STV ➢ ➢ ➢ 3 SET 2008 1 DISTORÇÕES DO QUADRO uma vez que a informação da imagem é reproduzida sobre as linhas de varredura, as distorções do quadro também estarão na imagem para se obter uma boa imagem são necessários: um quadro retangular, de proporções corretas de comprimento e altura uma deflexão uniforme RELAÇÃO DE ASPECTO INCORRETA dois casos de distorção de quadro estão ilustrados na figura na figura (a), o quadro não está largo o suficiente para a sua altura, comparado com a relação de aspecto de 4:3 utilizada no tubo da câmera exemplo de efeito na aparência: pessoas na imagem parecerão muito altas e muito magras • a aparência sofre da mesma distorção geométrica do quadro • este quadro precisa de mais largura na figura (b), o quadro não está alto o suficiente para o seu comprimento no exemplo anterior: as pessoas na imagem parecerão muito baixas este quadro necessita de mais altura ➢ DISTORÇÕES EM BARRIL E EM ALMOFADA se a deflexão não for uniforme nas bordas do quadro, comparada com seu centro, o quadro não terá bordas retas na figura (a) acima as linhas de varredura curvadas para dentro ilustram este efeito, chamado de distorção em almofada na figura (b) acima a distorção em barril é mostrada a distorção em almofada é um problema nos tubos de imagem, CRT, com grandes telas como a face frontal é quase plana, a distância do ponto de deflexão para os cantos da tela será grande o feixe de elétrons tende a ser mais defletido mais nos cantos do que no centro, o que dará um quadro com os cantos "esticados" a distorção em almofadas pode ser corrigida por um campo magnético de compensação • pequenos magnetos permanentes serão montados na unidade defletora de tubos de imagem monocromáticos • em tubos de imagem em cores, a corrente de deflexão é modificada por circuitos de correção STV ➢ ➢ 3 SET 2008 2 DISTORÇÃO TRAPEZOIDAL na figura abaixo as linhas de varredura serão maiores no topo do que embaixo ➢ ➢ este quadro terá a forma de um trapézio um trapézio possui duas bordas opostas não paralelas a causa é uma deflexão assimétrica, da esquerda para a direita, como na figura (a) ou do topo para baixo, como na figura (b) nos tubos de imagem, CRT, a simetria de varredura é dada pelas bobinas balanceadas na unidade defletora o problema do quadro trapezoidal é causado por um circuito defletor defeituoso ➢ ➢ VARREDURA NÃO-LINEAR a forma de onda dente de serra com sua elevação linear para o tempo do traço produz a varredura linear, já que faz com que o feixe se mova com velocidade constante com varredura não-linear, o feixe se move ou muito devagar ou muito rápido em certo trecho no trecho que o ponto de varredura se mover mais devagar no receptor, comparado com a varredura no tubo da câmera, então a informação de imagem é comprimida no trecho que a varredura for mais rápida, então a informação da imagem reproduzida é espalhada geralmente, a varredura não-linear cria ambos os efeitos nos terminais opostos do quadro ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ a varredura não-linear está ilustrada na figura acima para uma lista horizontal com elementos de imagem espalhados à esquerda e comprimidos à direita quando o mesmo efeito ocorrer para todas as linhas horizontais no quadro, a imagem inteira estará espalhada à esquerda e comprimida do lado direito o movimento de varredura vertical também deve ser uniforme, caso contrário as linhas horizontais ficam comprimidas no topo ou embaixo do quadro, e ficam espalhadas no lado oposto este efeito está ilustrado na figura abaixo com um espalhamento no topo e uma compressão embaixo ➢ ➢ a não-linearidade da varredura é causada pela distorção em amplitude da forma de onda dente de serra nos circuitos amplificadores de deflexão STV ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ 3 SET 2008 3 VARREDURA COM MAU ENTRELAÇAMENTO em cada campo, o traço vertical deve começar exatamente na metade da linha de início do campo anterior para que ocorra o