FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] MANUAL PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) 2010 Mariana 1 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] SUMÁRIO CAPÍTULO 1 O que é o TCC? .................................................................................6 O que é uma monografia ...................................................................6 CAPÍTULO 2 Tipos de Pesquisa Pesquisa Bibliográfica ........................................................................................9 Pesquisa Descritiva ............................................................................................ 9 Pesquisa Experimental ......................................................................................11 Pesquisa Exploratória .......................................................................................12 Roteiro para as pesquisas Descritiva e Experimental .......................12 CAPÍTULO 3 Metodologia da Pesquisa Abordagem Quantitativa .................................................................................16 Abordagem Qualitativa ...................................................................................16 CAPÍTULO 4 As etapas da preparação de uma pesquisa Escolha e delimitação do tema .........................................................................20 Seleção de métodos e técnicas .........................................................................22 - Levantamento bibliográfico ...................................................................23 - Apontamento e anotações ......................................................................25 Coleta e análise de dados – leitura e processos de leitura - Pré-leitura ...............................................................................................27 - Leitura seletiva .......................................................................................27 - Leitura crítica ou reflexiva .....................................................................28 - Leitura interpretativa ..............................................................................29 Técnicas de coleta de dados - Entrevista ......................................................................................................31 - Questionário .................................................................................................33 2 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] - Formulário ....................................................................................................34 CAPÍTULO 5 Como elaborar um projeto de pesquisa? - Título ..............................................................................................................36 - Introdução .......................................................................................................36 - Objetivos .........................................................................................................37 - Justificativa .....................................................................................................37 - Metodologia ....................................................................................................38 - Cronograma ....................................................................................................39 - Orçamento ......................................................................................................39 - Referências bibliográficas..............................................................................39 CAPÍTULO 6 As partes do relatório da pesquisa ......................................................41 CAPÍTULO 7 Como elaborar o conteúdo da Monografia Elementos textuais: conteúdo do trabalho.........................................................46 - O uso da linguagem científica .........................................................................47 - Características da linguagem científica ...........................................................48 - Uso do vocabulário comum .............................................................................49 Como elaborar a introdução, o desenvolvimento e a conclusão da Monografia - Introdução ........................................................................................................50 - Desenvolvimento .............................................................................................53 - Conclusão ........................................................................................................57 CAPÍTULO 8 Elementos de apoio ao texto: Normas da “ABNT” ...........................61 CAPÍTULO 9 Exemplo prático de Monografia ........................................................95 CAPÍTULO 10 Informações NUPE/FEMAR..............................................................124 3 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 11 Referências bibliográficas ........................................................................126 CAPÍTULO 12 Bibliografia complementar .......................................................................127 4 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] APRESENTAÇÃO Estamos no século vinte e um e o mundo tem passado por mudanças muito rápidas, como jamais vimos. O aumento da tecnologia, a ampliação cada vez mais crescente dos meios de comunicação, o surgimento de novas formas de trabalho e de estudo são resultados de uma geração que tem buscado cada vez mais a ampliação de seus conhecimentos. Essas mudanças ocorreram e têm ocorrido porque, justamente, em algum momento da história, alguém se dispôs a pesquisar e a conhecer, para tentar compreender o mundo que o cerca e nele interferir, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de novos saberes, novas tecnologias, novas formas de ver o mundo e os fenômenos que nele ocorrem. Sabemos que muitos desses conhecimentos produzidos e das novas técnicas desenvolvidas trouxeram mudanças consideráveis para a vida no planeta, assim como sabemos que também houve aqueles que produziram conhecimentos que resultaram em problemas para a vida na terra. Apesar de haver pontos negativos, o nosso foco é justamente sobre os benefícios que o conhecimento pode trazer à vida em comunidade, ao ambiente de trabalho, à sociedade como um todo. Para proporcionarmos mudanças na sociedade é preciso conhecer e para conhecer é preciso pesquisar. O conhecimento pressupõe a pesquisa e é justamente a pesquisa como fonte de conhecimento e de interferência positiva na sociedade que é o nosso foco. Esse Manual trata justamente da elaboração de pesquisa e, conseqüentemente, da produção de conhecimento que possa ser positivo para o ambiente de trabalho, para as relações humanas, para a sociedade em geral. E nada melhor que o ambiente acadêmico para realizar tal intento, haja vista que é na academia que se produz o maior número de pesquisas que tem proporcionado bons resultados à sociedade. Desse modo, é na elaboração do seu projeto de pesquisa e na realização de sua pesquisa que, você, prezado aluno, poderá contribuir com a sociedade brasileira, ao compreender a realidade que o cerca e assim poder propor mudanças e melhorias, pois, afinal, devemos sempre buscar melhorar o meio que nos cerca e aprimorar nossa visão sobre ele. Esperamos que esse Manual possa contribuir enormemente para a produção de conhecimentos, que serão úteis para a academia enquanto produtora de conhecimentos, mas, principalmente, para a nossa sociedade, que necessita de pessoas capacitadas e com competência para analisá-la, compreendê-la e proporcionar mudanças significativas. Juçara Moreira Teixeira 5 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 1 I – O QUE É O TCC? O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é requisito necessário para a obtenção do título de Bacharel em Administração e consiste na elaboração de uma Monografia, resultante de uma pesquisa de caráter científico, que verse sobre algum tema estudado por você durante a graduação e/ou de uma observação surgida durante o seu período de estágio. Por ser uma Monografia, esta deve obedecer a algumas regras instituídas quanto à sua elaboração. Entretanto, antes de elaborar a Monografia propriamente dita – que será entregue no 8° período –, você deverá apresentar um Projeto ou Plano de trabalho – no 7° período – indicando qual é o tema que você objetiva pesquisar, de onde surgiu esse tema, o que ele apresenta de novo em relação à bibliografia existente, qual a relevância do estudo desse tema para a área da Administração, qual o procedimento de pesquisa, quais dados serão analisados, a qual objetivo se pretende chegar, entre outras questões que serão explicadas com mais profundidade ao longo desse Manual. II – O QUE É UMA MONOGRAFIA? De acordo com Oliveira (1999), a palavra Monografia, em sua origem, significa “trabalho escrito sobre um único tema”(p.235). Isso quer dizer que, ao elaborar uma Monografia, torna-se necessário delimitar um determinado tema com o qual se deseja trabalhar. Oliveira (1999) afirma que “uma pesquisa sobre a caracterização dos escritos científicos mostra que Salvador (1977: 32) apresenta a conceituação de Monografia segundo alguns autores: A monografia é um estudo científico de uma questão bem determinada e limitada, realizado com profundidade e de forma exaustiva. (Rafael Farina) 6 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] É um trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso no alcance. (American Library Association)” Pelos trechos citados acima podemos concluir, de modo simplificado, que a monografia é o resultado de uma pesquisa sobre um determinado tema. Esse tema deverá ser pesquisado exaustivamente, a fim de saber se já foi dito algo sobre ele, quais posicionamentos que existem a respeito do assunto, quais dados podem auxiliar na confirmação de sua hipótese. Também é um trabalho sistemático, isto é, um trabalho bem organizado, com suas partes interdependentes, que exige um roteiro para ser seguido passo a passo até a conclusão da pesquisa. Para realizar tal feito não é necessário um “tratado enorme” sobre o tema escolhido, mas apenas o necessário que mostre que a pesquisa é bem feita, fruto de um trabalho cuidadoso de coleta e análise de dados relevantes. É exatamente por isso que foi dito na citação acima que a monografia não é um trabalho extenso no alcance. Portanto, não se deve confundir uma pesquisa bem organizada, que segue todo um planejamento prévio e que faz uma análise científica cuidadosa, com uma extensão desregrada, usada apenas para “embromar” o avaliador do trabalho. A seguir, são expostas algumas considerações feitas por Oliveira (1999) sobre a elaboração de uma monografia: A - a monografia não é: - repetir o que já foi dito por outro, sem se apresentar nada de novo ou em relação ao enfoque, ao desenvolvimento ou às conclusões; - responder a uma espécie de questionário; não é executar um trabalho semelhante ao que se faz em um exame ou deveres escolares; - manifestar meras opiniões pessoais, sem fundamentá-las com dados comprobatórios logicamente correlacionados e embasados em raciocínio; - expor idéias demasiado abstratas, alheias tanto aos pensamentos, preocupações, conhecimentos ou desejos pessoais do autor da monografia como de sua particular maturidade psicológica e intelectual; - manifestar uma erudição livresca, citando frases irrelevantes, não pertinentes e mal-assimiladas, ou desenvolver perífrases sem conteúdo ou distanciadas da particular experiência de cada caso. B - a monografia é: - um trabalho que observa e acumula observações; - organiza essas informações e observações; - procura as relações e regularidades que podem haver entre elas; - indaga sobre os seus porquês; - utiliza de forma inteligente as leituras e experiências para comprovação; - comunica aos demais seus resultados. 7 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] C - as afirmações científicas componentes de uma monografia: - expressam uma descoberta verdadeira; - apresentam provas. Para muitos, é a comprovação que distingue o científico daquele que não é. Em conseqüência, pode-se afirmar que a maior arte de uma investigação científica consiste na procura de provas conclusivas; - pretendem ser objetivas, ou seja, independentes do pesquisador que as apresenta: qualquer outro investigador deve poder encontrar o mesmo resultado, isto é, verificar as informações ou, com o seu trabalho, refutá-las ou modificá-las; - possuem uma formulação geral. A ciência procura, classifica e relaciona fatos ou fenômenos com a intenção de encontrar os princípios gerais que os governam; - são, geralmente, sistemáticas, portanto ordenadas segundo princípios lógicos; - expõe interpretações e relações entre os fatos-fenômenos assim como suas regularidades. (p.237-238) Para proceder à elaboração de sua monografia você precisa escolher um determinado assunto (tema) que será objeto de sua pesquisa. Tanto a escolha do tema quanto o planejamento e a elaboração da pesquisa deverão seguir alguns passos, como os explicitados a seguir, compilados de Marconi e Lakatos (2003) e Oliveira (1999). 8 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 2 1 – TIPOS DE PESQUISA1 1.1 - Pesquisa Bibliográfica Você tem um problema a ser investigado (que é o tema da sua pesquisa) e, para investigar e encontrar respostas para esse problema, você precisará de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses, que serão a sua pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, você irá pesquisar todo o material disponível que dê contribuição para o assunto, tema ou problema do qual você está tratando. Todo o procedimento da pesquisa bibliográfica está descrito no item “Levantamento bibliográfico”. 1.2 - Pesquisa Descritiva A pesquisa descritiva observa, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a maior precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e suas características. Busca conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social, política e demais aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo tomado isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas. A pesquisa descritiva desenvolve-se, principalmente, nas ciências humanas e sociais, abordando aqueles dados e problemas que merecem ser estudados, mas cujo registro não consta de documentos. Os dados, por ocorrerem em seu hábitat natural, 1 Texto retirado na íntegra de CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.p. 60-64. 9 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] precisam ser coletados e registrados ordenadamente para seu estudo propriamente dito. A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas, entre as quais se destacam: a) Estudos descritivos: trata-se do estudo e da descrição das características, propriedades ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada. Os estudos descritivos, assim como os exploratórios, favorecem, na pesquisa mais ampla e completa, as tarefas de formulação clara do problema e da hipótese como tentativa de solução. Comumente se incluem nesta modalidade os estudos que visam a identificar as representações sociais e o perfil de indivíduos e grupos, como também os que visam a identificar estruturas, formas, funções e conteúdos. b) Pesquisa de opinião: procura saber atitudes, pontos de vista e preferências das pessoas a respeito de algum assunto com o objetivo de tomar decisões. A pesquisa de opinião abrange uma faixa muito grande de investigações que visam a identificar falhas ou erros, descrever procedimentos, descobrir tendências, reconhecer interesses e outros comportamentos. Esta modalidade da pesquisa é a mais divulgada pelos meios de comunicação, pois permite tratar de temas do cotidiano, como intenções de voto, de compra e de consumo; verificar tendências de opinião pública; criar, por meio da manipulação de dados, opiniões contra ou a favor de temas polêmicos, como aborto, pena de morte, redução da idade penal etc. c) Pesquisa de motivação: busca saber as razões inconscientes e ocultas que levam, por exemplo, o consumidor a utilizar determinado produto ou que determinam certos comportamentos e atitudes. d) Estudo de caso: é a pesquisa sobre determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade que seja representativo de seu universo, para examinar aspectos variados de sua vida. e) Pesquisa documental: são investigados documentos com o propósito de descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características. 10 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] As bases documentais permitem estudar tanto a realidade presente como o passado, com a pesquisa histórica. Em síntese, a pesquisa descritiva, em suas diversas formas, trabalha sobre dados ou fatos colhidos da própria realidade. A coleta de dados aparece como uma das tarefas características da pesquisa descritiva. Para viabilizar essa importante operação de coleta de dados são utilizados como principais instrumentos, a observação, a entrevista, o questionário e o formulário. A coleta e o registro de dados, porém, com toda a sua significação, não constituem, por si sós, uma pesquisa, mas sim técnicas específicas para a consecução dos objetivos da pesquisa. Seja qual for seu tipo, a pesquisa resulta da execução de inúmeras tarefas, desde a escolha do assunto até o relatório final, o que também implica a adoção simultânea e consecutiva de variadas técnicas em uma pesquisa. 1.3 – Pesquisa Experimental A pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, a manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e os efeitos de determinado fenômeno. Com a criação de situações de controle, procura-se evitar a interferência de variáveis intervenientes. Interfere-se diretamente na realidade, manipulando-se a variável independente a fim de observar o que acontece com a dependente. Enquanto a pesquisa descritiva procura classificar, explicar e interpretar os fenômenos que ocorrem, a pesquisa experimental pretende dizer de que modo ou por que o fenômeno é produzido. Para atingir esses resultados, o pesquisador deve fazer uso de aparelhos e instrumentos que a técnica moderna coloca a seu alcance ou de procedimentos apropriados e capazes de tornar perceptíveis as relações existentes entre as variáveis envolvidas no objeto de estudo. Convém esclarecer que a pesquisa experimental não se resume a pesquisas realizadas em laboratório, assim como a descritiva não se resume a pesquisas de campo. Os termos de campo e de laboratório indicam apenas o contexto em que elas se realizam. Uma pesquisa pode ser experimental tanto em contexto de campo quanto de 11 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] laboratório. O mesmo acontece com a descritiva. Pode-se dizer que, no contexto de laboratório, realizam-se mais pesquisas de natureza experimental. 1.4 – Pesquisa exploratória A pesquisa exploratória, designada por alguns autores como pesquisa quase científica ou não científica, é normalmente o passo inicial no processo de pesquisa pela experiência e um auxílio que traz a formulação de hipóteses significativas para posteriores pesquisas. A pesquisa exploratória não requer a elaboração de hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar mais informações sobre determinado assunto de estudo. Tais estudos têm por objetivo familiarizar-se com o fenômeno ou obter uma nova percepção dele e descobrir novas idéias. A pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as relações existentes entre seus elementos componentes. Esse tipo de pesquisa requer um planejamento bastante flexível para possibilitar a consideração dos mais diversos aspectos de um problema ou de uma situação. Recomenda-se a pesquisa exploratória quando há pouco conhecimento sobre o problema a ser estudado. 2 – ROTEIRO PARA AS PESQUISAS DESCRITIVA E EXPERIMENTAL Obs.: Muitas indicações presentes nesse roteiro poderão ser usadas na confecção do projeto e na apresentação do relatório final. As pesquisas descritiva e experimental, embora percorram as diversas fases da pesquisa bibliográfica, apresentam algumas características próprias. O roteiro abaixo, que pretende adaptar os passos das pesquisas descritiva e experimental as fases da pesquisa bibliográfica, poderá servir de orientação para a execução de trabalhos dessa natureza. 12 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] a) Escolha do tema: deve-se escolher um tema que seja significativo e adequado ao interesse, ao nível de formação e às reais condições de trabalho do pesquisador. Constitui dificuldade adicional para o estudante pretender trabalhar com temas com os quais não tenha afinidade ou que não despertem motivação ou interesse. b) Delimitação do tema: dentro de um mesmo tema, deve-se selecionar um tópico para ser estudado e analisado em profundidade, tornando-o viável de ser pesquisado. Evite temas amplos que resultem em trabalhos superficiais. c) Justificativa da escolha: o aluno deve mostrar as razões da preferência pelo assunto escolhido e sua importância diante de outros temas. (No relatório de pesquisa, os itens descritos acima constam da introdução.) d) Revisão da literatura especializada: é a realização de uma pesquisa bibliográfica que visa a identificar, localizar, ler, analisar e anotar os principais tópicos da literatura especializada sobre a questão delimitada. Tal estudo preliminar e sintético trará informações sobre a situação atual do problema, sobre os trabalhos já realizados a respeito e sobre opiniões existentes, o que constitui o estado da arte sobre a questão. Esses conhecimentos prévios auxiliarão o investigador nos demais passos para o planejamento do projeto de pesquisa. e) Formulação do problema: deve-se redigir, de forma interrogativa, clara, precisa e objetiva, o tópico que se tornará o objeto de estudo da pesquisa. O problema levantado deve expressar uma relação entre duas ou mais variáveis. A elaboração clara do problema é fruto de revisão da literatura e de reflexão pessoal. f) Enunciado da hipótese: a hipótese, como resposta e explicação provisória, relaciona as duas ou mais variáveis do problema levantado. A hipótese deve ser testável e responder ao problema, ainda que de forma provisória. Nos trabalhos escolares e acadêmicos, é conveniente que o número de hipóteses seja reduzido. 13 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] g) Amostragem: a pesquisa procura estabelecer generalizações a partir de observações em grupos ou conjuntos de indivíduos chamados de população ou universo. População pode referir-se a um conjunto de pessoas, de animais ou de objetos que representem a totalidade de indivíduos que possuam as mesmas características definidas para um estudo. A pesquisa, porém, é feita com uma parte representativa da população, denominada amostra, e não com a totalidade dos indivíduos. Amostragem é, pois, a coleta de dados de uma parte da população, selecionada segundo critérios que garantam sua representatividade (SELLTIZ, 1976, p.571). h) Instrumentos: no projeto de pesquisa, devem-se indicar as técnicas a serem usadas para a coleta de dados, como a entrevista, o questionário e o formulário, anexando-se ao projeto um modelo do instrumento a ser utilizado. Quando se tratar de pesquisa experimental, devem ser descritos os instrumentos e materiais ou as técnicas a serem usadas. i) Procedimentos: em pesquisas descritivas faz-se a descrição detalhada de todos os passos da coleta e do registro dos dados (quem? quando? onde? como?). Descrevem-se ainda as dificuldades, as preocupações, a supervisão e o controle. Na pesquisa experimental, é detalhada a forma usada para fazer a observação, a manipulação da variável independente, o tipo de experimento, o uso ou não de grupo de controle e a maneira do registro dos resultados. No relatório, os dados são apresentados depois de classificados sob forma descritiva e, de preferência, em tabelas, quadros ou gráficos. Os dados devem explicar-se por si mesmos a fim de não exigirem do leitor exames exaustivos que o obriguem a um grande esforço interpretativo. j) Análise dos dados: depois de coletados e tabulados os dados e expostos em tabelas de forma sintética, eles devem ser submetidos ou não, conforme o caso, ao tratamento estatístico. (MARINHO, 1980, p.66). Todas as informações reunidas nos passos anteriores devem ser comparadas entre si e analisadas. A análise, a partir da classificação ordenada dos dados, do confronto dos resultados das tabelas e das 14 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] provas estatísticas, quando empregadas, procura verificar a comprovação ou não das hipóteses de estudo. k) Discussão dos resultados: é a generalização dos resultados obtidos pela análise. Na discussão, o pesquisador deve fazer as inferências e generalizações cabíveis, com base nos resultados alcançados. Os resultados também devem ser discutidos e comparados com afirmações e posições de outros autores. Finalmente, aspectos paralelos revelados pela pesquisa devem ser abordados e comentados. l) Conclusão: deve apresentar um resumo dos resultados mais significativos da pesquisa e sintetizar os resultados que conduzirão à comprovação ou à rejeição da hipótese de estudo; deve fazer as inferências que os dados alcançados permitem e indicar os aspectos que mereçam mais estudo e aprofundamento. m) Referência bibliográfica: são as referências bibliográficas que serviram de embasamento teórico e que serão apresentadas segundo as normas da ABNT, conforme será visto mais adiante. n) Anexos: são constituídos de elementos complementares, como questionários e outras fichas de observação e registro utilizadas no trabalho, que auxiliam a análise do leitor da pesquisa. 