A Semana em Revista
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Consumo mais forte nos EUA

Dados mais fortes de atividade e menor incerteza fiscal nos EUA
Caio Megale

Crescimento chinês mostrou leve moderação em novembro
Fernando Barbosa

No Brasil, PIB mensal Itaú Unibanco cresceu 0,3% em outubro

Congresso do México aprova reforma do setor energético
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Vendas no varejo nos EUA revelam consumo mais sólido
As vendas no varejo nos EUA avançaram sólidos 0,7% em novembro, acima das
expectativas do mercado. O crescimento foi disseminado entre os setores do
varejo, e houve ainda revisão para cima dos números dos meses anteriores. O
resultado nos levou a revisar a estimativa de consumo no quarto trimestre
anualizado de 2,5% para 2,8%, um bom ritmo para a economia norte-americana
(Gráfico 1). Com isso, nossa estimativa para o PIB do quarto trimestre anualizado
passou de 1,1% para 1,7%.
8
Gráfico 1 - EUA: Consumo das
famílias
%
6
4
2
0
Em evento paralelo, republicanos e democratas avançaram nas discussões no
Congresso sobre projeto de lei orçamentária do governo federal relativo a 2014-15.
Um projeto de lei deve ser votado nos próximos dias. Se aprovar o orçamento, o
Congresso elimina o risco de nova paralização do governo federal em janeiro de
2014. Ainda restará, no entanto, a necessidade de elevar o limite do teto da dívida
até o fim do primeiro trimestre do ano que vem.
Var. trimestral
anualizada
-2
-4
-6
dez-02
ago-06
abr-10
dez-13
Fonte: BEA
Com sinais adicionais de solidez da recuperação econômica e menor incerteza
fiscal, esperamos que o Fed (banco central norte-americano) inicie a
desaceleração dos estímulos monetários em janeiro do ano que vem. A
possiblidade da redução dos estímulos ocorrer já na reunião de dezembro, na
semana que vem, não está descartada.
Gráfico 2 - China: Produção
industrial
Crescimento segue favorável na China, ainda que com leve moderação
25%
A China segue mostrando sinais de que quer reestruturar a economia, mas sem
grandes sobressaltos no curto prazo. A produção industrial cresceu 10% em
novembro comparado ao mesmo mês de 2012, uma leve desaceleração em
relação aos meses anteriores. Na mesma linha, os investimentos urbanos
passaram de 20,1% em outubro para 19,9% em novembro. Já as vendas no varejo
cresceram 11,6% em termos reais na comparação anual, ante 11,2% em outubro
(Gráfico 2).
O governo da China iniciou a conferência em que planeja as políticas econômicas
para 2014. A principal discussão deve ser a meta de crescimento para o próximo
ano. A meta de 2013 foi de 7,5%, mas uma redução para 7,0% também está sendo
considerada pelo mercado.
Esperamos crescimento de 7,7% em 2013,
desacelerando para 7,3% em 2014.
variação ano contra ano
20%
15%
10%
5%
0%
fev-08
Início de quarto trimestre fraco na Europa
A produção industrial na zona do euro recuou 1,1% em outubro, em linha com os
dados de atividade mais fracos divulgados recentemente. O declínio no início do
A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Os investidores
não devem considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento.
jul-09
dez-10
Fonte: NBS e Itaú
mai-12
out-13
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quarto trimestre aumenta as chances de crescimento abaixo das nossas
expectativas no período final do ano. Entretanto, as pesquisas com empresários
indicam recuperação da produção industrial para os próximos meses.
Gráfico 3 - Brasil: Vendas no
varejo
Vendas no varejo no Brasil mostra sinais de acomodação
As vendas no varejo restrito (que excluem os itens voláteis de veículos e materiais
de construção) cresceram 0,2% em outubro, menos do que o esperado por nós e
pelo mercado (0,5%). A expansão mais moderada do que em setembro, mês em
