Revista VivaVoz | Maio 2006 | Editorial Caros leitores... D eus Nos chama para servir e o Seu Nome proclamar, levando o evangelho a cada bairro e cada lar! Procura homens de valor de fé incomum de coração repleto de puro amor cristão! Deus não precisa de alguém de intelecto incomum e nem está buscando alguém só para ser mais um, Embora chame a muitos, bem poucos querem vir… Venha então Você servir!!! EDITORIAL Esta é a estrofe de um hino dos Arautos do Rei que nos inspirou para a 3ª edição da Revista VivaVoz que tem como seu tema principal “Venha Servir!” Como cristãos temos a responsabilidade e o dever de Servir o nosso Deus, através do amor, do louvor, da prática dos seus ensinamentos, transmitindo e dando a conhecer aos outros o seu infinito Amor e a Esperança de uma vida Eterna! Deus deixou-nos a missão de sermos pescadores de homens aqui neste mundo, buscando almas para Cristo! O que é que cada um de nós está 2 | Maio 2006 | Revista VivaVoz a fazer para levarmos de vencida esta missão? De que forma estamos a contribuir para que o “Evangelho esteja ao alcance de todos”? Mateus 24:14 diz seguinte: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim!” O Coro da música diz o seguinte: Venha com coragem, amor e compaixão; Cheio de bondade e santa convicção; Sem temer a morte, se Cristo lhe pedir; Venha então Você Servir! Que cada um de nós ao ler esta revista possa reflectir na missão que cada um de nós tem nesta terra… e que a sua leitura nos possa fortalecer ainda mais para Servir o Nosso Bondoso Deus, de todo o Nosso Coração! Pedro Moura Director de Redacção | vivavoz VIVAVOZ Ficha Técnica Revista VIVAVOZ Maio 2006 | Ano I | Nº 3 Nesta edição: Director do Projecto: Hélder Ferreira Director de Redacção: Pedro Moura Editorial pág. 02 Escolher Ser Diferente pág. 04 O QUE É ADRA? pág. 07 RN 2006 pág. 09 Trabalhando para Deus pág. 10 O terrível Sr. Complexo pág. 12 Culinária pág. 15 Vice-Directora de Redacção: Joana Moura Colaboradores de Redacção: Pedro Esteves Departamento Infantil: Fabrícia Colen Artigos: Álvaro Ribeiro Catarina Ferreira Pr. Humberto Coimbra Mary Colen Revisão: Fabrícia Colen Design Gráfico: Hélder Ferreira Montagem: Fabrícia Colen Patrocínio: O Urso Polar pág. 16 Venha Servir pág. 18 O logótipo da Igreja Adventista pág. 22 A procura humana do sentido da vida pág. 23 Leis da Nutrição pág. 26 MOUMARTI- PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE MOBILIÁRIO LDA Propriedade: VivaVoz www.vivavoz.adv7.com Igreja Adventista do 7º dia de Avintes Rua das Agras nº 133 4430 Avintes E-mail: [email protected] Revista VivaVoz | Maio 2006 | 3 Escolher Ser Diferente E ESPIRITUAL stava um dia a falar com uma jovem amiga, quando ela me contou a excelente oportunidade de emprego que lhe tinha surgido. Na verdade era apenas um extra, mas que prometia dar mesmo mais dinheiro do que o seu próprio emprego em engenharia! Mas ela não tinha aceitado, dizia ela, porque pedia uma mudança muito grande no seu estilo de vida... muitas reuniões à noite, encontros de grupo de trabalho... era um estilo de vida bem diferente daquele a que estava habituada!... então aquela jovem concluiu dizendo com um sorriso: "Para SER DIFERENTE, já me chega SER ADVENTISTA!" Eis algo que ouvimos frequentemente: "SER ADVENTISTA é SER DIFERENTE". Mas o que é que significa ser diferente no nosso dia a dia? Somos diferentes porque NÃO comemos os mesmos alimentos que os outros comem?... Somos diferentes porque NÃO nos vestimos como os outros se vestem?... Ou então, porque NÃO frequentamos os sítios que as outras pessoas frequentam?! Frequentemente, a nossa ideia de "ser diferente" limita-se a tudo aquilo que os nossos amigos são e fazem e que nós, por sermos Adventistas, 4 | Maio 2006 | Revista VivaVoz não fazemos... e logo somos diferentes... somos diferentes por tudo aquilo que NÃO somos! No livro do profeta Isaías, no capitulo 43 e no versículo 10, Deus diz claramente: "Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi…" Quando somos crianças e estamos no meio de um grupo de amigos, prontos para brincar a qualquer jogo em equipa, todos queremos ser escolhidos! Ninguém gosta de ficar para o fim e sentir que, no fundo, ninguém o queria na sua equipa! Deus diz-nos que Ele mesmo nos escolheu para trabalharmos com Ele. Não é maravilhoso?! O Deus do Universo, o Deus Todo-Poderoso, quer que nós façamos parte da sua equipa! Deus diz-nos: tu és "o meu servo, a quem escolhi..." Já pararam para pensar o que é Deus quer dizer com "tu és o meu servo"?... será que isso significa que tal como os escravos, os servos tinham de trabalhar quer quisessem quer não, assim da mesma maneira, nós temos que testemunhar quer queiramos, quer não? Ainda no livro do profeta Isaías, no capítulo 41, no fim do versículo 9 e no versículo 10, Deus reafirma esta ideia de "servidão" dizendo: "Tu és o meu servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei. Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça." Ser "servo" de Deus consiste precisamente em trabalharmos, não apenas na nossa própria força, mas sobretudo em deixarmos Deus fortalecer-nos e sustentar-nos. Sem dúvida que é uma noção bem diferente daquela à qual estamos habituados quando ouvimos a palavra servir. O facto de termos sido escolhidos por Deus para servir, significa que fomos escolhidos para ver o poder de Deus nas nossas vidas a cada dia e em cada momento Do ponto de vista de Deus, o testemunho tem três objectivos: saber, crer e entender. É o que Deus diz em Isaías 43:10, quando depois de nos ter dado a certeza que nós somos especiais aos Seus olhos e que fomos escolhidos por Deus para testemunhar, Ele diz que tudo isso é "…para que o saibais, e me creiais, e entendais, que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá." Já repararam em quem é que esta definição de testemunho está centrada? Todos os verbos apontam para aquele que testemunha, como se Deus