UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DACEC - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO POS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM CONTROLADORIA E GESTÃO TRIBUTÁRIA VANESSA ADRIANE BARTH HARMONIZAÇÃO CONTÁBIL: TESTE DE RECUPERABILIDADE EM UMA TRANSPORTADORA (Trabalho de Conclusão de Curso) IJUÍ (RS) 2014 1 VANESSA ADRIANE BARTH HARMONIZAÇÃO CONTÁBIL: TESTE DE RECUPERABILIDADE EM UMA TRANSPORTADORA Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade de monografia, apresentado no Curso de Pós Graduação em Controladoria e Gestão Tributária da Unijuí. Professora Orientadora: Msc. Maria Margarete Baccin Brizolla IJUÍ (RS), JANEIRO/2014 2 RESUMO BARTH, Vanessa Adriane. HARMONIZAÇÃO CONTÁBIL: TESTE DE RECUPERABILIDADE EM UMA TRANSPORTADORA. 2014 79 fls. Ciências Contábeis. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul 2013. O estudo objetivou identificar se a aplicação do teste de recuperabilidade gera impactos nas demonstrações contábeis, quando aplicado na frota de caminhões de uma transportadora. Para tanto os principais tópicos de abordagem teórica pesquisados foram os princípios e normas contábeis, as principais mudanças promovidas pela Leis das S/As e as Demonstrações Contábeis obrigatórias. No sentido de atender o objetivo proposto utilizou-se como procedimentos metodológicos uma pesquisa aplicada, quantos aos objetivos classificou-se como descritiva, quanto aos procedimentos utilizou-se do estudo de caso, pesquisa bibliográfica e documental, e por fim no que se refere a abordagem do problema a mesma foi qualitativa. Os resultados encontrados neste estudo a partir do caso estudado é que a aplicação do teste de recuperabilidade gerou impactos na posição econômica das demonstrações, em razão da necessidade de ajustes feitos para identificar o valor residual o que consequentemente provocou diminuição no valor de depreciação, isto é diminuindo as despesas e o ajuste do valor recuperável que provocou um aumento nas despesas. Em suma o impacto gerado neste caso foi um aumento nos resultados e no Ativo Não Circulante, uma vez que houve uma diminuição nas despesas considerando o ajuste de depreciação e do valor recuperável. Palavras-chave: Harmonização. Teste de recuperabilidade. Valor residual. Normas contábeis. 3 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Posição dos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações Técnicas do CPC ..... 17 Quadro 2: Comparativo do Balanço Patrimonial - BP ............................................................. 22 Quadro 3: Exemplo Teste de Recuperabilidade ....................................................................... 26 Quadro 4: Estrutura do Balanço Patrimonial ............................................................................ 33 Quadro 5: Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício - DRE ............................... 34 Quadro 6: Estrutura da Demonstração do Resultado Abrangente ............................................ 35 Quadro 7: Estrutura da Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA ............. 36 Quadro 8: Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL ........... 37 Quadro 9: Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método Indireto ........................................... 38 Quadro 10: Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método Direto ........................................... 39 Quadro 11: Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado - DVA ..................................... 40 Quadro 12: Composição do Ativo Não Circulante................................................................... 47 Quadro 13: Composição Cavalos Mecânicos e Semi Reboques com Valor Residual ............. 48 Quadro 14: Lançamentos de Ajuste do Ativo .......................................................................... 48 Quadro 15: Demonstração do Resultado do Exercício ............................................................. 50 Quadro 16: Demonstração do Resultado do Exercício em Percentual ..................................... 51 Quadro 17: Fluxo de Caixa Médio ........................................................................................... 52 Quadro 18: Projeção de Fluxo de Caixa do Ano 0 ao Ano 5 ................................................... 53 Quadro 19: Valor Presente do Fluxo de Caixa ......................................................................... 53 Quadro 20: Grupos de Ativos ................................................................................................... 54 Quadro 21: Desvalorização dos Ativos .................................................................................... 54 Quadro 22: Lançamento de Ajuste de Desvalorização ............................................................. 55 Quadro 23: Cálculo da Depreciação ......................................................................................... 55 Quadro 24: Comparativo do Ativo não Circulante com o ajuste do valor recuperável............ 56 4 LISTA DE SIGLAS ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo CFC – Conselho Federal de Contabilidade CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis CRC – Conselho Regional de Contabilidade CT – Comunicado Técnico CVM – Comissão de Valores Mobiliários DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa DLPA – Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DRA – Demonstração do Resultado Abrangente DRE – Demonstração do Resultado do Exercício DUT – Documento Único de Transferência DVA – Demonstração do Valor Adicionado FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisa Contábeis, Atuariais e Financeiras IASB – International Accounting Standards Board IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil IFRS – International Financial Reporting Standards IGP-DI – Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna Impairment – Valor Recuperável de Ativos IT – Interpretações Técnicas NBC – Normas Brasileiras de Contabilidade NBC P – Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional NBC PA – Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional do Auditor Independente NBC PG – Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional Geral NBC PI – Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional do Auditor Interno NBC PP – Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional do Perito NBC T – Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica NBC TG – Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica Geral 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 7 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................................ 8 1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA.......................................................................... 8 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ................................................................................. 8 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ................................................................................................ 9 1.4 OBJETIVOS ..................................................................................................................................... 9 1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................ 9 1.4.2 Objetivos Específicos ................................................................................................................... 10 1.5 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................................... 11 2.1 RAMO DE ATIVIDADE................................................................................................................ 11 2.2 CONTABILIDADE ........................................................................................................................ 11 2.2.1 Princípios Contábeis..................................................................................................................... 12 2.2.2 Normas Brasileiras de Contabilidade ........................................................................................... 16 2.3 PRINCIPAIS MUDANÇAS PROMOVIDAS PELA LEI DAS S/A’s ........................................... 19 2.3.1 Classificação do Ativo e do Passivo............................................................................................. 21 2.3.2 Extinção do Grupo Ativo Permanente.......................................................................................... 23 2.3.3 Restrição e Extinção do subgrupo Ativo Diferido ....................................................................... 23 2.3.4 Criação do Subgrupo Intangível no grupo do Ativo Não Circulante ........................................... 24 2.3.5 Proibição da prática da reavaliação espontânea de ativos ............................................................ 24 2.3.6 Teste de Recuperabilidade ........................................................................................................... 25 2.3.7 Arrendamento mercantil financeiro (leasing)............................................................................... 26 2.3.8 Extinção do grupo Resultados de Exercícios Futuros .................................................................. 27 2.3.9 Destinação do saldo de Lucros Acumulados para S/A................................................................. 28 2.3.10 Contabilização das doações e subvenções fiscais ...................................................................... 29 2.3.11 Contabilização dos prêmios nas emissões de debêntures ........................................................... 29 6 2.3.12 Extinção da classificação das Receitas e Despesas Não Operacionais ...................................... 30 2.3.13 Ajuste a Valor Presente de elementos do Ativo e do Passivo .................................................... 30 2.4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS ................................................................ 31 2.4.1 Balanço Patrimonial ..................................................................................................................... 32 2.4.2 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE ........................................................................ 33 2.4.3 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA .................................................... 35 2.4.4 Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC.................................................................................. 37 2.4.5 Demonstração do Valor Adicionado – DVA ............................................................................... 39 2.4.6 Notas Explicativas ........................................................................................................................ 40 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................................................... 42 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................................... 42 3.2 COLETA DE DADOS .................................................................................................................... 43 3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ........................................................................... 45 4 ESTUDO APLICADO ....................................................................................................................... 46 4.1 ITENS QUE COMPÕE O ATIVO NÃO CIRCULANTE ............................................................. 46 4.2 APLICAÇÃO DO TESTE DE RECUPERABILIDADE ............................................................... 48 4.3 AJUSTES DE DESVALORIZAÇÃO E IMPACTOS GERADOS NAS DEMONSTRAÇÕES ... 54 CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 57 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 59 7 INTRODUÇÃO A contabilidade, por ser uma ciência social passou e passa por constantes mudanças, principalmente nos últimos cinco anos. E um dos grandes eventos na contabilidade nesses últimos anos foi a aprovação da Lei 11.638/07 que alterou a Lei nº 6.404/76. Depois desta grande mudança, teve outra: a medida provisória nº 449/08 que logo após se converteu na Lei nº 11.941/09 vindo complementar a Lei nº 11.638/07. Com a globalização e integração cada vez mais forte entre os diversos mercados do mundo, surge a necessidade de se adotar normas e padrões de contabilidade unificados. As Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09 buscam a harmonização das demonstrações contábeis das empresas dos mais diversos países, apresentando demonstrações que fornecem informações úteis e confiáveis a todos os usuários, satisfazendo as suas necessidades. Os padrões contábeis aplicáveis às demonstrações são emitidos pelo International Financial Reporting Standards (IFRS). No Brasil, as novas normas brasileiras de contabilidade são emitidas pelos CPCs – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Este trabalho visa estudar as principais mudanças promovidas pelas Lei das S/As e a aplicação do teste de recuperabilidade em uma empresa de transportes, que é tratado pelo CPC 01, IAS 36/ NBC TG 01, que foi aprovada pela resolução do CFC nº 1.292/10. No primeiro capítulo deste estudo, apresenta-se a definição do tema, o problema, os objetivos geral e específicos e a justificativa do tema. O Segundo capítulo apresenta o referencial teórico, onde procura entender aspectos referentes ao ramo de atividade, conceitos e importância da contabilidade, os princípios contábeis, as normas brasileiras de contabilidade, e as principais mudanças ocorridas com a nova Lei das S/A. No terceiro capítulo, é apresentada a metodologia utilizada para a realização do trabalho. Na sequencia, apresenta-se o estudo de caso, sendo o quarto capítulo do estudo, onde foi aplicado o teste de recuperabilidade nos grupos Cavalos Mecânicos e Semirreboques, que estão no grupo dos Ativos Não Circulantes da organização, verificando se há ou não a necessidade de ajustes de desvalorização, bem como os impactos gerados nas demonstrações contábeis. Por fim encontra-se a conclusão e as referências consultadas, as quais visam dar suporte teórico ao estudo aplicado. 8 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO 1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA Por muito tempo a contabilidade foi influenciada pela legislação fiscal, sendo vista e utilizada apenas para o cumprimento de determinações fiscais. Porém aos poucos ela foi ganhando uma visão mais ampla do seu papel, obtendo espaço no desempenho de funções administrativas e gerenciais, e assim tornou-se independente da contabilidade fiscal. Com globalização e o crescimento dos mercados internacionais surge a necessidade do uso de técnicas padrões, permitindo que as informações apresentadas nos demonstrativos contábeis se tornem transparentes, confiáveis e comparáveis. Para suprir essa demanda de harmonização o International Accounting Standards Board – IASB emitiu um conjunto de normas contábeis denominado International Financial Reporting Standards – IFRS. No Brasil, o órgão que regulamenta o processo de convergência é o Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC). O processo de convergência não abrange somente as empresas de capital aberto. O uso de uma única linguagem contábil pelas empresas de pequeno e médio porte é regulamentado através da resolução CFC nº 1.255/2009, que prova a NBC-TG-1000 (antiga NBC-T-19.41). O CPC emitiu o Pronunciamento Técnico CPC 01, baseado nas Normas Internacionais de Contabilidade IAS 36 e o CFC emitiu a NBC TG 01, aprovada através da Resolução nº 1.292/10, tratando sobre a redução do valor recuperável dos ativos, o qual foi aplicado no estudo de caso desse trabalho. 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO O objeto de estudo deste trabalho é uma empresa do ramo de transportes que atua no mercado há 25 anos. Iniciou atuando no transporte de líquidos e granéis, para escoar os principais produtos da região (leite e grãos). Com o passar dos anos, com uma visão de ampliação e investimentos, passou a operar também com carretas do tipo Sider, para atender os mais diferentes mercados nacionais e internacionais, para cargas palletizadas e volumosas, garantindo ao cliente maior segurança e principalmente agilidade no transporte. A empresa tem a política de renovação constante da frota de veículos e investimentos em tecnologias, que tragam avanço no que diz respeito ao transporte e logística. 