UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Campus Dom Pedrito – Curso de Enologia Aula 02: DOENÇAS NA VITICULTURA Fitossanidade Agosto 2015 Dr. Juan Saavedra del Aguila Professor Adjunto Roteiro da apresentação I. Introdução – Definições e Importância. II. Utilização do site Agrofit. III. Registro de Agrotóxicos. IV. Resíduos. V. História da Fitopatologia. VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura. Roteiro da apresentação VII. As plantas se defendem de patógenos?. VIII. Controle de doenças. IX. Controle na Implantação do Vinhedo. X. Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo. XI. Considerações finais. Roteiro da apresentação I. Introduç Introdução – Definiç Definições e Importância. II. Utilização do site Agrofit. III. Registro de Agrotóxicos. IV. Resíduos. V. História da Fitopatologia. VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura. I. Introdução - Definições Vitivinicultura: Atividade que envolve o cultivo das vinhas e o fabrico de vinho. Viticultura: Cultura das vinhas. Houaiss, 2009 I. Introdução - Definições Vinha: Quantidade de videiras plantadas num terreno. Vinho: Bebida resultante da fermentação alcoólica total ou parcial do mosto da uva. Houaiss, 2009 I. Introdução - Definições Enologia: Enologia: Ciência que trata do vinho, da técnica de produzilo e de sua conservação. Enó Enólogo: logo: Enologista. Houaiss, 2009 I. Introdução - Definições Enologista: Enologista: enólogo. Estudioso ou especialista em enologia; Houaiss, 2009 I. Introdução - Definições Videira: Designação comum às sspp. e aos numerosos cultivares e variedades do gênero Vitis, da família das Vitáceas, cultivados desde a Antiguedade por seus frutos, as uvas. Houaiss, 2009 I. Introdução - Definições Ciência: Conhecimento que, em constante interrogação do seu método, suas origens e seus fins, obedece a princípios válidos e rigorosos, almejando esp. coerência interna e sistematicidade. Houaiss, 2009 I. Introdução - Definições O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, tem força de lei. www.academia.org.br Centro de origem da videira Região do Cáucaso Mar Negro Mar Cáspio Origem da viticultura: • Groenlândia (centro de origem arqueológico); • Após glaciação (3 centros de refúgio): • (1) Americano (porta-enxertos); • (2) Europeu (Vitis vinifera silvestris); • (3) Asiático-Ocidental (Vitis vinifera caucasica); Roteiro da apresentação I. Introdução – Definições e Importância. II. Utilizaç Utilização do site Agrofit. Agrofit. III. Registro de Agrotóxicos. IV. Resíduos. V. História da Fitopatologia. VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura. www.agricultura.gov.br Roteiro da apresentação I. Introdução – Definições e Importância. II. Utilização do site Agrofit. III. Registro de Agrotó Agrotóxicos. IV. Resíduos. V. História da Fitopatologia. VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura. www.anvisa.gov.br Roteiro da apresentação I. Introdução – Definições e Importância. II. Utilização do site Agrofit. III. Registro de Agrotóxicos. IV. Resí Resíduos. V. História da Fitopatologia. VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura. www.anvisa.gov.br RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE QUÍMICO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS FÚNGICAS DA VIDEIRA DOENÇAS Antracnose Míldio Mancha das folhas PRODUTO DOSE Agrinose (oxicloreto de cobre (IV) Bravonil 750 WP (clorotalonil) (IV) Cercobin 700 WP (tiofanato metílico)(IV) Cerconil WP (tiofanato metílico (I) Daconil 500 (clorotalonil (I) Dithane NT (Mancozebe) (III) Manzate 800 (Mancozebe) (III) 325g/100L 200g/100L 70g/100L 200g/100L 300ml/100L 300g/100L 250g/100L Amistar e Amistar WG (Azoxistrobina)(IV) Bravonil 750 WP (clorotalonil)(I) Cabrio Top (Metiran + piraclostrobina)(III) Cerconil WP (tiofanato metílico)(I) Comet (piraclostrobina)(III) Curzat BR (Cymoxanil + mancozebe)(III) Dithane NT (Mancozebe)(III) Manzate 800 (Mancozebe)(III) Metiltiofan (tiofanato metílico)(IV) Midas BR (famoxadona+mancozebe) Orthocide 500 (Captan) (III) Ridomil Gold NZ (Metalaxi M+Mancozeb)(III) 24g/100L 200g/100L 2Kg/ha 200g/100L 400ml/já 250g/100L 300g/100L 250g/100L 90g/100L 120g/100L 240g/100L 250g/100L Agrinose (oxicloreto de cobre)(IV) Cuprozeb (Mancozeb + oxicloreto de cobre)(III) Metiltiofan (tiofanato metílico)(IV) Viper 500 SC (tiofanato metilico)(IV) 325g/100L 200g/100L 90g/100L 100ml/100L INTERV. APLIC. (dias) CARÊNC. (dias) 7 a 10 10 a 12 10 a 12 7 a 10 7 a 10 7 a 10 7 7 7 14 7 7 7 5a7 7 a 10 10 a 12 5a7 7 a 10 7 a 10 12 7 7 7 30 14 7 7 7 7 14 7 1 21 7 12 12 14 14 RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE QUÍMICO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS FÚNGICAS DA VIDEIRA DOENÇAS Escoriose Podridão cinzenta (Botrytis) Oídio PRODUTO DOSE INTERV. APLIC. (dias) CARÊNC. (dias) Dithane NT (Mancozebel)(III) 300g/100L 7 a 10 7 Bravonil 500 WP (clorotalonil)(I) Cercobin 700 WP (tiofanato metílico)(IV) Dithane NT (Mancozebe)(III) Dithiobin 750 WP (mancozebe + tiofanato metílico) (III) Metiltiofan (tiofanato metílico)(IV) Mythos (Pyrimetanil)(III) Orthocide 500 (Captan)(III) Rovral SC (Iprodione)(IV) Sumilex (Procimidone)(II) 400ml/100L 70g/100L 300g/100L 7 a 10 10 a 12 7 a 10 7 14 7 Cabrio Top (Metiran+piraclostrobina)(III) Cercobin 700WP (tiofanato metílico)(IV) Comet (piraclostrobina)(II) Constant (Tebuconazole)(III) Elite (Tebuconazole)(III) Folicur 200 EC (Tebuconazole)(III) Metiltiofan (tiofanato metílico)(IV) Rubigam (Fenarimol)(III) Score (Difenoconazole)(I) 250g/100L 90g/100L 200ml/100L 240g/100L 175ml/100L 175g/100L 12 100ml/100L 100ml/100L 100ml/100L 18ml/100L 12ml/100L 21 14 21 1 14 7 14 14 14 1 ou 2 vezes no ciclo 15 21 USO DE AGROTÓXICOS Lei 7.802 - 11.07.89 Regulamentada - Decreto 4.704 - 04.01.02 OBSERVAR: Art. 2º - Classificação de acordo com toxicidade Art 72º - Responsabilidade TÉCNICA Calibração EPI’s Bicos Filtro Agitadores Manômetros PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE Tabela 6. Classificação toxicológica dos agrotóxicos em função do DL50. Classe toxicológica Descrição Faixa indicativa de cor I Extremamente tóxicos (DL50 < 50 mg/kg de peso vivo) Vermelho vivo II Muito tóxicos (DL50 – 50 a 500 mg/kg de peso vivo) Amarelo intenso III Moderadamente tóxicos (DL50 – 500 a 5000 mg/kg de peso vivo) Azul intenso IV Pouco tóxicos (DL50 > 5000 mg/kg de peso vivo) Verde intenso Equipamentos de proteção individual – EPIs Os EPIs mais comumente utilizados são: máscaras protetoras, óculos, luvas impermeáveis, chapéu impermeável de abas largas, botas impermeáveis, macacão com mangas compridas e avental impermeável. Os EPIs a serem utilizados são indicados via receituário agronômico e nos rótulos dos produtos. Recomendações relativas aos EPIs •Devem ser utilizados em boas condições, de acordo com a recomendação do fabricante e do produto a ser utilizado. •Devem possuir Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho. •Os filtros das máscaras e respiradores são específicos para defensivos e têm data de validade. •As luvas recomendadas devem ser resistentes aos solventes dos produtos. •trabalhador deve seguir as instruções de uso de respiradores. •A lavagem deve ser feita usando luvas e separada das roupas da família. •Devem ser mantidos em locais limpos, secos, seguros e longe de produtos químicos. Causas de fracassos no controle fitossanitário •Aplicação de defensivos deteriorados. O defensivo pode deteriorar-se pelas condições de armazenagem e preparo. •Uso de máquinas e técnicas de aplicação inadequadas. •Não observância dos programas de tratamento, tanto no que diz respeito à época, intervalo, como em número de aplicações. •Escolha errônea dos defensivos. •Início do tratamento depois que grande parte da produção já está seriamente comprometida. •Confiança excessiva nos métodos de controle químico. Receituário agronômico Somente os engenheiros agrônomos e florestais, nas respectivas áreas de competência, estão autorizados a emitir a receita. Os técnicos agrícolas podem assumir a responsabilidade técnica de aplicação, desde que o façam sob a supervisão de um engenheiro agrônomo ou florestal (Resolução CONFEA No 344 de 27-07-90). Para a elaboração de uma receita é imprescindível que o técnico vá ao local com problema para ver, avaliar, medir os fatores ambientais, bem como suas implicações na ocorrência do problema fitossanitário e na adoção de prescrições técnicas. As receitas só podem ser emitidas para os defensivos registrados na Secretaria de Defesa Agropecuária - DAS do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que poderá dirimir qualquer dúvida que surja em relação ao registro ou à recomendação oficial de algum produto. Roteiro da apresentação I. Introdução – Definições e Importância. II. Utilização do site Agrofit. III. Registro de Agrotóxicos. IV. Resíduos. V. Histó História da Fitopatologia. VI. Patógenos Causadores de Doenças na Viticultura. Períodos da Fitopatologia • • • • • Místico Predisposição Etiológico Ecológico Atual Período Místico • Referências bíblicas – doenças eram castigos divinos. THEOPHRATUS – filósofo e botânico grego escreve sobre doenças em plantas. Período Místico Roma antiga (300 A.C) - A ferrugem do trigo era castigo do Deus Robigus e a Deusa Robigo. Festa da Robigália: Durante a primavera, antes de aparecer a ferrugem do trigo, sacrificavam animais de cor vermelha para agradar aos Deuses. Em 1755 O biólogo francês Tillet considerava a cárie do trigo como sendo causada por um fungo. Período Místico Nesse período houve um predomínio acentuado das teorias de geração espontânea e de perpetuidade das espécies. Assim, a ocorrência de fungos em associação com plantas doentes era atribuída à geração espontânea. Período da Predisposição Iniciou-se no começo do século XIX quando já era evidente a associação entre fungos e plantas doentes. Em 1833, predomina a teoria do botânico alemão Franz Unger. “Doenças são resultados de distúrbios funcionais provenientes de desordens nutricionais que predispõem os tecidos da planta a produzirem fungos” Fome na Irlanda (1845 a 1849) 2 milhão de mortos 1 milhão de emigrantes Alimentação baseada no cultivo da batata. Plantações foram dizimadas por uma “peste” introduzida na Irlanda. Período Etiológico 1853 – Anthon De Bary fez estudos conclusivos sobre a causa da requeima da batata Phytophthora infestans – na época considerado um fungo. Período Etiológico Louis Pasteur rebate a teoria da geração espontânea e prova a origem bacteriana das doenças em homens e animais. Em 1881 Robert Koch demonstra experimentalmente a patogenicidade dos microorganismos em animais e