SENADORES DO IMPÉRIO PELAS ALAGOAS Subsídios Biográficos e Genealógicos Por Carlos Eduardo de Almeida Barata PARTE I Quadro geral dos senadores por Alagoas, no Império, que foram nomeados desde o ano em que se formou o Senado - 1826, até a proclamação da República - 1889, não compreendendo os nomes daqueles cujas eleições foram anuladas pelo mesmo Senado. 1. Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira Horta 1ª Cadeira Naturalidade do parlamentar: MINAS GERAIS. Data da nomeação: 22.01.1826. Data do assento no Senado: 04.05.1826. Data do falecimento ou exoneração: 13.06.1842 (fal.). Sucessor: Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho Formação: Militar - Marechal de Campo. Título: Marquês de Barbacena Nascimento: 19.09.1772, Mariana, MG. Falecimento: 13.06.1842, Rio de Janeiro – sepultado nas catacumbas da Igreja de São Francisco de Paula, no centro da Cidade do Rio de Janeiro; seus restos mortais foram transladados das ditas catacumbas e inumados em mausoléu de mármore no cemitério de São Francisco de Paula, também no Rio de Janeiro. Filiação: Coronel Gregório Caldeira Brant e sua esposa e prima, Ana Francisca Joaquina de Oliveira Horta. Ancestralidade: bisneto do Coronel Antônio (Ambrósio) Caldeira Brant, chefe desta família no Brasil. Biografia: Em 1788, com praça de cadete seguiu para Lisboa. Matriculado na Academia Real de Marinha. Em 27.11.1792, é apontado entre os discípulos premiados pela mesma Academia. 1.º Tenente da Armada Real. Solicitou passagem para o exército. Ajudante de Ordens do Governo de Angola, com a patente de Sargento-mor de Infantaria [23.09.1795]. Tenente-coronel do 1.º regimento de infantaria de linha da guarnição da capitania da Bahia [1797]. Brigadeiro [1811]. Inspetor das Tropas da Bahia. Marechal de Campo 13.05.1818]. Tenente-general graduado [12.10.1824]. Comandante em chefe do exército em operações no Rio Grande do Sul [12.09.1826]. Marechal do Exército reformado [1828]. Depurado à Assembléia Constituinte [BA-1823]. Senador do Império [AL-1826]. Ministro de Estado do Império [1825] e da Fazenda [1825 e 1829]. Embaixador Extraordináriodo Brasil em missão especial junto à Grã-Bretanha, junto ao Império Austro-Húngaro, junto à Baviera e junto à França [1827]. Por Decreto de 30.09.1830, foi exonerado do cargo de Ministro e Secretário de estado dos Negócios da Fazenda, por ter de prestar contas das despesas que fizera pela caixa de Londres, com os emigrados portugueses na Inglaterra, com a filha de Sua Majestade e, especialmente, com o casamento de S. Majestade. Condecorações: Possui as condecorações de Pedro I, Cristo, Cruzeiro e Rosa.. Título: Foi agraciado, sucessivamente, com o título [12.10.1824] de Visconde com honras de grandeza de Barbacena, e com o título [12.10.1826] de Marquês de Barbacena. 2. Nobreza: Carta de Brasão de Armas, datada de 12.02.1801. Registrado no Cartório da Nobreza, Livro VI, fl. 164v: um escudo esquartelado: no primeiro e no quarto quartel, as armas da família Caldeira; no segundo quartel, as armas da família Oliveira; e no terceiro quartel, as armas da família Horta. Genealogia: O Senador Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira Horta casou em 27.06.1801, com Ana Constança Guilhermina de Castro Cardoso, nascida em 05.10.1783, na Bahia, e falecida em 25.12.1817 antes das concessões dos títulos ao seu marido. Filha de Antonio Cardoso dos Santos e de Ana Joaquina de S. Miguel e Castro. Pais de: I-1. Felisberto Caldeira Brant Pontes, nascido em 20.07.1802, na Salvador, Bahia, e falecido em 28.05.1906, no Rio de Janeiro Visconde de Barbacena, com Grandeza, Deputado, diplomata e presidente da província do Rio de Janeiro. I-2. Ana Constança Caldeira Brant Pontes Pereira, nascida em São Pedro, Bahia, e falecida a 2 de Dezembro de 1896, em Hamburgo, Alemanha. Dama Honorária da Corte, Viscondessa de Santo Amaro. Ingressara na Ordem de Malta, em 1861. Foi uma das poucas mulheres brasileiras a ser agraciada com esta Ordem. I-3. Pedro Caldeira Brant, nascido em 20.06.1814, em Salvador [São Pedro Velho], Bahia, e falecido em 18.02.1881, no Rio de Janeiro – Conde de Iguaçu. Gentil-Homem da Câmara do Imperador. Comendador da Ordem de Cristo do Brasil. GrãCruz da ordem de Santo Estanilau da Rússia. Autor de um magnífico e raríssimo trabalho genealógico de sua família. Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho 1ª Cadeira Naturalidade do parlamentar: RIO DE JANEIRO. Data da nomeação: 10.09.1842. Data do assento no Senado: 02.01.1843. Nota: Vaga aberta pelo falecimento de Felisberto Caldeira. Data do falecimento ou exoneração: 25.09.1855 (fal.). Sucessor: João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu Formação: Bacharel em Direito. Título: Visconde com as honras da Grandeza de Sepetiba Nascimento: 21.07.1800, Itaipu, Niterói - Rio de Janeiro (bat. no Rio, a 23.08. - São José, liv 4.º). Falecimento: 25.09.1855, Niterói - Rio de Janeiro. Filiação: Aureliano de Souza e Oliveira, Coronel de Engenheiros, e Francisca Flávia de Proença Coutinho (ela, descendente de povoadores da Cidade do Rio de Janeiro). Ancestralidade: bisneto de Jacinto de Souza da Fonseca, natural de S. Martinho de Arrifana de Souza, Porto, Portugal, casado em 06.01.1718, na Igreja de N.S. do Cabo de Parati [Lº 1699-1733, fl.48] termo de Cabo Frio, RJ, com Ana Borges de Oliveira. Biografia: Matriculado no curso de Direito da Universidade de Coimbra [23.11.1820]. Tomou o grau de Bacharel em Direito [11.06.1824]. Bacharel em Leis [03.06.1825]. Deputado à Assembléia Geral, na 2.ª legislatura, por Minas Gerais [03.05.1830 a 06.10.1833] e na 4.ª Legislatura, pelo Rio de Janeiro [03.05.1838 a 21.11.1841]. Senador por Alagoas [22.01.1843 a 25.09.1855, data do falecimento], Ministro do Império e da Justiça, acumulado, no 3.º Gabinete da Regência Trina Permanente [23.05.1833 a 09.10.1833], Ministro da Justiça, no mesmo 3. Gabinete [10.10.1833 a 15.01.1835], Ministro dos Estrangeiros, em três ocasiões [21.02.1834 a 15.01.1835, no 3.º Gabinete da Regência Trina Perm., de 24.07.1840 a 22.03.1841, no 1.º Gabinete do II Império, e de 23.03.1841 a 19.01.1843, no 2.º Gabinete do II Império]. 4.º Presidente da Província de São Paulo [12.01.1831 a 19.06.1831]. Presidente da Província do Rio de Janeiro [05.04.1844 a 03.04.1848]. Conselheiro do Imperador. Fidalgo da Casa Imperial, Gentil Homem da Imperial Câmara. Fundador da Colônia alemã da serra da Estrela, hoje cidade de Petrópolis. Título: Foi agraciado, por Dec. 14.03.1855, com o título de Visconde de Sepetiba, com as honras da Grandeza Genealogia: O Senador Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho, foi casado duas vezes: a primeira, por volta de 1830, com Adelaide Guilhermina de Castro Rosa, falecida antes de 1844; e, a segunda, em 25.11.1844, em casa do pai da noiva, à rua de São Cristovão, no bairro do mesmo nome, no Rio de Janeiro, com Narcisa Emília de Andrada Vandelli, nascida em 04.02.1820, em Lisboa (Santa Isabel), e falecida em Niterói - Rio de Janeiro, filha de Alexandre Antônio Vandelli e de Carlota Emília de Andrada, da Casa dos Andradas, de São Paulo (filha do Patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva, o Velho). Pais de: I-1. Desembargador Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho, nascido em 19.01.1847, no Rio de Janeiro, e falecido em 20.04.1897, em São Paulo - Bacharel em Direito e magistrado, lente da Faculdade de São Paulo, Senador estadual. I-2. Brasília de Souza e Oliveira Coutinho, nascida em 01.01.1849, no Rio de Janeiro. João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu 1ª Cadeira Naturalidade do parlamentar:.ALAGOAS Data da nomeação: 21.04.1857. Data do assento no Senado: 