entrelaçamento das linhas ímpares se o movimento para baixo for deslocado um pouco de sua posição correta, o feixe começa a varrer muito próximo das linhas do campo anterior, em lugar de varrer exatamente entre as linhas esta posição inicial incorreta produz um deslocamento vertical entre as linhas ímpares e pares que é transmitido através do quadro inteiro resultado: os pares de linhas ficam muito próximos, e há um espaço extra entre eles vê-se um espaço entre pares de linhas brancas de varredura este efeito na varredura entrelaçada é chamado de emparelhamento de linhas no caso extremo, as linhas em cada campo sucessivo são varridas exatamente sobre as linhas de campo anteriores, ou seja, o quadro passa a conter somente metade do número usual de linhas horizontais quando a imagem tem apenas linhas diagonais como parte da imagem, a varredura com mau entrelaçamento faz aparecer uma composição ondulada no efeito denominado moiré mostrado nas figuras abaixo ➢ padrão de teste da NBC ➢ famoso "Indian Head", RCA, 1939 ➢ ➢ ➢ ➢ este efeito, também chamado de rabo de peixe, é mais evidente na informação de imagens diagonais, já que o entrelaçamento varia em quadros sucessivos a varredura com mau entrelaçamento é causada por um erro de sincronização vertical embora o período de um campo seja (1/60) s, que é um tempo relativamente longo, a varredura vertical no campo todo deve ser sincronizada muito mais exatamente para se obter um bom entrelaçamento se a varredura vertical estiver deslocada no tempo de 0,25 µs para um campo, comparado com o próximo, então os campos entrelaçados estão deslocados de uma distância equivalente a um elemento de imagem PULSOS DE SINCRONISMO no receptor de televisão por exemplo: tubo de imagem, CRT o feixe de varredura deve reproduzir os elementos de imagem em cada linha horizontal com a STV 3 SET 2008 4 mesma posição da imagem da câmera o feixe, como também varre verticalmente, deve garantir que linhas de varredura sucessivas na tela do tubo de imagem apresentem os mesmos elementos de imagem das linhas correspondentes da câmera um pulso de sincronismo horizontal é transmitido para cada linha horizontal, para manter a varredura horizontal sincronizada um pulso de sincronismo vertical é transmitido para cada campo, para sincronizar o movimento de varredura vertical os pulsos de sincronismo horizontal possuem uma freqüência de 15.750 Hz, e a freqüência dos pulsos de sincronismo vertical é de 60 Hz os pulsos de sincronismo são parte do sinal de vídeo, mas ocorrem durante o período de apagamento, quando nenhuma informação de imagem é transmitida isto é possível porque os pulsos de sincronismo começam no retraço, horizontal ou vertical, e assim ocorrem durante o tempo de apagamento os sinais de sincronização são combinados de tal modo que parte da amplitude do sinal de vídeo é utilizada para os pulsos de sincronismo e o restante é utilizado para o sinal da câmera a forma dos pulsos de sincronismo está ilustrada na figura abaixo ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ ➢ note que todos os pulsos possuem a mesma amplitude mas diferem na largura do pulso ou na forma de onda os pulsos de sincronismo mostrados incluem, da esquerda pata a direita: três pulsos horizontais um grupo de seis pulsos de equalização um pulso vertical serrilhado seis pulsos de equalização adicionais, que são seguidos por mais três pulsos horizontais há muitos pulsos horizontais adicionais após o último mostrado, sucedendo-se com a freqüência horizontal, até que os pulsos de equalização voltem a aparecer no início do próximo campo para cada campo deve haver um pulso largo correspondente ao sincronismo vertical os serrilhados são cortes ou aberturas na amplitude do pulso cada pulso de sincronismo vertical se estende por um período igual a seis 'meias linhas', ou três linhas horizontais completas muito mais largo do que um pulso horizontal isto ocorre para dar aos pulsos verticais uma forma