9 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA A harmonização às normas internacionais de contabilidade é importante e necessário no mundo globalizado, além de trazer inúmeros benefícios para as empresas, principalmente com relação aos usuários das demonstrações. Por outro lado, esse processo exige um grande esforço no que se refere à interpretação e correta adoção das normas. O CPC emite os pronunciamentos, baseado nas normas emitidas pelo IASB, interpretando e traduzindo as normas para orientar os contadores no processo de harmonização. Considerando a importância e relevância do assunto, o tema deste trabalho é a harmonização contábil, focando no teste de recuperabilidade, que será a parte aplicada do estudo, tratado pelo CPC 01, IAS 36: O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, através do Pronunciamento Técnico CPC 01, baseado nas Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 36 (IASB) estabelece que os Ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser recuperado por uso ou por venda. Caso existam evidências claras de que Ativos serão avaliados por valor não recuperável no futuro, a entidade deverá imediatamente reconhecer a desvalorização por meio da Constituição de provisão para perdas. (IUDÍCIBUS; MARION, 2009, p. 197) Atualmente, a empresa objeto deste estudo, não utiliza valor residual para calcular a depreciação dos bens, e também não aplica a teste de recuperabilidade no Ativo Não Circulante. Diante do exposto questiona-se: A aplicação do teste de recuperabilidade gera impactos nas demonstrações contábeis, quando aplicado na frota de caminhões de uma transportadora? 1.4 OBJETIVOS Para atender o tema proposto, são definidos os objetivos da realização do estudo. 1.4.1 Objetivo Geral Identificar se a aplicação do teste de recuperabilidade gera impactos nas demonstrações contábeis, quando aplicado na frota de caminhões de uma transportadora. 10 1.4.2 Objetivos Específicos Revisar a literatura específica das principais abordagens relacionadas ao tema proposto, buscando responder a questão de pesquisa; Aplicar o teste de recuperabilidade na frota de caminhões da empresa; Identificar os ajustes de desvalorização e as devidas contabilizações; e Apresentar os impactos gerados na posição econômica e financeira com a aplicação do teste de recuperabilidade. 1.5 JUSTIFICATIVA No contexto atual, entende ser imprescindível que as empresas estejam preparadas para enfrentar as mudanças e se manterem competitivas no mercado. Além disso, os profissionais precisam estar preparados e se manter atualizados nas mudanças que ocorrem no mundo contábil. Considerando a importância do tema tratado, para a acadêmica, a realização deste trabalho possibilitou conhecimentos no que tange ao assunto de harmonização contábil, além de oportunizar a aplicação prática da teoria. Enquanto profissional, é uma oportunidade para me atualizar e me interar nas mudanças que estão acontecendo na Ciência Contábil, e com isso me inserir nesta área de atuação. Para a Universidade e os acadêmicos, o estudo serve como fonte de pesquisa a quem tiver interesse, compartilhando o conhecimento e aprofundamento do tema, além de estimular novos trabalhos nesta área. Para a empresa, objeto desta pesquisa, visa evidenciar a importância da adoção das Normas Internacionais de Contabilidade, almejando demonstrações fidedignas aos usuários internos e externos e buscar a diferenciação no mercado do setor. 11 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Na revisão bibliográfica apresenta-se um estudo aprofundado do tema proposto, buscando compreender e analisar o problema definido para alcançar o objetivo proposto. 2.1 RAMO DE ATIVIDADE Transporte Rodoviário é aquele que se realiza em estradas de rodagem, com utilização de veículos como caminhões e carretas. O transporte rodoviário pode ser em território nacional ou internacional, inclusive utilizando estradas de vários países na mesma viagem. O transporte rodoviário de cargas no Brasil tem se constituído, nos últimos 50 anos, no principal meio de movimentação de bens, quer nos fluxos intra-estaduais como nos interestaduais. Deve-se destacar também sua importante participação no fluxo de cargas internacionais quando é considerado o comércio com os países do Cone Sul, especialmente Argentina, Uruguai e Chile. (CBTU, 2013). 2.2 CONTABILIDADE Segundo Berti (2001) a contabilidade surgiu nos primórdios da existência humana, devido a busca pela sobrevivência e a necessidade de se manter memorizado as descobertas. Assim, o homem primitivo iniciou, através de inscrições rudimentares, o controle daquilo que possuía. Mais tarde foram surgindo as aldeias e cidades, e com isso também, a ideia de propriedade dos bens. Assim, pode-se dizer que a contabilidade nasceu devido a necessidade de registrar e controlar o patrimônio e suas mutações, fornecendo as informações necessárias para o seu controle. Para Basso (2011), contabilidade é uma ciência social, cujo objeto de estudo o patrimônio das entidades, seus fenômenos e variações, nos aspectos quantitativo e qualitativo. O patrimônio é definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações. A finalidade básica da contabilidade é gerar informações para a tomada de decisões sendo seus principais usuários: os administradores, diretores e executivos, que usam as informações contábeis no processo decisório, garantindo o maior grau de acerto possível; os sócios e/ou acionistas, para se certificarem da real situação do patrimônio da empresa; os bancos, financiadores e investidores, que visam avaliar as reais garantias oferecidas quando 12 da concessão de empréstimos e das aplicações de dinheiro na entidade; os fornecedores, os quais verificam a capacidade da organização de liquidar obrigações; e os Governos federal, estaduais e municipais, que efetuam estudos sobre os dados contábeis para planejamento e controle de suas receitas tributárias, bem como das políticas macroeconômicas (BASSO, 2011). Pode-se notar que a contabilidade está se tornando cada vez mais importante e indispensável, pois serve de apoio para a tomada de decisão dos seus usuários. E daí que surge a importância de as informações por ela apresentadas serem confiáveis e fidedignas à real situação da entidade e seu patrimônio. 2.2.1 Princípios Contábeis A Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 750/93, modificada pela Resolução CFC nº 1.282/10, dispõe que a observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão, além de constituir condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Dispõe ainda que na aplicação dos Princípios de Contabilidade em situações concretas, deve prevalecer a essência sobre a forma. Antes denominados de Princípios Fundamentais de Contabilidade passam a ser chamados Princípios de Contabilidade com a nova redação dada pela Resolução CFC nº 1.282/10, que considera os Princípios de Contabilidade como sendo: I – Entidade; II – Continuidade; III – Oportunidade; IV – Registro Pelo Valor Original; V – Competência; VI – Prudência; Observa-se que o princípio da atualização monetária foi revogado pela Resolução CFC nº 1.282/10. De acordo com Basso (2011) os Princípios de Contabilidade representam o núcleo central da Contabilidade enquanto ciência social, valendo para todos os patrimônios. Os princípios fundamentam e justificam a ação, enquanto que as normas a dirigem na prática. 13 I – Princípio da Entidade O Princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e estabelece que o patrimônio da empresa não deve se confundir com o de seus sócios. Segundo o artigo 4º da resolução CFC nº 750/93, modificada pela Resolução CFC nº 1.282/10: O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Este conceito evidencia que a contabilidade da empresa deve registrar somente os atos e os fatos ocorridos que se refiram ao patrimônio da mesma e não os relacionados com o patrimônio particular de seus sócios. Não se misturam transações de uma empresa com as de outra, mesmo que ambas sejam do mesmo grupo empresarial, deve ser respeitada a individualidade. II - Princípio da Continuidade O princípio da continuidade pressupõe que a entidade terá sua vida continuada ao longo do tempo, operando por tempo indeterminado. De acordo com o artigo 5º da Resolução CFC nº 1.282/10, “o Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância”. Segundo Basso (2011) o princípio da continuidade afirma que o patrimônio depende das condições prováveis do desenvolvimento das operações da entidade, sendo que a suspensão das atividades pode provocar efeitos no uso de alguns ativos. Assim a cessação integral das atividades ou mesmo a alteração do volume de operações afeta o valor econômico de determinados componentes patrimoniais, a partir do momento que estes perdem a condição de ativo. 14 III – Princípio da Oportunidade O princípio da oportunidade refere-se à integridade e tempestividade dos registros contábeis. O artigo 6º da Resolução CFC nº 1.282/10 dispõe que, “o Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.” O artigo 6º dispõe ainda que a integridade e tempestividade da informação contábil são essenciais para sua relevância, fazendo-se necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. Para Basso (2011, p. 361), “o princípio da oportunidade abarca dois aspectos distintos, mas integrados: a integridade e a tempestividade [...]”. Portanto o princípio da oportunidade abrange os aspectos integridade e tempestividade, que são essenciais para a relevância das informações contábeis. IV – Princípio do Registro Pelo Valor Original O princípio do registro pelo valor original estabelece que os componentes do patrimônio sejam expressos em moeda nacional e registrados pelos valores originais. De acordo com o Art. 7º da Resolução CFC nº 1.282/10, “o Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.” O Art. 7º da Resolução CFC nº 1.282/10 dispõe que os ativos devem ser registrados pelos valores pagos ou a serem pagos para adquiri-los na data da aquisição e os passivos devem ser registrados pelos valores ou recursos recebidos em troca da obrigação. Uma vez registrados, os ativos e passivos podem sofrer variações decorrentes de alguns fatores, como: custo corrente, valor realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária. Segundo Basso (2011, p. 367), “[...] os valores originais devem ser ajustados segundo a sua perda de valor econômico. Mesmo tal ajuste, porém, não implica, em essência, modificação do valor original”. O princípio do registro pelo valor original determina que o patrimônio seja registrado inicialmente pelo valor original na data da transação e em moeda nacional corrente, contudo pode sofrer variações decorrentes de alguns fatores, porém sem alterar o registro original. 15 V – Princípio da Competência O princípio da competência determina que as receitas e despesas devem ser registradas no período em que ocorreram. De acordo com o Art. 9º da Resolução CFC nº 1.282/10, “o Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento”. O princípio da competência está relacionado com o reconhecimento das receitas geradas e despesas incorridas no período, e não com o recebimento ou pagamento. Esse princípio é aplicado nas mais variadas situações, considerando as diferenciadas transações das entidades, gerando assim muitas dúvidas ao profissional contábil. (BASSO, 2011). O princípio da competência está ligado ao registro de todas as receitas e despesas de acordo com o fato gerador, no período de competência, independente de terem sido recebidas as receitas ou pagas as despesas. VI – Princípio da Prudência O princípio da prudência determina que deve-e reconhecer o menor valor para o ativo e o maior valor para o passivo, conforme Art. 10º da Resolução CFC nº 750/93, alterado pela Resolução CFC nº 1.282/10: Art. 10º O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. Quando existir um ativo ou passivo já escriturado por determinados valores surgem dúvidas sobre a sua correção. Sempre que houver formas alternativas de calcular os novos valores, deve-se optar sempre o menor do que o inicial para os ativos e o maior para os passivos, considerando que as hipóteses sejam igualmente razoáveis. Um exemplo da aplicação do princípio da prudência é a provisão para créditos de liquidação duvidosa. (BASSO, 2011). 16 O Princípio da Prudência está relacionado ao conservadorismo, determinando a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. 2.2.2 Normas Brasileiras de Contabilidade As normas brasileiras de contabilidade (NBC) são um conjunto de regras e procedimentos de conduta que devem ser observados e cumpridos no exercício da profissão contábil, que são emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) seguindo os mesmos padrões de elaboração das normas internacionais. Para auxiliar os profissionais de contabilidade o Conselho Federal de Contabilidade criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que tem por objetivo o estudo, o preparo e emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de contabilidade, permitindo que a entidade reguladora brasileira emita normas, visando à centralização e uniformização, considerando sempre a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais. (CRC, 2010). A norma brasileira de contabilidade profissional é identificada pela sigla NBC P, enquanto que a sigla NBC T representa as normas brasileiras técnicas. A interpretação técnica e o comunicado técnico seguem a mesma estrutura, sendo a sigla IT representa interpretação técnica e a sigla CT, comunicado técnico. De acordo com a Resolução CFC nº 1.328/11 classificam-se em Profissionais e Técnicas e se estruturam da seguinte forma: I – Geral – NBC PG – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas indistintamente a todos os profissionais de Contabilidade; II – do Auditor Independente – NBC PA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que atuam como auditores independentes; III – do Auditor Interno – NBC PI – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores internos; IV – do Perito – NBC PP – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam como peritos contábeis. As normas brasileiras técnicas também possuem uma estrutura por área de atuação – geral, pública, auditoria, perícia, entre outros, segundo a Resolução CFC nº 1.328/11, sendo que as NBC TG são as Normas Brasileiras de Contabilidade convergentes com as normas internacionais emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB); e as Normas 17 Brasileiras de Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais. Quanto ao cumprimento das normas, a Resolução CFC nº 1.328/11 dispõe que: Art. 9º A inobservância às Normas Brasileiras de Contabilidade constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas alíneas de “c” a “g” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Contador. A seguir apresenta-se um quadro com a posição atual dos pronunciamentos, interpretações e orientações técnicas emitidas pelo CPC, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade e resoluções do Conselho Federal de Contabilidade: Quadro 1: Posição dos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações Técnicas do CPC CPC CPC 00 CPC 01 CPC 02 CPC 03 CPC 04 CPC 05 CPC 06 CPC 07 CPC 08 CONCEITO Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro Redução ao Valor Recuperável de Ativos (Impairment) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) Ativo Intangível Divulgação sobre Partes Relacionadas Operações de Arrendamento Mercantil Subvenção e Assistência Governamentais Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários NBC RESOLUÇÃO CFC NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL 1.374/11 NBC TG 01 1.292/10 NBC TG 02 1.295/10 NBC TG 03 NBC TG 04 NBC TG 05 NBC TG 06 NBC TG 07 1.296/10 1.303/10 1.297/10 1.304/10 1.305/10 NBC TG 08 1.313/10 CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) NBC TG 09 CPC 10 CPC 11 CPC 12 Pagamento Baseado em Ações Contratos de Seguro Ajuste a Valor Presente Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08 NBC TG 10 NBC TG 11 NBC TG 12 1.138/08 e 1.162/09 1.314/10 1.150/09 1.151/09 NBC TG 13 1.152/09 CPC 13 Este Pronunciamento foi atualizado e corresponde à Orientação OCPC 03 e deixa de ter aplicabilidade após a utilização do CPC 38, CPC 39 e CPC 40. NBC TG 15 1.350/11 1.170/09 alt. NBC TG 16 1.273/10 NBC TG 17 1.411/12 CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação CPC 15 Combinação de Negócios CPC 16 Estoques CPC 17 CPC 19 Contratos de Construção Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto Negócios em Conjunto CPC 20 Custos de Empréstimos NBC TG 20 CPC 21 Demonstrações Intermediárias NBC TG 21 CPC 22 Informações por Segmento NBC TG 22 CPC 18 1.172/09 alt. 1.359/11 1.174/09 alt. 1.359/11 1.176/09 18 CPC 23 CPC 24 CPC 25 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro Evento Subsequente Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes NBC TG 23 1.179/09 NBC TG 24 1.184/09 NBC TG 25 1.180/09 CPC 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis NBC TG 26 CPC 27 CPC 28 CPC 29 CPC 30 Ativo Imobilizado Propriedade para Investimento Ativo Biológico e Produto Agrícola Receitas Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada Tributos sobre o Lucro Benefícios a Empregados Demonstrações Separadas Demonstrações Consolidadas Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração Instrumentos Financeiros: Apresentação Instrumentos Financeiros: Evidenciação Resultado por Ação Adoção inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 15 a 41 Divulgação de Participação em Outras Entidades Mensuração do Valor Justo NBC TG 27 NBC TG 28 NBC TG 29 NBC TG 30 1.185/09 alt. 1.376/11 1.177/09 1.178/09 1.186/09 1.412/12 NBC TG 31 1.188/09 NBC TG 32 1.189/09 NBC TG 35 1.413/12 NBC TG 37 1.306/10 NBC TG 38 1.196/09 NBC TG 39 NBC TG 40 NBC TG 41 1.197/09 1.399/12 1.287/10 NBC TG 43 1.315/10 Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas NBC TG 1000 CPC 31 CPC 32 CPC 33 CPC 35 CPC 36 CPC 37 CPC 38 CPC 39 CPC 40 CPC 41 CPC 43 CPC 45 CPC 46 ICPC 01 Contratos de Concessão ITG 01 ICPC 02 Contrato de Construção do Setor Imobiliário. Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil ITG 02 1.255/09, 1.285/10 e 1.319/10 1.261/09 alt 1.376/11 1.266/09 ITG 03 1.256/09 CPC PME ICPC 03 ICPC 04 ICPC 05 ICPC 06 ICPC 07 ICPC 08 ICPC 09 ICPC 10 ICPC 11 ICPC 12 Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 Pagamento Baseado em Ações Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações – Transações de Ações do Grupo e Em Tesouraria Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior Distribuição de Lucros in Natura Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 Recebimento em Transferência de Ativos dos Clientes Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares O texto desta Interpretação está contido no Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações O texto desta Interpretação está contido no Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações ITG 06 1.259/09 ITG 07 1.260/09 ITG 08 1.398/12 ITG 09 1.262/09 ITG 10 1.263/09 ITG 11 1.264/09 ITG 12 1.265/09 19 ICPC 13 ICPC 15 ICPC 16 ICPC 17 OCPC 01 Direitos a Participações Decorrentes de Fundos de Desativação, Restauração e Reabilitação Ambiental Passivo Decorrente de Participação em Mercado Específico – Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais ITG 13 1.288/10 ITG 15 1.289/10 ITG 16 1.316/10 Contratos de Concessão: Evidenciação ITG 17 1.375/11 Entidades de Incorporação Imobiliária CTG 01 1.154/09 e 1.273/10 CTG 02 1.157/09 CTG 03 1.199/09 CTG 04 1.317/10 CTG 05 1.318/10 Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, OCPC 03 Mensuração e Evidenciação Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às OCPC 04 Entidades de Incorporação Imobiliária Brasileiras OCPC 05 Contratos de Concessão Fonte: CPC (2013) OCPC 02 Os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações Técnicas são emitidas pelo CPC a aprovadas pelas seguintes entidades: ABRASCA, APIMEC NACIONAL, BOVESPA, Conselho Federal de Contabilidade, FIPECAFI e IBRACON, sendo que o CPC foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos destas entidades, em função das necessidades de convergência internacional das normas contábeis, centralização na emissão de normas dessa natureza e representação e processo democráticos na produção dessas informações. 2.3 PRINCIPAIS MUDANÇAS PROMOVIDAS PELA LEI DAS S/A’s Desde 1976 vigorava no Brasil a Lei 6.404, mais conhecida como Lei das S/As, que juntamente com outros atos normativos emanados do Conselho Federal de Contabilidade e da Comissão de Valores Mobiliários, norteia a prática contábil para esse tipo de sociedade. À medida que o mercado de ações foi evoluindo em todo o mundo, surgiram novas situações, que precisaram ser normatizadas para esse tipo de mercado. Para atender as necessidades, a Lei das S/A’s no Brasil sofreu diversas alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/07 que possibilitaram melhorar as formas de evidenciação do patrimônio das entidades. Essas alterações refletem diretamente nas atividades desenvolvidas pelos profissionais contábeis que executam e são responsáveis pela escrituração contábil das empresas. Entre as modificações introduzidas estão novos critérios de avaliação de ativos e passivos, novas demonstrações contábeis e a obrigatoriedade da observância da primazia da 20 essência sobre a forma. Para corrigir algumas falhas da nova lei, foi editada a medida provisória nº 449/08, a qual foi transformada na Lei nº 11.941/09. No Brasil, alteração radical no ordenamento contábil adveio da Lei 11.638/07 e do acatamento dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC pelas autoridades reguladoras governamentais, colocando-nos na especialíssima condição de um dos únicos, senão o único, países do mundo a implementar, por força legal, as normas internacionais nos balanços INDIVIDUAIS das empresas ao invés de apenas nos consolidados.(LEMES; CARVALHO, 2010, p. 4) As principais mudanças promovidas pela nova Lei das S/As são: • Classificação do Ativo e do Passivo; • Extinção do Grupo Ativo Permanente; • Restrição e extinção, do subgrupo Ativo Diferido; • Criação do subgrupo “Intangível” no grupo do Ativo Não Circulante; • Proibição da prática da reavaliação espontânea de ativos; • Teste de Recuperabilidade; • Arrendamento mercantil financeiro (leasing); • Extinção do grupo Resultados de Exercícios Futuros; • Destinação do saldo de Lucros Acumulados para S/A; • Contabilização das doações e subvenções fiscais; • Contabilização dos prêmios nas emissões de debêntures; • Extinção da classificação das Receitas e Despesas Não-Operacionais; • Ajuste a Valor Presente de elementos do ativo e do passivo; As mudanças apresentadas anteriormente visam a harmonização das demonstrações contábeis, e a sua apresentação de forma clara e legível para todos os usuários. Além disso visam a essência sobre a forma. Na parte aplicada deste trabalho, será abordado o teste de recuperabilidade, que foi uma das mudanças introduzidas pela nova Lei das S/As. A seguir será apresentado um breve referencial teórico de cada item mencionado acima. 21 2.3.1 Classificação do Ativo e do Passivo O Balanço Patrimonial evidencia a situação patrimonial e econômico-financeira de uma entidade, apresentando os elementos que compõe o patrimônio. O Balanço Patrimonial é dividido em duas colunas, sendo que a do lado esquerdo é denominada Ativo e a do lado direito Passivo e Patrimônio Líquido. De acordo com a Lei 6.404/76, alterada pela Lei 11.638/07 e 11.941/09: Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupados de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ATIVO, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nela registrados, nos seguintes grupos: I – ATIVO CIRCULANTE; II – ATIVO NÃO-CIRCULANTE, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. § 2º No PASSIVO, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I – PASSIVO CIRCULANTE; II – PASSIVO NÃO-CIRCULANTE; e III – PATRIMÔNIO LÍQUIDO, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente. Assim, foi extinto do Ativo o grupo Ativo Permanente, sendo que o Ativo Realizável a Longo Prazo ficou classificado dentro do Ativo Não- Circulante, juntamente com os grupos: investimentos, imobilizado e intangível. Já no Passivo foram extinto o grupo Resultado de Exercícios Futuros, e o Passivo Exigível a Longo Prazo ficou classificado dentro do Ativo Não Circulante. No Patrimônio Líquido foram extintos os grupos Reservas de Reavaliação e Lucros ou Prejuízos Acumulados e incluídos os grupos Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Prejuízos Acumulados e Ações em Tesouraria. O quadro a seguir apresenta um comparativo da estrutura do Balanço Patrimonial antes e depois da Lei 11.941/09: 22 Quadro 2: Comparativo do Balanço Patrimonial - BP Lei 6.404/76 ATIVO 11.638/07 e 11.941/09 ATIVO Circulante Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Permanente Investimentos Imobilizado Diferido PASSIVO E PL PASSIVO E PL Passivo Circulante Circulante Exigível a Longo Prazo Passivo Não Circulante Exigível a Longo Prazo Resultado de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Patrimônio Líquido Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Lucros Acumulados Reservas de Lucro Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados Fonte: Elaborado pela autora a partir da Lei 6.404/76, Lei 11.638/07 e 11.941/09. O Ativo compreende as aplicações de recursos representados pelos bens e direitos da entidade. O Ativo Circulante reúne: os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da entidade; os valores a receber de clientes; outros valores a receber a curto prazo; estoque de mercadorias para revenda, produtos acabados e em elaboração, matérias-primas; e despesas antecipadas. O Ativo Não Circulante reúne: os ativos realizáveis após o término do exercício subsequente; investimentos em outras entidades; bens tangíveis utilizados nas atividades fins da empresa; e bens intangíveis. (BASSO, 2011). O Passivo compreende as origens dos recursos de terceiros representados pelas obrigações da entidade. O Passivo Circulante reúne as obrigações cujos prazos de vencimento sejam para os próximos 12 meses da data do balanço. Já o Passivo Não Circulante reúne as obrigações cujos prazos de vencimento são após o término do exercício subsequente à data do Balanço, ou seja, mais de 12 meses. (BASSO, 2011). 23 2.3.2 Extinção do Grupo Ativo Permanente O Ativo Permanente, antes da nova Lei das S/As, era o grupo que reunia todas as aplicações de recursos feitas pela empresa de forma permanente, ou seja, os ativos sem a intenção de venda imediata, sendo dividido em investimentos, imobilizado e diferido. Com a aprovação do Pronunciamento Técnico CPC 26, NBC TG 26, Resolução do CFC nº 1.185/09 alterada pela Resolução nº 1.376/11, que trata da apresentação das demonstrações contábeis, o Ativo passou a ser classificado em Ativo Circulante e Ativo Não Circulante, sendo o Ativo Não Circulante dividido em Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Assim, o grupo Ativo Permanente foi extinto e os saldos existentes neste grupo foram transferidos para os novos subgrupos do Ativo Não Circulante. 2.3.3 Restrição e Extinção do subgrupo Ativo Diferido O Ativo Diferido era um subgrupo do Ativo Permanente, onde eram contabilizadas as despesas pré-operacionais, os gastos de implantação e reestruturação, custos de estudos e projetos, que ofereceriam benefícios futuros para a organização. A restrição e extinção do subgrupo Ativo Diferido se deu através da aprovação do comunicado técnico CTG 2000, aprovado pela resolução CFC nº 1.159/09. De acordo com o Art. 38 da Lei nº 11.941/09: O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183 desta Lei. A Lei 11.941/09 determina que as contas reunidas no ativo diferido devem ser incorporadas no grupo Realizável a Longo Prazo (e depois no Circulante), até serem incorporadas definitivamente às despesas do exercício. Pelo fato de reunir aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, poderá ser amortizado em até dez anos, pelo seu valor significativo, e também por que os benefícios desta aplicação serão obtidos ao longo destes anos. (BASSO, 2011). 24 2.3.4 Criação do Subgrupo Intangível no grupo do Ativo Não Circulante O Ativo Intangível passou a compor o Balanço Patrimonial, no grupo Ativo Não Circulante, a partir da nova Lei das S/As. A resolução CFC nº 1.303/10 aprovou a NBC TG 04 – Ativo Intangível - que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 04, que define o tratamento contábil dos ativos intangíveis. De acordo com o Pronunciamento Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Segundo Iudícibus e Marion (2010), o Ativo Intangível é um subgrupo do Ativo Não Circulante considerado de natureza permanente. Intangível: são os direitos que tenham por objeto os bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa ou exercidos com esta finalidade, tais como fundo de comércio, marcas e outros bens incorpóreos adquiridos (IUDÍCIBUS; MARION, 2010, p. 219). O Pronunciamento CPC 04 estabelece que uma entidade deve reconhecer um ativo intangível apenas se determinados critérios forem atendidos. O Pronunciamento também especifica como mensurar o valor contábil dos ativos intangíveis, exigindo divulgações específicas sobre esses ativos. De acordo com o CPC 04, um ativo é considerado intangível quando for capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, e se resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais. Dispõe ainda que um ativo intangível deve ser reconhecido somente quando for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade, e o custo do ativo possa ser mensurado com segurança. Quanto à mensuração do valor contábil dos ativos intangíveis, o CPC 04 dispões que seu custo, quando adquirido separadamente, inclui: seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, após deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta. 2.3.5 Proibição da prática da reavaliação espontânea de ativos A proibição da prática da reavaliação espontânea de ativos foi uma das principais alterações trazidas pela Lei nº. 11.638/07 e MP nº. 449/08. A reavaliação consistia em avaliar 25 os ativos por seu valor de mercado quando este é maior ao seu custo. Mesmo que as normas internacionais permitem a reavaliação, não Brasil a prática foi proibida devido ao uso equivocado do procedimento, distorcendo os valores apresentados do balanço patrimonial. De acordo com a Lei nº 11.638/07 os saldos que existiam nessas reservas podiam, durante o exercício social de 2008, ser simplesmente revertidos, eliminados contra os respectivos ativos. Se isso não tivesse sido feito, os saldos existentes continuariam figurando no balanço e seriam realizados, ou seja, transferidos para Lucros ou Prejuízos Acumulados, à medida que os respectivos ativos forem sendo baixados. A partir da nova Lei das S/As os ativos passam a ser avaliados pelo valor justo, que pode ser o valor de mercado de venda ou o valor esperado de geração de fluxo de caixa futuro. 2.3.6 Teste de Recuperabilidade A NBC TG 01, aprovada pela Resolução CFC nº 1.292/10 se baseia no CPC 01, que estabelece os procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. De acordo com o (CPC 01, p. 6): “Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso”. Quando o valor contábil de um ativo excede o seu valor recuperável, ele está desvalorizado. Somente quando houver indicação de perda, deve-se fazer uma estimativa formal do valor recuperável, sendo que quando não há indicação de perda, não há exigência de estimativa formal do valor recuperável. (IUDICIBUS; MARION, 2010). Para verificar se um ativo tem indicação de perda, deve-se aplicar o teste de recuperabilidade – Impairment - que tem por objetivo verificar e mensurar uma perda dos benefícios econômicos futuros esperados de um ativo ou unidade geradora de caixa. De acordo com Lemes e Carvalho (2010, p. 147): “A cada data das demonstrações contábeis, a entidade deve avaliar se existe qualquer evidência que indica que o valor recuperável de um ativo deva ser calculado”. Quando existir alguma evidência, a entidade deve estimar o valor recuperável do Ativo. Nos casos de ativos intangíveis com vida útil indefinida, o teste de recuperabilidade deve ser aplicado anualmente, independente de existirem evidências ou não. Da mesma foram, aplica-se o teste anualmente também nos ativos intangíveis que ainda não estão 26 disponíveis para o uso, e no goodwill adquirido em uma combinação de negócios. (LEMES; CARVALHO, 2010). Segundo Iudícibus e Marion (2010), existem algumas formas de avaliar se o ativo possa ter sofrido desvalorização no período. Na avaliação, a entidade deve considerar as fontes externas de informação, que envolvem: redução anormal do valor de mercado do ativo no período; mudanças significativas no período ou no futuro próximo que possam surtar grandes efeitos na entidade, como mudanças no ambiente tecnológico, de mercado, mudanças econômicas; taxas de juros e de mercado de retorno sobre os investimentos. Existem também as fontes internas, que podem ser: evidência de obsolescência ou dano físico do ativo; mudanças como inativação ou reestruturação do ativo no período ou no futuro próximo; desempenho econômico do ativo menor do que o esperado. Azevedo (2010) apresenta um exemplo de aplicação do teste de recuperabilidade: Quadro 3: Exemplo Teste de Recuperabilidade EXEMPLO IMÓVEL (-) Depreciação Acum. (=) Valor Contábil Valor Recuperável (=) Redução de Ativo Fonte: Azevedo (2010, p. 183) R$ 200.000,00 (R$ 40.000,00) R$ 160.000,00 R$ 100.000,00 (R$ 60.000,00) O valor recuperável de um ativo é definido calculando-se o valor em uso, onde se projeta os fluxos de caixa futuros, e o valor justo líquido dos custos de venda, devendo-se considerar como valor recuperável o maior entre os dois. Quando este for menor que seu valor contábil, o valor contábil deve ser reduzido para aquele valor recuperável, sendo a redução contabilizada como uma perda, diretamente no resultado. (LEMES; CARVALHO, 2010). O teste de recuperabilidade objetiva apresentar a real situação patrimonial da entidade, buscando que o valor dos ativos esteja representado de forma coerente com o seu real valor. 2.3.7 Arrendamento mercantil financeiro (leasing) A partir da nova Lei das S/As o leasing passou a ter um tratamento diferente ao anterior, quando era tratado como aluguel. O CPC emitiu o Pronunciamento CPC 06 e o CFC emitiu a NBC TG 06, aprovada pela Resolução CFC nº 1.304/10, que estabelece as políticas contábeis e divulgações apropriadas a aplicar em relação a arrendamentos mercantis. 