Referências bibliográficas
Fábio Wanderley Reis
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outras alterações menos desejáveis” (p.233), ou seja, a emendas de
objetivos prorrogacionistas relativamente ao mandato de Goulart. Com
relação aos militares, especificamente, Santos sustenta (tendo em mente,
como é bem claro, a mesma questão das intenções prorrogacionistas) que “o
que de fato contou foi a crença, entre os líderes militares, de que o
presidente não agia de boa fé nas questões constitucionais” (p.235) – o que
contém, naturalmente, a implicação de que se os militares estivessem
seguros de que Goulart agia de boa fé, pretendendo realmente fazer
reformas radicais em nome dos interesses do povo brasileiro, tudo estaria
bem. O conteúdo social dos issues constitucionais não conta: o que importa
é o nível “político”. Desnecessário salientar a pobreza da concepção de
política que aí se encerra – e como a riqueza real das análises gerais de
Santos no trabalho em questão se ajusta bem à perspectiva proposta em
nossa discussão anterior.
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