estivesse a dizer que o testemunho é antes de mais para aquele que dá o testemunho. No livro Aos Pés de Cristo, na página 82, Ellen White diz que: “Se provámos e vimos que o Senhor é bom, teremos alguma coisa a dizer.” saber explicar uma doutrina, mas sim constatar que as doutrinas e as histórias são bem reais, porque as vivemos na nossa vida. O ponto chave do testemunho é a relação entre nós e Deus. Desde a criação que Deus procura firmar uma relação "muito boa" (Gn.1:31) connosco! Mas também desde há muito tempo que nós temos tendência a ter medo e a escondermo-nos de Deus (Gn.3:10). Como é que vamos falar de Deus a alguém, se talvez nós mesmo temos tendência a escondermo-nos de Deus? Podemos esconder-nos de Deus até mesmo por detrás de uma rotina religiosa… Adão estava escondido no meio do Jardim de Deus!...mas esta não é a Sua vontade. Normalmente pensamos que testemunhar significa correr atrás das pessoas com um texto predefinido na cabeça, que devemos pronunciar de cor! Deus diz-nos que antes de mais, testemunhar é experimentar Deus na nossa vida. Provar e ver que o Senhor é de facto bom (Salmos 34:8). Testemunhar não consiste em contar histórias ou Revista VivaVoz | Maio 2006 | 5 Em Isaías 43:10, Deus faz-nos um apelo a termos a coragem de viver esta relação "muito boa", de confiança, pessoal, com que Deus tem sonhado! Por isso Deus diz que Ele nos escolheu "para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.” O nosso Deus é o Deus que nos criou com planos maravilhosos para a nossa felicidade (Jr.29:11). O nosso Deus é o Deus que demonstrou o Seu amor de maneira incontestável sobre a cruz do Calvário e que vai voltar nas nuvens dos céus para se encontrar connosco e nos dar um futuro melhor! É este mesmo Deus que nos faz o apelo de o tornarmos real nas nossas vidas... para termos uma relação pessoal com Ele... para crermos de todo o coração... e para que esta certeza esteja bem firme no nosso entendimento. Jesus chama-nos a ser testemunhas de uma realidade que liberta o Ser Humano... uma realidade que prova que o Homem é especial para Deus e que Deus tem feito tudo para se aproximar do Homem! Testemunhar esta realidade é antes de tudo 6 | Maio 2006 | Revista VivaVoz vive-la nas nossas vidas. Viver a libertação de tudo o que nos magoa, a libertação do pecado, de tudo o que nos separa de Deus. Sentir que NÓS somos especiais e que cada manhã e em cada momento Deus se aproxima de nós. Nós somos “testemunhas destas coisas” (Lucas 24:48). No livro do profeta Isaías, capítulo 55, no versículo 9, Deus diz que "Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos." Sem dúvida que o chamado ao testemunho é um chamado a ser diferentes, porque com Deus vamos viver coisas incríveis, que ultrapassam os nossos próprios planos e projectos. Vamos ser diferentes porque Deus também é diferente! Testemunhar é viver essa diferença! Pr. Humberto Coimbra Pastor da Igreja Adventista de Vila Real ADRA O QUE É ADRA? A dra é uma agência internacional de desenvolvimento e ajuda humanitária. Ela focaliza primariamente a sustentação, com projectos de desenvolvimento a médio prazo. Por décadas, a ADRA tem trabalhado ao redor do planeta, ajudando pessoas a vencer sua pobreza, doenças, alfabetização, e os sofrimentos resultantes de desastres naturais. ADRA Cada projecto fala sobre o princípio do desenvolvimento: que é a sustentação, em lugar de prover apenas um ajuda temporária. A ADRA trabalha com a comunidade e governo local, para criar e desenvolver soluções produtivas. Construímos conexões, construímos relacionamentos que sejam duráveis. Conhecimento que seja permanente na comunidade. Habilidades que direccionem o melhoramento económico a longo prazo, e o desenvolvimento de recursos e instalações locais. Orientados por resultados, a administração dos nossos projectos está sempre baseado na avaliação directa da comunidade. Trabalhamos com o que existe. Consideramos as necessidades e as esperanças de quem ajudamos. Buscamos a oportunidade de fazer uma troca mensurável e quantitativa. MISSÃO DE ADRA Reflectir o carácter de Deus através de actividades humanitárias de desenvolvimento. Apoiar activamente as comunidades necessitadas por meio de uma carteira de actividades de desenvolvimento, desenhadas, implementadas e executadas em conjunto. Prover auxílio em casos de desastre e desta maneira trabalhar junto com aqueles que foram afectados, a fim de que alcancem soluções a longo prazo. Trabalhar em sociedades equitativas, com os necessitados, para alcançar uma mudança positiva e sustentável dentro da comunidade. Construir relacionamentos que desenvolvam capacidades autónomas, tecnologia apropriada e capacitação para todos os níveis. Revista VivaVoz | Maio 2006 | 7 Manter relacionamentos constantes com nossos parceiros, que patrocinam os meios para o desenvolvimento das actividades. Promover e aumentar a participação da mulher no processo de desenvolvimento. Capacitar e ajudar a comunidade, com o propósito de manter e administrar os recursos naturais do meio ambiente, de uma forma responsável. Facilitar os direitos e habilidades das crianças, para que possam também atingir seu pleno potencial e ao mesmo tempo ajudá-los a assegurar sua sobrevivência. HISTÓRIA Durante mais de um século, a ADRA têm sido relacionada com trabalhos de carácter humanitário, com diferentes nomes e programas e sempre buscando uma adaptação para alcançar os desafios da época. A organização foi formada no início de 1990, como uma associação de beneficência da Igreja Adventista do Sétimo Dia, dedicada às obras de caridade, no subúrbio de Chicago, Illinois, USA. Ao terminar a primeira guerra mundial e a sua devastação sem precedentes, a Agência enviou auxílio à Bélgica, França, Alemanha, Turquia, Egipto, Rússia, China e também ao Oriente Médio. O início da Segunda Guerra mundial colocou ADRA novamente ao serviço do mundo, acelerando a expansão