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MANUAL PARA A ELABORAÇÃO DO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
(TCC)
2010
Mariana
1
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
O que é o TCC? .................................................................................6
O que é uma monografia ...................................................................6
CAPÍTULO 2
Tipos de Pesquisa
Pesquisa Bibliográfica ........................................................................................9
Pesquisa Descritiva ............................................................................................ 9
Pesquisa Experimental ......................................................................................11
Pesquisa Exploratória .......................................................................................12
Roteiro para as pesquisas Descritiva e Experimental .......................12
CAPÍTULO 3
Metodologia da Pesquisa
Abordagem Quantitativa .................................................................................16
Abordagem Qualitativa ...................................................................................16
CAPÍTULO 4
As etapas da preparação de uma pesquisa
Escolha e delimitação do tema .........................................................................20
Seleção de métodos e técnicas .........................................................................22
- Levantamento bibliográfico ...................................................................23
- Apontamento e anotações ......................................................................25
Coleta e análise de dados – leitura e processos de leitura
- Pré-leitura ...............................................................................................27
- Leitura seletiva .......................................................................................27
- Leitura crítica ou reflexiva .....................................................................28
- Leitura interpretativa ..............................................................................29
Técnicas de coleta de dados
- Entrevista ......................................................................................................31
- Questionário .................................................................................................33
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- Formulário ....................................................................................................34
CAPÍTULO 5
Como elaborar um projeto de pesquisa?
- Título ..............................................................................................................36
- Introdução .......................................................................................................36
- Objetivos .........................................................................................................37
- Justificativa .....................................................................................................37
- Metodologia ....................................................................................................38
- Cronograma ....................................................................................................39
- Orçamento ......................................................................................................39
- Referências bibliográficas..............................................................................39
CAPÍTULO 6
As partes do relatório da pesquisa ......................................................41
CAPÍTULO 7
Como elaborar o conteúdo da Monografia
Elementos textuais: conteúdo do trabalho.........................................................46
- O uso da linguagem científica .........................................................................47
- Características da linguagem científica ...........................................................48
- Uso do vocabulário comum .............................................................................49
Como elaborar a introdução, o desenvolvimento e a conclusão da
Monografia
- Introdução ........................................................................................................50
- Desenvolvimento .............................................................................................53
- Conclusão ........................................................................................................57
CAPÍTULO 8
Elementos de apoio ao texto: Normas da “ABNT” ...........................61
CAPÍTULO 9
Exemplo prático de Monografia ........................................................95
CAPÍTULO 10
Informações NUPE/FEMAR..............................................................124
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CAPÍTULO 11
Referências bibliográficas ........................................................................126
CAPÍTULO 12
Bibliografia complementar .......................................................................127
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APRESENTAÇÃO
Estamos no século vinte e um e o mundo tem passado por mudanças muito
rápidas, como jamais vimos. O aumento da tecnologia, a ampliação cada vez mais
crescente dos meios de comunicação, o surgimento de novas formas de trabalho e de
estudo são resultados de uma geração que tem buscado cada vez mais a ampliação de
seus conhecimentos.
Essas mudanças ocorreram e têm ocorrido porque, justamente, em algum
momento da história, alguém se dispôs a pesquisar e a conhecer, para tentar
compreender o mundo que o cerca e nele interferir, contribuindo significativamente para
o desenvolvimento de novos saberes, novas tecnologias, novas formas de ver o mundo e
os fenômenos que nele ocorrem.
Sabemos que muitos desses conhecimentos produzidos e das novas técnicas
desenvolvidas trouxeram mudanças consideráveis para a vida no planeta, assim como
sabemos que também houve aqueles que produziram conhecimentos que resultaram em
problemas para a vida na terra.
Apesar de haver pontos negativos, o nosso foco é justamente sobre os benefícios
que o conhecimento pode trazer à vida em comunidade, ao ambiente de trabalho, à
sociedade como um todo. Para proporcionarmos mudanças na sociedade é preciso
conhecer e para conhecer é preciso pesquisar.
O conhecimento pressupõe a pesquisa e é justamente a pesquisa como fonte de
conhecimento e de interferência positiva na sociedade que é o nosso foco.
Esse Manual trata justamente da elaboração de pesquisa e, conseqüentemente,
da produção de conhecimento que possa ser positivo para o ambiente de trabalho, para
as relações humanas, para a sociedade em geral. E nada melhor que o ambiente
acadêmico para realizar tal intento, haja vista que é na academia que se produz o maior
número de pesquisas que tem proporcionado bons resultados à sociedade.
Desse modo, é na elaboração do seu projeto de pesquisa e na realização de sua
pesquisa que, você, prezado aluno, poderá contribuir com a sociedade brasileira, ao
compreender a realidade que o cerca e assim poder propor mudanças e melhorias, pois,
afinal, devemos sempre buscar melhorar o meio que nos cerca e aprimorar nossa visão
sobre ele.
Esperamos que esse Manual possa contribuir enormemente para a produção de
conhecimentos, que serão úteis para a academia enquanto produtora de conhecimentos,
mas, principalmente, para a nossa sociedade, que necessita de pessoas capacitadas e
com competência para analisá-la, compreendê-la e proporcionar mudanças
significativas.
Juçara Moreira Teixeira
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CAPÍTULO 1
I – O QUE É O TCC?
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é requisito necessário para a obtenção
do título de Bacharel em Administração e consiste na elaboração de uma Monografia,
resultante de uma pesquisa de caráter científico, que verse sobre algum tema estudado
por você durante a graduação e/ou de uma observação surgida durante o seu período de
estágio.
Por ser uma Monografia, esta deve obedecer a algumas regras instituídas quanto
à sua elaboração. Entretanto, antes de elaborar a Monografia propriamente dita – que
será entregue no 8° período –, você deverá apresentar um Projeto ou Plano de trabalho –
no 7° período – indicando qual é o tema que você objetiva pesquisar, de onde surgiu
esse tema, o que ele apresenta de novo em relação à bibliografia existente, qual a
relevância do estudo desse tema para a área da Administração, qual o procedimento de
pesquisa, quais dados serão analisados, a qual objetivo se pretende chegar, entre outras
questões que serão explicadas com mais profundidade ao longo desse Manual.
II – O QUE É UMA MONOGRAFIA?
De acordo com Oliveira (1999), a palavra Monografia, em sua origem, significa
“trabalho escrito sobre um único tema”(p.235). Isso quer dizer que, ao elaborar uma
Monografia, torna-se necessário delimitar um determinado tema com o qual se deseja
trabalhar.
Oliveira (1999) afirma que “uma pesquisa sobre a caracterização dos escritos
científicos mostra que Salvador (1977: 32) apresenta a conceituação de Monografia
segundo alguns autores:
A monografia é um estudo científico de uma questão bem determinada e
limitada, realizado com profundidade e de forma exaustiva. (Rafael Farina)
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É um trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, usualmente
pormenorizado no tratamento, mas não extenso no alcance. (American Library
Association)”
Pelos trechos citados acima podemos concluir, de modo simplificado, que a
monografia é o resultado de uma pesquisa sobre um determinado tema. Esse tema
deverá ser pesquisado exaustivamente, a fim de saber se já foi dito algo sobre ele, quais
posicionamentos que existem a respeito do assunto, quais dados podem auxiliar na
confirmação de sua hipótese. Também é um trabalho sistemático, isto é, um trabalho
bem organizado, com suas partes interdependentes, que exige um roteiro para ser
seguido passo a passo até a conclusão da pesquisa.
Para realizar tal feito não é necessário um “tratado enorme” sobre o tema
escolhido, mas apenas o necessário que mostre que a pesquisa é bem feita, fruto de um
trabalho cuidadoso de coleta e análise de dados relevantes. É exatamente por isso que
foi dito na citação acima que a monografia não é um trabalho extenso no alcance.
Portanto, não se deve confundir uma pesquisa bem organizada, que segue todo um
planejamento prévio e que faz uma análise científica cuidadosa, com uma extensão
desregrada, usada apenas para “embromar” o avaliador do trabalho.
A seguir, são expostas algumas considerações feitas por Oliveira (1999) sobre a
elaboração de uma monografia:
A - a monografia não é:
- repetir o que já foi dito por outro, sem se apresentar nada de novo ou em
relação ao enfoque, ao desenvolvimento ou às conclusões;
- responder a uma espécie de questionário; não é executar um trabalho
semelhante ao que se faz em um exame ou deveres escolares;
- manifestar meras opiniões pessoais, sem fundamentá-las com dados
comprobatórios logicamente correlacionados e embasados em raciocínio;
- expor idéias demasiado abstratas, alheias tanto aos pensamentos,
preocupações, conhecimentos ou desejos pessoais do autor da monografia
como de sua particular maturidade psicológica e intelectual;
- manifestar uma erudição livresca, citando frases irrelevantes, não
pertinentes e mal-assimiladas, ou desenvolver perífrases sem conteúdo ou
distanciadas da particular experiência de cada caso.
B - a monografia é:
- um trabalho que observa e acumula observações;
- organiza essas informações e observações;
- procura as relações e regularidades que podem haver entre elas;
- indaga sobre os seus porquês;
- utiliza de forma inteligente as leituras e experiências para comprovação;
- comunica aos demais seus resultados.
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C - as afirmações científicas componentes de uma monografia:
- expressam uma descoberta verdadeira;
- apresentam provas. Para muitos, é a comprovação que distingue o científico
daquele que não é. Em conseqüência, pode-se afirmar que a maior arte de
uma investigação científica consiste na procura de provas conclusivas;
- pretendem ser objetivas, ou seja, independentes do pesquisador que as
apresenta: qualquer outro investigador deve poder encontrar o mesmo
resultado, isto é, verificar as informações ou, com o seu trabalho, refutá-las
ou modificá-las;
- possuem uma formulação geral. A ciência procura, classifica e relaciona
fatos ou fenômenos com a intenção de encontrar os princípios gerais que os
governam;
- são, geralmente, sistemáticas, portanto ordenadas segundo princípios
lógicos;
- expõe interpretações e relações entre os fatos-fenômenos assim como suas
regularidades. (p.237-238)
Para proceder à elaboração de sua monografia você precisa escolher um
determinado assunto (tema) que será objeto de sua pesquisa. Tanto a escolha do tema
quanto o planejamento e a elaboração da pesquisa deverão seguir alguns passos, como
os explicitados a seguir, compilados de Marconi e Lakatos (2003) e Oliveira (1999).
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CAPÍTULO 2
1 – TIPOS DE PESQUISA1
1.1 - Pesquisa Bibliográfica
Você tem um problema a ser investigado (que é o tema da sua pesquisa) e, para
investigar e encontrar respostas para esse problema, você precisará de referências
teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses, que serão a sua pesquisa
bibliográfica.
A pesquisa bibliográfica pode ser realizada independentemente ou como parte da
pesquisa descritiva ou experimental.
Em ambos os casos, você irá pesquisar todo o material disponível que dê
contribuição para o assunto, tema ou problema do qual você está tratando.
Todo o procedimento da pesquisa bibliográfica está descrito no item
“Levantamento bibliográfico”.
1.2 - Pesquisa Descritiva
A pesquisa descritiva observa, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos
(variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a maior precisão possível, a
freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua
natureza e suas características. Busca conhecer as diversas situações e relações que
ocorrem na vida social, política e demais aspectos do comportamento humano, tanto do
indivíduo tomado isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas.
A pesquisa descritiva desenvolve-se, principalmente, nas ciências humanas e
sociais, abordando aqueles dados e problemas que merecem ser estudados, mas cujo
registro não consta de documentos. Os dados, por ocorrerem em seu hábitat natural,
1
Texto retirado na íntegra de CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto.
Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.p. 60-64.
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precisam ser coletados e registrados ordenadamente para seu estudo propriamente dito.
A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas, entre as quais se destacam:
a) Estudos descritivos: trata-se do estudo e da descrição das características,
propriedades ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada. Os
estudos descritivos, assim como os exploratórios, favorecem, na pesquisa mais ampla e
completa, as tarefas de formulação clara do problema e da hipótese como tentativa de
solução. Comumente se incluem nesta modalidade os estudos que visam a identificar as
representações sociais e o perfil de indivíduos e grupos, como também os que visam a
identificar estruturas, formas, funções e conteúdos.
b) Pesquisa de opinião: procura saber atitudes, pontos de vista e preferências das
pessoas a respeito de algum assunto com o objetivo de tomar decisões. A pesquisa de
opinião abrange uma faixa muito grande de investigações que visam a identificar falhas
ou erros, descrever procedimentos, descobrir tendências, reconhecer interesses e outros
comportamentos. Esta modalidade da pesquisa é a mais divulgada pelos meios de
comunicação, pois permite tratar de temas do cotidiano, como intenções de voto, de
compra e de consumo; verificar tendências de opinião pública; criar, por meio da
manipulação de dados, opiniões contra ou a favor de temas polêmicos, como aborto,
pena de morte, redução da idade penal etc.
c) Pesquisa de motivação: busca saber as razões inconscientes e ocultas que
levam, por exemplo, o consumidor a utilizar determinado produto ou que determinam
certos comportamentos e atitudes.
d) Estudo de caso: é a pesquisa sobre determinado indivíduo, família, grupo ou
comunidade que seja representativo de seu universo, para examinar aspectos variados de
sua vida.
e) Pesquisa documental: são investigados documentos com o propósito de
descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características.
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As bases documentais permitem estudar tanto a realidade presente como o
passado, com a pesquisa histórica.
Em síntese, a pesquisa descritiva, em suas diversas formas, trabalha sobre
dados ou fatos colhidos da própria realidade.
A coleta de dados aparece como uma das tarefas características da pesquisa
descritiva. Para viabilizar essa importante operação de coleta de dados são utilizados
como principais instrumentos, a observação, a entrevista, o questionário e o formulário.
A coleta e o registro de dados, porém, com toda a sua significação, não constituem, por
si sós, uma pesquisa, mas sim técnicas específicas para a consecução dos objetivos da
pesquisa. Seja qual for seu tipo, a pesquisa resulta da execução de inúmeras tarefas,
desde a escolha do assunto até o relatório final, o que também implica a adoção
simultânea e consecutiva de variadas técnicas em uma pesquisa.
1.3 – Pesquisa Experimental
A pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as variáveis
relacionadas com o objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, a manipulação das
variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e os efeitos de determinado
fenômeno. Com a criação de situações de controle, procura-se evitar a interferência de
variáveis intervenientes. Interfere-se diretamente na realidade, manipulando-se a
variável independente a fim de observar o que acontece com a dependente.
Enquanto a pesquisa descritiva procura classificar, explicar e interpretar os
fenômenos que ocorrem, a pesquisa experimental pretende dizer de que modo ou por
que o fenômeno é produzido. Para atingir esses resultados, o pesquisador deve fazer uso
de aparelhos e instrumentos que a técnica moderna coloca a seu alcance ou de
procedimentos apropriados e capazes de tornar perceptíveis as relações existentes entre
as variáveis envolvidas no objeto de estudo.
Convém esclarecer que a pesquisa experimental não se resume a pesquisas
realizadas em laboratório, assim como a descritiva não se resume a pesquisas de campo.
Os termos de campo e de laboratório indicam apenas o contexto em que elas se
realizam. Uma pesquisa pode ser experimental tanto em contexto de campo quanto de
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laboratório. O mesmo acontece com a descritiva. Pode-se dizer que, no contexto de
laboratório, realizam-se mais pesquisas de natureza experimental.
1.4 – Pesquisa exploratória
A pesquisa exploratória, designada por alguns autores como pesquisa quase
científica ou não científica, é normalmente o passo inicial no processo de pesquisa pela
experiência e um auxílio que traz a formulação de hipóteses significativas para
posteriores pesquisas. A pesquisa exploratória não requer a elaboração de hipóteses a
serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar mais
informações sobre determinado assunto de estudo. Tais estudos têm por objetivo
familiarizar-se com o fenômeno ou obter uma nova percepção dele e descobrir novas
idéias.
A pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir
as relações existentes entre seus elementos componentes. Esse tipo de pesquisa requer
um planejamento bastante flexível para possibilitar a consideração dos mais diversos
aspectos de um problema ou de uma situação. Recomenda-se a pesquisa exploratória
quando há pouco conhecimento sobre o problema a ser estudado.
2
–
ROTEIRO
PARA
AS
PESQUISAS
DESCRITIVA
E
EXPERIMENTAL
Obs.: Muitas indicações presentes nesse roteiro poderão ser usadas na confecção do
projeto e na apresentação do relatório final.
As pesquisas descritiva e experimental, embora percorram as diversas fases da
pesquisa bibliográfica, apresentam algumas características próprias. O roteiro abaixo,
que pretende adaptar os passos das pesquisas descritiva e experimental as fases da
pesquisa bibliográfica, poderá servir de orientação para a execução de trabalhos dessa
natureza.
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a)
Escolha do tema: deve-se escolher um tema que seja significativo e
adequado ao interesse, ao nível de formação e às reais condições de
trabalho do pesquisador. Constitui dificuldade adicional para o
estudante pretender trabalhar com temas com os quais não tenha
afinidade ou que não despertem motivação ou interesse.
b)
Delimitação do tema: dentro de um mesmo tema, deve-se selecionar
um tópico para ser estudado e analisado em profundidade, tornando-o
viável de ser pesquisado. Evite temas amplos que resultem em
trabalhos superficiais.
c)
Justificativa da escolha: o aluno deve mostrar as razões da preferência
pelo assunto escolhido e sua importância diante de outros temas.
(No relatório de pesquisa, os itens descritos acima constam da
introdução.)
d)
Revisão da literatura especializada: é a realização de uma pesquisa
bibliográfica que visa a identificar, localizar, ler, analisar e anotar os
principais tópicos da literatura especializada sobre a questão
delimitada. Tal estudo preliminar e sintético trará informações sobre a
situação atual do problema, sobre os trabalhos já realizados a respeito
e sobre opiniões existentes, o que constitui o estado da arte sobre a
questão. Esses conhecimentos prévios auxiliarão o investigador nos
demais passos para o planejamento do projeto de pesquisa.
e)
Formulação do problema: deve-se redigir, de forma interrogativa,
clara, precisa e objetiva, o tópico que se tornará o objeto de estudo da
pesquisa. O problema levantado deve expressar uma relação entre duas
ou mais variáveis. A elaboração clara do problema é fruto de revisão
da literatura e de reflexão pessoal.
f)
Enunciado da hipótese: a hipótese, como resposta e explicação
provisória, relaciona as duas ou mais variáveis do problema levantado.
A hipótese deve ser testável e responder ao problema, ainda que de
forma provisória. Nos trabalhos escolares e acadêmicos, é conveniente
que o número de hipóteses seja reduzido.
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g)
Amostragem: a pesquisa procura estabelecer generalizações a partir de
observações em grupos ou conjuntos de indivíduos chamados de
população ou universo. População pode referir-se a um conjunto de
pessoas, de animais ou de objetos que representem a totalidade de
indivíduos que possuam as mesmas características definidas para um
estudo. A pesquisa, porém, é feita com uma parte representativa da
população, denominada amostra, e não com a totalidade dos
indivíduos. Amostragem é, pois, a coleta de dados de uma parte da
população,
selecionada
segundo
critérios
que
garantam
sua
representatividade (SELLTIZ, 1976, p.571).
h)
Instrumentos: no projeto de pesquisa, devem-se indicar as técnicas a
serem usadas para a coleta de dados, como a entrevista, o questionário
e o formulário, anexando-se ao projeto um modelo do instrumento a
ser utilizado. Quando se tratar de pesquisa experimental, devem ser
descritos os instrumentos e materiais ou as técnicas a serem usadas.
i)
Procedimentos: em pesquisas descritivas faz-se a descrição detalhada
de todos os passos da coleta e do registro dos dados (quem? quando?
onde? como?). Descrevem-se ainda as dificuldades, as preocupações, a
supervisão e o controle. Na pesquisa experimental, é detalhada a forma
usada para fazer a observação, a manipulação da variável
independente, o tipo de experimento, o uso ou não de grupo de
controle e a maneira do registro dos resultados. No relatório, os dados
são apresentados depois de classificados sob forma descritiva e, de
preferência, em tabelas, quadros ou gráficos. Os dados devem
explicar-se por si mesmos a fim de não exigirem do leitor exames
exaustivos que o obriguem a um grande esforço interpretativo.
j)
Análise dos dados: depois de coletados e tabulados os dados e
expostos em tabelas de forma sintética, eles devem ser submetidos ou
não, conforme o caso, ao tratamento estatístico. (MARINHO, 1980,
p.66). Todas as informações reunidas nos passos anteriores devem ser
comparadas entre si e analisadas. A análise, a partir da classificação
ordenada dos dados, do confronto dos resultados das tabelas e das
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provas
estatísticas,
quando
empregadas,
procura
verificar
a
comprovação ou não das hipóteses de estudo.
k)
Discussão dos resultados: é a generalização dos resultados obtidos
pela análise. Na discussão, o pesquisador deve fazer as inferências e
generalizações cabíveis, com base nos resultados alcançados. Os
resultados também devem ser discutidos e comparados com
afirmações e posições de outros autores. Finalmente, aspectos
paralelos revelados pela pesquisa devem ser abordados e comentados.
l)
Conclusão: deve apresentar um resumo dos resultados mais
significativos da pesquisa e sintetizar os resultados que conduzirão à
comprovação ou à rejeição da hipótese de estudo; deve fazer as
inferências que os dados alcançados permitem e indicar os aspectos
que mereçam mais estudo e aprofundamento.
m)
Referência bibliográfica: são as referências bibliográficas que
serviram de embasamento teórico e que serão apresentadas segundo as
normas da ABNT, conforme será visto mais adiante.
n)
Anexos: são constituídos de elementos complementares, como
questionários e outras fichas de observação e registro utilizadas no
trabalho, que auxiliam a análise do leitor da pesquisa. 2
2
O item 2 foi retirado na íntegra de: CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto.
Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p.65-67.
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CAPÍTULO 3
2 – METODOLOGIA DA PESQUISA
2.1 – Abordagem Quantitativa
A abordagem quantitativa e a qualitativa são dois métodos diferentes pela sua
sistemática, e, principalmente, pela forma de abordagem do problema que está sendo
objeto de estudo, precisando, dessa maneira, estar adequado ao tipo de pesquisa que se
deseja desenvolver. Entretanto, é a natureza do problema ou seu nível de
aprofundamento que irá determinar a escolha do método.
O quantitativo, conforme o próprio termo indica, significa quantificar opiniões,
dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de
recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples, como percentagem, média, moda,
mediana e desvio padrão, até as de uso mais complexo, como coeficiente de correlação,
análise de regressão etc., normalmente usadas em defesas de teses.
O método quantitativo também é empregado no desenvolvimento das pesquisas
de âmbito social, econômico, de comunicação, mercadológicas, de opinião, de
administração, representando, em linhas gerais, uma forma de garantir a precisão dos
resultados, e evitando com isso distorções de análise e interpretações.
2.2 – Abordagem Qualitativa
Com relação ao emprego do método ou abordagem qualitativa esta difere do
quantitativo pelo fato de não empregar dados estatísticos como centro do processo de
análise de um problema. A diferença está no fato de que o método qualitativo não tem a
pretensão de numerar e medir unidades ou categorias homogêneas.
São vários os autores que não estabelecem qualquer distinção entre os métodos
quantitativo e qualitativo, tendo em vista que a pesquisa quantitativa também é
qualitativa.
(...) A pesquisa qualitativa tem como objetivo situações complexas ou
estritamente particulares.
16
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As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de
poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a
interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos
experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança,
criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de
profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos
indivíduos.
Existem situações de pesquisas que envolvem conotações qualitativas, na
opinião de vários cientistas sociais, em pelo menos três aspectos:
1.
Situações em que se evidencia a necessidade de substituir uma
simples informação estatística por dados qualitativos. Isto se aplica,
principalmente, quando se trata de investigação sobre fatos do
passado ou estudos referentes a grupos dos quais se dispõe de pouca
informação.
2.
Situações em que observações qualitativas são usadas como
indicadores do funcionamento de estruturas sociais.
3.
