NAMORO: Vivendo a santidade no namoro 15 ho/20 n u j 123 mero ú N Ano IX Desafios da família na Atutalidade Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista (Mt 11,11) João Batista e o Jovem ias de ionár s is M s nidade Comu _Editorial por Jair Altino de Carvalho Júnior _palavra do padre São João Batista = um exemplo para seguir! 2 Nesta 123ª edição do Seu Companheiro, três são os destaques: o primeiro deles é São João Batista, nosso padroeiro, exemplo de vida para nós todos, em especial para os jovens; o segundo é Maria, mãe de Deus e da Igreja, símbolo de virtude e de maternidade; e o terceiro ponto é a família, desde a etapa do namoro santo até a criação dos filhos. A vida de São João Batista inspira, não só o Movimento de Emaús, mas aqueles que queiram trilhar um caminho de santidade genuína. São João Batista foi firme em sua missão. Não se calou frente ao pecado, denunciou o erro, mantendose coerente mesmo diante dos poderosos. Um homem que viveu pela Verdade e deu sua vida por Ela. Humilde, foi claro em dizer que não era o Cristo, mas um servo fiel na preparação dos caminhos do Senhor, convidando à conversão. Outro grande exemplo e auxilio na caminhada cristã é nossa querida mãezinha. Nossa Senhora é mãe de Deus e da Igreja, é modelo de fé, amor e esperança para nossa vida. Mulher que o próprio Cristo nos deu por mãe e que está sempre intercedendo por nós. E, no Ano da Paz, a paz nas famílias mostra-se o primeiro passo para uma conciliação em escala mundial. A família cristã é preparada com um namoro pautado no que Cristo quer de nós e no que devemos fazer para tornar este relacionamento santo. Passa por desafios na criação dos filhos na fé e nos ensinamentos de Cristo e pela contenda da consonância entre a vida familiar, o trabalho e as atividades ligadas ao meio de apostolado. _Expediente O seu companheiro O Seu Companheiro é um órgão de formação Endereço para correspondência e E-mail: e informação do Emaús da Arquidiocese de SQN 214 Bloco A apartamento 112, CEP: 70873-010 Brasília, sob a responsabilidade do Secre- [email protected] tariado Arquidiocesano de Emaús e editado Jornalista Responsável: pela Equipe de Comunicação do Movimento. Bianca Fragoso (DF 8137 JP) Edição e Revisão: Bianca Fragoso, Lúcia Tormin, e Tiago Miranda Tiragem: Projeto gráfico e diagramação: 2.000 exemplares Marcello Martins ([email protected]) Em nosso discipulado missionário seguimos, com total fidelidade a Jesus Cristo como caminho, verdade e vida. Nesse nosso caminhar com Cristo no Espírito Santo, buscamos nos fazer acompanhar por muitos irmãos e irmãs da terra e do céu. Os santos e santas, já na glória do Pai, intercedem por nós. Em particular e obrigatoriamente a discípula missionária por excelência: a Mãe de Jesus, da Igreja e nossa. Para nós do movimento evangelizador de jovens em Emaús, São João Batista é o especial padroeiro, que nos inspira e anima em nossas vidas pessoais e no carisma santificador e evangelizador. Para uma celebração renovadora e alegre na fé de nosso patrono, convido todos a olharmos e contemplarmos, com grande esperança, a extraordinária vida de São João Batista. Sua vida de santo começa ainda no seio de Isabel. Sua vida de doação sacrificada, sua fidelidade, sua humildade, sua coragem em defender os valores e seu testemunho radical serão sempre para nós fonte e modelo de vida no seguimento a Jesus Cristo. Como todos nós, João Batista é um escolhido, consagrado e enviado em missão. Certamente, melhor do que nós, ele entendeu que esse chamado é para a pessoa toda, e não apenas para cumprir tarefas e funções. Ele compreendeu bem e aceitou, com fé, ser uma vocação, ser uma missão. Portanto, irmãos, um chamado de Deus inclui uma vida santa e uma missão e um compromisso com a Igreja para a salvação da humanidade. Com a Igreja sempre “em saída” somos sacramento de salvação. Ser discípulo de Jesus Cristo implica em um processo de conversão e formação constante, séria e metódica. Ser missionário, anunciar a Boa Nova exige que nós sejamos evangelhos vivos que ajudem a “preparar os caminhos do Senhor”. Para nós é preparar os jovens para um encontro transformador, cheio de encantamento com Deus em Jesus Cristo vivo e ressuscitado. Esse “preparar” exige de nós todos oração pessoal e comunitária; busca e preparação zelosa e testemunhal de “candidatos” aos cursos; mobilização continuada das comunidades; comunhão com a Igreja partilhando as alegrias do apostolado com o senhor bispo e a diocese. E João Batista crescia em idade e graça perante Deus e os homens. O crescimento nosso é essencial. deverá ser contínuo como busca e desafio. O próprio Jesus Cristo diz: “Eu vim para que vocês tenham vida plena”, e também “Sede perfeitos como vosso Pai é perfeito”. O estudo pessoal e em comunidade (escola); a vida de oração e sacramental; o uso – com teimosia santa – de todos os meios de perseverança farão de nós não só João Batista, mas outros Cristos! Precursores e indicadores do Cordeiro. Profetas, servos