plantas. Período Etiológico A maioria das doenças importantes são descritas nesse período, como os oídios, os míldios, as ferrugens, os carvões que foram estudados em detalhe. Período Etiológico Erwin Smith postula uma teoria de que a galha de coroa é de causa bacteriana. Acreditava ser a galha um “câncer tumoroso em plantas” similar ao de humanos e animais. Período Etiológico Aparecimento do primeiro fungicida eficiente no controle de doenças de plantas, a calda bordalesa,descoberta por Millardet, 1882. Período Ecológico No período Ecológico se reconhece a importância vital do meio ambiente na manifestação da doença. Nesta época, foram conduzidos estudos minuciosos sobre os mais variados fatores do meio, como climáticos, edáficos, nutricionais, sazonais e outros. PATÓGENO DOENÇA HOSPEDEIRO AMBIENTE Período Ecológico Nessa época, em 1913, aparecem os fungicidas mercuriais orgânicos para o tratamento de sementes e, mais tarde, 1934, os fungicidas orgânicos do grupo tiocarbamatos. Período Atual Em 1946, Ernest Gaümann lança o livro “Principles of Plant Infection”, onde trata detalhadamente dos aspectos fisiológicos da interação entre plantas e patógenos. Período Atual Em 1963, Vanderplank lança o livro “Plant Diseases: Epidemics and Control”, onde fornece os fundamentos matemáticos (aspectos quantitativos) de análise do crescimento de epidemias. Período Atual Em 1980 surgem Modificados (OGMs). os Plantas transgênicas de mamoeiro resistentes à uma doença de causa virótica. Plantas suscetíveis (não transgênicas) atacadas pelo vírus. Organismos Geneticamente Período Atual Identificação de patógenos por métodos moleculares – sequências de DNA à PCR. Roteiro da apresentação I. Introdução – Definições e Importância. II. Utilização do site Agrofit. III. Registro de Agrotóxicos. IV. Resíduos. V. História da Fitopatologia. VI. Pató Patógenos Causadores de Doenç Doenças na Viticultura. PATÓGENO DOENÇA HOSPEDEIRO AMBIENTE MÍLDIO - Plasmopara viticola OÍDIO - Uncinula necator (Oidium tuckeri) ANTRACNOSE - Elsinoe ampelina (Sphaceloma ampelinum) ESCORIOSE - Phomopsis viticola MANCHA DAS FOLHAS - Mycosphaerella personata (Pseudocercospora vitis) FERRUGEM DA VIDEIRA Phakopsora euvitis PODRIDÃO CINZENTA - Botryotinia fuckeliana (Botrytis cinerea) PODRIDÃO DA UVA MADURA - Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides) PODRIDÃO AMARGA DO CACHO - Greeneria uvicola (Melanconium fuligineum) FUSARIOSE - Fusarium oxysporum f sp. herbemontis PÉ- PRETO - Cylindrocarpon destructans “Black goo” - “Chocolate” ou Phaeoacremonium PODRIDÃO DESCENDENTE - Botryosphaeria sp., Botryodiplodia theobromae, e / ou Eutypa lata Roteiro da apresentação VII. As plantas se defendem de pató patógenos?. genos?. VIII. Controle de doenças. IX. Controle na Implantação do Vinhedo. X. Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo. XI. Considerações finais. Como as plantas se defendem dos patógenos As plantas através de mecanismos estruturais e/ou bioquímicos, procura se defender do patógeno. • • • • • • • • • • • PRÉ-FORMADOS (passivos, constitutivos) PÓS-FORMADOS (ativos, induzíveis) Estrutural Estrutural Cutícula Tricomas Estômatos Fibras/vasos condutores • • • • • • Papilas Halos Lignificação Camadas de cortiça Tiloses Glicoproteínas ricas em hidroxiprolina Bioquímico Bioquímico Fenóis Alcalóides Lactonas insaturadas Glicosídeos cianogênicos Glicosídeos sulfurados Fototoxinas Proteínas/peptídeos • Espécies ativas de oxigênio • Fitoalexinas • Proteínas relacionadas em patogênese Fatores de resistência estruturais pré-formados Cutícula A cutícula comporta-se como uma superfície hidrofóbica, que impede a formação de um filme de água, sobre o qual os patógenos podem ser depositados, para posteriormente, germinar (fungos) ou multiplicar-se (bactérias). • Além de funcionar como uma barreira estrutural, a cutícula também pode ser vista como uma barreira tóxica. • Substâncias antifúngicas já foram isoladas da cutícula de muitas plantas, como macieira, algodão e fumos. Fatores de resistência estruturais pré-formados Estômatos Em função do número, morfologia, localização e período de abertura, essas estruturas podem contribuir para a resistência das plantas em algumas interações com fitopatógenos. Fatores de resistência estruturais pré-formados Tricomas São prolongamentos unicelulares ou multicelulares que se estendem a partir da epiderme, podendo ocorrer em diferentes superfícies de plantas e exibir várias formas. Embora a possível contribuição dos pelos que são os tricomas mais comuns, na resistência tenha sido aventada, pouca evidência existe demonstrando o envolvimento dessas estruturas. Fatores de resistência estruturais pré-formados Paredes celulares espessas A presença de tecidos com células de paredes espessas pode contribuir para com a restrição da colonização das plantas por fitopatógenos. Mancha angular do feijoeiro Phaeoisariopsis griseola Fatores de resistência estruturais pós-formados Estruturas de defesa celular Agregação citoplasmática – a formação de barreiras celulares localizadas depende da habilidade da célula vegetal em acumular uma massa de citoplasma, denominada de agregado citoplasmático, no sítio de ataque do patógeno. Halos – ocorrem em torno dos sítios de penetração, como resultado de alterações na parte superior das células