15.05.1858. Nota: Vaga aberta pelo falecimento de Aureliano de Souza. Data do falecimento ou exoneração: 15.11.1889 (Proc. República) Formação: Bacharel em Direito Título: Visconde de Sinimbu Nascimento: 20.11.1810, no Engenho Sinimbu, município de São Miguel dos Campos, Alagoas. Falecimento: 21.12.1906, no Rio de Janeiro. Filiação: Manuel Vieira Dantas, Capitão de Ordenanças - comerciante de gado, e de Ana Maria José Lins, heroína das Revoluções de 1817 e 1824. Ancestralidade: quinto-neto de Cristovão Lins, I, nascido em 1529, no senhorio de Dorndorf, ao sul de Ulm, Alemanha, falecido antes de 1602, em Porto Calvo, e de Adriana-de Holanda, que ainda vivia em 1645, com mais de 100 anos. Biografia: Magistrado. Bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito de Olinda, Pernambuco, 11 de Novembro de 1835, onde havia se matriculado em 1831. Depois de formado, seguiu para a Alemanha, com destino a Universidade de Yena, situada no Grão-Ducado de SaxeWeimar, onde doutorou-se em 09/09/1837. Na qualidade de VicePresidente da Província de Alagoas, assumiu a presidência, interinamente, de 30/10/1839 a 03/11/11839. Nomeado Presidente da Província de Alagoas a 21/12/1839 - exerceu a Presidência de 01/01/1840 a 17/07/1840. Nomeado Presidente da Província do Sergipe, a 01/04/1841 - exerceu a Presidência de 16/06/1841 a 18/12/1841. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, em duas legislaturas: na 5ª Legislatura, pelo Alagoas, de 01/01/1843 a 23/07/1843 (Dissolvida pelo Decreto de 24 de Maio de 1844); e na 9ª Legislatura, pelo Alagoas, de 07/05/1854 a 12/08/1856. Nomeado Ministro Residente do Brasil, no Uruguai. Nomeado Juiz de Direito da Comarca da Chapada, Maranhão [Decreto de 02/12/1845]. Removido da Comarca da Chapada para o lugar de Juiz de Direito da Comarca de Porto Imperial, Goiás [Decreto de 12/12/1846]. Removido de Porto Imperial, para o lugar de Juiz de Direito da Comarca de Cantagalo, Rio de Janeiro [Decreto de 14/04/1848]. Nomeado Presidente da Província do Rio Grande do Sul, a 16/09/1852 - exerceu a Presidência de 02/12/1852 a 01/07/1855. Chefe de Polícia da Corte (Rio de Janeiro) de 05/07/1855 a 14/03/1856. Nomeado Presidente da Província da Bahia, a 28/07/1856 - exerceu a Presidência de 19/08/1856 a 27/09/1858. Senador (vitalício), por Alagoas - nomeado a 21/04/1857, exerceu de 15/05/1858 a 15/11/1889 - perdeu o lugar pela dissolução do Senado com a Proclamação da República. Serviu pelo espaço de 48 anos. Ministro dos Estrangeiros, no 15º Gabinete, do II Reinado (D. Pedro II), de 10/08/1859 a 02/03/1861. Ministro da Agricultura, no 18º Gabinete, do II Reinado (D. Pedro II), de 30/05/1862 a 08/02/1863. Ministro da Justiça, no 18º Gabinete, do II Reinado (D. Pedro II), (acumulado), de 02/06/1862 a 08/02/1863. Ministro da Justiça, no 18º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 09/02/1863 a 14/01/1864. Ministro da Agricultura, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 05/01/1878 a 23/03/1880. Presidente do Conselho Ministerial, no 27º Gabinete do II Império (D. Pedro II), de 05/01/1878 a 27/03/1880. Ministro da Fazenda, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), (acumulado), de 05/01/1878 a 13/02/1878. Ministro dos Estrangeiros, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 08/02/1879 a 03/06/1879. Ministro da Guerra, no 27º Gabinete, do II Império (D. Pedro II), de 06/10/1879 a 09/10/1879. Vice Presidente do Senado, de 1885 a 1886; 18º Presidente do Senado, de 04/05/1887 a 03/05/1888. Nomeado, pelo Ministro dos Estrangeiros Paulino José Soares de Sousa, por Decreto de 27 de Maio de 1843, para a função de Ministro Residente do Brasil, em Montevidéu, Uruguai. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Obras publicadas; 1. “Notícia das Colônias agrícolas Suíssa e Alemã, fundadas na freguesia de S. João Baptista de Nova Friburgo, escrita por João Lins Vieira Cansansão de Sinimbu. Niterói, Typ. de Amaral e Irmão, 1852, in-4º. 2. “Opinião a cêrca da instrução primária e secundária”, 1843. 3. “A Verdadeira inteligência a dar-se à expressão “Prédio”. 1876. Em 1876 residia na Rua de D. Luiza, n.º 38, Rio de Janeiro. Em 1891 residia no Rio de Janeiro, à rua Serra, n.º 6, no Engenho Novo, onde o encontramos, ainda residindo, em 1896. Condecorações: Mercê do Hábito da Ordem de Cristo [17/07/1841]. Comendador da Ordem de Cristo [18/07/1841]. Oficial da Ordem da Rosa [02/12/1854]. Comendador da Ordem da Rosa [02/12/1854]. GrãCruz da Legião de Honra de França. Grã-Cruz da Imperial Ordem Austríaca da Coroa de Ferro. Grã-Cruz da Real Ordem dos Guelfos de Hanôver. Grã Cruz da Real e Distinta Ordem Espanhola de Carlos III. Grão Cruz da Ordem da Coroa da Itália. Título: Grande do Império. Conselheiro do Imperador. Conselheiro de 4. Estado (2º Conselho) Extraordinário [1882]. Agraciado com o título de Visconde de Sinimbu, com grandeza, por mercê da Princesa Imperial Regente de 16/05/1888 - «Em 1888, o governo imperial fê-lo visconde. Não o envaideceu a honraria. De muito, desde o nascimento, era ele um fidalgo da melhor nobreza, da que se não obtem por decreto. Nunca deu importância a esse título nobiliarquico, assinando-o mui raramente, só em papéis oficiais” (Craveiro Costa). Genealogia: O Senador João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, foi casado em 1846, em Maceió – Alagoas, com Valéria Tourner Vogeler, nascida em 16.06.1819, em Londres, Inglaterra, e falecida em 22.12.1889, no Rio de Janeiro, na rua Vinte e quatro de Maio, n.º 77 RJ. Sepultada no Cemitério de São João Batista. Seu nome foi lembrado pelo Conde Alessandro Fé d´Ostiani, para ser condecorada com a Ordem de Malta. Filha de Jacob Frederich Vogeler, natural de Hamburgo, Alemanha, e de Clélia Tourner, natural de Londres, Inglaterra. Pais de: I-1. Maria Valéria Cansansão de Sinimbu, nascida em 26.07.1847, no Rio de Janeiro, bat. a 27.04.1848, e falecida em 26.02.1907, no Rio de Janeiro, sem descendentes. Sepultada no Cemitério de São João Batista. Conhecida como Bubu. I-2. Clélia Cansansão de Sinimbu, nascida em 1849, e falecida em 09.1932. Conhecida como Baby. I-3. João Lins Vieira Cansansão de Sinimbu Júnior, nascido em 20.05.1853, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, quando seu pai alí exercia a presidência da província, e falecido em 25.02.1937, no Rio de Janeiro. Deputado Provincial (1881). Foi grande advogado na Grã-Bretanha. Após a proclamação da República, afastou-se da política e retirou-se para a Europa. Foi casado com uma francesa, com quem teve uma filha, que foi noiva do Comandante Afonso Cavalcanti de Albuquerque, e foi vista pela última vez por D. Dolores da Rocha Campos, no começo da Guerra de 1914, em Paris, estando de partida para a Suíça. I-4. Inácio Cansansão de Sinimbu, nascido em 26.07.1860, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 04.01.1864 - sepultado no Cemitério de São João Batista. I-5. Francisca Eulália Lins Cansansão de Sinimbu, que foi casada com Anísio Salathiel Carneiro da Cunha. Fonte: Genealogia do Visconde de Sinimbu, in Presidentes do Senado no Império, de Carlos Eduardo Barata, Capítulo XVIII, 1997. Dom Nuno Eugênio de Lossio e Seiblitz 2ª Cadeira Naturalidade do parlamentar: PERNAMBUCO Data da nomeação: 22.01.1826. Data do assento no Senado: 22.01.1826. Data do falecimento ou exoneração: 16.01.1843 (fal.). Sucessor: Antonio Luiz Dantas de Barros Leite Formação: Bacharel em Direito. Título: Dom Nascimento: 01.10.1782, no Recife (São Frei Pedro Gonçalves, 10.º, 181v) Pernambuco - bat. 16.10. Falecimento: 16.01.1843, no Rio de Janeiro - faleceu solteiro. Filiação: Dom Jorge Eugênio de Lossio e Seiblitz, Marechal, e Maria Felícia Egipciana Corrêa Viana. 