e testemunhas. Mensageiros e arautos felizes e alegres, cheios de fé e esperança. O que nos deve inspirar muito é o seu testemunho fiel e radical até o martírio. Nesse aspecto tenhamos talvez ainda muito a melhorar. Ele foi um mártir da moral, isto é, dos verdadeiros valores humanos e cristãos. Testemunha da luz, isto é, da vida honrada, da justiça, do amor maior, capaz de morrer para viver. Queridos em Cristo e no Espírito Santo: Sejamos discípulos missionários felizes de nosso Senhor Jesus Cristo, membros efetivos e afetivos da Igreja. Seja essa a nossa constante busca e maior alegria. Não há nada melhor nem maior para um ser humano. Para tanto, recorramos sempre à Santíssima Mãe de Deus e da Igreja, e ao nosso patrono São João Batista. Um fraternal abraço em Cristo a todos e minha especial benção e orações diárias. Pe. Ignácio Pilz Dir. Esp. do Sec. Nacional O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 Queridos Leitores do Seu Companheiro, queridos membros das comunidades missionárias de Emaús: por Pe. Ignácio Pilz 3 _Mãe de DEus por Padre Paulo alves _Partiu Sampa XI Encontro do Conselho Nacional de Emaús por Marcelo Eira Representantes dos 23 secretariados se reúnem para reafirmar 4 U m dos títulos sob o qual veneramos a sempre Virgem Maria é o de Mãe de Deus. Por ter gerado Jesus em seu ventre ela é verdadeiramente a mãe do Salvador, do Filho de Deus. E contra todas as heresias que negavam tal doutrina a Igreja confirmou esse título e estabeleceu uma festa litúrgica para ratificar esse dogma. Por isso, no dia primeiro de janeiro toda Igreja proclama na liturgia essa verdade de fé: Maria é a mãe de Deus. Tal privilégio foi concedido em virtude do próprio Jesus que, sendo Deus, assumiu a condição humana, se fez um de nós (cf. Fl 2, 6-7). Porém, para que isso acontecesse, era necessária uma mãe que o gerasse. A escolhida foi Maria, que primeiro concebeu o próprio Cristo pela fé antes de o gerar em seu ventre. Isso já havia sido confirmado por Isabel, sua prima, que exclamou: “Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?” (Lc 1,43). Assim, reconhecemos o quanto a fé de Maria na Palavra de Deus foi fundamental para que ela pudesse assumir a missão que lhe foi confiada. Por outro lado, aquela que gerou o Salvador continua hoje a gerar novos filhos. A Igreja reconhece também essa maternidade espiritual de Maria a partir do diálogo entre Jesus e o discípulo amado no momento da cruz, no qual o próprio Senhor confia aos cuidados de sua mãe o discípulo e nele toda a Igreja (cf. Jo 19, 26-27). Para nós, é modelo de fé e da caridade. Santo Agostinho dizia que Maria é a mãe do Salvador e dos seus membros, mediante sua intercessão. Desse modo, Maria não é apenas modelo para nós, mas principalmente sinal de esperança na salvação e consolo em nossas tribulações. Cremos que o modelo de todos os cristãos está naquela que soube humildemente viver a vontade de Deus, guardar tudo em seu coração e suportar o peso da cruz junto ao seu Filho, pois tinha a certeza da vitória da ressurreição. Assim, também nós membros, do Corpo místico de Cristo, ao venerarmos a sempre Virgem Maria procuramos aqui na terra, na condição de peregrinos, percorrer esse caminho do discipulado em meio à cruz, sem jamais deixar de crer na luz que brota da ressurreição e no amor que é mais forte que a morte. Aquela que esteve aos pés da cruz junto ao seu Filho não irá jamais abandonar aqueles que foram gerados espiritualmente como membros da Igreja. Confiemo-nos pois a sua materna intercessão para alcançarmos as graças de seu Filho Jesus Cristo. Q ue tal uma paradinha para avaliar a caminhada das nossas comunidades? Como tem sido nossa vivência comunitária? Assim como os primeiros cristãos, temos sido constantes na fração do pão, na partilha dos dons e na assistência mútua? Temos conseguido superar o individualismo, que é uma das marcas do mundo atual? Para refletirem sobre esse assunto, presidentes dos secretariados, diretores espirituais e jovens representantes das comunidades de Emaús participarão do XI Encontro do Conselho Nacional, de 23 a 26 de julho próximo, em São Paulo/SP. O tema, escolhido com todo carinho, é “Emaús: comunidade de comunidades”. E o lema é inspirado e inspirador: “Que sejam um, para que o mundo creia que Tu me enviaste” ( Jo 17,21). Todo encontro nacional do Emaús é um novo Pentecostes. Diversos são os sotaques e os costumes, mas todos entendem a linguagem comum da missão e do carisma do nosso movimento. O encontro do conselho, em especial, é a grande oportunidade de realinhar os rumos, buscando a unidade na diversidade. É também o momento de partilhar os êxitos obtidos, aprender com as boas práticas das outras comunidades, socorrer as que passam por dificuldades e, principalmente, celebrar a alegria de sermos discípulos-missionários de Emaús, unidos pelo ideal comum e pelos laços fortes de amor ao movimento. O Secretariado Nacional apresentará, no encontro, novos materiais que