Situações em que se manifesta a importância de uma abordagem
qualitativa para efeito de compreender aspectos psicológicos, cujos
dados não podem ser coletados de modo completo por outros
métodos devido à complexidade que envolve a pesquisa. Neste caso,
temos estudos dirigidos à análise de atitudes, motivações,
expectativas, valores, opinião etc. (ver Parte IV)
A abordagem qualitativa nos leva, entretanto, a uma série de leituras sobre o
assunto da pesquisa, para efeito da apresentação de resenhas, ou seja, descrever
pormenorizada ou relatar minuciosamente o que os diferentes autores ou especialistas
escrevem sobre o assunto e, a partir daí, estabelecer uma série de correlações para, ao
final, darmos nosso ponto de vista conclusivo.3
3- Texto retirado na íntegra de: OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica – Projetos
de Pesquisas, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2002. p. 114 – 117.
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Veja abaixo uma breve comparação entre o método quantitativo e o método
qualitativo, conforme exposto pela empresa Opinião Consultoria (2006)4.
Método Quantitativo
Nos estudos quantitativos o principal objetivo é a avaliação de uma população, do
ambiente de mercado ou de um fenômeno. Os resultados obtidos são indicadores
numéricos que refletem a realidade do universo em questão. Esses resultados são
expressos por meio de números absolutos, proporções ou taxas. Por exemplo: a
distribuição de consumo de energia elétrica de uma população, a renda média dos
moradores de um bairro, a proporção de eleitores de um candidato, o número de
compradores de celular num determinado período de tempo, a população que deseja
adquirir determinado produto ou serviço, etc. Entre suas características destacam-se:
» Definição de amostras representativas do universo;
» Utilização de questionários estruturados com questões abertas e/ou fechadas;
» Utilização de métodos de coleta por meio de entrevista pessoal, por telefone, maladireta (correio e/ou internet) ou domiciliar;
» Possibilita análises estatísticas.
Método Qualitativo
O método qualitativo busca responder os "porquês", investigar conceitos, motivações e
sentimentos que antecedem ou estão presentes no comportamento do indivíduo e na
formação das representações sociais. Tem como características:
» Relatórios analíticos elaborados a partir do discurso produzido pelos entrevistados;
» Propiciar um estudo mais aprofundado de determinadas variáveis que a técnica
quantitativa não consegue captar;
» Utiliza técnica de Grupo de Discussão, Grupo Focal e Entrevistas em Profundidade;
» Cliente Secreto / Mistery Shopper: caracteriza-se por uma simulação na qual o
analista se passa por um consumidor para avaliar/testar produtos ou serviços da
empresa.
4
A partir desse parágrafo até o final desse capítulo, todo o conteúdo exposto foi retirado de: Opinião
Consultoria. Métodos de Pesquisa. Disponível em: <www.opiniaoconsultoria.com.br>. Acesso em: 06
agosto 2007.
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Quadro Comparativo
... Quantitativa
... Qualitativo
Objetivo
Subjetivo
Testa a Teoria
Desenvolve a teoria
Redução, Controle e Precisão
Descoberta, descrição, compreensão,
interpretação partilha
Mecanicista: partes são iguais ao todo
Organicista: o todo é mais do que as
partes
Possibilita análises estatísticas
Possibilita narrativas ricas,
interpretações individuais
Os elementos básicos da análise são os
números
Os elementos básicos da análise são
palavras e idéias
O pesquisador mantém distância do
processo
O pesquisador participa do processo
Independe do contexto
Depende do contexto
Teste de hipóteses
Gera idéias e questões para pesquisa
O raciocínio é lógico e dedutivo
O raciocínio é dialético e indutivo
Estabelece relações, causas
Descreve os significados, descoberta
Busca generalizações
Busca particularidades
Preocupa-se com a quantidade
Preocupa-se com a quantidade das
informações e respostas
Utiliza instrumentos específicos
Utiliza a comunicação e observação
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CAPÍTULO 4
4 - AS ETAPAS DA PREPARAÇÃO DE UMA PESQUISA
Antes de iniciar o seu projeto de pesquisa e de realizar a pesquisa propriamente
dita, você deverá adotar alguns procedimentos, tais como:
1) Primeiramente, a escolha e a delimitação do tema.
2) Após a escolha do tema, você irá indicar quais os objetivos que você pretende
atingir e quais os métodos e as técnicas que serão utilizadas na pesquisa para atingir os
seus objetivos e responder ao tema da pesquisa, para só então partir para o próximo
passo: a elaboração do seu projeto de pesquisa.
Isso porque, para proceder à elaboração do projeto, você precisa ter em mente o
que deseja pesquisar (o tema e a delimitação do tema), para quê (objetivos), por quê
(justificativa) e como deseja pesquisar esse tema (métodos a serem utilizados).
Veja abaixo a explicação dos tópicos acima:
4.1 – ESCOLHA E DELIMITAÇÃO DO TEMA:
O tema da pesquisa é a designação do problema (prático) e da área do
conhecimento a serem observados.
A escolha do tema poderá se dar a partir de uma análise de um assunto já
estudado, mas que precisa de maiores explicações, ou que ainda não foi abordado pela
área do conhecimento na que você deseja pesquisar.
Por exemplo, podemos imaginar uma pesquisa sobre o tema: “Os acidentes de
trabalho nas indústrias de São Paulo”.
Esse tema poderá ser estudado por vários ângulos:
1) Qual o tipo de empresa que será analisada?(De alimentos? De calçados? De
minério?)
2) Qual o tipo de acidente? (em uma única empresa, vários tipos poderão ser
identificados)
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3) Qual o tipo de abordagem que será dada? (No exemplo acima, poderão ser
feitas pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento como, por exemplo, nas áreas
de psicologia do trabalho, tecnologia, ergonomia e direito trabalhista).
4) O que se busca com a pesquisa? (Apenas compreender os motivos e a
gravidade dos acidentes ou propor formas de redução dos acidentes?)
Como se pode ver, a respeito de um mesmo tema podem ser identificadas várias
possibilidades de pesquisa. Assim, ao escolher um tema, você deverá delimitá-lo, isto é,
definir de modo bem preciso quais os aspectos que você irá abordar, qual o enfoque que
será dado (por exemplo, na área da Administração, qual campo dessa área será utilizado
para a abordagem que se propõe?) e os resultados que você deseja alcançar.
Você poderá formular o problema de modo a fazer uma pesquisa descritiva, isto
é, fazer uma análise sobre as condições de trabalho na empresa x, a partir de estudos de
campo, entrevistas, etc., a fim de buscar explicações para as causas dos acidentes, assim
como poderá ser uma pesquisa normativa, ou seja, você poderá propor uma pesquisa
que tenha como objetivo analisar as condições de trabalho, mas com o intuito de propor
formas de melhoria e redução dos problemas detectados.
Poderá também juntar as duas perspectivas, a descritiva e a normativa,
dependendo da complexidade do assunto a ser abordado.
Após essa etapa, é feita a escolha de uma teoria para embasar a pesquisa, dentre
as diversas existentes na área que se pretende pesquisar. Para isso, deverá ser feita uma
pesquisa sobre a bibliografia existente sobre o tema, procurando enquadrar a sua
pesquisa na teoria e no método de abordagem mais apropriado para a pesquisa proposta
e que seja condizente com seu interesse.
Na pesquisa bibliográfica você poderá contar com o auxílio de um professor
orientador e também deverá estar munido de conhecimentos básicos necessários à
iniciação da pesquisa.
A escolha do tema responde à pergunta: “O que será explorado?”
Ao delimitar o tema a ser pesquisado, você se deparará com um problema (ou
vários) a ser investigado. Esse problema requer alguns procedimentos que são
necessários para a boa execução da pesquisa. Para isso deverão ser adotados alguns
procedimentos, conforme transcrito de Oliveira (1999: p.107):
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Procedimentos para avaliar o problema:
Escolher um problema que chame a atenção e precise de resposta.
Recompilar as informações relacionadas ao problema.
Analisar a relevância das informações.
Estudar possíveis relações entre as informações que possam contribuir e
esclarecer o problema.
Propor diversas explicações – hipóteses – para as causas do problema.
Estabelecer a relevância das aplicações, utilizando como método a
observação e a análise.
Procurar relações entre as explicações que procuram contribuir para
solucionar o problema.
Procurar relações entre os dados e as explicações.
Analisar.
As respostas ou explicações vêm por intermédio da observação, do experimento
e da pesquisa de campo com o emprego de entrevistas e questionários, quando se trata
de uma pesquisa de opinião (abordagem quantitativa).
Responde às perguntas: O que? Como? (Marconi & Lakatos, 2003: p.160)
4.2 – SELEÇÃO DE MÉTODOS E TÉCNICAS
Após a delimitação do tema e a verificação de um problema (ou mais problemas)
a ser investigado, você deverá partir para o levantamento de bibliografia e de dados para
embasar a sua pesquisa. Além disso, você deverá indicar quais as técnicas de pesquisa
que você utilizará: pesquisa bibliográfica, questionários, análise de documentos, etc.
Marconi e Lakatos assim observam:
A seleção do instrumental metodológico está, portanto, diretamente
relacionada com o problema a ser estudado; a escolha dependerá dos vários
fatores relacionados com a pesquisa, ou seja, a natureza dos fenômenos, o
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objeto da pesquisa, os recursos financeiros, a equipe humana e outros
elementos que possam surgir no campo da investigação.
Tanto os métodos quanto as técnicas devem adequar-se ao problema a ser
estudado, às hipóteses levantadas e que se queira confirmar, ao tipo de
informantes com que se vai entrar em contato.
Nas investigações, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma
técnica, e nem somente aqueles que se conhece, mas todos os que forem
necessários ou apropriados para determinado caso. Na maioria das vezes, há
uma combinação de dois ou mais deles, usados concomitantemente. (2003, p.
163)
O primeiro passo é fazer a pesquisa bibliográfica para te orientar na escolha dos
outros métodos. Essa pesquisa bibliográfica deverá seguir os seguintes passos,
conforme Cervo, Bervian e Silva (2007):
4.2.1 - Levantamento bibliográfico5
Praticamente todo o conhecimento humano pode ser acessado nos livros ou em
impressos que se encontram nas bibliotecas. A pesquisa bibliográfica tem como
objetivo encontrar respostas aos problemas formulados, e o recurso utilizado para isso é
a consulta dos documentos bibliográficos. (...)
Na pesquisa bibliográfica, a fonte de informações, por excelência, estará sempre
na forma de documentos escritos, estejam eles impressos ou depositados em meios
magnéticos ou eletrônicos. (...)
Quanto à sua natureza, os documentos bibliográficos podem ser:
a)
Primários: quando coletados em primeira mão, como pesquisa de
campo, testemunho oral, depoimentos, entrevistas, questionários,
laboratórios.
b)
Secundários: quando colhidos em relatórios, livros, revistas, jornais e
outras fontes impressas, magnéticas ou eletrônicas.
c)
Terciários: quando citados por outra pessoa.
5 - A partir desse tópico até o tópico 4.3.4, o texto foi retirado na íntegra de: CERVO, Amado Luís;
BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2006. p.79-86.
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Quanto às formas de apresentação e de armazenamento, os documentos escritos
podem ser:
a)
Impressos: atas de reuniões, atlas, Bíblias, biografias, bulas (remédios,
cartões-postais, coleções, constituições, convênios, fac-símiles, decisões
judiciais, dicionários, dissertações e teses, enciclopédias, fascículos, fotografias,
jornais, leis e decretos, livros, mapas e globos, microfichas, monografias,
relatórios oficiais, relatórios técnico-científicos, resenhas, revistas, etc.
b)
Meios magnéticos e eletrônicos: arquivos em disquete, bases de dados
em CD-ROM, boletins eletrônicos (BBS), e-mails, FTPs, discos, discos
compactos (CD – compact disc), fitas gravadas, homepages, filmes e vídeos,
listas de discussões, microfilmes, slides (dispositivos) etc.
c)
Reuniões científicas: congressos, jornadas, reuniões, conferências,
workshops etc.
d)
Notas de aula.
(...)
Nos primeiros passos da consulta o pesquisador necessita de informações gerais
sobre o assunto que deve desenvolver. Essas informações podem ser encontradas em
verbetes de dicionários especializados, enciclopédias e em manuais. Estes o remeterão
aos tratados completos, isto é, às obras que abordam e desenvolvem amplamente o
assunto. Se necessitar de um estudo atualizado e recente, o estudante deve preferir
procurar artigos em revistas especializadas. Se necessitar de notícias ou crônicas da
atualidade deve privilegiar as seções especializadas dos jornais e das revistas semanais.
Após localizar a bibliografia necessária à sua pesquisa, o estudante deve proceder à
leitura de reconhecimento, examinado a capa, a contracapa, as orelhas, a folha de rosto,
o sumário, a bibliografia, a introdução e o prefácio dos livros. Esses elementos
fornecem uma idéia sobre o tema, o autor e o contexto em que foi produzida a obra que
serão a matéria-prima da pesquisa. Não se trata, pois, no início, de um estudo exaustivo
da documentação, mas apenas de um rápido exame.
Nessa fase do levantamento, deve-se fazer, pelo menos, a identificação e localização
de toda a bibliografia necessária para o trabalho, até para saber o que há disponível na
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biblioteca de sua instituição, o que precisa ser adquirido, o que precisa ser fotocopiado e
o que o estudante tem em seu próprio acervo. A medida que os documentos que
interessam ao assunto são identificados e localizados pela leitura de reconhecimento,
deve-se anotar as referências bibliográficas. Em outros termos, procede-se à elaboração
preliminar da bibliografia do próprio trabalho. A bibliografia para uso do pesquisador
deve estar relacionada com o plano de assunto, de sorte que corresponda às suas partes
constitutivas. Faz-se, pois, a seleção desse material com vistas ao tema ou ao aspecto
que se quer focalizar.
Chega então o momento da leitura, análise e interpretação dos documentos. Antes,
porém, convém saber como se há de registrar cuidadosamente os dados selecionados
para maior eficiência.
4.2.2 – Apontamentos e anotações
Uma vez selecionado o material, o estudante deve anotar as idéias principais e
secundárias, os dados e as informações ou afirmações que os documentos podem
fornecer. Trata-se dos procedimentos de apontamentos e anotações que constituirão a
matéria-prima para a fundamentação científica de seu trabalho e para as citações.
É preciso assegurar a retenção daquilo que se quer conservar, pois a memória
interna é frágil. Não há diferenças entre apontamentos e anotações, mas o estudante
deve estar atento para dois aspectos desses procedimentos: um é quanto à transcrição do
que lhe interessa, que será usada posteriormente como citações; outro se refere às idéias
e reflexões que ele tem durante a leitura; geralmente são idéias e reflexões originais, que
merecem ser anotadas, para posterior desenvolvimento (MICHAELIS, 2000). As
anotações e os apontamentos são como uma memória exterior. Bem organizados,
podem se constituir em uma minibiblioteca para uso pessoal.
O apontamento pode ser formal, quando se transcrevem as palavras textuais
extraídas de um documento, ou conceptual, quando se traduzem as idéias de outrem
com as próprias palavras. Registre somente os dados, fatos ou proposições mais
importantes. (...)
Como assegurar a eficiência de um apontamento? Observe as seguintes normas
práticas:
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a)
Ter sempre em vista os objetivos do trabalho, procurando anotar somente os
dados suscetíveis de fornecer alguma luz sobre o problema formulado.
b)
Percorrer antes todo o texto para evitar anotações de dados que são
desenvolvidos adiante.
c)
Sublinhar com lápis os pontos principais se o livro é próprio. Caso contrário,
registrar as anotações em folhas numeradas, colocando a página do livro em
cada nova afirmação ou pensamento do autor.
d)
Transcrever as anotações em fichas, cadernos ou folhas, colocando entre
aspas as citações textuais e anotando em folhas separadas ou no verso as
idéias próprias que surgirem.
Portanto, em uma pesquisa bibliográfica, um bom apontamento deve ser feito em
duas etapas:
I)
Em um primeiro momento, registre os dados sobre folhas de papel, com o
cuidado de colocar, no alto de cada folha, as referências bibliográficas da
obra consultada, à margem esquerda as respectivas páginas e, no verso, as
idéias pessoais que surgirem durante a leitura. A ordem dos apontamentos é
simplesmente cronológica: os dados são registrados à medida que a leitura
avança.
II)
Em um segundo momento, registre os dados sobre fichas. O tipo ou modelo
da ficha é questão de preferência (...). A experiência mostra que entre os
pesquisadores existe grande liberdade neste particular. O que todos
observam, entretanto, é que as fichas são organizadas em função dos
assuntos. A ordem dos apontamentos registrados sobre as fichas não é mais
uma ordem cronológica, mas lógica. O conteúdo da ficha deve ser
identificado por meio de um termo ou dois, em seu cabeçalho. Em geral,
esses cabeçalhos correspondem ao sumário do trabalho. Devem figurar em
uma
ficha
outros
elementos
indispensáveis,
como
as
referências
bibliográficas e a respectiva página da obra de onde se extraiu o
apontamento.
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4.3 – COLETA E ANÁLISE DE DADOS: LEITURA E PROCESSOS DE
LEITURA
O pesquisador entra, nesse momento, em uma das fases decisivas da elaboração do
trabalho científico. Trata-se da coleta e do registro de informações, em primeiro lugar,
da análise e da interpretação dos dados reunidos e, finalmente, da classificação deles.
(...)
4.3.1 – Pré-leitura
Nessa fase inicial da leitura informativa, o estudante deve certificar-se da existência
das informações que procura, além de obter uma visão global delas. São duas, pois, as
finalidades dessa leitura: em primeiro lugar, permitirá ao estudante selecionar os
documentos bibliográficos que contêm dados ou informações suscetíveis de serem
aproveitados na fundamentação de seu trabalho; em segundo lugar, dará ao estudante
uma visão global do assunto focalizado, visão indeterminada, mas indispensável para
poder progredir no conhecimento.
Faz-se a leitura de reconhecimento ou a pré-leitura examinando a folha de rosto, o
sumário, os índices, as referências bibliográficas, as notas ao pé da página, o prefácio, a
introdução e a conclusão. Em se tratando de livros, deve-se percorrer o capítulo
introdutório e o final; para o conhecimento de um capítulo deve-se ler o primeiro e o
último parágrafo. Em se tratando de artigos de revistas semanais ou jornais,
normalmente a idéia está contida no título do artigo e das partes. Os primeiros
parágrafos trazem geralmente o conjunto dos dados mais importantes, mas artigos
científicos precisam ser lidos integralmente para uma compreensão geral do assunto.
4.3.2 – Leitura seletiva
Localizadas as informações nos textos, procede-se à escolha do que for mais
adequado de acordo com os propósitos do trabalho. Selecionar é eliminar o dispensável
para fixar-se no que realmente é de interesse. Dá-se o primeiro passo de uma leitura
mais séria, embora não se trate ainda de um estudo exaustivo e minucioso. Para
selecionar os dados e as informações é necessário definir os critérios. Não pode haver
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seleção sem critérios de seleção. Os critérios de leitura seletiva são os propósitos do
trabalho: o problema formulado, as perguntas elaboradas quando se questionou o
assunto ou, em outros termos, os objetivos intrínsecos do trabalho. Somente os dados
que possam fornecer alguma luz sobre o problema, constituindo um elemento de
resposta ou de solução, é que serão selecionados. Pode-se voltar várias vezes a um
mesmo texto com propósitos distintos. São estes que determinam a importância e a
significação dos documentos bibliográficos.
4.3.3 – Leitura crítica ou reflexiva
Feita a seleção do material útil para o trabalho, o pesquisador ingressa no estudo
propriamente dito dos textos com a finalidade de saber o que o autor afirma sobre o
assunto. Nessa fase são necessárias certas atitudes, como culto desinteressado da
verdade e ausência de preconceitos. Simultaneamente o estudante deve ter sempre
presente diante de si os problemas que se dispõe a resolver por meio do estudo. É uma
fase de estudos, isto é, de reflexão deliberada e consciente (processo de aprendizagem);
de percepção dos significados, o que envolve um esforço reflexivo que se manifesta por
meio das operações de análise, comparação, diferenciação, síntese e julgamento
(processo de apreensão); de apropriação dos dados referentes ao assunto ou problema
(processo de assimilação). O estudo de um texto passa pelas mesmas fases do
pensamento reflexivo: de uma visão global, passa-se à análise das partes dos elementos
constitutivos para se chegar a uma síntese integradora.
A leitura crítica supõe a capacidade de escolher as idéias principais e de diferenciálas entre si e das secundárias.
(...)
A análise de documentos desdobra-se, portanto, em certo número de operações
muito precisas:
identificação e escolha da idéia diretriz e das idéias secundárias;
diferenciação ou comparação das idéias entre si a fim de determinar a
importância relativa de cada uma no conjunto das idéias;
compreensão do significado exato dos termos ou dos conceitos que
expressam;
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julgamento do material, após a escolha, diferenciação e compreensão. O
julgamento dos dados fornecidos pela análise corresponde a uma fase
decisiva da leitura científica. Faz-se por meio da leitura interpretativa.
4.3.4 – Leitura interpretativa
A leitura interpretativa é a última etapa da leitura de um texto e a aplicação deste aos
fins particulares da pesquisa. Essa fase implica um tríplice julgamento:
I) Partindo das intenções do autor e do tema do texto, o pesquisador procura saber o
que o autor realmente afirma, quais os dados que oferece e as informações que
transmite, qual o seu problema, suas hipóteses, suas teses, suas provas e suas
conclusões. Essa crítica objetiva é de grande importância: o pesquisador não pode
incorporar em seu trabalho conclusões alheias que não repousem sobre provas
convincentes.
II) O pesquisador relaciona, em seguida, o que o autor afirma e os problemas para os
quais está procurando uma solução. O julgamento das idéias se fazia antes em função
dos propósitos do autor; agora se faz em função dos propósitos do pesquisador, e é
aplicado na solução dos problemas formulados na pesquisa. Antes, um dado ou
informação tinha valor, utilidade ou importância se concorresse para resolver o
problema do autor. Agora, esse mesmo dado terá valor, utilidade ou importância se
concorrer para solucionar o problema do pesquisador.
III) Finalmente, o material coletado é julgado em função do critério verdade. O
pesquisador deve duvidar da realidade de toda e qualquer proposição (dúvida metódica).
Uma afirmação sem provas terá apenas valor provisório, servindo como ponto de
referência, nunca como conclusão, por maior que seja a autoridade do autor no assunto.
4.4 – TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS6
6
A partir desse item até o item 4.4.3, todas as informações foram coletadas na íntegra de: CERVO,
Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006. p. 50-54.
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Toda pesquisa, em especial a pesquisa descritiva, deve ser bem planejada se
quiser oferecer resultados úteis e fidedignos. Esse planejamento envolve também a
tarefa de coleta de dados, que corresponde a uma fase intermediária da pesquisa
descritiva.
A coleta de dados ocorre após a escolha e a delimitação do assunto, a revisão
bibliográfica, a definição dos objetivos, a formulação do problema e das hipóteses, o
agrupamento dos dados em categorias e a identificação das variáveis (essas duas últimas
tarefas são mais bem desenvolvidas com a assistência de um estatístico ou de um
analista de sistemas). Realizada a coleta de dados, seguem-se as tarefas da análise e
discussão dos dados e depois a conclusão e o relatório do trabalho.
A coleta de dados, tarefa importante na pesquisa, envolve diversos passos como
a determinação da população a ser estudada, a elaboração do instrumento de coleta, a
programação da coleta e também o tipo de dados e de coleta. Há diversas formas de
coleta de dados, todas com suas vantagens e desvantagens. Na decisão do uso de uma
forma ou de outra, o pesquisador levará em conta a que menos desvantagens oferecer,
respeitados os objetivos da pesquisa.
Os instrumentos de coleta de dados, de largo uso, são a entrevista, o questionário
e o formulário. Na aplicação da entrevista e do formulário, o informante conta com a
presença do pesquisador ou seu auxiliar, que registra as informações. O questionário,
sem a presença do investigador, é preenchido pela pessoa que fornece as informações.
Além do instrumento usado, o tipo de pergunta, que pode ser fechada por um
número limitado de opções ou aberta, sem restrições, determina a maior ou menor
exatidão dos dados e o grau de dificuldade na tabulação e análise das informações.
