Flor de Cerejeira Número 3, Edição Trimestral, Março de 2012 Vamos cantar as Janeiras...com o CAO! EDITORIAL A A PCG con tin u a a mudar… Diariamente os seus colaboradores dão o seu melhor para irem ao encontro das necessidades e aspirações dos seus clientes. É fundamental o envolvimento de todos. Das famílias, dos amigos, da sociedade. Cabe a todos e a cada um mudar mentalidades, mudar abordagens. Cabe a todos e a cada um ultrapassar preconceitos, ultrapassar múltiplas barreiras. A APCG está a iniciar novos projetos: o “Grupo de Ajuda Mútua”, o “Conversar com os Sentidos”, o “Mais que Pais” e as “Oficinas para Pais” são exemplo de como continuamente procuramos ajustar a qualidade e a diversidade das nossas respostas. A A PCG con tin u a a mudar… a pensar nos frutos. Diana Guedes de Pinho No dia 6 de janeiro, o CAO convidou a direção da APCG e todos os seus colaboradores para assistirem à atividade de Reis. Desde logo, preparada com especial dedicação, teve como intuito saudar e agradecer a todos os presentes o ano terminado e celebrar a vinda de um novo. ria Flor do Ave, Infantário de Penselo, Colégio do Ave, Creche e Infantário da Somelos, Creche e Infantário do Patronato de São Sebastião. A todos aqueles que nos receberam deixamos desde já um muito obrigado! Como desfecho desta época festiva, no dia 20 de janeiro, participamos como nos anos anteriores, no VII Encontro Intergeracional de Reis, Ainda durante todo o mês de janeiro, os jovens do CAO, deslocaram-se a várias entidades para cantar os Reis. Foi com muito entusiasmo e dinamismo que nos deslocamos às empresas Texal, Kyaia, Somafer, Pereira da Cunha, Pereira & Ribeiro, Restaurante Rosinha em São João de Ponte, Livra- que decorreu na Fraterna. Foi um dia de verdadeiro convívio e diversão! Flor de Cerejeira Página 2 Desfile de Carnaval Multiusos No dia 15 de fevereiro, o CAO participou no desfile Intergeracional de Carnaval, que decorreu no Pavilhão Multiusos em Guimarães. Com trajes alusivos à Capital Europeia a Cultura, não faltou diversão! Mais Carnaval na APCG! Ainda durante o mês de fevereiro, alguns clientes empregaram o seu tempo à realização de máscaras de carnaval que puderam usar em momentos de diversão. Ninguém os reconheceu!! APCG presente na TEDxVimaranes A 14 de fevereiro o Centro Cultural Vila Flor encheu-se logo de manhazinha de uma multidão entusiasta, pronta a participar no evento TEDxVimaranes. Fazendo parte da iniciativa TED, plataforma global que acredita no poder das ideias que merecem ser divulgadas, Vimaranes foi o nome escolhido para o 1º evento TEDx em Guimarães, dado ter sido o 1º nome da cidade e a origem do nome da sua gente. O TEDxVimaranes teve como tema principal 'SER MINHO', as suas origens e os desafios do presente, promovendo um ponto de encontro para a partilha livre e inspiradora de ideias capazes de transformar o presente. Os oradores presentes foram distribuídos por 4 painéis – "Solidário Sorridente", "Empreendedorismo", "Inovação e Tecnologia" e "Educação, Arte e Cultura". A APCG, inserida no 1º painel, contou a sua curta história, apelando a um espírito solidário e participativo, para uma audiência composta por 400 pessoas que acreditam no poder da partilha de ideias. Flor de Cerejeira Página 3 Dia da Árvore: Vamos celebrar a chegada da Primavera! A chegada da primavera foi celebrada em grande pelo Centro de Reabilitação da APCG. A Escola Básica de Penselo juntou-se às nossas comemorações e, em conjunto, dedicamos a tarde do dia 19 de março a atividades relacionadas com a árvore, símbolo perfeito da primavera! As atividades foram diversas, desde o momento da Hora do Conto, à reflexão do mesmo com a construção, em pequeno grupo, de frases partindo de símbolos relacionados com a primavera, até à plantação de uma árvore no nosso jardim. No final, ainda houve oportunidade para uma pequena pausa no parque infantil adaptado da instituição, onde pequenos e graúdos brincaram e se divertiram. O produto final de tanto trabalho foi exposto na sala de espera do Centro de Reabilitação para lembrar a todos os que por lá passam que todos os anos há primavera! O nosso Pai é especial! E porque os nossos pais são especiais, não quisemos deixar passar o mês de março e o dia dedicado aos mesmos em branco e decidimos pensar e m algo para lhes oferecer. Dep oi s d e mu i t o pen s ar . . .E u reka! Mas o quê? Deitamos mãos à obra e elaboramos bonitos porta chaves feitos de gesso e pintados com as nossas próprias mãos. Que lindos ficaram… e nós também! Flor de Cerejeira Página 4 Crianças com Necessidade Educativas Especiais: A Vivência da Parentalidade O Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. (INR), abr iu a edição 2012, do P r é m i o Engenheiro Jaime Filipe. Este concurso visa estimular a conceção de equipamentos, instrumentos, utensílios e tecnologias que promovam a autonomia das pessoas com def ic iênc ia nos atos da vida diária, pessoal e social e que estimulem e prolonguem as