2 2 O item 2 foi retirado na íntegra de: CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p.65-67. 15 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 3 2 – METODOLOGIA DA PESQUISA 2.1 – Abordagem Quantitativa A abordagem quantitativa e a qualitativa são dois métodos diferentes pela sua sistemática, e, principalmente, pela forma de abordagem do problema que está sendo objeto de estudo, precisando, dessa maneira, estar adequado ao tipo de pesquisa que se deseja desenvolver. Entretanto, é a natureza do problema ou seu nível de aprofundamento que irá determinar a escolha do método. O quantitativo, conforme o próprio termo indica, significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples, como percentagem, média, moda, mediana e desvio padrão, até as de uso mais complexo, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc., normalmente usadas em defesas de teses. O método quantitativo também é empregado no desenvolvimento das pesquisas de âmbito social, econômico, de comunicação, mercadológicas, de opinião, de administração, representando, em linhas gerais, uma forma de garantir a precisão dos resultados, e evitando com isso distorções de análise e interpretações. 2.2 – Abordagem Qualitativa Com relação ao emprego do método ou abordagem qualitativa esta difere do quantitativo pelo fato de não empregar dados estatísticos como centro do processo de análise de um problema. A diferença está no fato de que o método qualitativo não tem a pretensão de numerar e medir unidades ou categorias homogêneas. São vários os autores que não estabelecem qualquer distinção entre os métodos quantitativo e qualitativo, tendo em vista que a pesquisa quantitativa também é qualitativa. (...) A pesquisa qualitativa tem como objetivo situações complexas ou estritamente particulares. 16 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos. Existem situações de pesquisas que envolvem conotações qualitativas, na opinião de vários cientistas sociais, em pelo menos três aspectos: 1. Situações em que se evidencia a necessidade de substituir uma simples informação estatística por dados qualitativos. Isto se aplica, principalmente, quando se trata de investigação sobre fatos do passado ou estudos referentes a grupos dos quais se dispõe de pouca informação. 2. Situações em que observações qualitativas são usadas como indicadores do funcionamento de estruturas sociais. 3. Situações em que se manifesta a importância de uma abordagem qualitativa para efeito de compreender aspectos psicológicos, cujos dados não podem ser coletados de modo completo por outros métodos devido à complexidade que envolve a pesquisa. Neste caso, temos estudos dirigidos à análise de atitudes, motivações, expectativas, valores, opinião etc. (ver Parte IV) A abordagem qualitativa nos leva, entretanto, a uma série de leituras sobre o assunto da pesquisa, para efeito da apresentação de resenhas, ou seja, descrever pormenorizada ou relatar minuciosamente o que os diferentes autores ou especialistas escrevem sobre o assunto e, a partir daí, estabelecer uma série de correlações para, ao final, darmos nosso ponto de vista conclusivo.3 3- Texto retirado na íntegra de: OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica – Projetos de Pesquisas, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. p. 114 – 117. 17 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Veja abaixo uma breve comparação entre o método quantitativo e o método qualitativo, conforme exposto pela empresa Opinião Consultoria (2006)4. Método Quantitativo Nos estudos quantitativos o principal objetivo é a avaliação de uma população, do ambiente de mercado ou de um fenômeno. Os resultados obtidos são indicadores numéricos que refletem a realidade do universo em questão. Esses resultados são expressos por meio de números absolutos, proporções ou taxas. Por exemplo: a distribuição de consumo de energia elétrica de uma população, a renda média dos moradores de um bairro, a proporção de eleitores de um candidato, o número de compradores de celular num determinado período de tempo, a população que deseja adquirir determinado produto ou serviço, etc. Entre suas características destacam-se: » Definição de amostras representativas do universo; » Utilização de questionários estruturados com questões abertas e/ou fechadas; » Utilização de métodos de coleta por meio de entrevista pessoal, por telefone, maladireta (correio e/ou internet) ou domiciliar; » Possibilita análises estatísticas. Método Qualitativo O método qualitativo busca responder os "porquês", investigar conceitos, motivações e sentimentos que antecedem ou estão presentes no comportamento do indivíduo e na formação das representações sociais. Tem como características: » Relatórios analíticos elaborados a partir do discurso produzido pelos entrevistados; » Propiciar um estudo mais aprofundado de determinadas variáveis que a técnica quantitativa não consegue captar; » Utiliza técnica de Grupo de Discussão, Grupo Focal e Entrevistas em Profundidade; » Cliente Secreto / Mistery Shopper: caracteriza-se por uma simulação na qual o analista se passa por um consumidor para avaliar/testar produtos ou serviços da empresa. 4 A partir desse parágrafo até o final desse capítulo, todo o conteúdo exposto foi retirado de: Opinião Consultoria. Métodos de Pesquisa. Disponível em: <www.opiniaoconsultoria.com.br>. Acesso em: 06 agosto 2007. 18 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Quadro Comparativo ... Quantitativa ... Qualitativo Objetivo Subjetivo Testa a Teoria Desenvolve a teoria Redução, Controle e Precisão Descoberta, descrição, compreensão, interpretação partilha Mecanicista: partes são iguais ao todo Organicista: o todo é mais do que as partes Possibilita análises estatísticas Possibilita narrativas ricas, interpretações individuais Os elementos básicos da análise são os números Os elementos básicos da análise são palavras e idéias O pesquisador mantém distância do processo O pesquisador participa do processo Independe do contexto Depende do contexto Teste de hipóteses Gera idéias e questões para pesquisa O raciocínio é lógico e dedutivo O raciocínio é dialético e indutivo Estabelece relações, causas Descreve os significados, descoberta Busca generalizações Busca particularidades Preocupa-se com a quantidade Preocupa-se com a quantidade das informações e respostas Utiliza instrumentos específicos Utiliza a comunicação e observação 19 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 4 4 - AS ETAPAS DA PREPARAÇÃO DE UMA PESQUISA Antes de iniciar o seu projeto de pesquisa e de realizar a pesquisa propriamente dita, você deverá adotar alguns procedimentos, tais como: 1) Primeiramente, a escolha e a delimitação do tema. 2) Após a escolha do tema, você irá indicar quais os objetivos que você pretende atingir e quais os métodos e as técnicas que serão utilizadas na pesquisa para atingir os seus objetivos e responder ao tema da pesquisa, para só então partir para o próximo passo: a elaboração do seu projeto de pesquisa. Isso porque, para proceder à elaboração do projeto, você precisa ter em mente o que deseja pesquisar (o tema e a delimitação do tema), para quê (objetivos), por quê (justificativa) e como deseja pesquisar esse tema (métodos a serem utilizados). Veja abaixo a explicação dos tópicos acima: 4.1 – ESCOLHA E DELIMITAÇÃO DO TEMA: O tema da pesquisa é a designação do problema (prático) e da área do conhecimento a serem observados. A escolha do tema poderá se dar a partir de uma análise de um assunto já estudado, mas que precisa de maiores explicações, ou que ainda não foi abordado pela área do conhecimento na que você deseja pesquisar. Por exemplo, podemos imaginar uma pesquisa sobre o tema: “Os acidentes de trabalho nas indústrias de São Paulo”. Esse tema poderá ser estudado por vários ângulos: 1) Qual o tipo de empresa que será analisada?(De alimentos? De calçados? De minério?) 2) Qual o tipo de acidente? (em uma única empresa, vários tipos poderão ser identificados) 20 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 3) Qual o tipo de abordagem que será dada? (No exemplo acima, poderão ser feitas pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento como, por exemplo, nas áreas de psicologia do trabalho, tecnologia, ergonomia e direito trabalhista). 4) O que se busca com a pesquisa? (Apenas compreender os motivos e a gravidade dos acidentes ou propor formas de redução dos acidentes?) Como se pode ver, a respeito de um mesmo tema podem ser identificadas várias possibilidades de pesquisa. Assim, ao escolher um tema, você deverá delimitá-lo, isto é, definir de modo bem preciso quais os aspectos que você irá abordar, qual o enfoque que será dado (por exemplo, na área da Administração, qual campo dessa área será utilizado para a abordagem que se propõe?) e os resultados que você deseja alcançar. Você poderá formular o problema de modo a fazer uma pesquisa descritiva, isto é, fazer uma análise sobre as condições de trabalho na empresa x, a partir de estudos de campo, entrevistas, etc., a fim de buscar explicações para as causas dos acidentes, assim como poderá ser uma pesquisa normativa, ou seja, você poderá propor uma pesquisa que tenha como objetivo analisar as condições de trabalho, mas com o intuito de propor formas de melhoria e redução dos problemas detectados. Poderá também juntar as duas perspectivas, a descritiva e a normativa, dependendo da complexidade do assunto a ser abordado. Após essa etapa, é feita a escolha de uma teoria para embasar a pesquisa, dentre as diversas existentes na área que se pretende pesquisar. Para isso, deverá ser feita uma pesquisa sobre a bibliografia existente sobre o tema, procurando enquadrar a sua pesquisa na teoria e no método de abordagem mais apropriado para a pesquisa proposta e que seja condizente com seu interesse. Na pesquisa bibliográfica você poderá contar com o auxílio de um professor orientador e também deverá estar munido de conhecimentos básicos necessários à iniciação da pesquisa. A escolha do tema responde à pergunta: “O que será explorado?” Ao delimitar o tema a ser pesquisado, você se deparará com um problema (ou vários) a ser investigado. Esse problema requer alguns procedimentos que são necessários para a boa execução da pesquisa. Para isso deverão ser adotados alguns procedimentos, conforme transcrito de Oliveira (1999: p.107): 21 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Procedimentos para avaliar o problema: Escolher um problema que chame a atenção e precise de resposta. Recompilar as informações relacionadas ao problema. Analisar a relevância das informações. Estudar possíveis relações entre as informações que possam contribuir e esclarecer o problema. Propor diversas explicações – hipóteses – para as causas do problema. Estabelecer a relevância das aplicações, utilizando como método a observação e a análise. Procurar relações entre as explicações que procuram contribuir para solucionar o problema. Procurar relações entre os dados e as explicações. Analisar. As respostas ou explicações vêm por intermédio da observação, do experimento e da pesquisa de campo com o emprego de entrevistas e questionários, quando se trata de uma pesquisa de opinião (abordagem quantitativa). Responde às perguntas: O que? Como? (Marconi & Lakatos, 2003: p.160) 4.2 – SELEÇÃO DE MÉTODOS E TÉCNICAS Após a delimitação do tema e a verificação de um problema (ou mais problemas) a ser investigado, você deverá partir para o levantamento de bibliografia e de dados para embasar a sua pesquisa. Além disso, você deverá indicar quais as técnicas de pesquisa que você utilizará: pesquisa bibliográfica, questionários, análise de documentos, etc. Marconi e Lakatos assim observam: A seleção do instrumental metodológico está, portanto, diretamente relacionada com o problema a ser estudado; a escolha dependerá dos vários fatores relacionados com a pesquisa, ou seja, a natureza dos fenômenos, o 22 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] objeto da pesquisa, os recursos financeiros, a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigação. Tanto os métodos quanto as técnicas devem adequar-se ao problema a ser estudado, às hipóteses levantadas e que se queira confirmar, ao tipo de informantes com que se vai entrar em contato. Nas investigações, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma técnica, e nem somente aqueles que se conhece, mas todos os que forem necessários ou apropriados para determinado caso. Na maioria das vezes, há uma combinação de dois ou mais deles, usados concomitantemente. (2003, p. 163) O primeiro passo é fazer a pesquisa bibliográfica para te orientar na escolha dos outros métodos. Essa pesquisa bibliográfica deverá seguir os seguintes passos, conforme Cervo, Bervian e Silva (2007): 4.2.1 - Levantamento bibliográfico5 Praticamente todo o conhecimento humano pode ser acessado nos livros ou em impressos que se encontram nas bibliotecas. A pesquisa bibliográfica tem como objetivo encontrar respostas aos problemas formulados, e o recurso utilizado para isso é a consulta dos documentos bibliográficos. (...) Na pesquisa bibliográfica, a fonte de informações, por excelência, estará sempre na forma de documentos escritos, estejam eles impressos ou depositados em meios magnéticos ou eletrônicos. (...) Quanto à sua natureza, os documentos bibliográficos podem ser: a) Primários: quando coletados em primeira mão, como pesquisa de campo, testemunho oral, depoimentos, entrevistas, questionários, laboratórios. b) Secundários: quando colhidos em relatórios, livros, revistas, jornais e outras fontes impressas, magnéticas ou eletrônicas. c) Terciários: quando citados por outra pessoa. 5 - A partir desse tópico até o tópico 4.3.4, o texto foi retirado na íntegra de: CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p.79-86. 23 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Quanto às formas de apresentação e de armazenamento, os documentos escritos podem ser: a) Impressos: atas de reuniões, atlas, Bíblias, biografias, bulas (remédios, cartões-postais, coleções, constituições, convênios, fac-símiles, decisões judiciais, dicionários, dissertações e teses, enciclopédias, fascículos, fotografias, jornais, leis e decretos, livros, mapas e globos, microfichas, monografias, relatórios oficiais, relatórios técnico-científicos, resenhas, revistas, etc. b) Meios magnéticos e eletrônicos: arquivos em disquete, bases de dados em CD-ROM, boletins eletrônicos (BBS), e-mails, FTPs, discos, discos compactos (CD – compact disc), fitas gravadas, homepages, filmes e vídeos, listas de discussões, microfilmes, slides (dispositivos) etc. c) Reuniões científicas: congressos, jornadas, reuniões, conferências, workshops etc. d) Notas de aula. (...) Nos primeiros passos da consulta o pesquisador necessita de informações gerais sobre o assunto que deve desenvolver. Essas informações podem ser encontradas em verbetes de dicionários especializados, enciclopédias e em manuais. Estes o remeterão aos tratados completos, isto é, às obras que abordam e desenvolvem amplamente o assunto. Se necessitar de um estudo atualizado e recente, o estudante deve preferir procurar artigos em revistas especializadas. Se necessitar de notícias ou crônicas da atualidade deve privilegiar as seções especializadas dos jornais e das revistas semanais. Após localizar a bibliografia necessária à sua pesquisa, o estudante deve proceder à leitura de reconhecimento, examinado a capa, a contracapa, as orelhas, a folha de rosto, o sumário, a bibliografia, a introdução e o prefácio dos livros. Esses elementos fornecem uma idéia sobre o tema, o autor e o contexto em que foi produzida a obra que serão a matéria-prima da pesquisa. Não se trata, pois, no início, de um estudo exaustivo da documentação, mas apenas de um rápido exame. Nessa fase do levantamento, deve-se fazer, pelo menos, a identificação e localização de toda a bibliografia necessária para o trabalho, até para saber o que há disponível na 24 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] biblioteca de sua instituição, o que precisa ser adquirido, o que precisa ser fotocopiado e o que o estudante tem em seu próprio acervo. A medida que os documentos que interessam ao assunto são identificados e localizados pela leitura de reconhecimento, deve-se anotar as referências bibliográficas. Em outros termos, procede-se à elaboração preliminar da bibliografia do próprio trabalho. A bibliografia para uso do pesquisador deve estar relacionada com o plano de assunto, de sorte que corresponda às suas partes constitutivas. Faz-se, pois, a seleção desse material com vistas ao tema ou ao aspecto que se quer focalizar. Chega então o momento da leitura, análise e interpretação dos documentos. Antes, porém, convém saber como se há de registrar cuidadosamente os dados selecionados para maior eficiência. 4.2.2 – Apontamentos e anotações Uma vez selecionado o material, o estudante deve anotar as idéias principais e secundárias, os dados e as informações ou afirmações que os documentos podem fornecer. Trata-se dos procedimentos de apontamentos e anotações que constituirão a matéria-prima para a fundamentação científica de seu trabalho e para as citações. É preciso assegurar a retenção daquilo que se quer conservar, pois a memória interna é frágil. Não há diferenças entre apontamentos e anotações, mas o estudante deve estar atento para dois aspectos desses procedimentos: um é quanto à transcrição do que lhe interessa, que será usada posteriormente como citações; outro se refere às idéias e reflexões que ele tem durante a leitura; geralmente são idéias e reflexões originais, que merecem ser anotadas, para posterior desenvolvimento (MICHAELIS, 2000). As anotações e os apontamentos são como uma memória exterior. Bem organizados, podem se constituir em uma minibiblioteca para uso pessoal. O apontamento pode ser formal, quando se transcrevem as palavras textuais extraídas de um documento, ou conceptual, quando se traduzem as idéias de outrem com as próprias palavras. Registre somente os dados, fatos ou proposições mais importantes. (...) Como assegurar a eficiência de um apontamento? Observe as seguintes normas práticas: 25 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] a) Ter sempre em vista os objetivos do trabalho, procurando anotar somente os dados suscetíveis de fornecer alguma luz sobre o problema formulado. b) Percorrer antes todo o texto para evitar anotações de dados que são desenvolvidos adiante. c) Sublinhar com lápis os pontos principais se o livro é próprio. Caso contrário, registrar as anotações em folhas numeradas, colocando a página do livro em cada nova afirmação ou pensamento do autor. d) Transcrever as anotações em fichas, cadernos ou folhas, colocando entre aspas as citações textuais e anotando em folhas separadas ou no verso as idéias próprias que surgirem. Portanto, em uma pesquisa bibliográfica, um bom apontamento deve ser feito em duas etapas: I) Em um primeiro momento, registre os dados sobre folhas de papel, com o cuidado de colocar, no alto de cada folha, as referências bibliográficas da obra consultada, à margem esquerda as respectivas páginas e, no verso, as idéias pessoais que surgirem durante a leitura. A ordem dos apontamentos é simplesmente cronológica: os dados são registrados à medida que a leitura avança. II) Em um segundo momento, registre os dados sobre fichas. O tipo ou modelo da ficha é questão de preferência (...). A experiência mostra que entre os pesquisadores existe grande liberdade neste particular. O que todos observam, entretanto, é que as fichas são organizadas em função dos assuntos. A ordem dos apontamentos registrados sobre as fichas não é mais uma ordem cronológica, mas lógica. O conteúdo da ficha deve ser identificado por meio de um termo ou dois, em seu cabeçalho. Em geral, esses cabeçalhos correspondem ao sumário do trabalho. Devem figurar em uma ficha outros elementos indispensáveis, como as referências bibliográficas e a respectiva página da obra de onde se extraiu o apontamento. 26 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 4.3 – COLETA E ANÁLISE DE DADOS: LEITURA E PROCESSOS DE LEITURA O pesquisador entra, nesse momento, em uma das fases decisivas da elaboração do trabalho científico. Trata-se da coleta e do registro de informações, em primeiro lugar, da análise e da interpretação dos dados reunidos e, finalmente, da classificação deles. (...) 4.3.1 – Pré-leitura Nessa fase inicial da leitura informativa, o estudante deve certificar-se da existência das informações que procura, além de obter uma visão global delas. São duas, pois, as finalidades dessa leitura: em primeiro lugar, permitirá ao estudante selecionar os documentos bibliográficos que contêm dados ou informações suscetíveis de serem aproveitados na fundamentação de seu trabalho; em segundo lugar, dará ao estudante uma visão global do assunto focalizado, visão indeterminada, mas indispensável para poder progredir no conhecimento. Faz-se a leitura de reconhecimento ou a pré-leitura examinando a folha de rosto, o sumário, os índices, as referências bibliográficas, as notas ao pé da página, o prefácio, a introdução e a conclusão. Em se tratando de livros, deve-se percorrer o capítulo introdutório e o final; para o conhecimento de um capítulo deve-se ler o primeiro e o último parágrafo. Em se tratando de artigos de revistas semanais ou jornais, normalmente a idéia está contida no título do artigo e das partes. Os primeiros parágrafos trazem geralmente o conjunto dos dados mais importantes, mas artigos científicos precisam ser lidos integralmente para uma compreensão geral do assunto. 4.3.2 – Leitura seletiva Localizadas as informações nos textos, procede-se à escolha do que for mais adequado de acordo com os propósitos do trabalho. Selecionar é eliminar o dispensável para fixar-se no que realmente é de interesse. Dá-se o primeiro passo de uma leitura mais séria, embora não se trate ainda de um estudo exaustivo e minucioso. Para selecionar os dados e as informações é necessário definir os critérios. Não pode haver 27 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] seleção sem critérios de seleção. Os critérios de leitura seletiva são os propósitos do trabalho: o problema formulado, as perguntas elaboradas quando se questionou o assunto ou, em outros termos, os objetivos intrínsecos do trabalho. Somente os dados que possam fornecer alguma luz sobre o problema, constituindo um elemento de resposta ou de solução, é que serão selecionados. Pode-se voltar várias vezes a um mesmo texto com propósitos distintos. São estes que determinam a importância e a significação dos documentos bibliográficos. 4.3.3 – Leitura crítica ou reflexiva Feita a seleção do material útil para o trabalho, o pesquisador ingressa no estudo propriamente dito dos textos com a finalidade de saber o que o autor afirma sobre o assunto. Nessa fase são necessárias certas atitudes, como culto desinteressado da verdade e ausência de preconceitos. Simultaneamente o estudante deve ter sempre presente diante de si os problemas que se dispõe a resolver por meio do estudo. É uma fase de estudos, isto é, de reflexão deliberada e consciente (processo de aprendizagem); de percepção dos significados, o que envolve um esforço reflexivo que se manifesta por meio das operações de análise, comparação, diferenciação, síntese e julgamento (processo de apreensão); de apropriação dos dados referentes ao assunto ou problema (processo de assimilação). O estudo de um texto passa pelas mesmas fases do pensamento reflexivo: de uma visão global, passa-se à análise das partes dos elementos constitutivos para se chegar a uma síntese integradora. A leitura crítica supõe a capacidade de escolher as idéias principais e de diferenciálas entre si e das secundárias. (...) A análise de documentos desdobra-se, portanto, em certo número de operações muito precisas: identificação e escolha da idéia diretriz e das idéias secundárias; diferenciação ou comparação das idéias entre si a fim de determinar a importância relativa de cada uma no conjunto das idéias; compreensão do significado exato dos termos ou dos conceitos que expressam; 28 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] julgamento do material, após a escolha, diferenciação e compreensão. O julgamento dos dados fornecidos pela análise corresponde a uma fase decisiva da leitura científica. Faz-se por meio da leitura interpretativa. 4.3.4 – Leitura interpretativa A leitura interpretativa é a última etapa da leitura de um texto e a aplicação deste aos fins particulares da pesquisa. Essa fase implica um tríplice julgamento: I) Partindo das intenções do autor e do tema do texto, o pesquisador procura saber o que o autor realmente afirma, quais os dados que oferece e as informações que transmite, qual o seu problema, suas hipóteses, suas teses, suas provas e suas conclusões. Essa crítica objetiva é de grande importância: o pesquisador não pode incorporar em seu trabalho conclusões alheias que não repousem sobre provas convincentes. II) O pesquisador relaciona, em seguida, o que o autor afirma e os problemas para os quais está procurando uma solução. O julgamento das idéias se fazia antes em função dos propósitos do autor; agora se faz em função dos propósitos do pesquisador, e é aplicado na solução dos problemas formulados na pesquisa. Antes, um dado ou informação tinha valor, utilidade ou importância se concorresse para resolver o problema do autor. Agora, esse mesmo dado terá valor, utilidade ou importância se concorrer para solucionar o problema do pesquisador. III) Finalmente, o material coletado é julgado em função do critério verdade. O pesquisador deve duvidar da realidade de toda e qualquer proposição (dúvida metódica). Uma afirmação sem provas terá apenas valor provisório, servindo como ponto de referência, nunca como conclusão, por maior que seja a autoridade do autor no assunto. 