O ventre da terra, por Victor Hugo Belardinelli O planeta Terra é um corpo com vida que permite ser utilizado, para a subsistência humana e animal, dentro de limites. Este é um imperativo que independe da nossa vontade. Mas já há algum tempo o leito do nosso hábitat vem sendo usado como “barriga de aluguel” para plantações. O solo brasileiro está nesta situação, já que é preparado a produzir para outras nações.A China, a segunda economia mundial, não consegue viver à custa de seus recursos naturais, tendo que importar matérias-primas e madeira. Ela se tornou o primeiro importador mundial de soja, a maior parte do Brasil. Somente no mês de julho, adquiriu 5,2 milhões de toneladas. Ou seja, estamos alugando as entranhas do nosso país para alimentar aquela população.É uma situação cômoda para eles, pois não exaurem suas terras e rios. Também não extinguem suas florestas, pois delas necessitam para purificar o seu ar, sabidamente o mais poluído do mundo. Se a intenção é válida para os chineses, para nós é decepcionante, já que estamos trocando ar puro, que já tivemos, por poluição de toda ordem, causando mudanças climáticas assustadoras, constantes.Convém considerar os avisos que a natureza nos envia: quanta chuva e inundações temos tido nos últimos tempos? E as secas? Sem falar na saúde da população, que entope seus pulmões com um ar carregado de impurezas. Neste, se destaca o famoso SO2 (dióxido de enxofre) dos motores a óleo diesel de caminhões e ônibus. Muito desta poluição atmosférica já se dá no próprio transporte da soja para os portos do nosso país.Mas o pior ainda está por vir: a nossa equipe política, sob pressão ou vantagens, está tentando aumentar as áreas de plantio. Para atingir este objetivo, propõe reduzir as áreas de matas ciliares dos rios para uma inacreditável marca de apenas cinco metros de afastamento. Devemos lembrar que nas plantações são usados defensivos agrícolas (venenos) que, por isso, precisam ficar distantes de cursos d’água para não degradá-los ainda mais. Pretende-se também extinguir as APPs (áreas de preservação permanentes) nas pequenas propriedades. E, ainda, o perdão de débitos à nação oriundos dos empréstimos e desmatamentos.Ao contrário dessas pretensões, o que se espera da política agrícola é o aumento das áreas de proteção ambiental. Investir contra esta carência seria uma demonstração de: ou ganância, ou desconhecimento, ou irresponsabilidade para com a sociedade brasileira. Pode-se concordar em exportar excedentes, mas sacrificar o nosso maior bem – a terra –, que representa em grande parte a nossa própria vida, é inaceitável.* Victor Hugo Belardinelli é dentista, pós-graduado em Ecologia Humana Mais notícias do período Janeiro de 2012 * Comitê Organizador confirma nova edição do Fórum em 2014 * Oficina organizada pela Força Verde debate o programa ABC e gás natural; Ministro Mendes Ribeiro Filho integra atividade * Nota Técnica: Volume de crédito fecha 2011 em 49,1% * Vídeo da Prefeitura de Porto Alegre destaca encontro das comitivas internacionais de trabalhadores com prefeito José Fortunati * Debates mudam perfil do Acampamento da Juventude no Fórum Temático 2012 * Nota de esclarecimento * Carta unitária das Centrais Sindicais aponta caminhos para crise econômica * Neco, da OIT no Brasil, comemora presença de sindicalistas estrangeiros no FST 2012 * Refeição fora do lar movimenta R$ 215 bi * Veja como acelerar e garantir a revisão no posto do INSS * Comitivas Internacionais de trabalhadores são recepcionados no estande da Prefeitura de Porto Alegre no FST * Produtora cultural da Força Sindical apresenta programação artística do Mundo Negro * Vice-presidente da Força Sindical-RS integra diretoria que concorre na Federação da Indústria do Calçado RS * Encontro Internacional da Força promove cooperação de propostas anti-crise entre trabalhadores de diferentes nações * Encontro Internacional da Força Sindical discute o emprego a nível global * Carta do Mundo do Trabalho - Trabalhadores do mundo: Protagonismo e propostas para enfrentar a crise * Nota de falecimento: Zilda Santana * Secretário Nacional da Juventude da Força Sindical coordena atividades no Acampamento da Juventude * Janta defende paridade nas restrições ambientais em termos mundiais para não prejudicar o trabalhador * Maioria das centrais antecipa para março campanha pró-imposto sindical * Trabalho Decente e Rio 20: medidas efetivas para o desenvolvimento sustentável são tema do Mundo do Trabalho * Mulheres ganharam 28% a menos do que os homens em 2011 * Análise da informalidade na América Latina encerra painéis do Dieese e abre debates * Projeto que promove diálogo social no combate à informalidade é apresentado pelo Dieese * Oficina do Dieese promove debate sobre informalidade no mercado de trabalho Notícias