-of-mass-marketing-are-limited
27 Adobe, junho de 2013 em “7 Consumer Trends to Run with in 2014”, trendwatching.com, dezembro de 2013 / janeiro de 2014. http://trendwatching.com/trends/pdf/2013-12%20
7trends2014.pdf
28 P eter H. Diamandis, MD, Singularity University, Innovation & Mindset on the road to Abundance, fevereiro de 2014
29 Formula For Growth: Innovation, Big Data & Analytics, Grocery Manufacturers Association (GMA).
http://www.gmaonline.org/issues-policy/collaborating-with-retailers/big-data-analytics/
40
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