dos seus trabalhos de ajuda humanitária. Em 1959, os envios de ajuda anual 8 | Maio 2006 | Revista VivaVoz chegaram a casa dos 2.3 milhões de dólares, e alcançaram 29 países. Uma grande parte deste desenvolvimento aconteceu, graças aos bons relacionamentos que foram estabelecidos com as novas agências de desenvolvimento não governamentais. Este relacionamento têm sido fortalecido com o tempo. Em meados dos anos 70, a organização começou a aumentar sua missão de auxílio aos programas orientados e ao desenvolvimento da comunidade a longo prazo. Em 1984 a agência foi reorganizada com o nome de ADRA, e graças ao apoio deste primeiro subsídio e suas devidas contrapartes, mudou-se o enfoque principal para os programas de desenvolvimento a longo prazo. Actualmente, ADRA é uma das maiores organizações não governamentais presentes no mundo. Sua sede está em Silver Springs, Maryland, e actua como coordenação central de uma rede global, sempre em crescimento. Guiado por sua filosofia de compaixão e ajuda humanitária, a ADRA têm tentado estar presente com todos aqueles que necessitam de sua ajuda, sem levar em conta a raça, afiliação política ou religiosa. Seu trabalho é caracterizado por um planeamento cuidadoso, com parcerias respeitosas e um enfoque dedicado a servir pessoas, bem como estabelecer compromissos a longo prazo e projectos direccionados às necessidades das comunidades. ADRA RN 2006 M ais um RN se foi…Nos passados dias 13 a 16 de Abril, todos os DESBRAVADORES, da Região Norte, a qual é composta por mais de 20 núcleos, tiveram a oportunidade de viver mais um Regional Norte, de viver uma nova experiência com Cristo “Ligando a Terra ao Céu”. Desde o momento do Check-in até à cerimónia de encerramento, nas pistas ou a cantar uma música, vivemos acontecimentos que nos marcaram de forma distinta, e mesmo com o mau tempo, penso que aproximaram cada tição, cada desbravador, cada companheiro e cada sénior mais uns dos outros e da fonte com a qual devemos estar sempre conectados: Cristo. JOVENS Este ano, tivemos a oportunidade de ter novamente entre nós, o adjunto da Comissão Regional Norte, Tiago Alves, que dirigiu a Cerimónia de Investiduras de Sábado de Manhã e também tivemos o privilégio de testemunhar do baptismo de 5 jovens no Rio Lima, após um programa de evangelização no centro de Ponte de Lima, coordenado, pelos ateliers de Evangelização, sob a orientação do Pastor Humberto, que foi um dos apre- sentadores, juntamente com a jovem Lígia Sarramito. Contamos com a habitual Reunião Social, este ano apresentada pelo Nelson de Canelas e da famosa mascote da CRN, com o nome de Fogo do Conselho, onde várias igrejas participaram, servindo estes momentos para uma maior aproximação entre todos os participantes. Após termos vivido momentos intensos, de termos sentido a presença de Deus em cada detalhe, que na nossa vida possamos ver a cada passo cumprirse a promessa de Jesus: “…vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sob o Filho do Homem.” (João 1:51). O repto que este RN pretendeu deixar a cada jovem, é de que se lance numa relação mais firme com Cristo, numa verdadeira experiência Ligando a Terra ao Céu e que claro…. Marquem presença no RN2007! Catarina Ferreira Companheira de Avintes Revista VivaVoz | Maio 2006 | 9 Trabalhando para Deus E u e o meu esposo baptizámo-nos dia 4 de Janeiro de 1989 em Linhares, Espírito Santo. No dia 10, retornamos a Governador Valadares após termos estado fora 5 anos. Nesse ano, teve início uma grande Campanha Evangelistica denominada NACIONAL 89. A igreja central de Valadares, da qual nos tornamos membros, empenhou-se totalmente na preparação desta campanha. TESTEMUNHO O conferencista Pastor Emanuel pregou nessa maravilhosa manhã de sábado e fez um grande apelo, convidando toda a igreja para uma reunião. Das 600 pessoas que estavam presentes naquela manhã, apenas apareceram 30, entre elas estava eu e o meu marido. O pastor apresentou mensagens e testemunhos maravilhosos e convidou todos os presentes para fazerem parte daquele grupo de pessoas missionárias. Manifestei o meu desejo de colaborar mas disse ao pastor que não tinha conhecimentos nenhuns para tal tarefa. Respondeu-me, então, que bastava eu crer e aceitar ser usada pelo Espírito Santo. De seguida, apresentou os Estudos Bíblicos e disse-nos para jamais acrescentarmos coisa alguma, deixando que a Bíblia res10 | Maio 2006 | Revista VivaVoz pondesse por si própria. Partimos, entao, para a prática, começando por distribuir convites. Era uma tarde muito chuvosa e a rua onde eu e Paulo(meu marido) ficamos encarregues de entregar, era de terra e estava cheia de lama. Para além disso, eu estava com sandálias muito altas e de salto muito fino."O que fazemos?"...ficamos por momentos parados a pensar se não seria melhor procurar outra rua. Mas lembramo-nos das palavras do pastor que diziam que se desistíssemos, provavelmente, aquelas pessoas perderiam a única oportunidade de ouvir falar de Jesus e de serem salvas. Decidimos, então, entrar naquela rua estreita. A primeira casa que visitamos pertencia a uma família humilde constituída por 8 membros. Todos nos receberam com muito carinho e aceitaram o convite com alegria. Iniciei ali o meu primeiro trabalho missionário que durou meses. Eu morava muito longe daquele local, muitas vezes nem tempo tinha de comer, e ia pensando nos meus filhos pequenos que deixara em casa, mas ciente de que " todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito. Desta família, 5 pessoas baptizaram-se para honra e glória de Deus. Jucinéia, uma das filhas que se entregou ao Senhor, hoje é Obreira Bíblica da Rádio Novo tempo e casou-se com Vilson, outra estrela Campanha de Evangelização Grande campanha de evangelização na zona norte Avintes 3 a 10 de Junho 2006. Pr. Paulo Renato Garrochinho da minha coroa que é líder dos Desbravadores. Juliana, outra filha do casal estudou num