27 Lemes e Carvalho (2010, p. 82) definem leasing como sendo: “o contrato pelo qual a arrendadora transfere à arrendatária, em troca de pagamento, o direito de uso de um ativo pelo período de tempo definido no contrato”. Um leasing pode ser classificado como financeiro e operacional. O leasing financeiro se caracteriza pela transferência substancial de todos os riscos e benefícios associados com a propriedade do ativo arrendado, podendo este ser transferido no final do contrato. O leasing financeiro se assemelha a uma compra e venda financiada. Quando não possuir estas características, o leasing é considerado operacional. (AZEVEDO, 2010). Com a nova Lei das S/As o leasing financeiro passou a ser contabilizado como Ativo e somente o leasing operacional continua sendo contabilizado como despesa, conforme explica Azevedo (2010, p. 201): Nas operações de arrendamento mercantil, deve prevalecer a “essência sobre a forma”. Assim, os contratos de leasing financeiro, que na sua essência é um efetivo financiamento de ativos, devem ser contabilizados como imobilizado na entidade arrendatária, independentemente da propriedade jurídica do bem, além do passivo respectivo. Da mesma forma, na entidade arrendadora, o referido bem (objeto de contrato de arrendamento mercantil) deve ser tratado como um bem vendido de forma financiada, com o reconhecimento contábil do recebível correspondente. É válido ressaltar que o leasing operacional continua sendo contabilizado como despesa. De acordo com o CPC 06, a arrendatária deve reconhecer o leasing financeiro como um ativo e um passivo, sendo que deve considerar o menor entre o valor justo e o valor presente das parcelas a serem pagas. Deverão ser adicionados ao ativo os custos diretos iniciais assumidos pela arrendatária. Após o reconhecimento inicial, os pagamentos das parcelas serão apropriados no passivo e como encargos financeiros. Quando o leasing for operacional, a arrendatária deve reconhecer como despesa ao longo do prazo do contrato. Quanto à contabilização por parte da arrendadora, o CPC 06 dispõe que o leasing financeiro deve ser reconhecido como um valor a receber. O leasing operacional será reconhecido como receita na demonstração de resultados. 2.3.8 Extinção do grupo Resultados de Exercícios Futuros Antes da nova Lei das S/As, no grupo de resultados de exercícios futuros eram classificadas as receitas já recebidas pela entidade, deduzidas dos custos e despesas já incorridos ou a incorrer, que efetivamente serão reconhecidas em períodos futuros por estarem associadas a algum evento futuro ou à fluência do tempo. Este grupo era apresentado no 28 Balanço Patrimonial entre o Passivo Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido. (Lei nº 6.404/76). O CFC, através da Resolução 1159/09, aprovou o comunicado técnico CTG 2000, eu aborda como devem ser tratados os ajustes das novas práticas contábeis adotadas no Brasil. De acordo com o comunicado técnico CTG 2000 o grupo Resultado de Exercícios futuros foi extinto com a edição da MP nº 499/08, sendo que os saldos existentes até 4/12/08 devem ser reclassificados em 5/12/08 para o grupo do passivo circulante, em contas representativas de receitas e despesas diferidas. 2.3.9 Destinação do saldo de Lucros Acumulados para S/A Os lucros acumulados representam resultados obtidos que foram retidos sem finalidade específica. Os prejuízos acumulados representam resultados obtidos que estão à espera de absorção futura. Antes da nova Leis das S/As permitia-se que esta conta tivesse saldo. Com a aprovação da Orientação Técnica OCPC 02, que apresenta esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008, as sociedades por ações não poderão mais apresentar saldo positivo na conta de Lucros Acumulados. A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008. Assim, saldos nessa conta precisam ser totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral ordinária. (OCPC 02, 2009, p.25). Como consta no OCPC 02, esta regra aplica-se apenas para as S/As. Portanto, nas demais sociedades a conta de lucros acumulados poderá continuar apresentado saldo nos balanços encerrados a partir de 31/12/2008. De acordo com a Resolução CFC nº 1.159/2009, que aprovou a Orientação OCPC 02, a conta de Lucros ou Prejuízos acumulados continuará constando no Plano de Contas de todas as entidades, sendo que será usada para receber o registro do resultado do exercício e as suas destinações. Se a empresa, em vez de lucros, estiver apresentando prejuízos, tais prejuízos serão acumulados (Prejuízos Acumulados) e serão mostrados na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. (IUDÍCIBUS; MARION, 2010, p. 239). 29 2.3.10 Contabilização das doações e subvenções fiscais As subvenções e doações fiscais são contribuições pecuniárias oriundos de órgãos públicos, que antes eram contabilizadas como reserva, e a partir da Lei nº 11.638/07 passam a ser contabilizadas como receitas. O Pronunciamento Técnico CPC 07, aprovado pela Resolução CFC nº 1.305/10, trata da subvenção e assistência governamentais. De acordo com Azevedo (2010) os argumentos que justificam a mudança no tratamento contábil das doações e subvenções são: o fato de serem recebimentos de uma fonte diversa de acionistas, não devem ser creditadas diretamente no Patrimônio Líquido; e as subvenções governamentais geralmente possuem custo. Os saldos das reservas de capital referente as doações e subvenções recebidas, existentes no início do exercício social de 2008, poderão ser mantidos na conta de reservas até a sua total utilização. (AZEVEDO, 2010). 2.3.11 Contabilização dos prêmios nas emissões de debêntures Debêntures são valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos que asseguram a seus detentores (debenturistas) direito de crédito contra a companhia emissora. Quando os investidores, por questões de vantajosas, estão dispostos a pagar um valor superior pelas debêntures, este valor a maior é denominado de prêmio na emissão de debêntures. Os prêmios na emissão de debêntures eram contabilizados na conta de Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures, porém esta conta foi extinta pela nova Lei das S/As, e os prêmios passaram a ter outra classificação. De acordo com o Comunicado Técnico CTG 2000, aprovado pela Resolução CFC nº 1.159/09, “os prêmios recebidos na emissão de debêntures devem ser apropriados como receita financeira, ou melhor, como redução da despesa financeira na captação das referidas debêntures”. Para Azevedo (2010), o prêmio recebido na emissão de debêntures caracteriza-se como uma um Resultado de Exercício Futuro (conta que foi extinta), devendo ser apropriado ao resultado em função do prazo das debêntures. Assim, o prêmio na emissão de debêntures deverá ser contabilizado inicialmente em conta do passivo não circulante, devendo ser apropriado como redução da receita ao longo do prazo das debêntures. 30 2.3.12 Extinção da classificação das Receitas e Despesas Não Operacionais Receitas e despesas não operacionais são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias que constituam objeto da empresa. Uma das alteração da Lei nº 11.941/2009 foi a substituição da expressão “Receitas e Despesas Não Operacionais” pela expressão “Outras Receitas e Despesas”. Os ganhos ou perdas que decorrem de transações que não constituem as atividades ordinárias da empresa passam a ser reconhecidas como outras receitas e despesas operacionais. Ou seja, o conceito de lucro operacional engloba os resultados das atividades principais e acessórias, sendo as outras receitas e despesas operacionais consideradas atividades acessórias do objeto da empresa (IUDÍCIBUS et al, 2010). Cabe ressaltar que além da mudança na nomenclatura, ouve alteração de posição das receitas e despesas não operacionais na demonstração do resultado do exercício. as entidades deverão apresentar as "outras receitas/despesas" no grupo operacional e não após a linha do "resultado operacional". Assim, as receitas e despesas não relacionadas com a atividade fim da empresa, acabam influenciando o e alterando o resultado operacional. Existem grandes polêmicas sobre esta classificação estar disposta corretamente ou não. 2.3.13 Ajuste a Valor Presente de elementos do Ativo e do Passivo A Lei 11.638/2007 introduziu o ajuste a valor presente para os elementos dos ativos decorrentes de operações de longo prazo e ao demais ativos quando houver efeito relevante. O Pronunciamento CPC 12 e a NBC TG 12, aprovada pela Resolução nº 1.151/09, trata sobre o ajuste a valor presente, que corrigir a questão dos juros embutidos nas operações de venda ou compra a prazo, pois as empresas não estavam destacando contabilmente os valores das despesas e receitas financeiras incluídas nessas transações, conforme menciona Azevedo (2010, p. 286): Nas Operações de Longo Prazo com juros embutidos, a empresa deve proceder uma redução na respectiva conta do Ativo ou Passivo, cf. o caso, a seu Valor Presente/Atual, mediante técnica do “Desconto”, com base nas taxas de juros normais praticadas no mercado. Ao exigir que as operações a longo prazo sejam avaliadas ao Valor Presente, significa, por exemplo, que a mesma venda feita a prazo se fosse à vista, seria contratada por uma valor menor, já que as empresas embutem nas vendas a prazo o custo dos juros reais + inflação do período. Os Ajustes a Valor Presente são normalmente contabilizados como contas retificadoras dos recebíveis e exigíveis e vão sendo alocados ao resultado como receitas ou 31 despesas financeiras pelo regime de competência, pelo método da taxa efetiva de juros. (Redação dada pela Resolução CFC nº 1.157/09, item 106). Segundo Azevedo (2010), o ajuste a valor presente deve ser aplicado no mínimo ao fim de cada exercício sócia nos elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo, sendo os demais ajustados quando houver relevância. Destaca ainda que o ajuste a valor presente deve ser feito com base em taxas que reflitam as melhores avaliações atuais do mercado. 2.4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS Para fins de atendimento dos usuários da informação contábil, a entidade deverá apresentar suas demonstrações contábeis (também usualmente denominada demonstrações financeiras) de acordo com as normas regulamentares dos órgãos normativos. As demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados. (IBRACON – NPC 27, 2005). O art. 176 da Lei nº 6.404/1976, consolidado com as alterações das Leis nº 11.638/2007 e nº 11.941/2009, estabelece que ao fim de cada exercício social deve-se elaborar as seguintes demonstrações financeiras, que deverão apresentar com clareza a situação do patrimônio da entidade e as mutações ocorridas no exercício: I – Balanço Patrimonial; II – Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados, ou se companhia aberta,por exigência da CVM, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; III – Demonstração do Resultado do Exercício; IV – Demonstração dos Fluxos de Caixa; V – Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado; e VI – Notas Explicativas. Para as S/A de capital aberto são obrigatórias todas as demonstrações apresentadas acima, exceto a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados. Para as S/A de capital fechado, são obrigatórios: Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados, Demonstração 32 de Lucros e Prejuízos Acumulados, e quando o PL for superior a 2 milhões, Demonstração do Fluxo de Caixa. Para empresas do Lucro Real, são obrigatórios: Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados e Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. Para as demais empresas são obrigatórios o Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado. O CPC emitiu o pronunciamento CPC 26 que trata da apresentação das demonstrações contábeis e o CFC emitiu a NBC TG 26 que foi aprovada pela Resolução nº 1.185/09 alterada pela Resolução nº 1.376/11. O pronunciamento CPC 26 faz correlação às Normas Internacionais de Contabilidade, especificamente a IAS 1. De acordo com Lemes e Carvalho (2010, p. 7): A IAS 1 tem por objetivo determinar as bases para a apresentação de demonstrações contábeis no sentido de assegurar a comparabilidade tanto entre as demonstrações de períodos anteriores quanto as demonstrações de outras entidades. Ela estabelece os requisitos gerais para a apresentação das demonstrações das demonstrações contábeis, as diretrizes para as suas estruturas e as exigências mínimas quanto aos conteúdos. A partir disso, será apresentado a seguir a estrutura de cada demonstração contábil obrigatória. 2.4.1 Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que representa quantitativa e sinteticamente os elementos que compõe o patrimônio de uma entidade num determinado momento, revelando sua posição financeira e patrimonial. (BASSO, 2011). O Balanço Patrimonial é composto pelo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, sendo que o Ativo compreende as aplicações de recursos representados pelos bens e direitos da entidade, o Passivo compreende as origens de recursos de terceiros representados pelas obrigações das atividades de financiamento, e o Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da entidade. (BASSO, 2011). De acordo com Iudícibus e Marion (2010, p.215), o Ativo “são todos os bem e direitos de propriedade da empresa, que são avaliáveis em dinheiro e que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa”. O passivo evidencia as obrigações, ou dívidas, da empresa com terceiros, como contas a pagar, fornecedores de matéria-prima, impostos, empréstimos, financiamentos. O 33 Patrimônio Líquido evidencia os recursos dos proprietários que foram aplicados no empreendimento. (IUBÍCIBUS; MARION, 2010). Com as alterações sofridas na Lei das S/As, a estrutura do Balanço Patrimonial ficou alterada conforme quadro a seguir: Quadro 4: Estrutura do Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO E PL Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Passivo Não Circulante Exigível a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucro Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados Fonte: Elaborado pela autora a partir da Lei 11.638/07 e 11.941/09. O Balanço Patrimonial é uma ferramenta muito importante e indispensável para as empresas, pois evidencia qualitativa e quantitativamente a posição patrimonial e financeira da entidade em um determinado período contribuindo para o processo de tomada de decisão. 2.4.2 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração contábil que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas e despesas. Segundo Basso (2011, p. 306): “A Demonstração do Resultado do Exercício é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado período ou exercício social”. A Demonstração do Resultado do Exercício deve ser elaborada conforme o Pronunciamento Técnico CPC 26 e a NBC TG 26, aprovada pela Resolução CFC nº 1.185/09, alterada pela Resolução nº 1.376/11. 34 A seguir apresenta-se a estrutura da DRE, elaborada de acordo com a nova Lei das S/As. Quadro 5: Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício - DRE 1- RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Mercadorias Vendas de Produtos Prestação de Serviços 2- DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA Impostos Faturados Devoluções e Abatimentos 3- RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 4- CUSTOS Das Mercadorias Vendidas Dos Produtos Vendidos Dos Serviços Prestados 5- LUCRO OPERACIONAL BRUTO 6- DESPESAS OPERACIONAIS De Vendas Receitas Financeiras Despesas Financeiras Gerais e Administrativas 7- OUTRAS RECEITAS E DESPESAS Receitas Despesas 8- RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 9- RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 10- PROVISÂO PARA IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 11- PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Debenturistas Administradores Empregados Outros Beneficiários Outras Contribuições 12- RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 13- RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO Fonte: Basso (2011, p. 313) A Demonstração do Resultado do Exercício é concebida para demonstrar a formação do resultado final do exercício, podendo ser lucro ou prejuízo. Para isto, a DRE está estruturada de forma que evidencia as diversas fases da formação do resultado, iniciando com o valor apurada nas operações de venda e prestação de serviços reduzidos pelas deduções e pelos custos para apurar o lucro operacional bruto. (BASSO, 2011). 35 Após o lucro operacional bruto são apresentadas as despesas operacionais e outras receitas e despesas, para formar o resultado operacional líquido. Do resultado operacional bruto são deduzidos a provisão para o imposto de renda e contribuição social e as participações e contribuições para obter o resultado líquido do exercício. A Demonstração do Resultado do Exercício é de fundamental importância para avaliar financeiramente se as atividades de determinada empresa estão gerando retorno, ou seja, demonstrar se a mesma está obtendo lucros ou prejuízos em um determinado exercício, podendo também ajudar os seus administradores a fazer uma análise sobre os seus dados mais relevantes, como custos operacionais, lucro bruto e lucro líquido. O Pronunciamento Técnico CPC 26 e a NBC TG 26, aprovada pela Resolução CFC nº 1.185/09 alterada pela Resolução nº 1.376/11, estabelecem que sejam adotadas duas demonstrações, a do Resultado do Exercício e a do Resultado Abrangente. A DRE apresenta as variações das receitas e despesas do período, sendo que as demais variações do Patrimônio Líquido, são apresentadas na Demonstração do Resultado Abrangente, que representa a soma do resultado do período com os resultados abrangentes. A seguir apresenta-se a estrutura da Demonstração do Resultado Abrangente. Quadro 6: Estrutura da Demonstração do Resultado Abrangente LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO Parcela dos Sócios da Controladora Parcela dos Não Controladores Ajustes Instrumentos Financeiros Tributos sobre Ajustes Instrumentos Financeiros Equivalência Patrimonial. sobre Ganhos Abrangentes de Coligadas Ajustes de Conversão do Período Tributos sobre Ajustes de Conversão do Período Outros Resultados Abrangentes Antes Reclassificação Ajustes de Instrumentos Financeiros Reclassificados para Resultado OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES RESULTADO ABRANGENTE TOTAL Fonte: Adaptado de Iudícibus et al (2010, p. 483) A DRA demonstra as demais variações que afetam o Patrimônio Líquido, mas que não são evidenciadas na DRE. Essa demonstração foi incluída em decorrência da harmonização contábil, mas ela não é exigida pela Lei Societária. 