epidérmicas. Papilas – são caracterizadas pela deposição de material heterogêneo entre a membrana plasmática e a parede celular no sítio de infecção, sob a hifa de penetração. Fatores de resistência estruturais pós-formados Lignificação – a lignina ou o processo de lignificação podem interferir com o crescimento de patógenos através da modificação química das paredes celulares, tendo como resultado um aumento na resistência das paredes à ação de enzimas degradadoras da mesma. Fatores de resistência estruturais pós-formados Glicoproteínas ricas em hidroxiprolina – essas proteínas fortalecem a parede celular podendo contribuir na restrição da invasão da célula vegetal pelo patógeno. Atualmente, os estudos em andamento procuram identificar, purificar e caracterizar essas glicoproteínas, visando elucidar cada vez mais o papel das mesmas nas diferentes interações patógeno-planta. Fatores de resistência estruturais pós-formados Estruturas de defesa histológica Camadas de Abscisão Chumbinho do pessegueiro Stigmina carpophila Fatores de resistência estruturais pós-formados Estruturas de defesa histológica Camadas de Cortiça Fatores de resistência estruturais pós-formados Estruturas de defesa histológica Tiloses Fatores de resistência bioquímicos pré-formados • Fenóis • Alcalóides • Lactonas • Terpenóides • Proteínas e peptídeos Compostos Fenólicos • Ácido protocatecóico e catecol • Ácido clorogênico • Floridizina e arbutina Saponinas • α - Tomatina • Avenacinas Glicosídeos cianogênicos • Linamarina e durina Glicosídeos sulfurados • Glicosinolatos Ácidos hidroxicarboxilícos • Tuliposídeos Proteínas e peptídeos antimicrobianos • Quitinase e β-13-glucanases • Lisozimas • Tioninas • Defensinas • Inibidores de proteases e poligalcturonases • Proteínas ligantes de quitina (PLQs) • Proteínas inativadoras de ribossomos • Proteínas de transferência de lipídios • Fototoxinas Fatores de resistência bioquímicos pós-formados • Espécies Ativas de Oxigênio Goodman & Novacky (1994): Injúrias e processos oxidativos normais da célula induzem a geração de O2-. Produção de EAO’s = Duas etapas 1. Redução O2 a O2- (NADPH oxidase) 2. Dismutação de O2- a H2O2 (Superóxido dismutase). Fatores de resistência bioquímicos pós-formados • Fitoalexinas – compostos de baixa massa molecular, que são sintetizados pelas plantas e que se acumulam nas células vegetais em resposta à infecção microbiana (Paxton, 1981). • A síntese de fitoalexinas em plantas pode ser induzida por agentes denominados eliciadores ou indutores, os quais podem ser de origem microbiana (exógeno) ou da própria planta (endógeno). Fitoalexinas e resistência de plantas às doenças Inúmeras evidências relacionam a produção de fitoalexinas em plantas com a expressão de resistência a fitopatógenos (Keen, 1990): • as plantas resistentes produzem altos níveis de fitoalexinas quando comparadas às plantas suscetíveis; • a remoção de fitoalexinas de um sítio de infecção diminui a resistência da planta, enquanto a aplicação de fitoalexinas aumenta a resistência; • a liberação de moléculas que atuam como supressores da produção de fitoalexinas, por fitopatógenos, diminui a resistência da planta; • a aplicação de inibidores químicos da síntese de proteínas ou inibidores de enzimas das vias biossintéticas das fitoalexinas diminui a produção destas e compromete a resistência da planta; • elicitores específicos, isolados a partir de uma raça do patógeno, mostram-se capazes de induzir a síntese de fitoalexinas na planta tão eficientemente quanto a raça a partir da qual os elicitores foram isolados; • as fitoalexinas acumulam-se no local e no tempo apropriados para causar a inibição do patógenos nos tecidos dos hospedeiros; Proteínas relacionadas a patogênese (Proteínas-RP) • São estáveis em pH baixo; • Mostram-se resistentes à ação de enzimas proteolíticas; • Geralmente ocorrem como monômeros, com massa molecular variando de 5 a 70 kDa; • Podem estar localizadas no vacúolo, parede celular e/ou apoplasto; • São estáveis sob altas temperaturas. Reação de Hipersensibilidade A reação de hipersensibilidade (RH) resulta na morte repentina de um número limitado de células do hospedeiro circundando os sítios de infecção. A reação é considerada como uma resposta de defesa induzida, culminando na parada do crescimento e do desenvolvimento do patógeno nos tecidos da planta. Mudanças morfológicas e fisiológicas durante a resposta de RH de células vegetais à presença de patógenos. Resistência Induzida Resistência induzida pode ser ativada em plantas por uma série de substâncias, evitando ou atrasando a entrada e/ou subseqüente atividade do patógeno em seus tecidos, por meio de mecanismos de defesa próprios. Indução de Resistência Pode ser expressa Abióticos Bióticos Localmente Sistemicamente Os mecanismos de defesa envolvidos incluem uma combinação de mudanças físico-químicas no tecido vegetal, tais como lignificação da parede celular e acúmulo de substâncias tóxicas ao patógeno, como fitoalexinas ou proteínas relacionadas à patogênese. A percepção se dá quando moléculas do agente indutor se ligam a moléculas receptoras situadas, provavelmente, na membrana plasmática da célula vegetal e disparam a síntese das substâncias de defesa Resende et al. (2002) INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA AGENTES BIÓTICOS OU ABIÓTICOS MECANISMOS DE DEFESA LATENTES ESTRUTURAIS lignina; papilas; ceras etc. BIOQUÍMICAS quitinases; β 1-3 glucanases; fitoalexinas; peroxidases; polifenoloxidase; compostos fenólicos etc. Resistência sistêmica adquirida (RSA) Systemic acquired resistence (SAR) A RSA é induzida geralmente por patógenos necrotróficos, e é controlada por uma rota de sinalização dependente do acúmulo de ácido salicílico e da proteína de regulação NPR1. Resistência sistêmica induzida (RSI) Induced systemic resistence (SAR) A RSI é promovida por bactérias não patogênicas e promotoras de crescimento (rizobactérias), funciona independentemente do ácido salicílico, porém requer a proteína NPR1 e é regulada por ácido jasmônico e etileno. Diagrama esquemático do fenômeno de resistência sistêmica induzida (ISR), ocasionada pelo agente de biocontrole B. subtilis. Este ao entrar em contato com o tecido da planta incita a geração de sinais bioquímicos celulares, que estimulam o aumento da concentração de ácido jasmônico (AJ) e etileno (ET). Em seguida, ocorre a transcrição de genes de defesa responsáveis pela expressão de proteínas relacionadas à patogênese (PRPs). (Lanna et al., 2010) Produtos Comerciais Roteiro da apresentação VII. As plantas se defendem de patógenos?. VIII. Controle de doenç doenças. IX. Controle na Implantação do Vinhedo. X. Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo. XI. Considerações finais. CONTROLE CULTURAL Rotação de Culturas É o cultivo alternado de espécies vegetais diferentes no mesmo local e na mesma estação, de acordo com um plano definido. Fitopatógenos controlados pela rotação •Sejam saprófitas, porém que dependam nutricionalmente dos restos culturais do hospedeiro; •Não apresentem estruturas de resistência; •Produzam esporos e, ou, estruturas de dispersão grandes e pesados; •Apresentem restrita gama de hospedeiros. Sementes, mudas e órgãos de propagação vegetativa sadios Realização de “roguing Mosaico do Mamoeiro Cancro Cítrico Outras táticas de Controle Cultural • Eliminação de plantas voluntárias • Eliminação de hospedeiros alternativos • Eliminação de restos de cultura • Preparo do solo • Incorporação de matéria orgânica ao solo • Época de plantio • Densidade de plantio • Irrigação e drenagem Outras táticas de Controle Cultural • Nutrição mineral • pH do solo • Poda de limpeza • Superfície repelentes a vetores • Práticas de desinfestação • Semeadura • Plantio na direção contrária ao vento CONTROLE FÍSICO • O controle físico utiliza fatores físicos para controlar doenças de plantas. • Os mais comumente utilizados com essa finalidade são temperatura e radiação. Tratamento térmicos de frutas e legumes Tratamento térmico de órgãos de propagação Raquitismo da soqueira da cana-de-açúcar (bactéria Leifsonia xyli subsp. xyli) : exposição a 50,5ºC durante 2 horas através de água quente. Doente - Internódio curto Sadia Tratamento térmico do solo por vapor Solarização do solo Solarização do solo Coletor solar Uso de radiação ultravioleta germicida Frutos de maçã são irradiados com UV-C de 254 antes do armazenamento. Este procedimento elimina grande parte dos esporos de Penicillium expansum encontrado sobre a superfície desses frutos. Eliminação de determinados comprimentos de onda • Alternaria, Botrytis e Stemphyllium – comprimento de onda do ultravioleta próximo (280-380 nm). • Uso de filmes plásticos especialmente desenvolvidos para esse fim, que absorvem comprimentos de onda menores que 390 nm. Uso de radiação ionizante • As fontes de irradiação aprovadas para o tratamento de alimentos são o Cobalto-60 e o Césio-137. • No Brasil, ANVISA aprovou e regulamenta a atividade desde 2001. Armazenamento em atmosfera controlada ou modificada CO2 e O2 CONTROLE BIOLÓGICO É definido como a redução de inóculo ou atividades determinantes da doença, realizada por ou através de um ou mais organismos que não o homem (Cook & Baker, 1983). As principais interações antagônicas Antibiose – interação entre organismos na qual indivíduos de uma população secretam metabólitos capazes de inibir ou impedir o desenvolvimento dos indivíduos de uma população de outra espécie. As principais interações antagônicas Competição – capacidade de competir pela ocupação dos locais de infecção do patógeno. As principais interações antagônicas Parasitismo – relação nutricional entre dois seres vivos em que um deles, o parasita, obtém todo ou parte de seu alimento a partir e às custas do outro, o hospedeiro. Premunização TRISTEZA DOS CITROS (Citrus tristeza virus - CTV) Indução de mecanismos de resistência Resistência induzida pode ser ativada em plantas por uma série de substâncias, evitando ou atrasando a entrada e/ou subsequente atividade do patógeno em seus tecidos, por meio de mecanismos de defesa próprios. Quando um agente biótico consegue promover a indução de resistência de maneira a controlar a doença ele é considerado um agente de controle biológico. CONTROLE GENÉTICO Resistências vertical e horizontal Resistência Vertical Resistência qualitativa Monogênica Efetiva apenas para determinadas raças do patógeno Pouco durável Resistências vertical e horizontal Resistência Horizontal Resistência quantitativa Poligênica Efetiva contra um amplo espectro de patógenos Durável Efeito da resistência vertical sobre o início da epidemia Efeito da resistência horizontal sobre o início da epidemia Efeito da resistência vertical e horizontal, separadas e combinadas Estratégias para durabilidade da resistência Pirâmides gênicas Multilinhas e misturas Diversificação espacial CONTROLE QUÍMICO O controle químico de doenças de plantas é feita por meio de vários tipos de produtos, comumente denominados agroquímicos, incluindo fertilizantes e agrotóxicos. Fertilizantes • Doenças fisiogênicas Deficiência de B em crucíferas Deficiência de Ca em tomateiro Fertilizantes • Doenças infecciosas Redução do pH para o controle da sarna da batateira 5% de uréia – diminuição de perítécios de Venturia inaequalis Agrotóxicos 1. Inseticidas e acaricidas – controlar insetos e ácaros vetores. 