Uma publicação do Centro de Mídia Independente [email protected] 26 de outubro: não às catracas A luta pelo passe livre estudantil é histórica. No entanto, o Movimento Pelo Passe Livre (MPL), de caráter nacional, surgiu inspirado na Revolta do Buzu em Salvador, no ano de 2003, e na Revolta da Catraca, em Florianópolis, no ano de 2004. Nesta última, foi conquistado o passe livre integral estudantil, para todos/as os/as estudantes de instituições escolares e universidades reconhecidas pelo MEC e pela prefeitura de Floripa. Hoje, são dezenas de MPLs espalhados pelo Brasil, que vão às ruas para protestar contra o aumento arbitrário e abusivo das tarifas de ônibus, para lutar pelo direito ao passe-livre e pela democratização do transporte público. O MPL é um movimento específico, de organização federalista, que a partir de encontros nacionais (até agora foram três) estabelecem princípios consensuados e resoluções, que devem ser antes de tudo, respeitados pelos movimentos em suas localidades. Dessa forma, o MPL é um movimento horizontal, autônomo, independente e apartidário, mas não anti-partidário. Sua disposição é de Frente Única, mas com os setores reconhecidamente dispostos a lutar pelo Passe-Livre estudantil e pelas suas perspectivas estratégicas. A luta Vitória - outubro/2005 # 2 CMI na rua pelo passe-livre é o instrumento inicial de debate sobre a transformação da atual concepção de transporte coletivo urbano, abrindo debate por um transporte público, gratuito e de qualidade, para o conjunto da sociedade, por um transporte coletivo fora da iniciativa privada. O dia 26 de outubro foi escolhido pelo MPL nacional, como dia de luta pelo passe livre. Em varias localidades, independente do calendário de lutas estabelecidos pelos MPLs regionais, vão ocorrer mobilizações nacionais. 26 de outubro - Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre. 7h: Concentração na passarela da Ufes e Colégio Estadual - 9h: Audiência Pública na Assembléia Legislativa com Rita Camata e Marcelo Ferraz (presidente da Ceturb) - 16h: Concentração no Centro de Vivências UFES - 17h: Grande Ato - Lançamento da Campanha pelo Passe-Livre no Estado. O anúncio do aumento da tarifa de ônibus em Vitória provocou intensas manifestações entre os dias 19 e 22 de julho deste ano. Centenas de estudantes universitários/as e secundaristas, principalmente da UFES e do CEFET-ES, ocuparam as ruas, liberaram o pedágio da 3ª Ponte (principal via de acesso Vitória- Vila Velha), provocando um imenso prejuízo, entraram em confronto com a PM completamente despreparada, além de ocuparem a sede do Palácio do Governo, em busca de acordo contra o aumento abusivo da tarifa, com o presidente do Conselho Estadual de Transporte Público, Marcelo Ferraz, que foi irredutível. No entanto, no dia 24 de ju- lho, Paulo Hartung revogou o aumento da passagem dos ônibus do sistema Transcol, sob a justificativa da insatis- fação da sociedade, que le- to, independente, autônomo e vou milhares de estudantes às apartidário, organizado pelos/ ruas para manifestarem con- as universitários/as da UFES, tra o segundo aumento da ta- com a participação dos/as esrifa no mesmo ano, o que foi tudantes do CEFET-ES. O arbitrário. Durante os quatro Copelutas tem como meta a dias, o movimento estudantil luta pelo passe livre e também capixaba, apesar de apresen- a mudança do regimento do tar, no início, dificuldade de or- Conselho Tarifário, para que ganização, conseguiu ganhar haja mais representatividade visibilidade da população e seu da população na votação do apoio, assim como de sindi- aumento da tarifa. Toda a luta catos, movimentos sociais e não começa nem termina no OAB. A partir de então, foi for- dia 26 de outubro. Informemado o Comitê Permanente se sobre seus direitos! de Lutas, que embora MPL Nacional: http://pl.radiolivre.org não constitua ainda Copelutas: 3335-2713 um MPL, oficialmente, www.copelutas.weblogger.com.br tem um caráter aber- O CMI (Centro de Mídia Independente) é uma rede mundial de produtores/as de mídia, presente em mais de 40 países, feita sem fins lucrativos por voluntários/as comprometidos/as com a construção de uma sociedade livre, igualitária e que respeite o meioambiente. Como a grande-mídia freqüentemente distorce os fatos e apresenta uma visão de acordo com os interesses dos ricos e poderosos, o CMI nasceu como forma alternativa e independente da mídia tradicional, uma nova maneira de se fazer notícias, dando voz aos que não tem voz. www.midiaindependente.org Leia, publique e participe. Odeia a mídia? Seja a mídia! © Copyleft. É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.