Esses aspectos e a disponibilidade de tempo e de recursos devem ser levados em
consideração ao ser fixado o instrumento de coleta de dados. Somente depois de ter sido
definido o objetivo da pesquisa e depois de levantadas as hipóteses e as variáveis é que
o pesquisador vai elaborar as questões do instrumento de coleta de dados.
A preocupação básica ao elaborar as perguntas deve ser, além da validade, a
finalidade e a relação das questões com o objetivo da pesquisa. As perguntas, em maior
ou menor número, devem sempre colher informações a respeito das variáveis e das
hipóteses de trabalho. Em geral, as questões alheias aos objetivos da pesquisa não se
justificam.
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Trataremos, em tópicos distintos, das técnicas de aplicação do formulário e do
questionário, mas podemos antecipar os diversos passos a serem observados na
elaboração das perguntas:
identificar os dados ou as variáveis sobre os quais serão feitas as
questões;
selecionar o tipo de pergunta a ser utilizado diante das vantagens e
desvantagens de cada tipo, com vistas ao tempo a ser consumido para
obter os dados e a maneira de tabulá-los e analisá-los;
elaborar uma ou mais perguntas referentes a cada dado a ser levantado;
analisar as questões elaboradas quanto à clareza da redação, classificação
e sua real necessidade;
codificar as questões para a posterior tabulação e análise com a inclusão
dos códigos no próprio instrumento;
elaborar instruções claras e precisas para o preenchimento do
instrumento;
submeter as questões a outros técnicos para sanar possíveis deficiências;
revisar o instrumento para dar ordem e seqüência às questões;
submeter o instrumento a um pré-teste para detectar possíveis
reformulações ou correções, antes de sua aplicação.
Outros instrumentos usados em pesquisas descritivas, como a entrevista e a
observação, embora não percorram rigorosamente os passos descritos, devem cercar-se
das devidas precauções para evitar prejuízos à pesquisa decorrentes de falhas na coleta
de dados.
4.4.1 – Entrevista
A entrevista não é uma simples conversa. É uma conversa orientada para um
objetivo definido: recolher, por meio do interrogatório do informante, dados para a
pesquisa.
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A entrevista tornou-se, nos últimos anos, um instrumento do qual se servem
constantemente os pesquisadores em ciências sociais. Eles recorrem à entrevista sempre
que têm necessidade de obter dados que não podem ser encontrados em registros e
fontes documentais e que podem ser fornecidos por certas pessoas. Esses dados serão
utilizados tanto para o estudo de fatos como de casos ou de opiniões. Devem-se adotar
os seguintes critérios para o preparo e a realização da entrevista:
planejar a entrevista, delineando cuidadosamente o objetivo a ser
alcançado;
obter, sempre que possível, algum conhecimento prévio acerca do
entrevistado;
marcar com antecedência o local e o horário da entrevista; qualquer
transtorno poderá comprometer os resultados da pesquisa;
criar condições, isto é, uma situação discreta, para a entrevista, pois será
mais fácil obter informações espontâneas e confidenciais de uma pessoa
isolada do que de uma pessoa acompanhada ou em grupo;
escolher o entrevistado de acordo com a sua familiaridade ou autoridade
em relação ao assunto escolhido;
fazer uma lista das questões, destacando as mais importantes;
assegurar um número suficiente de entrevistados, o que dependerá da
viabilidade da informação a ser obtida.
O entrevistado deve ser sempre previamente informado do motivo da entrevista
e de sua escolha. O entrevistador deve obter e manter a confiança do entrevistado,
evitando ser inoportuno, não interrompendo outras atividades de seu interesse nem o
entrevistando quando estiver irritado, fatigado ou impaciente. Convém dispor-se a ouvir
mais do que falar. O que interessa é o que o informante tem a dizer. Deve-se dar o
tempo necessário para que o entrevistado discorra satisfatoriamente sobre o assunto.
O entrevistador deve controlar a entrevista, reconduzindo, se necessário, o
entrevistado ao objeto da entrevista. Deve-se evitar perguntas diretas que precipitariam
as informações, deixando-a incompletas. É conveniente apresentar primeiramente as
perguntas que tenham menores probabilidades de provocar recusa ou produzir qualquer
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forma de negativismo, uma após outra, a fim de não confundir o entrevistado. Sempre
que possível, conferir as respostas, mantendo-se alerta a eventuais contradições.
Finalmente, o entrevistador não deve confiar demasiadamente em sua memória.
Deve anotar, cuidadosamente, os dados, registrando-os sumariamente durante a
entrevista e completando suas anotações logo em seguida ou o mais breve possível.
Deve registrar também aqueles dados fornecidos após a entrevista, quando
considerados de importância.
Quando se há de recorrer à entrevista? Recorre-se à entrevista quando não
houver fontes mais seguras para as informações desejadas ou quando se quiser
completar dados extraídos de outras fontes. A entrevista possibilita registrar, além disso,
observações sobre a aparência, o comportamento e as atitudes do entrevistado. Daí sua
vantagem sobre o questionário. Deve-se evitar recorrer à entrevista para obter dados de
valor incerto ou para obter informações precisas, cuja validade dependeria de pesquisas
ou de observações controladas, tais como datas, relações numéricas etc.
4.4..2 – Questionário
O questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir
com mais exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra questionário refere-se a um
meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante
preenche. Assim, qualquer pessoa que preencheu um pedido de trabalho teve a
experiência de responder a um questionário. Ele contém um conjunto de questões, todas
logicamente relacionadas com um problema central.
Todo questionário deve ter natureza impessoal para assegurar uniformidade na
avaliação de uma situação para outra. Possui vantagem de os respondentes se sentirem
mais confiantes, dado o anonimato, o que possibilita coletar informações e respostas
mais reais (o que pode não acontecer na entrevista). Deve, ainda, ser limitado em sua
extensão e finalidade.
É necessário estabelecer, com critério, as questões mais importantes a serem
propostas e que interessam ser conhecidas, de acordo com os objetivos. Devem ser
propostas perguntas que conduzam facilmente às respostas de forma a não insinuarem
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outras colocações. Se o questionário for respondido na ausência do investigador, deverá
ser acompanhado de instruções minuciosas e específicas.
O uso de perguntas abertas permite obter respostas livres. Exemplo: Do que você
mais gosta na cidade? Já as perguntas fechadas permitem obter respostas mais precisas.
Exemplo: Seu nível de escolaridade é:
( ) ensino fundamental
( ) graduação
( ) ensino médio
( ) pós-graduação
As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, simples de codificar
e analisar. As perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas livres, embora
possibilitem recolher dados ou informações mais ricos e variados, são codificadas e
analisadas com mais facilidade.
4.4.3 – Formulário
O formulário é uma lista informal, catálogo ou inventário, destinado à coleta de
dados resultantes quer de observações quer de interrogações, e seu preenchimento é
feito pelo próprio investigador.
Entre as vantagens que o formulário apresenta, podemos destacar a assistência
direta do investigador, a possibilidade de comportar perguntas mais complexas e a
garantia da uniformidade na interpretação dos dados e dos critérios pelos quais são
fornecidos. O formulário pode ser aplicado a grupos heterogêneos, inclusive a
analfabetos, o que não ocorra com o questionário.
Uma vez colhidos os dados cientificamente, isto é, por meio de técnicas da
observação controlada, passa-se à sua codificação e tabulação (gráficos, mapas, quadros
estatísticos). Somente então os dados são analisados e interpretados em função das
perguntas formuladas no início ou das hipóteses levantadas.
A maioria das pessoas tem familiaridade com o formulário, pois órgãos públicos,
empresas privadas e bancos utilizam-se sistematicamente para cadastramento inicial de
seus clientes, e esse instrumento de coleta de dados passa a ser a principal fonte de
alimentação de seus bancos de dados.
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OBS: Neste item foram dadas as coordenadas que você utilizará tanto para citar em seu
projeto como será o seu método de pesquisa quanto para utilizar esses procedimentos na
execução de sua pesquisa e na elaboração do relatório final.
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CAPÍTULO 5
5 - COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA?
Antes de iniciar sua pesquisa, você deverá traçar o percurso que você fará
durante a sua pesquisa, o que será feito por meio do seu projeto de pesquisa, a ser
entregue no sétimo período.
A elaboração do projeto é de extrema importância, pois é a ele que você irá
recorrer durante a sua pesquisa, para se orientar em relação aos passos a serem seguidos
durante a pesquisa.
O seu projeto deverá ter os seguintes tópicos:
1)TÍTULO DO TRABALHO
2) INTRODUÇÃO
3) OBJETIVOS
4) JUSTIFICATIVA
5) METODOLOGIA
6) CRONOGRAMA
7) ORÇAMENTO (se for o caso)
8) BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Tais tópicos estão explicitados abaixo. Observe:
1 – TÍTULO
Corresponde ao tema e deve obedecer aos critérios de relevância, viabilidade e
originalidade. Deve resumir, de forma sucinta, o tema da pesquisa.
2–INTRODUÇÃO
Você deverá determinar o tipo de enfoque, bem como sua extensão e profundidade,
ou seja, deverá delimitar o assunto de sua pesquisa.
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2.1 - O QUE FAZER?
Contextualizar o assunto (problema a ser investigado) tratado.
Formular o problema.
Enunciar as hipóteses.
Definir os termos do problema e da hipótese.
Estabelecer as bases teóricas, isto é, a relação que existe entre a teoria, a
formulação do problema e o enunciado da hipótese.
3– OBJETIVOS:
3.1 – Objetivo geral da pesquisa:
Definir, de modo geral, o que se pretende alcançar com a execução da pesquisa
(visão global e abrangente).
3.2 – Objetivos específicos da pesquisa:
Fazer aplicação dos objetivos gerais a situações particulares.
Definir passo a passo o que você fará em sua pesquisa, isto é, quais tópicos você irá
pesquisar para testar e responder a sua hipótese; resolver o problema que você se propôs
a pesquisar.
Nota: para formular os objetivos, usam-se verbos no infinitivo, tais como: pesquisar,
descrever, esclarecer, comparar, contribuir para, promover etc. Para a descrição da
metodologia, os verbos são empregados no tempo futuro.
4– JUSTIFICATIVA DA PESQUISA:
4.1 - POR QUÊ? PARA QUÊ? E PARA QUEM FAZER?
– Motivos que justificam a pesquisa: motivos de ordem teórica e de ordem prática.
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– Explicar por que foi escolhido o tema, por que é relevante realizar tal pesquisa em
que ela pode contribuir para a área a que se destina.)
5– METODOLOGIA
Você deverá dizer quais métodos e técnicas que serão utilizados na pesquisa.
Também deverá citar quais os teóricos que você utilizará para embasar a sua pesquisa
É aconselhável incluir um roteiro com as principais etapas da pesquisa.
5.1– ONDE? COMO?
Descrever o campo de observação com suas unidades de observação e variáveis que
interessam à pesquisa:
- População com suas características.
- Se for utilizar amostra, justificar, dando os motivos, e apresentar o modo como a
amostra será selecionada e suas características.
-Local.
-Unidades.
-Quais as variáveis que serão e como serão controladas. Qual o plano de experimento
que será utilizado.
5.2 - COM QUÊ?
– Descrever o instrumento de pesquisa que vai ser utilizado.
– Que informações se pretende obter com eles.
– Como o instrumento será usado ou aplicado para obter estas informações.
5.3 – QUANTO? (utilização de provas estatísticas)
– Quais as hipóteses estatísticas enunciadas.
– Como os dados obtidos serão codificados.
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– Que tabelas serão feitas e como serão feitas.
– Que provas estatísticas serão utilizadas para verificar as hipóteses.
– Em que nível de significância.
– Revisão sobre a interpretação dos dados.
6–CRONOGRAMA
6.1 – QUANDO?
Definir o tempo que será necessário para executar o projeto, isto é, para realizar
a pesquisa, dividindo o processo em etapas e indicando que tempo é necessário para a
realização de cada etapa.
Por exemplo:
Leitura bibliográfica: março, abril, maio
Coleta de dados: abril e maio
E assim sucessivamente.
7 – ORÇAMENTO
7.1 - COM QUANTO FAZER E COMO PAGAR? (Plano de custos da pesquisa, se for
o caso):
Prever os gastos que serão feitos com a realização da pesquisa, especificando cada um
deles.
8 – BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Fazer uma lista bibliográfica que contenha obras referentes aos pressupostos
teóricos do tema ou ao seu embasamento teórico. Esta bibliografia não precisa ser
exaustiva, pois isso será exigido no relatório, mas deverá ser organizada de acordo com
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as normas da ABNT. Deverá, também, ser coerente com o tema, a justificativa, os
objetivos e a metodologia e o cronograma de seu projeto.
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CAPÍTULO 6
6 – AS PARTES DO RELATÓRIO DA PESQUISA
Essa é a fase final de todo esse processo da pesquisa. O relatório deverá conter
as suas considerações sobre os resultados da pesquisa realizada, dando em detalhes os
objetivos, a justificativa, a metodologia usada, os dados obtidos, a análise desses dados,
as conclusões a que você chegou etc.
Seguindo a atual nomenclatura proposta pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), na norma brasileira (NBR) nº 14724, de 2005, a estrutura do trabalho
acadêmico (relatório) é dividida da seguinte forma:7
a)
Elementos pré-textuais: “elementos que antecedem o texto com
informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho”.
b)
Elementos textuais: “parte do trabalho em que é exposta a matéria.
Deve ter três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e
conclusão. A parte textual comporta também os elementos de apoio,
constituídos por notas, citações, tabelas, quadros e ilustrações,
inseridos no corpo do texto.
c)
Elementos pós-textuais: “elementos que complementam o trabalho”
(item 3.9) e que se dividem em obrigatórios, como as referências
bibliográficas, e opcionais, como os glossários, os apêndices, os
anexos e os índices.
Os elementos precisam ser considerados em suas duas dimensões: uma que diz
respeito à estética do trabalho (aspectos gráficos) e outra que se refere à divisão
estrutural das partes do trabalho.
7
A partir desse parágrafo até o final desse capítulo, todas as informações foram retiradas na íntegra de:
CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 91-95 e p. 102 - 106.
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a) Aspectos gráficos do trabalho acadêmico:
papel;
impressão do texto;
formatação (margens e espaços);
numeração;
títulos, subtítulos, divisões e parágrafos.
b) Estrutura do trabalho acadêmico:
capa (obrigatório);
folha de rosto (obrigatório);
folha de dedicatória (opcional);
folha de agradecimentos (opcional);
epígrafe (opcional);
resumo em língua vernácula (obrigatório);
lista de ilustrações (opcional);
lista de tabelas (opcional);
lista de abreviaturas e siglas(opcional);
sumário (obrigatório);
introdução (obrigatório);
desenvolvimento (obrigatório);
conclusão (obrigatório);
referências bibliográficas (obrigatório);
apêndices (opcional);
anexos (opcional);
índices (opcional);
glossários (opcional).
c) Impressão do texto:
Os programas de editoração de textos apresentam grande número de fontes, para
as mais variadas aplicações. Para a apresentação de trabalhos escolares e acadêmicos,
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entretanto, deve-se optar por aquelas que melhor se assemelham à chamada letra de
forma.
(...)
Prefira sempre o tamanho 12 para a parte textual, no modo normal. Quando
precisar de variações, para reforçar a estética e a formatação do texto, adote os
seguintes procedimentos:
para as citações até três linhas, use sempre a forma normal da mesma
fonte e deixe sempre entre aspas “..”;
para grifar, use sempre a mesma fonte na forma negrito ou itálico, sem
aspas;
para títulos, use forma negrito, no tamanho 14 da mesma fonte;
para subtítulos, use a forma negrito, no tamanho 12 da mesma fonte;
para notas de rodapé e comentários acima de três linhas, utilize o
tamanho 10 da mesma fonte.
MODELO DE CAPA PARA TRABALHOS ACADÊMICOS
Nome da instituição de ensino
Nome da faculdade ou instituto
Nome do departamento
Nome do autor do trabalho
Título do trabalho: subtítulo (se houver)
Local e data de aprovação
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MODELO DE FOLHA DE ROSTO PARA TRABALHOS ACADÊMICOS
Nome do autor do trabalho
Título do trabalho: subtítulo (se houver)
Monografia apresentada à Faculdade de Administração de
Mariana como pré-requisito para a obtenção do título de Bacharel
em Administração, com Habilitação em Administração de Empresas
sob a orientação do (a) Prof(a). (Ms. ou Dr.) (Nome).
Nome do orientador (e do co-orientador, se houver)
Prof (a). Ms/ Dr(a).
Local e data de apresentação do trabalho
MODELO DE FOLHA DE APROVAÇÃO PARA TRABALHOS ACADÊMICOS
Nome do autor do trabalho
Título do trabalho: subtítulo (se houver)
Monografia apresentada à Faculdade de Administração de
Mariana como pré-requisito para a obtenção do título de Bacharel
em Administração, com Habilitação em Administração de Empresas
sob a orientação do (a) Prof(a). (Ms. ou Dr.) (Nome).
Banca Examinadora
Prof(a). Ms./ Dr(a). ______________________________
Nome da instituição de origem
Prof(a). Ms./ Dr(a). ______________________________
Nome da instituição de origem
Prof(a). Ms./ Dr(a). ______________________________
Nome da instituição de origem
Local e data de apresentação do trabalho
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MODELO DE FOLHA DE DEDICATÓRIA PARA TRABALHOS ACADÊMICOS
Aos meus pais.
MODELO DE FOLHA DE AGRADECIMENTOS PARA TRABALHOS ACADÊMICOS
Agradeço aos professores do (ano, disciplina e curso), que
com seus ensinamentos forneceram os estímulos e as orientações
necessárias para a elaboração deste trabalho.
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CAPÍTULO 7
7 - COMO ELABORAR O CONTEÚDO DA MONOGRAFIA
7.1 – ELEMENTOS TEXTUAIS: CONTEÚDO DO TRABALHO8
Os elementos textuais constituem a parte escrita, chamada corpo, que na verdade é a
alma do trabalho acadêmico, cujo conteúdo é distribuído conforme a seguir:
introdução;
desenvolvimento;
conclusão.
Assim como a apresentação visual do trabalho requer cuidados por parte do aluno, a
seleção, distribuição e tratamento do conteúdo deve se orientar por certos procedimentos
capazes de expor e articular com clareza as idéias de seu autor.
É natural que, depois do levantamento bibliográfico, das leituras e das anotações, o
aluno tenha dúvidas quanto à melhor maneira de distribuir esse conteúdo ao longo da
monografia. O que é importante? Em que ordem colocar os assuntos? Como utilizar as
anotações efetuadas para melhor valorizar o texto com opiniões e pareceres que
evidenciem autoridade científica? Como dar à monografia alguma fundamentação
científica para que ela não fique parecendo um mero apanhado de idéias desconexas?
Nas seções a seguir, veremos, passo a passo, os seguintes tópicos:
como usar a linguagem científica na redação acadêmica;
como lidar, na redação, com as idéias de senso comum;
a estrutura e o conteúdo da introdução;
8
A partir desse item até o item 7.1.3 todo o conteúdo foi retirado de: CERVO, Amado Luís; BERVIAN,
Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p.
91-95 e p. 108 -111.
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como ordenar o conteúdo no desenvolvimento, que é a parte mais extensa da
monografia;
como utilizar a conclusão para assumir posturas diante do tema estudado e
afirmar sua posição de independência e autonomia intelectual.
7.1.1 – O USO DA LINGUAGEM CIENTÍFICA
O autor, ao redigir o trabalho final, para apresentar os resultados de seu trabalho
de pesquisa, precisa ter em mente que está escrevendo para dois públicos distintos. Um
pode ser chamado de público interno, pertencente às comunidades técnicas, acadêmicas
e científicas, composto de pessoas que também fazem pesquisa e que também escrevem.
O outro é o público externo, composto, não necessariamente, mas inclusive, de leigos,
que podem ter interesse pelo assunto ou necessidade de leituras do gênero, mas que não
dominam ou nem precisam dominar a linguagem técnica, acadêmica e científica. Ter
isso em mente pode facilitar muito a escolha dos termos apropriados e a forma de
apresentá-los, como veremos a seguir.
a) Impessoalidade: todo trabalho acadêmico, técnico ou científico deve ter caráter
impessoal. Ele é redigido na terceira pessoa, evitando-se referências pessoais, como meu
trabalho, meus estudos, minha tese. Utilizam-se, em tais casos, expressões como o
presente trabalho, o presente estudo, mas não deixe de assumir a autoria das idéias
originais, argumentos inovadores ou teses polêmicas, quando necessário. O uso de nós,
pretendendo indicar impessoalidade, é igualmente desaconselhável, embora tal
construção possa aparecer quando se trata de marcar os resultados obtidos pessoalmente
com uma pesquisa: somos de opinião que ..., julgamos que ..., chegamos à conclusão
que ..., deduzimos que ... etc.
b) Objetividade: o caráter objetivo da linguagem que veicula conhecimentos científicos
resulta da própria natureza da ciência. Por isso, essa linguagem impessoal e objetiva
deve afastar do campo científico pontos de vista pessoais que deixem transparecer
impressões subjetivas, não fundadas, sobre dados concretos. Expressões como eu penso,
parece-me, parece ser e outras violam freqüentemente o princípio da objetividade,
indicando raciocínio subjetivo.
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Grande número de vocábulos e expressões dá margem a interpretações subjetivas; sua
utilização compromete o valor do trabalho. Veja alguns exemplos de comparação entre
linguagem subjetiva e linguagem objetiva em pesquisa social:
linguagem subjetiva: a sala estava suja;
linguagem objetiva: o entrevistado, enquanto falava, deixou cair as cinzas do
cigarro no chão. Viam-se os restos de cigarros apagados e fragmentos de papel
pelo chão;
linguagem subjetiva: a sala era grande e espaçosa;
linguagem objetiva: a sala media 12m de comprimento por 8m de largura.
A linguagem científica deve, portanto, ser objetiva, precisa, isenta de qualquer
ambigüidade. Contrasta, nesse sentido, com a linguagem subjetiva, apreciativa,
adequada a outros fins.
c) Modéstia e cortesia: os resultados de um estudo ou pesquisa, quando cientificamente
alcançados, impõem-se por si mesmos. O pesquisador não deve, portanto, insinuar que
os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam cobertos de erros e
incorreções. O próprio trabalho, por mais perfeito que seja, nem sempre está isento de
erros. A cortesia é traço importante de todo trabalho, sobretudo quando se trata de
discordar dos resultados de outras pesquisas.
À cortesia sucede a modéstia, quando o pesquisador se torna especialista em seu ramo.
Ao adquirir conhecimentos profundos no setor de seu estudo específico, o pesquisador
não deve transmiti-los com ares absolutos de autoridade absoluta. Sua pesquisa impõese por si mesma. A linguagem que a reveste limita-se à descrição de seus passos e à
transmissão de seus resultados, testemunhando intrinsecamente a modéstia e a cortesia
essenciais a um bom trabalho. Sua finalidade é expressar, e não impressionar.
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7.1.2 – CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM CIENTÍFICA
A linguagem, como instrumento de comunicação, pode desempenhar funções
distintas. Convém indicá-las aqui, pelo menos as principais, para que se tenha presente a
função característica da linguagem científica. Salvador (1970, p.141) assim classifica as
funções principais da linguagem- comunicação.
função expressiva, adequada à comunicação ou expressão de emoções,
sentimentos ou vivências psicológicas;
função persuasiva, adequada ao discurso (retórico) que pretende usar
sobre a vontade para dirigir a conduta dos homens, como na propaganda;
função informativa, adequada à transmissão de conhecimentos e
informações.
Com respeito às formas de expressão, a linguagem-comunicação pode revestir-se de
caráter:
coloquial, próprio da linguagem comum;
literário, enquanto tem em vista objetivos estéticos;
técnico, característico da linguagem científica.
A linguagem científica nada tem de persuasiva ou de expressiva no sentido indicado;
ela é essencialmente informativa.
Em suma, a linguagem científica é informativa e técnica, de ordem cognoscitiva e
racional, firmada em dados concretos, a partir dos quais analisa, compara e sintetiza,
argumenta, induz ou deduz e conclui. Distingue-se, portanto, da linguagem literária.
