Relatório Indicadores versão 01
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RELATÓRIO DE APRESENTAÇÃO DE DADOS DO GRUPO DE
INDICADORES
1. APRESENTAÇÃO
O GT de indicadores reuniu cerca de 10 empresas construtoras interessadas
em conhecer formas e métodos para medir os indicadores de suas empresas.
O primeiro passo do grupo foi definir quais os indicadores eram importantes
conhecer. Neste sentido, foi apresentada uma cesta com cerca de 20
indicadores voltados para o processo produtivo de construtoras, dos quais
foram 8 escolhidos e, 5 efetivamente medidos.
Das 10 empresas que faziam parte do GT de indicadores, três não estavam
com obra em fase de estrutura ou de revestimento, portanto, não puderam
aplicar o sistema de medição de indicadores.
Ressalta-se que este GT também gerou como ativo, além deste relatório, uma
monografia de graduação.
2. OBJETIVO
O principal objetivo do GT de indicadores era de conscientizar as construtoras
no sentido de que se deve tomar decisões estratégicas respaldadas em dados
concretos. Desta forma, era inevitável a implementação de um sistema de
indicadores de interesse do grupo de construtoras atuantes na Comunidade
para conhecer seu perfil e, de que forma as construtoras Goianas se
comportam diante do cenário nacional.
3. METODOLOGIA
A metodologia de coleta dos dados para cálculo dos indicadores foi feita por
meio de apresentações das planilhas e simulações de coleta em reuniões
mensais no SINDUSCON-GO. Estas planilhas, desenvolvidas pelo NORIE,
estão anexas a este relatório.
Na reunião mensal seguinte a coordenação do GT de indicadores perguntava
para os responsáveis de cada empresa se havia alguma dificuldade na coleta,
se o processo de medição já havia sido implantado, se havia dúvidas, etc. E,
sempre que havia algum tipo de dúvida ou impedimento para a coleta, os
responsáveis pelas empresas entravam em contato com os estagiários do GT
ou com a coordenação.
Os indicadores efetivamente medidos pelas construtoras foram:
•
Produtividade do serviço de fôrmas;
•
Produtividade do serviço de armação;
•
Produtividade do serviço de concretagem;
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•
Índice de perda de concreto;
•
Espessura média de revestimento de argamassa.
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Como se pode notar, em razão dos indicadores coletados, o período de coleta
de dados para que se tivesse um número mínimo de informações para
comparação foi estimado, em princípio em 4 meses. No entanto, como as
construtoras possuíam obras em estágios diferentes, este tempo teve que ser
estendido para 6 meses de coleta.
As empresas que participaram da coleta dos dados são aqui tratadas de
Empresa 1, Empresa 2, Empresa 3, Empresa 4, Empresa 5 e Empresa 6, de
forma a preservar a confidencialidade das informações coletadas.
Em alguns casos, os resultados obtidos na Comunidade de Goiânia serão
comparados a valores de referência, benchmarks, e em outros, a valores
coletados na Comunidade da Construção de Belo Horizonte. A média dos
resultados obtidos pelas empresas de Goiânia será apresentado nos gráficos
por meio de uma reta pontilhada.
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Para melhor compreensão dos resultados aqui apresentados em forma de
gráficos, para cada indicador será apresentada a forma de medição e uma
breve caracterização das obras em que foram realizadas as medições.
4.1.
Produtividade do serviço de fôrmas
Forma de medição:
Ip fôrmas =
Hh
m2
Onde:
•
Ipfôrmas = índice de produtividade do serviço de fôrmas;
•
Hh= Homens*hora. É o número total de horas trabalhadas para
execução das fôrmas;
•
m2 = área das fôrmas correspondente às faces de contato com o
concreto.
Caracterização das obras onde foram coletados dados sobre produtividade de
fôrmas:
Apenas 4 empresas coletaram dados referentes ao índice de produtividade de
fôrmas, conforme apresentado na Tabela 1.