4.4 – TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS6 6 A partir desse item até o item 4.4.3, todas as informações foram coletadas na íntegra de: CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 50-54. 29 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Toda pesquisa, em especial a pesquisa descritiva, deve ser bem planejada se quiser oferecer resultados úteis e fidedignos. Esse planejamento envolve também a tarefa de coleta de dados, que corresponde a uma fase intermediária da pesquisa descritiva. A coleta de dados ocorre após a escolha e a delimitação do assunto, a revisão bibliográfica, a definição dos objetivos, a formulação do problema e das hipóteses, o agrupamento dos dados em categorias e a identificação das variáveis (essas duas últimas tarefas são mais bem desenvolvidas com a assistência de um estatístico ou de um analista de sistemas). Realizada a coleta de dados, seguem-se as tarefas da análise e discussão dos dados e depois a conclusão e o relatório do trabalho. A coleta de dados, tarefa importante na pesquisa, envolve diversos passos como a determinação da população a ser estudada, a elaboração do instrumento de coleta, a programação da coleta e também o tipo de dados e de coleta. Há diversas formas de coleta de dados, todas com suas vantagens e desvantagens. Na decisão do uso de uma forma ou de outra, o pesquisador levará em conta a que menos desvantagens oferecer, respeitados os objetivos da pesquisa. Os instrumentos de coleta de dados, de largo uso, são a entrevista, o questionário e o formulário. Na aplicação da entrevista e do formulário, o informante conta com a presença do pesquisador ou seu auxiliar, que registra as informações. O questionário, sem a presença do investigador, é preenchido pela pessoa que fornece as informações. Além do instrumento usado, o tipo de pergunta, que pode ser fechada por um número limitado de opções ou aberta, sem restrições, determina a maior ou menor exatidão dos dados e o grau de dificuldade na tabulação e análise das informações. Esses aspectos e a disponibilidade de tempo e de recursos devem ser levados em consideração ao ser fixado o instrumento de coleta de dados. Somente depois de ter sido definido o objetivo da pesquisa e depois de levantadas as hipóteses e as variáveis é que o pesquisador vai elaborar as questões do instrumento de coleta de dados. A preocupação básica ao elaborar as perguntas deve ser, além da validade, a finalidade e a relação das questões com o objetivo da pesquisa. As perguntas, em maior ou menor número, devem sempre colher informações a respeito das variáveis e das hipóteses de trabalho. Em geral, as questões alheias aos objetivos da pesquisa não se justificam. 30 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Trataremos, em tópicos distintos, das técnicas de aplicação do formulário e do questionário, mas podemos antecipar os diversos passos a serem observados na elaboração das perguntas: identificar os dados ou as variáveis sobre os quais serão feitas as questões; selecionar o tipo de pergunta a ser utilizado diante das vantagens e desvantagens de cada tipo, com vistas ao tempo a ser consumido para obter os dados e a maneira de tabulá-los e analisá-los; elaborar uma ou mais perguntas referentes a cada dado a ser levantado; analisar as questões elaboradas quanto à clareza da redação, classificação e sua real necessidade; codificar as questões para a posterior tabulação e análise com a inclusão dos códigos no próprio instrumento; elaborar instruções claras e precisas para o preenchimento do instrumento; submeter as questões a outros técnicos para sanar possíveis deficiências; revisar o instrumento para dar ordem e seqüência às questões; submeter o instrumento a um pré-teste para detectar possíveis reformulações ou correções, antes de sua aplicação. Outros instrumentos usados em pesquisas descritivas, como a entrevista e a observação, embora não percorram rigorosamente os passos descritos, devem cercar-se das devidas precauções para evitar prejuízos à pesquisa decorrentes de falhas na coleta de dados. 4.4.1 – Entrevista A entrevista não é uma simples conversa. É uma conversa orientada para um objetivo definido: recolher, por meio do interrogatório do informante, dados para a pesquisa. 31 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] A entrevista tornou-se, nos últimos anos, um instrumento do qual se servem constantemente os pesquisadores em ciências sociais. Eles recorrem à entrevista sempre que têm necessidade de obter dados que não podem ser encontrados em registros e fontes documentais e que podem ser fornecidos por certas pessoas. Esses dados serão utilizados tanto para o estudo de fatos como de casos ou de opiniões. Devem-se adotar os seguintes critérios para o preparo e a realização da entrevista: planejar a entrevista, delineando cuidadosamente o objetivo a ser alcançado; obter, sempre que possível, algum conhecimento prévio acerca do entrevistado; marcar com antecedência o local e o horário da entrevista; qualquer transtorno poderá comprometer os resultados da pesquisa; criar condições, isto é, uma situação discreta, para a entrevista, pois será mais fácil obter informações espontâneas e confidenciais de uma pessoa isolada do que de uma pessoa acompanhada ou em grupo; escolher o entrevistado de acordo com a sua familiaridade ou autoridade em relação ao assunto escolhido; fazer uma lista das questões, destacando as mais importantes; assegurar um número suficiente de entrevistados, o que dependerá da viabilidade da informação a ser obtida. O entrevistado deve ser sempre previamente informado do motivo da entrevista e de sua escolha. O entrevistador deve obter e manter a confiança do entrevistado, evitando ser inoportuno, não interrompendo outras atividades de seu interesse nem o entrevistando quando estiver irritado, fatigado ou impaciente. Convém dispor-se a ouvir mais do que falar. O que interessa é o que o informante tem a dizer. Deve-se dar o tempo necessário para que o entrevistado discorra satisfatoriamente sobre o assunto. O entrevistador deve controlar a entrevista, reconduzindo, se necessário, o entrevistado ao objeto da entrevista. Deve-se evitar perguntas diretas que precipitariam as informações, deixando-a incompletas. É conveniente apresentar primeiramente as perguntas que tenham menores probabilidades de provocar recusa ou produzir qualquer 32 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] forma de negativismo, uma após outra, a fim de não confundir o entrevistado. Sempre que possível, conferir as respostas, mantendo-se alerta a eventuais contradições. Finalmente, o entrevistador não deve confiar demasiadamente em sua memória. Deve anotar, cuidadosamente, os dados, registrando-os sumariamente durante a entrevista e completando suas anotações logo em seguida ou o mais breve possível. Deve registrar também aqueles dados fornecidos após a entrevista, quando considerados de importância. Quando se há de recorrer à entrevista? Recorre-se à entrevista quando não houver fontes mais seguras para as informações desejadas ou quando se quiser completar dados extraídos de outras fontes. A entrevista possibilita registrar, além disso, observações sobre a aparência, o comportamento e as atitudes do entrevistado. Daí sua vantagem sobre o questionário. Deve-se evitar recorrer à entrevista para obter dados de valor incerto ou para obter informações precisas, cuja validade dependeria de pesquisas ou de observações controladas, tais como datas, relações numéricas etc. 4.4..2 – Questionário O questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com mais exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra questionário refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche. Assim, qualquer pessoa que preencheu um pedido de trabalho teve a experiência de responder a um questionário. Ele contém um conjunto de questões, todas logicamente relacionadas com um problema central. Todo questionário deve ter natureza impessoal para assegurar uniformidade na avaliação de uma situação para outra. Possui vantagem de os respondentes se sentirem mais confiantes, dado o anonimato, o que possibilita coletar informações e respostas mais reais (o que pode não acontecer na entrevista). Deve, ainda, ser limitado em sua extensão e finalidade. É necessário estabelecer, com critério, as questões mais importantes a serem propostas e que interessam ser conhecidas, de acordo com os objetivos. Devem ser propostas perguntas que conduzam facilmente às respostas de forma a não insinuarem 33 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] outras colocações. Se o questionário for respondido na ausência do investigador, deverá ser acompanhado de instruções minuciosas e específicas. O uso de perguntas abertas permite obter respostas livres. Exemplo: Do que você mais gosta na cidade? Já as perguntas fechadas permitem obter respostas mais precisas. Exemplo: Seu nível de escolaridade é: ( ) ensino fundamental ( ) graduação ( ) ensino médio ( ) pós-graduação As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, simples de codificar e analisar. As perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas livres, embora possibilitem recolher dados ou informações mais ricos e variados, são codificadas e analisadas com mais facilidade. 4.4.3 – Formulário O formulário é uma lista informal, catálogo ou inventário, destinado à coleta de dados resultantes quer de observações quer de interrogações, e seu preenchimento é feito pelo próprio investigador. Entre as vantagens que o formulário apresenta, podemos destacar a assistência direta do investigador, a possibilidade de comportar perguntas mais complexas e a garantia da uniformidade na interpretação dos dados e dos critérios pelos quais são fornecidos. O formulário pode ser aplicado a grupos heterogêneos, inclusive a analfabetos, o que não ocorra com o questionário. Uma vez colhidos os dados cientificamente, isto é, por meio de técnicas da observação controlada, passa-se à sua codificação e tabulação (gráficos, mapas, quadros estatísticos). Somente então os dados são analisados e interpretados em função das perguntas formuladas no início ou das hipóteses levantadas. A maioria das pessoas tem familiaridade com o formulário, pois órgãos públicos, empresas privadas e bancos utilizam-se sistematicamente para cadastramento inicial de seus clientes, e esse instrumento de coleta de dados passa a ser a principal fonte de alimentação de seus bancos de dados. 34 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] OBS: Neste item foram dadas as coordenadas que você utilizará tanto para citar em seu projeto como será o seu método de pesquisa quanto para utilizar esses procedimentos na execução de sua pesquisa e na elaboração do relatório final. 35 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 5 5 - COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA? Antes de iniciar sua pesquisa, você deverá traçar o percurso que você fará durante a sua pesquisa, o que será feito por meio do seu projeto de pesquisa, a ser entregue no sétimo período. A elaboração do projeto é de extrema importância, pois é a ele que você irá recorrer durante a sua pesquisa, para se orientar em relação aos passos a serem seguidos durante a pesquisa. O seu projeto deverá ter os seguintes tópicos: 1)TÍTULO DO TRABALHO 2) INTRODUÇÃO 3) OBJETIVOS 4) JUSTIFICATIVA 5) METODOLOGIA 6) CRONOGRAMA 7) ORÇAMENTO (se for o caso) 8) BIBLIOGRAFIA BÁSICA Tais tópicos estão explicitados abaixo. Observe: 1 – TÍTULO Corresponde ao tema e deve obedecer aos critérios de relevância, viabilidade e originalidade. Deve resumir, de forma sucinta, o tema da pesquisa. 2–INTRODUÇÃO Você deverá determinar o tipo de enfoque, bem como sua extensão e profundidade, ou seja, deverá delimitar o assunto de sua pesquisa. 36 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 2.1 - O QUE FAZER? Contextualizar o assunto (problema a ser investigado) tratado. Formular o problema. Enunciar as hipóteses. Definir os termos do problema e da hipótese. Estabelecer as bases teóricas, isto é, a relação que existe entre a teoria, a formulação do problema e o enunciado da hipótese. 3– OBJETIVOS: 3.1 – Objetivo geral da pesquisa: Definir, de modo geral, o que se pretende alcançar com a execução da pesquisa (visão global e abrangente). 3.2 – Objetivos específicos da pesquisa: Fazer aplicação dos objetivos gerais a situações particulares. Definir passo a passo o que você fará em sua pesquisa, isto é, quais tópicos você irá pesquisar para testar e responder a sua hipótese; resolver o problema que você se propôs a pesquisar. Nota: para formular os objetivos, usam-se verbos no infinitivo, tais como: pesquisar, descrever, esclarecer, comparar, contribuir para, promover etc. Para a descrição da metodologia, os verbos são empregados no tempo futuro. 4– JUSTIFICATIVA DA PESQUISA: 4.1 - POR QUÊ? PARA QUÊ? E PARA QUEM FAZER? – Motivos que justificam a pesquisa: motivos de ordem teórica e de ordem prática. 37 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] – Explicar por que foi escolhido o tema, por que é relevante realizar tal pesquisa em que ela pode contribuir para a área a que se destina.) 5– METODOLOGIA Você deverá dizer quais métodos e técnicas que serão utilizados na pesquisa. Também deverá citar quais os teóricos que você utilizará para embasar a sua pesquisa É aconselhável incluir um roteiro com as principais etapas da pesquisa. 5.1– ONDE? COMO? Descrever o campo de observação com suas unidades de observação e variáveis que interessam à pesquisa: - População com suas características. - Se for utilizar amostra, justificar, dando os motivos, e apresentar o modo como a amostra será selecionada e suas características. -Local. -Unidades. -Quais as variáveis que serão e como serão controladas. Qual o plano de experimento que será utilizado. 5.2 - COM QUÊ? – Descrever o instrumento de pesquisa que vai ser utilizado. – Que informações se pretende obter com eles. – Como o instrumento será usado ou aplicado para obter estas informações. 5.3 – QUANTO? (utilização de provas estatísticas) – Quais as hipóteses estatísticas enunciadas. – Como os dados obtidos serão codificados. 38 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] – Que tabelas serão feitas e como serão feitas. – Que provas estatísticas serão utilizadas para verificar as hipóteses. – Em que nível de significância. – Revisão sobre a interpretação dos dados. 6–CRONOGRAMA 6.1 – QUANDO? Definir o tempo que será necessário para executar o projeto, isto é, para realizar a pesquisa, dividindo o processo em etapas e indicando que tempo é necessário para a realização de cada etapa. Por exemplo: Leitura bibliográfica: março, abril, maio Coleta de dados: abril e maio E assim sucessivamente. 7 – ORÇAMENTO 7.1 - COM QUANTO FAZER E COMO PAGAR? (Plano de custos da pesquisa, se for o caso): Prever os gastos que serão feitos com a realização da pesquisa, especificando cada um deles. 8 – BIBLIOGRAFIA BÁSICA Fazer uma lista bibliográfica que contenha obras referentes aos pressupostos teóricos do tema ou ao seu embasamento teórico. Esta bibliografia não precisa ser exaustiva, pois isso será exigido no relatório, mas deverá ser organizada de acordo com 39 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] as normas da ABNT. Deverá, também, ser coerente com o tema, a justificativa, os objetivos e a metodologia e o cronograma de seu projeto. 40 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 6 6 – AS PARTES DO RELATÓRIO DA PESQUISA Essa é a fase final de todo esse processo da pesquisa. O relatório deverá conter as suas considerações sobre os resultados da pesquisa realizada, dando em detalhes os objetivos, a justificativa, a metodologia usada, os dados obtidos, a análise desses dados, as conclusões a que você chegou etc. Seguindo a atual nomenclatura proposta pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na norma brasileira (NBR) nº 14724, de 2005, a estrutura do trabalho acadêmico (relatório) é dividida da seguinte forma:7 a) Elementos pré-textuais: “elementos que antecedem o texto com informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho”. b) Elementos textuais: “parte do trabalho em que é exposta a matéria. Deve ter três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. A parte textual comporta também os elementos de apoio, constituídos por notas, citações, tabelas, quadros e ilustrações, inseridos no corpo do texto. c) Elementos pós-textuais: “elementos que complementam o trabalho” (item 3.9) e que se dividem em obrigatórios, como as referências bibliográficas, e opcionais, como os glossários, os apêndices, os anexos e os índices. Os elementos precisam ser considerados em suas duas dimensões: uma que diz respeito à estética do trabalho (aspectos gráficos) e outra que se refere à divisão estrutural das partes do trabalho. 7 A partir desse parágrafo até o final desse capítulo, todas as informações foram retiradas na íntegra de: CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 91-95 e p. 102 - 106. 41 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] a) Aspectos gráficos do trabalho acadêmico: papel; impressão do texto; formatação (margens e espaços); numeração; títulos, subtítulos, divisões e parágrafos. b) Estrutura do trabalho acadêmico: capa (obrigatório); folha de rosto (obrigatório); folha de dedicatória (opcional); folha de agradecimentos (opcional); epígrafe (opcional); resumo em língua vernácula (obrigatório); lista de ilustrações (opcional); lista de tabelas (opcional); lista de abreviaturas e siglas(opcional); sumário (obrigatório); introdução (obrigatório); desenvolvimento (obrigatório); conclusão (obrigatório); referências bibliográficas (obrigatório); apêndices (opcional); anexos (opcional); índices (opcional); glossários (opcional). c) Impressão do texto: Os programas de editoração de textos apresentam grande número de fontes, para as mais variadas aplicações. Para a apresentação de trabalhos escolares e acadêmicos, 42 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] entretanto, deve-se optar por aquelas que melhor se assemelham à chamada letra de forma. (...) Prefira sempre o tamanho 12 para a parte textual, no modo normal. Quando precisar de variações, para reforçar a estética e a formatação do texto, adote os seguintes procedimentos: para as citações até três linhas, use sempre a forma normal da mesma fonte e deixe sempre entre aspas “..”; para grifar, use sempre a mesma fonte na forma negrito ou itálico, sem aspas; para títulos, use forma negrito, no tamanho 14 da mesma fonte; para subtítulos, use a forma negrito, no tamanho 12 da mesma fonte; para notas de rodapé e comentários acima de três linhas, utilize o tamanho 10 da mesma fonte. MODELO DE CAPA PARA TRABALHOS ACADÊMICOS Nome da instituição de ensino Nome da faculdade ou instituto Nome do departamento Nome do autor do trabalho Título do trabalho: subtítulo (se houver) Local e data de aprovação 43 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] MODELO DE FOLHA DE ROSTO PARA TRABALHOS ACADÊMICOS Nome do autor do trabalho Título do trabalho: subtítulo (se houver) Monografia apresentada à Faculdade de Administração de Mariana como pré-requisito para a obtenção do título de Bacharel em Administração, com Habilitação em Administração de Empresas sob a orientação do (a) Prof(a). (Ms. ou Dr.) (Nome). Nome do orientador (e do co-orientador, se houver) Prof (a). Ms/ Dr(a). Local e data de apresentação do trabalho MODELO DE FOLHA DE APROVAÇÃO PARA TRABALHOS ACADÊMICOS Nome do autor do trabalho Título do trabalho: subtítulo (se houver) Monografia apresentada à Faculdade de Administração de Mariana como pré-requisito para a obtenção do título de Bacharel em Administração, com Habilitação em Administração de Empresas sob a orientação do (a) Prof(a). (Ms. ou Dr.) (Nome). Banca Examinadora Prof(a). Ms./ Dr(a). ______________________________ Nome da instituição de origem Prof(a). Ms./ Dr(a). ______________________________ Nome da instituição de origem Prof(a). Ms./ Dr(a). ______________________________ Nome da instituição de origem Local e data de apresentação do trabalho 44 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] MODELO DE FOLHA DE DEDICATÓRIA PARA TRABALHOS ACADÊMICOS Aos meus pais. MODELO DE FOLHA DE AGRADECIMENTOS PARA TRABALHOS ACADÊMICOS Agradeço aos professores do (ano, disciplina e curso), que com seus ensinamentos forneceram os estímulos e as orientações necessárias para a elaboração deste trabalho. 45 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 7 7 - COMO ELABORAR O CONTEÚDO DA MONOGRAFIA 7.1 – ELEMENTOS TEXTUAIS: CONTEÚDO DO TRABALHO8 Os elementos textuais constituem a parte escrita, chamada corpo, que na verdade é a alma do trabalho acadêmico, cujo conteúdo é distribuído conforme a seguir: introdução; desenvolvimento; conclusão. Assim como a apresentação visual do trabalho requer cuidados por parte do aluno, a seleção, distribuição e tratamento do conteúdo deve se orientar por certos procedimentos capazes de expor e articular com clareza as idéias de seu autor. É natural que, depois do levantamento bibliográfico, das leituras e das anotações, o aluno tenha dúvidas quanto à melhor maneira de distribuir esse conteúdo ao longo da monografia. O que é importante? Em que ordem colocar os assuntos? Como utilizar as anotações efetuadas para melhor valorizar o texto com opiniões e pareceres que evidenciem autoridade científica? Como dar à monografia alguma fundamentação científica para que ela não fique parecendo um mero apanhado de idéias desconexas? Nas seções a seguir, veremos, passo a passo, os seguintes tópicos: como usar a linguagem científica na redação acadêmica; como lidar, na redação, com as idéias de senso comum; a estrutura e o conteúdo da introdução; 8 A partir desse item até o item 7.1.3 todo o conteúdo foi retirado de: CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 91-95 e p. 108 -111. 46 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] como ordenar o conteúdo no desenvolvimento, que é a parte mais extensa da monografia; como utilizar a conclusão para assumir posturas diante do tema estudado e afirmar sua posição de independência e autonomia intelectual. 7.1.1 – O USO DA LINGUAGEM CIENTÍFICA O autor, ao redigir o trabalho final, para apresentar os resultados de seu trabalho de pesquisa, precisa ter em mente que está escrevendo para dois públicos distintos. Um pode ser chamado de público interno, pertencente às comunidades técnicas, acadêmicas e científicas, composto de pessoas que também fazem pesquisa e que também escrevem. O outro é o público externo, composto, não necessariamente, mas inclusive, de leigos, que podem ter interesse pelo assunto ou necessidade de leituras do gênero, mas que não dominam ou nem precisam dominar a linguagem técnica, acadêmica e científica. Ter isso em mente pode facilitar muito a escolha dos termos apropriados e a forma de apresentá-los, como veremos a seguir. a) Impessoalidade: todo trabalho acadêmico, técnico ou científico deve ter caráter impessoal. Ele é redigido na terceira pessoa, evitando-se referências pessoais, como meu trabalho, meus estudos, minha tese. Utilizam-se, em tais casos, expressões como o presente trabalho, o presente estudo, mas não deixe de assumir a autoria das idéias originais, argumentos inovadores ou teses polêmicas, quando necessário. O uso de nós, pretendendo indicar impessoalidade, é igualmente desaconselhável, embora tal construção possa aparecer quando se trata de marcar os resultados obtidos pessoalmente com uma pesquisa: somos de opinião que ..., julgamos que ..., chegamos à conclusão que ..., deduzimos que ... etc. b) Objetividade: o caráter objetivo da linguagem que veicula conhecimentos científicos resulta da própria natureza da ciência. Por isso, essa linguagem impessoal e objetiva deve afastar do campo científico pontos de vista pessoais que deixem transparecer impressões subjetivas, não fundadas, sobre dados concretos. Expressões como eu penso, parece-me, parece ser e outras violam freqüentemente o princípio da objetividade, indicando raciocínio subjetivo. 47 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Grande número de vocábulos e expressões dá margem a interpretações subjetivas; sua utilização compromete o valor do trabalho. Veja alguns exemplos de comparação entre linguagem subjetiva e linguagem objetiva em pesquisa social: linguagem subjetiva: a sala estava suja; linguagem objetiva: o entrevistado, enquanto falava, deixou cair as cinzas do cigarro no chão. Viam-se os restos de cigarros apagados e fragmentos de papel pelo chão; linguagem subjetiva: a sala era grande e espaçosa; linguagem objetiva: a sala media 12m de comprimento por 8m de largura. A linguagem científica deve, portanto, ser objetiva, precisa, isenta de qualquer ambigüidade. Contrasta, nesse sentido, com a linguagem subjetiva, apreciativa, adequada a outros fins. c) Modéstia e cortesia: os resultados de um estudo ou pesquisa, quando cientificamente alcançados, impõem-se por si mesmos. O pesquisador não deve, portanto, insinuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam cobertos de erros e incorreções. O próprio trabalho, por mais perfeito que seja, nem sempre está isento de erros. A cortesia é traço importante de todo trabalho, sobretudo quando se trata de discordar dos resultados de outras pesquisas. À cortesia sucede a modéstia, quando o pesquisador se torna especialista em seu ramo. Ao adquirir conhecimentos profundos no setor de seu estudo específico, o pesquisador não deve transmiti-los com ares absolutos de autoridade absoluta. Sua pesquisa impõese por si mesma. A linguagem que a reveste limita-se à descrição de seus passos e à transmissão de seus resultados, testemunhando intrinsecamente a modéstia e a cortesia essenciais a um bom trabalho. Sua finalidade é expressar, e não impressionar. 