Enquanto esta deve impressionar, agradando pela elegância e pela evocação de valores
estéticos, aquela deve esclarecer pela força dos argumentos; enquanto esta tem por nota
distinta a subjetividade (estilo literário), aquela tem por nota distintiva a objetividade
(estilo científico).
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7.1.3 – USO DO VOCABULÁRIO COMUM
Idéias claras e precisas exprimem-se por meio de símbolos que as representem.
Os símbolos convencionalmente aceitos e agrupados em um sistema constituem a
linguagem. Tratando-se de linguagem científica, os símbolos empregados são aqueles que
representam idéias. Ocorre, entretanto, que nem todo símbolo ou palavra designa uma
única coisa ou corresponde a uma idéia apenas. Cumpre por isso, para que a linguagem
científica seja clara e precisa, escolher os termos mais adequados às idéias que se quer
exprimir e determinar sua significância exata.
O redator com pretensões técnicas, acadêmicas ou científicas deve conhecer, em
primeiro lugar, a significação exata dos termos empregados, conforme se encontra nos
dicionários, e determinar, em segundo lugar, a significação que recebe no contexto. Em
uma redação científica, não se admite o uso dos termos em sentido figurado: devem ser
empregados unicamente em sentido próprio, concreto e objetivo. Assim, o botânico se
serviria do termo “rosa” para designar a flor da roseira, planta da família das rosáceas,
enquanto o poeta poderia utilizar o mesmo termo, em sentido figurado, para designar uma
mulher formosa.
7.2 – COMO ELABORAR A INTRODUÇÃO, O DESENVOLVIMENTO E
A CONCLUSÃO DA MONOGRAFIA9
7.2.1 – INTRODUÇÃO: CONCEITO E REQUISITOS NECESSÁRIOS
A parte introdutória abre o trabalho propriamente dito, anunciando o assunto, e
supõe a compreensão dele quanto a seu alcance, suas implicações e seus limites. O leitor,
quando se propõe à leitura de um texto, quer antes de tudo saber do que se trata. Satisfeita
essa exigência, ele deseja ser encaminhado para a compreensão exata do assunto
focalizado.
Deduzem-se dessas necessidades os requisitos imprescindíveis a uma boa
introdução:
9
A partir desse tópico até o final desse capítulo, todas as informações foram retiradas de: CERVO,
Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007.
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a definição do tema;
a indicação do problema e da hipótese;
a indicação da metodologia de trabalho a ser seguida;
a estrutura interna do trabalho, com indicação de como estão distribuídos
e organizados seus argumentos.
O método para a elaboração da introdução busca mostrar como, na prática, serão
preenchidas essas exigências fundamentais.
7.2.1.1. – Sobre o tema
Definir o tema consiste em anunciar sua idéia geral e precisa. Isso será feito logo
no início da introdução, tendo-se o cuidado de escolher bem os termos que envolvem a
definição.
Esquema da Introdução:
a) Anunciar o assunto: 1. Idéia geral;
2. Delimitar;
3. Situar;
4. Mostrar a importância;
5. Justificar;
6. Definir os termos;
7. Documentação
8. Metodologia
b) ... e como será desenvolvido: 9. Idéias-mestras do desenvolvimento;
10. Plano do desenvolvimento
Uma vez anunciado o tema, torna-se freqüentemente necessário delimitá-lo, isto
é, indicar o aspecto específico que será focalizado (delimitação do assunto). Por vezes, o
assunto é anunciado e delimitado sob forma de problema ou pergunta. Levanta-se, nesse
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caso, uma ou mais hipóteses que serão demonstradas posteriormente. Aos poucos, o leitor
é habilitado a penetrar na problemática que o autor levanta ao anunciar o tema central ou
um de seus aspectos.
Quando se busca delimitar o tema, percebe-se a necessidade de situá-lo no
tempo e no espaço, na discussão teórica ou na teórica ou na prática. Situar o assunto
consiste em indicar os pressupostos ou postulados indispensáveis à sua compreensão. O
assunto deve ser situado no conjunto dos conhecimentos ou das atividades já
desenvolvidas e com as quais se relaciona.
À medida que se anuncia, delimita-se e situa-se o tema que será desenvolvido,
deve-se mostrar sua importância, a fim de despertar o interesse do leitor. Tal interesse
será canalizado para a leitura de um texto científico unicamente por meio da força dos
argumentos racionais. Em uma exposição oral, pode-se recorrer igualmente a outros
recursos, que tendem a tornar o assunto sugestivo.
Se a importância do tema for assim demonstrada, tanto a do conjunto como a dos
aspectos a serem focalizados, a justificação da escolha e sua delimitação tornam-se tarefa
fácil.
7.2.1.2 – Sobre as idéias e os conceitos utilizados
A introdução pode conter também a definição dos termos empregados, caso isso
se faça necessário para maior clareza e entendimento. A definição dos termos da
pesquisa pode tanto indicar seu grau de domínio sobre o tema como a linha teórica que
você seguirá no desenvolvimento.
7.2.1.3 – Sobre a Metodologia
Em trabalhos poucos extensos, como os exigidos em aula, a introdução deve
conter a indicação da documentação e dos dados utilizados. Indique as fontes de
pesquisa utilizadas, os instrumentos empregados e, se for o caso, o universo ou a
amostra que serviu de base para sua coleta de dados. Em pesquisa de campo ou de
laboratório, deve-se indicar sempre a metodologia empregada, tanto para a aquisição de
dados como para sua interpretação. Em trabalhos mais extensos, como memórias ou
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teses, exigidos para obtenção de um grau universitário, a apresentação desses elementos
constituirá capítulo à parte.
7.2.1.4 – Sobre o Desenvolvimento
Uma vez conhecido o assunto, o leitor quer conhecer igualmente o caminho que
há de seguir na leitura e compreensão do tema exposto. Anuncie as idéias-mestras do
desenvolvimento: os pontos principais, as deduções mais importantes, os resultados
mais significativos. Tem-se dessa forma uma visão global (sincrética) do assunto,
embora de certa maneira indeterminada.
Depois de tudo feito, no fim da introdução deve-se anunciar, com ênfase e
clareza, o plano adotado para o desenvolvimento. Esse passo cabe unicamente no fim da
introdução, porquanto supõe que o leitor já tenha uma idéia exata do assunto. O plano
do desenvolvimento, que arremata solenemente a parte introdutória, deve conter
unicamente os tópicos principais, ordenados em razão da pesquisa.
Em trabalhos mais extensos e de maior profundidade, é conveniente que a
introdução seja o último capítulo a ser escrito, pois somente após o término da redação
você terá uma visão geral de sua estrutura. Tome o cuidado de não antecipar, na
introdução, os resultados e as conclusões de sua pesquisa. Reserve-os para o final do
trabalho.
7.2.2 – DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento corresponde à parte mais extensa do trabalho, chamada
também de corpo do assunto. Visa a comunicar os resultados da pesquisa.
Deve ser sempre dividido em partes, refletindo o escalonamento das dificuldades
encontradas ou ainda em função das parcelas que comporta cada dificuldade. À medida
que se progride na investigação, recolhem-se muitas idéias que serão selecionadas e
ordenadas do mais simples ao mais complexo. A decomposição do assunto em suas partes
constitutivas é condição indispensável para sua compreensão. É bem mais fácil
compreender o assunto quando este estiver dividido, pois sem divisão não se pode
identificar claramente o tema central, tampouco distinguir o que se quer atribuir ao todo
ou somente a uma ou outra de suas partes.
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Deve-se ordenar sistematicamente as diversas partes que compõem a matéria de
estudo, sem esquecer que a elaboração do plano não equivale a propor uma organização
arbitrária e sem nexo das partes em um todo. Trata-se, muito ao contrário, de submeter os
conceitos a uma ordem dentro da hierarquia real ou lógica das questões, descobrindo a
estrutura real ou lógica do assunto, em que as partes estejam vinculadas entre si e
naturalmente integradas no conjunto.
A construção do plano do desenvolvimento supõe a capacidade de distinguir o
fundamental do acessório, a idéia principal da secundária, o mais importante do menos
importante, além de requerer a inteligência necessária para distribuir eqüitativamente as
partes desproporcionais, de sorte que o todo resulte equilibrado e proporcionado, fazendo
salientar o fundamental e o essencial.
Importante: não obstante a NBR 14724:2005 denominar introdução,
desenvolvimento e conclusão os elementos constituintes da parte textual, no trabalho não
se deve intitular desenvolvimento o miolo do trabalho. As partes primárias, secundárias e
terciárias, isto é, os capítulos e seções, devem receber títulos e subtítulos que expressem o
real conteúdo do texto.
Vê-se, portanto, que o plano envolve um processo deliberado e sistemático de
reflexão. Da mente que reflete surge o plano, como sua criação original. Constrói-se,
geralmente de início, um plano provisório. Este será muitas vezes modificado e
reestruturado no curso do trabalho, sob efeito de novas pesquisas e reflexões. O plano
provisório é, pois, a primeira etapa. O plano definitivo surgirá no término da investigação,
dependendo diretamente dos resultados dos estudos, da análise dos documentos e dados
reunidos e do esforço pessoal da reflexão. Tanto é verdade que um mesmo assunto
possibilita, por vezes, vários planos.
Como se procede à divisão? Essa questão envolve duas outras que serão
sucessivamente tratadas: dividir o assunto em quantas partes? Como dividir as partes?
7.2.2.1 – Divisão em três partes
A divisão do texto em três partes (...) privilegia a divisão (...) por unidades
temáticas, que visam a agrupar os assuntos segundo sua própria natureza e que constituem
momentos diferentes do esforço da pesquisa:
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primeira parte: histórico e contextualização do problema;
segunda parte: fundamentação e discussão teórica;
terceira parte: análise.
a) Conteúdo da primeira parte: apresente um panorama sobre o tema. Alguns
temas naturalmente sugerem uma ordem hierárquica. Se sua preocupação
consiste, por exemplo, em tratar da questão do desemprego no município de São
Bernardo do Campo, é preciso considerar que São Bernardo do Campo está
situado dentro de uma região metropolitana – São Paulo – que por sua vez é o
principal pólo industrial do Brasil. Tratar especificamente da realidade de São
Bernardo do Campo e ignorar os dois contextos maiores em que o município
está inserido é ter uma visão apenas parcial sobre o desemprego. O Brasil, por
sua vez, está inserido em um bloco econômico – o Mercosul – como reflexo (ou
reação) a uma economia cada vez mais globalizada. Dominar o „estado da arte‟
na questão desemprego, portanto, implica, obrigatoriamente, a visão global
sobre o tema, que inclui e sugere as seguintes subdivisões para essa parte:
o desemprego no mundo;
o desemprego no Mercosul;
o desemprego no Brasil;
o desemprego no Estado de São Paulo;
o desemprego em São Bernardo do Campo.
Portanto, cuide para que a primeira parte do desenvolvimento apresente ao leitor
o tamanho real do desemprego e suas relações com esferas mais amplas. A
respeito desses contextos mais amplos, apresente, se quiser, dados sobre
desemprego no mundo, no Mercosul, no Brasil e no Estado de São Paulo.
Qualifique o objeto de sua pesquisa. Isto é, apresente os principais indicadores
de São Bernardo do Campo, destacando-o em suas especificidades, mas também
inserindo-o em algo maior como dentro do Estado, do país e da região.
Nessa primeira parte, conceitue desemprego para livrar o tema de quaisquer
ambigüidades e interpretações errôneas. Veja que o conteúdo da primeira parte é
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essencialmente informativo e que essa informação é fruto de seu trabalho
pessoal de mapeamento do tema e de levantamento de dados.
b) Conteúdo da segunda parte: esse é o espaço para você colocar o resultado de
sue esforço de levantamento bibliográfico, de leituras e de anotações, e por isso
mesmo é uma parte essencialmente teórica. Apresente o resultado de pesquisas a
que você teve acesso e analise-o, usando a autoridade acadêmica e científica de
autores e pesquisadores renomados, por meio de citações que reforcem seus
argumentos. Discuta e concorde ou discorde dos autores, de preferência
colocando os autores para discutir entre si pelo confronto de suas opiniões. A
regra, para o enriquecimento dessa parte, consiste em nunca utilizar um único
autor. Escolha dois ou mais, três de preferência. Aplique os procedimentos de
análise, comparação e síntese às opiniões, valorizando a polêmica que
inevitavelmente existe no universo dos especialistas.
c) Conteúdo da terceira parte: com os procedimentos anteriormente indicados, o
aluno estará a meio caminho do domínio do estado da arte sobre a questão do
desemprego
você traçou o panorama em que acontece o problema;
você apresentou dados que permitem uma visão quantitativa do problema;
você atualizou a discussão sobre o problema com a análise, a síntese e a
comparação das opiniões dos principais especialistas sobre a questão.
Agora você pode discutir a questão específica de sua pesquisa, que é o desemprego no
município de São Bernardo do Campo, buscando responder às seguintes indagações:
Analisando o desemprego no mundo, no Mercosul, no Brasil e no Estado de São
Paulo, que são os contextos mais amplos nos quais o município está inserido, é
possível encontrar alguma regularidade, isto é, alguma lei geral que norteie esse
processo?
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De acordo com as características específicas do município estudado, é possível
identificar algum fator que seja também específico da região?
Amparado nos autores escolhidos, que teorias conseguem explicar o fato, seja
ele uma lei geral do desemprego ou a situação específica do município em
estudo?
Identificadas as evidências que permitem confirmar ou negar as hipóteses inicialmente
sugeridas na fase de elaboração do projeto de pesquisa, você pode incorporar outros
elementos e dados coletados, como depoimentos de pessoas locais ou respostas dadas
em entrevistas, e até mesmo estabelecer relações entre as evidências identificadas e
outros aspectos de suas próprias observações e de seus dados.
Note que a característica básica dessa terceira parte é ser essencialmente analítica. Suas
posições não podem ainda ser pessoais, pois você só poderá afirmar ou negar, concordar
ou discordar a partir de evidências contempladas no próprio texto. O encerramento
dessa parte e, por conseguinte, do desenvolvimento deve enunciar sua posição teórica
diante dos dados coletados, dos estudos, das opiniões dos especialistas e das evidências.
Essa afirmação de sua posição pode ser entendida como o seu ganho intelectual, o saldo
de seu aprendizado e sua efetiva contribuição ao estudo do tema. Essa produção
intelectual o autoriza a falar com propriedade e segurança sobre o tema e geralmente
marca a posição do autor no universo dos especialistas que se ocupam de tal tema,
principalmente em estudos feitos em nível de mestrado e de doutorado.
7.2.3 – CONCLUSÃO: CONCEITO E REQUISITOS INDISPENSÁVEIS
A conclusão deve abrir sempre nova página com o cabeçalho em letras versais
na parte superior da página. Quando houver várias conclusões, numeradas, intitula-se no
plural: conclusões.
Conclusão é: “Ato de concluir. Conseqüência de um argumento; dedução,
ilação” (MICHAELIS, 2000). O homem comum apresenta sua idéia sob a forma de
afirmação, que pode ser positiva ou negativa. O pesquisador apresenta-a sob a forma de
conclusão. A conclusão corresponde à seção que arremata o trabalho. Constitui seu ponto
de chegada, a resposta ao tema anunciado na introdução. A conclusão governa a
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elaboração das partes, orienta e estrutura seu desenvolvimento. Ela está presente em todo
o trabalho, sob a forma de hipótese plausível na introdução, que se confirma aos poucos
com o desenvolvimento, transformando-se, finalmente, em certeza ou na mais provável
das hipóteses.
A conclusão não é uma idéia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta
ao trabalho; não é tampouco um simples resumo final. O assunto anunciado e
desenvolvido desemboca na conclusão, decorrência lógica e natural de tudo o que a
precede.
Relembre que, ao delimitar o tema de sua monografia, você escolheu uma
abordagem, dentre tantas possíveis, e na justificativa apresentou as razões para a escolha
de determinado tema, e não de outro. Lembre-se de que ao formular o problema da
pesquisa você o dimensionou, mostrando em que estágio o encontrou. Depois elaborou
uma ou mais hipóteses preliminares para explicá-lo. E mais: nos objetivos gerais e
específicos você se propôs a alcançar certas metas e para isso escolheu uma
metodologia e algumas técnicas de pesquisa, tendo posteriormente selecionado uma
bibliografia que, naquele momento, você entendia como suficiente para dar conta de
confirmar ou não sua hipótese. Todo o corpo do trabalho, enfim, esteve voltado para
responder às questões iniciais elencadas no projeto de pesquisa. Ao final da pesquisa, o
aluno precisará fechar todas essas questões em aberto, e ele fará isso na conclusão:
Sua pesquisa resolve o problema originalmente escolhido, amplia a
compreensão sobre ele, mostra novas relações ou mesmo descobre outros
problemas?
Sua hipótese, ao final, foi confirmada ou refutada pela pesquisa?
Os objetivos gerais e específicos previamente definidos foram alcançados?
A metodologia de trabalho escolhida foi suficiente para a consecução de seus
propósitos? Houve necessidade, ao longo da pesquisa, de adotar outras técnicas
ou procedimentos para lidar com situações não previstas?
A bibliografia previamente selecionada correspondeu às expectativas?
Da leitura, análise, comparação e síntese de diferentes autores sobre o mesmo
tema, qual é sua postura diante dele, terminado o trabalho de pesquisa?
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A conclusão é, portanto, um resumo marcante dos argumentos principais, é síntese
interpretativa dos elementos dispersos pelo trabalho, ponto de chegada das deduções
lógicas baseadas no desenvolvimento. Deve levar à convicção os hesitantes, se
porventura ainda houver, e isso você só conseguirá se reservar para a conclusão aquilo
que seja realmente essencial para a compreensão do tema. Isso quer dizer que o resumo
conclusivo deve ser enérgico, breve, exato, firme e convincente.
Aproveite esse momento para seu primeiro exercício de autonomia intelectual, pois
na conclusão você pode anunciar seu próprio ponto de vista com a certeza de que ele
possui uma fundamentação teórica e científica. Sendo resultado de seu trabalho, justo é
que traga sua marca pessoal. O ponto de vista do autor aparece sempre que ele chega a
uma conclusão original, a um conhecimento novo ou simplesmente a uma nova
reformulação de conhecimentos existentes. Há, porém, diversas maneiras de exprimir
esse ponto de vista: a perícia está em valorizar magistralmente o próprio trabalho,
apresentando suas conclusões como precioso fruto dos esforços despendidos.
O autor pode também enriquecer seu trabalho, alargando a idéia geral para além de
seu próprio ponto de vista, abrindo novas perspectivas, vislumbrando novas pesquisas,
apontando relações do assunto com outros ramos do conhecimento.
Veja abaixo um modelo de estrutura do trabalho de conclusão, retirado de BECKER
e MELLO (2006):
Preliminares: Folha de rosto
Sumário
Agradecimentos
Texto:
1. INTRODUÇÃO
1.1 – Caracterização da organização (local de realização do estágio)10 e do ambiente.
1.2 – Formulação do problema ou oportunidade; inclui: (a) dados e/ou informações que
dimensionam a problemática; e (b) limites definidos para tratar o problema.
1.3 – Objetivos: (a) geral (define o propósito da pesquisa); e (b) específicos
(operacionalizam o objetivo geral).
1.4 – Justificativa; inclui: (a) oportunidade do projeto; (b) viabilidade do projeto; e (c) sua
importância.
10
Esse tópico de local de realização do estágio só será inserido caso a sua monografia fale sobre um tema
que surgiu com a experiência do estágio.
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1.5 – Comentários justificando alterações nos itens acima, em relação ao projeto (se
aplicável).
2. REVISÃO DA LITERATURA (É uma versão atualizada da seção homônima do projeto.)
Implica: (a) levantar conceitos teóricos, métodos e instrumentos de análise; (b) rever trabalhos
ou aplicações semelhantes em outros contextos; (c) descrever, comparar, criticar a literatura
sobre o tema.
3. METODOLOGIA (Relata o método que foi de fato utilizado para a coletas e análise de
dados.):
3.1 – Plano ou delineamento da pesquisa
3.2 – Definição da área ou população-alvo do estudo
3.3 – Plano de amostragem (se aplicável)
3.4 – Plano de coleta de dados
3.5 – Instrumentos de coleta de dados
3.6 – Cronograma desenvolvido e comentários sobre o processo da coleta de dados. Inclui
relato de qualquer desvio em relação ao projeto original, tendo em vista dificuldades de acesso
aos dados ou tempo para concluir o planejado.
4. ANÁLISE (Trata da apresentação e análise dos resultados.)
4.1 – Descrição dos dados coletados (situação atual ou sistema existente)
4.2 – Análise (identificação de problemática existente, a partir da análise dos dados
coletados)
– pode envolver comparação dos resultados com outros projetos ou situações
– normalmente, envolve uso de tabelas e gráficos ou, ainda, de estatísticas
– idealmente, os resultados são analisados à luz de modelos teóricos antes apresentados
na revisão da literatura
5. CONCLUSÕES, PROPOSTAS E SUGESTÕES
Dependendo do tipo de projeto desenvolvido, o conteúdo do capítulo poderá tratar de:
– resumo e conclusões de uma pesquisa
– apresentação de um plano/programa
– sugestões para a melhoria de um plano/programa
– sugestões para a implementação de um plano/programa.
Para qualquer tipo, deverá constar um item final, enfatizando a importância e validade do estudo
para o estagiário e a organização.
Referências – ANEXOS
– BIBLIOGRAFIA
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CAPÍTULO 8
ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO: NORMAS DA
‘ABNT’11
- Digitação do Documento
Os trabalhos devem ser apresentados de modo legível, através de documento digitado
em espaço dum e meio (1,5) (exceto as referências bibliográficas, que devem ter espaço
um (1), ocupando apenas o anverso da página. Recomenda-se a utilização da fonte arial
ou times new roman, tamanho 12. Tipos itálicos são usados para nomes científicos e
expressões estrangeiras.
- Alinhamento do Documento
Para efeito de alinhamento, não devem ser usados barras, travessões, hífens, asteriscos e
outros sinais gráficos na margem lateral direita do texto, que não deve apresentar
saliências e reentrâncias.
- Impressão do Documento
A impressão deve ser feita exclusivamente em papel branco formato A4, de boa
qualidade, que permita a impressão e leitura.
- Margens do Documento
As margens devem permitir encadernação e reprodução corretas.
Margem esquerda: 3.0 cm
Margem direita : 2.0 cm
Margem superior : 3.0 cm
Margem inferior : 2.0 cm
11
O conteúdo desse capítulo 9 foi retirado na íntegra de: “Normas da ABNT. Disponível em:
www.admbrasil.com.br/abnt.htm. Acesso em: 16/04/2007.”
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- Numeração das Páginas do Documento
As páginas devem ser numeradas sequencialmente a partir da Introdução, em
algarismos arábicos, no canto superior direito, sem traços, pontos ou parênteses.
A numeração das páginas preliminares (a partir da página de rosto até a última
folha antes do texto) é opcional. Caso sejam numeradas, utilizar algarismos romanos
representados por letras minúsculas (i, ii, iii, iv, etc.). Em se fazendo tal opção, a página
de rosto (página i), não deve ser numerada, iniciando-se a numeração na página seguinte
(página ii).
Havendo anexos, suas páginas devem ser numeradas de maneira contínua e sua
paginação deve dar seguimento a do texto principal.
- Capa
Deve constar autoria, título do trabalho, local e data, dispostos a critério do autor. A
inclusão de outros elementos é opcional.
Autor
Título
Local
Data
FIGURA 1 – Capa
- Errata
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Lista de erros de natureza tipográfica ou não com as devidas correções, indicando-se as
páginas e/ou linhas em que aparecem. Impressa quase sempre em retalho de papel
avulso ou encartado, acrescido ao volume depois de impresso.
ERRATA
Onde se lê Leia-se Página Parágrafo Linha
Material de referência conclusão 132 1 3
Pretextuais pré-textuais 156 2 1
FIGURA 2 – Errata
- Página de Rosto
Elementos necessários para identificação do documento, ou seja:
nome completo do autor;
título do trabalho e subtítulo quando houver, separado do título por dois pontos
(quando for explicativo) ou ponto e vírgula (quando se tratar de subtítulo
complementar);
nome da instituição e departamento;
indicação da disciplina ou área de concentração (dissertações de mestrado, teses
de doutorado ou livre docência, etc.);
nome do orientador (monografias, dissertações e teses);
local e data.