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Tabela 1 – Caracterização das obras em que foram coletados dados sobre produtividade de fôrmas
PRODUTIVIDADE FÔRMAS
IDENTIFICAÇÃO
NUMERO DE
IPfôrma
N°.
N°.
MATERIAL
EQUIPE
UTLIZAÇÕES
(Hh/m2)
OFICIAIS SERVENTES
UTILIZADO
Empresa 2
Própria
Empresa 3
Própria
Empresa 5
Própria
Empresa 6
Própria
Misto (Metálica,
compensado
plastificado 18
mm)
Cubetas,
compensado
18 mm
Compensado
plastificado 18
mm
Fundo de viga
e tira de
reescoramento
Compensado
plastificado 18
mm
18 reutilizações
para o
compensado e
não medido
para a metálica
16 reutilizações
2,15
3
3
0,51
7
1
1,14
8
2
0,55
5
0
5 reutilizações
15 reutilizações
Como pode-se observar na Tabela 1, as empresas 5 e 6 trabalharam com os
mesmos tipos de material para a confecção das fôrmas. A empresa 2, apesar
de ter o mesmo sistema estrutural das empresas 5 e 6, atua com sistema misto
de fôrmas, ou seja, fôrmas metálicas apenas com fundos de viga em
compensado plastificado. Na empresa 3, os pilares e capitéis são
confeccionados em compensado plastificado nas lajes são usadas cubetas
plásticas.
A média dos resultados individuais de cada empresa pode ser visualizada na
Figura 1. De onde se destaca a baixa produtividade na aplicação do sistema
misto de fôrmas usado pela Empresa 2, 2,15 Hh/m2, que certamente, se
reverte em economia quando se trata em número de reutilizações dos painéis.
Já a baixa produtividade da Empresa 5, 1,14 Hh/m2, talvez se deva ao fato de
no momento da coleta dos dados a obra estava iniciando.
Os maiores índices de produtividade do serviço fôrmas foram obtidos nas
Empresas 2 e 6, 0,51 e 0,55 Hh/m2 respectivamente. Como a Empresa 2 se
utiliza de um sistema de laje plana, não havendo a necessidade de “bater” e
montar os painéis de vigas isso, certamente influencia na produtividade deste
serviço.
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2,50
2,15
Ip fôrmas (Hh/m2)
2,00
1,41
1,50
1,14
1,09
1,00
0,55
0,51
0,52
0,50
0,00
Empresa 2
Empresa 3
Empresa 5
Empresa 6
Média BH
Benchmark
Figura 1 – Índice de produtividade do serviço fôrmas
Na Figura 1 também se percebe que a média de produtividade do serviço de
fôrmas, 1,09 Hh/m2, é o dobro do valor de referencia, 0,52 Hh/m2, fato este que
demonstra que as empresas precisam tomar certas ações no que tange ao
acréscimo de produtividade do serviço de fôrmas, como por exemplo:
racionalização do projeto de estruturas com relação ao projeto de fôrmas,
elaboração de plano de corte para as chapas de compensado, treinamento das
equipes de fôrmas, etc.
Apesar de notarmos que a média de produtividade das empresas da
Comunidade de Goiânia ter sido significativamente diminuída pelos valores da
Empresa 2, que usa sistema misto de fôrmas, percebe-se que as ações
destacadas no parágrafo acima são necessárias.
4.2.
Produtividade do serviço de armação
Forma de medição:
Ip armação =
Hh
kg
Onde:
•
Ip armação = índice de produtividade do serviço de armação;
•
Hh= Homens*hora. É o número total de horas trabalhadas para
execução das armaduras;
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•
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kg = peso das armaduras.
Caracterização das obras onde foram coletados dados sobre produtividade do
serviço armação:
5 empresas coletaram dados referentes ao índice de produtividade de armação
conforme pode-se visualizar na Tabela 2. Destas, apenas a empresa 3
realizava o processo de corte e dobra das armaduras em canteiro. Todas as
demais compram o aço cortado e dobrado, realizando apenas a montagem das
peças em canteiro de obras.