Internato Adventista e teve a oportunidade de estudar a Bíblia com um amigo do meu filho, o qual mais tarde aceitou a mensagem, baptizou-se e mais tarde casou com esta jovem. Fruto desta campanha 119 pessoas desceram às águas baptismais. Desejo que cada um de vós possa ouvir o chamado de Deus e responder "Eis-me aqui Senhor"! E não esqueçam da sua promessa: "Eis que estou convosco, todos os dias, até à consumação dos séculos" (Mateus 28:20). Mary Colen Membro da Igreja de Avintes Começa já no dia 3 de Junho a maior campanha de evangelização da zona norte do 1º semestre de 2006. Todos estão convidados, o orador, o Pastor Paulo Renato, abordará temas do maior interesse. Traga um colega, amigo ou conhecido para ouvir mensagens de esperança, de paz e de conforto. Muitos grupos e coros da zona norte estão convidados, assim como belos momentos de louvor e reflexão. A sua presença é muito importante Por Ezequiel Duarte Revista VivaVoz | Maio 2006 | 11 História Infantil O terrível Sr. Complexo B INFANTIL runo era um miúdo muito simpático que vivia numa bonita vila. Era educado, estudioso, e demonstrava sempre uma boa vontade em ajudar as outras pessoas. Ele gostava muito de estudar mas começou a não gostar de ir à escola por causa dos seus colegas que riam-se dele por ele ser um miúdo gordinho. Quando isso acontecia, o Bruno ficava triste e por vezes até chorava. Numa noite antes de adormecer, ele decidiu conversar com a sua mamã e contar-lhe tudo: -- Sabes mamã, eu não como muito, por vezes até sinto imensa fome só para não engordar mais, mas não consigo entender porque sou assim tão gordo! - Filho, não fiques triste com estas coisas que os outros te dizem, cada pessoa é de um 12 | Maio 2006 | Revista VivaVoz jeito diferente. Ninguém é igual a ninguém… uns são magros, outros gordinhos, uns têm cabelo preto, outros castanhos e assim por diante. Mas, graças a Deus, tu não tens o problema que esses miúdos têm: a maldade. - Eu sei mamã, mas não é fácil… Sabes Bruno, se tu continuares a dar atenção a eles, acabarás por deixar o “Sr. Complexo” tomar conta de ti. - Senhor Complexo?! Quem é este mamã? - É um “bichinho” que entra dentro de nós e tenta destruir aquilo que somos. Devemos aceitar a maneira que Deus nos fez, como o nosso tamanho, a cor da pele, do cabelo, dos olhos… Imagina se todos os animais da floresta fossem iguais?! Seria uma verdadeira “seca”. Bruno, ao ouvir tudo isso, acabou por adormecer e começou a sonhar… Era uma linda manhã na floresta, e todos os animais brincavam felizes! De repente, uma nuvem escura escondeu o sol e o “Sr. Complexo” apareceu e começou a perturbar o pensamento dos animais sem que eles dessem conta disso. O primeiro foi o pássaro Tucano, e o Sr. Complexo começou: - Não tens vergonha deste teu nariz tão grande, oh narigudo? Com esse nariz enorme, nem deves encontrar um lenço que te chegue para o limpar. Depois foi a vez da coruja: - Com essa cara tão feia, devias procurar um medico que te fizessem uma cirurgia. Com essa cara horrorosa, nem um namorado arrumaras. Ah, ah, ah! E, assim, continuou o Sr. Complexo, mas desta vez foi com o elefan- te: - És tão gordo! Por que é que não fazes dieta? Desta maneira, ninguém nunca convida-te para almoçar fora. Criticou tudo e todos: a girafa, por seu pescoço comprido; o macaco, por ser magricela, o leão, por sua cabeleira despenteada… Todos os animais na floresta ficaram tristes, desanimados e com muita, muita vontade de serem diferentes. E aquilo que o Sr. Complexo pretendia realizou-se: todos quiseram mudar o seu visual. Um mês depois, os animais da floresta estavam todos diferentes. Nin- guém queria fazer mais nada que não fosse olhar-se ao espelho. A coruja estava linda; o elefante, bem magrinho; a girafa, bem baixinha e sem aquele pescoço comprido; o macaco, gordo que nem uma bola; Revista VivaVoz | Maio 2006 | 13 oleão, com um corte moderno e quase careca. E foi então, que os problemas começaram. Numa noite, quando todos dormiam tranquilamente (menos a coruja), quatro ladrões foram até à floresta. A coruja que sempre estava de guarda e assustava os intrusos com a sua “feiura” não conseguiu assustar os ladrões pois agora estava linda. O rei da selva, o leão, ao ouvir um ruído, deu ordem aos guardas para apanharem os bandidos mas os guardas não o reconheceram como o rei e pensaram que fosse uma brincadeira. Só restavam três animais para salvar a floresta: o elefante com o seu peso e a sua força, a girafa que, com a sua altura, consegue atirar as frutas que estão no alto das árvores na cabeça dos ladrões e o macaco que, por ser magro, consegue ser rápido por entre as árvores para ir chamar ajuda. Mas que decepção!!! Por causa do Sr. Complexo, o elefante estava magro, a girafa baixinha e sem altura suficiente para alcançar as frutas, e o macaco estava tão gordo que arrebentou com o primeiro galho de árvore que pulou. Assustado, o Bruno acordou com a sua mamã a chamá-lo para ir para escola, e viu que tudo não passou de um sonho não muito bom… Daquele dia em diante, o Bruno aceitou a maneira como Deus o fizera e foi muito feliz, não dando ouvidos ao terrível Sr. Complexo. Fabrícia Colen Departamento Infantil | vivavoz 14 | Maio 2006 | Revista VivaVoz Grupo Aliança Dia 17 de Junho de 2006 Concerto Comemorativo dos 15 anos do Grupo Aliança Associação Sócio-Cultural O grupo Aliança, o mais antigo grupo adventista de Portugal comemora em 2006 os seus 15 anos de existência. Grandes experiências marcaram todos os seus componentes ao longo desta década e meia de vida. Venha festejar com eles no grande concerto comemorativo que terá lugar no grande auditório do teatro Rivoli no Porto no Sábado 17 de Junho. Os bilhetes terão o preço de €2,50. Haverá outros grupos convidados dos quais daremos noticias brevemente. Desde já o VV pode adiantar que o coro nacional da juventude adventista marcará presença naquele que certamente será o maior