48 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 7.1.2 – CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM CIENTÍFICA A linguagem, como instrumento de comunicação, pode desempenhar funções distintas. Convém indicá-las aqui, pelo menos as principais, para que se tenha presente a função característica da linguagem científica. Salvador (1970, p.141) assim classifica as funções principais da linguagem- comunicação. função expressiva, adequada à comunicação ou expressão de emoções, sentimentos ou vivências psicológicas; função persuasiva, adequada ao discurso (retórico) que pretende usar sobre a vontade para dirigir a conduta dos homens, como na propaganda; função informativa, adequada à transmissão de conhecimentos e informações. Com respeito às formas de expressão, a linguagem-comunicação pode revestir-se de caráter: coloquial, próprio da linguagem comum; literário, enquanto tem em vista objetivos estéticos; técnico, característico da linguagem científica. A linguagem científica nada tem de persuasiva ou de expressiva no sentido indicado; ela é essencialmente informativa. Em suma, a linguagem científica é informativa e técnica, de ordem cognoscitiva e racional, firmada em dados concretos, a partir dos quais analisa, compara e sintetiza, argumenta, induz ou deduz e conclui. Distingue-se, portanto, da linguagem literária. Enquanto esta deve impressionar, agradando pela elegância e pela evocação de valores estéticos, aquela deve esclarecer pela força dos argumentos; enquanto esta tem por nota distinta a subjetividade (estilo literário), aquela tem por nota distintiva a objetividade (estilo científico). 49 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 7.1.3 – USO DO VOCABULÁRIO COMUM Idéias claras e precisas exprimem-se por meio de símbolos que as representem. Os símbolos convencionalmente aceitos e agrupados em um sistema constituem a linguagem. Tratando-se de linguagem científica, os símbolos empregados são aqueles que representam idéias. Ocorre, entretanto, que nem todo símbolo ou palavra designa uma única coisa ou corresponde a uma idéia apenas. Cumpre por isso, para que a linguagem científica seja clara e precisa, escolher os termos mais adequados às idéias que se quer exprimir e determinar sua significância exata. O redator com pretensões técnicas, acadêmicas ou científicas deve conhecer, em primeiro lugar, a significação exata dos termos empregados, conforme se encontra nos dicionários, e determinar, em segundo lugar, a significação que recebe no contexto. Em uma redação científica, não se admite o uso dos termos em sentido figurado: devem ser empregados unicamente em sentido próprio, concreto e objetivo. Assim, o botânico se serviria do termo “rosa” para designar a flor da roseira, planta da família das rosáceas, enquanto o poeta poderia utilizar o mesmo termo, em sentido figurado, para designar uma mulher formosa. 7.2 – COMO ELABORAR A INTRODUÇÃO, O DESENVOLVIMENTO E A CONCLUSÃO DA MONOGRAFIA9 7.2.1 – INTRODUÇÃO: CONCEITO E REQUISITOS NECESSÁRIOS A parte introdutória abre o trabalho propriamente dito, anunciando o assunto, e supõe a compreensão dele quanto a seu alcance, suas implicações e seus limites. O leitor, quando se propõe à leitura de um texto, quer antes de tudo saber do que se trata. Satisfeita essa exigência, ele deseja ser encaminhado para a compreensão exata do assunto focalizado. Deduzem-se dessas necessidades os requisitos imprescindíveis a uma boa introdução: 9 A partir desse tópico até o final desse capítulo, todas as informações foram retiradas de: CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 50 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] a definição do tema; a indicação do problema e da hipótese; a indicação da metodologia de trabalho a ser seguida; a estrutura interna do trabalho, com indicação de como estão distribuídos e organizados seus argumentos. O método para a elaboração da introdução busca mostrar como, na prática, serão preenchidas essas exigências fundamentais. 7.2.1.1. – Sobre o tema Definir o tema consiste em anunciar sua idéia geral e precisa. Isso será feito logo no início da introdução, tendo-se o cuidado de escolher bem os termos que envolvem a definição. Esquema da Introdução: a) Anunciar o assunto: 1. Idéia geral; 2. Delimitar; 3. Situar; 4. Mostrar a importância; 5. Justificar; 6. Definir os termos; 7. Documentação 8. Metodologia b) ... e como será desenvolvido: 9. Idéias-mestras do desenvolvimento; 10. Plano do desenvolvimento Uma vez anunciado o tema, torna-se freqüentemente necessário delimitá-lo, isto é, indicar o aspecto específico que será focalizado (delimitação do assunto). Por vezes, o assunto é anunciado e delimitado sob forma de problema ou pergunta. Levanta-se, nesse 51 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] caso, uma ou mais hipóteses que serão demonstradas posteriormente. Aos poucos, o leitor é habilitado a penetrar na problemática que o autor levanta ao anunciar o tema central ou um de seus aspectos. Quando se busca delimitar o tema, percebe-se a necessidade de situá-lo no tempo e no espaço, na discussão teórica ou na teórica ou na prática. Situar o assunto consiste em indicar os pressupostos ou postulados indispensáveis à sua compreensão. O assunto deve ser situado no conjunto dos conhecimentos ou das atividades já desenvolvidas e com as quais se relaciona. À medida que se anuncia, delimita-se e situa-se o tema que será desenvolvido, deve-se mostrar sua importância, a fim de despertar o interesse do leitor. Tal interesse será canalizado para a leitura de um texto científico unicamente por meio da força dos argumentos racionais. Em uma exposição oral, pode-se recorrer igualmente a outros recursos, que tendem a tornar o assunto sugestivo. Se a importância do tema for assim demonstrada, tanto a do conjunto como a dos aspectos a serem focalizados, a justificação da escolha e sua delimitação tornam-se tarefa fácil. 7.2.1.2 – Sobre as idéias e os conceitos utilizados A introdução pode conter também a definição dos termos empregados, caso isso se faça necessário para maior clareza e entendimento. A definição dos termos da pesquisa pode tanto indicar seu grau de domínio sobre o tema como a linha teórica que você seguirá no desenvolvimento. 7.2.1.3 – Sobre a Metodologia Em trabalhos poucos extensos, como os exigidos em aula, a introdução deve conter a indicação da documentação e dos dados utilizados. Indique as fontes de pesquisa utilizadas, os instrumentos empregados e, se for o caso, o universo ou a amostra que serviu de base para sua coleta de dados. Em pesquisa de campo ou de laboratório, deve-se indicar sempre a metodologia empregada, tanto para a aquisição de dados como para sua interpretação. Em trabalhos mais extensos, como memórias ou 52 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] teses, exigidos para obtenção de um grau universitário, a apresentação desses elementos constituirá capítulo à parte. 7.2.1.4 – Sobre o Desenvolvimento Uma vez conhecido o assunto, o leitor quer conhecer igualmente o caminho que há de seguir na leitura e compreensão do tema exposto. Anuncie as idéias-mestras do desenvolvimento: os pontos principais, as deduções mais importantes, os resultados mais significativos. Tem-se dessa forma uma visão global (sincrética) do assunto, embora de certa maneira indeterminada. Depois de tudo feito, no fim da introdução deve-se anunciar, com ênfase e clareza, o plano adotado para o desenvolvimento. Esse passo cabe unicamente no fim da introdução, porquanto supõe que o leitor já tenha uma idéia exata do assunto. O plano do desenvolvimento, que arremata solenemente a parte introdutória, deve conter unicamente os tópicos principais, ordenados em razão da pesquisa. Em trabalhos mais extensos e de maior profundidade, é conveniente que a introdução seja o último capítulo a ser escrito, pois somente após o término da redação você terá uma visão geral de sua estrutura. Tome o cuidado de não antecipar, na introdução, os resultados e as conclusões de sua pesquisa. Reserve-os para o final do trabalho. 7.2.2 – DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento corresponde à parte mais extensa do trabalho, chamada também de corpo do assunto. Visa a comunicar os resultados da pesquisa. Deve ser sempre dividido em partes, refletindo o escalonamento das dificuldades encontradas ou ainda em função das parcelas que comporta cada dificuldade. À medida que se progride na investigação, recolhem-se muitas idéias que serão selecionadas e ordenadas do mais simples ao mais complexo. A decomposição do assunto em suas partes constitutivas é condição indispensável para sua compreensão. É bem mais fácil compreender o assunto quando este estiver dividido, pois sem divisão não se pode identificar claramente o tema central, tampouco distinguir o que se quer atribuir ao todo ou somente a uma ou outra de suas partes. 53 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Deve-se ordenar sistematicamente as diversas partes que compõem a matéria de estudo, sem esquecer que a elaboração do plano não equivale a propor uma organização arbitrária e sem nexo das partes em um todo. Trata-se, muito ao contrário, de submeter os conceitos a uma ordem dentro da hierarquia real ou lógica das questões, descobrindo a estrutura real ou lógica do assunto, em que as partes estejam vinculadas entre si e naturalmente integradas no conjunto. A construção do plano do desenvolvimento supõe a capacidade de distinguir o fundamental do acessório, a idéia principal da secundária, o mais importante do menos importante, além de requerer a inteligência necessária para distribuir eqüitativamente as partes desproporcionais, de sorte que o todo resulte equilibrado e proporcionado, fazendo salientar o fundamental e o essencial. Importante: não obstante a NBR 14724:2005 denominar introdução, desenvolvimento e conclusão os elementos constituintes da parte textual, no trabalho não se deve intitular desenvolvimento o miolo do trabalho. As partes primárias, secundárias e terciárias, isto é, os capítulos e seções, devem receber títulos e subtítulos que expressem o real conteúdo do texto. Vê-se, portanto, que o plano envolve um processo deliberado e sistemático de reflexão. Da mente que reflete surge o plano, como sua criação original. Constrói-se, geralmente de início, um plano provisório. Este será muitas vezes modificado e reestruturado no curso do trabalho, sob efeito de novas pesquisas e reflexões. O plano provisório é, pois, a primeira etapa. O plano definitivo surgirá no término da investigação, dependendo diretamente dos resultados dos estudos, da análise dos documentos e dados reunidos e do esforço pessoal da reflexão. Tanto é verdade que um mesmo assunto possibilita, por vezes, vários planos. Como se procede à divisão? Essa questão envolve duas outras que serão sucessivamente tratadas: dividir o assunto em quantas partes? Como dividir as partes? 7.2.2.1 – Divisão em três partes A divisão do texto em três partes (...) privilegia a divisão (...) por unidades temáticas, que visam a agrupar os assuntos segundo sua própria natureza e que constituem momentos diferentes do esforço da pesquisa: 54 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] primeira parte: histórico e contextualização do problema; segunda parte: fundamentação e discussão teórica; terceira parte: análise. a) Conteúdo da primeira parte: apresente um panorama sobre o tema. Alguns temas naturalmente sugerem uma ordem hierárquica. Se sua preocupação consiste, por exemplo, em tratar da questão do desemprego no município de São Bernardo do Campo, é preciso considerar que São Bernardo do Campo está situado dentro de uma região metropolitana – São Paulo – que por sua vez é o principal pólo industrial do Brasil. Tratar especificamente da realidade de São Bernardo do Campo e ignorar os dois contextos maiores em que o município está inserido é ter uma visão apenas parcial sobre o desemprego. O Brasil, por sua vez, está inserido em um bloco econômico – o Mercosul – como reflexo (ou reação) a uma economia cada vez mais globalizada. Dominar o „estado da arte‟ na questão desemprego, portanto, implica, obrigatoriamente, a visão global sobre o tema, que inclui e sugere as seguintes subdivisões para essa parte: o desemprego no mundo; o desemprego no Mercosul; o desemprego no Brasil; o desemprego no Estado de São Paulo; o desemprego em São Bernardo do Campo. Portanto, cuide para que a primeira parte do desenvolvimento apresente ao leitor o tamanho real do desemprego e suas relações com esferas mais amplas. A respeito desses contextos mais amplos, apresente, se quiser, dados sobre desemprego no mundo, no Mercosul, no Brasil e no Estado de São Paulo. Qualifique o objeto de sua pesquisa. Isto é, apresente os principais indicadores de São Bernardo do Campo, destacando-o em suas especificidades, mas também inserindo-o em algo maior como dentro do Estado, do país e da região. Nessa primeira parte, conceitue desemprego para livrar o tema de quaisquer ambigüidades e interpretações errôneas. Veja que o conteúdo da primeira parte é 55 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] essencialmente informativo e que essa informação é fruto de seu trabalho pessoal de mapeamento do tema e de levantamento de dados. b) Conteúdo da segunda parte: esse é o espaço para você colocar o resultado de sue esforço de levantamento bibliográfico, de leituras e de anotações, e por isso mesmo é uma parte essencialmente teórica. Apresente o resultado de pesquisas a que você teve acesso e analise-o, usando a autoridade acadêmica e científica de autores e pesquisadores renomados, por meio de citações que reforcem seus argumentos. Discuta e concorde ou discorde dos autores, de preferência colocando os autores para discutir entre si pelo confronto de suas opiniões. A regra, para o enriquecimento dessa parte, consiste em nunca utilizar um único autor. Escolha dois ou mais, três de preferência. Aplique os procedimentos de análise, comparação e síntese às opiniões, valorizando a polêmica que inevitavelmente existe no universo dos especialistas. c) Conteúdo da terceira parte: com os procedimentos anteriormente indicados, o aluno estará a meio caminho do domínio do estado da arte sobre a questão do desemprego você traçou o panorama em que acontece o problema; você apresentou dados que permitem uma visão quantitativa do problema; você atualizou a discussão sobre o problema com a análise, a síntese e a comparação das opiniões dos principais especialistas sobre a questão. Agora você pode discutir a questão específica de sua pesquisa, que é o desemprego no município de São Bernardo do Campo, buscando responder às seguintes indagações: Analisando o desemprego no mundo, no Mercosul, no Brasil e no Estado de São Paulo, que são os contextos mais amplos nos quais o município está inserido, é possível encontrar alguma regularidade, isto é, alguma lei geral que norteie esse processo? 56 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] De acordo com as características específicas do município estudado, é possível identificar algum fator que seja também específico da região? Amparado nos autores escolhidos, que teorias conseguem explicar o fato, seja ele uma lei geral do desemprego ou a situação específica do município em estudo? Identificadas as evidências que permitem confirmar ou negar as hipóteses inicialmente sugeridas na fase de elaboração do projeto de pesquisa, você pode incorporar outros elementos e dados coletados, como depoimentos de pessoas locais ou respostas dadas em entrevistas, e até mesmo estabelecer relações entre as evidências identificadas e outros aspectos de suas próprias observações e de seus dados. Note que a característica básica dessa terceira parte é ser essencialmente analítica. Suas posições não podem ainda ser pessoais, pois você só poderá afirmar ou negar, concordar ou discordar a partir de evidências contempladas no próprio texto. O encerramento dessa parte e, por conseguinte, do desenvolvimento deve enunciar sua posição teórica diante dos dados coletados, dos estudos, das opiniões dos especialistas e das evidências. Essa afirmação de sua posição pode ser entendida como o seu ganho intelectual, o saldo de seu aprendizado e sua efetiva contribuição ao estudo do tema. Essa produção intelectual o autoriza a falar com propriedade e segurança sobre o tema e geralmente marca a posição do autor no universo dos especialistas que se ocupam de tal tema, principalmente em estudos feitos em nível de mestrado e de doutorado. 7.2.3 – CONCLUSÃO: CONCEITO E REQUISITOS INDISPENSÁVEIS A conclusão deve abrir sempre nova página com o cabeçalho em letras versais na parte superior da página. Quando houver várias conclusões, numeradas, intitula-se no plural: conclusões. Conclusão é: “Ato de concluir. Conseqüência de um argumento; dedução, ilação” (MICHAELIS, 2000). O homem comum apresenta sua idéia sob a forma de afirmação, que pode ser positiva ou negativa. O pesquisador apresenta-a sob a forma de conclusão. A conclusão corresponde à seção que arremata o trabalho. Constitui seu ponto de chegada, a resposta ao tema anunciado na introdução. A conclusão governa a 57 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] elaboração das partes, orienta e estrutura seu desenvolvimento. Ela está presente em todo o trabalho, sob a forma de hipótese plausível na introdução, que se confirma aos poucos com o desenvolvimento, transformando-se, finalmente, em certeza ou na mais provável das hipóteses. A conclusão não é uma idéia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao trabalho; não é tampouco um simples resumo final. O assunto anunciado e desenvolvido desemboca na conclusão, decorrência lógica e natural de tudo o que a precede. Relembre que, ao delimitar o tema de sua monografia, você escolheu uma abordagem, dentre tantas possíveis, e na justificativa apresentou as razões para a escolha de determinado tema, e não de outro. Lembre-se de que ao formular o problema da pesquisa você o dimensionou, mostrando em que estágio o encontrou. Depois elaborou uma ou mais hipóteses preliminares para explicá-lo. E mais: nos objetivos gerais e específicos você se propôs a alcançar certas metas e para isso escolheu uma metodologia e algumas técnicas de pesquisa, tendo posteriormente selecionado uma bibliografia que, naquele momento, você entendia como suficiente para dar conta de confirmar ou não sua hipótese. Todo o corpo do trabalho, enfim, esteve voltado para responder às questões iniciais elencadas no projeto de pesquisa. Ao final da pesquisa, o aluno precisará fechar todas essas questões em aberto, e ele fará isso na conclusão: Sua pesquisa resolve o problema originalmente escolhido, amplia a compreensão sobre ele, mostra novas relações ou mesmo descobre outros problemas? Sua hipótese, ao final, foi confirmada ou refutada pela pesquisa? Os objetivos gerais e específicos previamente definidos foram alcançados? A metodologia de trabalho escolhida foi suficiente para a consecução de seus propósitos? Houve necessidade, ao longo da pesquisa, de adotar outras técnicas ou procedimentos para lidar com situações não previstas? A bibliografia previamente selecionada correspondeu às expectativas? Da leitura, análise, comparação e síntese de diferentes autores sobre o mesmo tema, qual é sua postura diante dele, terminado o trabalho de pesquisa? 58 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] A conclusão é, portanto, um resumo marcante dos argumentos principais, é síntese interpretativa dos elementos dispersos pelo trabalho, ponto de chegada das deduções lógicas baseadas no desenvolvimento. Deve levar à convicção os hesitantes, se porventura ainda houver, e isso você só conseguirá se reservar para a conclusão aquilo que seja realmente essencial para a compreensão do tema. Isso quer dizer que o resumo conclusivo deve ser enérgico, breve, exato, firme e convincente. Aproveite esse momento para seu primeiro exercício de autonomia intelectual, pois na conclusão você pode anunciar seu próprio ponto de vista com a certeza de que ele possui uma fundamentação teórica e científica. Sendo resultado de seu trabalho, justo é que traga sua marca pessoal. O ponto de vista do autor aparece sempre que ele chega a uma conclusão original, a um conhecimento novo ou simplesmente a uma nova reformulação de conhecimentos existentes. Há, porém, diversas maneiras de exprimir esse ponto de vista: a perícia está em valorizar magistralmente o próprio trabalho, apresentando suas conclusões como precioso fruto dos esforços despendidos. O autor pode também enriquecer seu trabalho, alargando a idéia geral para além de seu próprio ponto de vista, abrindo novas perspectivas, vislumbrando novas pesquisas, apontando relações do assunto com outros ramos do conhecimento. Veja abaixo um modelo de estrutura do trabalho de conclusão, retirado de BECKER e MELLO (2006): Preliminares: Folha de rosto Sumário Agradecimentos Texto: 1. INTRODUÇÃO 1.1 – Caracterização da organização (local de realização do estágio)10 e do ambiente. 1.2 – Formulação do problema ou oportunidade; inclui: (a) dados e/ou informações que dimensionam a problemática; e (b) limites definidos para tratar o problema. 1.3 – Objetivos: (a) geral (define o propósito da pesquisa); e (b) específicos (operacionalizam o objetivo geral). 1.4 – Justificativa; inclui: (a) oportunidade do projeto; (b) viabilidade do projeto; e (c) sua importância. 10 Esse tópico de local de realização do estágio só será inserido caso a sua monografia fale sobre um tema que surgiu com a experiência do estágio. 59 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 1.5 – Comentários justificando alterações nos itens acima, em relação ao projeto (se aplicável). 2. REVISÃO DA LITERATURA (É uma versão atualizada da seção homônima do projeto.) Implica: (a) levantar conceitos teóricos, métodos e instrumentos de análise; (b) rever trabalhos ou aplicações semelhantes em outros contextos; (c) descrever, comparar, criticar a literatura sobre o tema. 3. METODOLOGIA (Relata o método que foi de fato utilizado para a coletas e análise de dados.): 3.1 – Plano ou delineamento da pesquisa 3.2 – Definição da área ou população-alvo do estudo 3.3 – Plano de amostragem (se aplicável) 3.4 – Plano de coleta de dados 3.5 – Instrumentos de coleta de dados 3.6 – Cronograma desenvolvido e comentários sobre o processo da coleta de dados. Inclui relato de qualquer desvio em relação ao projeto original, tendo em vista dificuldades de acesso aos dados ou tempo para concluir o planejado. 4. ANÁLISE (Trata da apresentação e análise dos resultados.) 4.1 – Descrição dos dados coletados (situação atual ou sistema existente) 4.2 – Análise (identificação de problemática existente, a partir da análise dos dados coletados) – pode envolver comparação dos resultados com outros projetos ou situações – normalmente, envolve uso de tabelas e gráficos ou, ainda, de estatísticas – idealmente, os resultados são analisados à luz de modelos teóricos antes apresentados na revisão da literatura 5. CONCLUSÕES, PROPOSTAS E SUGESTÕES Dependendo do tipo de projeto desenvolvido, o conteúdo do capítulo poderá tratar de: – resumo e conclusões de uma pesquisa – apresentação de um plano/programa – sugestões para a melhoria de um plano/programa – sugestões para a implementação de um plano/programa. Para qualquer tipo, deverá constar um item final, enfatizando a importância e validade do estudo para o estagiário e a organização. Referências – ANEXOS – BIBLIOGRAFIA 60 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 8 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO: NORMAS DA ‘ABNT’11 - Digitação do Documento Os trabalhos devem ser apresentados de modo legível, através de documento digitado em espaço dum e meio (1,5) (exceto as referências bibliográficas, que devem ter espaço um (1), ocupando apenas o anverso da página. Recomenda-se a utilização da fonte arial ou times new roman, tamanho 12. Tipos itálicos são usados para nomes científicos e expressões estrangeiras. - Alinhamento do Documento Para efeito de alinhamento, não devem ser usados barras, travessões, hífens, asteriscos e outros sinais gráficos na margem lateral direita do texto, que não deve apresentar saliências e reentrâncias. - Impressão do Documento A impressão deve ser feita exclusivamente em papel branco formato A4, de boa qualidade, que permita a impressão e leitura. - Margens do Documento As margens devem permitir encadernação e reprodução corretas. Margem esquerda: 3.0 cm Margem direita : 2.0 cm Margem superior : 3.0 cm Margem inferior : 2.0 cm 11 O conteúdo desse capítulo 9 foi retirado na íntegra de: “Normas da ABNT. Disponível em: www.admbrasil.com.br/abnt.htm. Acesso em: 16/04/2007.” 