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Logotipo da universidade
Autor
Título
Trabalho referente a
disciplina
de___________ do_____
período
do Curso de___________da
"sua universidade"
Orientado
professor(a)______________
Realizado pelo(s)
aluno(s)___________
Local
Data
FIGURA 3 - Página de rosto
- Ficha Catalográfica
Localizada no verso da página de rosto e na parte inferior da mesma. Deverá ser
elaborada pelo profissional bibliotecário de sua Unidade ou da Biblioteca Central,
objetivando a padronização das entradas de autor, orientador e definição dos cabeçalhos
de assunto à partir de índices de assuntos reconhecidos internacionalmente.
FICHA CATAL0GRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP
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Velásquez Alegre, Delia Perla Patricia
V541t Técnicas básicas para interações 3D através do mouse. /
Delia Perla Patricia Velásquez Alegre.-Campinas, SP: [s.n.],
1997.
Orientadora: Wu Shin-Ting
Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Curitiba, Universidade de Engenharia Elétrica e de Computação.
1. Interação homem-máquina. 2. Interfaces gráficas de
usuário (Sistema de computador). I. Wu Shin-Ting. II.
Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de
Engenharia Elétrica e de Computação. III. Título.
FIGURA 4 - Ficha catalográfica
- Folha de Aprovação
Deve conter data de aprovação, nome completo e local para assinatura dos membros da
banca examinadora. Outros dados como notas, pareceres, etc., podem der incluídos
nesta página a critério da instituição.
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Formaram parte da Banca:
Maria Cristina Ferreira de Oliveira
ICMSC - Instituto de Ciências Matemáticas de São
Carlos - USP
Léo Pini Magalhães
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Wu Shin-Ting
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
FIGURA 5 - Folha de aprovação
- Epígrafe (opcional)
Esta página é opcional, tendo uma citação de um pensamento que, de certa forma,
embasou ou inspirou o trabalho. Pode ocorrer, também, no início de cada capítulo ou
partes principais.
"A luta contra o erro
tipográfico tem algo de
homérico. Durante a revisão
os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis.
Mas assim que o livro sai,
tornam-se visibilíssimos..."
(Monteiro Lobato)
FIGURA 6 - Epígrafe
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- Dedicatória (opcional)
Página opcional, tendo um texto, geralmente curto, no qual o autor presta alguma
homenagem ou dedica o seu trabalho a alguém.
A todos os médicos veterinários
que trabalham no meio rural,
desenvolvendo a pecuária e
aumentando sobremaneira a
produção de alimentos.
FIGURA 7 - Dedicatória
- Agradecimentos (opcional)
Página opcional, podendo ser incluídas aqui referências a Instituições ou pessoas que
subvencionaram o trabalho.
Este trabalho é para
Susana, Rachel, Vera Lúcia e Albertina
que colaboraram com a realização
deste, incentivando-me.
FIGURA 8 - Agradecimentos
- Sumário
Consiste na enumeração dos capítulos do trabalho, na ordem em que aparecem no
texto, com a página inicial de cada capítulo. Deve ser elaborado de acordo com a
Norma ABNT/NBR-6027.
Os capítulos devem ser numerados em algarismos arábicos, a partir da Introdução até
as Referências Bibliográficas.
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Havendo subdivisão nos capítulos, deve ser adotada a numeração progressiva, sempre
em número arábico, de acordo com a Norma ABNT/NBR-6024. Não deve ser usado
algarismo romano, nem letra.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ............................................. ii
RESUMO ................................................................ iv
1 INTRODUÇÃO ................................................... 5
2 REVISÃO DE LITERATURA............................. 7
3 MATERIAL E MÉTODO.................................... 8
3.1 Material ............................................................. 8
4 RESULTADOS ................................................... 9
4.1 Psicológicos ...................................................... 10
4.2 Pedagógicos ...................................................... 11
5 DISCUSSÃO ....................................................... 12
6 CONCLUSÕES ................................................... 12
7 ANEXOS E APÊNDICES .................................. 13
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................ 15
FIGURA 9 – Sumário
- Listas
Rol de elementos ilustrativos ou explicativos. Dependendo das características do
documento podem ser incluídas as seguintes listas:
a. lista de ilustrações - relação de tabelas, gráficos, fórmulas, lâminas, figuras
(desenhos, gravuras, mapas, fotografias), na mesma ordem em que são citadas
no texto, com indicação da página onde estão localizadas;
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b. lista de abreviaturas e siglas - relação alfabética das abreviaturas e siglas
utilizadas no texto, seguidas das palavras a que correspondem, escritas por
extenso;
c. lista de notações - relação de sinais convencionados, utilizados no texto,
seguidos dos respectivos significados.
Item a:
LISTA DE FIGURAS
1 Curvatura do movimento ...................................... 5
2 Vistas ortogonais .................................................. 6
3 Correspondência entre movimentos ..................... 7
4 Representações gráficas ........................................ 7
5 O cursor tridimensional ......................................... 8
6 O cursor skitter e os jacks ..................................... 10
7 Controladores virtuais ........................................... 11
8 Manipulação direta ................................................ 12
Item b: Ibidem ou Ibid. - na mesma obra
Idem ou Id. - do mesmo autor
Op. cit - na obra citada
Loc. cit - no lugar citado
Et seq. - seguinte ou que se segue
Passim - aqui e ali; em vários trechos ou passagens
Cf. - confira
- Resumo em Português
Deve ser precedido de referência bibliográfica do autor e elaborado de acordo com a
Norma ABNT/NBR-6028
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Redigido pelo próprio autor do trabalho, o resumo deve ser a síntese dos pontos
relevantes do texto, em linguagem clara, concisa e direta. Deve ressaltar o objetivo, o
resultado e as conclusões do trabalho, assim como o método e a técnica empregada em
sua elaboração.
O resumo redigido na língua original do trabalho precede o texto, porém a tradução para
o inglês "Abstract" deve ser inserido logo após o texto, antes da lista de referências
bibliográficas.
ALMEIDA, E. L. Reconstrução do esôfago cervical
de cães. [Cervical esophagus reconstruction
in dogs]. São Paulo, 1996. 71 p. Tese (Doutorado
em Medicina Veterinária) - Departamento de
Cirurgia, Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Universidade de São Paulo.
TEXTO DO RESUMO
FIGURA 10 - Resumo em português
- Texto
Como todos os trabalhos científicos, a organização do texto deve obedecer a uma
sequência, ou seja, Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, dividindo-se em
capítulos conforme a natureza do assunto. Utiliza-se comumente a seguinte estrutura :
-Introdução
Nesta primeira parte do texto o autor deve incluir:
apresentação geral do assunto do trabalho;
definição sucinta e objetivo do tema abordado;
justificativa sobre a escolha do tema e métodos empregados;
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delimitação precisa das fronteiras da pesquisa em relação ao campo e períodos
abrangidos;
esclarecimentos sobre o ponto de vista sob o qual o assunto será tratado;
relacionamento do trabalho com outros da mesma área;
objetivos e finalidades da pesquisa, com especificação dos aspectos que serão ou
não abordados;
a proposição poderá ser apresentada em capítulo à parte.
Revisão de Literatura
É a apresentação do histórico e evolução científica do aspecto do trabalho, através da
citação e de comentários sobre a literatura considerada relevante e que serviu de base à
investigação.
Todos os autores citados na revisão de literatura ou em qualquer das partes do trabalho
deverão constar da listagem final das Referências Bibliográficas.
- Material e Método
É a descrição precisa dos métodos, materiais e equipamentos utilizados, de modo a
permitir a repetição dos ensaios por outros pesquisadores. Técnicas e equipamentos
novos devem ser descritos com detalhes; entretanto, se os métodos empregados já forem
conhecidos, será suficiente a citação de seu autor. A especificação e origem do material
utilizado poderá ser feita no próprio texto ou em nota de rodapé. Os testes estatísticos
empregados e o nível de significância adotado também devem ser referidos neste
capítulo.
- Resultados
É a apresentação, em ordem lógica, dos resultados obtidos, sem interpretações pessoais.
Podem ser acompanhados por gráficos, tabelas, mapas e figuras.
- Discussão
Neste capítulo, os resultados da pesquisa são analisados e comparados com os já
existentes sobre o assunto na literatura citada. São discutidas suas possíveis
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implicações, significados e razões para concordância ou discordância com outros
autores. A discussão deve fornecer elementos para as conclusões.
- Conclusões
Devem ser fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo deduções lógicas e
correspondentes, em número igual ou superior aos objetivos propostos. Refere-se à
introdução, fechando-se sobre o início do trabalho.
- Abstract (Resumo em inglês)
Opcional para alguns tipos de trabalho. A tradução do resumo para o inglês "Abstract"
deve ser inserido logo após o texto e precedido de referência bibliográfica do autor.
Como exemplo ver item 2.11, tendo como ressalva na referência bibliográfica a
inversão do título, ou seja, citar primeiramente o título em inglês e, posteriormente,
entre colchetes, o título em português.
- Anexos e Apêndices
Anexos são partes integrantes do texto, mas destacados deste para evitar
descontinuidade na sequência lógica das idéias. Constituem suportes elucidativos e
ilustrativos para a compreensão do texto. Apêndices constituem suportes elucidativos e
ilustrativos, porém não essenciais à compreensão do texto. Quando existe a necessidade,
no trabalho, de vários anexos ou apêndices, cada um deles deve ter no alto da página a
indicação em letras maiúsculas, seguido do número correspondente em algarismo
arábico. No texto devem ser citados entre parênteses.
Alto da página - ANEXO 3 ou APÊNDICE 3
No texto - (ANEXO 3) ou (APÊNDICE 3)
- Glossário (opcional)
Lista de palavras pouco conhecidas, de sentido obscuro ou de uso muito restrito,
acompanhadas de definição.
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GLOSSÁRIO
AUTOR - Pessoa a quem cabe a responsabilidade principal pela
criação do conteúdo intelectual ou artístico de uma obra.
CITAÇÃO - Menção de uma informação obtida em outra fonte.
NOTAS DE RODAPÉ - Anotações colocadas ao pé da página,
com a finalidade de transmitir informações que não foram
incluídas no texto.
RESENHA - Síntese ou comentário sobre uma obra científica,
literária, etc. Pode limitar-se a uma exposição objetiva do texto
resenhado ou tecer comentários úteis e interpretativos. Em geral é
realizada por um especialista que domina o assunto.
RESUMO - Apresentação concisa dos pontos relevantes
de um texto.
FIGURA 11 - Glossário.
- Referências Bibliográficas
São o conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, de
documentos impressos ou registrados em diversos tipos de materiais. As referências
bibliográficas são apresentadas em forma de listagem de acordo com um sistema de
chamada adotado.
Para a elaboração das referências bibliográficas utilizar a norma ABNT/NBR 6023.
- Índice (opcional)
Lista de entradas ordenadas, segundo determinado critério, que localiza e remete para as
informações contidas no texto. O índice deve ser elaborado de acordo com a norma
ABNT/NBR 6034.
O arranjo do índice pode ser classificado em:
a. alfabético - quando as entradas são ordenadas alfabeticamente;
b. sistemático - quando as entradas são ordenadas de acordo com um sistema de
classificação de assunto;
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c. cronológico - quando as entradas são ordenadas cronologicamente.
ÍNDICE DE AUTORES
ABATH, Rachel Joffily, 357
ALMEIDA, Iêda Muniz de,
65
ÍNDICE SISTEMÁTICO
MONTAGEM
Ver Arte-final
ALMEIDA, Marina dos
Santos, 27
ALVES, Marília Amaral
Mendes, 149
BANDEIRA, Suelena Pinto,
65
MONTAGEM DO LIVRO
processo de, 596-598
MORAIS, Rubens Borba de,
27, 31
NEOLOGISMO
BLANK, Veleida Ana, 399
uso do, 73-74
BORGES, Stella Maris, 167
NORMALIZAÇÃO
CABRAL, Anna Maria
Rezende, 553
Abreviaturas, 94
CARIBÉ, Eliane e Rita
FIGURA 12 - Índice de autores. FIGURA 13 - Índice sistemático.
ORIENTAÇÕES TÉCNICAS
- APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÃO NO TEXTO
- Citação
É a menção no texto de uma informação colhida de outra fonte. Pode ser direta, indireta
e citação de citação.
- Citação Direta
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É a cópia exata ou transcrição literal de outro texto (leis, decretos, regulamentos,
fórmulas científicas, palavras ou trechos de outro autor). O tamanho de uma citação
determina sua localização no texto da seguinte forma:
a. até três linhas deve ser incorporada ao parágrafo, entre aspas duplas.
De acordo com as conclusões de SINHORINI (1983),
"O BCG induz à formação de lesão granulomatosa, quer
na ausência, quer na presença da hipersensibilidade
específica detectada pelo PPD" (p.13).
b. citação mais longa deve figurar abaixo do texto, em bloco recuado das margens
laterais, com espaço datilográfico menor (espaço 1) e letra com a fonte 10.
Valendo-se de várias hipóteses, SINHORINI (1983) constata que
...o granuloma tuberculoso é constituído por dois sistemas
independentes: o macrofágico que controlaria tanto o escape do antígeno
da lesão, quanto o crescimento bacteriano na mesma, e o
imunocompetente, representado pela hipersensibilidade e expresso
morfologicamente pelo halo de células jovens... (p.15).
Observação: A indicação da fonte entre parênteses pode suceder a citação, para evitar
interrupção na seqüência do texto.
Após esse primeiro isolamento, na Inglaterra, vários casos têm sido descritos
em países como Canadá, Noruega, Holanda, Dinamarca e Finlândia
(GLAZEBROOK et al, 1973, JONES, 1981).
- Citação Indireta
É a expressão da idéia contida na fonte citada, sem transcrição, dispensando o uso de
aspas duplas.
A hipertermia em bovinos Jersey foi constatada quando a
temperatura ambiente alcançava 29.5° C (RIECK & LEE,
1948).
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Pode-se simplificar a citação, mencionando-se apenas o número recebido pelo
documento na listagem bibliográfica. Esse procedimento pressupõe que a listagem
bibliográfica já possua numeração definitiva, uma vez que inserções posteriores exigem
mudança em toda a numeração.
CAMPOS (15) destacou, em estudo sobre o atendimento aos
menores em São Paulo, que as creches comunitárias expressam
uma relação diferente dos orfanatos...
- Citação de Citação
É a menção de um documento ao qual não se teve acesso. Pode ser citado na lista final
de referências bibliográficas ou em nota de rodapé, sendo obrigatória a indicação da
página de onde foi extraída a informação.
Esse tipo de citação só deve ser utilizado nos casos em que realmente o documento
original não pode ser recuperado (documento muito antigo, dados insuficientes para a
localização do material, etc.).
No texto deve ser indicado o sobrenome do(s) autor(es) do documento não consultado,
seguido da data e da expressão apud e do sobrenome do(s) autor(es) da referência
fonte.
. MUELLER (1858) apud REIS, NOBREGA (1956) chegou às
mesmas conclusões...
ou
. (MUELLER, 1858 apud REIS, NOBREGA, 1956)
As entidades coletivas podem ser citadas pelas respectivas siglas, desde que na primeira
vez em que forem mencionadas apareçam por extenso.
World Health Organization - WHO (1985)
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O documento original não consultado também pode ser citado em nota de rodapé.
MARINHO1 , apud MARCONI & LAKATOS (1982),
apresenta a formulação do problema como uma fase de
pesquisa, que, sendo bem delimitado, simplifica e facilita a
maneira de conduzir a investigação.
__________________________
1
MARINHO, Pedro. A pesquisa em ciências humanas.
Petrópolis : Vozes, 1980.
Na listagem bibliográfica, devem-se incluir os dados completos do documento
efetivamente consultado.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982.
Observação: Quando não se usa a nota de rodapé, devem-se incluir duas entradas na
listagem bibliográfica:
a. uma relacionando o documento não consultado seguido da expressão apud
(citado por) e os dados do documento efetivamente consultado;
b. outra entrada será feita relacionando apenas os dados da fonte consultada.
- Citação de Informações
Quando obtidas através de canais informais, como comunicações pessoais, anotações de
aulas, eventos não impressos (conferências, palestras, seminários, congressos,
simpósios, etc.) devem ser mencionadas em nota de rodapé.
SILVA (1983) afirma que o calor se constitui...
FUKUSHIMA, HAGIWARA (1979) realizaram o estudo do
proteinograma...
____________________________
SILVA, H.M. Comunicação pessoal. Belo Horizonte : Escola
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de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, 1983.
FUKUSHIMA, R.S., HAGIWARA, M.K. Eletroforese em
acetato de celulose das proteínas séricas de cães com ascite.
(Apresentado à Conferência Anual da Sociedade Paulista de
Medicina Veterinária, 34. São Paulo,1979).
- Documentos anônimos, documentos considerados no todo, ou de autoria coletiva
Documentos cuja entrada no texto é pelo título (obras anônimas, eventos considerados
no todo, etc.) a citação deve ser feita com as primeiras palavras deste título, na forma
em que se apresentam na lista de referências bibliográficas. Se o título for muito longo,
ou tiver subtítulo, devem ser usadas reticências.
a.
Título - De acordo com a ENCICLOPÉDIA de Tecnologia...
(1972).
b. Entidades - Conforme os dados do ANUÁRIO
ESTATÍSTICO DO BRASIL (1973), o número de
brasileiros cursando o segundo grau não alcançou os
índices esperados.
OU
(ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL, 1973)
c) Evento - No SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS... (1990).
- Trabalhos não publicados
a. Trabalhos não publicados e em fase de elaboração devem ser mencionados
apenas em nota de rodapé.
FIGUEIRA (1977)* estudando a ação dos
universitários...
_________________________________
*FIGUEIRA, Marcelo Lima. População regional. São
Paulo : Faculdade de Educação - Unicamp, 1977.
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b. Trabalhos comprovadamente em fase de impressão devem ser mencionados na
lista final de referências bibliográficas, com a informação (No prelo) precedendo
o título do periódico, volume, número e ano.
- Apresentação de autores no texto
Deve obedecer aos seguintes critérios:
a. Um autor
Indicação do SOBRENOME do autor em maiúsculas, seguido da data.
HAFEZ (1973) aconselha a medicação D.
OU
Em pesquisa anterior (HAFEZ, 1973) aconselha a
medicação D.
b. Dois autores
Indicação dos dois autores unidos por "&", acrescidos da data.
RIECK & LEE (1948) ou (RIECK & LEE, 1948)
c. Três ou mais autores
Indicação do primeiro autor, seguido da expressão “et al.” acrescido da data.
JARDIM et al. (1965) ou (JARDIM et al., 1965)
d. Na citação de vários trabalhos de diferentes autores, mencionam-se todos os
autores, separados pelas notações do sistema de chamada adotado.
A citação de vários autores poderá obedecer a ordem alfabética ou cronológica, quando
citados em bloco no texto. A opção por qualquer dos critérios deverá ser seguida
uniformemente, em toda a matéria.
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ORDEM ALFABÉTICA
ATANASIU (1967), KING (1965), LIRONS (1955),
THOMAS (1973)
Ou
(ATANASIU, 1967, KING, 1965, LIRONS, 1955, THOMAS,
1973)
ORDEM CRONOLÓGICA
LIRONS (1955), KING (1965), ATANASIU (1967),
THOMAS (1973)
Ou
(LIRONS, 1955, KING, 1965, ATANASIU, 1967, THOMAS,
1973)
- Sistema de chamada para apresentação de citações no texto
O método escolhido para a identificação das citações deve ser observado ao longo de
todo o trabalho. Os sistemas podem ser:
- Sistema alfabético (autor-data)
As citações devem ser indicadas pelo SOBRENOME do autor, seguido da data de
publicação do trabalho. A lista final de referências bibliográficas deve ter arranjo
alfabético.
LUCCI et al (1976) constata que a ingestão de alimentos...
As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em um mesmo
ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após a data, e sem
espacejamento.
a) CARRARO (1973a) ou (CARRARO, 1973a)
CARRARO (1973b) ou (CARRARO, 1973b)
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b) VOLKMAN & GOWANS (1965a) ou (VOLKMAN &
GOWANS, 1965a)
VOLKMAN & GOWANS (1965b) ou (VOLKMAN & GOWANS,
1965b)
Quando houver coincidências de autores com o mesmo sobrenome e data, acrescentar as
iniciais de seus prenomes.
a) BARBOSA, N. (1958) ou (BARBOSA, N., 1958)
b) BARBOSA, R. (1958) ou (BARBOSA, R., 1958)
- Sistema numérico
As citações dos documentos devem ser indicadas por chamadas numéricas colocadas
meia entrelinha acima do texto. O nome do autor pode, em alguns casos, não ser
mencionado. É citada apenas a idéia ou pensamento, seguido da indicação numérica da
citação.
De acordo com CERVO & BERVIAN, "documento é toda base
de conhecimento fixado materialmente".7
A lista final de referências bibliográficas deve ter arranjo numérico, seguindo a ordem
em que as citações aparecem no texto.
- Sistema alfanumérico
Neste sistema, as referências bibliográficas são alfabetadas e numeradas previamente.
As chamadas no texto recebem o número respectivo dessa ordem pré-estabelecida.
GOMES3 , concordando com AZEVEDO1 e BARBOSA2 ...
- Notas de rodapé
As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos ou tecer considerações que
não devam ser incluídas no texto para não interromper a seqüência lógica da leitura.
Essas notas devem ser reduzidas ao mínimo e situar-se em local tão próximo quanto
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possível do texto, não sendo aconselhável reuni-las todas no fim de capítulos ou da
publicação.
Para se fazer a chamada das notas de rodapé, usam-se algarismos arábicos, na entrelinha
superior sem parênteses, com numeração consecutiva para cada capítulo ou parte,
evitando-se recomeçar a numeração a cada página. Quando as notas forem em número
reduzido, pode-se adotar uma seqüência numérica única para todo o texto.
Há dois tipos de notas de rodapé:
a. Bibliográficas
São em geral utilizadas para indicar fontes bibliográficas permitindo
comprovação ou ampliação de conhecimento do leitor; para indicar textos
relacionados com as afirmações contidas no trabalho, remeter o leitor a outras
partes do mesmo trabalho ou outros trabalhos para comparação de resultados e
para incluir a tradução de citações feitas em língua estrangeira ou indicar a
língua original de citações traduzidas.
b. Explicativas
Quando se referem a comentários e/ou observações pessoais do autor. Por
exemplo, concessão de bolsas e auxílios financeiros para realização de pesquisa,
nomes de instituições, endereços, títulos do autor e outros. São também usadas
para indicar dados relativos à comunicação pessoal, a trabalhos não publicados e
a originais não consultados, mas citadas pelo autor.
Apresentação
As notas de rodapé se localizam na margem inferior da mesma página onde ocorre a
chamada numérica recebida no texto. São separadas do texto por um traço contínuo de 4
cm e datilografadas em espaço simples e com caracteres menores do que o usado para o
texto. Usa-se espaço duplo para separar as notas, entre si.
¹ Essa nova incursão da rede de supermercados foi amplamente anunciada em TENDÊNCIAS ... (1979);
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- Notas Bibliográficas
As notas de indicação bibliográfica devem conter o sobrenome do autor, data da
publicação e outros dados para localização da parte citada. Essa orientação aplica-se
também a artigos de publicações periódicas.
É muito comum o uso de termos, expressões e abreviaturas latinas, embora as mesmas
devam ser evitadas, uma vez que dificultam a leitura. Em alguns casos é preferível
repetir tantas vezes quantas forem necessárias as indicações bibliográficas. Essas
expressões só podem ser usadas quando fizerem referência às notas de uma mesma
página ou em páginas confrontantes.
¹ NÓBREGA, 1962. p. 365.
² WIRTH, 1977. v. 2, p. 7.
- Notas explicativas
Algumas notas apenas fazem considerações suplementares e não devem integrar
o texto por interromper a seqüência do pensamento.
¹ O verbo “pagar-se” aparece aqui nominalizado. Estaríamos, então, diante de construção de
complemento nominal.