2.4.3 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido. 36 De acordo com Basso (2011) a DLPA “tem a finalidade básica de demonstrar o que ocorreu com o resultado líquido do exercício apurado na DRE e o tipo de movimentação que possa ter ocorrido com os valores da conta durante o exercício social anterior”. A seguir apresenta-se a estrutura da DLPA: Quadro 7: Estrutura da Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA R$ Saldo de Lucros Acumulados no início do período (+/-) Ajustes de Exercícios Anteriores (+) Reversão de Reservas (+) Lucro Líquido do Exercício Lucro Total Disponível (-) Transferências para Reservas de Lucros a) Reserva Legal b) Reservas Estatutárias c) Reservas para Contingências d) Retenção de Lucros (Reserva Orçamentária) e) Reserva de Lucros a Realizar (-) Dividendos Saldo de Lucros Acumulados no Final do Período Fonte: Iudícibus; Marion (2010, p. 240) A entidade pode optar em substituir as DLPA pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL. A DMPL é mais abrangente e inclui as informações de todas as contas que integram o patrimônio líquido, inclusive as informações da DLPA, demonstrado, de forma sintética, os saldos inicial e final e a movimentação do período no capital social, nas contas de reservas e de lucros ou prejuízos acumulados. (BASSO, 2011). O quadro a seguir apresenta a estrutura da DMPL: 37 Quadro 8: Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL Orçamentária Ágio na Emissão de Ações P/Contingências Capital Realizado Legal Movimentações Estatutária Reservas de Lucros Reserva de Capital Lucros a Realizar Lucros Acumulados Total Saldos (+/-) Ajustes de Exercícios Anteriores Aumento de Capital Reversões de Reservas Lucro Líquido do Exercício Proposta da Administração de Destinação do Lucro: - Reserva Legal - Reserva Estatutária - Reserva Orçamentária - Reserva p/ Contingências - Reserva de Lucros a Realizar - Dividendos Saldos Fonte: Iudicíbus; Marion (2010, p. 246) A DMPL é muito útil, pois fornece a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas componentes do patrimônio líquido, fazendo clara indicação do fluxo de uma conta para outra e indicando a origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição no patrimônio líquido durante o exercício. Trata-se, portanto, de informação que complementa os demais dados constantes do balanço e da demonstração de resultado do exercício. 2.4.4 Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC A Demonstração do Fluxo de Caixa indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa e equivalentes de caixa durante o período, e o resultado desse fluxo. Essa demonstração passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), por força da Lei 11.638/2007. 38 O CPC emitiu o Pronunciamento CPC 03 e o CFC emitiu a NBC TG 03, aprovada pela Resolução 1.296/10, que trata da Demonstração dos Fluxos de Caixa. De acordo com o pronunciamento, as informações da CFC proporcionam aos usuários uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, auxiliando no processo de tomada de decisão. Azevedo (2010, p.118/119), relata o objetivo da DFC: Objetivo da DFC é prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos (dinheiro à mão, conta corrente bancária e aplicações de sobra de caixa), de uma empresa, ocorridos durante um determinado período. Destina-se a controlar as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa. Segundo Iudícibus e Marion (2010, p. 262) “A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do período classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento”. A entidade poderá apresentar a DFC através de dois métodos: direto e indireto. A seguir apresenta-se a estrutura referente cada método. Quadro 9: Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método Indireto CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido (+) Aumento em Fornecedores (+) Diminuição em Desp. Antecipadas (-) Aumento em Clientes (-) Aumento em Mercadorias Caixa Líquido das Atividades Operacionais CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Compra de Terrenos Caixa Líquido das Atividades de Investimento CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Pagamento de Dividendos Pagamento de Empréstimos a LP Caixa Líquido das Atividades de Financiamento REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES Saldo de Caixa e Bancos em 31-12-20x2 Saldo de Caixa e Bancos em 31-12-20x3 Fonte: Iudicíbus; Marion (2010, p. 271) R$ 39 Quadro 10: Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método Direto CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de Vendas (-) Pagamentos das Compras (-) Pagamentos de Despesas Caixa Líquido das Atividades Operacionais CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Compra de Terrenos Caixa Líquido das Atividades Investimento CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Pagamento de Dividendos Pagamento de Empréstimos a LP Caixa Líquido das Atividades Financiamento R$ REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES Saldo de Caixa e Bancos em 31-12-20x2 Saldo de Caixa e Bancos em 31-12-20x3 Fonte: Iudicíbus; Marion (2010, p. 271) Segundo Azevedo (2010, p. 126) “A principal diferença entre esses dois métodos encontra-se no fluxo da Atividade Operacional, uma vez que os fluxos Financiamentos e Investimentos são iguais para esses dois métodos”. O método direto apresenta as atividades operacionais por transação (recebimento de clientes, pagamentos a fornecedores etc.) Já o método indireto, apresenta uma conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa das atividades operacionais. 2.4.5 Demonstração do Valor Adicionado – DVA A Demonstração do Valor Adicionado visa mensurar o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. A DVA passou a ser obrigatória a partir da Lei 11.638/7, para as entidades, sob a forma jurídica de sociedade por ações, com capital aberto. Porém, o pronunciamento CPC 09, orienta que seja elaborado por todas as entidade que divulgam as demonstrações contábeis. O CPC emitiu o pronunciamento CPC 09, e o CFC emitiu a NBC TG 09, que foi aprovada pela Resolução nº 1.138/8 e 1.162/09. O pronunciamento apresenta as orientações para a elaboração do valor adicionado. De acordo com Azevedo (2010, p. 126) “A demonstração do calor adicionado surgiu para evidenciar o quanto de valor a empresa adiciona aos insumos que adquire, bem como sua distribuição aos elementos que contribuíram para essa adição”. 40 Segundo Iudícibus e Marion (2010), um dos modelos mais aceitos no mercado atualmente é o apresentado a seguir: Quadro 11: Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado - DVA ● Receitas - Vendas de bens e serviços - Não Operacional (outras receitas) - (-) Provisão para Devedores Duvidosos ● (-) Insumos - Matérias-primas Consumidas - Materiais, energia, serviços de terceiros... ● Valor Adicionado Bruto ● Retenções (-) Depreciaão, Amortização e Exaustão ● Valor Adicionado Líquido ● Transferências Receitas Financeiras Resultado de Equivalência Patrimonial ● Valor Adicionado Real ● Distribuição do Valor Adicionado - Remuneração aos Funcionários e Encargos - Dividendos e Juros sobre Capital - Remuneração ao Capital de Terceiros (Juros) - Impostos, Taxas e Contribuições - Lucro Reaplicado (retido) Fonte: Iudícibus e Marion (2010, p. 285) A análise da distribuição do valor adicionado identifica a contribuição da empresa para a sociedade e os setores por ela priorizados. Este tipo de informação serve para avaliar a performance da empresa no seu contexto local, sua participação no desenvolvimento regional e estimular ou não a continuidade de subsídios e incentivos governamentais. 2.4.6 Notas Explicativas O art. 176 da Lei 6.404/76 em seu parágrafo quarto, dispõe que “as demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício”. Segundo Basso (2011, p. 333): 41 As notas explicativas não se constituem em outra demonstração contábil, mas em informações que a elas se integram com a finalidade de explicar algo ou ampliar informações que se encontram resumidas nas demonstrações contábeis que as acompanham. A Lei das S/A estabeleceu os casos que deverão ser mencionados em Notas Explicativas, assim como seu conteúdo. São alguns casos: a descrição dos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais e das práticas contábeis adotadas, dos ajustes dos exercícios anteriores, reavaliações, ônus sobreativos, detalhamento das dívidas de longo prazo, do capital e dos investimentos relevantes em outras empresas, eventos subseqüentes importantes após a data do balanço etc.Porém, essa menção representa o conceito básico a ser seguido pelas empresas, podendo haver situações em que sejam necessárias Notas Explicativas adicionais, além das já previstas pela Lei das S/A. 42 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS De acordo com Andrade (2003, p. 129): “Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento”. Assim, a metodologia engloba a classificação da pesquisa, o sistema de coleta de dados e de que forma os dados serão analisados e interpretados. 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Pelo fato de possuírem diversos objetos e objetivos, é natural que as pesquisas sejam classificadas. a) Do ponto de vista da sua natureza Quanto sua natureza, a pesquisa se classifica como aplicada. Segundo Marconi e Lakatos (1996, p. 19): “a pesquisa aplicada caracteriza-se por seu interesse prático, ou seja, os seus resultados devem ser aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas reais”. Sendo assim, o presente estudo classifica-se como pesquisa aplicada, pois os resultados foram aplicados e utilizados na solução de problemas reais. b) Do ponto de vista de seus objetivos Do ponto de vista dos seus objetivos, essa pesquisa caracteriza-se como descritiva. Pesquisa descritiva, de acordo com Gil (1999), tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título, e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. 43 c) Do ponto de vista dos procedimentos Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa pode ser classificada como bibliográfica, documental e estudo de caso. De acordo com Vergara (1998, p. 46): “Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. Já a pesquisa documental, de acordo com Gil (2010, p. 30): “vale-se de toda sorte de documentos, elaborados, com finalidades diversas, tais como assentamento, autorização, comunicação etc”. O estudo de caso, segundo Vergara (1998, p. 47): ”é aquele circunscrito a uma ou poucas unidades, como uma empresa, por exemplo. Têm caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo”. Portanto, o presente estudo se classifica como bibliográfico, documental e estudo de caso devido as características que apresenta. d) Quanto à forma de abordagem do problema Quanto à forma de abordagem do problema essa pesquisa se classifica como qualitativa, conforme citam Markoni e Lakatos (1996, p. 18): “a metodologia deve ser indicada, assim como as referências bibliográficas, a terminologia cuidadosamente definida, os fatores limitativos apontados e todos os resultados registrados com a maior objetividade”. Pesquisa qualitativa, segundo Oliveira (2004) difere do quantitativo pelo fato de não empregar dados estatísticos como centro no processo de análise de um problema. A diferença está no fato de que o método qualitativo não tem pretensão de numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas. 3.2 COLETA DE DADOS A coleta de dados deve informar como se pretende obter os dados para a pesquisa. De acordo com Marconi e Lakatos (1996, p. 30), a coleta de dados é a “etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos.” 44 Segundo Gil (2010, p. 119): “os estudos de caso requerem que se utilize diversas técnicas de coleta de dados, para garantir a profundidade necessária ao estudo e a inserção do caso em seu contexto, além de conferir maior credibilidade aos resultados”. Gil (2010, p. 120) ainda descreve que: “na maioria dos estudos de caso bem conduzidos, a coleta de dados é feita mediante entrevistas, observação e análise de documentos”. Este trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisas bibliográficas em livros, revistas, normas, leis, contemplando o parte teórica do estudo aplicado. Para a obtenção de dados foi utilizada a entrevista despadronizada com gerentes da organização e ainda os demonstrativos contábeis. a) Instrumentos de coleta de dados Nesta pesquisa foram utilizadas a observação e a entrevista despadronizada como instrumentos de coleta de dados. De acordo com Gil (2010) a entrevista é um instrumento que requer muitos cuidados em suas conduções: quanto a definição da modalidade de entrevista, pode ser aberta, guiada, por pautas ou informal; quanto a quantidade de entrevistas, deve ser em número suficiente para que se manifestem todos os autores relevantes; quanto a seleção dos informantes, deve-se selecionar pessoas articuladas culturalmente e sensitivamente com o grupo ou organização; quanto a negociação da entrevista, deve-se estabelecer tipo de contrato em que são esclarecidos os objetivos da entrevista e definidos os papéis das duas partes. A forma de entrevista utilizada nesta pesquisa foi a despadronizada, porque as perguntas foram elaboradas sem roteiro definido, conforme foram surgindo as diversas situações e a necessidade de novas informações. Já a observação, segundo Gil (2010), pode assumir pelo menos três modalidades: espontânea, sistemática e participante, onde na primeira o pesquisador observa os fatos que ocorrem na comunidade, grupo ou situação que pretende estudar. Já na observação sistemática, o pesquisador sabe quais aspectos são significativos para alcançar os objetivos pretendidos, sendo capaz de elaborar um plano de observação para orientar a coleta, análise e interpretação de dados. E na observação participante, o pesquisador participa na vida da comunidade, organização ou grupo em que é realizada a pesquisa. 45 No caso desse estudo, a observação foi simples ou não participante, pois ocorreram contatos com os gestores da empresa estudada, porém estes ocorreram sem estar integrada a ela. A análise documental refere-se a verificação criteriosa nos documentos pesquisados, buscando aprofundar o diagnostico do caso (GIL, 2010). Foi feita a partir dos documentos disponibilizados para organização, sendo eles as demonstrações contábeis, livro razão, e documentação dos veículos (DUTs). 3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Uma vez obtidos os dados, os mesmos devem ser interpretados e analisados. Para Markoni e Lakatos (1996, p. 31): “A análise e interpretação são duas atividades distintas, mas estreitamente relacionadas e, como processo, envolvem duas operações.” Segundo os autores, a análise tenta evidenciar as relações entre o fenômeno estudado e outros fatores, sendo realizada nos níveis interpretação, explicação e especificação. Já a interpretação, vincula as respostas a outros conhecimentos, dando-lhes um significado mais amplo. Este trabalho foi realizado em uma transportadora com objetivo de identificar se a aplicação do teste de recuperabilidade gera impactos na posição econômica e financeira apresentados nos demonstrativos contábeis. 46 4 ESTUDO APLICADO O presente estudo foi desenvolvido em uma empresa do ramo de transportes, onde se aplicou o teste de recuperabilidade na sua frota, com a finalidade de verificar se houve desvalorização desses ativos com o decorrer do tempo, bem como, verificar os impactos causados no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício antes e após os ajustes. O trabalho consistiu na verificação da frota – Cavalos Mecânicos e Semirreboques constantes na contabilidade, confrontando com a real existência na organização. A partir da relação dos itens constantes na frota, foi aplicado o teste de recuperabilidade. Para isso, apurou-se o valor contábil, o valor de mercado e o valor de uso. Para aplicar o teste de recuperabilidade, deve-se considerar como valor recuperável o maior entre o valor de mercado e o valor de uso, e após comparar com o valor contábil, para identificar se houve ou não desvalorização. Quando o valor recuperável for menor que o valor contábil, há desvalorização, a qual deve ser contabilizada. Essa prática evita que um ativo esteja registrado com valor maior do que o seu valor recuperável. 