61 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] - Numeração das Páginas do Documento As páginas devem ser numeradas sequencialmente a partir da Introdução, em algarismos arábicos, no canto superior direito, sem traços, pontos ou parênteses. A numeração das páginas preliminares (a partir da página de rosto até a última folha antes do texto) é opcional. Caso sejam numeradas, utilizar algarismos romanos representados por letras minúsculas (i, ii, iii, iv, etc.). Em se fazendo tal opção, a página de rosto (página i), não deve ser numerada, iniciando-se a numeração na página seguinte (página ii). Havendo anexos, suas páginas devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento a do texto principal. - Capa Deve constar autoria, título do trabalho, local e data, dispostos a critério do autor. A inclusão de outros elementos é opcional. Autor Título Local Data FIGURA 1 – Capa - Errata 62 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Lista de erros de natureza tipográfica ou não com as devidas correções, indicando-se as páginas e/ou linhas em que aparecem. Impressa quase sempre em retalho de papel avulso ou encartado, acrescido ao volume depois de impresso. ERRATA Onde se lê Leia-se Página Parágrafo Linha Material de referência conclusão 132 1 3 Pretextuais pré-textuais 156 2 1 FIGURA 2 – Errata - Página de Rosto Elementos necessários para identificação do documento, ou seja: nome completo do autor; título do trabalho e subtítulo quando houver, separado do título por dois pontos (quando for explicativo) ou ponto e vírgula (quando se tratar de subtítulo complementar); nome da instituição e departamento; indicação da disciplina ou área de concentração (dissertações de mestrado, teses de doutorado ou livre docência, etc.); nome do orientador (monografias, dissertações e teses); local e data. 63 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Logotipo da universidade Autor Título Trabalho referente a disciplina de___________ do_____ período do Curso de___________da "sua universidade" Orientado professor(a)______________ Realizado pelo(s) aluno(s)___________ Local Data FIGURA 3 - Página de rosto - Ficha Catalográfica Localizada no verso da página de rosto e na parte inferior da mesma. Deverá ser elaborada pelo profissional bibliotecário de sua Unidade ou da Biblioteca Central, objetivando a padronização das entradas de autor, orientador e definição dos cabeçalhos de assunto à partir de índices de assuntos reconhecidos internacionalmente. FICHA CATAL0GRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP 64 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Velásquez Alegre, Delia Perla Patricia V541t Técnicas básicas para interações 3D através do mouse. / Delia Perla Patricia Velásquez Alegre.-Campinas, SP: [s.n.], 1997. Orientadora: Wu Shin-Ting Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná Curitiba, Universidade de Engenharia Elétrica e de Computação. 1. Interação homem-máquina. 2. Interfaces gráficas de usuário (Sistema de computador). I. Wu Shin-Ting. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação. III. Título. FIGURA 4 - Ficha catalográfica - Folha de Aprovação Deve conter data de aprovação, nome completo e local para assinatura dos membros da banca examinadora. Outros dados como notas, pareceres, etc., podem der incluídos nesta página a critério da instituição. 65 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Formaram parte da Banca: Maria Cristina Ferreira de Oliveira ICMSC - Instituto de Ciências Matemáticas de São Carlos - USP Léo Pini Magalhães Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Wu Shin-Ting Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP FIGURA 5 - Folha de aprovação - Epígrafe (opcional) Esta página é opcional, tendo uma citação de um pensamento que, de certa forma, embasou ou inspirou o trabalho. Pode ocorrer, também, no início de cada capítulo ou partes principais. "A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos..." (Monteiro Lobato) FIGURA 6 - Epígrafe 66 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] - Dedicatória (opcional) Página opcional, tendo um texto, geralmente curto, no qual o autor presta alguma homenagem ou dedica o seu trabalho a alguém. A todos os médicos veterinários que trabalham no meio rural, desenvolvendo a pecuária e aumentando sobremaneira a produção de alimentos. FIGURA 7 - Dedicatória - Agradecimentos (opcional) Página opcional, podendo ser incluídas aqui referências a Instituições ou pessoas que subvencionaram o trabalho. Este trabalho é para Susana, Rachel, Vera Lúcia e Albertina que colaboraram com a realização deste, incentivando-me. FIGURA 8 - Agradecimentos - Sumário Consiste na enumeração dos capítulos do trabalho, na ordem em que aparecem no texto, com a página inicial de cada capítulo. Deve ser elaborado de acordo com a Norma ABNT/NBR-6027. Os capítulos devem ser numerados em algarismos arábicos, a partir da Introdução até as Referências Bibliográficas. 67 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Havendo subdivisão nos capítulos, deve ser adotada a numeração progressiva, sempre em número arábico, de acordo com a Norma ABNT/NBR-6024. Não deve ser usado algarismo romano, nem letra. SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ............................................. ii RESUMO ................................................................ iv 1 INTRODUÇÃO ................................................... 5 2 REVISÃO DE LITERATURA............................. 7 3 MATERIAL E MÉTODO.................................... 8 3.1 Material ............................................................. 8 4 RESULTADOS ................................................... 9 4.1 Psicológicos ...................................................... 10 4.2 Pedagógicos ...................................................... 11 5 DISCUSSÃO ....................................................... 12 6 CONCLUSÕES ................................................... 12 7 ANEXOS E APÊNDICES .................................. 13 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................ 15 FIGURA 9 – Sumário - Listas Rol de elementos ilustrativos ou explicativos. Dependendo das características do documento podem ser incluídas as seguintes listas: a. lista de ilustrações - relação de tabelas, gráficos, fórmulas, lâminas, figuras (desenhos, gravuras, mapas, fotografias), na mesma ordem em que são citadas no texto, com indicação da página onde estão localizadas; 68 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] b. lista de abreviaturas e siglas - relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras a que correspondem, escritas por extenso; c. lista de notações - relação de sinais convencionados, utilizados no texto, seguidos dos respectivos significados. Item a: LISTA DE FIGURAS 1 Curvatura do movimento ...................................... 5 2 Vistas ortogonais .................................................. 6 3 Correspondência entre movimentos ..................... 7 4 Representações gráficas ........................................ 7 5 O cursor tridimensional ......................................... 8 6 O cursor skitter e os jacks ..................................... 10 7 Controladores virtuais ........................................... 11 8 Manipulação direta ................................................ 12 Item b: Ibidem ou Ibid. - na mesma obra Idem ou Id. - do mesmo autor Op. cit - na obra citada Loc. cit - no lugar citado Et seq. - seguinte ou que se segue Passim - aqui e ali; em vários trechos ou passagens Cf. - confira - Resumo em Português Deve ser precedido de referência bibliográfica do autor e elaborado de acordo com a Norma ABNT/NBR-6028 69 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Redigido pelo próprio autor do trabalho, o resumo deve ser a síntese dos pontos relevantes do texto, em linguagem clara, concisa e direta. Deve ressaltar o objetivo, o resultado e as conclusões do trabalho, assim como o método e a técnica empregada em sua elaboração. O resumo redigido na língua original do trabalho precede o texto, porém a tradução para o inglês "Abstract" deve ser inserido logo após o texto, antes da lista de referências bibliográficas. ALMEIDA, E. L. Reconstrução do esôfago cervical de cães. [Cervical esophagus reconstruction in dogs]. São Paulo, 1996. 71 p. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) - Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo. TEXTO DO RESUMO FIGURA 10 - Resumo em português - Texto Como todos os trabalhos científicos, a organização do texto deve obedecer a uma sequência, ou seja, Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, dividindo-se em capítulos conforme a natureza do assunto. Utiliza-se comumente a seguinte estrutura : -Introdução Nesta primeira parte do texto o autor deve incluir: apresentação geral do assunto do trabalho; definição sucinta e objetivo do tema abordado; justificativa sobre a escolha do tema e métodos empregados; 70 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] delimitação precisa das fronteiras da pesquisa em relação ao campo e períodos abrangidos; esclarecimentos sobre o ponto de vista sob o qual o assunto será tratado; relacionamento do trabalho com outros da mesma área; objetivos e finalidades da pesquisa, com especificação dos aspectos que serão ou não abordados; a proposição poderá ser apresentada em capítulo à parte. Revisão de Literatura É a apresentação do histórico e evolução científica do aspecto do trabalho, através da citação e de comentários sobre a literatura considerada relevante e que serviu de base à investigação. Todos os autores citados na revisão de literatura ou em qualquer das partes do trabalho deverão constar da listagem final das Referências Bibliográficas. - Material e Método É a descrição precisa dos métodos, materiais e equipamentos utilizados, de modo a permitir a repetição dos ensaios por outros pesquisadores. Técnicas e equipamentos novos devem ser descritos com detalhes; entretanto, se os métodos empregados já forem conhecidos, será suficiente a citação de seu autor. A especificação e origem do material utilizado poderá ser feita no próprio texto ou em nota de rodapé. Os testes estatísticos empregados e o nível de significância adotado também devem ser referidos neste capítulo. - Resultados É a apresentação, em ordem lógica, dos resultados obtidos, sem interpretações pessoais. Podem ser acompanhados por gráficos, tabelas, mapas e figuras. - Discussão Neste capítulo, os resultados da pesquisa são analisados e comparados com os já existentes sobre o assunto na literatura citada. São discutidas suas possíveis 71 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] implicações, significados e razões para concordância ou discordância com outros autores. A discussão deve fornecer elementos para as conclusões. - Conclusões Devem ser fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo deduções lógicas e correspondentes, em número igual ou superior aos objetivos propostos. Refere-se à introdução, fechando-se sobre o início do trabalho. - Abstract (Resumo em inglês) Opcional para alguns tipos de trabalho. A tradução do resumo para o inglês "Abstract" deve ser inserido logo após o texto e precedido de referência bibliográfica do autor. Como exemplo ver item 2.11, tendo como ressalva na referência bibliográfica a inversão do título, ou seja, citar primeiramente o título em inglês e, posteriormente, entre colchetes, o título em português. - Anexos e Apêndices Anexos são partes integrantes do texto, mas destacados deste para evitar descontinuidade na sequência lógica das idéias. Constituem suportes elucidativos e ilustrativos para a compreensão do texto. Apêndices constituem suportes elucidativos e ilustrativos, porém não essenciais à compreensão do texto. Quando existe a necessidade, no trabalho, de vários anexos ou apêndices, cada um deles deve ter no alto da página a indicação em letras maiúsculas, seguido do número correspondente em algarismo arábico. No texto devem ser citados entre parênteses. Alto da página - ANEXO 3 ou APÊNDICE 3 No texto - (ANEXO 3) ou (APÊNDICE 3) - Glossário (opcional) Lista de palavras pouco conhecidas, de sentido obscuro ou de uso muito restrito, acompanhadas de definição. 72 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] GLOSSÁRIO AUTOR - Pessoa a quem cabe a responsabilidade principal pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de uma obra. CITAÇÃO - Menção de uma informação obtida em outra fonte. NOTAS DE RODAPÉ - Anotações colocadas ao pé da página, com a finalidade de transmitir informações que não foram incluídas no texto. RESENHA - Síntese ou comentário sobre uma obra científica, literária, etc. Pode limitar-se a uma exposição objetiva do texto resenhado ou tecer comentários úteis e interpretativos. Em geral é realizada por um especialista que domina o assunto. RESUMO - Apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. FIGURA 11 - Glossário. - Referências Bibliográficas São o conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de materiais. As referências bibliográficas são apresentadas em forma de listagem de acordo com um sistema de chamada adotado. Para a elaboração das referências bibliográficas utilizar a norma ABNT/NBR 6023. - Índice (opcional) Lista de entradas ordenadas, segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto. O índice deve ser elaborado de acordo com a norma ABNT/NBR 6034. O arranjo do índice pode ser classificado em: a. alfabético - quando as entradas são ordenadas alfabeticamente; b. sistemático - quando as entradas são ordenadas de acordo com um sistema de classificação de assunto; 73 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] c. cronológico - quando as entradas são ordenadas cronologicamente. ÍNDICE DE AUTORES ABATH, Rachel Joffily, 357 ALMEIDA, Iêda Muniz de, 65 ÍNDICE SISTEMÁTICO MONTAGEM Ver Arte-final ALMEIDA, Marina dos Santos, 27 ALVES, Marília Amaral Mendes, 149 BANDEIRA, Suelena Pinto, 65 MONTAGEM DO LIVRO processo de, 596-598 MORAIS, Rubens Borba de, 27, 31 NEOLOGISMO BLANK, Veleida Ana, 399 uso do, 73-74 BORGES, Stella Maris, 167 NORMALIZAÇÃO CABRAL, Anna Maria Rezende, 553 Abreviaturas, 94 CARIBÉ, Eliane e Rita FIGURA 12 - Índice de autores. FIGURA 13 - Índice sistemático. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS - APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÃO NO TEXTO - Citação É a menção no texto de uma informação colhida de outra fonte. Pode ser direta, indireta e citação de citação. - Citação Direta 74 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] É a cópia exata ou transcrição literal de outro texto (leis, decretos, regulamentos, fórmulas científicas, palavras ou trechos de outro autor). O tamanho de uma citação determina sua localização no texto da seguinte forma: a. até três linhas deve ser incorporada ao parágrafo, entre aspas duplas. De acordo com as conclusões de SINHORINI (1983), "O BCG induz à formação de lesão granulomatosa, quer na ausência, quer na presença da hipersensibilidade específica detectada pelo PPD" (p.13). b. citação mais longa deve figurar abaixo do texto, em bloco recuado das margens laterais, com espaço datilográfico menor (espaço 1) e letra com a fonte 10. Valendo-se de várias hipóteses, SINHORINI (1983) constata que ...o granuloma tuberculoso é constituído por dois sistemas independentes: o macrofágico que controlaria tanto o escape do antígeno da lesão, quanto o crescimento bacteriano na mesma, e o imunocompetente, representado pela hipersensibilidade e expresso morfologicamente pelo halo de células jovens... (p.15). Observação: A indicação da fonte entre parênteses pode suceder a citação, para evitar interrupção na seqüência do texto. Após esse primeiro isolamento, na Inglaterra, vários casos têm sido descritos em países como Canadá, Noruega, Holanda, Dinamarca e Finlândia (GLAZEBROOK et al, 1973, JONES, 1981). - Citação Indireta É a expressão da idéia contida na fonte citada, sem transcrição, dispensando o uso de aspas duplas. A hipertermia em bovinos Jersey foi constatada quando a temperatura ambiente alcançava 29.5° C (RIECK & LEE, 1948). 75 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Pode-se simplificar a citação, mencionando-se apenas o número recebido pelo documento na listagem bibliográfica. Esse procedimento pressupõe que a listagem bibliográfica já possua numeração definitiva, uma vez que inserções posteriores exigem mudança em toda a numeração. CAMPOS (15) destacou, em estudo sobre o atendimento aos menores em São Paulo, que as creches comunitárias expressam uma relação diferente dos orfanatos... - Citação de Citação É a menção de um documento ao qual não se teve acesso. Pode ser citado na lista final de referências bibliográficas ou em nota de rodapé, sendo obrigatória a indicação da página de onde foi extraída a informação. Esse tipo de citação só deve ser utilizado nos casos em que realmente o documento original não pode ser recuperado (documento muito antigo, dados insuficientes para a localização do material, etc.). No texto deve ser indicado o sobrenome do(s) autor(es) do documento não consultado, seguido da data e da expressão apud e do sobrenome do(s) autor(es) da referência fonte. . MUELLER (1858) apud REIS, NOBREGA (1956) chegou às mesmas conclusões... ou . (MUELLER, 1858 apud REIS, NOBREGA, 1956) As entidades coletivas podem ser citadas pelas respectivas siglas, desde que na primeira vez em que forem mencionadas apareçam por extenso. World Health Organization - WHO (1985) 76 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] O documento original não consultado também pode ser citado em nota de rodapé. MARINHO1 , apud MARCONI & LAKATOS (1982), apresenta a formulação do problema como uma fase de pesquisa, que, sendo bem delimitado, simplifica e facilita a maneira de conduzir a investigação. __________________________ 1 MARINHO, Pedro. A pesquisa em ciências humanas. Petrópolis : Vozes, 1980. Na listagem bibliográfica, devem-se incluir os dados completos do documento efetivamente consultado. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982. Observação: Quando não se usa a nota de rodapé, devem-se incluir duas entradas na listagem bibliográfica: a. uma relacionando o documento não consultado seguido da expressão apud (citado por) e os dados do documento efetivamente consultado; b. outra entrada será feita relacionando apenas os dados da fonte consultada. - Citação de Informações Quando obtidas através de canais informais, como comunicações pessoais, anotações de aulas, eventos não impressos (conferências, palestras, seminários, congressos, simpósios, etc.) devem ser mencionadas em nota de rodapé. SILVA (1983) afirma que o calor se constitui... FUKUSHIMA, HAGIWARA (1979) realizaram o estudo do proteinograma... ____________________________ SILVA, H.M. Comunicação pessoal. Belo Horizonte : Escola 77 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, 1983. FUKUSHIMA, R.S., HAGIWARA, M.K. Eletroforese em acetato de celulose das proteínas séricas de cães com ascite. (Apresentado à Conferência Anual da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, 34. São Paulo,1979). - Documentos anônimos, documentos considerados no todo, ou de autoria coletiva Documentos cuja entrada no texto é pelo título (obras anônimas, eventos considerados no todo, etc.) a citação deve ser feita com as primeiras palavras deste título, na forma em que se apresentam na lista de referências bibliográficas. Se o título for muito longo, ou tiver subtítulo, devem ser usadas reticências. a. Título - De acordo com a ENCICLOPÉDIA de Tecnologia... (1972). b. Entidades - Conforme os dados do ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL (1973), o número de brasileiros cursando o segundo grau não alcançou os índices esperados. OU (ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL, 1973) c) Evento - No SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS... (1990). - Trabalhos não publicados a. Trabalhos não publicados e em fase de elaboração devem ser mencionados apenas em nota de rodapé. FIGUEIRA (1977)* estudando a ação dos universitários... _________________________________ *FIGUEIRA, Marcelo Lima. População regional. São Paulo : Faculdade de Educação - Unicamp, 1977. 78 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] b. Trabalhos comprovadamente em fase de impressão devem ser mencionados na lista final de referências bibliográficas, com a informação (No prelo) precedendo o título do periódico, volume, número e ano. - Apresentação de autores no texto Deve obedecer aos seguintes critérios: a. Um autor Indicação do SOBRENOME do autor em maiúsculas, seguido da data. HAFEZ (1973) aconselha a medicação D. OU Em pesquisa anterior (HAFEZ, 1973) aconselha a medicação D. b. Dois autores Indicação dos dois autores unidos por "&", acrescidos da data. RIECK & LEE (1948) ou (RIECK & LEE, 1948) c. Três ou mais autores Indicação do primeiro autor, seguido da expressão “et al.” acrescido da data. JARDIM et al. (1965) ou (JARDIM et al., 1965) d. Na citação de vários trabalhos de diferentes autores, mencionam-se todos os autores, separados pelas notações do sistema de chamada adotado. A citação de vários autores poderá obedecer a ordem alfabética ou cronológica, quando citados em bloco no texto. A opção por qualquer dos critérios deverá ser seguida uniformemente, em toda a matéria. 79 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] ORDEM ALFABÉTICA ATANASIU (1967), KING (1965), LIRONS (1955), THOMAS (1973) Ou (ATANASIU, 1967, KING, 1965, LIRONS, 1955, THOMAS, 1973) ORDEM CRONOLÓGICA LIRONS (1955), KING (1965), ATANASIU (1967), THOMAS (1973) Ou (LIRONS, 1955, KING, 1965, ATANASIU, 1967, THOMAS, 1973) - Sistema de chamada para apresentação de citações no texto O método escolhido para a identificação das citações deve ser observado ao longo de todo o trabalho. Os sistemas podem ser: - Sistema alfabético (autor-data) As citações devem ser indicadas pelo SOBRENOME do autor, seguido da data de publicação do trabalho. A lista final de referências bibliográficas deve ter arranjo alfabético. LUCCI et al (1976) constata que a ingestão de alimentos... As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em um mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após a data, e sem espacejamento. a) CARRARO (1973a) ou (CARRARO, 1973a) CARRARO (1973b) ou (CARRARO, 1973b) 80 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] b) VOLKMAN & GOWANS (1965a) ou (VOLKMAN & GOWANS, 1965a) VOLKMAN & GOWANS (1965b) ou (VOLKMAN & GOWANS, 1965b) Quando houver coincidências de autores com o mesmo sobrenome e data, acrescentar as iniciais de seus prenomes. a) BARBOSA, N. (1958) ou (BARBOSA, N., 1958) b) BARBOSA, R. (1958) ou (BARBOSA, R., 1958) - Sistema numérico As citações dos documentos devem ser indicadas por chamadas numéricas colocadas meia entrelinha acima do texto. O nome do autor pode, em alguns casos, não ser mencionado. É citada apenas a idéia ou pensamento, seguido da indicação numérica da citação. De acordo com CERVO & BERVIAN, "documento é toda base de conhecimento fixado materialmente".7 A lista final de referências bibliográficas deve ter arranjo numérico, seguindo a ordem em que as citações aparecem no texto. - Sistema alfanumérico Neste sistema, as referências bibliográficas são alfabetadas e numeradas previamente. As chamadas no texto recebem o número respectivo dessa ordem pré-estabelecida. GOMES3 , concordando com AZEVEDO1 e BARBOSA2 ... - Notas de rodapé As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos ou tecer considerações que não devam ser incluídas no texto para não interromper a seqüência lógica da leitura. Essas notas devem ser reduzidas ao mínimo e situar-se em local tão próximo quanto 81 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] possível do texto, não sendo aconselhável reuni-las todas no fim de capítulos ou da publicação. Para se fazer a chamada das notas de rodapé, usam-se algarismos arábicos, na entrelinha superior sem parênteses, com numeração consecutiva para cada capítulo ou parte, evitando-se recomeçar a numeração a cada página. Quando as notas forem em número reduzido, pode-se adotar uma seqüência numérica única para todo o texto. Há dois tipos de notas de rodapé: a. Bibliográficas São em geral utilizadas para indicar fontes bibliográficas permitindo comprovação ou ampliação de conhecimento do leitor; para indicar textos relacionados com as afirmações contidas no trabalho, remeter o leitor a outras partes do mesmo trabalho ou outros trabalhos para comparação de resultados e para incluir a tradução de citações feitas em língua estrangeira ou indicar a língua original de citações traduzidas. b. Explicativas Quando se referem a comentários e/ou observações pessoais do autor. Por exemplo, concessão de bolsas e auxílios financeiros para realização de pesquisa, nomes de instituições, endereços, títulos do autor e outros. São também usadas para indicar dados relativos à comunicação pessoal, a trabalhos não publicados e a originais não consultados, mas citadas pelo autor. Apresentação As notas de rodapé se localizam na margem inferior da mesma página onde ocorre a chamada numérica recebida no texto. São separadas do texto por um traço contínuo de 4 cm e datilografadas em espaço simples e com caracteres menores do que o usado para o texto. Usa-se espaço duplo para separar as notas, entre si. ¹ Essa nova incursão da rede de supermercados foi amplamente anunciada em TENDÊNCIAS ... (1979); 82 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] - Notas Bibliográficas As notas de indicação bibliográfica devem conter o sobrenome do autor, data da publicação e outros dados para localização da parte citada. Essa orientação aplica-se também a artigos de publicações periódicas. É muito comum o uso de termos, expressões e abreviaturas latinas, embora as mesmas devam ser evitadas, uma vez que dificultam a leitura. Em alguns casos é preferível repetir tantas vezes quantas forem necessárias as indicações bibliográficas. Essas expressões só podem ser usadas quando fizerem referência às notas de uma mesma página ou em páginas confrontantes. ¹ NÓBREGA, 1962. p. 365. ² WIRTH, 1977. v. 2, p. 7. - Notas explicativas Algumas notas apenas fazem considerações suplementares e não devem integrar o texto por interromper a seqüência do pensamento. ¹ O verbo “pagar-se” aparece aqui nominalizado. Estaríamos, então, diante de construção de complemento nominal. - Apresentação de Ilustrações (figuras, quadros, tabelas e gráficos) A apresentação de quadros e tabelas está regida pelas "Normas de Apresentação Tabular" (IBGE, 1979) e Normas de Apresentação Tabular (Conselho Nacional de Estatística, 1958). Entretanto, ampliando nossa busca bibliográfica, encontramos em fontes não oficiais conceitos que podem auxiliar na elaboração destes elementos e que julgamos úteis. 