- Apresentação de Ilustrações (figuras, quadros, tabelas e gráficos)
A apresentação de quadros e tabelas está regida pelas "Normas de Apresentação
Tabular" (IBGE, 1979) e Normas de Apresentação Tabular (Conselho Nacional de
Estatística, 1958). Entretanto, ampliando nossa busca bibliográfica, encontramos em
fontes não oficiais conceitos que podem auxiliar na elaboração destes elementos e que
julgamos úteis.
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1. Figuras
São desenhos, gráficos, fotografias, fotomicrografias, etc., com os respectivos
títulos precedidos da palavra FIGURA e do número de ordem em algarismo
arábico. No texto devem ser indicados pela abreviatura Fig., acompanhada do
número de ordem.
2. Quadros
Denomina-se quadro a apresentação de dados de forma organizada, para cuja
compreensão não seria necessária qualquer elaboração matemático-estatística. A
identificação se fará com o nome do elemento QUADRO, seguido do número de
ordem em algarismo romano.
3. Tabelas
São conjuntos de dados estatísticos, associados a um fenômeno, dispostos numa
determinada ordem de classificação. Expressam as variações qualitativas e quantitativas
de um fenômeno. A finalidade básica da tabela é resumir ou sintetizar dados de maneira
a fornecer o máximo de informação num mínimo de espaço. Na apresentação de uma
tabela devem ser levados em consideração os seguintes critérios:
toda tabela deve ter significado próprio, dispensando consultas ao texto;
a tabela deve ser colocada em posição vertical, para facilitar a leitura dos dados.
No caso em que isso seja impossível, deve ser colocada em posição horizontal,
com o título voltado para a margem esquerda da folha. Se a tabela ou quadro não
couber em uma página, deve ser continuado na página seguinte. Neste caso o
final não será delimitado por traço horizontal na parte inferior e o cabeçalho será
repetido
na
página
seguinte.
não devem ser apresentadas tabelas nas quais a maior parte dos casos indiquem
inexistência do fenômeno.
- Gráficos
Depois de sintetizados em tabelas, os dados podem ser apresentados em gráficos, com a
finalidade de proporcionar ao interessado uma visão rápida do comportamento do
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fenômeno. Serve para representar qualquer tabela de maneira simples, legível e
interessante, tornando claros os fatos que poderiam passar despercebidos em dados
apenas tabulados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
Conceito
Denomina-se referência bibliográfica “o conjunto padronizado de elementos descritivos,
retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (NBR 6023:
2002, item 3.9).
Ordem de apresentação das referências bibliográficas
As referências bibliográficas podem ser apresentadas em ordem alfabética, cronológica
e sistemática (por assunto). Entretanto, a ABNT sugere a adoção da ordenação
alfabética crescente.
As referências bibliográficas podem ser colocadas:
em listas após o texto, antecedendo os anexos;
no rodapé;
no fim do capítulo;
antecedendo resumos, resenhas e recensões.
NORMAS PARA NOTAÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Observe que o espacejamento, as margens, a pontuação e a utilização de maiúsculas,
minúsculas e negrito são indicados na reprodução de cada exemplo.
AUTORIA POR NÚMERO E TIPO DE AUTORES
a) Um autor
12
As informações desse tópico foram retiradas de: CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino;
SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 132- 144.
85
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SILVA, Roberto da. Os filhos do governo: a formação da identidade criminosa em
crianças órfãs e abandonadas. São Paulo: Ática, 1997. 208 p.
b) Dois autores:
SÓDERSTEN, Bo; GEOFREY, Reed. International economics. 3. ed. London:
MacMillan, 1994. 714 p.
c) Três autores:
NORTON, Peter; AITKEN, Peter; WILTON, Richard. Peter Norton: a bíblia do
programador. Tradução de Geraldo Costa Filho. Rio de Janeiro: Campus, 1994. 640 p.
d) Mais de três autores:
BRITO, Edson Vianna et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro prático de
consulta diária. 6. ed. Atual. São Paulo: Frase Editora, 1996. 288 p.
Quando houver mais de três autores, indicar apenas o primeiro, acrescentando-se a
expressão „et al.‟. Em casos específicos, tais como projetos de pesquisa científica nos
quais a menção dos nomes for indispensável para certificar autoria, é facultado indicar
todos dos nomes.
Quando se referenciam várias obras do mesmo autor, sendo ele o único, substitui-se o
nome do autor das referências subseqüentes por um traço equivalente a seis espaços.
e) Autor desconhecido: em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título.
O termo „anônimo‟ não deve ser usado em substituição ao nome do autor desconhecido.
PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilton Naveira e. Gerência da vida: reflexões
filosóficas. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 212-213.
f) Pseudônimo: quando o autor da obra adotar pseudônimo na obra a ser referenciada,
este deve ser considerado para entrada. Quando o verdadeiro nome for conhecido, devese indicá-lo entre colchetes após o pseudônimo.
ATHAYDE, Tristão de [Alceu Amoroso Lima]. Debates pedagógicos. Rio de Janeiro:
Schmidt, 1931.
g) Organizadores, compiladores, editores, adaptadores etc.: se a responsabilidade
intelectual de uma obra for atribuída a um organizador, editor, coordenador etc., a
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entrada da obra é feita pelo sobrenome, seguido das abreviaturas correspondentes entre
parênteses. Quando houver mais de um organizador ou compilador, devem-se adotar as
mesmas regras para autoria (ver itens “a” a “d”).
BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 3. ed. São Paulo: Cultrix,
1978. 293 p.
h) Autor entidade coletiva (associações, empresas, instituições): em caso de obras de
cunho administrativo ou legal de entidades independentes, entrar diretamente pelo nome
da entidade, em caixa alta, por extenso, considerando a subordinação hierárquica,
quando houver.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário
astronômico. São Paulo, 1988. 279 p. v.9.
Quando a entidade vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica que a
identifica, a entrada é feita diretamente por seu nome.
BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Bibliografia do folclore brasileiro. Rio de Janeiro:
Divisão de Publicações, 1971.
i) Órgãos governamentais: quando se tratar de órgãos governamentais da administração
(Ministérios, Secretarias e outros), entrar pelo nome geográfico, em caixa alta (país,
estado ou município), considerando a subordinação hierárquica, quando houver.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento
Profissional. Educação profissional: um projeto para o desenvolvimento sustentado.
Brasília: SEFOR, 1995. 24 p.
j) Tradutor, revisor, prefaciador, ilustrador etc.:
Quando necessário, acrescentam-se informações referentes a outros tipos de
responsabilidade logo após o título, conforme aparece no documento.
SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolau Copérnico: 1473-1973. Tradução de Victor M.
Ferreras Tascón; Carlos H. de Leon Aragon. Varsóvia: Editorial Científica Polaca,
1972. 82 p.
AUTORIA POR TIPO DE OBRA
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a) Monografias consideradas no todo: “Monografia é um estudo minucioso que se
propõe a esgotar determinado tema relativamente restrito.” (FERREIRA, 1986).
AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo. Número da edição. Local da publicação:
Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volume. (Série.) Notas.
b) Dissertações e teses:
AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes.
Categoria (Grau e Área de concentração) – Instituição, local.
RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180 p. Dissertação
(Mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
c) Livros:
DINA, Antonio. A fábrica automática e a organização do trabalho. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 1987. 132 p.
d) Dicionários:
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. 3. ed. Rio de
Janeiro: Delta, 1980. 5v.
e) Atlas:
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Atlas celeste. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1984.
175 p.
f) Biografias:
SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolau Copérnico: 1473-1973. Tradução de Victor M.
Ferreras Tascón; Carlos H. de León Aragon. Varsóvia: Editorial Científica Polaca,
1972. 82 p.
g) Enciclopédias:
THE NEW encyclopaedia britannica: micropaedia. Chicago: Encyclopaedia Britannica,
1986. 30 v.
h) Bíblias:
BÍBLIA. Língua. Título da obra. Tradução ou versão. Local: Editora, data de
publicação. Total de páginas. Notas (se houver).
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BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueiredo.
Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica, 1980. Edição ecumência.
i) Capítulos de livros:
NOGUEIRA, D. P. Fadiga. In: FUNDACENTRO. Curso de médicos do trabalho. São
Paulo, 1974. v. 3, p. 807-813.
j) Verbetes de enciclopédias:
MIRANDA, Jorge. Regulamento. In: POLIS enciclopédia Verbo da sociedade e do
Estado: antropologia, direito, economia, ciência política. São Paulo: Verbo, 1987. v. 5,
p. 266-278.
k) Verbetes de dicionários:
HALISSEY, Charles. Budismo. In: OUTHWAITE, William; BUTTOMORE, Tom.
Dicionário do pensamento social do século XX. Traduçãode Eduardo Francisco Alves;
Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. p. 47-49.
l) Partes isoladas:
MORAIS, Fernando. Olga. São Paulo: Alfa-Omega, 1979. p. 90, 91, 96, 175, 185.
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Ao final da referência indicam-se os títulos das séries e coleções e sua numeração tal
qual figuram no documento, entre parênteses.
a) Coleções:
TÍTULO DO PERÍODICO. Local de publicação (cidade): Editora, ano do primeiro e do
último volumes. Periodicidade. ISSN (quando houver).
TRANSINFORMAÇÃO. Campinas: PUCCAMP, 1989-1997. Quadrimestral. ISSN:
0103-3786.
b) Fascículos:
TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora, volume, número,
mês e ano.
VEJA. São Paulo: Abril, v.31, n. 1, jan. 1998.
c) Fascículos com título próprio:
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TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo. Local de publicação (cidade): Editora,
volume, número, mês e ano. Notas.
GAZETA MERCANTIL. Balanço anual 1997. São Paulo, n. 21, 1997. Suplemento.
EXAME. Melhores e maiores: as 500 maiores empresas do Brasil. São Paulo: Abril, jul.
1997. Suplemento.
d) Artigo de revista:
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista (abreviado ou não), Local de
Publicação, número do volume, número do fascículo, páginas inicial-final, mês e ano.
ESPOSITO, I. et al. Repercussões da fadiga psíquica no trabalho e na empresa. Revista
Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 8, n. 32, p. 37-45, out./dez. 1979.
e) Artigo de jornal:
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, Local de Publicação, dia, mês
e ano. Número ou Título do caderno, seção ou suplemento e páginas inicial e final do
artigo.
Os meses devem ser abreviados de acordo com o idioma da publicação. Quando não
houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data.
OLIVEIRA, W. P. de. Judô: educação física e moral. O Estado de Minas, Belo
Horizonte, 17 mar. 1981. Caderno de esporte, p.7.
SUA safra, seu dinheiro. Folha de S. Paulo, São Paulo, 17 ago. 1995. 2. cad. p. 9.
f) Resenhas:
WITTER, Geraldina Porto (Org.). Produção científica. Transinformação, Campinas,
SP, v. 9, n. 2, p. 135-137, maio/ago. 1997. Resenha.
MATSUDA, C, T. Cometas: do mito à ciência. São Paulo: Ícone, 1986. Resenha de:
SANTOS, P. M. Cometa: divindade momentânea ou bolo de gelo sujo? Ciência Hoje,
São Paulo, v. 5, n. 30, p.20, abr. 1987.
g) Tradução do original:
AUDEN, W. H. A mão do artista. Tradução de José Roberto O‟Shea. São Paulo:
Siciliano, 1993. 399 p. Título original: The dyer‟s hand.
REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS
a) Constituições:
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PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Constituição (data de promulgação). Título. Local:
Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. Notas.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil
(promulgada em 5 de outubro de 1988). Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed.
São Paulo: Saraiva, 1990. 168 p. (Série Legislação Brasileira.).
b) Leis e decretos:
PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei ou Decreto número, data (dia, mês e ano).
Ementa. Dados da publicação.
BRASIL. Decreto n. 89.271, de 4 de janeiro de 1984. Dispõe sobre documentos e
procedimentos para despacho de aeronave em serviço internacional. Lex: Coletânea de
Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v. 48, p. 3-4, jan./mar. 1984. Legislação Federal
e marginália.
OUTROS TIPOS DE DOCUMENTOS E FONTES
a) Fac-símiles:
SOUZA, João da Cruz. Evocações. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura,
1986. 404 p. Edição fac-similar.
b) Notas de aula
KNAPP, Ulrich. Separação de isótopos de urânio conforme o processo Nozzle: curso
introdutório, 5-30 de set. de 1997. 26 f. Notas de aula. Mimeografado.
c) Atas de reuniões:
NOME DA ORGANIZAÇÃO. Local. Título e data. Livro, número, p. inicial-final.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Central. Ata da
reunião realizada no dia 4 de julho de 1997. Livro 50, p. 1.
d) Bulas (remédios):
TÍTULO da medicação. Responsável técnico (se houver). Local: Laboratório, ano de
fabricação. Bula de remédio.
NOVALGINA: dipirona sódica. São Paulo: Hoechst, [199?]. Bula de remédio.
e) Cartões-postais:
TÍTULO. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor.
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BRASIL turístico: anoitecer sobre o Congresso Nacional – Brasília. São Paulo:
Mercado, [198-]. 1 cartão-postal: color.
f) Convênios:
A entrada é feita pelo nome da instituição que figura em primeiro lugar no documento.
O local é designativo da cidade onde sendo executado o convênio. NOME DA
PRIMEIRA INSTITUIÇÃO. Título. Local, data.
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E
TECNOLÓGICO – CNPq. Termo de compromisso que entre si celebram o
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, por
intermédio de sua unidade de pesquisa, o Instituto Brasileiro de Informação em
Ciência e Tecnologia – IBICT, e a Universidade Federal de Santa Catarina –
UFSC. Florianópolis, 1996.
g) Entrevistas: a entrada para entrevista é dada pelo nome do entrevistado. Quando o
entrevistador tem maior destaque, entrar por este. Para referenciar entrevistas gravadas,
faz-se descrição física de acordo com o suporte adotado. Para entrevistas publicadas em
periódicos, proceder como em documentos considerados em parte.
NOME DO ENTREVISTADO. Título. Referência da publicação. Nota de entrevista.
MELLO, Evaldo Cabral de. O passado no presente. Veja, São Paulo, n. 1528, p. 9-11, 4
set. 1998. Entrevista concedida a João Gabriel de Lima.
h) Fitas gravadas:
AUTOR (compositor, intérprete). Título. Local: Gravadora, ano. Número e tipo de fitas
(duração): tipo de gravação. (Título de série, quando existir.)
PANTANAL. São Paulo: Polygram, 1990. 1 cassete son. (90 min.): estéreo.
i) Filmes e vídeos:
TÍTULO. Autor e indicação de responsabilidades relevantes (diretor, produtor,
realizador, roteirista e outros). Coordenação (se houver). Local: Produtora e
Distribuidora, data. Descrição física com detalhes de número de unidades, duração em
minutos, áudio (sonoro ou mudo), legendas ou gravação. Série, se houver. Notas
especiais.
O NOME da rosa. Produção de Jean-Jacques Annaud. São Paulo: Tw Vídeo
distribuidora, 1986. 1 videocassete (130 min.): VHS, NTSC, son., color. Legendado.
Port.
PEDESTRIANT reconstrution. Produção de Jerry J. Eubanks. Tucson: Lawyers &
Judges Publishing. 1994. 1 videocassete (40 min.): VHS, NTSC, son., color. Sem
narrativa. Didático.
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j) Slides (diapositivos):
AUTOR. Título. Local: Produtor, ano. Número de slides: indicação de cor; dimensões
em cm.
A MODERNA arquitetura de Brasília. Washington: Pan American Development
Foundation, [197?]. 10 slides: color. Acompanha texto.
AMORIN, Hélio Mendes de. Viver ou morrer. Rio de Janeiro: Sonoro-Vídeo, [197?].
30 slides: color; audiocassete; 95 min.
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
a) Arquivo em disquetes:
AUTOR do arquivo. Título do arquivo. extensão do arquivo. Local, data.
Características físicas, tipo de suporte. Notas.
KRAEMER, Ligia Leindorf Bartz. Apostila.doc. Curitiba, 13 de maio de 1995. 1
arquivo (605 bytes). Disquete 3 ½. Word for Windows 6.0.
b) Base de dados em CD-ROM – no todo:
AUTOR. Título. Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.
INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA –
IBICT. Bases de dados em ciência e tecnologia. Brasília: IBICT, n. 1, 1996. CR-ROM.
c) Base de dados em CR-ROM – partes de documentos:
AUTOR DA PARTE. Título da parte. In: AUTOR DO TODO. Título do todo. Local:
Editora, data. Tipo de suporte. Notas.
PEIXOTO, Maria de Fátima Vieira. Função citação como fator de recuperação de uma
rede de assunto. In: IBICT. Base de dados em ciência e tecnologia. Brasília: IBCT, n.
1, 1996. CD-ROM.
d) E-mail:
AUTOR DA MENSAGEM. Assunto da mensagem. [mensagem pessoal.] Mensagem
recebida por <e-mail do destinatário> data do recebimento(dia, mês e ano).
As informações devem ser retiradas, sempre que possível, do cabeçalho da mensagem
recebida. Quando o e-mail for cópia, poderão ser acrescentados os demais destinatários
após o primeiro, separados por ponto-e-vírgula.
MARINO, Anne Marie. TOEFL briefing number. [mensagem pessoal.] Mensagem
recebida por < [email protected]. em 12 maio 1998.
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e) Monografias consideradas no todo (on-line):
AUTOR. Título. Local (cidade): editora, data . Disponível em: <endereço>. Acesso em:
data.
O ESTADO DE S. PAULO. Manual de redação e estilo. São Paulo, 1997. Disponível
em <http: //www1.estado.com.br/redac/manual.html>. Acesso em: 19 maio 1998.
f) Publicações periódicas consideradas no todo (on-line):
TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local (cidade): Editora, volume, número, mês, ano.
Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.
CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. Brasília: v. 26, n. 3, 1997. Disponível em
http://www.ibict.br/cionline/. Acesso em: 19 maio 1998.
g) Artigos de periódicos (on-line):
AUTOR. Título do artigo. Título da Publicação Seriada, local, volume, número, mês,
ano. Paginação ou indicação de tamanho. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.
MALOFF, Joel. A internet e o valor da “internetização”. Ciência da Informação,
Brasília, v.26, n. 3, 1997. Disponível em: http://www.ibict.br/cionline/. Acesso em: 18
maio 1998.
h) Artigos de jornais (on-line):
AUTOR. Título do artigo. Título do Jornal, local, data de publicação, seção, caderno
ou parte do jornal e a paginação correspondente. Disponível em: <endereço>. Acesso
em: data.
UFSC não entrega lista ao MEC. Universidade Aberta: online.
Disponível em: <http://www.unaberta.ufsc.br/novaua/index.html>. Acesso em: 19 maio
1998.
i) Homepage:
AUTOR. Título. Informações complementares (coordenação, desenvolvida por,
apresentação ...etc., quando houver). Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.
ETSnet. Toefl on line: Test of English as a foreign language. Disponível em:
http://www.toefl.org>. Acesso em: 19 maio 1998.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Universitária.
Serviço de Referência. Catálogos de Universidades. Apresenta endereços de
universidades nacionais e estrangeiras. Disponível em: <http: //www.bu.ufsc.br>.
Acesso em: 19 maio 1998.
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CAPÍTULO 9
EXEMPLO PRÁTICO DE MONOGRAFIA
Observe abaixo como foi estruturado o trabalho de conclusão de curso intitulado
“VOLUNTARIADO EMPRESARIAL: AVALIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS
PROPORCIONADOS AOS VOLUNTÁRIOS DO CCQ SOCIAL”13.
Estão em destaque as partes que dizem respeito à Introdução, ao
Desenvolvimento e à Conclusão. Observe a parte teórica no capítulo 7 e estabeleça
relações entre a teoria e a prática. Note também os comentários em vermelho e as
partes grifadas no trabalho.
2. INTRODUÇÃO
Em toda história da humanidade observamos a cooperação entre
diferentes. PAIVA E MONTEIRO (2001, p.11) alertam que esta cooperação
advém da consciência de que não sobrevivemos sozinhos.
Na gestão contemporânea, esbarramos em algumas dificuldades de
introdução da cooperação, especialmente em função do alto grau de
competitividade
política
quando
falamos
da
gestão
pública,
ou
da
competitividade econômica, quando falamos da gestão privada.
Entretanto permanece no homem o instinto pela sobrevivência do
conjunto, e as pessoas se voltam para a necessidade de cooperação como uma
forma de corrigir as falhas de um processo de desenvolvimento onde parte da
humanidade fica excluída.
13
VIEIRA, Heliene Margareth Silva. Voluntariado empresarial: avaliação dos benefícios
proporcionados aos voluntários do CCQ social. 2004. 37 f. Monografia ( Conclusão do curso de
Administração de Empresas) – Faculdade de Administração de Itabirito, Fundação José Bonifácio
Lafayette de Andrada, Itabirito.
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Vários modelos de gestão compartilhada são criados pelo mundo,
originados de empresas, representantes comunitários, governantes, mas “Apesar
das várias teorias, observa-se que muitos dos problemas de desenvolvimento
político, social e econômico não têm uma solução tão simples” (FISHCER,
2002, p. 13).
O crescimento do terceiro setor também deixa claro que a sociedade
começa a perceber que responsabilidade social não é uma função exclusiva do
Estado.
Em contrapartida, as empresas têm incentivado a participação em
atividades voluntárias como uma forma de melhorar sua imagem junto à
sociedade dando uma contribuição valiosa para a mesma.
Fica claro que as parcerias entre sociedade e organizações de mercado
podem produzir resultados valiosos e de desenvolvimento sustentável.
Neste trabalho avaliamos o nível de satisfação dos empregados de três
empresas que fazem trabalhos voluntários nas comunidades onde atuam através
da metodologia do CCQ Social..
As empresas que participaram deste estudo são:
- Minerações Reunidas S.A: os circulistas entrevistados pertencem à
Mina do Pico, localizada no município de Itabirito, Minas Gerais. Esta empresa
atua no ramo de minério de ferro.
Companhia Vale do Rio Doce: os circulistas entrevistados trabalham na
Pelotização Vitória- ES) e na mina de Carajás (Pará). É uma empresa
diversificada que atua na mineração de ferrosos e não ferrosos, na logística,
geração de energia elétrica e também em usinas de pelotização.
Acesita: os circulistas entrevistados trabalham na siderurgia localizada
em Timóteo, Minas Gerais.
Nos três casos, os empregados, independentemente do cargo que
ocupam, já participam de um processo de trabalho voluntário em equipe dentro
da empresa que é o CCQ (Círculo de Controle da Qualidade).
Atendendo a um “chamado da empresa”, que normalmente está
associado à questão da responsabilidade social, esses empregados expandem sua
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atuação para fora da empresa utilizando a mesma metodologia aprendida na
organização para uma atuação “voluntária estruturada” na comunidade, o que
normalmente ocorre através dos trabalhos voluntários em instituições ou em
comunidades carentes.
É importante ressaltar que o CCQ SOCIAL não tem conotação
assistencialista, embora algumas empresas o tratem desta forma. O objetivo
principal do programa é auxiliar as instituições a melhorarem seus processos de
gestão, buscando alternativas para que consigam resolver seus problemas
focando o desenvolvimento sustentável.
2.1 Tema
O tema CCQ Social foi escolhido após a constatação de que na
apresentação dos resultados proporcionados através desta metodologia não são
considerados os benefícios propiciados aos voluntários.
Lacuna encontrada no serviço realizado e que se constitui o foco da pesquisa
2.2 Situação Problemática
Os objetivos de um programa de CCQ são:
1- Para os funcionários: promover a autoconfiança e auto-realização de
todos, criar a oportunidade da participação nos processos decisórios da empresa,
melhorar a qualidade de vida no trabalho, estimular a busca das atividades em
equipe,
trazer
o
sentimento
de
responsabilidade.
2- Para a empresa: melhorar a qualidade dos processos, reduzir os
custos, promover um melhor uso do potencial dos seus funcionários, ampliar a
consciência sobre qualidade, aumentar o nível de satisfação das pessoas.
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3- Para a sociedade: melhorar o nível de satisfação de todos,
desenvolver uma mentalidade voltada para a busca da qualidade, desenvolver o
senso de cidadania.