concerto de música adventista do ano. Culinária Fogazza Ingredientes do recheio macia. Estique e corte em círculos. Coloque o recheio e enrole, apertando levemente. - 3 tomates; - Cebola; - 3 Dentes de alho; -1/2 Tofu; -Orégãos; -Sal; -Azeite Preparo: Corte o tomate , a cebola e o tofu em cubinhos e tempere com o alho amassado, azeite, sal e orégãos Ingredientes da Massa -1 Chávena de farinha de trigo integral; -2 Chávenas de farinha de trigo sem fermento; -1/2 Chávena de germe de trigo; -6 Colheres de sopa de óleo; -2 Colheres de sopa de lecitina de soja; -40 g de fermento biológico; - Agua ou leite de soja morno Tarte rápida de Maçã Ingredientes: -2 Colheres sopa de sumo limão; -6 Maças coradas em fatias finas; -1 Chávena de açúcar mascavado; -1 Chávena de farinha trigo comum; -1/2 Chávena de farinha de trigo integral fina; -1 Colher de chá de canela em pó; -2 Colheres de sopa de manteiga Preparo: Descascar as maças, borrifar com sumo de limão para que não escureçam. Misturar as farinhas com o açúcar, a manteiga, a canela em pó, formando uma farofa, Untar um pirex, arrumar as maçãs, salpicar ½ chávena de água, espalhar a mistura de farinha. Assar em forno médio durante 35 minutos Preparo: Misture inicialmente todos os ingredientes secos. Depois acrescente a água ou o leite de soja morno e amasse até obter uma massa bem vivavoz Revista VivaVoz | Maio 2006 | 15 O Urso Polar O A CRIAÇÃO Seu nome científico é Thalarctos maritimus da ordem dos Carnívora (carnívoro) e da família Ursidae (Ursos). O urso polar é uma das maiores espécies de urso. Alguns exemplares podem atingir cerca de 2 metros de comprimento e pesar 700 quilos. Embora pesado e maciço, move-se com facilidade na paisagem branca do Árctico. O pêlo longo e gorduroso mantém seu corpo aquecido, e a camada de gordura subcutânea é uma protecção adicional contra o frio. Bom pescador e caçador, o urso polar investe contra suas pressas na água ou em terra firme. Na água sente-se à vontade porque a gordura e o ar nos pulmões permitem que ele flutue com facilidade. Além disso, as membranas entre os dedos fazem do urso polar um nadador mais eficiente que os outros ursos: é o único que dispõe desse recurso. Paciente e esperto, o urso polar aguarda o momento em que a foca sobe a superfície para respirar. Uma enérgica patada é suficiente para 16 | Maio 2006 | Revista VivaVoz matá-la. Depois, basta puxá-la para fora da água. O urso polar acasala na primavera. No Outono, as fêmeas grávidas escavam uma toca e caem num estado semi-sonolência. Os filhotes nascem nesse abrigo, durante o inverno. A ninhada é, no máximo, de três filhotes. Estes nascem cegos e sem pêlos, e são amamentados por cerca de três meses e meio. Nadador lento (média de 4km/ h), porém excepcionalmente resistente, o urso polar pode permanecer na água durante horas. Ao nadar, ele usa apenas as patas anteriores para a propulsão. Os pêlos na planta dos pés protegem o urso polar do frio e oferecem-lhe mais firmeza ao caminhar sobre o gelo. A presa favorita do urso polar é a foca, mas ocasionalmente ele ataca a raposabranca, o boialmiscareiro e a rena. E devora peixes como o bacalhau e o salmão. Distribuição geográfica: espécie exclusiva do hemisfério norte, o urso-polar habita as regiões do Ártico (Alasca, norte do Canadá, Groenlândia, extremo norte da Europa e Sibéria). Habitat: os gelos eternos da calota polar, ilhas do oceano glacial Árctico e as costas setentrionais da América e Eurásia. cerca de 20.000. Esse número reduzido é atribuído por diversos factores - a caça de que têm sido vítimas, ao longo do tempo, e casuais naturais. O urso polar vive em grupos pequenos de três ou quatro indivíduos, e, por isso, fica mais exposto a agressões externas. A fêmea dá à luz uma vez por ano, e a cria é, no máximo, de três filhotes com dito antes, - número muito pequeno, que não favorece o aumento da espécie. Até os dois ou três primeiros anos de vida, os filhotes permanecem com a mãe, com quem aprendem a caçar e a sobreviver. Nesse período, são extremamente indefesos e presas frequentes do lobo, um de seus inimigos naturais. O urso polar goza de protecção na antiga União Soviética desde 1.956. No entanto, só em 1973 a Dinamarca, a Noruega, o Canadá, os Estados Unidos e a própria antiga União Soviética se associaram num plano internacional de preservação da espécie. A caça foi proibida em águas internacionais, mas reconheceu-se esse direito às populações indígenas (esquimós). Ficou terminantemente proibida a caça de avião, um "desporto" muito praticado por milionários norte-americanos, bem como qualquer tipo de caça motorizada. Fêmeas e filhotes gozam de protecção absoluta. Retirado www.geocities.com Revista VivaVoz | Maio 2006 | 17 Venha Servir A o olharmos para o mundo que nos cerca, ouvindo todas notícias da TV ou lendo as páginas dos jornais, ao conversarmos com amigos, sentimos a inquietação que as pessoas mostram no seus rostos. É impossível para alguém que conheça a Palavra de Deus deixar de ver com clareza e abundância de detalhes os sinais que Jesus descreveu como sendo acontecimentos dos dias que antecedem a Sua volta. É dentro desta situação que, como cristãos, sentimos dentro de nós um impulso muito forte de contar a outros o que sabemos, o impulso de advertir pessoas que ainda levam uma vida dominada pelo pecado e a vontade de acordar os que dormem enquanto ainda é tempo. Apesar deste impulso missionário ser um desejo muito natural, cheio de solidariedade humana, alguns de nós sentem-se angustiados por não saberem exactamente o que fazer, ou por pensarem que não têm capacidade para levar o Evangelho a outros. Este é um grande engano que Satanás se encarrega de fazer crescer no coração dos tímidos. Mateus 28:18-20 "Jesus, aproximando-se, falou-lhes dizendo: Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra. Ide, portanto, fazei discí18 | Maio 2006 | Revista VivaVoz pulos de todas as