83 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 1. Figuras São desenhos, gráficos, fotografias, fotomicrografias, etc., com os respectivos títulos precedidos da palavra FIGURA e do número de ordem em algarismo arábico. No texto devem ser indicados pela abreviatura Fig., acompanhada do número de ordem. 2. Quadros Denomina-se quadro a apresentação de dados de forma organizada, para cuja compreensão não seria necessária qualquer elaboração matemático-estatística. A identificação se fará com o nome do elemento QUADRO, seguido do número de ordem em algarismo romano. 3. Tabelas São conjuntos de dados estatísticos, associados a um fenômeno, dispostos numa determinada ordem de classificação. Expressam as variações qualitativas e quantitativas de um fenômeno. A finalidade básica da tabela é resumir ou sintetizar dados de maneira a fornecer o máximo de informação num mínimo de espaço. Na apresentação de uma tabela devem ser levados em consideração os seguintes critérios: toda tabela deve ter significado próprio, dispensando consultas ao texto; a tabela deve ser colocada em posição vertical, para facilitar a leitura dos dados. No caso em que isso seja impossível, deve ser colocada em posição horizontal, com o título voltado para a margem esquerda da folha. Se a tabela ou quadro não couber em uma página, deve ser continuado na página seguinte. Neste caso o final não será delimitado por traço horizontal na parte inferior e o cabeçalho será repetido na página seguinte. não devem ser apresentadas tabelas nas quais a maior parte dos casos indiquem inexistência do fenômeno. - Gráficos Depois de sintetizados em tabelas, os dados podem ser apresentados em gráficos, com a finalidade de proporcionar ao interessado uma visão rápida do comportamento do 84 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] fenômeno. Serve para representar qualquer tabela de maneira simples, legível e interessante, tornando claros os fatos que poderiam passar despercebidos em dados apenas tabulados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 Conceito Denomina-se referência bibliográfica “o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (NBR 6023: 2002, item 3.9). Ordem de apresentação das referências bibliográficas As referências bibliográficas podem ser apresentadas em ordem alfabética, cronológica e sistemática (por assunto). Entretanto, a ABNT sugere a adoção da ordenação alfabética crescente. As referências bibliográficas podem ser colocadas: em listas após o texto, antecedendo os anexos; no rodapé; no fim do capítulo; antecedendo resumos, resenhas e recensões. NORMAS PARA NOTAÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Observe que o espacejamento, as margens, a pontuação e a utilização de maiúsculas, minúsculas e negrito são indicados na reprodução de cada exemplo. AUTORIA POR NÚMERO E TIPO DE AUTORES a) Um autor 12 As informações desse tópico foram retiradas de: CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. p. 132- 144. 85 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] SILVA, Roberto da. Os filhos do governo: a formação da identidade criminosa em crianças órfãs e abandonadas. São Paulo: Ática, 1997. 208 p. b) Dois autores: SÓDERSTEN, Bo; GEOFREY, Reed. International economics. 3. ed. London: MacMillan, 1994. 714 p. c) Três autores: NORTON, Peter; AITKEN, Peter; WILTON, Richard. Peter Norton: a bíblia do programador. Tradução de Geraldo Costa Filho. Rio de Janeiro: Campus, 1994. 640 p. d) Mais de três autores: BRITO, Edson Vianna et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro prático de consulta diária. 6. ed. Atual. São Paulo: Frase Editora, 1996. 288 p. Quando houver mais de três autores, indicar apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão „et al.‟. Em casos específicos, tais como projetos de pesquisa científica nos quais a menção dos nomes for indispensável para certificar autoria, é facultado indicar todos dos nomes. Quando se referenciam várias obras do mesmo autor, sendo ele o único, substitui-se o nome do autor das referências subseqüentes por um traço equivalente a seis espaços. e) Autor desconhecido: em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título. O termo „anônimo‟ não deve ser usado em substituição ao nome do autor desconhecido. PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilton Naveira e. Gerência da vida: reflexões filosóficas. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 212-213. f) Pseudônimo: quando o autor da obra adotar pseudônimo na obra a ser referenciada, este deve ser considerado para entrada. Quando o verdadeiro nome for conhecido, devese indicá-lo entre colchetes após o pseudônimo. ATHAYDE, Tristão de [Alceu Amoroso Lima]. Debates pedagógicos. Rio de Janeiro: Schmidt, 1931. g) Organizadores, compiladores, editores, adaptadores etc.: se a responsabilidade intelectual de uma obra for atribuída a um organizador, editor, coordenador etc., a 86 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] entrada da obra é feita pelo sobrenome, seguido das abreviaturas correspondentes entre parênteses. Quando houver mais de um organizador ou compilador, devem-se adotar as mesmas regras para autoria (ver itens “a” a “d”). BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1978. 293 p. h) Autor entidade coletiva (associações, empresas, instituições): em caso de obras de cunho administrativo ou legal de entidades independentes, entrar diretamente pelo nome da entidade, em caixa alta, por extenso, considerando a subordinação hierárquica, quando houver. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário astronômico. São Paulo, 1988. 279 p. v.9. Quando a entidade vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica que a identifica, a entrada é feita diretamente por seu nome. BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Bibliografia do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Divisão de Publicações, 1971. i) Órgãos governamentais: quando se tratar de órgãos governamentais da administração (Ministérios, Secretarias e outros), entrar pelo nome geográfico, em caixa alta (país, estado ou município), considerando a subordinação hierárquica, quando houver. BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional. Educação profissional: um projeto para o desenvolvimento sustentado. Brasília: SEFOR, 1995. 24 p. j) Tradutor, revisor, prefaciador, ilustrador etc.: Quando necessário, acrescentam-se informações referentes a outros tipos de responsabilidade logo após o título, conforme aparece no documento. SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolau Copérnico: 1473-1973. Tradução de Victor M. Ferreras Tascón; Carlos H. de Leon Aragon. Varsóvia: Editorial Científica Polaca, 1972. 82 p. AUTORIA POR TIPO DE OBRA 87 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] a) Monografias consideradas no todo: “Monografia é um estudo minucioso que se propõe a esgotar determinado tema relativamente restrito.” (FERREIRA, 1986). AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo. Número da edição. Local da publicação: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volume. (Série.) Notas. b) Dissertações e teses: AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes. Categoria (Grau e Área de concentração) – Instituição, local. RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180 p. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. c) Livros: DINA, Antonio. A fábrica automática e a organização do trabalho. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1987. 132 p. d) Dicionários: AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Delta, 1980. 5v. e) Atlas: MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Atlas celeste. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1984. 175 p. f) Biografias: SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolau Copérnico: 1473-1973. Tradução de Victor M. Ferreras Tascón; Carlos H. de León Aragon. Varsóvia: Editorial Científica Polaca, 1972. 82 p. g) Enciclopédias: THE NEW encyclopaedia britannica: micropaedia. Chicago: Encyclopaedia Britannica, 1986. 30 v. h) Bíblias: BÍBLIA. Língua. Título da obra. Tradução ou versão. Local: Editora, data de publicação. Total de páginas. Notas (se houver). 88 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueiredo. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica, 1980. Edição ecumência. i) Capítulos de livros: NOGUEIRA, D. P. Fadiga. In: FUNDACENTRO. Curso de médicos do trabalho. São Paulo, 1974. v. 3, p. 807-813. j) Verbetes de enciclopédias: MIRANDA, Jorge. Regulamento. In: POLIS enciclopédia Verbo da sociedade e do Estado: antropologia, direito, economia, ciência política. São Paulo: Verbo, 1987. v. 5, p. 266-278. k) Verbetes de dicionários: HALISSEY, Charles. Budismo. In: OUTHWAITE, William; BUTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento social do século XX. Traduçãode Eduardo Francisco Alves; Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. p. 47-49. l) Partes isoladas: MORAIS, Fernando. Olga. São Paulo: Alfa-Omega, 1979. p. 90, 91, 96, 175, 185. PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Ao final da referência indicam-se os títulos das séries e coleções e sua numeração tal qual figuram no documento, entre parênteses. a) Coleções: TÍTULO DO PERÍODICO. Local de publicação (cidade): Editora, ano do primeiro e do último volumes. Periodicidade. ISSN (quando houver). TRANSINFORMAÇÃO. Campinas: PUCCAMP, 1989-1997. Quadrimestral. ISSN: 0103-3786. b) Fascículos: TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora, volume, número, mês e ano. VEJA. São Paulo: Abril, v.31, n. 1, jan. 1998. c) Fascículos com título próprio: 89 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo. Local de publicação (cidade): Editora, volume, número, mês e ano. Notas. GAZETA MERCANTIL. Balanço anual 1997. São Paulo, n. 21, 1997. Suplemento. EXAME. Melhores e maiores: as 500 maiores empresas do Brasil. São Paulo: Abril, jul. 1997. Suplemento. d) Artigo de revista: AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista (abreviado ou não), Local de Publicação, número do volume, número do fascículo, páginas inicial-final, mês e ano. ESPOSITO, I. et al. Repercussões da fadiga psíquica no trabalho e na empresa. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 8, n. 32, p. 37-45, out./dez. 1979. e) Artigo de jornal: AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, Local de Publicação, dia, mês e ano. Número ou Título do caderno, seção ou suplemento e páginas inicial e final do artigo. Os meses devem ser abreviados de acordo com o idioma da publicação. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data. OLIVEIRA, W. P. de. Judô: educação física e moral. O Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 mar. 1981. Caderno de esporte, p.7. SUA safra, seu dinheiro. Folha de S. Paulo, São Paulo, 17 ago. 1995. 2. cad. p. 9. f) Resenhas: WITTER, Geraldina Porto (Org.). Produção científica. Transinformação, Campinas, SP, v. 9, n. 2, p. 135-137, maio/ago. 1997. Resenha. MATSUDA, C, T. Cometas: do mito à ciência. São Paulo: Ícone, 1986. Resenha de: SANTOS, P. M. Cometa: divindade momentânea ou bolo de gelo sujo? Ciência Hoje, São Paulo, v. 5, n. 30, p.20, abr. 1987. g) Tradução do original: AUDEN, W. H. A mão do artista. Tradução de José Roberto O‟Shea. São Paulo: Siciliano, 1993. 399 p. Título original: The dyer‟s hand. REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS a) Constituições: 90 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Constituição (data de promulgação). Título. Local: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. Notas. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil (promulgada em 5 de outubro de 1988). Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 168 p. (Série Legislação Brasileira.). b) Leis e decretos: PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei ou Decreto número, data (dia, mês e ano). Ementa. Dados da publicação. BRASIL. Decreto n. 89.271, de 4 de janeiro de 1984. Dispõe sobre documentos e procedimentos para despacho de aeronave em serviço internacional. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v. 48, p. 3-4, jan./mar. 1984. Legislação Federal e marginália. OUTROS TIPOS DE DOCUMENTOS E FONTES a) Fac-símiles: SOUZA, João da Cruz. Evocações. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura, 1986. 404 p. Edição fac-similar. b) Notas de aula KNAPP, Ulrich. Separação de isótopos de urânio conforme o processo Nozzle: curso introdutório, 5-30 de set. de 1997. 26 f. Notas de aula. Mimeografado. c) Atas de reuniões: NOME DA ORGANIZAÇÃO. Local. Título e data. Livro, número, p. inicial-final. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Central. Ata da reunião realizada no dia 4 de julho de 1997. Livro 50, p. 1. d) Bulas (remédios): TÍTULO da medicação. Responsável técnico (se houver). Local: Laboratório, ano de fabricação. Bula de remédio. NOVALGINA: dipirona sódica. São Paulo: Hoechst, [199?]. Bula de remédio. e) Cartões-postais: TÍTULO. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor. 91 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] BRASIL turístico: anoitecer sobre o Congresso Nacional – Brasília. São Paulo: Mercado, [198-]. 1 cartão-postal: color. f) Convênios: A entrada é feita pelo nome da instituição que figura em primeiro lugar no documento. O local é designativo da cidade onde sendo executado o convênio. NOME DA PRIMEIRA INSTITUIÇÃO. Título. Local, data. CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO – CNPq. Termo de compromisso que entre si celebram o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, por intermédio de sua unidade de pesquisa, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT, e a Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Florianópolis, 1996. g) Entrevistas: a entrada para entrevista é dada pelo nome do entrevistado. Quando o entrevistador tem maior destaque, entrar por este. Para referenciar entrevistas gravadas, faz-se descrição física de acordo com o suporte adotado. Para entrevistas publicadas em periódicos, proceder como em documentos considerados em parte. NOME DO ENTREVISTADO. Título. Referência da publicação. Nota de entrevista. MELLO, Evaldo Cabral de. O passado no presente. Veja, São Paulo, n. 1528, p. 9-11, 4 set. 1998. Entrevista concedida a João Gabriel de Lima. h) Fitas gravadas: AUTOR (compositor, intérprete). Título. Local: Gravadora, ano. Número e tipo de fitas (duração): tipo de gravação. (Título de série, quando existir.) PANTANAL. São Paulo: Polygram, 1990. 1 cassete son. (90 min.): estéreo. i) Filmes e vídeos: TÍTULO. Autor e indicação de responsabilidades relevantes (diretor, produtor, realizador, roteirista e outros). Coordenação (se houver). Local: Produtora e Distribuidora, data. Descrição física com detalhes de número de unidades, duração em minutos, áudio (sonoro ou mudo), legendas ou gravação. Série, se houver. Notas especiais. O NOME da rosa. Produção de Jean-Jacques Annaud. São Paulo: Tw Vídeo distribuidora, 1986. 1 videocassete (130 min.): VHS, NTSC, son., color. Legendado. Port. PEDESTRIANT reconstrution. Produção de Jerry J. Eubanks. Tucson: Lawyers & Judges Publishing. 1994. 1 videocassete (40 min.): VHS, NTSC, son., color. Sem narrativa. Didático. 92 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] j) Slides (diapositivos): AUTOR. Título. Local: Produtor, ano. Número de slides: indicação de cor; dimensões em cm. A MODERNA arquitetura de Brasília. Washington: Pan American Development Foundation, [197?]. 10 slides: color. Acompanha texto. AMORIN, Hélio Mendes de. Viver ou morrer. Rio de Janeiro: Sonoro-Vídeo, [197?]. 30 slides: color; audiocassete; 95 min. DOCUMENTOS ELETRÔNICOS a) Arquivo em disquetes: AUTOR do arquivo. Título do arquivo. extensão do arquivo. Local, data. Características físicas, tipo de suporte. Notas. KRAEMER, Ligia Leindorf Bartz. Apostila.doc. Curitiba, 13 de maio de 1995. 1 arquivo (605 bytes). Disquete 3 ½. Word for Windows 6.0. b) Base de dados em CD-ROM – no todo: AUTOR. Título. Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas. INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA – IBICT. Bases de dados em ciência e tecnologia. Brasília: IBICT, n. 1, 1996. CR-ROM. c) Base de dados em CR-ROM – partes de documentos: AUTOR DA PARTE. Título da parte. In: AUTOR DO TODO. Título do todo. Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas. PEIXOTO, Maria de Fátima Vieira. Função citação como fator de recuperação de uma rede de assunto. In: IBICT. Base de dados em ciência e tecnologia. Brasília: IBCT, n. 1, 1996. CD-ROM. d) E-mail: AUTOR DA MENSAGEM. Assunto da mensagem. [mensagem pessoal.] Mensagem recebida por <e-mail do destinatário> data do recebimento(dia, mês e ano). As informações devem ser retiradas, sempre que possível, do cabeçalho da mensagem recebida. Quando o e-mail for cópia, poderão ser acrescentados os demais destinatários após o primeiro, separados por ponto-e-vírgula. MARINO, Anne Marie. TOEFL briefing number. [mensagem pessoal.] Mensagem recebida por < [email protected]. em 12 maio 1998. 93 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] e) Monografias consideradas no todo (on-line): AUTOR. Título. Local (cidade): editora, data . Disponível em: <endereço>. Acesso em: data. O ESTADO DE S. PAULO. Manual de redação e estilo. São Paulo, 1997. Disponível em <http: //www1.estado.com.br/redac/manual.html>. Acesso em: 19 maio 1998. f) Publicações periódicas consideradas no todo (on-line): TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local (cidade): Editora, volume, número, mês, ano. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data. CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. Brasília: v. 26, n. 3, 1997. Disponível em http://www.ibict.br/cionline/. Acesso em: 19 maio 1998. g) Artigos de periódicos (on-line): AUTOR. Título do artigo. Título da Publicação Seriada, local, volume, número, mês, ano. Paginação ou indicação de tamanho. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data. MALOFF, Joel. A internet e o valor da “internetização”. Ciência da Informação, Brasília, v.26, n. 3, 1997. Disponível em: http://www.ibict.br/cionline/. Acesso em: 18 maio 1998. h) Artigos de jornais (on-line): AUTOR. Título do artigo. Título do Jornal, local, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data. UFSC não entrega lista ao MEC. Universidade Aberta: online. Disponível em: <http://www.unaberta.ufsc.br/novaua/index.html>. Acesso em: 19 maio 1998. i) Homepage: AUTOR. Título. Informações complementares (coordenação, desenvolvida por, apresentação ...etc., quando houver). Disponível em: <endereço>. Acesso em: data. ETSnet. Toefl on line: Test of English as a foreign language. Disponível em: http://www.toefl.org>. Acesso em: 19 maio 1998. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Universitária. Serviço de Referência. Catálogos de Universidades. Apresenta endereços de universidades nacionais e estrangeiras. Disponível em: <http: //www.bu.ufsc.br>. Acesso em: 19 maio 1998. 94 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 9 EXEMPLO PRÁTICO DE MONOGRAFIA Observe abaixo como foi estruturado o trabalho de conclusão de curso intitulado “VOLUNTARIADO EMPRESARIAL: AVALIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS AOS VOLUNTÁRIOS DO CCQ SOCIAL”13. Estão em destaque as partes que dizem respeito à Introdução, ao Desenvolvimento e à Conclusão. Observe a parte teórica no capítulo 7 e estabeleça relações entre a teoria e a prática. Note também os comentários em vermelho e as partes grifadas no trabalho. 2. INTRODUÇÃO Em toda história da humanidade observamos a cooperação entre diferentes. PAIVA E MONTEIRO (2001, p.11) alertam que esta cooperação advém da consciência de que não sobrevivemos sozinhos. Na gestão contemporânea, esbarramos em algumas dificuldades de introdução da cooperação, especialmente em função do alto grau de competitividade política quando falamos da gestão pública, ou da competitividade econômica, quando falamos da gestão privada. Entretanto permanece no homem o instinto pela sobrevivência do conjunto, e as pessoas se voltam para a necessidade de cooperação como uma forma de corrigir as falhas de um processo de desenvolvimento onde parte da humanidade fica excluída. 13 VIEIRA, Heliene Margareth Silva. Voluntariado empresarial: avaliação dos benefícios proporcionados aos voluntários do CCQ social. 2004. 37 f. Monografia ( Conclusão do curso de Administração de Empresas) – Faculdade de Administração de Itabirito, Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada, Itabirito. 95 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Vários modelos de gestão compartilhada são criados pelo mundo, originados de empresas, representantes comunitários, governantes, mas “Apesar das várias teorias, observa-se que muitos dos problemas de desenvolvimento político, social e econômico não têm uma solução tão simples” (FISHCER, 2002, p. 13). O crescimento do terceiro setor também deixa claro que a sociedade começa a perceber que responsabilidade social não é uma função exclusiva do Estado. Em contrapartida, as empresas têm incentivado a participação em atividades voluntárias como uma forma de melhorar sua imagem junto à sociedade dando uma contribuição valiosa para a mesma. Fica claro que as parcerias entre sociedade e organizações de mercado podem produzir resultados valiosos e de desenvolvimento sustentável. Neste trabalho avaliamos o nível de satisfação dos empregados de três empresas que fazem trabalhos voluntários nas comunidades onde atuam através da metodologia do CCQ Social.. As empresas que participaram deste estudo são: - Minerações Reunidas S.A: os circulistas entrevistados pertencem à Mina do Pico, localizada no município de Itabirito, Minas Gerais. Esta empresa atua no ramo de minério de ferro. Companhia Vale do Rio Doce: os circulistas entrevistados trabalham na Pelotização Vitória- ES) e na mina de Carajás (Pará). É uma empresa diversificada que atua na mineração de ferrosos e não ferrosos, na logística, geração de energia elétrica e também em usinas de pelotização. Acesita: os circulistas entrevistados trabalham na siderurgia localizada em Timóteo, Minas Gerais. Nos três casos, os empregados, independentemente do cargo que ocupam, já participam de um processo de trabalho voluntário em equipe dentro da empresa que é o CCQ (Círculo de Controle da Qualidade). Atendendo a um “chamado da empresa”, que normalmente está associado à questão da responsabilidade social, esses empregados expandem sua 96 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] atuação para fora da empresa utilizando a mesma metodologia aprendida na organização para uma atuação “voluntária estruturada” na comunidade, o que normalmente ocorre através dos trabalhos voluntários em instituições ou em comunidades carentes. É importante ressaltar que o CCQ SOCIAL não tem conotação assistencialista, embora algumas empresas o tratem desta forma. O objetivo principal do programa é auxiliar as instituições a melhorarem seus processos de gestão, buscando alternativas para que consigam resolver seus problemas focando o desenvolvimento sustentável. 2.1 Tema O tema CCQ Social foi escolhido após a constatação de que na apresentação dos resultados proporcionados através desta metodologia não são considerados os benefícios propiciados aos voluntários. Lacuna encontrada no serviço realizado e que se constitui o foco da pesquisa 2.2 Situação Problemática Os objetivos de um programa de CCQ são: 1- Para os funcionários: promover a autoconfiança e auto-realização de todos, criar a oportunidade da participação nos processos decisórios da empresa, melhorar a qualidade de vida no trabalho, estimular a busca das atividades em equipe, trazer o sentimento de responsabilidade. 2- Para a empresa: melhorar a qualidade dos processos, reduzir os custos, promover um melhor uso do potencial dos seus funcionários, ampliar a consciência sobre qualidade, aumentar o nível de satisfação das pessoas. 