Tabela 2 – Caracterização das obras em que foram coletados dados sobre produtividade de
armação.
PRODUTIVIDADE ARMAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
IPARMAÇÃO
N°.
N°.
SERVIÇO MEDIDO EQUIPE
(Hh/kg)
OFICIAIS
SERVENTES
Montagem
Própria
0,08
1
4
Empresa 2
Empresa 3 (Corte
Corte e dobra
Própria
0,06
6
0
e dobra)
Montagem
Própria
0,04
6
0
Empresa 3
Montagem
Própria
0,03
1
1
Empresa 4
Montagem
Própria
0,08
2
2
Empresa 5
Montagem
Própria
0,03
2
1
Empresa 6
Na Figura 2 pode-se visualizar as médias de produtividade do serviço de
armação. Há grande variabilidade nos resultados de produtividade de armação,
isso pode ter ocorrido em virtude de maior ou menor complexidade de cada
projeto.
Em comparação com a média de BH, a produtividade média das empresas de
Goiânia é melhor. No entanto, não se sabe se na média de BH foi levado em
consideração as etapas de corte e dobra, o que implica em diminuição da
produtividade.
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0,09
0,08
0,078
0,07
1 oficial
4 serventes
0,080
2 oficiais
2 serventes
0,064
0,062
IParmação (Hh/kg)
0,06
6 oficiais
Média Gyn = 0,05
0,05
0,044
6 oficiais
0,04
0,030
0,029
0,03
1 oficial
1 servente
0,02
2 oficiais
1 servente
0,01
0,00
Empresa 2
Empresa 3 (Corte
e dobra)
Empresa 3
Empresa 4
Empresa 5
Empresa 6
Média BH
Figura 2 – Índice de produtividade do serviço de armação
4.3.
Produtividade do serviço de concretagem
Forma de medição:
Ip concretagem =
Hh
m3
Onde:
•
Ip concretagem = índice de produtividade do serviço de concretagem;
•
Hh = Homens*hora. É o número total de horas trabalhadas para
concretagem;
•
m3 = volume de concreto lançado.
Caracterização das obras onde foram coletados dados sobre produtividade do
serviço concretagem:
5 empresas coletaram dados referentes ao índice de produtividade de
concretagem conforme se pode visualizar na Tabela 3. Ressalta-se que todas
as empresas que participaram da coleta não produziram o concreto para fins
estruturais, ao contrário, selecionaram fornecedores para atendê-las. Todo
concreto usado no momento da coleta dos dados foi bombeado.
Tabela 3 – Caracterização das obras em que foram coletados dados sobre produtividade de
armação.
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IDENTIFICAÇÃ
O
Empresa 1
Empresa 2
SISTEMA
ESTRUTURAL
estrutura
convencional
estrutura
convencional
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fck
(MPa)
SLUMP
(cm)
30
10±2
25, 30,
35 e 40
10±2
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PEÇAS
CONCRETADAS
POR VEZ
PRODUTIVIDADE DO CONCRETO
IPCONCRETO
(Hh/m3)
N°.
OFICIAIS
N°.
SERVENTES
Laje
0,34
2
3
Pilar solteiro,
Viga + laje
1,69
2
10
Pilar solteiro,
Viga + laje
1,96
7
13
Empresa 3
Laje plana
30, 40 e
50
Empresa 4
estrutura
convencional
25
9±2
Pilar, Viga, Laje
isoladamente
0,93
3
1
15
12±1
Pilar solteiro,
Viga + laje
0,56
2
5
Empresa 5
Na Figura 3 se pode observar as médias individuais de índice de produtividade
do serviço de concretagem, variando de 0,34 Hh/m3, referente a concretagem
do elemento estrutural laje na Empresa 1, até 1,69 Hh/m3, da Empresa 2
referente a concretagem de pilar solteiro e posteriormente, laje e viga
juntamente.
Destaca-se a baixa produtividade no serviço concretagem da Empresa 3, em
que o sistema estrutural adotado foi a laje plana, 1,96 Hh/m3.