que já havia surpreendido para baixo, reforça o cenário de que as vendas até
então cresciam a um ritmo superior ao explicado pelos fundamentos de médio
prazo (Gráfico 3). Esperamos que os dados de novembro reforcem ainda mais
esse cenário. Já o varejo ampliado mostrou alta taxa de crescimento entre
setembro e outubro por causa do crescimento de 6,2% nas vendas de veículos no
mês, depois de uma queda de 5,2% no mês anterior. Para novembro, os primeiros
sinais apontam para ligeira queda na margem tanto do varejo restrito quanto do
ampliado.
120
índice real com ajuste sazonal
(2011=100)
115
110
105
restrito
ampliado*
100
95
out-11
*inclui veículos e
material de construção
abr-12
out-12
abr-13
out-13
Fonte: IBGE e Itaú
PIB mensal Itaú Unibanco cresceu 0,3% em outubro
Com o resultado das vendas no varejo, fechamos nosso cálculo do PIB mensal Itaú
Unibanco (PIBIU), que cresceu em outubro, com destaque para a expansão mais
disseminada do que em meses anteriores. O comércio e a indústria de
transformação lideraram a alta. Do lado negativo, destaca-se o ligeiro recuo da
agropecuária. Para novembro, os primeiros indicadores disponíveis apontam para
recuo da produção industrial e ligeira queda das vendas no comércio. Nesse
cenário, o PIB mensal ainda deve avançar, mas em ritmo mais lento. Esses
indicadores são compatíveis com o nosso cenário de expansão do PIB em torno de
0,6% no quarto trimestre deste ano (Gráfico 4).
Gráfico 4 - Brasil: PIB mensal
Itaú Unibanco
6%
variação ante
trimestre anterior,
com ajuste sazonal
4%
2%
0%
-2%
PIB
PIBIU
-4%
Congresso do México aprova reforma do setor energético
O Congresso mexicano aprovou uma nova lei de energia, que acaba com o
monopólio estatal do petróleo no país. A lei teve forte oposição do PRD, partido
mais à esquerda, que faz oposição ao governo do presidente Enrique Peña Nieto.
A nova lei ainda precisa ser votada em assembleias estaduais, mas essa etapa é
considerada uma formalidade. A expectativa é de que o presidente assine a
reforma no primeiro trimestre do ano que vem.
A reforma abre o mercado de exploração de petróleo para investimentos privados.
Acreditamos que a medida aumentará o crescimento potencial do México, atrairá
fluxos de investimentos internacionais e dará maior sustentabilidade às finanças
públicas do país. A reforma vem contribuindo ainda para a redução da percepção
de risco da economia mexicana (Gráfico 5).
-6%
4T-04 2T-06 4T-07 2T-09 4T-10 2T-12 agoout
Fonte: IBGE, Itaú
Gráfico 5 - Risco País (CDS)
240
CDS de 5 anos
210
Brasil
Colômbia
México
180
150
120
Fitch melhora classificação de risco da Colômbia
A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a nota da dívida soberana
da Colômbia de BBB- para BBB, com perspectiva estável. A Fitch citou a melhora
nas contas externas, a dinâmica positiva da dívida do governo e a consistência e
credibilidade das políticas nacionais.
Destaques da próxima semana
O principal evento da semana será a reunião do comitê de política monetária do
banco central norte-americano, que termina na quarta-feira. A produção industrial
no país será divulgada na segunda-feira e o resultado final do PIB do terceiro
Itaú
2
90
60
out-12
jan-13
abr-13
jul-13
Fonte: Bloomberg
out-13
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trimestre na sexta-feira.
No Brasil, conheceremos os dados de emprego e do setor externo de novembro na
quinta-feira. Ainda durante a semana pode ser divulgado o Relatório Trimestral de
Inflação (RI) do Banco Central (a data ainda não foi divulgada pela instituição).
Pesquisa macroeconômica – Itaú
Ilan Goldfajn – Economista-Chefe
Para acessar nossas publicações e projeções visite nosso site:
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