2. Herbicidas – matar plantas hospedeiras alternativas do patógeno. 3. Nematicidas - mais comuns são os biocidas. 4. Fungicidas e bactericidas – grupo com propriedades químicas e biológicas diferentes. Fungicidas Podem ser: 1. Erradicantes 2. Protetores 3. Curativos De acordo com sua mobilidade: • Sistêmicos ou móveis • Tópicos ou imóveis • Translaminares • Mesostêmicos Formulações Fungicidas são comercializados na forma de ingrediente ativo puro + ingrediente inerte. • Pó-molhável (PM)– a maioria dos fungicidas. São partículas finamente moídas. • Pó-seco (PS) – os diluentes mais comum são talco e bentonita. Ex: fungicidas a base de enxofre. • Suspensão concentrada (SC) – partículas finamente moídas chegando a ser 10 a 15 vezes menor que partículas utilizadas nos PM. • Concentrado Emulsionável (CE) – o ingrediente ativo é dissolvido num solvente que é imiscível em água. O solvente, por sua vez está associado a um surfactante que o dispersa na água para formar uma emulsão estável. • Concentrado liquido (L ou CL) – insolúveis em água. Pouco usados. Ex. antibiótico. • Granulados (G) – grânulos, normalmente aplicados no solo. Fungicidas imóveis Com ação erradicante: • Atuam diretamente sobre o patógeno • Usado no tratamento de solo, semente e no tratamento de plantas de inverno • Extremamente tóxicos Principais fungicidas erradicantes Dazomete (3,5 – dimetiltetrahidro-1,3,5,2H-tiadiazina-2-tiona) • Fumigante de solo • Eficiente contra fungos, nematoides, insetos e plantas daninhas • Tratamento de solo • O solo deve ser mantido em repouso por 14-21 dias • Produto comercial: Basamid Principais fungicidas erradicantes Formol • Fumigante de solo até descoberta de novos produtos • Diluição de formol comercial 40% em água na proporção de 1:50 • Aplicar 25 L/m² • O Plantio pode ser feito após 3 a 6 semanas Metam-sódico (N-metilditiocarbamato de sódio) • Fumigante de solo • Ação nematicida, fungicida, inseticida e herbicida •O Plantio pode ser feito após 14 a 21 dias •Produto comercial: Bunema 330 CS Principais fungicidas erradicantes Quintozeno (Pentacloronitrobenzeno) • Controle de fungos de solo que formam escleródios: Rhizoctonia, Sclerotium, Sclerotinia, Macrophomina e Botrytis. • Longa persistência no solo • Insolúvel em água, com baixa volatilidade • Cucurbitáceas e tomateiro são muito sensíveis • Produto comercial: Kobutol 750, Plantacol, Terraclor 750 PM Fungicidas com ação protetora • Aplicados nos órgãos vegetais e formam um “filme” superficial protetor antes da chegada de esporos fúngicos. • Não penetram nem translocam na planta • Modo de Ação: inibem inespecificamente, reações bioquímicas e afeta grande número de processos vitais Vantagens Baixo custo Baixa toxidade Baixa fitotoxidade Amplo espectro de ação Pequena chance de induzir resistência Podem ser utilizados • Tratamento de sementes • Pulverização aérea • Tratamento pós-colheita Principais fungicidas protetores Enxofre elementar • Enxofre elementar - 1824 já era conhecido especifico para oídio • Usado para controlar a sarna da macieira, podridão parda do pessegueiro • Baixa toxicidade baixo custo • fitotoxicidade para cucurbitáceas (acima de 26 a 30ºC). Calda sulfo-cálcica – combinação de cal hidratada com enxofre – tratamentos erradicantes de inverno. Principais fungicidas protetores Cúpricos a) Calda bordalesa – (sulfato de cobre – cal hidratada) • Boa adesividade • Tenacidade • Baixo custo • Desvantagem – fitotoxidade para cucurbitáceas, solanáceas, rosáceas e crucíferas. (tecidos jovens e baixa temperatura) b) Calda viçosa • Desenvolvida na UFV 1975 para controle da ferrugem do cafeeiro • Vantagem em relação a bordalesa – boro e zinco são também fornecidos as plantas. Principais fungicidas protetores Cúpricos c) cobres fixos • largo espectro de ação; • baixa toxidez aos homens e animais; • menor fitotoxicidade; • ação sobre bactérias Hidróxido de Cu (Garant; Kocide WDG; Cotact), Oxicloreto de Cu (Reconil; Recop; Cupravit verde; Agrinose; Cobox), Óxido cuproso (Cobre Sandoz BR; Cobre Sandoz SC), Sulfato de Cu (Sulfato de Cobre Microsal) Principais fungicidas protetores Ditiocarbamatos • Amplamente usados • Atuam em enzimas que dependem de grupos sulfidricos, cobre e ferro • Baixo grau de fitotoxidade e de toxidez ao homem • Compatibilidade com inseticidas e os demais fungicidas orgânicos Exemplos: • Mancozeb (Dithane PM; Manzate 800; Persist SC; Ridomil Gold) • Maneb (Maneb 800; Curzate-M + Zn (+ Cymoxamil)) • Thiram (Rhodiauram 700; Thiram 480; Mayram; Anchor SC (+Carboxim) • Propineb (Antracol 700 