4.1 ITENS QUE COMPÕE O ATIVO NÃO CIRCULANTE O Ativo Não Circulante é composto pelos bens de permanência duradoura na empresa, que são destinados ao seu funcionamento normal, além dos direitos exercidos com essa finalidade. Os subgrupos que compõe o Ativo Não Circulante são Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizados e Intangível. A seguir apresenta-se a composição do Ativo Não Circulante da empresa objeto deste estudo, que é composto pelos Investimentos e pelo Imobilizado. Na balanço, ainda é usada a denominação Ativo Permanente, que com a Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09, passa a ser denominado Ativo Não Circulante. 47 Quadro 12: Composição do Ativo Não Circulante ATIVO PERMANENTE INVESTIMENTOS CONSÓRCIOS NÃO CONTEMPLADOS OUTROS CONSÓRCIOS PONTOS COMERCIAIS OUTROS INVESTIMENTOS IMOBILIZADO IMOVEIS Benf. Imoveis Terceiros Benf. Imoveis Terceiros – Itaqui Benf. Imoveis Terceiros - BR 285 Rampa (-) Amortização Imoveis Terceiros CAVALOS MECANICOS Caminhões Frota Bau Lonado Reserva de Reavaliação Cavalos Mecanicos (-) Deprec Acumulada Bau Lonado SEMIRREBOQUES Semi Reboque Bau Lonado Reserva de Reavaliação Semi Reboques (-) Deprec Acumulada SR Bau Lonado MOVEIS E EQUIPAMENTOS Maquinas e Equipamentos Diversos Equipamentos de Informática Moveis e Maquinas de Escritorio Ferramentas Bens em Comodato (-) Deprec Acumulada Mauqinas Equipam VEICULOS E UTILITARIOS Automoveis e Utilitários (-) Deprec Acumulada Automoveis e Utilitários Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. 43.793.266,02 912.787,97 907.087,97 2.000,00 3.500,00 200,00 42.880.478,05 293.441,58 102.384,30 83.399,18 134.334,60 -26.676,50 22.265.273,28 39.286.155,95 4.262.823,68 -21.283.706,35 18.243.392,59 26.892.420,84 1.892.954,83 -10.541.983,08 1.305.061,36 900.683,78 383.893,30 371.762,64 22.609,49 2.650,98 -376.538,83 773.309,24 1.289.859,05 -516.549,81 Considerando a grande quantidade de itens do Ativo Não Circulante, principalmente do imobilizado, aplicou-se o teste de recuperabilidade apenas nos subgrupos Cavalos Mecânicos e Semirreboques, cujos valores representam 92,5 % do total do Ativo Não Circulante. Os itens constantes nos subgrupos Cavalos Mecânicos e Semirreboques foram confrontados com os DUT’s para verificar sua real existência. Constatou-se que todos os itens registrados são de propriedade da empresa, assim como, todos os DUT’s estão registrados no imobilizado. Quanto à depreciação, a empresa deprecia os Cavalos Mecânicos e Semirreboques em cinco anos (20% ao ano) e não utiliza valor residual. Para adequar os valores registrados dos bens à realidade, recalculou-se a depreciação dos bens utilizando valor residual de 40%, com base nos valores históricos de venda. O percentual de 40% também foi baseado na resolução CFC 1027/2005, que define o valor residual como o montante líquido que a entidade espera, com razoável segurança, obter por um ativo no final de sua vida útil. A política da empresa é 48 de renovação da frota com cinco anos de uso, considerou-se esse tempo como vida útil e manteve-se a depreciação de 20% ao ano. No quadro 13 verifica-se um comparativo de como era a composição anterior da conta e como ficou após a apuração dos novos valores. As contas Cavalos Mecânicos e Semirreboques ficaram com os seguintes saldos: Quadro 13: Composição Cavalos Mecânicos e Semi Reboques com Valor Residual CONTAS ANTES CAVALOS MECANICOS Caminhões Frota Bau Lonado Reserva de Reavaliação Cavalos Mecanicos (-) Deprec Acumulada Bau Lonado SEMIRREBOQUES Semi Reboque Bau Lonado Reserva de Reavaliação Semi Reboques (-) Deprec Acumulada SR Bau Lonado Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. DEPOIS 22.265.273,28 39.286.155,95 4.262.823,68 -21.283.706,35 18.243.392,59 26.892.420,84 1.892.954,83 -10.541.983,08 29.438.000,87 39.286.155,95 4.262.823,68 -14.110.978,76 22.569.099,26 26.892.420,84 1.892.954,83 -6.216.276,41 Observa-se que houve variação nos valores das contas de depreciação. A depreciação acumulada dos Cavalos Mecânicos passou de R$ 21.283.706,35 para R$ 14.110.978,76. Já a depreciação acumulada dos Semirreboques passou de R$ 10.541.983,08 para R$ 6.216.276,41 Esta variação se deve pelo uso de valor residual no cálculo da depreciação. Para ajustar as contas do ativo, são necessários os lançamentos a seguir: Quadro 14: Lançamentos de Ajuste do Ativo D = (-) Deprec Acumulada Bau Lonado 7.172.727,59 D = (-) Deprec Acumulada SR Bau Lonado 4.325.706,67 C = Recuperação Despesa com Depreciação Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. 11.498.434,26 Efetuando estes lançamentos, as contas contábeis Cavalos Mecânicos e Semirreboques ficam com os saldos ajustados de acordo com as normas. 4.2 APLICAÇÃO DO TESTE DE RECUPERABILIDADE Inicialmente, foi feito o levantamento dos itens que compõe os grupos Cavalos Mecânicos e Semirreboques, do Ativo Não Circulante, sua data e valor de aquisição. Após, calculou-se a depreciação de cada item separadamente, usando as taxas mencionadas anteriormente (40% de valor residual e 20% de depreciação anual), através do método linear. 49 Após o cálculo da depreciação, encontrou-se o valor contábil, que é o resultado da dedução da depreciação do valor de aquisição. Para encontrar o valor recuperável, calculou-se o valor líquido de venda ou valor de mercado e o valor em uso, sendo o valor recuperável o maior entre os dois, conforme a NBC TG 01, resolução CFC 1292/10. O valor de mercado dos Cavalos Mecânicos foi obtido através de consulta na tabela FIPE juntamente com a avaliação do diretor operacional, e os Semirreboques somente através de avaliação do diretor operacional. Cabe ressaltar que se a empresa decidir aplicar o teste de recuperabilidade precisará de laudos que comprovem o valor de mercado dos ativos. Verificou-se no caso de venda destes ativos, se haveria a ocorrência de custos, não existindo nenhum custo ou despesa no momento da venda dos mesmos, por conta do vendedor, no caso da empresa objeto deste estudo. Para calcular o fluxo de caixa futuro gerado pelos ativos, buscou-se o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício dos anos 2010, 2011 e 2012, para identificar o valor de uso desses bens, para após identificar o valor recuperável. Da Demonstração do Resultado do Exercício foram deduzidas todas as receitas que não geram entrada de caixa e somadas todas as despesas que não geram desembolsos, como por exemplo, a depreciação. A partir do valor encontrado, deduzindo as receitas e somando as despesas que não geram entrada ou saída de caixa, projetou-se o fluxo de caixa dos próximos cinco anos, para identificar o valor em uso dos itens das contas do Ativo Não Circulante – Cavalos Mecânicos e Semirreboques. Para calcular o fluxo de caixa futuro, deve-se considerar algumas taxas, conforme emana a NBC TG 01. Uma delas é a taxa de crescimento da empresa, que foi obtida através de tendências do mercado e informações dos gestores. Outra taxa, é a inflação, que foi obtida em sites oficiais do governo. Foi considerada ainda a taxa de risco do setor utilizada pela empresa. A taxa de inflação e a taxa de risco foram usadas para trazer os valores do fluxo de caixa projetado a valor presente líquido. A seguir apresenta-se as Demonstrações do Resultado do Exercício dos anos 2010, 2011 e 2012: 50 Quadro 15: Demonstração do Resultado do Exercício RECEITA OPERACIONAL BRUTA (-) Terciarização Direta (-) Deduções da Receita Bruta RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS Remuneração do Pessoal Combustível e Manutenção dos Veículos Impostos e Taxas Nacionais e Internacionais Despesa com Depreciações Outros Custos do Transporte LUCRO BRUTO DESPESAS OPERACIONAIS Remuneração do Pessoal Instalações Materiais de Uso e Consumo Serviços Terciarizados Despesas com Veículos Outras Despesas Operacionais RESULTADO FINANCEIRO Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras RESULTADO OPERACIONAL RESULTADO NÃO OPERACIONAL RESULTADO ANTES DAS PROV PARA IR E CSLL PROVISÃO PARA IR E CSLL RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. 2010 36.930.857,18 8.480.635,10 1.149.968,31 27.300.253,77 21.750.613,97 3.480.498,07 10.025.768,47 2.214.119,07 3.690.950,76 2.339.277,60 5.549.639,80 1.514.339,10 470.507,38 359.119,68 90.727,38 343.850,21 119.450,21 130.684,24 3.881.645,81 3.991.210,07 109.564,26 153.654,89 289.566,11 443.221,00 142.087,85 301.133,15 2011 39.287.994,79 7.325.995,20 1.017.868,22 30.944.131,37 26.409.536,94 3.487.751,50 10.794.691,22 2.648.361,63 5.088.340,56 4.390.392,03 4.534.594,43 1.977.052,45 661.128,84 562.097,27 91.731,02 322.559,11 149.725,37 189.810,84 2.505.875,08 2.950.930,60 445.055,52 51.666,90 708.700,43 760.367,33 248.972,14 511.395,19 2012 62.847.856,42 17.664.996,67 1.564.200,70 43.618.659,05 33.882.248,25 5.670.934,71 10.514.842,57 3.792.374,55 8.031.444,40 5.872.652,02 9.736.410,80 1.776.001,59 523.360,33 240.118,27 140.264,90 398.163,49 83.905,66 390.188,94 5.463.888,86 6.658.999,76 1.195.110,90 2.496.520,35 496.417,10 2.992.937,45 1.037.737,09 1.955.200,36 A seguir apresenta-se a variação percentual de cada item da Demonstração do Resultado, fazendo uma análise horizontal de 2010 para 2011 e de 2010 para 2012: 51 Quadro 16: Demonstração do Resultado do Exercício em Percentual RECEITA OPERACIONAL BRUTA (-) Terceirização Direta (-) Deduções da Receita Bruta RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS Remuneração do Pessoal Combustível e Manutenção dos Veículos Impostos e Taxas Nacionais e Internacionais Despesa com Depreciações Outros Custos do Transporte LUCRO BRUTO DESPESAS OPERACIONAIS Remuneração do Pessoal Instalações Materiais de Uso e Consumo Serviços Terciarizados Despesas com Veículos Outras Despesas Operacionais RESULTADO FINANCEIRO Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras RESULTADO OPERACIONAL RESULTADO NÃO OPERACIONAL RESULTADO ANTES DAS PROV PARA IR E CSLL PROVISÃO PARA IR E CSLL RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. 2010 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 2010/2011 106,38% 86,38% 88,51% 113,35% 121,42% 100,21% 107,67% 119,61% 137,86% 187,68% 81,71% 130,56% 140,51% 156,52% 101,11% 93,81% 125,35% 145,24% 64,56% 73,94% 406,21% 33,63% 244,75% 171,55% 175,22% 169,82% 2010/2012 170,18% 208,30% 136,02% 159,77% 155,78% 162,93% 104,88% 171,28% 217,60% 251,05% 175,44% 117,28% 111,23% 66,86% 154,60% 115,80% 70,24% 298,57% 140,76% 166,84% 1090,79% 1624,76% 171,43% 675,27% 730,35% 649,28% Observa-se que a Receita Operacional Bruta apresentou um aumento de 6,38% de 2010 para 2011. Como a Terceirização Direta e as Deduções diminuíram nesse período, a Receita Operacional Líquida cresceu mais que a bruta, havendo um aumento de 13,35%. Já os custos apresentaram um aumento desproporcional ao da receita, variando de 100% para 121,42%. Logo, o Lucro Bruto apresentou uma significativa redução, 18,29%. As Despesas Operacionais, também tiveram uma variação desproporcional à receita, aumentando 30,56%. Ao contrário das Despesas Operacionais, o Resultado Financeiro apresentou redução de 35,44%, sendo um fator positivo, uma vez que as Despesas Financeiras superam as Receitas Financeiras. Devido ao grande aumento dos Custos e das Despesas Operacionais, o Resultado Operacional reduziu significativamente em 66,37%. Em contrapartida, o Resultado Não Operacional aumentou 144,75%, fazendo o Lucro Líquido do Exercício aumentar 69,82% em relação ao ano anterior. Comparando o ano de 2010 com o de 2012, observa-se que a Receita operacional Bruta apresentou um significativo aumento, 70,18%. Como a Terceirização Direta e as Deduções aumentaram nesse período, a Receita Operacional Líquida cresceu menos que a bruta, havendo um aumento de 59,77%. Já os Custos, cresceram somente 55,78%, o que é um 52 fator positivo, uma vez que cresceram menos que a Receita Bruta e Líquida. Logo, o Lucro Bruto apresentou um aumento de 75,44%. Assim como os Custos, as Despesas Operacionais também cresceram menos, somente 17,28%. O Resultado Financeiro apresentou um aumento de 40,76%, considerando que ele é negativo. Devido ao significativo aumento da Receita e redução dos Custos e Despesas, o Resultado Operacional cresceu 1.524,76%. Considerando ainda o aumento de 71,43% do Resultado Não Operacional, o Lucro Líquido do Exercício aumentou, de 2010 para 2012, 549,28%, ou seja, muito mais que o aumento da Receita. Para fazer a projeção do Fluxo de Caixa, somou-se ao lucro a despesa com depreciação, por ser uma despesa que não gera saída de recurso financeiro. Utilizou-se a média dos últimos três anos do Resultado Líquido do Exercício somado à depreciação, para obter o Fluxo de Caixa do período atual, considerado zero, conforme quadro a seguir: Quadro 17: Fluxo de Caixa Médio 2010 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Despesa com Depreciações 2011 2012 Soma Média 301.133,15 511.395,19 1.955.200,36 3.690.950,76 5.088.340,56 8.031.444,40 16.810.735,72 5.603.578,57 FLUXO DE CAIXA 3.992.083,91 5.599.735,75 Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. 9.986.644,76 19.578.464,42 6.526.154,81 2.767.728,70 922.576,23 Como o Teste de Recuperabilidade foi aplicado no primeiro semestre de 2013, considerou-se para o período atual, 50% do valor encontrado. No ano 5, também foi considerado um semestre para fechar cinco anos, e para tanto somou-se 50% do fluxo de caixa do ano 5. Considerando uma estimativa para cinco anos, aplicou-se uma taxa de crescimento de 10% ao ano. Considerou-se ainda que os Cavalos Mecânicos e Semirreboques representam 92,5% do total do Ativo Circulante, utilizando assim, esse percentual do lucro líquido e da depreciação. A seguir apresenta-se a projeção do Fluxo de Caixa do ano 0 ao ano 5, considerando, no ano 5, o valor residual dos ativos no final deste período. 53 Quadro 18: Projeção de Fluxo de Caixa do Ano 0 ao Ano 5 Período Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 + Valor Residual Total Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Gerado 3.018.346,60 6.640.362,52 7.304.398,77 8.034.838,64 8.838.322,51 31.017.801,64 64.854.070,67 Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. Para encontrar o valor do Fluxo de Caixa anual, considerou-se 92,5% do total de fluxo de caixa gerado no ano, uma vez que os ativos em que se está aplicando o teste de recuperabilidade representam esse percentual do total do Ativo. No ano 5, considerou-se 92,5% do fluxo de Caixa e somou-se o valor residual dos Ativos, considerando-se apenas o valor residual dos Ativos em que foi aplicado o teste de recuperabilidade. Após encontrar o valor dos Fluxos de Caixa gerados, é necessário calcular o valor presente. Para isso, utilizou-se uma taxa de 12,2888%, considerando um custo de capital de 6,2888%, obtido através do IGP-DI acumulado nos últimos doze meses, no mês de Junho/2013 e considerando uma taxa de risco de 6%, utilizada na empresa como taxa de risco de setor. A seguir, apresenta-se o valor encontrado. Quadro 19: Valor Presente do Fluxo de Caixa Total Fluxo de Caixa Custo de Capital - Taxa de Desconto Valor Presente 64.854.070,67 12,2888% 43.334.637,06 Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. O valor presente dos Cavalos Mecânicos e Semirreboques foi de R$ 43.334.637,06. A partir deste valor foi feito o rateio entre os itens, de acordo com o percentual do valor contábil que cada um representa. O quadro a seguir apresenta a soma do valor de mercado, valor de uso e valor recuperável encontrado para os Cavalos Mecânicos e Semirreboques, os quais são apresentados individualmente para cada item que compõe o grupo no apêndice. 54 Quadro 20: Grupos de Ativos Contas Valor Contábil Cavalos Mecânicos Valor de Mercado 24.381.342,24 Valor de Uso Valor Recuperável 26.836.035,30 23.445.401,95 27.371.416,89 Semirreboques 20.683.213,23 25.553.000,00 Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. 19.889.235,11 25.599.063,03 Após calculados o valor de mercado e o valor de uso, obteve-se o valor recuperável, sendo este o maior entre o valor de mercado e o valor de uso do bem. Cada item dos grupos Cavalos Mecânicos e Semirreboques foi analisado separadamente, sendo que em alguns deles o valor recuperável foi o valor de uso e em outros, foi o valor de mercado, conforme apêndice. No apêndice pode-se observar também, que alguns itens apresentaram valor contábil maior que o valor recuperável, havendo portanto, desvalorização. 4.3 AJUSTES DE DESVALORIZAÇÃO E IMPACTOS GERADOS NAS DEMONSTRAÇÕES De acordo com a NBC TG 01, resolução CFC 1292/10, quando o valor recuperável for maior que o valor contábil, ou seja, o valor de venda ou de uso for menor do que o valor registrado na contabilidade, deve-se proceder com o ajuste da desvalorização. O quadro a seguir apresenta a desvalorização dos grupos. A desvalorização detalhada dos itens consta no apêndice, onde observa-se que alguns itens apresentaram desvalorização. Quadro 21: Desvalorização dos Ativos Valor de Uso Valor Recuperável 26.836.035,30 23.445.401,95 27.371.416,89 402.339,65 Semirreboques 20.683.213,23 25.553.000,00 Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. 19.889.235,11 25.599.063,03 49.966,80 Contas Cavalos Mecânicos Valor Contábil 24.381.342,24 Valor de Mercado Desvalorização Como houve desvalorização, há necessidade de ajuste de perda por desvalorização. A desvalorização deve ser registrada na contabilidade, conforme apresentado no quadro 22. 