Comparando-se as médias das Comunidades de Goiânia e de Belo Horizonte,
1,1,0 e 1,21 Hh/m3, respectivamente, percebe-se que a produtividade média de
Goiânia foi ligeiramente superior a de Belo Horizonte.
2,50
1,96
2,00
IPconcreto (Hh/m3)
1,69
7 oficiais
13 serventes
1,50
2 oficiais
10 serventes
1,21
Média Gyn = 1,10
0,93
1,00
3 oficiais
1 servente
0,56
0,50
2 oficiais
5 serventes
0,34
2 oficiais
3 serventes
0,00
Empresa 1
Empresa 2
Empresa 3
Empresa 4
Empresa 5
Figura 3 – Índice de produtividade do serviço concretagem
Média BH
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Índice de perda de concreto
Forma de medição:
% Perda de concreto = VC − VP
Onde:
•
% Perda de concreto = perda de concreto em relação ao projetado;
•
VC = volume de concreto comprado;
•
VP = volume de concreto projetado.
Caracterização das obras onde foram coletados dados sobre produtividade do
serviço concretagem:
Apenas as Empresas 2 e 3 se propuseram a fornecer as informações
relacionadas a perda de concreto. As informações relevantes à análise de
perdas de concreto constam do item 4.3 deste relatório.
A Figura 4 traz uma ilustração da média das perdas nas Empresas 2 e 3. Note
que a empresa 3 possui duas colunas de perda em decorrência de falha no
planejamento no cobrimento da armadura negativa das lajes (e=5 cm), que só
foi corrigida após a concretagem das primeiras lajes, passando para 6 cm de
espessura.
4,5
4,03
3,9
4
3,5
% perda de concreto
3
2,5
Média Gyn = 2,19
2
2
1,52
1,5
1,01
1
0,5
0
Empresa 2
Empresa 3 (e= 5 cm)
Empresa 3 (e= 6 cm)
Média BH
Figura 4 – Percentual de perda de concreto
Benchmark
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O maior índice de perda de concreto, 4,03%, refere-se a falha de projeto,
descrita no parágrafo acima, até porque a estrutura de concreto foi orçada
baseada nesta espessura, 5 cm.
Quando se compara a perda média de concreto praticada pelas empresas
Goianas em relação às de Belo Horizonte, percebe-se que há uma sensível
diferença. Em outras palavras, as empresas Goianas têm perda média de
2,19% enquanto que os de Belo Horizonte têm perda de 3,9%. No entanto,
quando se trata de comparar a perda média de concreto com o valor de
referência, percebe-se que as empresas devem tomar ações de melhorias para
tentar se equiparar ao bechmark, como: coordenação efetiva dos projetos de
engenharia, treinamento da equipe de concretagem, utilização de ferramentas
e dispositivos adequados na concretagem, adoção de concreto auto-adensável,
etc.
4.5.
Espessura média de revestimento de argamassa
Forma de medição:
n
E=
∑E
1
n
Onde:
•
•
E : média das espessuras de revestimento;
n
∑ E : somatório das espessuras de revestimento medidas por meio das
1
taliscas;
•
n: número de medições de espessura.
Caracterização das obras onde foram coletados dados de espessura do
revestimento de argamassa:
Apenas as Empresas 2 e 5 nos forneceram as informações de espessura da
camada de revestimento aplicadas em suas obras e cujas características
constam na Tabela 4.
Tabela 4 – Caracterização das obras em que foram coletados dados sobre espessura de
revestimento.
ESPESSURA DE REVESTIMENTO DE ARGAMASSA
IDENTIFICAÇÃO
LOCAL DE
APLICAÇÃO
Empresa 2
Empresa 2 (fachada)
Interno
Externo
Empresa 5
Interno
TIPO DE
REVESTIMENTO
Reboco
Reboco
Chapisco +
emboço + reboco
TIPO DE
BLOCO
USADO
ESPESSURA
PREVISTA
(mm)
MÉDIA DA
ESPESSURA
MEDIDA IN LOCO
(mm)
Cerâmico
Cerâmico
15
15
18,40
23,99
Cerâmico
15
16,73
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A Figura 5 nos mostra as espessuras médias de revestimento praticadas pelas
Empresas 2 e 5 com relação ao benchmark.