PM; Positron DUO (+ Iprovalicarb) Controle de manchas foliares (Alternaria, Cercospora, Septoria) Tratamento de sementes (Pythium) Principais fungicidas protetores Compostos aromáticos Atua: • alterando a permeabilidade de membrana • inibindo várias enzimas que contenham grupos sulfidrílicos Aplicação aérea, tratamento de semente e tratamento de solo Amplo espectro de ação Clorotalonil – (Bravonil; Cerconil (+Tiofanato metilico); Daconil; Funginil) – boa atividade comtra oomicetos, ferrugens. Diclorana – (Botran) - eficiente no controle de fungo que formam escleródios no solo. Principais fungicidas protetores Compostos heterocíclicos nitrogenados Captana - Captam • Recomendado para doenças de frutas, hortaliças e plantas ornamentais • É amplamente utilizado no tratamento de sementes • Proteção contra Pythium e Rhizoctonia Folpete • Semelhante ao captana • Controle de oídio da roseira, podridão parda do pêssego, sarna da macieira Fungicidas Sistêmicos Podem ser absorvidos pelas folhas ou raízes e que são translocados no interior da planta via XILEMA. Translocação ocorre de partes inferiores para partes superiores Vantagens • Atingir locais inacessíveis aos fungicidas protetores • Matar o patógeno no interior dos tecidos (permite o uso desse produto de maneira curativa) • Proteção dos tecidos por maior período de tempo que os conferidos por fungicidas protetores • Redução da dose utilizada na aplicação Desvantagens • Caros • Desenvolvimento ou predominância de populações resistentes Principais fungicidas sistêmicos Carboxamida • Eficientes no controle de ferrugens, carvões e doenças causadas por Rhizoctonia • Tratamento de sementes – alguns casos parte aérea • Atua na respiração - inibe a enzima succinato desidrogenase – interrompe o fluxo de elétrons Carboxina - (Vitavax, Anchor SC (+ Thiran), Vitavax-Thiran(+Thiram)) Ustilago, Tilletia Oxycarboxina - (Plantavax, Hokko Plantavax) - Uromyces Principais fungicidas sistêmicos Benzimidazóis Interfere na síntese de tubulina, o que acarreta problemas na formação dos microtúbulos, prejudicando a divisão celular. Exemplos: Benomyl (Benlate) Mitospóricos, Ascomycota, carvões e caries Não é eficaz para fungos da família Dematiaceae e Oomycota Carbendazim (Derosal, Bendazol, Bravocarb (+Chlorotalonil) antracnoses do feijão, ramulose Tiofanato metílico (Cercobin, Metiltiofan, Suport, Cerconil (+ Chlorotalonil)) Ascomycetos/Mitospóricos Principais fungicidas sistêmicos Dicarboximidas Iprodiona – Rovral e Rovral SC Tratamento de sementes, do solo e parte aérea de um grande número de culturas: alface (podridão de Sclerotinia), crisântemo, morango e videira (mofo cinzento), etc. Vinclozolina – Ronilan Controle de Botrytis, Sclerotinia, Sclerotium, Monilinia, Phoma. Procimidona – Sialex 500, Sumiguard 500 PM, Sumilex 500 PM Indicação idêntica às dos demais fungicidas do grupo. Principais fungicidas sistêmicos Inibidores de biosíntese de esteróis • Inibe a biosíntese de esteróis • Elevada ação tóxica sobre a síntese de ácidos graxos da membrana • Rápida penetração • Ação curativa e efeito residual prolongado • Tratamento de semente e parte aérea • Ferrugens, oídios, manchas foliares (Ineficientes contra Pythium e Phytophthora) Imazalil (Magnate 500) Pyrenofora, Fusarium e Septoria Procloraz (Jade, Mirage 450 CE, Sportak 450 CE) Septoria e Colletotrichum Bitertanol (Baycor) Mitospóricos Bromuconazole (Condor 200) Mycosphaerela musicola, Alternaria sp. Cypoconazole (Alto, Altomix, Artea (+ Prpiconazole), Resist (Oxicloreto de cobre) Ferrugens e oídios Difenoconazole (Score, Spectro, Flare, Prisma) Septoria, Ramularia, Cercospora, Mycosphaerela, Colletotrichum, Bipolaris. Erysiphe, Venturia, Oidium, Sphaceloma, Monilinia, Phakopsora, etc... Epoxiconazole (Opera (+Pyraclestrobin), Opus, Spot) Ferrugens, helmintosporiose, oídios, septoriose Fluquinconazole (Palisade) Venturia, Puccinia, Uromyces Fluriafol (Impact, Vincit) Helminthosporium, Puccinia, Erysiphe, Septoria, Rhynchosporium, Pyrenophora e Cercospora Hexaconazole (Anvil, Efect (+ chlorothalonil) Venturia, Hemileia Imibenconazole (Manage 150) Erysiphe, Puccinia, Pseudocercospora, Sphaeroteca Venturia, Colletotrichum, Propiconazole (Artea (+Cyproconazole), Juno, Stratego (+ Trifloxistrobin), Tilt) Bipolaris, Cercospora, Drechslera, Ryncosporium e Stagonospora Tebuconazole (Constant, Elite, Folicur, Orius, Raxil, Triade, Horizon (+Triadimenol)) Ferrugens, oídios, Alternaria e Cercospora) Triadimefon (Bayleton BR) Erysiphe, Puccinia, Rhynchosporium, Septoria, Podosphaeria, Hemileia, Thielaviopsis e Microcclus Triadimenol (Bayfidan, Batan, Caporal, Confidor Duo (+ Imidacloprid), Photon) Fungos de solo, oídios e ferrugens Principais fungicidas sistêmicos Inibidores da respiração • Década de 60 tomou-se o conhecimento das propriedades anti-fúngicas do grupo de cogumelo pertencente aos Basidiomycetes, ordem Agaricales. • Strobilurus tenacellus • Originou o grupo de fungicidas conhecido como: Estrobilurinas • Inibe a respiração mitocondrial, bloqueando a transferência de elétrons entre o citocromo b e c, interferindo na formação de ATP Principais fungicidas sistêmicos Inibidores da respiração Azoxistrobina - (Amistar, Priori) Septoria, Alternária, Cercospora, Pseudocercospora, Hemileia, Phoma, Phylosticta, Puccinia, Uromyces, Phaeoisariopsis, Colletotrichum, Cerotelium, Sphaeroteca, Transchelia, Mycosphaerela, Plasmopara, Elsinoe