auxiliarão o trabalho de nossas comunidades e contribuirão para a fidelidade à metodologia e para a unidade do Emaús. O novo Roteiro das Aulas da Escola Missionária, por exemplo, contém toda a orientação e o conteúdo que deve ser transmitido no processo de formação para o serviço nos cursos de valores humanos e cristãos. As Orientações para Montagem dos Cursos também são muito bem-vindas, pois esclarecem o passo -a-passo da preparação de um curso de Emaús. O novo Roteiro dos Cantores e a nova Rosa dos Ventos facilitarão o ministério da música no nosso movimento. Já o tão esperado Hinário do Emaús será um forte instrumento de integração, unindo nossas comunidades por meio das belas músicas abertas compostas pelos nossos jovens. Desde já, oremos pelo êxito do XI Encontro do Conselho Nacional de Emaús, para que a participação de todos seja frutífera e o Espírito Santo nos mostre o caminho. O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 a unidade do Movimento e a alegria de evangelizar. 5 _DEsafios da família na atualidade - Por rodrigo e Helena _DEsafios da família na atualidade - Por simone e guilherme Como conciliar Educação: 6 Quando olhamos para o nosso tempo, é comum termos a tendência de perceber mais os aspectos negativos do que os positivos. Não raras vezes, nos deparamos com a expressão: “bom mesmo era no meu tempo”. Ora, para o cristão, “o meu tempo” é o agora! Ao falarmos sobre a família não é diferente. Por um lado, não faltam os sinais de degradação dos valores morais, erradas concepções sobre os papéis de cada membro da família, o número crescente de divórcios ou o avanço de uma mentalidade contraceptiva. Por outro lado, diferente de outras épocas, percebemos uma consciência mais viva da liberdade pessoal, da qualidade das relações interpessoais, da dignidade da mulher, da procriação responsável, da educação dos filhos e o compromisso com uma sociedade mais justa. Se sabemos que o mundo está em constante transformação, cabe a nós colaborarmos que esta seja para melhor. O primeiro desafio que surge é termos uma clara visão acerca do homem e da sociedade, seguido da missão de formar os filhos para os valores essenciais da vida humana. Entretanto, é através de uma educação para o amor, radicada na fé, que nos permite adquirir a capacidade de interpretar os sinais dos tempos. Em virtude dessa missão, temos o dever de educar nossos filhos para a oração. Desde a mais tenra idade, numa descoberta progressiva do mistério de Deus e de intimidade pessoal com Ele. A capacidade de reconhecer a dignidade do outro passa pela experiência de Deus. Adorar a Deus amando o próximo. Educar na fé é agir na fé. É nessa relação com o outro que se destaca a função social e política da família. Visto que não se pode fechar um direito e um DEver dos pais somente como obra procriativa e educativa. Cabe aos pais incentivar os filhos a um protagonismo transformador da sociedade. Nosso saudoso papa João Paulo II, na Exortação Apostólica “A missão da Família no Mundo de Hoje” nos afirma que “O futuro da humanidade passa pela família! ” Logo, é indispensável que cada cristão se empenhe em promover os valores e as exigências da família. Amando-a de tal maneira que seja capaz de dar sentido à sua existência mesmo nas dificuldades que venha a enfrentar. Por vezes, podemos ter a insegurança e as dúvidas ao criar nossos filhos na fé. Entretanto, procuramos lembrar que não estamos sozinhos também nessa missão. Oramos para ter a certeza de Paulo na epístola aos Romanos. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Deus nos brinda com momentos maravilhosos junto aos filhos quando estamos empenhados na sua formação. A maturidade (e talvez até o cansaço) de quem ensina só tem a ganhar com a pureza e a inocência de quem aprende. Certa vez, estávamos em família concentrados, executando uma tarefa da escola da nossa filha, então com quatro anos de idade. Depois de muitas conversas que envolveram o Coelhinho, chocolates e bom comportamento, ela concluiu que “Deus nos dá o Céu de presente de Páscoa”. Emocionando com a simplicidade que quem na mais tenra idade já reconhece que Cristo é o Senhor, mostrando que o nosso mundo ainda tem jeito! Educar os filhos é um direito e um dever dos pais e, por essa razão, é uma tarefa que não deve ser delegada a outros, sejam os avós, a escola, a babá ou o Estado. Esses devem apenas colaborar com os pais na educação das crianças. Elas não convivem apenas com a família e, por isso, no cotidiano, é preciso ter atenção com relação às mídias, à escola e seus amigos. Criar os filhos na fé, em meio aos apelos do mundo de hoje, é realmente um desafio – exige muitas renúncias e sacrifícios. Como essas são as exigências do amor, educar na fé não é nada mais que uma expressão do amor dos pais com os filhos. A característica mais importante dos pais que querem educar seus filhos na fé é a de que eles não abrem mão de serem os principais agentes desta missão. Priorizar o tempo com os filhos