suas capacidades físicas, cognitivas e s o c i a i s , contribuindo para u m a m a i o r qualidade de vida. As candidaturas encontram-se a b e r t as a t é a o último dia útil do mê s de j unh o . P o d e m candidatars e pe s s o a s singulares ou p e s s o a s coletivas. Mais informações no site do INR. por Lígia Truta “…O amor parental derruba todas as dificuldades.” Bayle (2008, p.111) O nascimento de um filho constitui- Fase onde se realça a se inevitavelmente como um sintomatologia depressiva, onde a acon teci ment o fu lcral n o ci cl o deceção, o choque, a descrença e a vivêncial da maioria dos pais e não aceitação da deficiência são mães. Quando o filho tão sonhado comuns. Seguidamente ocorrem e com sentimentos de culpabilidade, raiva determinado problema ou começa a e hostilidade, e uma procura em dar i n di cações descobrir as causas para o idealizado nasce de u m at raso desenvolvimental, é comum problema particular da criança. ocorrerem nos pais sentimentos de (3)Torpor. Nesta fase é frequente culpabilização, revolta, ansiedade, existir uma enorme dificuldade em tristeza, vulnerabilidade, acei t ar a perda e l i dar com a insegurança realidade. e medo do desconhecido. Sentimentos esses (4) Reorganização. Esta última fase que podem interferir na capacidade reporta para uma aceitação da de assumirem o papel parental. O perda , reorg an i zan do as su as filho desejado, parece diferente dos representações do filho idealizado e demais exigindo dos pais de forma reajustando-se ao mundo novo do precoce e rápida um conjunto de seu filho real. adaptações e reformulações Face a a t odo est e cen ári o de internas e externas que é tanto grande fragilidade emocional, ter maior quanto for a tipologia do um filho com necessidades problema do filho. A investigação educativas especiais (NEE) significa evi den ci a qu e para ocorrerem ter um filho que apresenta essas reformulações é necessário dificul dades de aprendi zagem, que os pais passem pelas várias comparativamente aos pares, e/ou fases de um processo de luto como determinado comprometimento de sejam: (1 ) o desespero, (2 ) o caractér físico (Paralisia Cerebral, desespero e a desorganização, (3) Espinha Bífida, Distrofia Muscular o torpor e (4) a reorganização. ou outros problemas de saúde...), (1) Desespero. Fase inicial onde s e n s o r i a l ( d e f i c i ê n c i a v i su a l , se denota a raiva e revolta como auditiva...), intelectual (Deficiência sentimentos mais frequentes. Mental, (2) Desespero e desorganização. Sobretodação...), sócio-emocial Fase (Psicoses, problemas graves do onde se realça a Trissomia 21, Nome da empresa Rua Nossa Senhora de Fátima, Penselo 4800-110 Guimarães Ficha Técnica Propriedade: APCG - Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães Textos e imagens: Colaboradores da APCG Periodicidade: Trimestral Quantidade/Edição: 500 exemplares Execução Gráfica: Alexandra Gomes Telefone: 253516197 Email: [email protected] Site: www.apcg.pt Crianças com Necessidade Educativas Especiais: A Vivência da Parentalidade CONT. comportamento, Perturbações do Espectro do torna-se importante que a criança com estas Autismo) e/ou a sua conjugação. O Decreto-Lei particularidades seja acompanhada por um n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, enquadra as equipa multidisciplinar no sentido de ser c ri an ç as c om NE E c o m o: “ …al u n o s c om e st i mu l ad a p re co cem en t e e de fo rm a a limitações significativas ao nível da actividade e potenciar todas as suas capacidades. Uma vez da participação, num ou vários domínios de que estes profissionais trabalham numa lógica vida, decorrentes de alterações funcionais e biopsicossocial podem efectivamente fomentar estruturais de caráter permanente, resultando c o n di ç õ es p a r a qu e e st a s f a mí l i as c om em di ficul dades contin uadas ao ní vel da características tão singulares tenham uma comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, trajectória de vida mais fácil, dando-lhes a da autonomia, do relacionamento interpessoal e possibilidade de projetarem o futuro familiar. da participação social…”. Esta classificação Em suma, apesar da conotação negativa que permite um conhecimento das causas, uma frequentemente rodeia o significado que um formulação de um diagnóstico e uma criança com necessidades educativas especiais consequente realização de um programa de representa no seio familiar, há estudos que intervenção apropriado e individualizado. demonstram qu e pai s qu e consegu em Face ao exposto, o que se pretende é que o seu ultrapassar o luto do bebé idealizado, filho especial tenha direitos e apoios para a sua c on se gue m pos ter i orm ente vive r m ais inclusão escolar e funcional e usufrua de expe- t r an q u i l am en t e e di s fr u t a r de t o d o s os riências semelhantes à das crianças da sua ida- pequenos ganhos do seu filho, tão único... mas de, numa lógica biopsicossocial. Neste âmbito tão especial.