Piraclostrobina - (Comet, Opera (+ Epoxiconazole) Triflosxistrobina (Flint, Stratego(+ Propiconazole) Principais fungicidas sistêmicos Inibidores da biossíntese de melanina Interferem a biossíntese da melanina (fundamental para funcionamento do apressório no processo de penetração e infecção). Triciclazol e Piroquilona Tratamento de sementes de arroz e de trigo, para o controle da brusone. o Principais fungicidas sistêmicos Fosforados orgânicos Pirazofós – Afugam CE Controle de oídios. Recomendado para cucurbitáceas, frutíferas e ornamentais. Principais fungicidas sistêmicos Inibidores de oomicetos Cimoxanil – Controle da requeima da batata e do tomateiro, míldio da videira e requeima e cancro estriado do painel da seringueira. Metalaxil – Controle da requeima da batata e do tomateiro, míldio da videira e da roseira e requeima da seringueira. Fosetil – Controla Phytophthora em abacaxi, abacate e citros. Antibióticos • Casugamicina - (Hokko Kasumin) Erwinia, Xanthomonas, Corinebacterium, Pyricularia Pseudomonas, Cercospora, • Estreptomicina - (Agri-Micina (+ oxitetraciclina) Erwinia, Xanthomonas, Pseudomonas, Clavibacter • Oxitetraciclina (Agrimaicin (+ sulfato de cobre), Agri-Micina (+estreptomicina ) Erwinia, Xanthomonas, Clavibacter • Cloreto de Benzalconio - (Fegatex, Quatermon) Erwinia, Xanthomonas APLICAÇÕES CURATIVAS Testemunha Momento ideal Momento inadequado Silva, 2009 FUNGICIDAS GRUPO QUÍMICO Aproach Prima Estrobilurina + triazol Nativo Estrobilurina + triazol Opera Estrobilurina + triazol Priori Xtra Estrobilurina + triazol Sphere Estrobilurina + triazol Artea Triazol Caramba Triazol Celeiro Benzimidazol + triazol Domark Triazol Eminent Triazol Folicur Triazol Impact Duo Benzimidazol + triazol Impact Triazol Orius Triazol TebucoNortox Triazol EFICÁCIA DE CONTROLE 63 a 73% 34 a 49% Roteiro da apresentação VII. As plantas de defendem de patógenos?. VIII. Controle de doenças. IX. Controle na Implantaç Implantação do Vinhedo. X. Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo. XI. Considerações finais. Roteiro da apresentação VII. As plantas de defendem de patógenos?. VIII. Controle de doenças. IX. Controle na Implantação do Vinhedo. X. Controle na Manutenç Manutenção e Conduç Condução do Vinhedo. XI. Considerações finais. Medidas de Controle Evasão Evitar terrenos expostos a ventos frios Escolher áreas bem drenadas Terrenos com boa exposição solar Exclusão Utilizar mudasadias s Desinfestação de ferramentas Desinfestação de materiais Erradicação Eliminação de partes / plantas doentes Eliminação de restos da poda Aradura profunda do solo Desinfestação do solo Rotação de cultura Descanso do solo Tratamento de inverno Regulação Sistema de condução alto Poda verde Limpeza e desbaste de cachos Evitar excesso de nitrogênio Utilizar quebra -vento Evitar ferimentos nas raízes / bagas Imunização Utilizar materiais resistentes Indução de resistência Proteção e Terapia Proteção de ferimentos Proteção de tecidos da planta Antracnose Escoriose Míldio Oídio X X X Mancha das Folhas Ferrugem X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X SUGESTÃO DE TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO PARA VIDEIRAS Para o controle da maioria das doenças, faz-se necessário o uso de tratamento de inverno, a base de calda bordalesa e calda sulfocálcica. Gramas / 100 litros Doenças 1) ANTRACNOSE (Elsinoe ampelina) Nome Comercial CAPTAN 500 PM (ou) BENLATE 500 (ou) FUNGITOX FOLPAN AGRICUR 500 PM 2) MÍLDIO DITHANE / MANZATE (Peronóspora) CAPTAN 500 PM (ou)RIDOMIL MANCOZEB COBRE METÁLICO RIDOMIL MANCOZEB-BR 3) MOFO CINZENTO BENLATE 500 (Botrytis) CERCOBIN 700 PM 4) PODRIDÃO AMARGA CAPTAN 500 PM (Glomerella) (ou) DITHANE FOLPAN AGRICUR 500 PM 5) OÍDIO KUMULUS DF (Uncinula necator) FOLICUR PM Produto Comercial 240 60 300 300 240 300 240 300 80 70 240 300 160 300 100 Período Carencia (dias) 7 18 15 1 21 7 21 7 10 14 14 7 21 1 7 14 Estágios Fenologicos críticos Início da brotação até fim do ciclo, quando a condições climáticas favorecerem ( umidade alta e temperatura elevada) Início da brotação até fim do ciclo, quando a condições climáticas favorecerem ( umidade alta e temperatura elevada) Inícia-se apartir da granação e vai até a pré colheita. Inícia-se apartir da granação e vai até a pré colheita. Inicia-se 14 dias após a brotação e repete-se de 14 em 14 dias até início da maturação. Roteiro da apresentação VII. As plantas de defendem de patógenos?. VIII. Controle de doenças. IX. Controle na Implantação do Vinhedo. X. Controle na Manutenção e Condução do Vinhedo. XI. Consideraç Considerações finais. Referências www.anuarios.com.br www.enologia.org.br www.winesofbrasil.com/Default_pt. www.winesofbrasil.com/Default_pt.aspx www.vinhosdacampanha.com.br Referências Bergamin Filho, A., Kimati, H., Amorim, L. (Eds.). Manual de Fitopatologia – Princípios de Conceitos. V.1. São Paulo, Editora Agronômica Ceres, 1995. 919 p. www.daff.qld.gov.au/home.htm www.awri.com.au www.winetitles.com/diagnosis/index.asp www.oiv.int/oiv/cms/index www.uioe.org e-mail [email protected] AGRADECIMENTOS RENATA S. CANUTO DE PINHO, Dra. Professora Adjunta do Campus Itaqui da UNIPAMPA MARCELO BARBOSA MALGARIM, Dr. Professor Adjunto da FAEM/UFPel