em detrimento da carreira, do lazer e do descanso é uma constante na vida dos pais zelosos. É esse tempo de convivência e influência que os torna exemplos para os filhos e faz do lar uma “escola das virtudes humanas e da caridade cristã” (número 1666 do CIC). Em nossa casa, algumas ações nos ajudam a vencer os desafios que encontramos na educação de nossas filhas. Nós acreditamos que uma vida de oração é fundamental para criar, desde a infância, uma consciência reta. Rezamos todos os dias com as crianças e ensinamos a elas que devem fazer orações em outros momentos do dia. Além disso, temos mostrado a importância da participação nos Sacramentos e vamos à missa todos juntos. Ainda para cooperar com a formação de uma consciência verdadeira, procuramos afastá-las de informações desnecessárias e prejudiciais. Em nossa casa, não assis- timos a telejornais nem novelas e não permitimos que nossas filhas assistam a filmes ou programas inadequados para suas idades. O acesso à internet é supervisionado e ainda muito restrito. Como a escola é, depois do lar, o local que mais influencia na formação da criança, nossas filhas frequentam uma escola confessional católica, para que a base que construímos diariamente em casa não seja desconstruída em sala de aula. Contudo, a influência do mundo secular é tão grande que mesmo as escolas católicas já desviam do que consideramos uma boa educação cristã. Assim, embora nos exija tempo, fazemos um acompanhamento minucioso da rotina escolar, dos assuntos tratados e fazemos intervenções sempre que julgamos necessário. A convivência com outras famílias católicas também nos ajuda muito. Buscamos cercar nossas filhas de boas amizades e afastá-las das más influências, aproximando-nos de famílias que, como nós, professam a mesma fé e buscam o mesmo ideal, para que essas sejam suas referências de amizade e convívio. Enfim, buscamos testemunhar uma vida de fé, oração e amor. Tentamos ser exemplo de humildade para nossas filhas, perdoando e pedindo perdão, pois sabemos que somos falhos. Temos consciência de que assumir a responsabilidade de educar é caminhar contra o que o mundo de hoje prega com o imediatismo e uma vida sem sacrifícios. Queremos fazer de nossa família uma verdadeira “Igreja doméstica”, pois, acima de tudo, reconhecemos que nossos esforços são em vão se não contarmos com a graça de Deus. O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 vida familiar, trabalho e igreja 7 _SOMOS DA PAZ A PAZ NAS FAMÍLIAS por Aloísio Parreiras _Namoro por Luciano e RAyane N ossa história começou um pouco antes do nosso amadurecimento na fé e é impossível não associar nosso namoro ao rumo certo que encontramos na aldeia de Emaús. 8 N esta vigência do Ano da Paz e neste período de preparação para a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que será realizada em outubro deste ano, nós somos convidados a refletir sobre a paz nas famílias e a intensificar a nossa participação no anúncio do Evangelho da família, que é parte integrante da nossa missão de batizados. Por sermos membros de uma família, Igreja doméstica por excelência, todos nós somos convidados a pensar em ações concretas que nos ajudem a despertar para a necessidade de cultivar a paz em nossos lares, combatendo, com o nosso testemunho de fé e fraternidade, a cultura da morte e de violência que nos cerca. Pois, se a instituição familiar é constantemente bombardeada pelos meios de comunicação social, é vital que o testemunho do Evangelho da família seja comunicado com a máxima urgência. Uma condição essencial para a paz nas famílias é que estas sejam solidificadas sobre o alicerce firme dos valores espirituais, humanos e éticos. De uma forma exemplar, num ambiente familiar sadio são vivenciados alguns princípios fundamentais da paz: a justiça e o amor entre os irmãos, a função da autoridade manifestada pelos pais, a mútua ajuda nas necessidades cotidianas da vida, a disponibilidade para acolher o próximo e, se necessário, perdoar-lhe, e o serviço atento e carinhoso que é exercido em prol dos membros doentes ou idosos. No aprendizado da justiça, da fé, da caridade e do serviço desinteressado, a família é a primeira e insubstituível educadora para a paz. A família é também fundamento da sociedade, porque possibilita o aprendizado de decisivas experiências de paz. Por tudo isso, a família é o ambiente privilegiado onde aprendemos a apreciar o sabor genuíno da paz, a colaborar para a fraternidade e a respeitar os direitos do nosso próximo. Estamos no Ano da Paz! E a paz sempre é inquieta, mesmo no seio das nossas famílias e, por isso, não podemos esquecer que a paz se constrói com nossos esforços, com nossas orações e com o nosso testemunho de fé e de caridade. “Construir a paz é difícil, mas viver sem ela é um tormento”. (Papa Francisco, Audiência em 19 de novembro de 2014). Todos nós suspiramos pela paz: a paz no nosso íntimo e em nossas famílias. Mas sendo a paz um dom de Deus, é necessário implorá-la com