Nota-se que para o revestimento interno, apesar da Empresa 5 fazer o
revestimento formado por chapisco, emboço e reboco (16,73 mm), este foi
menor que a Empresa 2 que faz o chamado reboco paulista (18,40 mm).
As médias de revestimento das empresas pesquisadas foram superiores a
espessura planejada e orçada (15 mm) e também ao benchmark (15 mm),
demonstrando que ações devem ser tomadas no sentido de atingir a meta
estabelecida para a espessura de revestimento, como: projeto de alvenaria,
escolha dos blocos adequados, compatibilização dos projetos de estruturas
com o de alvenaria, treinamento da mão-de-obra, etc.
30,00
Espessura média de revestimento (mm)
25,00
23,99
Média Gyn = 19,71
20,00
18,40
16,73
Espessura planejada
15
15,00
10,00
5,00
0,00
Empresa 2
Empresa 2 (fachada)
Empresa 5
Benchmark
Figura 5 – Espessura média de revestimento de argamassa
Na Figura 6 pode-se perceber o percentual de perda de argamassa por
acréscimo na espessura do revestimento1.
Ressalta-se que no caso da perda por acréscimo de espessura identificada na
Empresa 2 que ficou cerca de 60% além do orçado é plenamente justificável
porque a empresa aplicou em seu orçamento uma espessura de 15 mm, o que
não é recomendável pela norma brasileira que prevê entre 20 e 30 mm para
revestimento externo. Já as demais empresas apresentaram índices de perdas
menores que 25%, o que é considerado satisfatório.
1
Ressalta-se que no caso de revestimento de argamassa podem ocorrer perdas em diversas etapas, desde
perda na produção da argamassa, perda por rebote (o que não fica aderido no substrato), perda por
retrabalho, perda por vencimento do tempo de pega do cimento, dentre outras.
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70,00
59,91
% acréscimo de espessura em relação ao orçado (% perda)
60,00
50,00
40,00
30,00
22,69
21,75
20,00
11,56
10,00
4,43
0,00
Empresa 2
Empresa 2 (fachada)
Empresa 5
Empresa 6
Empresa 6 (fachada)
Figura 6 – % perda por acréscimo na espessura do revestimento de argamassa em relação ao
orçado.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização dos indicadores de produtividade e de perdas para avaliação do
desempenho e aperfeiçoamento dos processos da construção civil teve
destaque com a implantação das planilhas adotadas pela Comunidade da
Construção de Goiânia, apesar de algumas empresas já virem coletando
alguns dados, porém de forma não sistematizada.
Apesar das empresas pesquisadas possuírem algum tipo de programa de
qualidade implantado, notou-se que pouca importância se dá aos indicadores
de desempenho. Neste sentido, a busca pela qualidade fica prejudicada uma
vez que não se tem controle sobre os processos praticados pela empresa,
busca de causas de problemas recorrentes e ações para eliminá-los.
Quando da coleta e análise dos indicadores a equipe percebeu que as
empresas orçam suas obras baseadas num empirismo, o que pode levar a
discrepâncias entre o que foi orçado e o que foi efetivamente realizado.
No entanto, percebe-se que os dados coletados nas empresas que fizeram
parte do GT de Indicadores, tanto com relação a produtividade quanto com
relação as perdas, que as empresas de Goiânia estão num patamar confortável
quando se compara os valores de referencia ou as médias obtidas na
Comunidade da Construção de Belo Horizonte.
No entanto, como os dados coletados serviram para visibilidade, há que se
implementar indicadores por um período suficiente que dê segurança e
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confiabilidade nos dados para que se possa tomar as decisões mais acertadas
no sentido da racionalização e melhorias dos processos.
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relatório de apresentação de dados do grupo de indicadores