97 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 3- Para a sociedade: melhorar o nível de satisfação de todos, desenvolver uma mentalidade voltada para a busca da qualidade, desenvolver o senso de cidadania. Observando atentamente os objetivos do programa de CCQ fica claro que muitos dos objetivos não são mensuráveis, podendo ser interpretados de forma incorreta pelos avaliadores dos resultados alcançados. Quando se trata dos objetivos “para a empresa”, é mais fácil medir o resultado. Mas observando os objetivos para os funcionários e para a sociedade, a avaliação dos resultados pode ser distorcida, pois não é tão simples mensurála. Foco da pesquisa Então nosso problema consiste em determinar se os objetivos para os funcionários que participam do CCQ SOCIAL estão sendo atingidos. 2.3 Hipótese – Os benefícios para o circulista que participa de um trabalho de CCQ Social vão além dos resultados apresentados na conclusão dos projetos. (É o que o pesquisador acredita que ocorre com o voluntário e a pesquisa será desenvolvida para confirmar ou refutar essa hipótese) 2.4 Objetivos 2.4.1 Objetivo Geral (tema central da pesquisa) O objetivo geral deste trabalho foi identificar quais são os principais benefícios que um trabalho de CCQ SOCIAL proporciona para os circulistas. 98 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 2.4.2 Objetivos Específicos (detalhamento do que será pesquisado) Traçar um perfil do circulista que participa do CCQ SOCIAL; mostrar como a utilização da metodologia do CCQ para solução dos problemas pode impactar positivamente no desempenho dos circulistas dentro da empresa; sugerir critérios para a avaliação dos empregados que desenvolvem trabalhos através do CCQ Social. Note que os verbos grifados acima estão todos no infinitivo, ou seja, terminam em _-ar, _-er, -ir ou –or. Ao propor o(s) seu(s) objetivo(s), você deverá usar os verbos no infinitivo. 2.5 Justificativa Com o objetivo de auxiliar as instituições a otimizar o processo de gestão, os grupos de CCQ SOCIAL compartilham a metodologia auxiliando as instituições na implementação dos trabalhos e direcionando o foco para o desenvolvimento sustentável. Entretanto, existe uma percepção de que os resultados alcançados vão muito além dos números mostrados em gráficos e tabelas: são os ganhos intangíveis. (É a lacuna encontrada e a partir da qual será feita a pesquisa) E talvez, estes sejam os verdadeiros impulsionadores de um movimento que tem se alastrado por empresas do porte da Acesita, CEMIG (Centrais Elétricas de Minas Gerais), Companhia Vale do Rio Doce e MBR (Minerações Brasileiras Reunidas), só para citar algumas do Estado de Minas Gerais. É neste aspecto que nos baseamos para o desenvolvimento deste trabalho, pois os ganhos chamados “intangíveis”, na verdade, funcionam como molas propulsoras para que o CCQ Social ganhe cada vez mais espaço dentro das organizações, auxiliando as instituições a melhorarem seus resultados, aplicando uma metodologia conhecida e reconhecida como eficaz para a solução dos 99 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] problemas, e aos grupos, o exercício da cidadania de forma estruturada e sistematizada. Desta forma esperamos estar contribuindo para os processos de gestão das empresas que praticam o CCQ SOCIAL e das instituições que dele se beneficiam. Para a comunidade científica, contribuímos no sentido de estar disseminando a metodologia do CCQ SOCIAL que ainda não é amplamente divulgada na literatura, propondo um modelo para análise dos benefícios proporcionados pelo programa aos empregados. Benefícios que a pesquisa trará. Os benefícios devem, obrigatoriamente, ser citados na Justificativa. 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 O Voluntariado no Brasil Conforme citado em Empreendimentos Sociais Sustentáveis: como elaborar planos de negócio para organizações sociais (MCKINSEY & COMPANY, INC, 2001), o início das ações filantrópicas no Brasil datam do século XVI sendo caracterizado pelo surgimento das Santas Casas de Misericórdia atuantes no país até hoje. Foi através das Santas Casas que tivemos a institucionalização do atendimento às pessoas carentes. Estas instituições eram mantidas por ricos filantropos e durante mais de três séculos predominou a lógica assistencialista fundamentada na caridade cristã. Com o início da fase da industrialização (1910) e a crescente urbanização, os problemas sociais aumentaram sendo necessária uma intervenção do Estado que passou a gerir administrativa e socialmente as organizações filantrópicas. 100 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Nesta época surgem também os sindicatos, associações profissionais, as federações e confederações vinculando o setor privado às práticas assistencialistas. Em 1970 registramos o surgimento das ONG´s (Organizações Não Governamentais) que tinham como objetivo defender os direitos políticos, civis e humanos, ameaçados durante o período da ditadura no Brasil e na América Latina. Hoje as ONG´s designam qualquer tipo de organização sem fins lucrativos. Finalmente, em 1990 ficam caracterizados como terceiro setor para designar as organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, criados e mantidos com ênfase na participação voluntária e que atuam na área social visando a solução de problemas sociais. 3.2 O Voluntariado Empresarial CORULLÓN E MEDEIROS FILHO (2002, p.39) citam que o investimento social privado é um fenômeno recente. Trata-se do “uso voluntário, planejado e monitorado de recursos privados para fins públicos” voltados para o Terceiro Setor, conforme definição da GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas. É importante citar o investimento social, porque o voluntariado empresarial despontou paralelamente a esta tendência, e chegou ao Brasil através das multinacionais norte-americanas, como parte de um processo de globalização e estimulados pelo Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária a partir de 1996. A IAVE – International Association for Volunter Effort – registra exemplos de países com sólidos programas de voluntariado empresarial, podendo citar França, Japão, Reino Unido, Chile e até mesmo o Brasil. Em 1999 foi realizado o primeiro treinamento em voluntariado empresarial para Centros de Voluntários possibilitando a estes dar assessoria a empresas de suas regiões. 101 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] O tema tem sido discutido em fóruns de cidadania empresarial e muitas empresas desenvolveram programas para implementação do voluntariado empresarial ou estão buscando formas de implementá-lo. Pesquisas recentes mostram que aumenta o número de empresas praticando o voluntariado. Em “Empresas e Responsabilidade Social – Conselho de Cidadania Empresarial da FIEMG, Belo Horizonte, novembro de 2000” encontramos o resultado de uma pesquisa realizada pelo Conselho de Cidadania Empresarial da FIEMG com 553 indústrias mineiras, onde foi constatado que 89% delas realizam algum tipo de trabalho social. Destas, 42% estimulam a participação voluntária de seus funcionários em projetos de interesse da comunidade. 3.3 Responsabilidade Social: NORMA SA8000 A Norma SA8000 está baseada na Organização Internacional do Trabalho e da ONU com os sistemas de gestão da ISO9001 (qualidade) e ISO14001 (meio ambiente) e seu grau de abrangência tem crescido bastante no Brasil. Segundo OLIVEIRA (2202, P.5), o conceito de responsabilidade social é amplo, referindo-se à ética como princípio balizador das ações e relações com todos os públicos com os quais a empresa interage: acionistas, empregados, consumidores, rede de fornecedores, meio ambiente, governo, mercado, comunidade. A questão da responsabilidade social vai, portanto, além da postura legal da empresa, da prática filantrópica ou do apoio à comunidade. Significa mudança de atitude, numa perspectiva de gestão empresarial com foco na responsabilidade social das relações e na geração de valores para todos. O interesse pelo voluntariado empresarial no Brasil está diretamente ligado à questão da responsabilidade social da empresa moldada por aspectos que envolvem desde a exigência de consumidores por produtos fabricados em uma organização socialmente responsável favorecendo o fortalecimento da 102 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] imagem da empresa, até a necessidade de redefinir os papéis do Estado e da Empresa nas comunidades onde estão instaladas. Vale ressaltar que alguns produtos encontram restrições para serem comercializados no exterior justamente porque as práticas para sua produção são consideradas socialmente irresponsáveis. 3.4 Histórico do Círculo de Controle da Qualidade CHAVES (1998, p.35) cita que a filosofia e o método da qualidade foram apresentados pelo Dr. W.E. Deming ao Japão após a segunda guerra mundial em julho de 1950, enfatizando o método estatístico. Em 1954, Juran somou novas contribuições ao estudo feito por Deming. Em 1962, sob o patrocínio da JUSE (Union of Japanese Scientists and Enginerrs), o professor Kaoru Ishikawa criou o programa CCQ. O primeiro círculo foi criado na empresa Komatsu em 1963 e em 1996, a JUSE referendou os objetivos do CCQ e recomendou um direcionamento, que foi muito adequado para a situação brasileira: Diversificação da atividade e estímulo ao seu crescimento. Identificação clara do papel gerencial. Terminologia adequada a serviços. Foco na criatividade, cunho social e meio ambiente. O CCQ chegou ao Brasil em 1971 através da Volkswagen, Johnson & Johnson e Embraer, sendo um dos países pioneiros fora do Japão, juntamente com a Coréia e a Tailândia. Em 1986 o professor Ishikawa esteve no Brasil e impulsionou o movimento que atingiu mais de 1000 organizações. Existem indícios de que o CCQ é praticado em mais de 40 países do mundo, em muitos deles, utilizando outra denominação. Em 1993 a Fundação de Desenvolvimento Gerencial constituiu um grupo para estudar a situação do CCQ no Brasil e propor um plano para orientar sua implantação nas empresas, o que foi concretizado no ano seguinte. 103 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Em 1998, este modelo foi revisado e adequado para atender a um novo perfil de demanda, principalmente devido às mudanças de modelo de gestão das empresas. 3.5 O Círculo de Controle da Qualidade Educação, treinamento e trabalho são três áreas que impactam diretamente quando falamos em prover a sociedade de informação e recursos para desenvolvimento. O Círculo de Controle de Qualidade é uma metodologia utilizada em várias empresas e que tem como característica básica o voluntariado dentro da empresa. Os circulistas são empregados que, voluntariamente, aceitam participar de um trabalho em equipe para resolver problemas da área em que atuam. O CCQ utiliza a metodologia desenvolvida pelo Dr. Deming em 1950 e que auxiliou as empresas japonesas a se reestruturem após a guerra e tem como fundamentos: Auto-desenvolvimento; Desenvolvimento mútuo; Atividades voluntárias; Atividades em grupo; Participação de todos; Uso de métodos e técnicas; Criação de raízes; Ativação e perpetuação das atividades; Criatividade; Consciência da qualidade, de problemas e de melhoramentos. 3.6 O CCQ Social 104 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] A partir da década de 90, este movimento, até então restrito a empresas, passa a se expandir para a sociedade, através da atuação dos grupos nas comunidades onde estão inseridos: é o CCQ social. Com a publicação da Norma AS 8000 em 2001, as empresas inserem, nos seus modelos de gestão, ações voltadas para o bem estar social e o CCQ é adaptado para atender esta nova demanda fora das empresas, surgindo aí a expressão CCQ social. Trabalhos desenvolvidos por circulistas da ALBRÁS, da ACESITA, MBR, CVRD, dentre outras empresas, levam a metodologia para fora dos portões das empresas auxiliando as instituições a melhorarem seu sistema de gestão, beneficiando comunidades inteiras, além de contribuírem para o crescimento pessoal dos próprios circulistas, o que nem sempre é avaliado na conclusão dos trabalhos. 4 METODOLOGIA 4.1 O plano de pesquisa Segundo VERGARA (2003, p.47) a pesquisa metodológica é o estudo que se refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade. Está, portanto, associada a caminhos, formas, maneiras, procedimentos para atender determinado fim. Esta pesquisa também pode ser classificada como exploratória porque a metodologia do CCQ Social é recente e pouco difundida. (tipos de pesquisa) Com a finalidade de cumprir os objetivos propostos nesta pesquisa, foram coletadas informações na literatura e através de entrevistas semiestruturadas, coletando informações dos seguintes aspectos: 105 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Identificação da empresa/instituição pesquisada; Mapeamento de experiências, competências e interesses em voluntariado dos colaboradores; Elaboração do perfil do voluntário Percepções sobre o voluntariado na empresa. Formas de coleta de dados ( “com quê”, “como”) a fim de coletar informações sobre o tema abordado pela pesquisa . Note que a forma de coleta de dados é adequada ao tema que o pesquisador desejou pesquisar. A tabulação dessas informações e a análise de suas inter-relações permitiram combinações de dados esclarecedoras e a apuração de respostas à questão problema da pesquisa. (Procedimento de análise dos dados) O universo pesquisado compreendeu a totalidade das pessoas que participam do programa do CCQ SOCIAL na ACESITA, Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) e Companhia Vale do Rio Doce contatados para os fins da pesquisa. (público-alvo da pesquisa, ou seja, “quem?”) Tal cobertura do universo de empresas que trabalham com o CCQ SOCIAL se tornou possível na medida em que as mesmas mantiveram em seus quadros um número de circulistas considerado compatível com os recursos disponíveis para a pesquisa e, também, por se constituir no foco prioritário da questão chave em estudo. A pesquisa foi baseada em um questionário estruturado, não disfarçado, aplicado durante as entrevistas pessoais, previstas com os circulistas, todos componentes de amostras extraídas do universo objeto de interesse da pesquisa. Como o número de circulistas que utilizam a metodologia do CCQ Social ainda é muito pequeno, optou-se por trabalhar com toda população. (informações sobre a coleta de dados e onde foi feita essa coleta) Entretanto, esperava-se receber 90 questionários da Mina de Carajás, mas apenas 46 questionários foram entregues. Apesar de não ter sido observada variações significativas nas respostas obtidas, esse número comprometeu a 106 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] representatividade do resultado. (Imprevistos ocorridos na coleta de dados ou em outro procedimento também devem ser documentados) A pesquisa-questão possibilitou a caracterização dos objetivos propostos para os empregados que participam do CCQ SOCIAL, através de um estudo descritivo (tipo de pesquisa) da situação atual de tal programa, desenvolvido pela aplicação de métodos estatísticos. A escolha preferencial do método estatístico deveu-se fato de ser o mesmo capaz de permitir correlacionar, consistentemente, as informações fornecidas por um número significativo de instituições, empresas, e pessoas dentre aquelas do universo a ser estudado. (o porquê de ter escolhido o método A principal vantagem do estudo descritivo utilizando o método estatístico consiste no fato de que os dados tabulados apresentam-se com alto grau de objetividade, possibilitando uma conservadora generalização das conclusões aplicáveis para todo o universo, com precisão determinável. vantagens do método Em compensação, consideramos três restrições básicas deste tipo de estudo que são: restrições ou possíveis problemas acarretados pelo método Os entrevistados podem ser incapazes de fornecer a informação desejada; Os entrevistados podem não se posicionar com boa vontade durante a entrevista; O questionário poderá ensejar respostas dúbias ou incorretas. Em função dessas restrições possíveis, alguns cuidados adicionais foram tomados, principalmente quanto ao preparo e discernimento crítico dos entrevistadores. Através de contato telefônico, os coordenadores dos grupos de CCQ em cada uma das empresas que participaram do estudo foram informados sobre qual era o objetivo da pesquisa, qual o prazo necessário para que as respostas fossem enviadas, e também que fosse tomado o cuidado de só aplicar o questionário aos circulistas que estivessem envolvidos em projetos voltados para o CCQ Social. procedimentos adotados na coleta de dados para evitar problemas futuros. 107 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] A programação dos trabalhos de pesquisa obedeceu à seguinte seqüência de etapas: (descrever como foram as etapas da pesquisa) 1a. Etapa – O Projeto de Pesquisa A elaboração do projeto de pesquisa consolidou as preparações e o planejamento necessário para a consecução da pesquisa em foco. 2a. Etapa – O Trabalho de Campo Nesta etapa, foram realizadas as entrevistas com os circulistas que participam do CCQ SOCIAL. 3a. Etapa – A Tabulação Nesta fase, foram realizados os cálculos das freqüências absolutas e relativas das perguntas dos questionários respondidos pelos entrevistados. 4a. Etapa – Os Relatórios Esta fase compreendeu o desenvolvimento de um relatório preliminar e finalmente, a consolidação deste relatório definitivo ou final dos trabalhos de pesquisa, constituindo uma monografia sobre o tema pesquisado. 4.2 A metodologia para a coleta de dados Os dados de interesse da pesquisa foram coletados em entrevistas pessoais com circulistas que participam do CCQ Social. forma de coleta de dados As entrevistas foram orientadas por questionários concebidos de forma estruturada e não disfarçada. tipo de questionário Foi utilizado o método de múltipla escolha na concepção dos questionários, facilitando assim a forma de colher as respostas exigidas. Em tal situação, bastou apenas a marcação da alternativa selecionada. Tal procedimento, associado à entrevista pessoal como forma de coleta dos dados, 108 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] além de simplificar a coleta de dados propriamente dita, ampliou a confiabilidade dos resultados pela minimização de incompreensões e interpretações sobre as questões propostas. viabilidade do método adotado O entrevistador foi o responsável pela obtenção das informações com isenção e qualidade, observando a conduta e as opiniões emitidas durante o contato com o entrevistado, de forma a também subsidiar a tabulação, análise, e interpretação dos resultados. Foi prevista a possibilidade de coleta de dados secundários, de forma a complementar as informações necessárias à pesquisa. 4.3 O trabalho de campo detalhes de como foi realizado o trabalho de campo A execução do trabalho de campo foi orientada por algumas premissas cujo destaque cabe efetuar: Na eleição do entrevistado, quer seja circulista ou dirigente da empresa, foi verificada previamente a sua condição efetiva de empregado ou executivo, eliminando-se qualquer outra pessoa menos habilitada, na medida em que a mesma não estaria capacitada a informar com precisão o que fosse perguntado. A entrevista foi precedida de um contato prévio com a empresa selecionada, visando obter das mesmas, a respectiva concordância em participar da pesquisa; em seguida, foi feito o agendamento – data, hora e local – da entrevista com a pessoa habilitada a falar em nome do pesquisado. A conduta objetiva, discreta, atenta e cordial, envolvida em atitudes de confiança e empatia, traduziu o grau de preparo pessoal e de treinamento dos entrevistadores no trato com os entrevistados, possibilitando a maximização de resultados no esforço de pesquisa. 5 RESULTADO DA PESQUISA 5.1 Análise dos resultados Neste capítulo são apresentados os resultados da pesquisa realizada junto aos circulistas. 109 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Perfil do circulista que utiliza a metodologia do CCQ Social Idade dos circulistas 1% 0% 44% 55% menos de 20 anos entre 36 e 50 anos entre 20 e 35 anos mais de 50 anos Figura 01: Idade dos circulistas Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Nota-se pela figura 01 que o perfil etário dos circulistas está entre 20 e 50 anos de idade, sendo que a população de 20 a 35 anos é mais representativa. Escolaridade dos circulistas 2% 9% 24% 27% 10% 28% primeiro grau completo primeiro grau incompleto segundo grau completo segundo grau incompleto superior completo superior incompleto Figura 02: Escolaridade dos circulistas Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Percebe-se pela figura 02 que a escolaridade dos circulistas varia bastante sendo as pessoas com segundo grau completo e incompleto mais representativas. Notase que apenas 2% das pessoas com primeiro grau completo participam dos grupos. 110 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Tempo no emprego atual 6% 34% 27% 33% menos de 05 anos entre 16 e 25 anos entre 6 e 15 anos mais de 25 anos Figura 03: Tempo que os circulistas estão no emprego atual Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Observa-se pela figura 03 que a maior parte dos circulistas (67%) tem menos de 15 anos de casa. Apenas 6% dos circulistas está no emprego atual a mais de 25 anos. Faixa salarial dos circulistas 28% 4% 68% menos de 03 salários mais de 06 salários entre 03 e 06 salários Figura 4: Faixa salarial dos circulistas Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Observa-se pela figura 04 que a faixa salarial da maior parte dos circulistas (68%) está situada entre 03 e 06 salários. Apenas 4% dos circulistas recebem menos de 03 salários. 111 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Realização de atividade voluntária fora da empresa antes de participar do grupo de CCQ Social 47% 53% Sim Não Figura 05: Percentual de circulistas que realizavam atividades voluntárias antes de fazer parte do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 05 nota-se que a maior parte dos circulistas (53%) nunca havia participado de atividades voluntárias. Como atuava antes de fazer parte do CCQ Social 25% 27% 6% 42% doando dinheiro ou materiais ministrando aulas gratuitamente participando de campanhas beneficentes realizando trabalhos em creches, escolas, asilos, hospitais, etc. Figura 06: Como os circulistas faziam trabalhos voluntários antes de participar do grupo de CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 06 constata-se que a maior parte dos circulistas que já trabalhavam com voluntariado, exerciam esta atividade através de campanhas beneficentes. 112 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Participação em ações voluntárias promovidas pela empresa antes do CCQ Social 33% 67% sim não Figura 07: Percentual de circulistas que participavam de ações voluntárias promovidas pela empresa antes de fazerem parte do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 A figura 07 evidencia que a maior parte dos circulistas (67%) não participava das atividades de voluntariado promovidas pela empresa. CCQ Social é uma metodologia para exercício da cidadania de forma estruturada 4% 1% 95% sim não não sei Figura 08: Como os circulistas percebem a metodologia do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 A figura 08 evidencia como a maior parte dos circulistas (95%) acredita que o CCQ Social é uma metodologia para o exercício da cidadania de forma estruturada. Apenas 1% dos entrevistados discorda desta opinião. 113 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Avaliação do nível de motivação dos circulistas que participam do CCQ Social CAPACIDADE PARA MELHORAR CONDIÇÕES DE VIDA DA COMUNIDADE ONDE VIVE 16% 4% 80% sim não não sei Figura 09: Percepção dos circulistas em relação à sua capacidade de modificar a qualidade de vida da comunidade onde vivem Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Nota-se pela figura 09 que a maior parte dos circulistas (80%) está motivada para o exercício das ações voluntárias no sentido de melhorar a qualidade de vida das comunidades. Apenas 4% se sente impotente para modificar a qualidade de vida das comunidades onde vivem. AUMENTO DA CONSCIÊNCIA CIDADÃ DOS VOLUNTÁRIOS 4% 1% 95% sim não não sei Figura 10: Percepção dos circulistas com relação ao aumento da consciência cidadã através do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na Figura 10 percebemos que a maior parte dos circulistas (95%) considera que os trabalhos de CCQ Social aumentam sua consciência enquanto cidadãos. Apenas 1% dos circulistas não concorda com essa opinião. 114 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] MOTIVAÇÃO PARA EXECUTAR ATIVIDADES NA EMPRESA 10% 7% 83% sim não não sei Figura 11: Percepção dos circulistas com relação ao aumento da motivação para realizar suas tarefas na empresa em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 11 fica evidenciado que a maior parte dos circulistas (83%) se sente mais motivado para exercer seu trabalho na empresa em função das atividades voluntárias que desenvolvem. Apenas 7% não associa este nível de motivação ao voluntariado. DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS E HABILIDADES DE LIDERANÇA ENTRE OS CIRCULISTAS 4% 4% 92% sim não não sei Figura 12: Percepção dos circulistas com relação ao aumento das habilidades adquiridas em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 12 fica evidenciado o impacto que o CCQ Social tem sobre o desenvolvimento de técnicas e habilidades de liderança entre os circulistas. Apenas 4% não concordam que o CCQ Social promove o desenvolvimento destas habilidades entre os circulistas. 