nações, baptizandos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século." Se cada cristão não pudesse ser capacitado para a missão de ser testemunha de Jesus, então por que Cristo teria ordenado aos Seus seguidores que fizessem discípulos de todas as nações? Se todos podem testemunhar, mas nem todos o fazem, então qual é o segredo dos que conseguem? Mateus 7:7 diz o seguinte: "PEDI, E DAR-SE-VOS-Á; BUSCAI, E ACHAREIS; BATEI, E ABRIR-SE-VOS-Á." "POIS TODO O QUE PEDE, RECEBE; O QUE BUSCA, ENCONTRA; E A QUEM BATE, ABRIRSELHEÁ." Actos 1:8 "MAS RECEBEREIS PODER, AO DESCER SOBRE VÓS O ESPÍRITO SANTO, E SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS TANTO EM JERUSALÉM, COMO EM TODA A JUDÉIA E SAMARIA, E ATÉ OS CONFINS DA TERRA." Eis o testemunho de homens que um dia ouviram e receberam o chamado de Deus nas suas vidas! Pr. José Carlos Costa Aos 7 anos de idade entrei pela 1ª vez numa igreja católica e a partir daí ia todos os domingos s missa. Quando tinha 14 anos encontrei uma senhora que me disse o seguinte: “José Carlos Jesus Ama-te!”. Tais palavras despertaram em mim um grande interesse. Procurei-a então, conversamos, ela mostrou-me a Bíblia Sagrada e foi então que compreendi o porque dela me dizer aquelas palavras. O tempo passou, e comecei a frequentar a igreja Adventista do 7º dia! Encontrei muita resistência por parte dos meus pais, principalmente o meu pai, até que um dia decidi entregar a minha vida a Jesus Cristo, baptizando-me quando tinha então 22 anos de idade! Era mecânico de automóveis e acontecia que queria tomar a decisão de me tornar num adventista do 7º dia, mas não tinha a possibilidade de observar e guardar o dia de sábado, o Santo dia do Senhor! Um dia enquanto saia da oficina para experimentar um carro parei e comecei a vaguear pela cidade da Figueira da Foz e interrogando-me, orando em voz alta pedindo ajuda a Deus e foi então que me apareceu uma senhora que não conhecia que me disse o seguinte: José Carlos porque não vais fazer colportagem?”. Senti algo de estranho dentro de mim e respondi “È exactamente isso q vou fazer!” Baptizei-me e na semana seguinte fui colportar e a partir daí Deus começou a conduzir a minha vida de uma forma mais especial ainda. Pensava em ser colportor o resto da minha vida até que um dia o Pr. Ernesto Ferreira chegou junto de mim e disse” Gostávamos muito que fosse pastor e quem sabe um dia mais tarde dirigira obra das publicações?!” Senti então o chamado e decidi estudar teologia tornando-me então pastor da igreja Adventista do 7º dia. Fui então pastor de diversas igrejas e departamental dos jovens durante 10 anos, o que foi uma das mais belas experiências no meu ministério. O maior privilégio que é concedido ao ser humano é dedicar a sua Vida a Cristo. Sinceramente parece-me que a vida não tem qualquer sentido sem essa experiência, pois é com Jesus que a vida tem sentido, tem rumo! È através dessa experiência que sabemos para onde vamos, de onde viemos e porque estamos aqui! Pr. Humberto Coimbra Tinha aproximadamente 12, 13 anos de idade, e vinha de um momento difícil da minha vida ao perder o meu pai. Tinha uma série de dúvidas e perguntas na minha cabeça e foi então que no momento deus realmente começou a actuar nomeadamente através da minha mãe que começou então a frequentar a igreja e também através de outras pessoas conhecidas. Um dia minha mãe convidou-me para ir com ela à igreja. Eu não sabendo muito Revista VivaVoz | Maio 2006 | 19 bem do que queria dizer ir à igreja aceitei o desafio e fui com ela ver o que lá faziam. Encontrei então um grupo de pessoas que tinam um brilho e uma esperança no olhar que eu desconhecia. Isso intrigou-me muito, tanto que desde desse dia nunca deixei de sentir a vontade de descobrir o que estava por trás daquela esperança que observava no olhar daquelas pessoas. Comecei a estudar a Bíblia e fui encontrando respostas as perguntas e duvidas que me iam no coração! A medida que ia estudando a Bíblia ia sentindo uma paixão cada vez maior, não pela Bíblia como livro mas por tudo aquilo que Deus era capaz de me dizer através dela! Penso que a primeira semente no meu coração que me levou a sentir a vontade de servir e trabalhar para Deus, foi o saber e sentir que devia partilhar com todas as outras pessoa tudo aquilo que tinha recebido através da Bíblia. Quando penso exactamente no momento em q eu recebi o chamado e respondi “ Sim, Senhor 20 | Maio 2006 | Revista VivaVoz Eu quero!”, não me lembro desse momento específico. Lembro-me que foi uma grande luta na medida em que senti que Deus me estava a chamar e de uma forma mais específica para o ministério para o qual me chamava, sentida então uma tremenda responsabilidade. Lembro-me também de um dia de sábado de manha sentando no banco da igreja, senti uma sensação muito estranha pois em tudo o que fazia, orar, cantar, ler a Bíblia, parecia que fazia aquilo de forma muito formal e “maquinada”. Senti então um medo muitíssimo grande! Orei e pedi a Deus que se a fé fosse mais que uma formalidade que me ajudasse a vive-la, e foi então que senti que queria viver uma experiência e o desafio de viver com Deus e para Deus, sentindo que o meu lugar não era apenas aquela formalidade! A maior certeza que tenho na minha vida é de que vale a pena dedicar toda a nossa vida a Cristo. Desde que tomei essa decisão tenho vivido muito mais do que alguma vez poderia imaginar, tanto a nível familiar, amizades, felicidade de viver, o ministério… Sinto que tudo na minha vida é dirigido por essa decisão de entregar a minha vida a Cristo! Vila Real Cerca de 14, 3 milhões de pessoas são agora membros baptizados da igreja Adventista do 7º dia em todo mundo, com um total de 25 milhões que se calcula frequentar semanalmente os cultos na igreja. Que temos feito para aumentar esse numero? Que tenho eu feito para aumentar esse numero? A melhor maneira de ligar a Terra ao Céu é trazer