Observando atentamente os objetivos do programa de CCQ fica claro que
muitos dos objetivos não são mensuráveis, podendo ser interpretados de forma
incorreta pelos avaliadores dos resultados alcançados.
Quando se trata dos objetivos “para a empresa”, é mais fácil medir o
resultado. Mas observando os objetivos para os funcionários e para a sociedade,
a avaliação dos resultados pode ser distorcida, pois não é tão simples mensurála. Foco da pesquisa
Então nosso problema consiste em determinar se os objetivos para os
funcionários que participam do CCQ SOCIAL estão sendo atingidos.
2.3 Hipótese
– Os benefícios para o circulista que participa de um trabalho de CCQ
Social vão além dos resultados apresentados na conclusão dos projetos. (É o que o
pesquisador acredita que ocorre com o voluntário e a pesquisa será desenvolvida para confirmar
ou refutar essa hipótese)
2.4 Objetivos
2.4.1 Objetivo Geral (tema central da pesquisa)
O objetivo geral deste trabalho foi identificar quais são os principais
benefícios que um trabalho de CCQ SOCIAL proporciona para os circulistas.
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2.4.2 Objetivos Específicos (detalhamento do que será pesquisado)
Traçar um perfil do circulista que participa do CCQ SOCIAL;
mostrar como a utilização da metodologia do CCQ para solução dos
problemas pode impactar positivamente no desempenho dos circulistas dentro da
empresa;
sugerir critérios para a avaliação dos empregados que desenvolvem
trabalhos através do CCQ Social.
Note que os verbos grifados acima estão todos no infinitivo, ou seja, terminam
em _-ar, _-er, -ir ou –or. Ao propor o(s) seu(s) objetivo(s), você deverá usar os verbos
no infinitivo.
2.5 Justificativa
Com o objetivo de auxiliar as instituições a otimizar o processo de
gestão, os grupos de CCQ SOCIAL compartilham a metodologia auxiliando as
instituições na implementação dos trabalhos e direcionando o foco para o
desenvolvimento sustentável.
Entretanto, existe uma percepção de que os resultados alcançados vão
muito além dos números mostrados em gráficos e tabelas: são os ganhos
intangíveis. (É a lacuna encontrada e a partir da qual será feita a pesquisa)
E talvez, estes sejam os verdadeiros impulsionadores de um movimento
que tem se alastrado por empresas do porte da Acesita, CEMIG (Centrais
Elétricas de Minas Gerais), Companhia Vale do Rio Doce e MBR (Minerações
Brasileiras Reunidas), só para citar algumas do Estado de Minas Gerais.
É neste aspecto que nos baseamos para o desenvolvimento deste trabalho,
pois os ganhos chamados “intangíveis”, na verdade, funcionam como molas
propulsoras para que o CCQ Social ganhe cada vez mais espaço dentro das
organizações, auxiliando as instituições a melhorarem seus resultados, aplicando
uma metodologia conhecida e reconhecida como eficaz para a solução dos
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problemas, e aos grupos, o exercício da cidadania de forma estruturada e
sistematizada.
Desta forma esperamos estar contribuindo para os processos de gestão
das empresas que praticam o CCQ SOCIAL e das instituições que dele se
beneficiam.
Para a comunidade científica, contribuímos no sentido de estar
disseminando a metodologia do CCQ SOCIAL que ainda não é amplamente
divulgada na literatura, propondo um modelo para análise dos benefícios
proporcionados pelo programa aos empregados. Benefícios que a pesquisa trará. Os
benefícios devem, obrigatoriamente, ser citados na Justificativa.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 O Voluntariado no Brasil
Conforme citado em Empreendimentos Sociais Sustentáveis: como
elaborar planos de negócio para organizações sociais (MCKINSEY &
COMPANY, INC, 2001), o início das ações filantrópicas no Brasil datam do
século XVI sendo caracterizado pelo surgimento das Santas Casas de
Misericórdia atuantes no país até hoje.
Foi através das Santas Casas que tivemos a institucionalização do
atendimento às pessoas carentes.
Estas instituições eram mantidas por ricos filantropos e durante mais de
três séculos predominou a lógica assistencialista fundamentada na caridade
cristã.
Com o início da fase da industrialização (1910) e a crescente
urbanização, os problemas sociais aumentaram sendo necessária uma
intervenção do Estado que passou a gerir administrativa e socialmente as
organizações filantrópicas.
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Nesta época surgem também os sindicatos, associações profissionais, as
federações
e
confederações
vinculando
o
setor
privado
às
práticas
assistencialistas.
Em 1970 registramos o surgimento das ONG´s (Organizações Não
Governamentais) que tinham como objetivo defender os direitos políticos, civis
e humanos, ameaçados durante o período da ditadura no Brasil e na América
Latina. Hoje as ONG´s designam qualquer tipo de organização sem fins
lucrativos.
Finalmente, em 1990 ficam caracterizados como terceiro setor para
designar as organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, criados e
mantidos com ênfase na participação voluntária e que atuam na área social
visando a solução de problemas sociais.
3.2 O Voluntariado Empresarial
CORULLÓN E MEDEIROS FILHO (2002, p.39) citam que o
investimento social privado é um fenômeno recente.
Trata-se do “uso voluntário, planejado e monitorado de recursos privados
para fins públicos” voltados para o Terceiro Setor, conforme definição da GIFE
– Grupo de Institutos, Fundações e Empresas.
É importante citar o investimento social, porque o voluntariado
empresarial despontou paralelamente a esta tendência, e chegou ao Brasil através
das multinacionais norte-americanas, como parte de um processo de
globalização e estimulados pelo Programa Voluntários do Conselho da
Comunidade Solidária a partir de 1996.
A IAVE – International Association for Volunter Effort – registra
exemplos de países com sólidos programas de voluntariado empresarial,
podendo citar França, Japão, Reino Unido, Chile e até mesmo o Brasil.
Em 1999 foi realizado o primeiro treinamento em voluntariado
empresarial para Centros de Voluntários possibilitando a estes dar assessoria a
empresas de suas regiões.
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O tema tem sido discutido em fóruns de cidadania empresarial e muitas
empresas desenvolveram programas para implementação do voluntariado
empresarial ou estão buscando formas de implementá-lo.
Pesquisas recentes mostram que aumenta o número de empresas
praticando o voluntariado.
Em “Empresas e Responsabilidade Social – Conselho de Cidadania
Empresarial da FIEMG, Belo Horizonte, novembro de 2000” encontramos o
resultado de uma pesquisa realizada pelo Conselho de Cidadania Empresarial da
FIEMG com 553 indústrias mineiras, onde foi constatado que 89% delas
realizam algum tipo de trabalho social. Destas, 42% estimulam a participação
voluntária de seus funcionários em projetos de interesse da comunidade.
3.3 Responsabilidade Social: NORMA SA8000
A Norma SA8000 está baseada na Organização Internacional do
Trabalho e da ONU com os sistemas de gestão da ISO9001 (qualidade) e
ISO14001 (meio ambiente) e seu grau de abrangência tem crescido bastante no
Brasil.
Segundo OLIVEIRA (2202, P.5), o conceito de responsabilidade social é
amplo, referindo-se à ética como princípio balizador das ações e relações com
todos os públicos com os quais a empresa interage: acionistas, empregados,
consumidores, rede de fornecedores, meio ambiente, governo, mercado,
comunidade. A questão da responsabilidade social vai, portanto, além da postura
legal da empresa, da prática filantrópica ou do apoio à comunidade. Significa
mudança de atitude, numa perspectiva de gestão empresarial com foco na
responsabilidade social das relações e na geração de valores para todos.
O interesse pelo voluntariado empresarial no Brasil está diretamente
ligado à questão da responsabilidade social da empresa moldada por aspectos
que envolvem desde a exigência de consumidores por produtos fabricados em
uma organização socialmente responsável favorecendo o fortalecimento da
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imagem da empresa, até a necessidade de redefinir os papéis do Estado e da
Empresa nas comunidades onde estão instaladas.
Vale ressaltar que alguns produtos encontram restrições para serem
comercializados no exterior justamente porque as práticas para sua produção são
consideradas socialmente irresponsáveis.
3.4 Histórico do Círculo de Controle da Qualidade
CHAVES (1998, p.35) cita que a filosofia e o método da qualidade foram
apresentados pelo Dr. W.E. Deming ao Japão após a segunda guerra mundial em
julho de 1950, enfatizando o método estatístico.
Em 1954, Juran somou novas contribuições ao estudo feito por Deming.
Em 1962, sob o patrocínio da JUSE (Union of Japanese Scientists and
Enginerrs), o professor Kaoru Ishikawa criou o programa CCQ.
O primeiro círculo foi criado na empresa Komatsu em 1963 e em 1996, a
JUSE referendou os objetivos do CCQ e recomendou um direcionamento, que
foi muito adequado para a situação brasileira:
Diversificação da atividade e estímulo ao seu crescimento.
Identificação clara do papel gerencial.
Terminologia adequada a serviços.
Foco na criatividade, cunho social e meio ambiente.
O CCQ chegou ao Brasil em 1971 através da Volkswagen, Johnson &
Johnson e Embraer, sendo um dos países pioneiros fora do Japão, juntamente
com a Coréia e a Tailândia.
Em 1986 o professor Ishikawa esteve no Brasil e impulsionou o
movimento que atingiu mais de 1000 organizações.
Existem indícios de que o CCQ é praticado em mais de 40 países do
mundo, em muitos deles, utilizando outra denominação.
Em 1993 a Fundação de Desenvolvimento Gerencial constituiu um grupo
para estudar a situação do CCQ no Brasil e propor um plano para orientar sua
implantação nas empresas, o que foi concretizado no ano seguinte.
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Em 1998, este modelo foi revisado e adequado para atender a um novo
perfil de demanda, principalmente devido às mudanças de modelo de gestão das
empresas.
3.5 O Círculo de Controle da Qualidade
Educação, treinamento e trabalho são três áreas que impactam
diretamente quando falamos em prover a sociedade de informação e recursos
para desenvolvimento.
O Círculo de Controle de Qualidade é uma metodologia utilizada em
várias empresas e que tem como característica básica o voluntariado dentro da
empresa.
Os circulistas são empregados que, voluntariamente, aceitam participar
de um trabalho em equipe para resolver problemas da área em que atuam. O
CCQ utiliza a metodologia desenvolvida pelo Dr. Deming em 1950 e que
auxiliou as empresas japonesas a se reestruturem após a guerra e tem como
fundamentos:
Auto-desenvolvimento;
Desenvolvimento mútuo;
Atividades voluntárias;
Atividades em grupo;
Participação de todos;
Uso de métodos e técnicas;
Criação de raízes;
Ativação e perpetuação das atividades;
Criatividade;
Consciência da qualidade, de problemas e de melhoramentos.
3.6 O CCQ Social
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A partir da década de 90, este movimento, até então restrito a empresas,
passa a se expandir para a sociedade, através da atuação dos grupos nas
comunidades onde estão inseridos: é o CCQ social.
Com a publicação da Norma AS 8000 em 2001, as empresas inserem,
nos seus modelos de gestão, ações voltadas para o bem estar social e o CCQ é
adaptado para atender esta nova demanda fora das empresas, surgindo aí a
expressão CCQ social.
Trabalhos desenvolvidos por circulistas da ALBRÁS, da ACESITA,
MBR, CVRD, dentre outras empresas, levam a metodologia para fora dos
portões das empresas auxiliando as instituições a melhorarem seu sistema de
gestão, beneficiando comunidades inteiras, além de contribuírem para o
crescimento pessoal dos próprios circulistas, o que nem sempre é avaliado na
conclusão dos trabalhos.
4 METODOLOGIA
4.1 O plano de pesquisa
Segundo VERGARA (2003, p.47) a pesquisa metodológica é o estudo
que se refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade. Está,
portanto, associada a caminhos, formas, maneiras, procedimentos para atender
determinado fim. Esta pesquisa também pode ser classificada como exploratória
porque a metodologia do CCQ Social é recente e pouco difundida. (tipos de
pesquisa)
Com a finalidade de cumprir os objetivos propostos nesta pesquisa,
foram coletadas informações na literatura e através de entrevistas semiestruturadas, coletando informações dos seguintes aspectos:
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Identificação da empresa/instituição pesquisada;
Mapeamento de experiências, competências e interesses em voluntariado
dos colaboradores;
Elaboração do perfil do voluntário
Percepções sobre o voluntariado na empresa. Formas de coleta de dados (
“com quê”, “como”) a fim de coletar informações sobre o tema abordado pela pesquisa . Note
que a forma de coleta de dados é adequada ao tema que o pesquisador desejou pesquisar.
A tabulação dessas informações e a análise de suas inter-relações
permitiram combinações de dados esclarecedoras e a apuração de respostas à
questão problema da pesquisa. (Procedimento de análise dos dados)
O universo pesquisado compreendeu a totalidade das pessoas que
participam do programa do CCQ SOCIAL na ACESITA, Minerações Brasileiras
Reunidas (MBR) e Companhia Vale do Rio Doce contatados para os fins da
pesquisa. (público-alvo da pesquisa, ou seja, “quem?”)
Tal cobertura do universo de empresas que trabalham com o CCQ
SOCIAL se tornou possível na medida em que as mesmas mantiveram em seus
quadros um número de circulistas considerado compatível com os recursos
disponíveis para a pesquisa e, também, por se constituir no foco prioritário da
questão chave em estudo.
A pesquisa foi baseada em um questionário estruturado, não disfarçado,
aplicado durante as entrevistas pessoais, previstas com os circulistas, todos
componentes de amostras extraídas do universo objeto de interesse da pesquisa.
Como o número de circulistas que utilizam a metodologia do CCQ Social
ainda é muito pequeno, optou-se por trabalhar com toda população. (informações
sobre a coleta de dados e onde foi feita essa coleta)
Entretanto, esperava-se receber 90 questionários da Mina de Carajás, mas
apenas 46 questionários foram entregues. Apesar de não ter sido observada
variações significativas nas respostas obtidas, esse número comprometeu a
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representatividade do resultado. (Imprevistos ocorridos na coleta de dados ou em
outro procedimento também devem ser documentados)
A pesquisa-questão possibilitou a caracterização dos objetivos propostos
para os empregados que participam do CCQ SOCIAL, através de um estudo
descritivo (tipo de pesquisa) da situação atual de tal programa, desenvolvido pela
aplicação de métodos estatísticos. A escolha preferencial do método estatístico
deveu-se fato de ser o mesmo capaz de permitir correlacionar, consistentemente,
as informações fornecidas por um número significativo de instituições,
empresas, e pessoas dentre aquelas do universo a ser estudado. (o porquê de ter
escolhido o método
A principal vantagem do estudo descritivo utilizando o método estatístico
consiste no fato de que os dados tabulados apresentam-se com alto grau de
objetividade, possibilitando uma conservadora generalização das conclusões
aplicáveis para todo o universo, com precisão determinável. vantagens do método
Em compensação, consideramos três restrições básicas deste tipo de
estudo que são: restrições ou possíveis problemas acarretados pelo método
Os entrevistados podem ser incapazes de fornecer a informação desejada;
Os entrevistados podem não se posicionar com boa vontade durante a
entrevista;
O questionário poderá ensejar respostas dúbias ou incorretas.
Em função dessas restrições possíveis, alguns cuidados adicionais foram
tomados, principalmente quanto ao preparo e discernimento crítico dos
entrevistadores.
Através de contato telefônico, os coordenadores dos grupos de CCQ em
cada uma das empresas que participaram do estudo foram informados sobre qual
era o objetivo da pesquisa, qual o prazo necessário para que as respostas fossem
enviadas, e também que fosse tomado o cuidado de só aplicar o questionário aos
circulistas que estivessem envolvidos em projetos voltados para o CCQ Social.
procedimentos adotados na coleta de dados para evitar problemas futuros.
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A programação dos trabalhos de pesquisa obedeceu à seguinte seqüência
de etapas: (descrever como foram as etapas da pesquisa)
1a. Etapa – O Projeto de Pesquisa
A elaboração do projeto de pesquisa consolidou as preparações e o
planejamento necessário para a consecução da pesquisa em foco.
2a. Etapa – O Trabalho de Campo
Nesta etapa, foram realizadas as entrevistas com os circulistas que
participam do CCQ SOCIAL.
3a. Etapa – A Tabulação
Nesta fase, foram realizados os cálculos das freqüências absolutas e
relativas das perguntas dos questionários respondidos pelos entrevistados.
4a. Etapa – Os Relatórios
Esta fase compreendeu o desenvolvimento de um relatório preliminar e
finalmente, a consolidação deste relatório definitivo ou final dos trabalhos de
pesquisa, constituindo uma monografia sobre o tema pesquisado.
4.2 A metodologia para a coleta de dados
Os dados de interesse da pesquisa foram coletados em entrevistas
pessoais com circulistas que participam do CCQ Social. forma de coleta de dados
As entrevistas foram orientadas por questionários concebidos de forma
estruturada e não disfarçada. tipo de questionário
Foi utilizado o método de múltipla escolha na concepção dos
questionários, facilitando assim a forma de colher as respostas exigidas. Em tal
situação, bastou
apenas a marcação da alternativa selecionada.
Tal
procedimento, associado à entrevista pessoal como forma de coleta dos dados,
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além de simplificar a coleta de dados propriamente dita, ampliou a
confiabilidade dos resultados pela minimização de incompreensões e
interpretações sobre as questões propostas. viabilidade do método adotado
O entrevistador foi o responsável pela obtenção das informações com
isenção e qualidade, observando a conduta e as opiniões emitidas durante o
contato com o entrevistado, de forma a também subsidiar a tabulação, análise, e
interpretação dos resultados.
Foi prevista a possibilidade de coleta de dados secundários, de forma a
complementar as informações necessárias à pesquisa.
4.3 O trabalho de campo detalhes de como foi realizado o trabalho de campo
A execução do trabalho de campo foi orientada por algumas premissas
cujo destaque cabe efetuar:
Na eleição do entrevistado, quer seja circulista ou dirigente da empresa,
foi verificada previamente a sua condição efetiva de empregado ou executivo,
eliminando-se qualquer outra pessoa menos habilitada, na medida em que a
mesma não estaria capacitada a informar com precisão o que fosse perguntado.
A entrevista foi precedida de um contato prévio com a empresa
selecionada, visando obter das mesmas, a respectiva concordância em participar
da pesquisa; em seguida, foi feito o agendamento – data, hora e local – da
entrevista com a pessoa habilitada a falar em nome do pesquisado.
A conduta objetiva, discreta, atenta e cordial, envolvida em atitudes de
confiança e empatia, traduziu o grau de preparo pessoal e de treinamento dos
entrevistadores no trato com os entrevistados, possibilitando a maximização de
resultados no esforço de pesquisa.
5 RESULTADO DA PESQUISA
5.1 Análise dos resultados
Neste capítulo são apresentados os resultados da pesquisa realizada junto aos circulistas.
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Perfil do circulista que utiliza a metodologia do CCQ Social
Idade dos circulistas
1%
0%
44%
55%
menos de 20 anos
entre 36 e 50 anos
entre 20 e 35 anos
mais de 50 anos
Figura 01: Idade dos circulistas
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Nota-se pela figura 01 que o perfil etário dos circulistas está entre 20 e 50
anos de idade, sendo que a população de 20 a 35 anos é mais representativa.
Escolaridade dos circulistas
2% 9%
24%
27%
10%
28%
primeiro grau completo
primeiro grau incompleto
segundo grau completo
segundo grau incompleto
superior completo
superior incompleto
Figura 02: Escolaridade dos circulistas
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Percebe-se pela figura 02 que a escolaridade dos circulistas varia bastante sendo
as
pessoas com segundo grau completo e incompleto mais representativas. Notase que apenas 2% das pessoas com primeiro grau completo participam dos
grupos.
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Tempo no emprego atual
6%
34%
27%
33%
menos de 05 anos
entre 16 e 25 anos
entre 6 e 15 anos
mais de 25 anos
Figura 03: Tempo que os circulistas estão no emprego atual
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Observa-se pela figura 03 que a maior parte dos circulistas (67%) tem menos de 15 anos
de casa. Apenas 6% dos circulistas está no emprego atual a mais de 25 anos.
Faixa salarial dos circulistas
28%
4%
68%
menos de 03 salários
mais de 06 salários
entre 03 e 06 salários
Figura 4: Faixa salarial dos circulistas
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Observa-se pela figura 04 que a faixa salarial da maior parte dos circulistas (68%) está
situada entre 03 e 06 salários. Apenas 4% dos circulistas recebem menos de 03 salários.
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Realização de atividade voluntária fora da
empresa antes de participar do grupo de
CCQ Social
47%
53%
Sim
Não
Figura 05: Percentual de circulistas que realizavam atividades voluntárias antes de
fazer parte do CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 05 nota-se que a maior parte dos circulistas (53%) nunca havia participado de
atividades voluntárias.
Como atuava antes de fazer parte do
CCQ Social
25%
27%
6%
42%
doando dinheiro ou materiais
ministrando aulas gratuitamente
participando de campanhas beneficentes
realizando trabalhos em creches, escolas, asilos, hospitais, etc.
Figura 06: Como os circulistas faziam trabalhos voluntários antes de participar do
grupo de CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 06 constata-se que a maior parte dos circulistas que já trabalhavam com
voluntariado, exerciam esta atividade através de campanhas beneficentes.
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Participação em ações voluntárias
promovidas pela empresa antes do CCQ
Social
33%
67%
sim
não
Figura 07: Percentual de circulistas que participavam de ações voluntárias
promovidas pela empresa antes de fazerem parte do CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
A figura 07 evidencia que a maior parte dos circulistas (67%) não participava das
atividades de voluntariado promovidas pela empresa.
CCQ Social é uma metodologia para
exercício da cidadania de forma
estruturada
4%
1%
95%
sim
não
não sei
Figura 08: Como os circulistas percebem a metodologia do CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
A figura 08 evidencia como a maior parte dos circulistas (95%) acredita que o CCQ
Social é uma metodologia para o exercício da cidadania de forma estruturada. Apenas
1% dos entrevistados discorda desta opinião.
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Avaliação do nível de motivação dos circulistas que participam do CCQ Social
CAPACIDADE PARA MELHORAR
CONDIÇÕES DE VIDA DA COMUNIDADE
ONDE VIVE
16%
4%
80%
sim
não
não sei
Figura 09: Percepção dos circulistas em relação à sua capacidade de modificar a
qualidade de vida da comunidade onde vivem
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Nota-se pela figura 09 que a maior parte dos circulistas (80%) está motivada para o
exercício das ações voluntárias no sentido de melhorar a qualidade de vida das
comunidades. Apenas 4% se sente impotente para modificar a qualidade de vida das
comunidades onde vivem.
AUMENTO DA CONSCIÊNCIA CIDADÃ
DOS VOLUNTÁRIOS
4%
1%
95%
sim
não
não sei
Figura 10: Percepção dos circulistas com relação ao aumento da consciência
cidadã através do CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na Figura 10 percebemos que a maior parte dos circulistas (95%) considera que os
trabalhos de CCQ Social aumentam sua consciência enquanto cidadãos. Apenas 1% dos
circulistas não concorda com essa opinião.
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MOTIVAÇÃO PARA EXECUTAR
ATIVIDADES NA EMPRESA
10%
7%
83%
sim
não
não sei
Figura 11: Percepção dos circulistas com relação ao aumento da motivação para
realizar suas tarefas na empresa em função dos trabalhos desenvolvidos através do
CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 11 fica evidenciado que a maior parte dos circulistas (83%) se sente mais
motivado para exercer seu trabalho na empresa em função das atividades voluntárias
que desenvolvem. Apenas 7% não associa este nível de motivação ao voluntariado.
DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS E
HABILIDADES DE LIDERANÇA ENTRE
OS CIRCULISTAS
4%
4%
92%
sim
não
não sei
Figura 12: Percepção dos circulistas com relação ao aumento das habilidades
adquiridas em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 12 fica evidenciado o impacto que o CCQ Social tem sobre o
desenvolvimento de técnicas e habilidades de liderança entre os circulistas. Apenas 4%
não concordam que o CCQ Social promove o desenvolvimento destas habilidades entre
os circulistas.