inteiramente diferente da forma dos pulsos horizontais • os pulsos verticais podem ser separados completamente dos pulsos horizontais no receptor uma parte do circuito de sincronismo fornece somente os sinais de sincronismo vertical, enquanto a outra fornece somente o sincronismo horizontal o serrilhado de cinco aberturas foi inserido no pulso vertical com intervalos de meia linha os pulsos de equalização também estão espaçados com meia linha de intervalo estes pulsos de meia linha servem para o sincronismo horizontal, com pulsos alternados sendo utilizados para campos pares e ímpares como os pulsos de equalização são repetidos a intervalos de meia linha, sua freqüência de repetição será de 2 x 15.750 = 31.500Hz a razão para a utilização de pulsos de equalização, contudo, está relacionada com o sincronismo vertical os pulsos de equalização dão formas de onda idênticas no sinal separado de sincronismo vertical para campos pares e ímpares, e assim uma sincronização adequada pode ser obtida para um bom entrelaçamento STV ➢ ➢ 3 SET 2008 5 os sinais de sincronismo não produzem varredura os circuitos geradores de dentes de serra serão necessários para defletir o feixe de elétrons que produz a varredura do quadro os pulsos de sincronismo situam no tempo as formas de onda dos circuitos de varredura permitem a reprodução da informação da imagem no quadro, na posição correta sem sincronismo vertical, a imagem reproduzida no quadro poderia rolar para cima ou para baixo na tela ➢ a razão é que quadros sucessivos não são neste caso sobrepostos uns sobre os outros a barra preta transversal na imagem na figura anterior corresponde ao apagamento vertical, que normalmente está embaixo ou no topo da imagem, fora da tela sem sincronismo horizontal, a imagem será impelida para a esquerda ou para a direita, e então a estrutura das linhas é quebrada em segmentos diagonais da imagem os grupos de linhas horizontais resultam de um circuito CAF (controle automático de freqüência) que é utilizado no sincronismo horizontal as barras diagonais pretas na figura são parte das barras de apagamento normalmente localizadas nos lados da imagem fora da tela ➢ FREQÜÊNCIAS DE VARREDURA, SINCRONISMO E APAGAMENTO STV 3 SET 2008 6 ➢ os pulsos de apagamento e sincronismo sempre possuem simultaneidade com o início da varredura esses valores estão resumidos na tabela acima ➢ na deflexão vertical, a forma de onda dente de serra de varredura possui uma freqüência de 60 Hz porque este valor é determinado pelos pulsos de sincronismo V que se repetem a cada (1/60) s o retraço vertical é apagado porque é gatilhado pelo pulso de sincronismo V durante o tempo do pulso de apagamento V na deflexão horizontal, a forma de onda dente de serra da varredura possui uma freqüência de 15.750 Hz, pois este será o valor da freqüência de repetição dos pulsos de sincronismo H o retraço H é apagado porque ocorre durante o apagamento H ➢ ➢ os grupos de pulsos de equalização serão repetidos a cada (1/60) s, mas cada pulso será espaçado de intervalos de meia linha com uma freqüência de 31.500 Hz estes pulsos equalizam o sincronismo vertical nos campos pares e ímpares para se obter um bom entrelaçamento não há varredura ou apagamento na freqüência do pulso de equalização de 31.500 Hz ➢ na televisão em cores a freqüência do campo V é de exatamente 59,94 Hz, e a freqüência da linha H é de 15.734,26 Hz estes valores são derivados como submúltiplos do valor exato da freqüência da subportadora de cor estas freqüências estão tão próximas de 60 a 15.750 Hz que os circuitos de deflexão V e H podem ser sincronizados mesmo se projetados para operação em 60 a 15.750 Hz, respectivamente na TV em cores, quando as freqüências de varredura V e H são um pouco deslocadas, a freqüência de sincronismo e dos pulsos de apagamento é mudada para as novas freqüências também um circuito de varredura sincronizado automaticamente se prende à freqüência dos pulsos de sincronismo ➢