a oração perseverante. Desse modo, com renovada esperança em Cristo, o Príncipe da Paz, rezemos hoje e sempre pela paz nas famílias e colaboremos, por meio de gestos concretos de paz, na superação das múltiplas formas de conflitos que podem surgir em uma família e despertemos sempre mais a convivência fraterna entre todos os membros da nossa família, a fim de que “a paz de Cristo, que supera todo entendimento, guarde os nossos corações e nossos pensamentos no Cristo Jesus”. (Fl 4,7). Não foi tarefa fácil abandonar antigos costumes, foram diversas as situações que nos colocaram a prova, principalmente quando se tratava dos questionamentos dos nossos amigos e familiares, que não entendiam que nossa felicidade não estava limitada as festas e baladas e que acompanhar a liturgia e os compromissos da igreja não eram para nós um fardo, mas sim o motivo de constante alegria. Parecia loucura nosso jeito de namorar, hoje em dia falar de virtudes e castidade é muitas vezes motivo de deboche, mas a obediência sempre falou mais alto e acreditar e apoiar mutuamente foi a nossa fortaleza para vencer qualquer adversidade. Nada foi capaz de abalar nossa fé, e assim seguimos. Sempre buscamos estar perto daquilo que nos aproxima de Deus, e nesse contexto, a JMJ nos motivou e nos encorajou a perseverar e confirmar nossa vocação. Estamos perto de comemorar o nosso segundo ano de namoro e a cada dia estamos mais certos da Graça de Deus em nossas vidas. A alegria que sentimos por servir a Deus e construir o seu Reino é imensa, e em nenhum momento nos arrependemos do que deixamos pra trás. Enfim, apesar das dificuldades, temos a confiança de que não estamos sós, temos o apoio da Virgem Maria e seu fiel esposo São José para continuar a caminhada e principalmente sustentar a vontade de levar o outro ao céu... O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 A medida que fomos nos aprofundando nos desígnios de Deus, o nosso relacionamento foi naturalmente se transformando, e o tipo de namoro que mundo nos oferecia passou a não nos satisfazer. Nosso coração almejava para um comprometimento maior, pautado nas leis da igreja e fortalecido pelo amor de Deus. 9 10 por Eduardo Eira e a Malu Mascarenhas C onhecemo-nos no Emaús e estamos namorando há um ano e 11 meses. Desde o início do nosso relacionamento conversávamos sobre sexo no namoro. A princípio, apenas um de nós tinha a convicção de que deveríamos viver um namoro santo. Porém, com o convívio, conversas e principalmente, muita oração, a decisão passou a ser de nós dois. O caminho não é fácil e precisamos ter cuidado para não cair em tentação. Para isso, tomamos algumas atitudes que nos ajudam: não ficamos sozinhos em casa, evitamos certos tipos de roupas que sabemos que aguçam o desejo, participamos da Santa Missa em família (revezamos nas duas famílias) e buscamos sempre o sacramento da Confissão para nos aproximarmos mais de Deus. Não é fácil viver um namoro santo. Nossa escolha precisa ser reafirmada todos os dias, pois as tentações são grandes, principalmente no mundo em que vivemos, onde pregam o egoísmo, a libertinagem e a curtição de maneira descontrolada. Por isso, acreditamos que o nosso maior desafio é buscar a harmonia entre os nossos impulsos e o que nossa consciência nos diz, usando a inteligência e a força de vontade. Muitas vezes nos encontramos fracos e juntos buscamos, na oração, forças para permanecer fortes no propósito. Acreditamos fielmente que o nosso namoro é um estágio para construirmos um casamento firme e fortalecido em Deus, por isso buscamos também nos conhecer o máximo possível, nossos defeitos e qualidades. _Castidade O namoro é um tempo de conhecimento mútuo visando ao matrimônio. Nesse período, pode-se conhecer mais profundamente o outro e dar-se a conhecer. Além de um período de descoberta, é um tempo de confiança, respeito e amor. Santo é a palavra que designa as coisas de Deus. Assim, um namoro santo é um tempo de conhecimento em que os namorados buscam fazer a vontade de Deus. Todo batizado é chamado à castidade. A castidade significa a vivência integral da sexualidade na pessoa, inclui a aprendizagem do domínio pessoal, o exercício da virtude da temperança. Como nos diz São Paulo: “O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor.” (1Cor 7:32b). Apesar de ser uma tarefa eminentemente pessoal, a castidade implica também um esforço cultural, porque “o homem desenvolve-se em todas as suas qualidades mediante a comunicação com os outros”. (Constituição Pastoral Gaudium et Spes, nº 25). É oportuno perceber que um namoro que dá certo nem sempre termina em um casamento, mas termina em uma escolha consciente e livre. Os namorados são convidados a viver a castidade na continência, na descoberta do respeito mútuo, na aprendizagem da fidelidade e da esperança em Deus. Reservar para o tempo do casa- mento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal permite aos namorados se ajudar mutuamente no crescimento na castidade. No