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MELHORIA NO RELACIONAMENTO COM
A FAMÍLIA
8%
2%
90%
sim
não
não sei
Figura 13: Percepção dos circulistas com relação á melhoria no convívio familiar
em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 13 percebe-se que a maior parte dos circulistas (90%) acredita que as
atividades voluntárias melhoram seu relacionamento com a família. Apenas 2%
discordam desta opinião.
MELHORIA NO RELACIONAMENTO COM
OS COLEGAS DE TRABALHO
2%
4%
94%
sim
não
não sei
Figura 14: Percepção dos circulistas com relação à melhoria no convívio com os
colegas de trabalho em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 14 percebe-se que a maior parte dos circulistas (94%) acredita que as
atividades voluntárias melhoram seu relacionamento com os colegas de trabalho.
Apenas 4% discordam desta opinião.
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MELHORIA DA IMAGEM DA EMPRESA
ONDE OS CIRCULISTAS TRABALHAM
2%
1%
97%
sim
não
não sei
Figura 15: Percepção dos circulistas com relação à melhoria da imagem da
empresa em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 15 percebe-se que a maior parte dos circulistas (97%) acredita que as
atividades voluntárias impactam na imagem da empresa junto á comunidade. Apenas
1% discorda desta opinião.
É MAIS FÁCIL REALIZAR TRABALHOS
VOLUNTÁRIOS SOZINHO
11%
14%
75%
sim
não
não sei
Figura 16: Percepção dos circulistas com relação ao nível de dificuldade de se
realizar trabalhos voluntários sozinho ou em grupo
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 16 percebe-se que a maior parte dos circulistas (75%) acredita que as
atividades voluntárias são mais fáceis de serem realizadas em grupo. 14% discordam
desta opinião.
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O TRABALHO VOLUNTÁRIO PODE
PROPORCIONAR UM NÍVEL DE
SATISFAÇÃO MAIOR QUE O
PROMOVIDO PELO DINHEIRO
11%
6%
83%
sim
não
não sei
Figura 17: Percepção dos circulistas com relação ao nível de satisfação que um
trabalho voluntário pode proporcionar
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 17 percebe-se que a maior parte dos circulistas (83%) acredita que as
atividades voluntárias podem proporcionar um nível de satisfação superior ao
promovido pelo dinheiro. 11% discordam desta opinião.
AUMENTO DO NÍVEL DE
COMPROMETIMENTO DAS PESSOAS
10%
8%
3%
3%
76%
sim
não
não sei
sim apenas para fora do ambiente de trabalho
sim apenas para dentro do ambiente de trabalho
Figura 18: Percepção dos circulistas com relação ao aumento do nível de
comprometimento das pessoas que participam do CCQ Social
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 18 percebe-se que a maior parte dos circulistas (76%) acredita que as
atividades voluntárias impactam positivamente no nível de comprometimento das
pessoas. 3% discordam desta opinião.
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EXISTE RECONHECIMENTO PARA AS
PESSOAS QUE EXECUTAM TRABALHOS
VOLUNTÁRIOS
16%
7%
8%
69%
sim
não
não sei
Sim apenas para as pessoas que se beneficiam das ações
Figura 19: Percepção dos circulistas com relação ao reconhecimento para as
pessoas que exercem trabalhos voluntários
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 19 percebe-se que a maior parte dos circulistas (69%) acredita que existe
reconhecimento para as pessoas que participam do atividades voluntárias. 7%
discordam desta opinião.
IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO DO
TRABALHO DESENVOLVIDO ATRAVÉS
DO CCQ SOCIAL
7% 2% 7%
84%
sim
não
não sei
Sim apenas para as pessoas que se beneficiam das ações
Figura 20: Percepção dos circulistas com relação á necessidade de reconhecimento
para as pessoas que exercem trabalhos voluntários
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 20 percebe-se que a maior parte dos circulistas (84%) acredita que é
importante reconhecer o trabalho desenvolvido através do CCQ Social. 2% discordam
desta opinião.
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ACREDITA QUE VAI DEIXAR DE
REALIZAR TRABALHOS VOLUNTÁRIOS
UM DIA
4%
41%
55%
sim
não
não sei
Figura 21: Percepção dos circulistas com relação á continuidade da realização de
trabalhos voluntários.
Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004
Na figura 21 percebe-se que a maior parte dos circulistas (55%) acredita que jamais vai
deixar de desenvolver atividades voluntárias. Apenas 4% afirmam que deixarão de
trabalhar com o voluntariado.
5.1 Análise dos Resultados
Observa-se uma grande mobilização da sociedade no sentido de tentar
resolver os problemas que afetam nossas comunidades.
As empresas se engajam neste movimento através do voluntariado
empresarial estimulando seus empregados a interagirem com as comunidades
onde estão inseridas, através de programas estruturados objetivando melhorar a
qualidade de vida da população.
As três empresas que participaram deste estudo têm programas voltados
para o bem estar social e o CCQ Social é uma das vertentes destes programas
que englobam várias outras ações com foco na cultura, esporte, educação, etc.
Além de provocar as manifestações de suas percepções e conseqüentes
reflexões através das perguntas elaboradas no questionário, o estudo permitiu
que fosse realizada uma comparação entre as avaliações dos circulistas das três
empresas que participaram do estudo, resultando no levantamento de
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interessantes conclusões sobre a ótica do circulista que trabalha utilizando a
metodologia do CCQ Social.
Considerando os resultados apresentados graficamente pela pesquisa foi
possível constatar que o perfil do voluntário que trabalha com CCQ Social não
difere de uma empresa para outra.
Também foi possível constatar que o perfil do voluntário que trabalha
com CCQ Social não difere de uma empresa para outra.
A maioria dos circulistas tem:
-
entre 20 e 35 anos
-
o nível de escolaridade é o segundo grau
-
estão a menos de 15 anos na empresa
-
ganham entre 03 e 06 salários
-
antes de trabalhar com CCQ Social não faziam trabalhos
voluntários
-
os que faziam, atuavam participando de campanhas beneficentes
-
não participavam de atividades voluntárias promovidas pela
empresa
-
consideram a metodologia do CCQ Social uma boa ferramenta
para o exercício da cidadania de forma estruturada.
Também foi possível evidenciar que os benefícios proporcionados pelo
CCQ Social vão muito além do que normalmente é percebido pelas pessoas que
o praticam e pelas comunidades que se beneficiam do trabalho.
Além dos ganhos considerados “tangíveis”, o voluntário:
-
tem um aumento considerável da sua consciência em relação à
cidadania;
-
melhora seu relacionamento com a família;
-
melhora seu relacionamento com os colegas de trabalho;
-
pode sentir um grau de satisfação superior ao provocado pelo
dinheiro;
-
contribui para melhorar a imagem da empresa onde trabalha;
-
aumenta suas habilidades como negociador e líder;
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-
aumenta o nível de comprometimento das pessoas;
-
estimula a continuidade do trabalho voluntário, criando um
compromisso com a solidariedade humana.
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O trabalho de pesquisa atendeu aos objetivos pretendidos e a hipótese
levantada pôde ser confirmada (confirmação da hipótese) permitindo um traçado
geral da percepção dos circulistas com relação aos benefícios obtidos através da
realização de trabalhos utilizando a metodologia do CCQ Social.
O resultado da pesquisa fornece indicativos objetivos para uma avaliação
dos circulistas de forma a acompanhar o seu desenvolvimento.
Atualmente os grupos de CCQ utilizam, ao final da conclusão de seus
trabalhos, uma auto avaliação em forma de gráfico de radar onde os circulistas
avaliam:
-
realização das reuniões
-
liderança
-
recursos utilizados
-
participação no trabalho
-
resultados alcançados
Esta metodologia de avaliação poderia ser utilizada pelos grupos de CCQ
Social mudando-se apenas os critérios a serem avaliados. Sugestões surgidas a partir
da análise feita
Uma proposta seria:
-
comprometimento com o trabalho voluntário
-
relacionamento com os colegas da empresa
-
relacionamento com a família
-
desenvolvimento de novas habilidades
-
nível de satisfação com o trabalho realizado
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Desta forma, os grupos ou os coordenadores teriam condições de avaliar
a percepção do próprio grupo e buscar soluções quando o nível das respostas não
estiver compatível com a expectativa da organização e do próprio grupo.
Um resultado que merece atenção especial está relacionado ao grau de
motivação do circulista para continuar a exercer trabalhos voluntários. Apesar de
todos os benefícios comprovados durante a pesquisa, 41% dos circulistas
responderam que não sabem se um dia deixarão de exercer trabalhos voluntários.
Informação importante sobre o tema tratado deve ser mencionada na pesquisa
Recomenda-se que seja feita uma pesquisa mais detalhada no sentido de
detectar o quê estaria impactando nesta resposta e, após detectar os motivos, seja
elaborado um plano de ação para tratá-los. sugestão de pesquisas futuras, baseada na
informação nova (grifada acima) obtida com a pesquisa.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAVES, Neuza Maria Dias. Soluções em Equipe. Belo Horizonte:
Fundação de Desenvolvimento Gerencial, 2003.
CORULLÓN, Mônica Beatriz Galiano; FILHO, Barnabé Medeiros.
Voluntariado na empresa: Gestão eficiente da participação cidadã. São
Paulo: Peirópolis, 2002.
FISCHER, Rosa Maria. O desafio da colaboração: práticas de
responsabilidade social entre empresas e terceiro setor. São Paulo: Editora
Gente, 2002.
MCKINSEY & COMPANY INC. Empreendimentos Sociais
Sustentáveis: como elaborar planos de negócio para organizações sociais.
São Paulo: Peirópolis, 2001.
OLIVEIRA, Marcos Antônio L. de Oliveira. SA8000: O modelo ISO
Aplicado á Responsabilidade Social. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
PAIVA, Flávio; MONTEIRO, João de Paula. Os 5 elementos: a essência
da gestão compartilhada no pacto de cooperação do Ceará. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2001.
VERGARA, Silvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em
Administração. São Paulo: Atlas, 2003.
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NÚCLEO DE PESQUISA E ESTÁGIO/FEMAR
(NUPE/FEMAR)
Normas para Monografia do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
NUPE/FEMAR/ADM Nº. 02/10
O Núcleo de Estágio e Pesquisa FEMAR (NUPE/FEMAR), criado
para regulamentar as disciplinas Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e
Estágio Curricular Supervisionado, estabelece normas para elaboração e
apresentação da monografia do TCC, tendo como base a pesquisa realizada
no decorrer do sétimo e oitavo períodos do Curso de Administração, com
habilitação em Administração de Empresas, que deverão ser rigorosamente
seguidas pelos alunos concluintes, em duas etapas.
A primeira etapa denominada “Qualificação” é uma pré-avaliação
da monografia em fase de desenvolvimento, de caráter obrigatório, que será
apresentada a uma banca examinadora composta por professores da própria
Instituição, com o objetivo de nortear o aluno para a finalização da monografia.
A segunda etapa denominada “Avaliação Final”, é uma avaliação
da monografia concluída, que será apresentada a uma banca examinadora,
também de caráter obrigatório, para aprovação, composta por professores da
própria Instituição, para aprovação e conclusão do curso.
Quando a Qualificação ocorrer no segundo semestre do ano letivo,
ela será prevista no calendário escolar juntamente com a Semana da
Administração e os alunos concluintes e não concluintes terão a oportunidade
de assistirem a apresentação da monografia, desde que previamente
agendado na secretaria. As normas constantes dessa decisão serão criadas
oportunamente.
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1ª Etapa: Qualificação
a) Composição da Banca Examinadora da Qualificação
- A Banca Examinadora da Qualificação será composta por 4 (quatro)
membros, todos professores da FAMA: o professor (a) de TCC, o (a)
professor (a) orientador (a) do aluno, o (a) professor (a) de Metodologia de
Pesquisa Científica e um(a) professor(a) convidado(a), que deverão ser
contatados pelo aluno concluinte, e agendado na secretaria, entre os dias
09/09/2010 e 10/09/2010. No caso do orientador ser também o (a)
professor (a) responsável pelo TCC, o aluno deverá contatar um outro
professor (a) colaborador (a), para complementar a banca.
b) Requerimento para Qualificação
- A secretaria disponibilizará um requerimento para o aluno solicitar sua
inclusão na lista de alunos que irão para a Banca de Qualificação;
- Esse requerimento deverá ser preenchido e assinado pelo aluno, pelo seu
orientador, pela professora da disciplina de Estágio, pelo professor de
Metodologia Científica e por uma das professoras ligadas ao Núcleo de
Estágio ou de TCC;
- Nesse requerimento, o aluno deverá colocar a data mais adequada para sua
Qualificação, com consentimento dos professores, seguindo a data estipulada
no calendário acadêmico;
- De posse desse requerimento devidamente assinado, o aluno deverá
comparecer à secretaria da FAMA entre os dias 09/09/2010 e 10/09/2010
para entregar o documento assinado. O requerimento será protocolado pela
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secretaria e o aluno receberá um comprovante do recebimento, que deverá
ser guardado cuidadosamente;
- O cronograma com as datas e horários da qualificação de cada aluno será
divulgado nos dias 16/09/2010 e 17/09/2010
c) Monografia a ser entregue
- A monografia deverá estar dentro das normas da ABNT e o conteúdo deverá
estar, com no mínimo, 60 % desenvolvido, impresso em três vias,
encadernado em espiral, para ser entregue aos membros da banca
examinadora;
- O prazo para entrega da monografia parcial na secretaria será nos dias
16/09/2010 e 17/09/2010;
- A entrega da monografia será protocolada na secretaria e o aluno receberá
um comprovante. Esse comprovante deverá ser cuidadosamente guardado
pelo aluno.
d) Aprovação
- Para ser aprovado o aluno deverá obter média 7,0 (sete). Caso obtenha uma
nota menor que 7,0 (sete) terá até o dia 13/11/2010 para entregar uma
cópia impressa, com as devidas modificações, para o orientador revisar;
- O aluno que não for aprovado será submetido novamente à Banca
Examinadora de Qualificação no dia 13/11/2010.
e) Critérios de Avaliação da banca examinadora
e.1) Identificação da Banca Examinadora
BANCA
Dia:
Hora:
Aluno
Professores
Nome
Nota Final
Responsável pelo TCC
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Orientador do aluno
Colaborador (caso haja)
Metodologia de Pesquisa
Membro do NUPE/FEMAR
Nota Total
e.2) Avaliação do cumprimento das Normas Estabelecidas (ABNT/NBR)
Participarão da avaliação deste item os 4 (quatro) professores da banca
examinadora. O subtotal será a média das quatro notas.
Itens Avaliados
Folha de rosto
Sumário
Paginação
Parágrafos
Correção ortográfica
Cronograma
Citações
Metodologia da pesquisa
Referências bibliográficas
Subtotal
Pontuação
Máxima
1
1
1
2
5
1
5
6
3
25
Nota 1
Nota 2
Nota 3 Nota 4 Total
Média
e.3) Avaliação do conteúdo
Participarão da avaliação deste item o professor responsável pelo TCC e
o professor orientador. No caso do professor orientador ser o professor
responsável pelo TCC, participará um professor colaborador. O subtotal
será a média das duas notas.
Itens Avaliados
Introdução
Problemática
Justificativa
Objetivos
Referencial teórico
Discussão dos resultados
Pontuação
Máxima
5
5
5
5
15
7,5
Nota 1
Nota 2
Total
Média
127
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Conclusão
Total
7,5
50
e.4) Avaliação do desempenho do aluno
Participarão deste item os quatro professores da banca examinadora e o
subtotal será a média das 4 avaliações.
Itens Avaliados
Pontualidade
Presença
Cumprimento das tarefas
Interesse e participação
Clareza de raciocínio
Pontuação
Máxima
2
2
2,5
2,5
4
Fundamentação teórica
4
Objetividade
Coerência
Subtotal
4
4
25
Nota 1
Nota 2 Nota 3
Nota 4
Total
Média
e.5) Avaliação final da Qualificação
Itens Avaliados
Normas estabelecidas
Conteúdo
Desempenho
Total
Média geral
Pontuação
Máxima
25
50
25
Subtotal
Observações
f) Data da qualificação
- A Qualificação será entre os dias 02/10/2010, 23/10/2010, 30/10/2010 e
13/11/2010.
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- A data e a hora da qualificação serão escolhidas pelo aluno, em conformidade
com a banca examinadora, no período estipulado no calendário acadêmico,
impreterivelmente, obedecendo a ordem de chegada na secretaria;
g) Tempo da apresentação
- O prazo de apresentação oral é de 15 a 20 minutos. As sugestões e
considerações da banca serão feitas em 15 minutos;
h) Cronograma da 1ª Etapa: Qualificação
Dias
Me
ses
201
0
02
04
09
10
11
13
16
17
22
23
24
25
26
27
28
29
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a
2ª Etapa: Avaliação Final
a) Composição da Banca Examinadora da Avaliação Final.
- A Banca Examinadora da avaliação final será composta por três
professores: o(a) professor (a) de TCC, o (a) professor (a) orientador (a) do
aluno e o (a) professor (a) de Metodologia de Pesquisa Científica, que
deverão ser contatados pelo aluno concluinte e assinarem o requerimento até
a data do requerimento estipulada no calendário. No caso do orientador ser
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Entr
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também o (a) professor (a) responsável pelo TCC, o aluno deverá contatar
um outro professor (a) colaborador (a), para complementar a banca.
b) Requerimento para Avaliação Final
- O aluno concluinte deverá preencher e assinar um requerimento solicitando a
avaliação final da monografia e sugerir a data mais adequada para
apresentação;
- A data deverá estar de acordo com o período estipulado no calendário
acadêmico, com o (a) professor (a) responsável pelo TCC, com o orientador
e com o professor de Metodologia de Pesquisa Científica;
- O requerimento deverá ser entregue e protocolado na secretaria, nos dias
17/11/2010;
- Aguardar o deferimento de requerimento, seguido do cronograma de
apresentações com data, dia e horário de apresentação.
c) Entrega da monografia para avaliação final
- A monografia completa e revisada deverá ser entregue e protocolada na
secretaria, impreterivelmente no dia 29/11/2010 e 30/11/2010, para ser
apresentada na segunda etapa, que é a avaliação final;
- A monografia deverá ser entregue em 3 (três) vias, encadernada em espiral.
- O atraso na entrega da monografia acarretará a perda de 10% da nota, por
dia de atraso.
d) Critérios de Avaliação da Banca Examinadora
d.1) Avaliação do cumprimento das Normas Estabelecidas (ABNT/NBR)
Participará da avaliação deste item o professor de Metodologia Científica.
Itens Avaliados
Pontuação
Máxima
Nota
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Folha de rosto
Sumário
Paginação
Parágrafos
Correção ortográfica
Cronograma
Citações
Metodologia da pesquisa
Referências bibliográficas
Subtotal
1
1
1
2
5
1
5
6
3
25
d.2) Avaliação do conteúdo.
Participarão da avaliação deste item o professor responsável pelo TCC e
o professor orientador. No caso do professor orientador ser o professor
responsável pelo TCC, participará um professor colaborador. O subtotal
será a média das duas notas.
Itens Avaliados
Introdução
Problemática
Justificativa
Objetivos
Referencial teórico
Discussão dos resultados
Conclusão
Total
Pontuação
Máxima
5
5
5
5
15
7,5
7,5
50
Nota 1
Nota 2
Total
Média
d.3) Avaliação do desempenho do aluno
Participarão deste item os três professores da banca examinadora e o
subtotal será a média das 3 avaliações.
Itens Avaliados
Pontualidade
Presença
Cumprimento das tarefas
Interesse e participação
Clareza de raciocínio
Pontuação
Máxima
2
2
2,5
2,5
4
Nota 1
Nota 2 Nota 3
Total
Média
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Fundamentação teórica
4
Objetividade
Coerência
Subtotal
4
4
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d.4) Avaliação final
Itens Avaliados
Normas estabelecidas
Conteúdo
Desempenho
Total
Média geral
Pontuação
Máxima
25
50
25
Subtotal
Observações
e) Data da Apresentação Oral
- As apresentações serão entre os dias 22/11/2010 a 27/11/2010,
04/12/2010 e 11/12/2010.
- A data e a hora das apresentações serão escolhidas pelo aluno, em
conformidade com a banca examinadora, obedecendo a ordem de chegada
na secretaria;
f) Tempo da apresentação final
- Apresentação oral: 20 minutos, com 10 minutos de tolerância, no máximo.
- Arguição e debate: 20 minutos, com 10 minutos de tolerância no máximo;
- Considerações da banca examinadora: 20 minutos.
g) Data da entrega da versão final da monografia
- Para a colação de grau o aluno deverá entregar na secretaria 3 (três) vias da
monografia final, corrigida após sugestões da Banca Examinadora,
encadernada com capa dura, em modelo oficial da FAMA, no dia
29/11/2010 e 30/11/2010;
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- O Certificado de Conclusão de Curso estará sujeito à entrega da monografia
na data estipulada no calendário.
- Será feito, nos dias 29/11/2010 e 30/11/2010, o requerimento de colação
de grau e atualização dos dados pessoais para a conclusão do curso.
h) Cronograma da 2ª Etapa: Avaliação Final
Meses
2010
04
11
13
17
22
23
24
25
26
27
29
30
Entreg
Apresent
ação de
Monogra
fia
Novembro
Apresent
ação de
Monogra
fia
Aprese
ntação
de
Monog
rafia
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ação de
Monogra
fia
Aprese
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de
Monog
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Apresent
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Monogra
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Entrega
a
monogr
mono
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grafia
complet
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revisada
revisa
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Dezembro
Aprese
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de
Monog
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Aprese
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de
Monog
rafia
Reque
Requeri
mento
colação
grau.
Atualiza
ção dos
dados.
riment
o
colaçã
o
grau.
Atuali
zação
dos
dados.
Mariana, julho de 2010.
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CAPÍTULO 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia
Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnicocientíficas. 5. ed. rev. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.
Normas da ABNT. Disponível em: <www.admbrasil.com.br/abnt.htm>. Acesso em:
16/04/2007.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica- Projetos de pesquisas,
TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2002.
ROESCH, Sylvia M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para
estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3ª ed. São Paulo: Atlas,
2006.
VIEIRA, Heliene Margareth Silva. Voluntariado empresarial: avaliação dos benefícios
proporcionados aos voluntários do CCQ social. 2004. 37 f. Monografia ( Conclusão do
curso de Administração de Empresas) – Faculdade de Administração de Itabirito,
Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada, Itabirito.
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CAPÍTULO 12
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5ª
ed. São Paulo: Atlas, 2001.
BARROS, Aidil de J. P., LEHFELD, Neide Aparecida de S. Projeto de Pesquisa:
propostas metodológicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. 7ª ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados,
2002.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas,
2002.
_________________. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas,
2006.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e
iniciação à pesquisa. 20ª ed. atualizada. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
LUNA, Sérgio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo:
EDUC, 2002.
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e
dissertações. São Paulo: Atlas, 2002.
SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. 9ª ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1999.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final do Manual e esperamos ter oferecido uma contribuição
satisfatória aos trabalhos que você, aluno, há de realizar. Como você pôde verificar, a
monografia é um trabalho minucioso e criterioso que depende de disciplina e de
organização para empreendê-la satisfatoriamente.
Esperamos que você faça um bom trabalho como pesquisador e que ajude, com
sua pesquisa, a proporcionar mudanças positivas em nossa sociedade.
Vale ressaltar que, no capítulo 10, está a bibliografia básica que utilizamos para
elaborar esse Manual e, no capítulo 11, foi inserida uma bibliografia complementar, que
você encontrará na biblioteca da FAMA, para auxiliá-lo caso você necessite de mais
informações que não constam nesse Manual ou simplesmente para consulta
complementar.
Esperamos ter oferecido uma contribuição valiosa para o seu trabalho e que você
tenha muito sucesso na elaboração de sua Monografia e na sua vida profissional.
Juçara Moreira Teixeira
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Diretor: Prof. José Jarbas Ramos Filho
Secretário: Flávio Maurício de Oliveira
Professor responsável: Profª. Ms. Suzana
Compiladora desse Manual: Profª. Juçara Moreira Teixeira
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Manual de TCC