um pouco do Céu á Terra! “Servi uns ao outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” I S. Pedro 4:10 Sábado 4 de Março de 2006, o recém-criado Teatro Municipal de Vila Real (uma das obras referência da arquitectura contemporânea portuguesa) recebeu 3 grupos adventistas para um concerto de beneficência em favor das duas corporações de bombeiros da cidade. O Coro Nacional JA, o El Shadai e o Blessing foram os grupos convidados para este concerto de música gospel. Mais de 100 jovens entre coristas e instrumentistas encheram o palco, apresentando hinos compostos por músicos adventistas portugueses e não só. Cada um dos dois comandantes dos bombeiros de Vila Real presentes, recebeu das mãos do Pr. Humberto Coimbra um cheque no valor de 500€ sendo este o produto da venda dos bilhetes deste espectáculo. Entrevista por CRN vivavoz.adv7.com Nas palavras do Pr. Coimbra, esta iniciativa serviu não só para apoiar os bombeiros da cidade, como também para integrar a Igreja Adventista junto das várias instituições de Vila Real. Revista VivaVoz | Maio 2006 | 21 Igreja Adventista do 7º dia O logótipo da Igreja Adventista do Sétimo Dia A escolha do logótipo da Igreja reflecte os valores chaves de que a Igreja Adventista está comprometida. O fundamento é a Bíblia, a Palavra de Deus que aparece aberta pois a Sua mensagem precisa ser lida e colocada em prática. No centro da mensagem Bíblica está a Cruz e dentro da Bíblia aberta tem a chama do Espírito Santo, o mensageiro da Verdade. É nossa esperança e oração que embora este logo mostre de maneira simples o fundamento das crenças e valores Adventistas ele possa ser reconhecido como um símbolo da mensagem Adventista para o mundo. 22 | Maio 2006 | Revista VivaVoz ou o que sabemos, mas não o que somos em essência. A notoriedade positiva só é conseguida por quem for possuidor de formação, poderes e estatutos. Conferências Sobre Desenvolvimento Próprio 8 Noites, 8 Temas 1 – Introdução Vivemos numa sociedade complexa, exigente e contraditória, com todas as consequências positivas e negativas daí resultantes. A despeito de toda a positividade proveniente das magníficas progressões tecnológicas, económicofinanceiras e científicas nas suas mais diversas formas de expressão, é indesmentível que a percentagem da população portuguesa em regime de alienação do mundo que nos rodeia tem aumentado de tal forma, que hoje é extremamente fácil encontrarmos pessoas em situações de desespero, angústia e depressão. Os últimos dados científicos, no âmbito da psicossociologia sobre o desenvolvimento próprio, têm demonstrado que tais situações se devem aos significativos aumentos da indiferença social sobre o valor da vida humana. Hoje em dia valemos o que temos O objectivo de formar máquinas humanas para alcançar grandes resultados económico-financeiros, tem promovido o individualismo e o desaparecimento de relacionamentos calorosos e afáveis sustentadores de vidas úteis à sociedade. As percentagens de pessoas com baixíssima auto-estima e auto-realização tem aumentado significativamente, assim como os índices de solidão. O sentido da nossa vida e do nosso valor enquanto homens e mulheres com sentimentos e emoções está a ser preterido, aumentando os índices de pessoas com desvarios do foro mental e emocional. É imprescindível que as pessoas saibam e aprendam que para tudo existe uma saída; um grito de vitória para uma vida positiva. Uma atitude de equilíbrio mental é um factor essencial à saúde de todos nós. Por conseguinte, a Associação União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia de Portugal (AUPASD) deseja envidar arrojados esforços com o objectivo de combater o flagelo da desumanização da sociedade portuguesa. O posicionamento estratégico circunscreve-se, na generalidade, no fortalecimento da saúde relacional e particularmente reflectindo para os incrementos dos índices de saúde mental e emocional. Uma das medidas, que desde Revista VivaVoz | Maio 2006 | 23 2004, a AUPASD tem desenvolvido consiste na apresentação de conferências sobre desenvolvimento próprio, intituladas “A PROCURA HUMANA DO SENTIDO DA VIDA”. 2 – Síntese dos objectivos Os comportamentos gerais esperados que os participantes exibam no final desta série de conferências são os seguintes: Recuperar o verdadeiro sentido e significado das suas vidas. Prevenir primariamente o aparecimento de disfunções mentais e emocionais mediante a mudança paulatina, sustentada e sistemática dos seus padrões comportamentais. 3 – Desenvolvimento do objectivo principal Fisiologicamente, o cultivo de pensamentos e emoções negativos condiciona por si só o aparecimento de doenças do foro psicossomático. Por isso, esta série de conferências ao pretender que os participantes recuperem o sentido e significado das suas vidas, almeja que estes decidam o seguinte: Olhar a vida e os outros de uma forma positiva, dando um novo significado e conteúdo às áreas da sua vida que até então não possuíam a menor beleza ou sentido Levar as coisas com tranquilidade; não se angustiar; não guardar ressentimentos contra os outros ou contra si mesmo e sorrir confiante perante os problemas da vida. Valorizar as relações com os amigos e família e não apenas com o 24 | Maio 2006 | Revista VivaVoz trabalho. 4 – Sinopse da população abrangida Embora os temas das conferências procurem atingir todas as pessoas, o alvo preferencial pode encontrar-se na faixa etária que varia entre os 18-20 e os 55-65 anos, tendo em conta as características, o estilo de vida, os projectos pessoais e outras iniciativas que marcam decisivamente as diversas fases deste período da vida humana. Há um espaço para as crianças entre os 5 e 12 anos de idade que funcionará em regime de oficinas diversas. 