EDUCAÇÃO AMBIENTAL
NÃO - FORMAL
Definições:
Educação Ambiental não - formal: pode ser
definida como as ações e práticas educativas
voltadas à sensibilização da coletividade sobre
as questões ambientais e à sua organização na
defesa da qualidade do meio ambiente - Lei n0
9795 de 27/04/1999.
Por educação ambiental formal entende-se o
tipo de educação organizada com uma
determinada seqüência e proporcionada
pelas escolas, enquanto que a designação
educação informal abrange todas as
possibilidades educativas no decurso da vida
do indivíduo, constituindo um processo
permanente e não organizado.
A educação não - formal, embora obedeça
também a uma estrutura e a uma organização
e possa levar a uma certificação, diverge ainda
da educação formal no que respeita à não
fixação de tempos e locais e à flexibilidade na
adaptação dos conteúdos de aprendizagem a
cada grupo concreto.
Afonso A.J., 1989, citado por Simson et al
2001.
2 - Considerações fundamentais:
A Educação Ambiental não - formal não
indica que não exista uma formalidade e
espaço educacional, ambas devem estar
presentes, porém diferente da escola
tradicional.
Segundo Simson 2001, restritamente o
termo diz respeito às instituições,
associações, organizações e grupos que
trabalham com a Educação.
Em Educação Ambiental não - formal, o
compromisso educacional é focado em
assuntos considerados importantes pelos
envolvidos com a questão.
A transmissão do conhecimento deve
acontecer de forma não obrigatória sem a
existência de mecanismo de repreensão
em caso de não aprendizado.
As atividades precisam ser vivenciadas com
prazer, permitindo o improviso, possibilitando a
troca de experiências e formação de grupos.
A Educação Ambiental não - formal deve ter
como princípio funcionar como espaço e
vivência social, reforçando o coletivo e
estabelecendo laços de afetividade com a
causa.
O
educador
deve
atuar
como
facilitador/animador/organizador, buscando
propiciar oportunidades para refletir sobre
atitudes, posturas em relação às causas
ambientais, possibilitando caminhos para a
transformação social.
- A Educação Ambiental não - formal deve
possibilitar condições para os atores
participarem
da
mudança
social,
interferindo na história por meio da reflexão
e transformação.
Segundo Simson, 2001, os espaços da
Educação não - formal deverão ser
desenvolvidos seguindo alguns princípios
como:
- apresentar caráter “voluntário”
- proporcionar elementos para socialização
e solidariedade
- visar ao desenvolvimento social
- evitar formalidades e hierarquias
- favorecer a participação coletiva
- proporcionar a investigação
- proporcionar a participação de forma
descentralizada.
Pontos fundamentais para ações
afetivas:
- considerar os desejos e anseios das
pessoas
- estudar a realidade do local/comunidade
- buscar integração de características
atuais e futuras
- propostas com ações planejadas.
ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA
FRENTE ÀS QUESTÕES
AMBIENTAIS
QUESTÕES AMBIENTAIS
SISTEMA AMBIENTAL
DINÂMICA AMBIENTAL
MEIO FÍSICO
MEIO BIÓTICO
MEIO ANTRÓPICO
O AMBIENTE ANTRÓPICO
- escola
- saúde
- lazer
- segurança
- trabalho
- moradia
- transporte
- poluição visual
- lixo
O homem e a sociedade
- FAUNA
O AMBIENTE BIÓTICO
- animais
- animais domésticos
- animais silvestres
- insetos e outros
- microorganismos patogênicos
- FLORA
- fragmentos florestais
- arborização urbana
- vegetação ciliar
- áreas de parques e jardins
- florestas exóticas
- microorganismos patogênicos
- plantas agrícolas
O homem, as
plantas, os animais e
microorganismos
O AMBIENTE FÍSICO
- SOLO
- uso e ocupação
- encostas
- impermeabilização
- agricultura
- poluição
- ÁGUA
- consumo humano
- consumo industrial
- consumo agrícola
- mananciais
- chuvas
torrenciais
ácidas
- poluição
- O AR
- temperatura
aquecimento
global
frio
- umidade relativa
- ventos
- poluição
- SOM
- poluição sonora
- LUZ
- poluição luminosa
Participação como princípio mediador da Gestão
Ambiental
As questões ambientais muito mais do que técnicas são questões políticas
A participação necessariamente tem que ser constituída entre os setores público, privado
e organizações de interesse (terceiro setor “ONG’s”)
Necessariamente tem que:
- Rever os objetivos e estratégias do desenvolvimento local
- Contabilizar o planejamento e o mercado
- Criar alternativas com visão do conjunto de problemas
Permitir aos indivíduos clara consciência da realidade
“ Nas questões ambientais a comunidade não pode esperar só uma ação governamental,
pois se ela não vier temos um agravamento ou um impacto”
Elementos para êxito da Organização comunitária
A- Organização Social
B- Capacitação
C- Participação Consciente
D- Responsabilização
A) Organização Social
- Grupos de interesse comum
- Igrejas, Sociedade beneficentes, Clubes, Sindicatos, ONGs, etc
- Mecanismos para ampliação da representação ambiental nas áreas especificas
de atuação
- Organizações sociais como indicador de políticas ambientais
B) Capacitação
- Passo inicial para um trabalho eficiente e qualificado
- Entendimento da questão ambiental como um impacto que é pontual,
espacial e temporal
- Aperfeiçoamento de técnicas para o trabalho participativo e para elaboração
de planos estratégicos
- Aplicação de técnicas como “Oficinas de Gestão” com aprendizado
interativo “Aprender Fazendo”
C) Participação e Conscientização
- No âmbito da organização social a leitura e compreensão da sua
realidade ambiental
- Entendimento dos efeitos ambientais de existência humana local
- Formulação de propostas para ultrapassagem do cotidiano da
própria comunidade
- Busca da auto-gestão, co-gestão democrática do desenvolvimento
ambiental
D) Responsabilização
- Como princípio de resgate da formação humana
- Como forma de repartir o poder
- Significa tomada de decisão consciente para melhorias ambientais
- Convênios e propostas com papel definitivo na realização da propostas
Construção da Cidadania Ambiental
Plano Estratégico de Desenvolvimento Ambiental
3 Elementos Básicos
Diagnostico
Ambiental
Analise de
Cenários
Futuros
Programas
Operacionais
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