115 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] MELHORIA NO RELACIONAMENTO COM A FAMÍLIA 8% 2% 90% sim não não sei Figura 13: Percepção dos circulistas com relação á melhoria no convívio familiar em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 13 percebe-se que a maior parte dos circulistas (90%) acredita que as atividades voluntárias melhoram seu relacionamento com a família. Apenas 2% discordam desta opinião. MELHORIA NO RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS DE TRABALHO 2% 4% 94% sim não não sei Figura 14: Percepção dos circulistas com relação à melhoria no convívio com os colegas de trabalho em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 14 percebe-se que a maior parte dos circulistas (94%) acredita que as atividades voluntárias melhoram seu relacionamento com os colegas de trabalho. Apenas 4% discordam desta opinião. 116 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] MELHORIA DA IMAGEM DA EMPRESA ONDE OS CIRCULISTAS TRABALHAM 2% 1% 97% sim não não sei Figura 15: Percepção dos circulistas com relação à melhoria da imagem da empresa em função dos trabalhos desenvolvidos através do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 15 percebe-se que a maior parte dos circulistas (97%) acredita que as atividades voluntárias impactam na imagem da empresa junto á comunidade. Apenas 1% discorda desta opinião. É MAIS FÁCIL REALIZAR TRABALHOS VOLUNTÁRIOS SOZINHO 11% 14% 75% sim não não sei Figura 16: Percepção dos circulistas com relação ao nível de dificuldade de se realizar trabalhos voluntários sozinho ou em grupo Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 16 percebe-se que a maior parte dos circulistas (75%) acredita que as atividades voluntárias são mais fáceis de serem realizadas em grupo. 14% discordam desta opinião. 117 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] O TRABALHO VOLUNTÁRIO PODE PROPORCIONAR UM NÍVEL DE SATISFAÇÃO MAIOR QUE O PROMOVIDO PELO DINHEIRO 11% 6% 83% sim não não sei Figura 17: Percepção dos circulistas com relação ao nível de satisfação que um trabalho voluntário pode proporcionar Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 17 percebe-se que a maior parte dos circulistas (83%) acredita que as atividades voluntárias podem proporcionar um nível de satisfação superior ao promovido pelo dinheiro. 11% discordam desta opinião. AUMENTO DO NÍVEL DE COMPROMETIMENTO DAS PESSOAS 10% 8% 3% 3% 76% sim não não sei sim apenas para fora do ambiente de trabalho sim apenas para dentro do ambiente de trabalho Figura 18: Percepção dos circulistas com relação ao aumento do nível de comprometimento das pessoas que participam do CCQ Social Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 18 percebe-se que a maior parte dos circulistas (76%) acredita que as atividades voluntárias impactam positivamente no nível de comprometimento das pessoas. 3% discordam desta opinião. 118 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] EXISTE RECONHECIMENTO PARA AS PESSOAS QUE EXECUTAM TRABALHOS VOLUNTÁRIOS 16% 7% 8% 69% sim não não sei Sim apenas para as pessoas que se beneficiam das ações Figura 19: Percepção dos circulistas com relação ao reconhecimento para as pessoas que exercem trabalhos voluntários Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 19 percebe-se que a maior parte dos circulistas (69%) acredita que existe reconhecimento para as pessoas que participam do atividades voluntárias. 7% discordam desta opinião. IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO DO TRABALHO DESENVOLVIDO ATRAVÉS DO CCQ SOCIAL 7% 2% 7% 84% sim não não sei Sim apenas para as pessoas que se beneficiam das ações Figura 20: Percepção dos circulistas com relação á necessidade de reconhecimento para as pessoas que exercem trabalhos voluntários Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 20 percebe-se que a maior parte dos circulistas (84%) acredita que é importante reconhecer o trabalho desenvolvido através do CCQ Social. 2% discordam desta opinião. 119 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] ACREDITA QUE VAI DEIXAR DE REALIZAR TRABALHOS VOLUNTÁRIOS UM DIA 4% 41% 55% sim não não sei Figura 21: Percepção dos circulistas com relação á continuidade da realização de trabalhos voluntários. Fonte: Pesquisa realizada pela autora em 2004 Na figura 21 percebe-se que a maior parte dos circulistas (55%) acredita que jamais vai deixar de desenvolver atividades voluntárias. Apenas 4% afirmam que deixarão de trabalhar com o voluntariado. 5.1 Análise dos Resultados Observa-se uma grande mobilização da sociedade no sentido de tentar resolver os problemas que afetam nossas comunidades. As empresas se engajam neste movimento através do voluntariado empresarial estimulando seus empregados a interagirem com as comunidades onde estão inseridas, através de programas estruturados objetivando melhorar a qualidade de vida da população. As três empresas que participaram deste estudo têm programas voltados para o bem estar social e o CCQ Social é uma das vertentes destes programas que englobam várias outras ações com foco na cultura, esporte, educação, etc. Além de provocar as manifestações de suas percepções e conseqüentes reflexões através das perguntas elaboradas no questionário, o estudo permitiu que fosse realizada uma comparação entre as avaliações dos circulistas das três empresas que participaram do estudo, resultando no levantamento de 120 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] interessantes conclusões sobre a ótica do circulista que trabalha utilizando a metodologia do CCQ Social. Considerando os resultados apresentados graficamente pela pesquisa foi possível constatar que o perfil do voluntário que trabalha com CCQ Social não difere de uma empresa para outra. Também foi possível constatar que o perfil do voluntário que trabalha com CCQ Social não difere de uma empresa para outra. A maioria dos circulistas tem: - entre 20 e 35 anos - o nível de escolaridade é o segundo grau - estão a menos de 15 anos na empresa - ganham entre 03 e 06 salários - antes de trabalhar com CCQ Social não faziam trabalhos voluntários - os que faziam, atuavam participando de campanhas beneficentes - não participavam de atividades voluntárias promovidas pela empresa - consideram a metodologia do CCQ Social uma boa ferramenta para o exercício da cidadania de forma estruturada. Também foi possível evidenciar que os benefícios proporcionados pelo CCQ Social vão muito além do que normalmente é percebido pelas pessoas que o praticam e pelas comunidades que se beneficiam do trabalho. Além dos ganhos considerados “tangíveis”, o voluntário: - tem um aumento considerável da sua consciência em relação à cidadania; - melhora seu relacionamento com a família; - melhora seu relacionamento com os colegas de trabalho; - pode sentir um grau de satisfação superior ao provocado pelo dinheiro; - contribui para melhorar a imagem da empresa onde trabalha; - aumenta suas habilidades como negociador e líder; 121 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] - aumenta o nível de comprometimento das pessoas; - estimula a continuidade do trabalho voluntário, criando um compromisso com a solidariedade humana. 6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES O trabalho de pesquisa atendeu aos objetivos pretendidos e a hipótese levantada pôde ser confirmada (confirmação da hipótese) permitindo um traçado geral da percepção dos circulistas com relação aos benefícios obtidos através da realização de trabalhos utilizando a metodologia do CCQ Social. O resultado da pesquisa fornece indicativos objetivos para uma avaliação dos circulistas de forma a acompanhar o seu desenvolvimento. Atualmente os grupos de CCQ utilizam, ao final da conclusão de seus trabalhos, uma auto avaliação em forma de gráfico de radar onde os circulistas avaliam: - realização das reuniões - liderança - recursos utilizados - participação no trabalho - resultados alcançados Esta metodologia de avaliação poderia ser utilizada pelos grupos de CCQ Social mudando-se apenas os critérios a serem avaliados. Sugestões surgidas a partir da análise feita Uma proposta seria: - comprometimento com o trabalho voluntário - relacionamento com os colegas da empresa - relacionamento com a família - desenvolvimento de novas habilidades - nível de satisfação com o trabalho realizado 122 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Desta forma, os grupos ou os coordenadores teriam condições de avaliar a percepção do próprio grupo e buscar soluções quando o nível das respostas não estiver compatível com a expectativa da organização e do próprio grupo. Um resultado que merece atenção especial está relacionado ao grau de motivação do circulista para continuar a exercer trabalhos voluntários. Apesar de todos os benefícios comprovados durante a pesquisa, 41% dos circulistas responderam que não sabem se um dia deixarão de exercer trabalhos voluntários. Informação importante sobre o tema tratado deve ser mencionada na pesquisa Recomenda-se que seja feita uma pesquisa mais detalhada no sentido de detectar o quê estaria impactando nesta resposta e, após detectar os motivos, seja elaborado um plano de ação para tratá-los. sugestão de pesquisas futuras, baseada na informação nova (grifada acima) obtida com a pesquisa. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHAVES, Neuza Maria Dias. Soluções em Equipe. Belo Horizonte: Fundação de Desenvolvimento Gerencial, 2003. CORULLÓN, Mônica Beatriz Galiano; FILHO, Barnabé Medeiros. Voluntariado na empresa: Gestão eficiente da participação cidadã. São Paulo: Peirópolis, 2002. FISCHER, Rosa Maria. O desafio da colaboração: práticas de responsabilidade social entre empresas e terceiro setor. São Paulo: Editora Gente, 2002. MCKINSEY & COMPANY INC. Empreendimentos Sociais Sustentáveis: como elaborar planos de negócio para organizações sociais. São Paulo: Peirópolis, 2001. OLIVEIRA, Marcos Antônio L. de Oliveira. SA8000: O modelo ISO Aplicado á Responsabilidade Social. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. PAIVA, Flávio; MONTEIRO, João de Paula. Os 5 elementos: a essência da gestão compartilhada no pacto de cooperação do Ceará. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. VERGARA, Silvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 2003. 123 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] NÚCLEO DE PESQUISA E ESTÁGIO/FEMAR (NUPE/FEMAR) Normas para Monografia do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) NUPE/FEMAR/ADM Nº. 02/10 O Núcleo de Estágio e Pesquisa FEMAR (NUPE/FEMAR), criado para regulamentar as disciplinas Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e Estágio Curricular Supervisionado, estabelece normas para elaboração e apresentação da monografia do TCC, tendo como base a pesquisa realizada no decorrer do sétimo e oitavo períodos do Curso de Administração, com habilitação em Administração de Empresas, que deverão ser rigorosamente seguidas pelos alunos concluintes, em duas etapas. A primeira etapa denominada “Qualificação” é uma pré-avaliação da monografia em fase de desenvolvimento, de caráter obrigatório, que será apresentada a uma banca examinadora composta por professores da própria Instituição, com o objetivo de nortear o aluno para a finalização da monografia. A segunda etapa denominada “Avaliação Final”, é uma avaliação da monografia concluída, que será apresentada a uma banca examinadora, também de caráter obrigatório, para aprovação, composta por professores da própria Instituição, para aprovação e conclusão do curso. Quando a Qualificação ocorrer no segundo semestre do ano letivo, ela será prevista no calendário escolar juntamente com a Semana da Administração e os alunos concluintes e não concluintes terão a oportunidade de assistirem a apresentação da monografia, desde que previamente agendado na secretaria. As normas constantes dessa decisão serão criadas oportunamente. 124 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] 1ª Etapa: Qualificação a) Composição da Banca Examinadora da Qualificação - A Banca Examinadora da Qualificação será composta por 4 (quatro) membros, todos professores da FAMA: o professor (a) de TCC, o (a) professor (a) orientador (a) do aluno, o (a) professor (a) de Metodologia de Pesquisa Científica e um(a) professor(a) convidado(a), que deverão ser contatados pelo aluno concluinte, e agendado na secretaria, entre os dias 09/09/2010 e 10/09/2010. No caso do orientador ser também o (a) professor (a) responsável pelo TCC, o aluno deverá contatar um outro professor (a) colaborador (a), para complementar a banca. b) Requerimento para Qualificação - A secretaria disponibilizará um requerimento para o aluno solicitar sua inclusão na lista de alunos que irão para a Banca de Qualificação; - Esse requerimento deverá ser preenchido e assinado pelo aluno, pelo seu orientador, pela professora da disciplina de Estágio, pelo professor de Metodologia Científica e por uma das professoras ligadas ao Núcleo de Estágio ou de TCC; - Nesse requerimento, o aluno deverá colocar a data mais adequada para sua Qualificação, com consentimento dos professores, seguindo a data estipulada no calendário acadêmico; - De posse desse requerimento devidamente assinado, o aluno deverá comparecer à secretaria da FAMA entre os dias 09/09/2010 e 10/09/2010 para entregar o documento assinado. O requerimento será protocolado pela 125 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] secretaria e o aluno receberá um comprovante do recebimento, que deverá ser guardado cuidadosamente; - O cronograma com as datas e horários da qualificação de cada aluno será divulgado nos dias 16/09/2010 e 17/09/2010 c) Monografia a ser entregue - A monografia deverá estar dentro das normas da ABNT e o conteúdo deverá estar, com no mínimo, 60 % desenvolvido, impresso em três vias, encadernado em espiral, para ser entregue aos membros da banca examinadora; - O prazo para entrega da monografia parcial na secretaria será nos dias 16/09/2010 e 17/09/2010; - A entrega da monografia será protocolada na secretaria e o aluno receberá um comprovante. Esse comprovante deverá ser cuidadosamente guardado pelo aluno. d) Aprovação - Para ser aprovado o aluno deverá obter média 7,0 (sete). Caso obtenha uma nota menor que 7,0 (sete) terá até o dia 13/11/2010 para entregar uma cópia impressa, com as devidas modificações, para o orientador revisar; - O aluno que não for aprovado será submetido novamente à Banca Examinadora de Qualificação no dia 13/11/2010. e) Critérios de Avaliação da banca examinadora e.1) Identificação da Banca Examinadora BANCA Dia: Hora: Aluno Professores Nome Nota Final Responsável pelo TCC 126 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Orientador do aluno Colaborador (caso haja) Metodologia de Pesquisa Membro do NUPE/FEMAR Nota Total e.2) Avaliação do cumprimento das Normas Estabelecidas (ABNT/NBR) Participarão da avaliação deste item os 4 (quatro) professores da banca examinadora. O subtotal será a média das quatro notas. Itens Avaliados Folha de rosto Sumário Paginação Parágrafos Correção ortográfica Cronograma Citações Metodologia da pesquisa Referências bibliográficas Subtotal Pontuação Máxima 1 1 1 2 5 1 5 6 3 25 Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Total Média e.3) Avaliação do conteúdo Participarão da avaliação deste item o professor responsável pelo TCC e o professor orientador. No caso do professor orientador ser o professor responsável pelo TCC, participará um professor colaborador. O subtotal será a média das duas notas. Itens Avaliados Introdução Problemática Justificativa Objetivos Referencial teórico Discussão dos resultados Pontuação Máxima 5 5 5 5 15 7,5 Nota 1 Nota 2 Total Média 127 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Conclusão Total 7,5 50 e.4) Avaliação do desempenho do aluno Participarão deste item os quatro professores da banca examinadora e o subtotal será a média das 4 avaliações. Itens Avaliados Pontualidade Presença Cumprimento das tarefas Interesse e participação Clareza de raciocínio Pontuação Máxima 2 2 2,5 2,5 4 Fundamentação teórica 4 Objetividade Coerência Subtotal 4 4 25 Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Total Média e.5) Avaliação final da Qualificação Itens Avaliados Normas estabelecidas Conteúdo Desempenho Total Média geral Pontuação Máxima 25 50 25 Subtotal Observações f) Data da qualificação - A Qualificação será entre os dias 02/10/2010, 23/10/2010, 30/10/2010 e 13/11/2010. 128 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] - A data e a hora da qualificação serão escolhidas pelo aluno, em conformidade com a banca examinadora, no período estipulado no calendário acadêmico, impreterivelmente, obedecendo a ordem de chegada na secretaria; g) Tempo da apresentação - O prazo de apresentação oral é de 15 a 20 minutos. As sugestões e considerações da banca serão feitas em 15 minutos; h) Cronograma da 1ª Etapa: Qualificação Dias Me ses 201 0 02 04 09 10 11 13 16 17 22 23 24 25 26 27 28 29 En tre ga da Mo no Set em bro En En Entre gr tre tre ga da afi ga ga Mon a do do ograf Pa req req ia rci uer uer Parci al im im al e e ent ent divul div o o gaçã ulg par par o do aç a a crono ão Ba Ba gram do nc nc a de cro a a datas no de de e gra Qu Qu horár ma alif alif ios de ica ica da dat çã çã Quali as o o ficaç e ão hor ári os da Qu alif 129 30 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] ica çã o Apr . ese nta ção ubr o entaç entaç Mo Out Apres Apres de ão de ão de no Mono Mono gra grafia grafia fia p/ p/ p/ Banca Banca Ba de de nca Qualifi Qualifi de cação cação. Qu . alifi caç ão. Apres entaç ão de Mono Nov grafia em p/ bro Banca Apre sent ação de Mon ograf ia Apre sent ação de Mon ograf ia Apre sent ação de Mon ograf ia Apre sent ação de Mon ograf ia Apre sent ação de Mon ograf ia Dez em bro Entr ega da mon ograf de ia Qualifi defin cação Ap re se nt aç ão de Mo no gr afi a Apre sent ação de Mon ograf ia itiva Ap re se nt aç ão de Mo no gr afi a 2ª Etapa: Avaliação Final a) Composição da Banca Examinadora da Avaliação Final. - A Banca Examinadora da avaliação final será composta por três professores: o(a) professor (a) de TCC, o (a) professor (a) orientador (a) do aluno e o (a) professor (a) de Metodologia de Pesquisa Científica, que deverão ser contatados pelo aluno concluinte e assinarem o requerimento até a data do requerimento estipulada no calendário. No caso do orientador ser 130 Entr ega da mon ograf ia defin itiva FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] também o (a) professor (a) responsável pelo TCC, o aluno deverá contatar um outro professor (a) colaborador (a), para complementar a banca. b) Requerimento para Avaliação Final - O aluno concluinte deverá preencher e assinar um requerimento solicitando a avaliação final da monografia e sugerir a data mais adequada para apresentação; - A data deverá estar de acordo com o período estipulado no calendário acadêmico, com o (a) professor (a) responsável pelo TCC, com o orientador e com o professor de Metodologia de Pesquisa Científica; - O requerimento deverá ser entregue e protocolado na secretaria, nos dias 17/11/2010; - Aguardar o deferimento de requerimento, seguido do cronograma de apresentações com data, dia e horário de apresentação. c) Entrega da monografia para avaliação final - A monografia completa e revisada deverá ser entregue e protocolada na secretaria, impreterivelmente no dia 29/11/2010 e 30/11/2010, para ser apresentada na segunda etapa, que é a avaliação final; - A monografia deverá ser entregue em 3 (três) vias, encadernada em espiral. - O atraso na entrega da monografia acarretará a perda de 10% da nota, por dia de atraso. d) Critérios de Avaliação da Banca Examinadora d.1) Avaliação do cumprimento das Normas Estabelecidas (ABNT/NBR) Participará da avaliação deste item o professor de Metodologia Científica. Itens Avaliados Pontuação Máxima Nota 131 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Folha de rosto Sumário Paginação Parágrafos Correção ortográfica Cronograma Citações Metodologia da pesquisa Referências bibliográficas Subtotal 1 1 1 2 5 1 5 6 3 25 d.2) Avaliação do conteúdo. Participarão da avaliação deste item o professor responsável pelo TCC e o professor orientador. No caso do professor orientador ser o professor responsável pelo TCC, participará um professor colaborador. O subtotal será a média das duas notas. Itens Avaliados Introdução Problemática Justificativa Objetivos Referencial teórico Discussão dos resultados Conclusão Total Pontuação Máxima 5 5 5 5 15 7,5 7,5 50 Nota 1 Nota 2 Total Média d.3) Avaliação do desempenho do aluno Participarão deste item os três professores da banca examinadora e o subtotal será a média das 3 avaliações. Itens Avaliados Pontualidade Presença Cumprimento das tarefas Interesse e participação Clareza de raciocínio Pontuação Máxima 2 2 2,5 2,5 4 Nota 1 Nota 2 Nota 3 Total Média 132 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] Fundamentação teórica 4 Objetividade Coerência Subtotal 4 4 25 d.4) Avaliação final Itens Avaliados Normas estabelecidas Conteúdo Desempenho Total Média geral Pontuação Máxima 25 50 25 Subtotal Observações e) Data da Apresentação Oral - As apresentações serão entre os dias 22/11/2010 a 27/11/2010, 04/12/2010 e 11/12/2010. - A data e a hora das apresentações serão escolhidas pelo aluno, em conformidade com a banca examinadora, obedecendo a ordem de chegada na secretaria; f) Tempo da apresentação final - Apresentação oral: 20 minutos, com 10 minutos de tolerância, no máximo. - Arguição e debate: 20 minutos, com 10 minutos de tolerância no máximo; - Considerações da banca examinadora: 20 minutos. g) Data da entrega da versão final da monografia - Para a colação de grau o aluno deverá entregar na secretaria 3 (três) vias da monografia final, corrigida após sugestões da Banca Examinadora, encadernada com capa dura, em modelo oficial da FAMA, no dia 29/11/2010 e 30/11/2010; 133 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] - O Certificado de Conclusão de Curso estará sujeito à entrega da monografia na data estipulada no calendário. - Será feito, nos dias 29/11/2010 e 30/11/2010, o requerimento de colação de grau e atualização dos dados pessoais para a conclusão do curso. h) Cronograma da 2ª Etapa: Avaliação Final Meses 2010 04 11 13 17 22 23 24 25 26 27 29 30 Entreg Apresent ação de Monogra fia Novembro Apresent ação de Monogra fia Aprese ntação de Monog rafia Apresent ação de Monogra fia Aprese ntação de Monog rafia Apresent ação de Monogra fia Entrega a monogr mono afia grafia complet compl ae eta e revisada revisa da Dezembro Aprese ntação de Monog rafia Aprese ntação de Monog rafia Reque Requeri mento colação grau. Atualiza ção dos dados. riment o colaçã o grau. Atuali zação dos dados. Mariana, julho de 2010. 134 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnicocientíficas. 5. ed. rev. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001. Normas da ABNT. Disponível em: <www.admbrasil.com.br/abnt.htm>. Acesso em: 16/04/2007. OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica- Projetos de pesquisas, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. ROESCH, Sylvia M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2006. VIEIRA, Heliene Margareth Silva. Voluntariado empresarial: avaliação dos benefícios proporcionados aos voluntários do CCQ social. 2004. 37 f. Monografia ( Conclusão do curso de Administração de Empresas) – Faculdade de Administração de Itabirito, Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada, Itabirito. 135 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CAPÍTULO 12 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. BARROS, Aidil de J. P., LEHFELD, Neide Aparecida de S. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. 7ª ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2002. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. _________________. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2006. KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 20ª ed. atualizada. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. LUNA, Sérgio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: EDUC, 2002. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São Paulo: Atlas, 2002. SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. 9ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. 136 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final do Manual e esperamos ter oferecido uma contribuição satisfatória aos trabalhos que você, aluno, há de realizar. Como você pôde verificar, a monografia é um trabalho minucioso e criterioso que depende de disciplina e de organização para empreendê-la satisfatoriamente. Esperamos que você faça um bom trabalho como pesquisador e que ajude, com sua pesquisa, a proporcionar mudanças positivas em nossa sociedade. Vale ressaltar que, no capítulo 10, está a bibliografia básica que utilizamos para elaborar esse Manual e, no capítulo 11, foi inserida uma bibliografia complementar, que você encontrará na biblioteca da FAMA, para auxiliá-lo caso você necessite de mais informações que não constam nesse Manual ou simplesmente para consulta complementar. Esperamos ter oferecido uma contribuição valiosa para o seu trabalho e que você tenha muito sucesso na elaboração de sua Monografia e na sua vida profissional. Juçara Moreira Teixeira 137 FEMAR - FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MARIANA FAMA - FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Rua Dom Silvério, 161 - Centro - Mariana - MG - Tel.(31)3558-2673 [email protected] FAMA – FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE MARIANA Diretor: Prof. José Jarbas Ramos Filho Secretário: Flávio Maurício de Oliveira Professor responsável: Profª. Ms. Suzana Compiladora desse Manual: Profª. Juçara Moreira Teixeira 138