namoro vivido com castidade não há um forte vinculo físico que possa desviar a atenção, e a decisão para o casamento se torna um ato livre e responsável. Nosso objetivo de viver como Cristo pode parecer às vezes alto demais para nossa pequenez. Mas, Deus não nos chamaria a uma dignidade tão alta sem nos oferecer auxílio nessa caminhada, muitas vezes marcada pela imperfeição e pelo pecado. Ele nos distribui sua Graça, nos dá ferramentas como a oração, a própria prática das virtudes, a pureza de intenção e olhar. E assim, com a Graça de Deus, “dia a dia o homem virtuoso e casto se constrói por meio de opções numerosas e livres. Assim, ele conhece, ama e realiza o bem moral seguindo as etapas de um crescimento.” (Exortação apostólica Familiaris Consortio). “Eu julgava que a continência dependia de minhas próprias forças... forças que eu não conhecia em mim. E eu era tão insensato que não sabia que ninguém pode ser continente, se não lho concedeis. E sem dúvida me teríeis concedido, se com gemidos interiores vos ferisse os ouvidos e, com firme fé, pusesse em vós minha preocupação” (Santo Agostinho). O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 _Namoro O que a Igreja espera dos fiéis leigos POR Jair Carvalho e Yara Geraldini 11 _acontece BRASília & outros secretariados _Nacional Pelo casal presidente rubilar e selma Escola Missionária Março 2015 O ano de 2015 começou com muita animação no SUBSECRETARIADO DE BRUSQUE! Os grupos Amigos de Cristo e Coração de Maria organizaram a primeira Escola Missionária do ano com muito carinho e criatividade. Com o tema “Amigos”, eles mostraram a todos os presentes que, na viagem da vida - seja longa ou curta, os amigos são mais do que estradas. Eles são placas que indicam a direção. E, naqueles momentos em que mais precisamos, por vezes, os amigos são o nosso próprio chão. Estimadas Comunidades de Emaús, O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 Em nossos Encontros Nacionais, priorizamos fortalecer o carisma do Movimento de Emaús, baseado na espiritualidade de nosso padroeiro São João Batista; buscar a unidade em torno do Curso de Valores Humanos e Cristãos; estimular a troca de experiências entre as comunidades; aprofundar a fé, a luz dos Documentos da Igreja, e dar soluções para as dificuldades da evangelização nestes novos tempos. 12 Corpus Christi No dia 04 de junho celebramos Corpus Christi. Como em todos os anos, o Emaús ficou responsável na parte da manhã pela confecção de parte do tapete pelo qual passa Nosso Senhor Eucarístico e a tarde participou da celebração da Eucaristia, ao final ajudando no cordão de isolamento para a procissão. 78º Emaús Masculino de Brasília Nos dias 14 a 17 de maio aconteceu na Arquidiocese de Brasília mais um curso de Emaús Masculino. Contamos com a presença de 16 jovens que puderam ter uma verdadeira experiência humana e cristã em comunidade. Também participaram conosco no curso o padre Bento e dois jovens da diocese de Itapeva. Orientados pelo Arcebispo D. Eduardo e pelo nosso Diretor Espiritual Pe. Ignácio, fomos desafiados a ir ao encontro dos jovens, deixando de lado o bem estar e o conforto. Vimos os relatos de comunidades que, com sucesso, acharam caminhos para crescer neste aspecto, ao mesmo tempo em que outras, principalmente as situadas em grandes centros, revelaram, apesar das iniciativas tomadas, dificuldades no caminhar e no anunciar o Cristo. Neste ano em que vivemos, especialmente, um período pós-Sínodo ordinário (out/2014) e pré-Sínodo extraordinário (out/2015), o Papa Franscisco nos admoesta a lançarmos um olhar sobre a família. “À luz da necessidade de famílias e ao mesmo tempo dos desafios, Assim, o nosso próximo Encontro do Conselho Nacional nos levará a refletir sobre o tema: “Emaús, Comunidade de Comunidades”. Inicialmente será voltado para uma revisão de caminhada de nossas comunidades missionárias, assim como as suas realizações e desafios. Não deixaremos de nos debruçar sobre o testemunho de família que tem sido apresentado aos nossos jovens, bem como as diversas situações familiares que o mundo de hoje nos apresenta e que trazem muitas dúvidas, uma vez que o primeiro exemplo de vida em comunidade é na própria família. O Evangelho da família é um caminho fundamental que serve de norte, inclusive em nossas comunidades missionárias, em função dos valores que devem ser vividos e assumidos diariamente: amor, compreensão, acolhimento, misericórdia, justiça, desprendimento, solidariedade, esperança e, principalmente, o cultivo e a vivência da fé, a partir do exemplo dos pais. Que nosso encontro de julho seja repleto de bênçãos, fortalecendo o espírito de nossas comunidades baseado nos valores evangélicos, com a finalidade de sermos testemunhas do Cristo, como nos refere o lema “Que sejam um, para que o mundo creia que Tu me enviastes”. O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 Já se passam quinze anos neste novo milênio. Nas vésperas de adentrarmos neste momento, o Papa