5. Ancestralidade: bisneto de Georg André-de Seiblitz, natural de Saxom, Reino da Alemanha e de Ana Bárbara Ignatia de Lossio, natural da Alemanha. Casal responsável pela união dos dois sobrenomes. Biografia: Foi um sacerdote católico, magistrado e político brasileiro. Matriculado no curso de Direito da Universidade de Coimbra [02.10.1801], Bacharel em Leis [1806], Leitura de Bacharel [1806]. Ouvidor em São Paulo (1821). Desembargador. Deputado Constituinte (Suplente), por Pernambuco, de 03.05.1823 a 11.11.1823. Senador por Alagoas, de 22.06.1826, a 16.01.1843 (data de seu falecimento). Presidente da província de Alagoas, de 01.07.1824 a 16.03.1827. Presidente da Província da Bahia, de 17.03.1827 a 10.10.1827. Genealogia: O Senador e sacerdote Dom Nuno Eugênio de Lossio e Seiblitz faleceu solteiro, porém deixou oito filhos naturais havidos com sua prima Ana Bárbara Corrêa de Araújo. Em 1821, quando Ouvidor de São Paulo, pede licença para tomar estado, ou seja, para se casar com esta sua prima. Há possibilidades de ter encontrado dificuldade em conseguir esta licença. I-1. Dom Nuno Eugênio de Lossio e Seiblitz, nascido em 14.01.1827, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 19.02.1896, na rua São Cristóvão 79-C - sepultado no Cemitério de São João Batista. Deixou viúva. I-2. Dom Jorge Eugênio de Lossio e Seiblitz, nascido em 06.02.1828¸ no Rio de Janeiro, e falecido em 09.08.1878, no Rio de Janeiro, na rua 24 de Maio - tuberculose - sepultado no Cemitério de São João Batista. Doutor, Conselheiro. Deixava viúva, sua segunda esposa. I-3. Ana Bárbara de Lossio e Seiblitz, nascida em 10.11.1829, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 01.02.1877 – Poetisa, escritora faleceu solteira, porém, a exemplo de seu pai, deixou filhos naturais. I-4. Frederico Eugenio de Lossio e Seiblitz, nascido em 20.07.1832, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 22.09.1880, no Hospital da Polícia Militar - tuberculose - sepultado no Cemitério do Caju. I-5. Henrique Eugenio de Lossio e Seiblitz, nascido em 29.09.1833, no Rio de Janeiro. I-6. Eugenio Frederico de Lossio e Seiblitz, nascido em 17.05.1835, no Rio de Janeiro, e faleceu em 03.01.1899, em Mendes (Estado do Rio de Janeiro), às 22 horas, tuberculose. Engenheiro militar I-7. Carlos Eugenio de Lossio e Seiblitz, nascido em 27.08.1837, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 27.10.1917 – sepultado no Cemitério do Caju. Em 1876 era protestante e dispensou-se da religião mista. Era viúvo. I-8. Brigida Eugenia de Lossio e Seiblitz, nascida em 01.09.1839¸ no Rio de Janeiro, onde faleceu em 06.05.1888, na rua Fonseca Lima 17 – sepultada no Cemitério do Caju. Antonio Luiz Dantas de Barros Leite 2ª Cadeira Naturalidade do parlamentar: ALAGOAS Data da nomeação: 31.07.1843. Data do assento no Senado: 09.08.1843. Nota: Vaga aberta pelo falecimento de Nuno Eugênio. Data do falecimento ou exoneração: 09.07.1870 (fal.). Sucessor: Jacinto Paes de Mendonça Formação: Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Título: Nascimento: 13.02.1802, na cidade de Penedo, Alagoas. Falecimento: 09.07.1870, no Rio de Janeiro. 6. Filiação: Coronel de milícias José Gomes Ribeiro e Ana Felícia de Macedo Leite. Biografia: Em 1817, já tendo os estudos preparatórios, acompanhou a Pernambuco seu pai que para ali seguira contra os revoltosos de 6 de Março, e ganhou por seus serviços a venera da ordem de Cristo. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Olinda - ano de 1832. Depois de um ano de prática obrigatória no Rio de Janeiro, foi nomeado Juiz de Direito de Maceió, Alagoas, a 05.10.1833. Aposentouse no lugar de Desembargador da Relação do Rio de Janeiro. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, em duas legislaturas, por Alagoas: na 4.ª leg. de 03.05.1838 a 21.11.1841; e na 5.