55 Quadro 22: Lançamento de Ajuste de Desvalorização D = Perda por Desvalorização (Resultado do Exercício) C= Perdas Estimadas por Valor Não Recuperável - Cavalos Mecânicos (Redutora do Ativo Imobilizado) C= Perdas Estimadas por Valor Não Recuperável - Semirreboques (Redutora do Ativo Imobilizado) Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. 452.306,45 402.339,65 49.966,80 Aplicando o teste de recuperabilidade, verificou-se a necessidade de adequar a classificação do ativo em Circulante e Não Circulante Com os ajustes necessários na depreciação, usando valor residual, houve algumas mudanças no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício. A Depreciação foi calculada novamente para cada item, usando valor residual, conforme o apêndice. Para encontrar os novos valores da depreciação, diminuiu-se o valor de aquisição pelo valor residual, para encontrar o valor a depreciar. Este foi dividido pela vida útil para identificar o valor da depreciação anual Como antes não era utilizado valor residual, muitos dos itens já estavam totalmente depreciados e, portanto, seus valores estavam zerados na contabilidade. Para estes, foi aderido o valor residual calculado, que é o valor do bem após cinco anos de uso. As alterações no Balanço Patrimonial constam no quadro 13, e o cálculo da depreciação encontra-se no apêndice e resumido no quadro a seguir. Quadro 233: Cálculo da Depreciação DESCRIÇÃO CAVALOS MECANICOS Aquisição (R$) 38.492.321,00 Valor Residual (R$) Valor a Depreciar (R$) Depreciação (R$) Valor Contábil (R$) 15.396.928,40 23.095.392,60 14.110.978,76 24.381.342,24 10.759.795,86 SEMIRREBOQUES 26.899.489,64 Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa. 16.139.693,78 6.216.276,41 20.683.213,23 O lançamento de ajuste da depreciação, terá efeito na Demonstração de Resultado do Exercício, sendo que valor deve ser lançado na conta de recuperação de despesa. Efetuados os lançamentos de ajuste, as contas Cavalos Mecânicos e Semirreboques ficam com os saldos adequados, conforme demonstra o quadro a seguir: 56 Quadro 244: Comparativo do Ativo não Circulante com o ajuste do valor recuperável CONTAS CAVALOS MECANICOS Caminhões Frota Bau Lonado Reserva de Reavaliação Cavalos Mecânicos (-) Deprec Acumulada Bau Lonado (-) Perdas Estimadas por Valor Não Recuperável - Cavalos Mecânicos SEMI REBOQUES Semi Reboque Bau Lonado Reserva de Reavaliação Semi Reboques (-) Deprec Acumulada SR Bau Lonado (-) Perdas Estimadas por Valor Não Recuperável - Semirreboques Fonte: Elaborado pela autora com base na pesquisa ANTES DEPOIS 22.265.273,28 29.035.661,22 39.286.155,95 39.286.155,95 4.262.823,68 4.262.823,68 -21.283.706,35 -14.110.978,76 -402.339,65 18.243.392,59 22.519.132,46 26.892.420,84 26.892.420,84 1.892.954,83 1.892.954,83 -10.541.983,08 -6.216.276,41 -49.966,80 O cálculo da desvalorização deve ser feito no final de cada exercício, ou quando houver desvalorização visível de algum ativo. A contabilização da desvalorização alterou o saldo das contas de Cavalos Mecânicos e Semirreboques, alterando o seu valor registrado no Balanço Patrimonial. A contrapartida é lançada diretamente na conta de resultado e terá efeito da Demonstração do Resultado do Exercício em que foi aplicado o teste de recuperabilidade. Os novos valores do Balanço Patrimonial com o ajuste da desvalorização estão descritos no quadro 24. O reajuste da depreciação e o ajuste da desvalorização impactarão na redução do Resultado do Exercício de 2013, ano em que se sugerem as alterações. Em razão da necessidade de ajustes feitos para identificar o valor residual, consequentemente houve diminuição no valor de depreciação, reduzindo as despesas, enquanto que o ajuste do valor recuperável provocou um aumento nas despesas. Em suma o impacto gerado neste caso foi um aumento nos resultados e no Ativo Não Circulante em R$ 11.046.127,81, uma vez que houve uma diminuição nas despesas considerando o ajuste de depreciação e do valor recuperável. 57 CONCLUSÃO A convergência das normas brasileiras trouxe grandes mudanças para a contabilidade e representa um passo muito importante na área contábil, por apresentar um foco mais gerencial. As principais mudanças foram as Leis nº 11.638/07 e 11.941/09, que alteram a Lei nº 6.404/76, com a finalidade da harmonização contábil. Esse estudo foi realizado em função da importância da harmonização contábil, sendo o marco de uma nova fase na contabilidade, onde se busca maior transparência nas demonstrações contábeis, facilitando sua interpretação em diversos países. As normas internacionais, que antes atingiam somente as sociedades por ações, começam a ser pensadas em todas as empresas, independente do porte. As informações precisam estar expostas de forma clara aos usuários, e isso vale para todas as organizações. Para isso, é necessário que o profissional da área contábil esteja preparado e atualizado para atender a demanda e contribuir para o sucesso da empresa. O estudo de caso foi triangulado a partir da confrontação dos dados obtidos a partir de entrevistas despadronizadas, observações, verificação na documentação disponibilizada, assim como com a literatura pesquisada sobre o tema. Ao longo do trabalho fica evidente que os objetivos propostos foram alcançados. Com base na literatura específica foi possível aprimorar os conhecimentos na área do estudo, aplicar o teste de recuperabilidade para identificar se houve ou não desvalorização dos bens, e após analisar os impactos gerados nas demonstrações contábeis. O trabalho teve como objetivo principal identificar se a aplicação do teste de recuperabilidade gera impactos nas demonstrações contábeis, quando aplicado na frota de caminhões de uma transportadora. Nesse sentido a partir do que foi constatado na pesquisa fica evidente que para o caso estudado a aplicação do teste de recuperabilidade gerou impactos na posição econômica das demonstrações, em razão da necessidade de ajustes feitos para identificar o valor residual o que consequentemente provocou diminuição no valor de depreciação, ou seja, diminuiu as despesas, enquanto que o ajuste do valor recuperável provocou um aumento nas despesas. Em suma o impacto gerado neste caso foi um aumento nos resultados e no Ativo não circulante, uma vez que houve uma diminuição nas despesas considerando o ajuste de depreciação e do valor recuperável. O fato de utilizar valor residual para o cálculo da depreciação, diminui a despesa com depreciação e consequentemente aumenta o lucro do período, implicando no aumento do Imposto de Renda e Contribuição Social. Em contrapartida, na venda do bem o ganho de 58 capital, quando houver, será menor e consequentemente o valor do imposto de renda e contribuição social será menor. Portanto, utilizando valor residual, o valor a pagar de imposto de renda e contribuição social permanece o mesmo, porém será recolhido em outros períodos. Além disso, a empresa ainda tem a opção de fazer o ajuste da despesa com depreciação no LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real. Desta forma, os valores dos impostos permanecem os mesmos, e haverá tributação na venda, através do ganho de capital. Após aplicar o teste de recuperabilidade, verificou-se a necessidade de ajuste de desvalorização, pois o valor recuperável de alguns itens era menor que o valor contábil. Além do ajuste da desvalorização, foi identificada e necessidade de outros ajustes nas contas para compor seus saldos de forma correta. Realizar este estudo, foi muito importante, por ser um assunto considerado recente e por haver interesse por ambas as partes, a autora, por aprimorar os conhecimentos, e empresa, por poder colocar em prática algumas mudanças propostas pela nova lei. O estudo proporcionou ainda a experiência prática do tema, permitindo conhecer melhor vários assuntos que tangem sobre o Ativo Não Circulante, focando no Ativo Imobilizado e aplicação do teste de recuperabilidade. 59 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: Elaboração de Trabalhos na Graduação. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2003. AZEVEDO, Osmar Reis. Comentários às Novas Regras Contábeis Brasileiras. 5. ed. São Paulo: IOB, 2010. BASSO, Irani Paulo. Contabilidade Geral Básica. 4.ed. Ijuí: Unijuí, 2011. BERTI, Anélio. Contabilidade Geral. São Paulo: Ícone, 2001. 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Aprova a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. Publicada no Diário Oficial da União de 15/09/2009. ______.Resolução CFC nº 1.159 de 13 de Fevereiro 2009. Aprova o Comunicado Técnico CTG 2000 - aborda como os ajustes das novas práticas contábeis adotadas no Brasil trazidas pela Lei nº. 11.638/07 e MP nº. 449/08 devem ser tratados. Publicada no Diário Oficial da União de 04/03/2009. ______.Resolução CFC nº 1.255 de 10 de Dezembro de 2009. Aprova a NBC T 19.41 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. ______.Resolução CFC nº 1.292 de 20 de Agosto de 2010. Aprova a NBC TG 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. ______.Resolução CFC nº 750 de 29 de Dezembro de 1993. Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade (PC). (redação dada Pela Resolução CFC nº. 1282/10). ______.Resolução CFC nº 1.376 de 08 de Dezembro de 2011. Altera a NBC TG 26 – Apresentação das Cemonstrações contábeis e a ITG 01 – Contratos de Concessão. ______.Resolução CFC nº 1.303 de 25 de Novembro de 2010. Aprova a NBC TG 04 Ativo Intangível. ______.Resolução CFC nº 1.304 de 25 de Novembro de 2010. Aprova a NBC TG 06 Operações de Arrendamento Mercantil. ______.Resolução CFC nº 1.305 de 25 de Novembro de 2010. Aprova a NBC TG 07 Subvenção e Assistência Governamentais. ______.Resolução CFC nº 1.151 de 23 de Janeiro de 2009. Aprova a NBC TG 12 – Ajuste a Valor Presente. ______.Resolução CFC nº 1.296 de 17 de Setembro de 2010. Aprova a NBC TG 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa. ______.Resolução CFC nº 1.138 de 21 de Novembro de 2008. Aprova a NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado. ______.Resolução CFC nº 1.162 de 27 de Março de 2009. Altera o item 3 da NBC TG 09 Demonstração do Valor Adicionado. CPC- Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Disponível em: <http://cpc.org.br>. Acesso em: 06/01/2012. ______. Orientação OCPC 02 – Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008. Brasília, 30 de Janeiro de 2009. 61 ______.Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Brasília, 06 de Agosto de 2010. ______.Pronunciamento Técnico CPC 03 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Brasília, 03 de Setembro de 2010. ______.Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível. Brasília, 05 de Novembro de 2010. ______.Pronunciamento Técnico CPC 06 – Operação de Arrendamento Mercantil. Brasília, 05 de Novembro de 2010. ______.Pronunciamento Técnico CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais. Brasília, 05 de Novembro de 2010. ______.Pronunciamento Técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado. Brasília, 05 de Novembro de 2010. ______.Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente. Brasília, 05 de Dezembro de 2008. ______.Pronunciamento Técnico CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08. 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APÊNDICE: Cavalos Mecânicos e Semirreboques DESCRIÇÃO Data Aquisição R$ Aquisição Valor Residual Valor a Depreciar Depreciação Acumulada Valor Contábil Valor de Mercado Valor de Uso Valor Recuperável Desvalorização CAVALOS MECANICOS P114GA4X2NZ 330 23/ago/01 200.000,00 80.000,00 120.000,00 120.000,00 80.000,00 102.293,10 76.929,00 102.293,10 0,00 P114GA4X2NZ 330 24/ago/01 200.000,00 80.000,00 120.000,00 120.000,00 80.000,00 102.293,10 76.929,00 102.293,10 0,00 P114GA4X2NZ 330 25/set/01 200.000,00 80.000,00 120.000,00 120.000,00 80.000,00 102.293,10 76.929,00 102.293,10 0,00 P114GA4X2NZ 330 30/out/03 220.000,00 88.000,00 132.000,00 132.000,00 88.000,00 113.985,00 84.621,89 113.985,00 0,00 R124 LA6X2NA 360 19/jan/04 260.000,00 104.000,00 156.000,00 156.000,00 104.000,00 166.738,50 100.007,69 166.738,50 0,00 R114GA4X2NZ 330 30/jun/04 216.000,00 86.400,00 129.600,00 129.600,00 86.400,00 155.233,80 83.083,31 155.233,80 0,00 R114GA4X2NZ 330 30/jun/04 216.000,00 86.400,00 129.600,00 129.600,00 86.400,00 155.233,80 83.083,31 155.233,80 0,00 R114GA4X2NZ 330 30/jun/04 216.000,00 86.400,00 129.600,00 129.600,00 86.400,00 155.233,80 83.083,31 155.233,80 0,00 R114GA4X2NZ 330 23/jul/04 216.000,00 86.400,00 129.600,00 129.600,00 86.400,00 155.233,80 83.083,31 155.233,80 0,00 R114GA4X2NZ 330 27/jul/04 216.000,00 86.400,00 129.600,00 129.600,00 86.400,00 155.233,80 83.083,31 155.233,80 0,00 P114GA4X2NZ 330 23/ago/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 23/ago/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 24/ago/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 24/ago/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 24/ago/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 01/set/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 01/set/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 01/set/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 01/set/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 01/set/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 01/set/04 203.000,00 81.200,00 121.800,00 121.800,00 81.200,00 113.985,00 78.082,93 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 26/out/04 207.000,00 82.800,00 124.200,00 124.200,00 82.800,00 113.985,00 79.621,51 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 26/out/04 207.000,00 82.800,00 124.200,00 124.200,00 82.800,00 113.985,00 79.621,51 113.985,00 0,00 P114GA4X2NZ 330 06/jul/05 240.000,00 96.000,00 144.000,00 144.000,00 96.000,00 113.985,00 92.314,79 113.985,00 0,00 64 R124 LA4X2NA 400 12/mai/05 248.000,00 99.200,00 148.800,00 148.800,00 99.200,00 180.447,30 95.391,95 180.447,30 0,00 R124 LA4X2NA 400 12/mai/05 248.000,00 99.200,00 148.800,00 148.800,00 99.200,00 180.447,30 95.391,95 180.447,30 0,00 R124 LA4X2NA 400 25/mai/05 248.000,00 99.200,00 148.800,00 148.800,00 99.200,00 180.447,30 95.391,95 180.447,30 0,00 R124 LA4X2NA 400 02/jun/05 248.000,00 99.200,00 148.800,00 148.800,00 99.200,00 180.447,30 95.391,95 180.447,30 0,00 R124 GA6X4NZ 420 02/jun/05 318.760,00 127.504,00 191.256,00 191.256,00 127.504,00 179.118,00 122.609,43 179.118,00 0,00 P114GA4X2NZ 340 07/mai/07 246.000,00 98.400,00 147.600,00 147.600,00 98.400,00 134.055,00 94.622,66 134.055,00 0,00 P114GA4X2NZ 340 07/mai/07 246.000,00 98.400,00 147.600,00 147.600,00 98.400,00 134.055,00 94.622,66 134.055,00 0,00 P114GA4X2NZ 340 01/jun/07 251.700,00 100.680,00 151.020,00 151.020,00 100.680,00 134.055,00 96.815,14 134.055,00 0,00 P114GA4X2NZ 340 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340 A4X2 25/08/2010 235.000,00 94.000,00 141.000,00 81.466,67 153.533,33 170.989,20 147.639,56 170.989,20 0,00 P 340 A4X2 12/11/2010 235.000,00 94.000,00 141.000,00 75.278,33 159.721,67 170.989,20 153.590,34 170.989,20 0,00 P 340 A4X2 12/11/2010 235.000,00 94.000,00 141.000,00 75.278,33 159.721,67 170.989,20 153.590,34 170.989,20 0,00 P 340 A4X2 12/11/2010 235.000,00 94.000,00 141.000,00 75.278,33 159.721,67 170.989,20 153.590,34 170.989,20 0,00 P 340 A4X2 12/11/2010 235.000,00 94.000,00 141.000,00 75.278,33 159.721,67 170.989,20 153.590,34 170.989,20 0,00 G 380 A4X2 25/11/2010 300.956,00 120.382,40 180.573,60 95.102,10 205.853,90 210.942,90 197.951,67 210.942,90 0,00 ACTROS 2546LS-6X2 25/11/2010 312.000,00 124.800,00 187.200,00 98.592,00 213.408,00 223.918,20 205.215,79 223.918,20 0,00 AXOR 2035 S/36 06/01/2011 237.000,00 94.800,00 142.200,00 71.574,00 165.426,00 174.778,20 159.075,70 174.778,20 0,00 AXOR 2035 S/36 06/01/2011 237.000,00 94.800,00 142.200,00 71.574,00 165.426,00 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25.102,67 242.897,33 220.500,00 233.573,10 233.573,10 9.324,24 9800 i 6 x 4 410 CV 22/09/2012 268.000,00 107.200,00 160.800,00 25.102,67 242.897,33 220.500,00 233.573,10 233.573,10 9.324,24 FM 370 4 X 2 T 24/09/2012 260.000,00 104.000,00 156.000,00 24.180,00 235.820,00 234.508,50 226.767,45 234.508,50 1.311,50 FM 370 4 X 2 T 24/09/2012 260.000,00 104.000,00 156.000,00 24.180,00 235.820,00 234.508,50 226.767,45 234.508,50 1.311,50 FM 370 4 X 2 T 24/09/2012 260.000,00 104.000,00 156.000,00 24.180,00 235.820,00 234.508,50 226.767,45 234.508,50 1.311,50 FM 370 4 X 2 T 24/09/2012 260.000,00 104.000,00 156.000,00 24.180,00 235.820,00 234.508,50 226.767,45 234.508,50 1.311,50 FM 370 4 X 2 T 24/09/2012 260.000,00 104.000,00 156.000,00 24.180,00 235.820,00 234.508,50 226.767,45 234.508,50 1.311,50 Stralis 490 S 410 CV 29/09/2012 245.500,00 98.200,00 147.300,00 22.422,33 223.077,67 205.076,70 214.514,26 214.514,26 8.563,41 Stralis 490 S 410 CV 29/09/2012 245.500,00 98.200,00 147.300,00 22.422,33 223.077,67 205.076,70 214.514,26 214.514,26 8.563,41 Stralis 490 S 410 CV 29/09/2012 245.500,00 98.200,00 147.300,00 22.422,33 223.077,67 205.076,70 214.514,26 214.514,26 8.563,41 Stralis 490 S 410 CV 29/09/2012 245.500,00 98.200,00 147.300,00 22.422,33 223.077,67 205.076,70 214.514,26 214.514,26 