Santo João Paulo II conclamava seus fieis a uma ação evangelizadora com novo ardor missionário. No transcorrer deste período, passamos pelo crescimento de muitas de nossas comunidades, surgimento de outras, com dificuldades ou não de perseverança. numerosos e complexos, presentes no nosso mundo, o Sínodo ressaltou a importância de um renovado compromisso em prol do anúncio, franco e significativo, do Evangelho da família.” (A Vocação e a Missão da Família na Igreja e no Mundo Contemporâneo - parte III) 13 _João Batista por Lui von Holleben A voz que E, não por acaso, o modo de agir e de falar de João Batista atraía pessoas. Meias verdades não atingiriam tantos discípulos. Era como uma vela na escuridão de tantos homens. Às margens do Jordão, ele era o centro. Uma figura ímpar. De todos os profetas que o antecederam, o endireitador de veredas contava com uma particularidade: indicava que o Messias estava mais próximo do que imaginavam. Certa vez, um homem aparentemente comum passou no Jordão. E só o profeta notou. Ninguém suspeitava. O Sol estava se aproximando da vela. E o Batista, anunciou: “Eis o Cordeiro de Deus. Eis o que tira o pecado do mundo” ( Jo 1,29). Só o amor pode encher nossa vida de sentido. João, o evangelista, e seu irmão Tiago, até então discípulos do Batista, seguiram o Amor humanizado até em casa naquele dia. O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 e a importância de praticar exercícios espirituais João Batista continuou pregando. Com autenticidade, denunciava o que havia de errado. Mas essa valentia incomodou um tetrarca chamado Herodes Antipas, que vivia com a mulher de seu irmão, Herodíades. O profeta fora preso por falar demais. Com certeza, a solidão do deserto era melhor do que estar preso no porão do palácio. Eis que a filha de Herodíades, influenciada pelo ódio da mãe, pediu um presente à Herodes: a cabeça do Batista. E com a lâmina do machado, pensaram que a voz se calaria. Pelo contrário. Ninguém cala a voz de um profeta. O Jordão é, agora, nossa própria comunidade. Somos mergulhados na vida do Filho, pelo projeto de sua encarnação. Como João Batista, podemos ser profetas de nosso tempo, afinal somos todos chamados a sermos luz do mundo. Nessa dimensão profética, temos a missão de anunciar o Reino de Deus e denunciar o que não está certo. Anunciemos as maravilhas de Deus. Não podemos cair no desânimo, que é a maior porta para que nos afastemos das coisas do Pai. Denunciemos o que nos falta. O que dentro do nosso coração não é parecido com Jesus? Uma pessoa que consegue mexer nas próprias feridas consegue conviver melhor com quem está ao lado dela. João Batista poderia ser mais um. Mas foi muito mais que isso. Coragem! Nunca esqueçamos: no mundo não há trevas suficientes para apagar a luz de uma simples vela. No pain, no gain. Esta é uma das frases que mais vejo nas descrições das fotos dos meus amigos nas redes sociais quando se trata de superação de limites. Significa dizer algo como “sem esforço não há recompensa”. Geralmente está relacionada à conquista de um corpo perfeito ou de uma saúde impecável por meio de exercícios e até mesmo o esforço em estudar muito para passar numa prova de concurso ou de vestibular. Nós jovens temos muita energia e sabemos que é necessário grande esforço para alcançar metas. Muitas vezes nos limitamos a estas duas dimensões de nosso ser: física e intelectual. Contudo, existe outra área, que é a dimensão espiritual, que também deve ser aperfeiçoada. Assim com há exercícios para o corpo e para o intelecto, existem também práticas para a nossa espiritualidade, as quais damos o nome de ascese. A ascese compreende um exercitar-se e aperfeiçoar-se espiritualmente, um crescimento em santidade. E como todos somos chamados a ser santos, devemos buscá-la, não deixando que este exercício seja exclusivo para os religiosos. Mas como fazer isso? Como exercitar a minha espiritualidade sendo um jovem no mundo de hoje? Nosso padroeiro São João Batista nos deu algumas dicas. Com certeza existem vários elementos da ascese cristã nas atitudes de vida de São João Batista, mas especificarei três deles nos parágrafos seguintes. O primeiro elemento ascético é a renovação pessoal pelo encontro com o Cristo. São João Batista convida a todos a viver como batizados, morrendo para o pecado e ressurgindo para uma vida nova. É justamente querer que Jesus faça parte de nossa história. Para o jovem, isto implica intensificar a vida de oração e participar dos sacramentos, especialmente Eucaristia e Reconciliação. Jesus é a nossa fortaleza e, por isso, é preciso que nos diminuamos para que ele cresça em nós. O segundo elemento da vida ascética é o deserto. São João Batista vivia em um. O deserto simboliza um local separado; um lugar de dificuldades que proporciona um melhor conhecimento de nós mesmos; a abertura para Deus e o amadurecimento. Assim, para exercitarmos a nossa fé, precisamos fazer renúncias e sacrifícios, nos afastando das coisas que