ª leg. de 01.01.1843 a 24.05.1844. Senador do Império por Alagoas, de 09.08.1843 a 09.07.1870 (data do falecimento). Condecorações: Ordem de Cristo. Jacinto Paes de Mendonça 2ª Cadeira Naturalidade do parlamentar: ALAGOAS. Data da nomeação: 27.04.1871. Data do assento no Senado: 15.05.1871. Nota: Vaga aberta pelo falecimento de Antonio Luiz. Data do falecimento ou exoneração: 15.11.1889 (Proc.República) Formação: Bacharel em Direito. Nascimento: 10.10.1823, Freg.ª de N.S. da Apresentação, Porto Calvo, Alagoas. Falecimento: 27.02.1900, Rio de Janeiro. Filiação: Bernardo Antônio Ayala de Mendonça, Tenente-Coronel - Senhor do Engenho Uruaé, e Ana Barbara de Mendonça Castelo Branco. Ancestralidade: neto do Desembargador José de Mendonça de Mattos Moreira, chefe desta família no Brasil. Biografia: Bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas, em 1843, pela Academia de Direito de Olinda. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, na 11ª Legislatura, pelo Alagoas, de 3 de Maio de 1861 a 12 de Maio de 1863; e na 14ª Legislatura, também pelo Alagoas, de 11 de Maio de 1869 a 30 de Setembro de 1871. Senador, pelas Alagoas, eleito em 27 de Abril de 1871, tomando posse a 15 de Maio, e perdeu o lugar segundo o novo regime republicano a 15 de Novembro de 1889. Senhor dos Engenhos "Novo” e "Escurial", em Porto Calvo. Condecorações: Comendador das Ordens de Cristo e da Rosa. Nobreza: Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial por Carta de Brasão de Armas, datada de 13.09.1861: um escudo esquartelado: no primeiro quartel, as armas dos Mendonça (I); no segundo quartel, as armas dos Vieira (II); no terceiro quartel, as armas dos Mattos (III); e, no quarto quartel, as armas dos Moreira (IV). Em abismo, um escudete com as armas dos Castelo Branco. Elmo de Prata, aberto, guarnecido de ouro. Paquife dos metais e cores das armas. Timbre: o leão dos Castelos Brancos. Genealogia: O Senador Jacinto Paes de Mendonça casou por volta de 1851, com Francisca de Barros Wanderley, nascida em 28.02.1838, em Pernambuco, filha de Francisco do Rego Barros e de Rita Francisca de Barros Wanderley. Pais de: I-1. Justina de Mendonça Castelo Branco. I-2. Bernardo Antonio Mendonça Sobrinho. I-3. Ana Barbalho de Mendonça I-4. Francisco de Barros Wanderley Mendonça I-5. Antonio Pedro de Mendonça I-6. Francisca Pinto Ribeiro Mendonça I-7. Maria da Conceição Ramalho I-8. José de Barros Wanderley de Mendonça I-9. Estefânia Belo Wanderley Mendonça I-10. Jacinto de Assunção Paes Mendonça PARTE II Listas tríplices que serviram de base à nomeação de senadores, por decreto Imperial de 22 de Janeiro de 1826.. Os seis que concorreram às duas cadeiras (uma Lista Tríplice para cada cadeira): 1. 2. 3. 4. Inácio Accioly de Vasconcelos Naturalidade do parlamentar: ALAGOAS Número de votos: 147 votos. Formação: Magistrado. Nascimento: cerca de 1785 Falecimento: Filiação: José de Barros Pimentel Ancestralidade: quinto neto de Gaspar Accioly de Vasconcelos, nascido em 1578, na ilha da Madeira, e que passou ao Brasil, estabelecendo-se em Pernambuco, onde faleceu em 04.05.1668. Casado com Ana Cavalcanti de Albuquerque. Biografia: Magistrado. Matriculado no curso de Direito da Universidade de Coimbra [02.10.1802]. Bacharel em Cânones [1807]. Leitura de Bacharel [16.05.1807]. Doutor em Direito [1811]. Retornou ao Brasil em 1812. Juiz de Fora na Vila da Ilha Grande [RJ, 1813-1817] e de Macaé [RJ]. Membro do Senado da Câmara da vila das Alagoas [1822]. Deputado Constituinte por Alagoas [1823]. Desembargador [1822]. Presidente da Província do Espírito Santo [Nomeado a 25.11.1824, Posse a 24.02.1824 e Período: 1824 a 21.10.1829] Dom Nuno Eugênio de Lossio e Seiblitz Naturalidade do parlamentar: PERNAMBUCO. Número de votos: 125 votos. Formação: Bacharel em Direito. Magistrado. Nota: Mesmo sendo o segundo mais votado, foi o escolhido, e nomeado por Decreto de 22 de Janeiro de 1826 – biografado acima. Manuel Marques Grangeiro Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 73 votos. Formação: Proprietário. Biografia: Proprietário. Advogado provisionado. Foi Deputado às Cortes de Lisboa, representando o Alagoas, de 17.12.1821 a 04.11.1821. Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira Horta 5. 6. Naturalidade do parlamentar: MINAS GERAIS. Número de votos: 67 votos. Formação: Militar - Marechal de Campo. Nota: Foi o escolhido, e nomeado por Decreto de 22 de Janeiro de 1826 – biografado acima. Gervásio Pires Ferreira Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 55 votos. Formação: Proprietário. Nascimento: 26.06.1765, na freg. de São Pedro Gonçalves no Recife – Pernambuco. Falecimento: 09.03.1836, em sua residência à rua dos Pires, hoje rua Gervásio Pires, na freg. da Boa Vista no Recife- Pernambuco. Filiação: Domingos Pires Ferreira, do lugar denominado Bustelo, freg. de Santa Maria Madalena da vila da Ponte, comarca de Chaves, prov.de Trás-osMontes, Portugal, casado com Joana Maria de Deus Corrêa Pinto. Biografia: comerciante abastado em Lisboa e no Recife. Matriculado no curso de Matemática da Universidade de Coimbra [01.10.1781], que abandonou. Negociante matriculado na praça do Recife. Participou do Movimento Revolucionário de 1817, em Pernambuco. Presidente da Província de Pernambuco [1821]. Deputado à Assembléia Geral, na 2.ª Legislatura, por Pernambuco [03.05.1830 a 06.10.1833]. Familiar do Santo Ofício [1803]. Lourenço Accioly Canavarro Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 55 votos. Formação: Eclesiástico. PARTE III Lista tríplice para o preenchimento dos lugares de Senadores, vagos ou novamente criados depois de 22 de Janeiro de 1826.. Em Agosto de 1842 Vaga aberta pelo falecimento do Senador Marques de Barbacena, falecido a 13.01.1842. 1. Manuel Antonio Galvão Naturalidade do parlamentar: BAHIA Número de votos: 64 votos. Formação: Magistrado. Título: Conselheiro de Estado Nascimento: 03.01.1791, na Baia Falecimento: 21.03.1850, no Rio de Janeiro Biografia: Magistrado. Deputado Constituinte pela Bahia, em 1823. Deputado à Assembléia Geral, em duas legislaturas: 1.ª Leg., de 1826 a 1829, e 5.ª Leg., de 1843 a 1844. Tentou uma vaga no Senado, por Alagoas, em 1842, porém não foi escolhido. Acabou saindo Senador pela Bahia, de 06.,06.1844 a 21.03.1850 (data do seu falecimento). Foi Presidente das Províncias de Alagoas [1829-1830], Espírito Santo [1830], Minas gerais [1831], e Rio Grande do Sul, em duas ocasiões [1831-1833 e 1846-1848]. Ministro do Império [1839-1840] e Ministro da Justiça [1844-1845]. 2. 3. Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho Naturalidade do parlamentar: RIO DE JANEIRO Número de votos: 634 votos. Formação: Bacharel em Direito. Título: Visconde de Sepetiba Nota: Conforme vimos acima, foi o escolhido, e nomeado por carta Imperial de 19.09.1842. José Clemente Pereira Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 455 votos. Formação: Bacharel em Direito Título: Conselheiro Nascimento: 17.02.1787, na Vila do Castelo Mendo, Portugal Falecimento: 10.03.1854, no Rio de Janeiro. Filiação: José Gonçalves e de Maria Pereira. Biografia: O Senador Jose Clemente, estudou na Universidade de Coimbra, onde bacharelou-se em Direito e Cânones. Passou ao Brasil, em 1815. Juiz de Fora, encarregado de criar a vila da Praia-Grande, hoje cidade de Niterói, RJ [1819]. Juiz de Fora da Corte [1821]. Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Deputado à Assembléia Geral Legislativa por Minas Gerais, São Paulo E Rio de Janeiro [1826-1829, 1830-1933 E 1838-1841]. Delegado Geral de Polícia da Corte. Senador do Império, pelo Pará [1843-1854]. Ministro da Justiça [1828]. Ministro do Império [1828-1829]. Ministro dos Estrangeiros [1829]. Ministro da Fazenda [1828]. Ministro da Guerra [1829 e 1841-1843]. Ministro da Marinha [1842]. Conselheiro de Estado [14.09.1850]. Presidente do Tribunal do Comércio [04.09.1850]. Provedor e fundador dos hospitais da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Desembargador. Intendente de Polícia. Grande Dignitário da Ordem da Rosa. Dignitário da Ordem do Cruzeiro [17.02.1824]. Em Maio de 1843 Vaga aberta pelo falecimento do Senador Nuno Eugênio de Lossio e Seiblitz, falecido a 16.01.1843. 1. 2. 3. Caetano Silvestre da Silva Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 622 votos. Formação: Magistrado. Antonio Luiz Dantas de Barros Leite Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 607 votos. Formação: Bacharel em Direito. Nota: Conforme vimos acima, foi o escolhido, e nomeado por Carta Imperial de 31.07.1843: Agostinho Moreira Guerra Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 530 votos. Formação: Magistrado. Em Dezembro de 1856 Vaga aberta pelo falecimento do Senador Visconde de Sepetiba, Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho, falecido a 25.09.1855. 1. 2. 3. João Lins Vieira Cansanção-de Sinimbú Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 630 votos. Formação: Bacharel em Direito. Nota: Conforme vimos acima, foi o escolhido, e nomeado por Carta Imperial de 21.04.1857: José Corrêa da Silva Titára Naturalidade do parlamentar: ALAGOAS Número de votos: 406 votos. Formação: Advogado. Nascimento: Coqueiro Seco, povoação situada à margem do lago do Norte, na antiga província de Alagoas. Falecimento: cerca de 1875, em Maceió, Alagoas. Biografia: Advogado e Funcionário Público. Frequentou algumas aulas do seminário episcopal de Olinda; foi o primeiro Inspetor da Tesouraria da província de Alagoas. Primeiro Diretor da Instrução Pública da Província de Alagoas. Conselheiro e Primeiro Presidente do Gabinete Literário Português. Foi lente de geografia do Liceu Provincial e autor de várias obras. didáticas na área da educação. Deputado à Assembléia Geral, em três legislaturas, por Alagoas: 7.ª leg., de 03.05.1848 a 05.10.1848; 8.ª leg. (suplente), de 03.05.1852 a 04.09.1852; e 9.ª Leg., de 03.05.1853 a 20.09.1856. Cavaleiro da Ordem da Rosa. Sócio do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano. Tem seu nome homenageado na Escola Estadual José Correia da Silva Titára, Av. Fernandes Lima s/n, Maceió, capital do estado de Alagoas. Manuel Sobral Pinto Naturalidade do parlamentar: ALAGOAS Número de votos: 335 votos. Formação: Bacharel em Direito. Nascimento: cerca de 1811, Alagoas. Filiação: Antonio Dias Sobral e Margarida Madalena de Jesus Biografia: Proprietário. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Olinda - ano de 1834. Inspetor da Alfândega de Maceió, nomeado a 02.01.1847. Deputado à Assembléia Geral, em três legislaturas, por Alagoas: 9.ª leg., de 07.05.1854 a 20.09.1854; 14.ª leg., de 11.05.1869 a 22.05.1872; e 15.ª leg., de 21.12.1872 a 10.10.1875. Em Fevereiro de 1871 Vaga aberta pelo falecimento do Senador Antonio Luiz Dantas de Barros Leite, falecido a 09.07.1870. 1. 2. Jacinto Paes de Mendonça Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 1223 votos. Formação: Bacharel em Direito. Nota: Conforme vimos acima, foi o escolhido, e nomeado por Carta Imperial de 27.04.1871: Manuel Sobral Pinto Naturalidade do parlamentar: Número de votos: 807 votos. 3. Formação: Proprietário. Nota: Já foi citado na disputa de vagas de dezembro de 1856. Mateus Casado de Araújo Lima Arnaud Naturalidade do parlamentar: ALAGOAS Número de votos: 677 votos. Formação: Magistrado. Ancestralidade: Biografia: Deputado à Assembléia Geral, em quatro legislaturas, por Alagoas: 4.ª leg., de 03.05.1838 a 21.11.1841; 9.ª leg., de 03.05.1853 a 04.09.1853; 14.ª leg., de 11.05.1869 a 22.05.1872; e 15.ª Leg., de 21.12.1872 a 10.10.1875.