5 – Biografia do conferencista Conferencista: Paulo Renato Fernandes Garrochinho Nascimento: 3 de Novembro de 1962 Data do casamento: 28 de Agosto de 1988 Formação académica: •Diploma de Estudos Superiores em Teologia, Faculdade Adventista de Teologia, 1989, França. •Licenciatura em Teologia, Universidade Católica de Lisboa, 2001. •Mestrado em Ciências Religiosas, especialidade - Bioética Teológica, Universidade Católica do Porto, 2005. Doutorando em Teologia, especialidade – Teologia Sistemática, Universidade Católica do Porto. Actividade Profissional: •1989-1992: Igrejas do Sotavento Algarvio: Faro, Tavira, Vila Real de S. António e S. Brás. •1992-1998: Igrejas de Oliveira do Douro, Matosinhos e Vila Nova de Gaia (1 ano). •1998-2002: Igrejas de Caldas da Rainha, Rio Maior, Cadaval e Peniche (1 ano). 2002 Até ao presente: Igreja do Porto, Departamento da Escola Sabatina e Ministério Pessoal. 6 – Temas das conferências 03/06/06 1º Tema – Início das conferências: O Verdadeiro 04/06/06 Sentido da Vida 2º Tema: Um toque especial 05/06/06 3º Tema: Um poder que transforma e eleva 06/06/06 4º Tema: Encontrar Deus através do sofrimento 07/06/06 5º Tema: Felizes os que choram 08/06/06 6º Tema: O inútil 09/06/06 7º Tema: Cânticos da noite 10/06/06 8º Tema – Fim das conferências: Quando vos disserem que há paz e segurança Álvaro Ribeiro Órgão de Relações Publicas Revista VivaVoz | Maio 2006 | 25 SAUDE E TEMPERANÇA Leis da Nutrição Dentre todas as necessidades fisiológica do ser humano, não há nenhuma outra que fornaça tanto prazer e mantenha o corpo em condições tão favoráveis de trabalho como a boa alimentação. Nada pode substituir o desejo de receber dos alimentos algo que possa superar a sensação da fome. Isso não acontece por acaso. Será que existem outras motivações que possam ser consideradas mais importantes na relação das necessidades básicas do homem? È obvio que não. Mas o ser humano pelo facto de não compreender correctamente as leias da nutrição qualidade, quantidade, harmonia e adequação estabeleceu infinitas divisões e várias pseudo conclusões no quadro alimentar da mais completa e complexa ciência terapêutica a Trofoterapia. A trofoterapia é formada etimologicamente pela união do prefixo grego TROFO que significa alimentação ou nutrição; e do sufixo TERAPIA que significa tratamento. Fica então 26 | Maio 2006 | Revista VivaVoz defendido o termo: tratamentos pela alimentação. No entanto muito mias que a justaposição de dois termos linguísticos é o que ela consegue realizar no combate a s doenças quando o seu leme é sabiamente dirigido e os seus conceitos básico são plenamente respeitados. Mas deixemos esta Ciência para uma próxima edição e analisemos as 4 leis da Nutrição: Qualidade Com a estrutura capitalista existente actualmente no mundo comprar alimentos mais baratos é o objectivo de muitos, mas não devemos trocar a qualidade pelo preço. Quando usamos alimentos em condições impróprias ou mal preparados, aparecem no nosso corpo resíduos tóxicos provenientes de fermentações e putrefacções que empobrecem o sangue e promovem doenças e febres intestinais. Consequentemente, dáse a formação de ambiente propicio ao desenvolvimento de grupos parasitários. Quantidade- Ao comermos de mais , ou seja ao ultrapassarmos o limite individual de necessidades nutricionais sobrecarregamos os nossos órgãos digestivos e produzimos neles um aumento da circulação sanguínea. Isso os debilita, inutilizando-os para as relevantes funções digestivas a que foram pré- determinadas. Embotamos também nosso cérebro centro informático de todas a s funções orgânicas e o fígado que, em conjunto com as demais glândulas, é o principal responsável pela produção laboratorial do organismo. Além disso, outro aspecto nutricional pode ser considerado: ainda que comamos pouco de um determinado alimento de nossa preferência, mas o comemos todos os dias, estamos transgredindo esta lei da mesma forma que as pessoas acostumadas a comer quantidades exageradas de alimentos a transgridem. Por exemplo: se ingerimos arroz com feijão todos os dias, durante certo período, a sua absorção pelo organismos não será tão eficiente, devido fenómenos metabólicos resultantes da falta de variação alimentar Harmonia- Esta terceira lei é também chamada de compatibilidade alimentar. È essencialmente importante à boa saúde, pois vários são os alimentos que não combinam entre si quando ingeridos em uma mesma refeição. Tais misturas produzem dispepsias gástricas, reacções fermentativas e desarranjos intestinais. Por exemplo: ao misturarmos numa refeição frutas com hortaliças associam-se no nosso aparelho digestivo enzimas e ácidos incompatíveis a, que impedem a digestão e a absorção dos nutrientes contidos nesses alimentos, dificultando todo o processo de assimilação. Deste modo, afirmamos terminantemente: frutas não combinam, ou melhor, não se harmonizam com hortaliças. Adequação- Esta norma dietética refere-se ao uso dos alimentos de acordo com a região produtora e o períodos da safra. Ou melhor é necessário que se conheça o mínimo das características técnicas relacionadas ao solo que os produziu, bem como as condições climáticas de produção. As actividades mentais e físicas dos indivíduos também devem ser consideradas. Por exemplo: No Brasil é muito comum comerem alimentos oleaginosos - nozes, castanhas, amêndoas, etc.- em certas épocas quentes do ano, porque na televisão e em revistas mostram os europeus a comer esses alimentos em pleno rigor do Inverno. Isto é um exemplo de falta de adequação alimentar. Muitas vezes não nos contentamos somente em transgredir esta lei nutricional, e exageramos na quantidade, violando também a segunda norma. Outro factor ligado também interligado à adequação é o uso indiscriminado de alimentos, mesmo saudáveis sem consideração para com os tipos de actividades profissionais desenvolvidas pelos indivíduos. As substancia alimentares podem e devem adaptar-se as necessidades orgânica de cada um. Livro VIVA MELHOR Luíz Carlos Costa Revista VivaVoz | Maio 2006 | 27 28 | Maio 2006 | Revista VivaVoz