8.563,41 Stralis 490 S 410 CV 29/09/2012 245.500,00 98.200,00 147.300,00 22.422,33 223.077,67 205.076,70 214.514,26 214.514,26 8.563,41 Stralis 490 S 410 CV 29/09/2012 245.500,00 98.200,00 147.300,00 22.422,33 223.077,67 205.076,70 214.514,26 214.514,26 8.563,41 Stralis 800 S 480 CV 29/09/2012 309.000,00 123.600,00 185.400,00 28.222,00 280.778,00 205.076,70 269.999,62 269.999,62 10.778,38 Stralis 800 S 480 CV 29/09/2012 309.000,00 123.600,00 185.400,00 28.222,00 280.778,00 205.076,70 269.999,62 269.999,62 10.778,38 Stralis 490 S 410 CV 29/09/2012 245.500,00 98.200,00 147.300,00 22.422,33 223.077,67 205.076,70 214.514,26 214.514,26 8.563,41 Stralis 490 S 410 CV 29/09/2012 245.500,00 98.200,00 147.300,00 22.422,33 223.077,67 205.076,70 214.514,26 214.514,26 8.563,41 9800 i 6 x 2 410 CV 21/01/2013 268.000,00 107.200,00 160.800,00 14.293,33 253.706,67 234.000,00 243.967,49 243.967,49 9.739,18 9800 i 6 x 2 410 CV 21/01/2013 268.000,00 107.200,00 160.800,00 14.293,33 253.706,67 234.000,00 243.967,49 243.967,49 9.739,18 9800 i 6 x 2 410 CV 21/01/2013 268.000,00 107.200,00 160.800,00 14.293,33 253.706,67 234.000,00 243.967,49 243.967,49 9.739,18 9800 i 6 x 2 410 CV 21/01/2013 268.000,00 107.200,00 160.800,00 14.293,33 253.706,67 234.000,00 243.967,49 243.967,49 9.739,18 9800 i 6 x 2 410 CV 21/01/2013 268.000,00 107.200,00 160.800,00 14.293,33 253.706,67 234.000,00 243.967,49 243.967,49 9.739,18 9800 i 6 x 2 410 CV 21/01/2013 268.000,00 107.200,00 160.800,00 14.293,33 253.706,67 234.000,00 243.967,49 243.967,49 9.739,18 38.492.321,00 15.396.928,40 23.095.392,60 14.110.978,76 24.381.342,24 26.836.035,30 23.445.401,95 27.371.416,89 402.339,65 TOTAL 68 DESCRIÇÃO Data Aquisição R$ Aquisição Valor Residual Valor a Depreciar Depreciação Acumulada Valor Contábil Valor de Mercado Valor de Uso Valor Recuperável Desvalorização SEMIRREBOQUES Charger 16/dez/98 45.000,00 Charger 04/ago/99 45.000,00 Charger 27/out/99 45.000,00 Charger 28-out-99 45.000,00 Randon 20/dez/99 50.000,00 Randon 10/jan/00 50.000,00 Randon 02/jun/00 Randon 02/jun/00 Randon Randon 18.000,00 27.000,00 27.000,00 18.000,00 40.000,00 17.309,02 40.000,00 0,00 18.000,00 27.000,00 27.000,00 18.000,00 40.000,00 17.309,02 40.000,00 0,00 18.000,00 27.000,00 27.000,00 18.000,00 40.000,00 17.309,02 40.000,00 0,00 18.000,00 27.000,00 27.000,00 18.000,00 40.000,00 17.309,02 40.000,00 0,00 20.000,00 30.000,00 30.000,00 20.000,00 40.000,00 19.232,25 40.000,00 0,00 20.000,00 30.000,00 30.000,00 20.000,00 40.000,00 19.232,25 40.000,00 0,00 50.000,00 20.000,00 30.000,00 30.000,00 20.000,00 40.000,00 19.232,25 40.000,00 0,00 50.000,00 20.000,00 30.000,00 30.000,00 20.000,00 40.000,00 19.232,25 40.000,00 0,00 02/jun/00 50.000,00 20.000,00 30.000,00 30.000,00 20.000,00 40.000,00 19.232,25 40.000,00 0,00 31/jul/00 50.000,00 20.000,00 30.000,00 30.000,00 20.000,00 40.000,00 19.232,25 40.000,00 0,00 Randon 26/mar/01 55.000,00 22.000,00 33.000,00 33.000,00 22.000,00 40.000,00 21.155,47 40.000,00 0,00 Randon 26/mar/01 55.000,00 22.000,00 33.000,00 33.000,00 22.000,00 40.000,00 21.155,47 40.000,00 0,00 Randon 26/mar/01 55.000,00 22.000,00 33.000,00 33.000,00 22.000,00 40.000,00 21.155,47 40.000,00 0,00 Randon 26/mar/01 55.000,00 22.000,00 33.000,00 33.000,00 22.000,00 40.000,00 21.155,47 40.000,00 0,00 Randon 26/mar/01 55.000,00 22.000,00 33.000,00 33.000,00 22.000,00 40.000,00 21.155,47 40.000,00 0,00 Randon 26/mar/01 20.000,00 8.000,00 12.000,00 12.000,00 8.000,00 40.000,00 7.692,90 40.000,00 0,00 Randon 07/jul/05 43.905,00 17.562,00 26.343,00 26.343,00 17.562,00 40.000,00 16.887,84 40.000,00 0,00 Bau Lonado 27/out/04 53.500,00 21.400,00 32.100,00 32.100,00 21.400,00 55.000,00 20.578,51 55.000,00 0,00 Bau Lonado 27/out/04 53.500,00 21.400,00 32.100,00 32.100,00 21.400,00 55.000,00 20.578,51 55.000,00 0,00 Bau Lonado 27/out/04 53.500,00 21.400,00 32.100,00 32.100,00 21.400,00 55.000,00 20.578,51 55.000,00 0,00 Bau Lonado 27/out/04 53.500,00 21.400,00 32.100,00 32.100,00 21.400,00 55.000,00 20.578,51 55.000,00 0,00 Bau Lonado 27/out/04 53.500,00 21.400,00 32.100,00 32.100,00 21.400,00 55.000,00 20.578,51 55.000,00 0,00 Bau Lonado 27/out/04 53.500,00 21.400,00 32.100,00 32.100,00 21.400,00 55.000,00 20.578,51 55.000,00 0,00 Bau Lonado 27/out/04 53.500,00 21.400,00 32.100,00 32.100,00 21.400,00 55.000,00 20.578,51 55.000,00 0,00 Bau Lonado 27/out/04 53.500,00 21.400,00 32.100,00 32.100,00 21.400,00 55.000,00 20.578,51 55.000,00 0,00 Bau Lonado 01/dez/04 54.851,56 21.940,62 32.910,94 32.910,94 21.940,62 55.000,00 21.098,38 55.000,00 0,00 Bau Lonado 01/dez/04 54.851,56 21.940,62 32.910,94 32.910,94 21.940,62 55.000,00 21.098,38 55.000,00 0,00 Bau Lonado 01/dez/04 54.851,56 21.940,62 32.910,94 32.910,94 21.940,62 55.000,00 21.098,38 55.000,00 0,00 69 Bau Lonado 01/dez/04 54.851,56 21.940,62 32.910,94 32.910,94 21.940,62 55.000,00 21.098,38 55.000,00 0,00 Bau Lonado 01/dez/04 54.851,56 21.940,62 32.910,94 32.910,94 21.940,62 55.000,00 21.098,38 55.000,00 0,00 Bau Lonado 10/dez/04 49.445,50 19.778,20 29.667,30 29.667,30 19.778,20 55.000,00 19.018,96 55.000,00 0,00 Bau Lonado 10/dez/04 49.445,50 19.778,20 29.667,30 29.667,30 19.778,20 55.000,00 19.018,96 55.000,00 0,00 Bau Lonado 02/dez/04 54.851,56 21.940,62 32.910,94 32.910,94 21.940,62 55.000,00 21.098,38 55.000,00 0,00 Bau Lonado 19/mai/05 61.000,00 24.400,00 36.600,00 36.600,00 24.400,00 55.000,00 23.463,34 55.000,00 0,00 Bau Lonado 19/mai/05 61.000,00 24.400,00 36.600,00 36.600,00 24.400,00 55.000,00 23.463,34 55.000,00 0,00 Bau Lonado 19/mai/05 61.000,00 24.400,00 36.600,00 36.600,00 24.400,00 55.000,00 23.463,34 55.000,00 0,00 Bau Lonado 19/mai/05 61.000,00 24.400,00 36.600,00 36.600,00 24.400,00 55.000,00 23.463,34 55.000,00 0,00 Bau Lonado 01/03/2007 74.000,00 29.600,00 44.400,00 44.400,00 29.600,00 60.000,00 28.463,73 60.000,00 0,00 Bau Lonado 01/03/2007 74.000,00 29.600,00 44.400,00 44.400,00 29.600,00 60.000,00 28.463,73 60.000,00 0,00 Bau Lonado 01/03/2007 74.000,00 29.600,00 44.400,00 44.400,00 29.600,00 60.000,00 28.463,73 60.000,00 0,00 Bau Lonado 01/03/2007 74.000,00 29.600,00 44.400,00 44.400,00 29.600,00 60.000,00 28.463,73 60.000,00 0,00 Bau Lonado 01/03/2007 70.700,00 28.280,00 42.420,00 42.420,00 28.280,00 60.000,00 27.194,40 60.000,00 0,00 Bau Lonado 30/05/2007 86.100,00 34.440,00 51.660,00 51.660,00 34.440,00 60.000,00 33.117,93 60.000,00 0,00 Bau Lonado 30/05/2007 86.100,00 34.440,00 51.660,00 51.660,00 34.440,00 60.000,00 33.117,93 60.000,00 0,00 Bau Lonado 24/05/2007 70.700,00 28.280,00 42.420,00 42.420,00 28.280,00 60.000,00 27.194,40 60.000,00 0,00 Bau Lonado 24/05/2007 70.700,00 28.280,00 42.420,00 42.420,00 28.280,00 60.000,00 27.194,40 60.000,00 0,00 Bau Lonado 24/05/2007 70.700,00 28.280,00 42.420,00 42.420,00 28.280,00 60.000,00 27.194,40 60.000,00 0,00 Bau Lonado 24/05/2007 70.700,00 28.280,00 42.420,00 42.420,00 28.280,00 60.000,00 27.194,40 60.000,00 0,00 Bau Lonado 24/05/2007 70.700,00 28.280,00 42.420,00 42.420,00 28.280,00 60.000,00 27.194,40 60.000,00 0,00 Bau Lonado 23/10/2007 80.000,00 32.000,00 48.000,00 48.000,00 32.000,00 64.000,00 30.771,60 64.000,00 0,00 Bau Lonado 23/10/2007 80.000,00 32.000,00 48.000,00 48.000,00 32.000,00 64.000,00 30.771,60 64.000,00 0,00 Bau Lonado 23/10/2007 80.000,00 32.000,00 48.000,00 48.000,00 32.000,00 64.000,00 30.771,60 64.000,00 0,00 Bau Lonado 23/10/2007 80.000,00 32.000,00 48.000,00 48.000,00 32.000,00 64.000,00 30.771,60 64.000,00 0,00 Bau Lonado 23/10/2007 80.000,00 32.000,00 48.000,00 48.000,00 32.000,00 64.000,00 30.771,60 64.000,00 0,00 Bau Lonado 04/04/2008 67.000,00 26.800,00 40.200,00 40.200,00 26.800,00 64.000,00 25.771,21 64.000,00 0,00 Bau Lonado 04/04/2008 67.000,00 26.800,00 40.200,00 40.200,00 26.800,00 64.000,00 25.771,21 64.000,00 0,00 Rodo-Trem 01/07/2008 67.000,00 26.800,00 40.200,00 40.200,00 26.800,00 64.000,00 25.771,21 64.000,00 0,00 Rodo-Trem 01/07/2008 67.000,00 26.800,00 40.200,00 40.200,00 26.800,00 64.000,00 25.771,21 64.000,00 0,00 Dolly 01/07/2008 67.000,00 26.800,00 40.200,00 40.200,00 26.800,00 20.000,00 25.771,21 25.771,21 1.028,79 70 Rodo-Trem 01/07/2008 67.000,00 26.800,00 40.200,00 40.200,00 26.800,00 64.000,00 25.771,21 64.000,00 0,00 Rodo-Trem 01/07/2008 67.000,00 26.800,00 40.200,00 40.200,00 26.800,00 64.000,00 25.771,21 64.000,00 0,00 Dolly 01/07/2008 67.000,00 26.800,00 40.200,00 40.200,00 26.800,00 20.000,00 25.771,21 25.771,21 1.028,79 Bau Lonado Loed 03/ago/08 85.000,00 34.000,00 51.000,00 51.000,00 34.000,00 64.000,00 32.694,82 64.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 03/ago/08 85.000,00 34.000,00 51.000,00 51.000,00 34.000,00 64.000,00 32.694,82 64.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 03/ago/08 85.000,00 34.000,00 51.000,00 51.000,00 34.000,00 64.000,00 32.694,82 64.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 03/ago/08 85.000,00 34.000,00 51.000,00 51.000,00 34.000,00 64.000,00 32.694,82 64.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 03/ago/08 85.000,00 34.000,00 51.000,00 51.000,00 34.000,00 64.000,00 32.694,82 64.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 08/dez/08 85.000,00 34.000,00 51.000,00 47.175,00 37.825,00 68.000,00 36.372,99 68.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 08/dez/08 85.000,00 34.000,00 51.000,00 47.175,00 37.825,00 68.000,00 36.372,99 68.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 08/dez/08 85.000,00 34.000,00 51.000,00 47.175,00 37.825,00 68.000,00 36.372,99 68.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 03/11/09 80.000,00 32.000,00 48.000,00 35.600,00 44.400,00 75.000,00 42.695,59 75.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 03/11/09 80.000,00 32.000,00 48.000,00 35.600,00 44.400,00 75.000,00 42.695,59 75.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 03/11/09 80.000,00 32.000,00 48.000,00 35.600,00 44.400,00 75.000,00 42.695,59 75.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 03/11/09 80.000,00 32.000,00 48.000,00 35.600,00 44.400,00 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26/05/2010 Bau Lonado Loed 26/05/2010 32.000,00 48.000,00 32.933,33 47.066,67 75.000,00 45.259,89 75.000,00 0,00 32.000,00 48.000,00 32.933,33 47.066,67 75.000,00 45.259,89 75.000,00 0,00 33.333,20 49.999,80 31.416,54 51.916,46 75.000,00 49.923,51 75.000,00 0,00 33.333,20 49.999,80 31.416,54 51.916,46 75.000,00 49.923,51 75.000,00 0,00 33.333,20 49.999,80 31.416,54 51.916,46 75.000,00 49.923,51 75.000,00 0,00 83.333,00 33.333,20 49.999,80 31.416,54 51.916,46 75.000,00 49.923,51 75.000,00 0,00 83.334,00 33.333,60 50.000,40 31.416,92 51.917,08 75.000,00 49.924,11 75.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 26/05/2010 83.334,00 33.333,60 50.000,40 31.416,92 51.917,08 75.000,00 49.924,11 75.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 50.000,00 5.127,79 50.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 72 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Bau Lonado Loed 2E 01/08/2010 8.263,16 3.305,26 4.957,90 2.930,67 5.332,49 45.000,00 5.127,79 45.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 DOLLY 24/08/2011 28.000,00 11.200,00 16.800,00 6.309,33 21.690,67 25.000,00 20.858,01 25.000,00 0,00 DOLLY 24/08/2011 28.000,00 11.200,00 16.800,00 6.309,33 21.690,67 25.000,00 20.858,01 25.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 DOLLY 24/08/2011 28.000,00 11.200,00 16.800,00 6.309,33 21.690,67 25.000,00 20.858,01 25.000,00 0,00 DOLLY 24/08/2011 28.000,00 11.200,00 16.800,00 6.309,33 21.690,67 25.000,00 20.858,01 25.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 24/08/2011 65.000,00 26.000,00 39.000,00 14.646,67 50.353,33 80.000,00 48.420,39 80.000,00 0,00 DOLLY 24/08/2011 28.000,00 11.200,00 16.800,00 6.309,33 21.690,67 25.000,00 20.858,01 25.000,00 0,00 Semi-Reboque 04/11/2011 77.500,00 31.000,00 46.500,00 15.603,33 61.896,67 80.000,00 59.520,60 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 04/11/2011 77.500,00 31.000,00 46.500,00 15.603,33 61.896,67 80.000,00 59.520,60 80.000,00 0,00 DOLLY 04/11/2011 26.500,00 10.600,00 15.900,00 5.335,33 21.164,67 25.000,00 20.352,21 25.000,00 0,00 Semi-Reboque 04/11/2011 77.500,00 31.000,00 46.500,00 15.603,33 61.896,67 25.000,00 59.520,60 59.520,60 2.376,06 Semi-Reboque 04/11/2011 77.500,00 31.000,00 46.500,00 15.603,33 61.896,67 80.000,00 59.520,60 80.000,00 0,00 DOLLY 04/11/2011 26.500,00 10.600,00 15.900,00 5.335,33 21.164,67 25.000,00 20.352,21 25.000,00 0,00 73 Semi-Reboque 09/11/2011 75.000,00 30.000,00 45.000,00 14.975,00 60.025,00 80.000,00 57.720,79 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 09/11/2011 75.000,00 30.000,00 45.000,00 14.975,00 60.025,00 80.000,00 57.720,79 80.000,00 0,00 DOLLY 09/11/2011 31.500,00 12.600,00 18.900,00 6.289,50 25.210,50 25.000,00 24.242,73 25.000,00 210,50 Semi-Reboque 09/11/2011 75.000,00 30.000,00 45.000,00 14.975,00 60.025,00 80.000,00 57.720,79 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 09/11/2011 75.000,00 30.000,00 45.000,00 14.975,00 60.025,00 80.000,00 57.720,79 80.000,00 0,00 DOLLY 09/11/2011 31.500,00 12.600,00 18.900,00 6.289,50 25.210,50 25.000,00 24.242,73 25.000,00 210,50 Semi-Reboque 09/11/2011 75.000,00 30.000,00 45.000,00 14.975,00 60.025,00 80.000,00 57.720,79 80.000,00 0,00 Semi-Reboque 09/11/2011 75.000,00 30.000,00 45.000,00 14.975,00 60.025,00 80.000,00 57.720,79 80.000,00 0,00 DOLLY 09/11/2011 31.500,00 12.600,00 18.900,00 6.289,50 25.210,50 25.000,00 24.242,73 25.000,00 210,50 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 74 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 16.431,33 81.568,67 85.000,00 78.437,44 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 13/02/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 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82.581,33 85.000,00 79.411,24 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 16/03/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 15.386,00 82.614,00 85.000,00 79.442,65 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 17/03/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 15.353,33 82.646,67 85.000,00 79.474,06 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/03/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 15.320,67 82.679,33 85.000,00 79.505,48 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 16/03/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 15.386,00 82.614,00 85.000,00 79.442,65 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 16/03/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 15.386,00 82.614,00 85.000,00 79.442,65 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 16/03/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 15.386,00 82.614,00 85.000,00 79.442,65 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 16/03/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 15.386,00 82.614,00 85.000,00 79.442,65 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 16/03/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 15.386,00 82.614,00 85.000,00 79.442,65 85.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 16/03/2012 98.000,00 39.200,00 58.800,00 15.386,00 82.614,00 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0,00 SIDER 3 EIXOS 27/11/2012 95.000,00 38.000,00 57.000,00 6.808,33 88.191,67 90.000,00 84.806,20 90.000,00 0,00 SIDER 2 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 2 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 2 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 79 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 18/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.161,67 89.838,33 90.000,00 86.389,66 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 23/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 5.003,33 89.996,67 90.000,00 86.541,91 90.000,00 0,00 SIDER 3 EIXOS 24/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.971,67 90.028,33 90.000,00 86.572,37 90.000,00 28,33 SIDER 3 EIXOS 25/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.940,00 90.060,00 90.000,00 86.602,82 90.000,00 60,00 SIDER 3 EIXOS 26/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.908,33 90.091,67 90.000,00 86.633,27 90.000,00 91,67 SIDER 3 EIXOS 27/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.876,67 90.123,33 90.000,00 86.663,72 90.000,00 123,33 SIDER 3 EIXOS 28/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.845,00 90.155,00 90.000,00 86.694,17 90.000,00 155,00 SIDER 3 EIXOS 24/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.971,67 90.028,33 90.000,00 86.572,37 90.000,00 28,33 SIDER 3 EIXOS 24/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.971,67 90.028,33 90.000,00 86.572,37 90.000,00 28,33 SIDER 3 EIXOS 24/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.971,67 90.028,33 90.000,00 86.572,37 90.000,00 28,33 SIDER 3 EIXOS 24/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.971,67 90.028,33 90.000,00 86.572,37 90.000,00 28,33 SIDER 3 EIXOS 24/01/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.971,67 90.028,33 90.000,00 86.572,37 90.000,00 28,33 SIDER 3 EIXOS 13/02/2013 95.000,00 38.000,00 57.000,00 4.338,33 90.661,67 90.000,00 87.181,39 90.000,00 661,67 16.139.693,78 6.216.276,41 20.683.213,23 25.553.000,00 19.889.235,11 25.599.063,03 49.966,80 TOTAL 26.899.489,64 10.759.795,86