nos impedem de viver com a simplicidade evangélica. Entretanto essa separação não quer dizer que tenhamos que viver alheios aos outros, mas que, saindo de nós mesmos – de nossos comodismos e egoísmos –, possamos nos dedicar mais aos nossos irmãos. Devemos estar separados para Deus, isto é, sermos santos. Na vida do jovem, isso significa a fuga das ocasiões de pecado e do fortalecimento da vida espiritual por meio da participação em uma comunidade cristã e do exercício do apostolado. Por fim, o terceiro elemento da vida ascética é o discernimento. São João Batista conseguia discernir o que era correto e justo, assim, podia anunciar o Reino, apontando o Cordeiro de Deus. O jovem precisa estar atento à realidade do mundo e exercitar muitas vezes a correção fraterna. Não devemos acomodar-nos e aceitar passivamente o que acontece no mundo, mas sermos agentes transformadores. Para isso, devemos estudar e conhecer cada vez mais a fé cristã, crescendo em virtudes e vivendo a coerência no que dizemos e fazemos. Busquemos então exercitar a nossa espiritualidade, para que, assim como São João Batista, possamos dar o testemunho da luz, para que todos creiam em Cristo. O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 14 Era a autenticidade que diferenciava este homem do restante. Ser autêntico é ser verdadeiro. A verdade é absoluta, mas fazemos a percepção da mesma de forma relativa. Isso ocorre porque temos que interpretar as verdades que ouvimos, nos aproximando de umas e rejeitando outras. Para João, “sim” era “sim” e “não” era “não”. E ponto final. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. por Manuele Cruz Saiba o que é ascese cristã clama no deserto Chegavam pessoas de todos os lugares. Dentre curiosos e desconfiados, estavam pescadores, sacerdotes e governantes. Ninguém queria ficar de fora. Claro, uns mais temerosos que outros. Em instantes, João começaria a pregar. _João Batista 15 _Mensagem Querida e amada Comunidade de Emaús, No nosso trabalho missionário precisamos estar atentos ao que realmente procuramos. O SEU COMPANHEIRO | junho 2015 Nossa missão é levar o Cristo e seu evangelho a toda criatura. E no Emaús, levar sua mensagem especialmente à juventude. 16 Para alguns este trabalho pode se tornar muitas vezes árduo e em outras vezes tornar-se cansativo. Muitos chegam até a desistir alegando decepção com algum irmão de comunidade. São nestes momentos que devemos resgatar o primeiro amor. Relembrarmos o porquê de servirmos a Deus. Buscar novamente o encantamento com a mensagem de Cristo. Aquela sempre antiga e sempre nova. A eterna Boa Nova. E ninguém melhor que João Batista para nos encorajar a sempre retomarmos o Caminho que leva ao Pai. do secretariado Talvez tenha nos faltado humildade. A humildade de João Batista que nos diz que devemos diminuir para que Jesus apareça. O Papa Francisco nos fala que “A fonte deste comportamento de João Batista está no encontro de Maria e sua prima Isabel, quando João pulou de alegria no ventre de sua mãe”. Refletimos sobre a humildade de João Batista e percebemos o quanto ainda precisamos crescer nessa virtude. Aliás, em relação à vocação de João Batista o Papa nos indica três verbos a serem observados por quem quer imitá-lo: preparar, discernir e diminuir. Como discípulos de Emaús, que temos como exemplo nosso padroeiro, devemos preparar o jovem, o coração do jovem para o encontro com o Senhor. As palavras de João eram fortes. Chegavam ao coração. Devemos sempre pedir ao Senhor que nos inspire, com nossas vidas, com nossos atos e testemunhos a atrair aos jovens para ouvir o Cristo em seus corações. Só quem teve uma experiência real com Jesus é capaz de ser sua testemunha. Assim poderemos discernir quem é Jesus: o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! E uma vez apresentado, poderemos como João, sairmos de cena despojando-nos do nosso orgulho assim proclamando: é preciso que Ele cresça e eu diminua. E não nos esqueçamos do que trazia os discípulos de Emaús em seus corações: ardia dentro deles uma brasa que se transformava em chama vida, em sede de Deus, que não os deixou parados e os fizeram retornar no escuro da noite sem temor, medo ou desânimo, retornar à Jerusalém. Que esta seja sempre nossa inspiração: o exemplo de São João Batista e o ânimo dos discípulos de Emaús no retorno à Jerusalém. E que a Virgem Mãe de Deus e da Igreja, Estrela da Evangelização, seja sempre nossa companheira nesta jornada! Em Cristo, Regina Célia e Júlio César Casal Presidente do Emaús em Brasília O Emaús é um curso de valores humanos e cristãos para jovens que tenham de 18 a 26 anos, sejam batizados, solteiros e sem filhos. O curso proporciona uma forte experiência de Deus e de comunidade, além de estimular o autoconhecimento e desenvolvimento da habilidade da liderança cristã. Tratase de um curso de 4 dias que pode mudar uma vida para sempre. Ficou interessado? Save the dates: 92º Feminino: 3 a 6 de setembro & 79º Masculino: 22 a 25 de outubro